Você está na página 1de 41

QUAL A RELAÇÃO?

TOD + TDAH

 Pessoas com TDAH e TOD apresentam maior chance


de terem piores notas, maior agressividade e mais
problemas com seus pares do que pacientes com
apenas TOD ou TDAH.
 O TOD acentua as características de externalização do
TDAH: impulsividade e agressividade.
 Pessoas com TOD tem melhor desempenho
acadêmico que pessoas com TDAH ou TDAH e TOD.
TOD + TDAH

 Todos apresentam comprometimento nas Funções


Executivas.
 • Todos apresentam irritabilidade, raiva e problemas
de comportamento numa constante maior que
crianças neurotípicas.
 • Ambos podem ter atraso de linguagem precoce e
distúrbios do sono.
 • A hiperatividade do TDAH é similar à inquietação dos
autistas que também pode ser confundida no TOD.
TOD + TDAH / SEGUIR REGRAS

 SEGUIR REGRAS
TDAH
• O TDAH conhece a regra, mas é impulsivo e as infringe.
TOD
• A pessoa com TOD conhece as regras e as infringe nos
rompantes emocionais e comportamentais, não
conseguindo controlar.
TOD + TDAH / LINGUAGEM

 LINGUAGEM
TDAH
• Não tem problemas de linguagem, mas pode
apresentar alguns atrasos pelas características da
patologia.
TOD
• Via de regra, não tem problemas de linguagem.
TOD + TDAH / REGULAÇÃO
EMOCIONAL

 REGULAÇÃO EMOCIONAL
TDAH
• A impulsividade faz com que ela tenha reações inesperadas
ou indesejáveis no âmbito social.
• Autocontrole.
TOD
• A regulação emocional está comprometida nestas
patologia, o que faz com que ela não controle as crises.
TOD + TDAH / SOCIALIZAÇÃO

 SOCIALIZAÇÃO
TDAH
• A impulsividade e a hiperatividade podem atrapalhar
algumas relações.
TOD
• O comportamento opositor e desafiador pode
prejudicar algumas relações com os pares.
TOD + TDAH / NÃO OUVEM QUANDO
CHAMADAS

 NÃO OUVEM QUANDO CHAMADAS


TDAH
• Decorrentes das características de desatenção do
transtorno, que afetam seu rendimento escolar.
TOD
• Compreende bem quando são chamadas, mas muitas
vezes se opõe fingindo não ouvir.
TOD + TDAH / PROBLEMAS ESCOLARES

 PROBLEMAS ESCOLARES
TDAH
• Decorrentes das características de desatenção do
transtorno, que afetam seu rendimento escolar.
TOD
• O funcionamento da criança é afetado pelo contexto
sociocomportamental.
TDAH – TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E
HIPERATIVIDADE / IMPULSIVIDADE - F90 / 90.1 / 91 / 98

VAMOS FALAR DE TDAH!


NÃO É UMA DOENÇA!
SÃO HABILIDADES DIFERENTES!
EXISTE MESMO O TDAH?

 Você já deve ter se deparado com crianças que não conseguem parar quietas, estão o tempo
todo “aprontando”, “a mil”, como se estivessem “ligadas na tomada”. Muitas vezes essas
crianças parecem não ouvir quando chamadas, e quando “ouvem” parecem ter muita
dificuldade em se organizar para fazer o que lhes é pedido. Frequentemente têm dificuldade
em aguardar sua vez nas atividades, interrompem os outros, mudam de assunto de forma
recorrente e agem impulsivamente, chegando a apresentar comportamentos agressivos. Na
escola essas crianças apresentam, frequentemente, dificuldades no aprendizado, assim
como no relacionamento com seus colegas, levando tanto a repetências quanto à evasão
escolar, a expulsões e a sentimentos de menos valia e baixa autoestima.
 Em geral, a primeira reação é pensar que são crianças mal educadas, com pais ausentes e
com dificuldade para “impor limites”. É possível que essa primeira impressão esteja correta.
Entretanto, também é possível que elas apresentem algum problema médico, entre eles o
TDAH.
O QUE É O TDAH?

 O TDAH é um transtorno neurobiológico frequente, que acomete crianças, adolescentes e


adultos, independente de país de origem, nível socioeconômico, raça ou religião.
 Caracterizado por um fluxo baixo dos neurotransmissores dopamina e noradrenalina no
cérebro, o TDAH afeta principalmente o funcionamento da região frontal do cérebro (córtex),
responsável entre outras atividades pelas funções executivas (FE). As FE têm uma definição
bastante ampla. É um termo “guarda chuva” que abriga um número grande de subdomínios
extremamente importantes para o funcionamento das pessoas. Entre eles podemos citar:
 Elaboração do raciocínio abstrato, alternância de tarefas, planejamento e organização das
atividades, elaboração de objetivos, geração de hipóteses, fluência, memória operacional,
resolução de problemas, formação de conceitos, inibição de comportamentos,
automonitoramento, iniciativa, autocontrole, flexibilidade mental, controle da atenção,
manutenção de esforço sustentado, antecipação, regulação de comportamentos e
criatividade.
FUNÇÕES EXECUTIVAS – POSSÍVEIS DÉFICITS ASSOCIADOS:

 Controle da atenção - Impulsividade, falta de autocontrole, dificuldades para completar tarefas,


cometimento de erros de procedimento que não consegue corrigir, responder inapropriadamente
ao ambiente.
 Processamento de informação - Respostas lentificadas (leva mais tempo para compreender o
que é pedido e para realizar tarefas), hesitação nas respostas, tempo de reação lento.
 Flexibilidade cognitiva - Rigidez no raciocínio e nos procedimentos (faz as coisas sempre da
mesma forma, repetindo erros cometidos anteriormente), dificuldade com mudanças de regras,
de tarefas e de ambientes.
 Estabelecimento de objetivos - Poucas habilidades de resolução de problemas, planejamento
inadequado, desorganização, dificuldades para estabelecer e seguir estratégias eficientes, déficit
no raciocínio abstrato.
 Memória operacional - Dificuldade tanto no processo de codificação, armazenamento e
evocação, dificultando o aprendizado de novas informações e de lembrar das ações a serem
realizadas no dia-a-dia.
 Controle inibitório - Dificuldade para inibir comportamentos inadequados e que possam interferir
na realização das atividades.
FUNÇÕES EXECUTIVAS:

 As FE são processos fundamentais na aprendizagem, pois permitem o processamento de informações,


a integração das informações selecionadas, os processos mnêmicos (estratégias de memorização e
evocação da informação armazenada na memória), na programação das respostas motoras e
comportamentais. Além das possíveis alterações no funcionamento executivo, a criança com TDAH
também apresenta déficits associados a outras áreas do desenvolvimento que aumentam ainda mais
as dificuldades na aprendizagem e na escolarização. Há evidências de que as crianças com TDAH
podem apresentar dificuldades para entender o que lhes é dito e para se expressarem. Quando a
criança não consegue compreender adequadamente os outros e o que esperam dela e/ou não
consegue expressar de forma clara suas necessidades ou desejos, os relacionamentos sociais, a sua
capacidade de controle dos comportamentos e a aprendizagem podem ficar afetados. Crianças com
TDAH também apresentam maiores índices de má articulação e de fala desorganizada, o que implica
em dificuldade para organizar o pensamento e as respostas, especialmente as respostas complexas de
compreensão de leitura. Estudos demonstram, também, maiores índices de dificuldades na
coordenação motora refinada, que afetam principalmente a escrita tanto no aspecto do tempo que
levam para escrever, quanto na qualidade da letra. É importante ressaltar que pessoas diferentes
podem ter comprometimentos de funções diferentes, e com intensidades diferentes, o que muitas
vezes dificulta a avaliação, o diagnóstico e o tratamento.
COMO SE TRATA O TDAH?

 O tratamento do TDAH envolve abordagens múltiplas.


 Intervenções psicoeducacionais:
 - com a família.
 - com o paciente.
 - com a escola.
 • Intervenções psicoterapêuticas, psicopedagógicas e de reabilitação neuropsicológica.
 • Intervenções psicofarmacológicas.
QUAL O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO DIAGNÓSTICO E NO
TRATAMENTO DO TDAH?

 Você deve estar se perguntando, o que os professores têm a ver com o processo
diagnóstico e com o tratamento de TDAH?
 A reposta é: os professores têm TUDO a ver com esse processo!
COMO O PROFESSOR PODE AJUDAR NO TRATAMENTO DO TDAH? QUAL O PAPEL
DA ESCOLA E DO PROFESSOR NO ACOMPANHAMENTO DA CRIANÇA COM
TDAH?

 É comum os professores perguntarem: se o TDAH é um transtorno porque o professor teria


responsabilidade sobre o tratamento?
 Como contribuir para a melhora da criança?
 Como descrito, o TDAH não é um transtorno que afeta apenas o comportamento da criança.
Na medida em que afeta também a capacidade para a aprendizagem, a escola precisa
assumir o importante papel de organizar os processos de ensino de forma a favorecer ao
máximo a aprendizagem. Para tal, é necessário que direção, coordenações, equipe técnica e
professores se unam para planejar e implementar as técnicas e estratégias de ensino que
melhor atendam às necessidades dos alunos que se encontram sob sua responsabilidade. O
mais importante é o professor conhecer o TDAH e reconhecer que essas crianças
necessitam de ajuda. Além disso, utilizar estratégias que possam ajudá-las no aprendizado
também é fundamental para o tratamento dos portadores de TDAH.
ESTRATÉGIAS, FERRAMENTAS E ALGUMAS DICAS IMPORTANTES PARA
LIDAR COM O TDAH NAS ESCOLAS

 Antes de qualquer coisa, os professores devem fazer uma avaliação dos pontos abaixo:

• Qual é a dificuldade mais importante do aluno com TDAH?


• O que mais atrapalha no desempenho escolar daquele aluno?

 Ao conseguir responder a essas perguntas, o professor cria melhores condições para traçar as
estratégias que aplicará em sala de aula. Quando se conhece aquilo que, de fato, tem atrapalhado o
bom desempenho de um determinado aluno fica mais fácil pensar em soluções viáveis e eficazes.
 Depois disso, o segundo passo importante é saber distinguir o que a pessoa com TDAH é capaz de
fazer e o que não é (principalmente ao lidar com comportamentos disruptivos) e assim não criar
expectativas fora da realidade. Talvez essa seja uma das partes mais difíceis, mas não desanime,
observar o aluno e estudar sobre o TDAH são as melhores formas de se preparar para fazer essa
distinção sobre o que é sintoma e/ou consequência do Transtorno daquilo que não é. Nesse sentido,
cuidado para não repreender o tempo todo: sintomas primários NÃO podem ser punidos!
ESTRATÉGIAS, FERRAMENTAS E ALGUMAS DICAS
IMPORTANTES PARA LIDAR COM O TDAH NAS ESCOLAS

 Recompensar progressos sucessivos em vez de esperar pelo comportamento perfeito,


essa é uma dica de ouro! Independentemente de ser alguém com TDAH, essa dica
deve valer para todos e para todo processo de mudança importante. Para o TDAH é
ainda mais válido porque tem mais dificuldade em lidar com recompensas a longo
prazo.

• Não deixar flutuações de humor ou cansaço interferirem no trabalho de inclusão e agir da


mesma forma mesmo quando as situações se modificam. Na implementação das estratégias
de sala de aula o papel do professor é de extrema importância, é quase imensurável a
diferença que um professor informado e motivado corretamente pode fazer para seus
alunos!!!
ESTRATÉGIAS, FERRAMENTAS E ALGUMAS DICAS
IMPORTANTES PARA LIDAR COM O TDAH NAS ESCOLAS
• Todos os recursos abaixo podem e devem ser usados para os alunos com TDAH. Construí-los de uma
forma divertida e em grupo com os alunos ajuda ainda mais a engajá-los na importância de tais
ferramentas.
▪ Lembretes em agendas e/ou cadernos;
▪ Listas de tarefas;
▪ Anotações em provas e trabalhos;
▪ Quadro de Avisos e cronogramas, servindo como ferramentas organizadoras de horários e datas
importantes;
▪ Uma outra dica, ainda dentro desta dica, é eleger junto com os alunos alguns representantes para
serem responsáveis por cada um desses recursos.
 O ideal não é tentar encaixar a todo custo um aluno com especificidades em um modelo
educacional que mais dificulta do que facilita o aluno com TDAH a desenvolver sua
competência.
ESTRATÉGIAS, FERRAMENTAS E ALGUMAS DICAS
IMPORTANTES PARA LIDAR COM O TDAH NAS ESCOLAS
• Conversar com a criança e seus pais sobre o método mais fácil de estudo em casa,
facilita muito a vida dos que têm TDAH. Proponha aos pais alguns “experimentos” de
formas de estudos diferentes até que seja encontrada a mais adequada para aquele
aluno, contanto que inclua uma programação de estudo com intervalos e assim não
acúmulo de matéria.

• Ambientes com muitos distratores / estímulos externos devem ser evitados. Uma sala de
aula deve contar apenas elementos necessários para a situação de aula daquele
momento. Murais com muitas informações ficam melhor colocados nos corredores, por
exemplo. Músicas ou barulhos externos com frequência também devem ser evitados.

 No ambiente escolar, evitar instruções muito longas e parágrafos muito extensos! Isso
certamente será apreciado e facilitará o aprendizado de todos os alunos sem exceção.
Por exemplo: Provas com enunciados longos funcionam muito mais como “armadilha” do
que uma tentativa de esclarecimento da pergunta. Espaço entre as perguntas e clareza
nas instruções são imprescindíveis para uma melhor realização de provas.
ESTRATÉGIAS, FERRAMENTAS E ALGUMAS DICAS
IMPORTANTES PARA LIDAR COM O TDAH NAS ESCOLAS
• Uma boa forma de envolver todos os alunos, principalmente os que têm TDAH, é solicitar que um
aluno repita a instrução que você acabou de dar para a realização de uma determinada tarefa
(alternância entre os alunos aumenta a atenção de toda a turma).

• Atividades que exijam maior integridade da atenção sustentada devem ser feitas preferencialmente no
início da aula, ou seja, as tarefas que demandam mais atenção contínua por um período maior devem
ser priorizadas e assim serem feitas logo no início da aula. Por exemplo: Provas deverão acontecer no
primeiro tempo de aula. No último tempo o aluno já teve várias aulas, de várias matérias, que acabam
funcionando como elementos de distração e podem prejudicar todos os alunos, especialmente os que
tem TDAH.

• Conscientizar os alunos com TDAH do tipo de prejuízo que o comportamento impulsivo pode trazer
tanto para ele quanto para o grupo. Os alunos com TDAH precisam se dar conta de que interromper a
fala do professor ou o andamento das atividades pode ser altamente improdutivo para ele e para o
grupo. Isso deve ser feito individualmente e de forma que não culpe o aluno, apenas sirva como uma
conversa esclarecedora.
ALGUMAS ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM TDAH.
ATENÇÃO E MEMÓRIA SUSTENTADA:
ALGUMAS TÉCNICAS PARA MELHORAR A ATENÇÃO E MEMÓRIA SUSTENTADAS:

 1 – Quando o aluno desempenhar a tarefa solicitada ofereça sempre um feedback positivo


(reforço) através de pequenos elogios e prêmios que podem ser: estrelinhas no
caderno, palavras de apoio, um aceno de mão… Os feedbacks e elogios devem
acontecer SEMPRE E IMEDIATAMENTE após o aluno conseguir um bom desempenho
compatível com o seu tempo e processo de aprendizagem.

 2 – NÃO criticar e apontar, em hipótese alguma, os erros cometidos como falha no
desempenho. Alunos com TDAH precisam de suporte, encorajamento, parceria e
adaptações. Esses alunos DEVEM ser respeitados. Isto é um direito! A atitude positiva do
professor é fator DECISIVO para a melhora do aprendizado.

 3 – Na medida do possível, oferecer para o aluno e toda a turma tarefas diferenciadas. Os
trabalhos em grupo e a possibilidade de o aluno escolher as atividades nas quais quer
participar são elementos que despertam o interesse e a motivação. É preciso ter em vista
que cada aluno aprende no seu tempo e que as estratégias deverão respeitar a
individualidade e especificidade de cada um.
ALGUMAS ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM TDAH.
ATENÇÃO E MEMÓRIA SUSTENTADA:
ALGUMAS TÉCNICAS PARA MELHORAR A ATENÇÃO E MEMÓRIA SUSTENTADAS:

 4 – Optar por, sempre que possível, dar aulas com materiais audiovisuais, computadores,
vídeos, e outros materiais diferenciados como revistas, jornais, livros etc. A diversidade de
materiais pedagógicos aumenta consideravelmente o interesse do aluno nas aulas e,
portanto, melhora a atenção sustentada.

 5 – Utilizar a técnica de “aprendizagem ativa” (high response strategies): trabalhos em


duplas, respostas orais, possibilidade de o aluno gravar as aulas e/ou trazer seus trabalhos
gravados em pendrive ou nuvem para a escola.

 6 – Adaptações ambientais na sala de aula: mudar as mesas e/ou cadeiras para evitar
distrações. Não é indicado que alunos com TDAH sentem junto a portas, janelas e nas
últimas fileiras da sala de aula. É indicado que esses alunos sentem nas primeiras fileiras,
de preferência ao lado do professor, para que os elementos distratores do ambiente não
prejudiquem a atenção sustentada.
ALGUMAS ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM TDAH.
ATENÇÃO E MEMÓRIA SUSTENTADA:
ALGUMAS TÉCNICAS PARA MELHORAR A ATENÇÃO E MEMÓRIA SUSTENTADAS:

 7 – Usar sinais visuais e orais: o professor pode combinar previamente com o aluno
pequenos sinais cujo significado só o aluno e o professor compreendem. Exemplo: o
professor combina com o aluno que todas as vezes que percebê-lo desatento durante as
atividades, colocará levemente a mão sobre seu ombro para que ele possa retomar o foco
das atividades.

 8 – Usar mecanismos e/ou ferramentas para compensar as dificuldades memoriais:
tabelas com datas sobre prazo de entrega dos trabalhos solicitados, usar post-it para fazer
lembretes e anotações para que o aluno não esqueça o conteúdo.

 9 – Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais importantes de uma tarefa, texto
ou prova.
TEMPO E PROCESSAMENTO DAS INFORMAÇÕES:

 1 – Usar organizadores gráficos para planejar e estruturar o trabalho escrito e facilitar a


compreensão da tarefa.

 2 – Permitir como respostas de aprendizado apresentações orais, trabalhos manuais e


outras tarefas que desenvolvam a criatividade do aluno.

 3 – Encorajar o uso de computadores, gravadores, vídeos, assim como outras tecnologias


que possam ajudar no aprendizado, no foco e motivação.

 4 – Reduzir ao máximo o número de cópias escritas de textos. Permitir a digitação e


impressão, caso seja mais produtivo para ao aluno.
TEMPO E PROCESSAMENTO DAS INFORMAÇÕES:

 5 – Respeitar um tempo mínimo de intervalo entre as tarefas. Exemplo: propor um


trabalho em dupla antes de uma discussão sobre o tema com a turma inteira.

 6 – Permitir ao aluno dar uma resposta oral ou gravar, caso ele tenha alguma dificuldade
para escrever.

 7 – Respeitar o tempo que cada aluno precisa para concluir uma atividade. Dar tempo
extra nas tarefas e nas provas para que ele possa terminar no seu próprio tempo.
ORGANIZAÇÃO E TÉCNICAS DE ESTUDO:

 1 – Dar as instruções de maneira clara e oferecer ferramentas para organização do aluno


desenvolver hábitos de estudo. Incentivar o uso de agendas, calendários, post-it, blocos de
anotações, lembretes sonoros do celular e uso de outras ferramentas tecnológicas que o aluno
considere adequada para a sua organização.

 2 – Na medida do possível, supervisionar e ajudar o aluno a organizar os seus cadernos, mesa,
armário ou arquivar papéis importantes.

 3 – Orientar os pais e/ou o aluno para que os cadernos e os livros sejam “encapados” com papéis de
cores diferentes. Exemplo: material de matemática – vermelho, material de português – azul, e assim
sucessivamente. Este procedimento ajuda na organização e memorização dos materiais.

 4 – Incentivar o uso de pastas plásticas para envio de papéis e apostilas para casa e retorno para a
escola. Desta forma, todo o material impresso fica condensado no mesmo lugar minimizando a
eventual perda do material.
ORGANIZAÇÃO E TÉCNICAS DE ESTUDO:

 5 – Utilizar diariamente a agenda como canal de comunicação entre o professor e os pais. É


extremamente importante que os pais façam observações diárias sobre o que observam no
comportamento e no desempenho do filho em casa, assim como o professor poderá fazer o
mesmo em relação às questões relacionadas à escola.

 6 – Estruturar e apoiar a gestão do tempo nas tarefas que exigem desempenho em longo prazo.
Exemplo: ao propor a realização de um trabalho de pesquisa que deverá ser entregue no prazo de 30
dias, dividir o trabalho em partes, estabelecer quais serão as etapas e monitorar se cada uma delas
está sendo cumprida. Alunos com TDAH apresentam dificuldades em desempenhar tarefas em longo
prazo.

 7 – Ensine e dê exemplos frequentemente. Use folhas para tarefas diárias ou agendas. Ajude os
pais, oriente-os como proceder e facilitar os problemas com deveres de casa. Alunos com TDAH não
podem levar “toneladas” de trabalhos para fazer em casa num prazo de 24 horas.
TÉCNICAS DE APRENDIZADO E HABILIDADES METACOGNITIVAS:

 1 – Explicar de maneira clara e devagar quais são as técnicas de aprendizado que


estão sendo utilizadas. Exemplo: explicar e demonstrar na prática como usar as fontes,
materiais de referência, anotações, notícias de jornal, trechos de livro etc.

 2 – Definir metas claras e possíveis para que o aluno faça sua autoavaliação nas
tarefas e nos projetos. Este procedimento permite que o aluno faça uma reflexão sobre o
seu aprendizado e desenvolva estratégias para lidar com o seu próprio modo de aprender.

 3 – Usar organizador gráfico para ajudar no planejamento, organização e compreensão


da leitura ou escrita.
INIBIÇÃO E AUTOCONTROLE:

 1 – Buscar sempre ter uma postura pró-ativa. Antecipar as possíveis dificuldades de aprendizado que possam surgir e
estruturar as soluções. Identificar no ambiente de sala de aula quais são os piores elementos distratores (situações que
provocam maior desatenção) na tentativa de manter o aluno o mais distante possível deles e, consequentemente, focado o
maior tempo possível na tarefa em sala de aula.

 2 – Utilizar técnicas auditivas e visuais para sinalizar transições ou mudanças de atividades. Exemplo: falar em voz
alta e fazer sinais com as mãos para lembrar a mudança de uma atividade para outra, ou do término da mesma.
 3 – Dar frequentemente feedback (reforço) positivo. Assinale os pontos positivos e negativos de forma clara,
construtiva, respeitosa. Este monitoramento é importante para o aluno com TDAH, pois permite que ele desenvolva uma
percepção do seu próprio desempenho, potencial e capacidade e possa avançar motivado em busca da sua própria
superação.

 4 – Permitir que o aluno se levante em alguns momentos, previamente combinados entre ele e o professor. Alunos com
hiperatividade necessitam de alguma atividade motora em determinados intervalos de tempo. Exemplo: pedir que vá
ao quadro (lousa) apagar o que está escrito, solicitar que vá até a coordenação buscar algum material etc. Ou mesmo
permitir que vá rapidamente ao banheiro ou ao corredor beber água. Este procedimento é extremamente útil para diminuir a
atividade motora e, muitas vezes, é ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO para crianças muito agitadas.
F93.1 TOD – TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR.

 Definição: O Transtorno opositivo desafiador é uma condição comportamental muito comum


em crianças em idade escolar. O TOD consiste em um padrão de comportamentos negativos,
hostis e desafiadores, de forma persistente. Esses comportamentos são observados nas
interações sociais da criança. Ocorre principalmente com adultos e com figuras de
autoridade, mas também aparece na interação da criança com os colegas da escola. O TOD
pode ser ou estar relacionado com outras questões comportamentais como o TDAH
(Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade) e pode proceder ao desenvolvimento do
transtorno de conduta.
 As principais características do TOD são: perda frequente de paciência, discussão com
adultos e figuras de autoridade, recusa a obedecer e seguir regras, se aborrece com
facilidade e mostra-se muito raivoso, frequentemente incomoda deliberadamente outras
pessoas; frequentemente culpa outros por seus erros ou mau comportamento é agressivo e
irritado. São crianças que tem dificuldade em controlar seu comportamento e suas emoções.
Algumas apresentam sensibilidade à barulhos, distúrbio do sono, manias ou rituais.
F93.1 TOD – TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR.

 FLUXO PULSIONAL OPOSITOR DESAFIANTE


 AUTOCUIDADO
 PROCESSO DE REVERSAO DOS COMPORTAMENTOS
 ROTINA E COMBINADOS, NUNCA DESISTIR DAS ENTRATEGIAS BASICAS
 LUDICIDADE E COMUNICAÇÃO
 PSICOEDUCAÇÃO, ENTENDENTO O TOD. (PARA CRIANÇA)
 NOMEAÇÕES DISFUNCIONAIS
 GRAU DE CONSCIENCIA E GRAU DE CONSEQUENCIA
 O QUE FAZER PARA A CRINÇA APRENDER?
 FAÇA UMA REFLEXAO DA SITUAÇÃO
 DEPOIS FAÇA UMA REFLEXAO DO QUE FOI FEITO
 DEPOIS TRAGA O PREJUIZO PARA ELE
 REGULAÇÃO EMOCIONAL
 REFORÇO POSITIVO X REFORÇO NEGATIVO
 ESPAÇO DE REGULAÇÃO EMOCIONAL
 DAR LIMITES? NÃO! EU PRECISO EDUCAR PARA UMA VIDA ADULTA
 A CONSTRUÇÃO DOS LIMITES ADPTADOS ATRAVES DE LIDERANÇA
F93.1 TOD – TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR.

 O que funciona com uma criança que apresenta TOD?


 Rotinas organizadas e com poucas tarefas, falar de forma objetiva
e direta com a criança num tom calmo porém firme, combinados
(o que for combinado deve ser cumprido sem abrir precedentes –
Exemplo: combinou um horário, o mesmo deve ser respeitado) e
comandos diretos sem muitas explicações porque ela não vai
ouvir
TOD EM SALA DE AULA

 Em vez de apenas mencionar as regras e regulamentos da sala de aula,


ensine-os a aplicar a regra em suas ações. Isso evita o problema de as
crianças tentarem encontrar “brechas” nas regras da sua sala de aula.
Integre isso em suas aulas. Alunos desafiadores de oposição gostam de
estar no controle de uma situação, portanto, quando apropriado, em vez de
fornecer diretrizes, façam perguntas. Em vez de dizer “você precisa terminar
seu trabalho antes de sair da detenção”, pergunte à criança “o que você
precisa fazer antes de sair da detenção?”
TOD EM SALA DE AULA

 Transforme argumentos em discussões. Não ceda ou se rebaixe ao nível do seu aluno e argumente
incessantemente. Dê à criança escolhas explícitas e concorde em ouvi-la e entreter suas ideias e
desejos.
 Dê Escolhas. Quando eles estiverem reclamando sobre a quantidade de trabalho na ortografia, dê a
eles a opção de fazer seu trabalho agora ou não podem ir à academia ou fazer alguma outra atividade
desejável. Isso ajuda a dar-lhes autonomia ou autocontrole.
 A independência é necessária para as crianças e os adolescentes, pois leva a uma maior
responsabilidade. Permita alguma escolha de independência de seu filho adolescente, bem como
ofereça a ele algumas tarefas independentes mais estruturadas que exijam responsabilidade.
 Quando um aluno menciona como outro professor não o puniu por um comportamento, volte a focar
na instrução atual. Por exemplo, diga “você acha que só porque alguém deixou você se safar do
comportamento, não se aplica aqui, mas se aplica”
TOD EM SALA DE AULA

 Elogie e reconheça o comportamento positivo do seu aluno ou mesmo a falta de


comportamento negativo com o qual você está acostumado. Aponte características positivas.
 Evite mudanças rápidas na rotina normal. Afixe os horários na sala de aula ou na mesa do
aluno. Isso fortalece a criança. Para crianças mais novas, uma programação de fotos pode ser
mais eficaz.
 Evite tarefas que estão além da capacidade do aluno. Manter as tarefas em seu nível de
habilidade, permite que eles ainda mantenham o controle.
 Evite sinais de desaprovação em relação à criança. Isso mais uma vez faz com que a criança
sinta que precisa recuperar o controle novamente, fazendo com que se comporte mal.
TOD EM SALA DE AULA

 Se e quando a criança se calar e se recusar a falar, mantenha a calma e exponha seus


sentimentos e ponto de vista, e então afaste-se da briga em potencial. A criança vai ouvir
você, quer ela pareça ou não estar ouvindo. Declare as consequências que virão desse
comportamento até que a criança esteja pronta para falar.
 As consequências devem ser diretas e fáceis de entender, bem como acordadas por todas as
partes envolvidas. Regras e consequências consistentes devem ser seguidas por todos que as
estão implementando.
 Mantenha uma posição firme e consistente sobre as consequências das violações das
políticas, leis e normas sociais da escola. Imponha limites, mas expresse amor incondicional.
F93.1 TOD – TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR.

 O que perturba uma criança com TOD? - Tudo o que foi imprevisível para ela pode
desencadear algum tipo de surto. Caso combinem algo e aquilo por alguma eventualidade
não possa ser realizado pode desencadear uma reação de irritabilidade porque vai gerar
uma frustração. Crianças com TOD não suportam frustrações. Portanto, ao combinar deem
pelo menos duas possibilidades.
 Barulhos: algumas crianças podem se assustar com barulhos ou gritos, portanto evitem
gritar com uma criança que apresenta esse comportamento isso vai desencadear um
comportamento inadequado.
 Hiperfoco: algumas crianças quando estão realizando alguma atividade focam
especificamente naquilo e, portanto, quando é solicitada sua atenção para outra situação ou
até mesmo uma conversa será provável que essa criança não escute o chamado.
 Escrever: crianças com TOD não gostam de escrever, tudo o que remete esforço e demora
a ser concluído desvia sua atenção e o dispersa, alguns são mais sensoriais e podem sentir
“dores” nas articulações.
F93.1 TOD – TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR.
COMO ATENDER UMA CRIANÇA COM TOD NA ESCOLA?

 O aluno deve se sentar num lugar que não ofereça distração, o ideal seria no centro
da sala e no máximo na segunda carteira com o intervalo de uma carteira vazia à sua
frente e até mesmo dos lados caso necessário. Caso o aluno apresenta atitudes de
forma a chamar atenção pelo lado negativo, tente sentá-lo perto de colegas que seja um
bom exemplo para a turma e que sejam mais calmos. Se o aluno não tem noção do
espaço pessoal, ou seja, caminha entre as carteiras para ir falar com os outros alunos,
tente aumentar o espaço entre as mesas, assim é possível evitar quedas ou que ele
possa derrubar objetos que estão a sua volta .
 Tarefas e trabalhos: disponibilizar um tempo maior para que o aluno conclua, dividir a
tarefas longas em partes menores ou encurta-las, diminuir a quantidade de trabalhos.
Caso ele tenha dificuldade em seguir instruções ou se distrai facilmente, tente combinar
instruções por escrito com as instruções faladas ou até mesmo chamar sua atenção por
meio de um sinal combinado.
F93.1 TOD – TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR.
COMO ATENDER UMA CRIANÇA COM TOD NA ESCOLA?

 Concluindo: O TOD pode ocorrer em qualquer faixa etária, atinge


principalmente as crianças em idade pré-escolar. Quanto mais precoce o
diagnóstico melhor será a o desenvolvimento dessa criança. Na entrada da
adolescência, por volta dos 12 anos o TOD é mais complicado podendo levar
alguns adolescentes a desenvolver o TC (transtorno de conduta). É nesta
fase que os problemas se multiplicam. Contudo, com um manejo adequado,
terapias comportamentais, esportes e em alguns casos com o uso de
medicação esse quadro apresentará ótima evolução. Para a ESCOLA o que
vai funcionar é o trabalho conjunto: FAMÍLIA X ESCOLA.

Você também pode gostar