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Auditiva e Surdez
1. Deficiência Auditiva e Tipos 4
Causas 4
Avaliação 6
Prevenção 11
Tratamento 11
Surdez Unilateral 11
Tratamento em Crianças 12
Idosos 13
5. Referências Bibliográficas 40
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Fonte: Estadão1
1 Retirado em https://summitsaude.estadao.com.br
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ser adequado para bebês com per- Esse processo melhora muito a ca-
da auditiva profunda nos dois ouvi- pacidade de uma criança com defici-
dos, que não conseguem ouvir o som ência auditiva de ouvir a fala em vez
com um aparelho auditivo. Quanto do ruído de fundo. Mesmo crianças
mais cedo o implante for utilizado surdas de um ouvido podem se be-
em crianças surdas, maior será a neficiar com o implante coclear em
melhora na audição. Embora os im- seu ouvido surdo.
plantes cocleares possam ajudar
muitas crianças que possuem perda Idosos
auditiva congênita ou adquirida,
eles são mais eficazes em crianças Os idosos geralmente apresen-
que já desenvolveram a fala. Em al- tam uma diminuição progressiva da
guns casos, os ossículos do ouvido audição, chamada presbiacusia. A
interno podem se calcificar em cri- deficiência auditiva está presente
anças que ficam surdas após terem em mais de um terço das pessoas
meningite, quando isso acontece, os com mais de 65 anos, e mais da me-
implantes cocleares devem ser usa- tade das pessoas com mais de 75
dos imediatamente para a máxima anos. Mesmo assim, idosos com per-
eficiência. Da mesma forma, crian- da auditiva devem ser avaliados por
ças cujos nervos auditivos foram médicos, pois o envelhecimento po-
destruídos por tumores podem ser de não ser a causa. Em alguns casos,
ajudadas com a implantação de ele- a perda auditiva pode ser causada
trodos na base do cérebro. Crianças por um tumor, uma doença neuroló-
com implantes cocleares podem ter gica ou autoimune, ou uma perda
um risco ligeiramente maior de te- auditiva facilmente corrigível (RO-
rem meningite do que crianças sem DRIGUERO e YAEGASHI, 2020).
implante ou adultos com implantes De acordo com Lima (2014),
cocleares. mesmo a perda auditiva mínima tor-
Conforme Cardona, Gomar, na a fala difícil, e faz com que os ido-
Palmés e Sadurní (2012), crianças sos com deficiência auditiva apre-
surdas de apenas um ouvido devem sentem certos comportamentos co-
ter permissão para usar um sistema muns. Uma pessoa idosa com perda
especial em sala de aula, como um auditiva leve pode evitar conversas.
transmissor FM. Nesse sistema, o Compreender a fala pode ser especi-
professor fala em um microfone, que almente difícil, quando há ruído de
envia sinais para um aparelho audi- fundo ou mais de uma pessoa estiver
tivo no ouvido normal da criança. falando, como por exemplo em um
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Fonte: 4 Oito2
2 Retirado em https://www.4oito.com.br
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para frequentar um sala de aula con- que tornem viável o processo de in-
junta, em que as diferenças, princi- clusão, como por exemplo:
palmente linguísticas, em compara- Assessoria em relação à língua
ção com os outros ouvintes se tor- de sinais, se a criança tiver lin-
nam claras. guagem oral restrita, e às es-
Para a autora Lima (2014), a tratégias adequadas para pro-
piciar o diálogo, na linguagem
inclusão de uma criança com defici-
oral e/ou escrita.
ência auditiva em uma turma do en- Material concreto e visual que
sino regular tem maior chance de sirva de apoio para garantir a
sucesso se ocorrer gradualmente e assimilação de conceitos no-
resultar de um estudo de caso indivi- vos.
dual. A família precisa fornecer aos Contato com professores que
professores os dados de que preci- tenham vivenciado situações
semelhantes.
sam para entender melhor tudo o
Orientação de professores de
que pode a perda auditiva pode cau- educação especial, itinerantes
sar e para que eles possam prever ou de salas de recursos. Podem
como a criança responderá no ambi- ser feitas reuniões para trocar
ente escolar. Esses dados incluem, experiências, discutir diferen-
entre outros, laudos médicos, resul- tes enfoques do conteúdo e es-
tados de exames audiológicos regu- clarecer dúvidas a respeito dos
planos de atuação e de avalia-
lares, informações do fonoaudiólo-
ção.
go. O pré-requisito para a participa-
ção nas aulas regulares é que o aluno Em concordância com os auto-
surdo tenha adquirido um nível de res Rocha, Oliveira e Reis (2020), é
linguagem suficiente, incluindo bom correto afirmar que, em todos os ní-
vocabulário, que permita um diálo- veis de escolaridade, jardim de in-
go fácil com professores e colegas, fância, ensino fundamental, ensino
bem como um certo domínio de lei- médio e superior, e especialmente
tura e escrita. Só então ele será capaz no caso de perda auditiva severa ou
de expressar seus pensamentos e profunda, tanto no atendimento es-
sentimentos, para entender e aplicar colar regular quanto no especiali-
os conceitos usados em várias disci- zado, deve-se levar em conta que há
plinas. pessoa que precisa evoluir, aprender
Segundo Thoma, Perlin, Klein, o currículo escolar e adquirir o co-
Lopes, Sá, Teske, Moreira e Lulkin nhecimento do mundo e de si mes-
(2015), a escola comum, por sua vez, mo, nos aspectos social, acadêmico e
também precisa dispor de recursos psicológico. O que diferencia o alu-
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Fonte: BR Pinterest3
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não eram vistos como pessoas com- para criar uma linguagem para sur-
petentes, porque eles achavam que dos, foi John Bulwer. Uma grande
sem fala não havia conhecimento e personalidade no desenvolvimento
nem linguagem, de modo que os sur- de uma linguagem para surdos foi
dos eram abertamente marginaliza- professor francês Charles-Michel de
dos. Também na Roma Antiga, os lÉpée, um abade francês que se de-
surdos foram privados de seus direi- dicou à educação dos surdos com o
tos e impossibilitados de fazer seus intuito de educá-los segundo os
testamentos. princípios do cristianismo. Especia-
Em concordância com a au- listas na área lhe deram o título de
tora Lima (2014), é correto afirmar “Pai dos Surdos” e asseguram que
que, na Idade Média, por outro lado, ele foi o primeiro a criar, na segunda
até o século XII, a Igreja Católica metade do século XVIII, um alfabeto
não considerava a alma dos surdos de sinais para ensinar seus alunos
como imortal, porque eles não po- surdos na escola que fundou em
diam falar os sacramentos. Só na 1755.
Idade Moderna apareceu o primeiro
professor para surdos, Pedro Ponce Origem da Língua Brasi-
de León, um monge beneditino nas- leira de Sinais
cido na Espanha. Pedro Ponce ensi-
nou seus alunos a falar, ler e escrever A Língua de Sinais Francesa,
para que pudessem garantir sua he- que surgiu a partir do método do
rança, demonstrando assim que os abade LÉpée, foi de extremamente
surdos podem aprender. Este mon- importante para a consolidação da
ge beneditino conseguiu criar um Língua Brasileira de Sinais, pois a
manual, onde ensinava técnicas de Libras foi criada baseada no método
escrita e oralização, que possibilita- francês do século XVIII. No Brasil o
va aos surdos aprender a falar lín- pioneiro da educação de surdos foi o
guas diferentes. professor francês Ernest Huet, que
Conforme Thoma, Perlin, em 1855, a convite do imperador
Klein, Lopes, Sá, Teske, Moreira e Dom Pedro II mudou-se par ao Bra-
Lulkin (2015), outras contribuições sil. Huet fez parte da fundação da
importantes foram feitas, por exem- primeira escola para surdos, o cha-
plo, por Juan Pablo Bonet e John mado Imperial Instituto de Surdos-
Bulwer. Um dos primeiros a defen- Mudos, no Brasil. Esse instituto foi
der o uso de caracteres de sinais instituído pela Lei nº 839, de 26 de
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uma vez que ela garante a educação ensino de Libras como parte da for-
como direito de todos e também dá mação de professores no país, acesso
direito a atendimento educacional a profissionais especializados para
especializado na rede regular de en- atender este público, dentre outros.
sino. A Libras é ou deveria ser a lín-
Em concordância com o autor gua nativa dos surdos brasileiros, ou
Rodriguero e Yaegashi (2020), é seja, a primeira língua com a qual
correto afirmar que, outros avanços eles terão contato. Opostamente a
foram feitos através da Lei de Dire- língua portuguesa da modalidade
trizes e Bases da Educação Nacional, oral-auditiva, que usa a voz como ca-
de 1996 (Lei nº 9.394 / 96), e a Lei nal, a Libras está diretamente conec-
nº 10.098 de 19 de dezembro de tada aos movimentos e expressões
2000. No entanto, a Libras foi reco- faciais para ser entendida pelo desti-
nhecida apenas após a mencionada natário da mensagem. Por exemplo,
Lei nº 10.436, que estabeleceu o se- uma frase negativa é interpretada
guinte: devido ao movimento da cabeça, e
uma pergunta é entendida como
“Art. 1º É reconhecida como questionamento pela expressão fa-
meio legal de comunicação e ex-
cial de dúvida. Essas expressões fa-
pressão a Língua Brasileira de
Sinais - Libras e outros recursos ciais podem ser consideradas como
de expressão a ela associados. acréscimos aos significados das fra-
Parágrafo único. Entende-se
como Língua Brasileira de Si-
ses em Libras e, portanto, essa lin-
nais - Libras a forma de comu- guagem pertence à modalidade ges-
nicação e expressão, em que o tual-visual (SOUZA, 2018).
sistema linguístico de natureza
visual-motora, com estrutura
De acordo com Quadros
gramatical própria, constituem (2019), uma das principais caracte-
um sistema linguístico de trans- rísticas que classifica as Libras como
missão de ideias e fatos, oriun-
dos de comunidades de pessoas
língua é sua própria organização
surdas do Brasil.” gramatical. Suas estruturas frasais,
por exemplo, não seguem a estrutu-
Conforme Lima (2014), essa ra da língua portuguesa. As constru-
lei foi regulamentada alguns anos ções de sentenças em Libra são mais
depois pelo Decreto nº 5.626, de 22 objetivas e flexíveis, embora sigam
de dezembro de 2005. O conjunto principalmente o padrão sujeito-
dessas leis garantiu ao Brasil gran- verbo-objeto. Outra característica
des avanços no engajamento da co- importante é que, cada palavra em
munidade surda, ao estabelecer o Libras tem seu próprio caractere, e
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4 Retirado em https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/17/13/o-ldico-como-facilitador-no-ensino-da-
libras-na-educao-infantil
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todos os seus membros, sejam eles professor conheça a Libras e seja ca-
surdos ou ouvintes, e as leis que ga- paz de se comunicar e interagir com
rantem a inclusão escolar desses os alunos com deficiência auditiva,
alunos e a formação de professores que ao menos reconheça a Língua de
para ensinara a esse alunos, para Sinais como sendo a primeira língua
que as leis sejam cumpridas e assim desses alunos e que eles aprendam o
haja igualdade de oportunidades pa- português como um segundo idi-
ra surdos e ouvintes na escola (CAR- oma.
DONA, GOMAR, PALMÉS e SA- Para o autor Lopes Filho
DURNÍ, 2012). (2015), a mudança ocorre por causa
De acordo com Kelman, Oli- do desenvolvimento profissional,
veira e Almeida (2020), quando os que é uma construção do self profis-
professores se formam, eles trazem sional que se desenvolve ao longo da
consigo sua visão da escola como carreira. Diante da educação inclu-
alunos, portanto, ele está cheia de siva moderna, o professor precisa
crenças e valores sobre a educação refletir sobre sua prática inclusiva,
formal, que outros profissionais pois com o aumento da matrícula de
normalmente não possuem sobre a alunos surdos nas escolas, é funda-
sua área de trabalho, pois não passa- mental preparar o professor e a es-
ram diversos anos de suas vidas no cola para a comunicação em Libras a
ambiente de trabalho em que vão fim de interagir com os alunos e fa-
atuar, ao contrário dos professores mílias surdas. No entanto, o estudo
que ficaram na escola durante a in- de Libras em cursos iniciais de for-
fância e a adolescência, e depois vol- mação de professores mostra um
taram para o mesmo lugar, mas com dos princípios da educação, intera-
uma nova condição. Porém, valores ção e comunicação.
e crenças são alterados a partir do Segundo Souza (2018), o adul-
momento em que os docentes fazem to desempenha um papel significa-
atividades que adaptam o desenvol- tivo na aprendizagem e no desenvol-
vimento profissional, não apenas a vimento cognitivo da criança, uma
reflexão ou a criticidade discursiva, vez que na teoria da interação social
mas a constatação de novos conheci- e na interação com o meio ambiente,
mentos na prática, em uso, na com- e no contexto social com o outro, e
provação dos resultados. Portanto, é que possui influência predominante
importante ensinar Libras na forma- na forma como os alunos aprendem.
ção inicial de professores, para que o Para isso, é imprescindível que o
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te um aluno surdo aprenderá o por- tem uma condição própria dos de-
tuguês da mesma forma que um alu- mais alunos. Ser diferente não signi-
no ouvinte, por ser esta a sua segun- fica não ter identidade, pelo contrá-
da língua e, portanto, recomenda-se rio, as identidades são diferentes. E
que o professor utilize estratégias nessas diferenças entre identidades
pedagógicas que enfoquem o campo é que existem as diversidades, que é
visual da leitura de textos. O ensino- tão necessária para a construção da
aprendizagem da língua escrita aqui sociedade.
entendido implica uma reversão dos Conforme Quadros (2019), a
processos tradicionalmente desen- diferença entre as pessoas na socie-
volvidos na escola, antes de se pen- dade precisa ser reconhecida, pois
sar na produção escrita de uma se- possuem uma imagem distorcida do
gunda língua, deve-se habilitar com- surdo, por diversas vezes as pessoas
petências de leitura que garantam o não saberem ou não tolerarem a di-
conhecimento de do texto na sua di- ferença. Sendo assim, o professor
mensão genérica. precisa entender que não há sime-
Em concordância com o autor tria quando se trata de diferentes
Souza (2018), é correto afirmar que, identidades e, portanto, o surdo tem
desta forma, o professor tem um pa- o direito de ser reconhecido com res-
pel essencial na formação acadêmica peito devido as suas próprias carac-
dos alunos surdos, pois com certeza terísticas, visto que a legislação das
desempenha um papel fundamental políticas públicas em vigor defen-
neste contexto, que é a possibilidade dem essa afirmação. Porém, o pro-
de contribuir para a construção de fessor deve ser devidamente treina-
uma civilização humana de bem-es- do para poder trabalhar com o aluno
tar para todos, ou seja, os professo- surdo em sala de aula e com todos os
res podem ajudar na inclusão esco- alunos, sejam eles deficientes ou
lar e social dos alunos com deficiên- não.
cia, podem antes de tudo ser um mo-
delo para leitores e escritores de su-
cesso na aprendizagem da forma es-
crita da Língua Portuguesa para sur-
dos e, assim, ser uma boa referência
no processo ensino-aprendizagem.
O professor necessita entender que a
inclusão também está inserida no
conceito de diferença, pois o surdo
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5. Referências Bibliográficas
CARDONA, M. CLAUSTRE; GOMAR, ROCHA, LUIZ RENATO MARTINS DA;
CARME; PALMÉS, CARME; SADURNÍ, OLIVEIRA, JÁIMA PINHEIRO DE; REIS,
NÚRIA. Compreender a Perda Auditiva. MÁRCIA REGINA DOS. Surdez, Educação
Um Guia Para Pais, Professores, Educado- Bilíngue e Libras: Perspectivas Atuais. Cu-
res e Outros Profissionais. Porto, 2013. ritiba: CRV, 2020.
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