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Sugestão:

Coloque seu celular em modo


“Silencioso”

Estudos dos Problemas e Transtornos


de Aprendizagem

Maria Dorothea Chagas Correa


Dorothea.chagas@gmail.com
Ementa:
• Conhecimento sobre os distúrbios na aprendizagem: dificuldade de
discriminação visual e compreensão da leitura; dislexia; autismo. Distúrbios
na escrita referentes às etapas do grafismo como disortografia e disgrafia,
discalculia, hiperatividade, TOD (Transtorno Opositivo Desafiador) e DDAH
(distúrbio do déficit de atenção com hiperatividade).

• Implicações dos distúrbios no processo ensino-aprendizagem.

• Percepção do surgimento dos distúrbios na aprendizagem e suas


consequências.

• Percepção sobre o papel do educador na superação das dificuldades da


aprendizagem.

• Recursos técnicos para diagnóstico e procedimentos de intervenção


psicopedagógica em dificuldades na aprendizagem.
Nossas Aulas:

7/11
21/11
25/11
28/11
02/12
05/12
09/12
12/12
Avaliação

• 1- Trabalho em grupo sobre uma das dificuldades de aprendizagem


escolhidas. Escolher um dos transtornos e apresentá-lo à classe em power
point. (80%)

• 2- Escolher um dos filmes sobre transtornos de aprendizagem sugeridos ou


da sua própria escolha, assistí-lo em casa, fazer um resumo da história e
um paralelo com a educação. (10%)

• 3- Trazer, digitado, um caso de transtorno que você tenha vivenciado.


Expor à classe, contar como foi o diagnóstico e qual foi o desenvolvimento
(10%). Esse trabalho pode ser feito em grupo também.
Sugestão de Filmes
Data para a entrega do resumo: 25/11/2019
1- O contador

2- Ray Man

3- Uma mente brilhante

4- Forrest Gump

5- Nell

6- O contador de histórias
Temas para os Trabalhos em Grupo
Data das apresentações: 2/12/2019 e 5/12/2019
• Dislexia

• Autismo

• Disortografia e disgrafia

• Discalculia

• Hiperatividade

• TOD (Transtorno Opositivo Desafiador)

• TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade)


Apresentação dos casos vivenciados:

Dias 09/12/2019 e 12/12/2019


2º Encontro:

Transtornos na escrita: etapas do grafismo:

 Disortografia e disgrafia
 Discalculia
 Hiperatividade
 Transtorno do DDA (distúrbio do déficit de atenção)
 TDAH (Transtorno do déficit de atenção com
hiperatividade).
Transtornos

Quem convive, ensina e/ou trabalha com pessoas com:


Autismo, Dislexia, Disgrafia, Disortografia, Discalculia,
Hiperatividade, DDA, TDAH, TOD

precisa estar preparado para compreender as suas


características, responder às suas necessidades, promover
atividades educativas e pedagógicas individualizadas,
estimular o desenvolvimento pessoal e social, a
aprendizagem e o sucesso escolar e profissional
Disgrafia
A chamada letra feia

• Um aluno em processo de aprendizagem da escrita apresenta


dificuldades no traçado das letras
• O professor deverá ter especial atenção e fornecer todas as
orientações para a realização adequada da escrita

• O professor deve evitar a permanência de traçados incorretos


que poderão evoluir para um quadro de disgrafia
Para confirmar a disgrafia:

Letra excessivamente grande (macrografia) ou pequena (micrografia)


Forma irreconhecível das letras (inclinam ou simplificam)
Traçado exagerado e grosso (que vinca o papel) ou demasiado suave
Grafismo trêmulo ou com irregularidade, com variações no tamanhos
dos grafemas
Escrita rápida ou lenta
Espaçamento irregular das letras ou das palavras ou muito juntas
Erros e borrões que quase não deixam possibilidade para a leitura da
escrita
Desorganização geral na folha/texto
Utilização incorreta do instrumento com o qual escrevem
Intervenção
 Estabelecer um elo com o aluno
 Elogiar o esforço, mesmo com resultados abaixo do esperado
 Perceber a desmotivação e o desinteresse e alterar a intervenção
 Reforçar positivamente a caligrafia (mesmo sem grandes progressos)
 Aperfeiçoar as habilidades relacionadas com a escrita, praticando atividades como pintura,
desenho, modelagem
 Observar os movimentos e a posição gráfica
 Corrigir a forma/tamanho/inclinação das letras, o aspeto do texto, a inclinação da folha e a
manutenção das margens/linhas

Técnicas de relaxamento podem ajudar a reduzir a ansiedade, o estresse, a frustração e


a baixa autoestima

Geralmente são alunos tímidos, sossegados, mas inquietos internamente, com


motivação/interesse pela escola reduzidos e com baixos níveis de autoestima e autoconceito
Disortografia

Dificuldade manifestada por um conjunto de erros da


escrita que afetam a palavra, mas não o seu traçado ou
grafia

As dificuldades estão na organização, estruturação e


composição de textos escritos; a construção frásica é
pobre e geralmente curta, múltiplos erros ortográficos
e má qualidade gráfica
Cruz(2009) apresenta como fatores das dificuldades disortográficas:

- Dificuldades na automatização da escrita, que comprometem a


produção de textos

- Estratégias de ensino imaturas ou ineficazes, com a consequente


ignorância das regras de composição escrita

- Desconhecimento ou dificuldade em recordar os processos e sub


processos implicados na escrita
Para Torres & Fernández (2001), as causas da
disortografia estão relacionadas com aspetos

Perceptivos

Intelectuais

Linguísticos

afetivo-emocionais

pedagógicos
Percetivo: deficiências na percepção, na memória visual e auditiva e/ou a nível
espaço-temporal, o que traz consequências na correta orientação das letras e na
discriminação de grafemas com traços semelhantes

Intelectual: imaturidade intelectual; baixo nível de inteligência, pode levar a uma


escrita incorreta porque a criança não domina as operações de caráter lógico-
intelectual necessárias ao conhecimento e distinção dos diversos elementos
sonoros

Linguístico: Problemas de linguagem (pronúncia/articulação) e/ou deficiente


conhecimento e utilização do vocabulário (código restrito)

Afetivo-emocional: baixos níveis de motivação e atenção, que poderão fazer com


que o aluno cometa erros ortográficos (mesmo que conheça a ortografia das
palavras)

Pedagógico: Métodos de ensino inadequados: por exemplo, utilização frequente do


ditado, que não se ajusta às necessidades individuais dos alunos e não respeita os
seus ritmos de aprendizagem
 O aluno com disortografia não gosta de escrever

 Seus textos são reduzidos

 A pontuação é inadequada e a organização é


pobre

 A escrita evidencia numerosos erros ortográficos


de natureza muito diversa
Intervenção
Torres & Fernández (2001) salientam duas áreas importantes na reeducação da
disortografia: a intervenção sobre os fatores associados ao fracasso
ortográfico e a correção dos erros ortográficos específicos

São importantes os aspetos relacionados com a percepção, discriminação e memória auditiva


(exercícios de discriminação de ruídos, reconhecimento e memorização de ritmos, tons e
melodias) ou visual (exercícios de reconhecimento de formas gráficas, identificação de erros,
percepção figura-fundo); as características de organização e estruturação espacial (exercícios
de distinção de noções espaciais básicas, como direita/esquerda, cima/baixo, frente/trás); a
percepção linguístico-auditiva (exercícios de conscientização do fonema isolado, sílaba,
soletração, formação de famílias de palavras, análise de frases); e também exercícios que
enriqueçam o léxico e vocabulário da criança

Quanto à intervenção específica sobre os erros ortográficos, exercícios de


substituição de um fonema por outro, letras semelhantes, omissões/adições,
inversões/rotações, uniões/separações; de ortografia visual (exercícios de fonemas
com dupla grafia, diferenciação de sílabas, reforço da aprendizagem) e de
omissão/adição do “h” e das regras de ortografia (letras maiúsculas/minúsculas, “m”
antes de “b”/“p”, “r”/“rr”)
Discalculia – O que é

É “um distúrbio de aprendizagem que interfere


negativamente nas competências de matemática
de alunos que, em outros aspetos, são normais.”
(Rebelo, 1998a, p. 230)

É “uma desordem neurológica específica que


afeta a habilidade de uma pessoa compreender e
manipular números.” (Filho, 2007)
Causas:
Não existe uma causa única e simples que possa justificar o
aparecimento da discalculia

Os estudos efetuados nesta área são recentes e as conclusões não


podem, ainda, ser generalizadas. Investigações têm sido feitas em
vários domínios, como a neurologia, a linguística, a psicologia, a
genética e a pedagogia

Na área da pedagogia a discalculia é apontada como uma dificuldade


diretamente relacionada com os fenômenos que sucedem no processo
de aprendizagem, como métodos de ensino inadequados, inadaptação
à escola e outros
Alunos com ritmo de trabalho muito lento, usam os dedos para contar, são
ansiosos, desmotivados e têm receio de fracassar
Uma criança discalcúlica apresenta dificuldades:

-compreensão e memorização de conceitos matemáticos, regras e/ou


fórmulas
- sequenciação de números (antecessor e sucessor)
- diferenciação de esquerda/direita e de direções (norte, sul, este, oeste)
- compreensão de unidades de medida
- tempo (ver as horas em relógios analógicos)
- dinheiro
-resolução de operações matemáticas através de um problema proposto
-correspondência um a um
-conservação de quantidades
-utilização do compasso ou até mesmo da calculadora

Estas dificuldades podem conduzir, em casos extremos, a uma fobia


à matemática
Intervenção
A intervenção com um aluno discalcúlico é fazê-lo perceber
como é importante conviver com a matemática

As atividades devem facilitar o sucesso do aluno

O uso da calculadora deve ser permitido e a consulta à


tabuada também

Recebendo a intervenção adequada, a possibilidade de


desenvolvimento das capacidades matemáticas é grande

Algumas dessas dificuldades podem permanecer por toda a


vida (recordar dados numéricos, por exemplo)
Hiperatividade – O que é

Característica de pessoas muito agitadas, repletas


de energia, inquietas, muito ativas, mas nem
sempre significa um transtorno
Causas e Consequências

São multifatoriais: genética, ambiente e cultura


É difícil prevenir que uma criança desenvolva o transtorno

Consequências: dificuldade de aprendizagem, repetência


escolar, isolamento social, dificuldade de ingressar na
universidade, em realizar/finalizar tarefas domésticas ou
atividades como assistir a um filme, dificuldade em manter-se
ou crescer profissionalmente
Hiperatividade - Intervenção

O tratamento é feito por meio da psicoterapia


permite o autoconhecimento
reconhecimento das limitações

a pessoa diagnosticada consegue transformar


a hiperatividade em algo útil, como a prática de esportes
dinâmicos, vocação profissional em áreas que demandam
maior movimentação – e não um escritório fechado
TDA – Transtorno de déficit de atenção
Precisa ter pelo menos seis dos nove sintomas, durante seis meses ou mais,
prejudicando a sua vida

– Falta de atenção a detalhes

– Dificuldade em manter o foco

– Aparente desatenção ou ausência

– Falha em seguir instruções ou concluir tarefas

– Dificuldade de organização

– Relutância com tarefas que exigem esforço mental contínuo

– Facilidade em perder itens necessários no dia a dia

– Tendência a se distrair com estímulos alheios

– Facilidade em esquecer compromissos


TDAH
(transtorno do déficit de atenção com hiperatividade)

O TDAH é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas,


que aparece na infância e acompanha a pessoa por toda a
sua vida

Caracteriza-se por: desatenção, inquietude e


impulsividade
TDAH - Sintomas

Podem ser identificados na infância, na escola

Falta de interesse
Falta de atenção nas atividades desenvolvidas
Inquietude e impulsividade
TDAH - Tratamento

Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade não


tem cura, apenas tratamento com

Psicólogos
Psicopedagogos
Psiquiatras
Pedagogos
Hiperativos famosos

Jim Carrey – ator Salvador Dali – pintor Kirk Douglas – ator Whoopi Goldberg – atriz

Thomas Edison – (1847-1931) –


inventor da lâmpada (suas Abraham Lincoln
Magic Johnson (1809-1865)
professoras disseram que ele era
jogador de basquete presidente dos EUA
tão estúpido que não seria capaz
de aprender nada)
Ler é sempre bom!

FILHO, C. R. C. (2007). Jogos Matemáticos para estimulação da inteligência nos


distúrbios de Discalculia. Acedido a 9 de março de 2011 em
http://www.webartigos.com/articles/2067/1/Jogos-Matemaacuteticos-Para-
Estimulaccedilatildeo-Da-Inteligecircncia-Nos-Distuacuterbios-De-Discalculia/
pagina1.html#ixzz1JnDUXM53

PEREIRA, R. S. (2009). Dislexia e Disortografia – Programa de Intervenção e


Reeducação (vol. I e II). Montijo: You!Books.

REBELO, J. A. (1998a). Dificuldades de Aprendizagem em Matemática: as suas


relações com problemas emocionais. Coimbra: Revista Portuguesa de
Pedagogia, 2, 227-249.

TORRES, R. & FERNÁNDEZ, P. (2001). Dislexia, Disortografia e Disgrafia.


Amadora: McGraw-Hill.
ATÉ A PRÓXIMA!

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