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O ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à
circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo
mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
Este sistema é conhecido como “débito x crédito”, onde abate-se do montante devido pelo
contribuinte o valor pago por este em etapas anteriores, em suas compras de bens ou serviços já
tributados pelo imposto.
O crédito do ICMS advém do direito de abater das respectivas saídas o imposto pago na aquisição
de produtos e mercadorias e serviços.
O montante do crédito corresponde ao valor a ser abatido do respectivo débito do imposto. Caso o
crédito seja maior que o débito, denomina-se "crédito acumulado".
Exemplo:
II - havendo saldo remanescente, transferidos pelo sujeito passivo a outros contribuintes do mesmo
Estado, mediante a emissão pela autoridade competente de documento que reconheça o crédito.
Contribuintes do ICMS
Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que
caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações
se iniciem no exterior.
Parágrafo único - É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade:
a) importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo permanente do
estabelecimento;
b) seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
c) adquira em licitação mercadorias apreendidas ou abandonadas;
d) adquira petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e
energia elétrica, oriundos de outra unidade da Federação, quando não destinados à comercialização
ou à industrialização.
ALÍQUOTAS DO ICMS/RS
Compete aos Estados e ao Distrito Federal estabelecer as alíquotas para o cálculo do ICMS
incidente sobre as operações e prestações realizadas dentro do Estado, enquanto que para as
interestaduais cabe ao Senado Federal através de resolução, estabelecer as alíquotas
correspondentes, art. 155, § 2º, IV da Constituição Federal.
Nos termos do Livro I, dos artigos 26 a 29 do Regulamento, aprovado pelo Decreto nº 37699/97-
RICMS, do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto nº
37699/97- RICMS, são fixadas as alíquotas para as operações e prestações desenvolvidas no
Estado do Rio Grande do Sul.
Operações Internas
Alíquotas
II- 25% - Armas e munições, classificadas no Capítulo 93 da NBM/SH; artigos de antiquários, Aviões
de procedência estrangeira, para uso não comercial, Bebidas, exceto: vinho e derivados da uva e do
vinho, assim definidos na Lei Federal nº 7.678, de 08/11/88; sidra e filtrado doce de maçã;
aguardentes de cana no código classificadas na NBM/SH 2208.40.0200; água mineral e sucos de
frutas não fermentados, sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros
edulcorantes; e refrigerante; brinquedos, na forma de réplica ou assemelhados de armas e outros
artefatos de luta ou de guerra, que estimulem a violência; cigarreiras, cigarros, cigarrilhas, charutos,
cachimbos, fumos desfiados e encarteirados, fumos para cachimbos e fumos tipo crespo;
embarcações de recreação ou de esporte; perfumaria e cosméticos (posições 3303, 3304, 3305 e
3307, da NBM/SH); gasolina, exceto de aviação, e álcool anidro e hidratado pra fins combustíveis.
IV - 12% - Arroz, aves e gado vacum, ovino, bufalino, suíno e caprino, bem como carnes e produtos
comestíveis resultantes do abate desses animais, inclusive salgados, resfriados ou congelados,
Batata, Cebola, Farinha de trigo, Feijão de quaisquer classe ou variedade, exceto o soja, Frutas
frescas, verduras e hortaliças, exceto amêndoas, nozes, avelãs e castanhas, Leite fresco,
pasteurizado ou não, esterilizado ou reidratado, em qualquer embalagem, Massas alimentícias,
biscoitos, pães, cucas e bolos de qualquer tipo ou espécie, ovos frescos, exceto quando destinados
à industrialização, Pescado, exceto bacalhau, merluza, pirarucu, crustáceos, moluscos e rã,
Refeições servidas ou fornecidas por bares, lanchonetes, restaurantes, cozinhas industriais e
similares, Trigo e triticale, em grão, Adubos, fertilizantes, corretivos de solo, sementes certificadas,
rações balanceadas e seus componentes, sal mineral, desde que destinados à produção
agropecuária, Aviões e helicópteros de médio e grande portes e suas peças, bem como simuladores
de vôo, compreendidos na posição 8803, nas sub posições 8802.1, 8802.30, 8802.40 e no código
8805.2, da NBM/SH Cabines montadas para proteção de motorista de táxi; Carvão mineral,
Empilhadeiras, retroescavadeiras e pás carregadeiras, classificadas nos códigos 8427.20, 8429.5,
da NBM/SH; máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos industriais, bem como acessórios,
sobressalentes e ferramentas que acompanhem estes bens.
I - 30%: comunicação;
Na forma do Livro I, art. 26 do RICMS, as alíquotas do imposto nas operações com mercadorias e
nas prestações de serviços, interestaduais, são:
I - 12%: quando o destinatário for contribuinte do imposto e estiver localizado nos Estados de MG,
PR, RJ, SC e SP;
II - 7%: quando o destinatário for contribuinte do imposto e estiver localizado nas demais Regiões do
País. O disposto nos incisos deste item não se aplica à prestação de serviço de transporte aéreo
interestadual de passageiro, carga e mala postal, hipótese em que a alíquota aplicável é de 4%.
Considerações
A base de cálculo é a grandeza econômica sobre a qual se aplica a alíquota para calcular a quantia
a pagar.
Determina a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 146, III, “a”, que cabe à Lei Complementar
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre base de cálculo.
O artigo 13 da Lei Complementar nº 87/1996, definiu as bases de cálculo nas diversas ocorrências
dos fatos geradores do ICMS.
Base de Cálculo
Nas prestações de serviços tributados pelo ISS, O preço corrente da mercadoria fornecida ou
mas com indicação expressa de incidência do empregada.
ICMS sobre as mercadorias fornecidas,
conforme Lei Complementar nº 116/2003.
Descontos
Prevê o Livro I, artigo 18, II, “a” do RICMS/RS que integram a base de cálculo do ICMS os
descontos concedidos sob qualquer condição, assim entendidos os que estiverem subordinados a
eventos futuros e incertos.
Por outro lado, os descontos incondicionais, aqueles que não dependem de evento futuro para
serem concedidos, e que são indicados no próprio documento fiscal no ato de sua emissão, não
integram a base de cálculo do imposto, consoante o artigo 19, II do Livro I do RICMS/RS.
Frete
O valor do frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente, igualmente, comporá a
base de cálculo do ICMS. Fará parte também, o valor do frete contratado a terceiros e repassado no
valor das mercadorias ao destinatário.
Determina o Livro I, artigo 19, I do RICMS/RS que nas operações efetuadas por contribuintes do IPI,
o valor deste imposto não integrará a base de cálculo do ICMS quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado a industrialização ou a comercialização posterior,
configurar fato gerador de ambos os impostos.
Ou seja, para que o IPI não faça parte da base de cálculo do ICMS, deve-se observar,
simultaneamente, as seguintes situações:
Por fim, como se pode perceber, caso a mercadoria destine-se ao uso ou consumo ou ao ativo
imobilizado, o IPI integra a base de cálculo do ICMS.
Acréscimos Moratórios
De forma geral, não integram a base de cálculo do ICMS os valores correspondentes aos juros,
multa e atualização monetária recebidos pelo contribuinte, a título de mora, por inadimplência de seu
cliente, desde que calculados sobre o valor de saída da mercadoria ou serviço, e auferidos após a
ocorrência do fato gerador do ICMS.
Transferências de Mercadorias
O valor fixado pela autoridade aduaneira para fins de base de cálculo do Imposto de Importação,
nos termos da lei aplicável, substituirá o preço declarado.
DESONERAÇÕES FISCAIS
São Eles:
Não incidência
Retirada do campo de incidência do imposto;
Imunidade
Decorre de uma disposição constitucional que impede a incidência do tributo;
Isenção
É a dispensa do pagamento do imposto devido;
TÍTULO I
Do Diferimento com Substituição Tributária
(Do Art. 1º ao Art. 4º)
CAPÍTULO I
Da Responsabilidade
(Do Art. 1º ao Art. 3º)
Art. 1º - Difere-se para a etapa posterior o pagamento do imposto devido nas operações com as
mercadorias relacionadas no Apêndice II, Seção I, realizadas entre estabelecimentos inscritos no
CGC/TE, localizados neste Estado, hipótese em que a responsabilidade pelo referido pagamento
fica transferida ao destinatário da mercadoria.
SEÇÃO IV
Do Diferimento sem Substituição Tributária
(Do Art. 53 ao Art. 54)
Suspensão
Suspende o pagamento do imposto em determinadas hipóteses (casos restritos, especialmente em
relação à operações interestaduais); Remessa para conserto e remessa para industrialização.
O SUBSECRETÁRIO DA RECEITA ESTADUAL, no uso de atribuição que lhe confere o artigo 6º, VI,
da Lei Complementar nº 13.452, de 26/04/10, introduz a seguinte alteração na Instrução Normativa DRP
nº 45/98, de 26/10/98 (DOE 30/10/98):
1. No Capítulo III do Título I, fica acrescentada a Seção 10.0 com a seguinte redação:
10.1 - O ICMS devido a este Estado na entrada no estabelecimento de contribuinte de mercadoria oriunda
de outra unidade da Federação e que não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente, ou seja,
destinada ao ativo permanente ou ao uso ou consumo do adquirente, será calculado conforme a seguinte
fórmula:
onde:
c) Alíquota interna é a alíquota interna estabelecida neste Estado para a operação com a mercadoria.
Exemplo:
Qual é a definição de "não contribuinte" para fins de aplicação do diferencial de alíquotas de que
trata o Convênio ICMS nº 93/2015?
De acordo com o art. 4º da LC nº 87/96, contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que
realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação
de mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Portanto, além das pessoas físicas, são consideradas "não contribuintes" as pessoas jurídicas que
não tenham atividade de comércio, indústria, prestação de serviços de comunicação e de transporte
intermunicipal/interestadual. São "não contribuintes", por exemplo, os prestadores de serviços
sujeitos ao ISS apenas.
Na grande maioria dos casos, contribuintes do ICMS possuem inscrição estadual. No entanto, não
se pode utilizar a inscrição estadual como critério para definir se o destinatário é contribuinte ou não.
Por exemplo:
Um produtor rural tem inscrição apenas de produtor, mas é contribuinte do imposto.
Um MEI pode não ter inscrição estadual (é facultativa na maioria dos Estados) e ser contribuinte do
ICMS, se tiver atividade comercial, industrial, etc.
Uma construtora pode ter inscrição estadual para fins de cumprimento de obrigações acessórias,
por exemplo (não ocorre em Santa Catarina), e não ser contribuinte do ICMS.
1 - INTRODUÇÃO
4.2.3 - Remetente Normal Com Tributação do IPI e Sem Fundo de Amparo a Pobreza
O IPI integra a base de cálculo do ICMS, quando a mercadoria é destinada a consumidor final
(RICMS-SC/01, Art. 23).
Valor da Mercadoria sem ICMS: R$ 100,00
Alíquota Interna no Destino: 17%
Alíquota Interestadual: 12%
Alíquota IPI: 10%
5.1.1 - Remetente Normal Com Fundo de Combate a Pobreza para o Estado de Destino:
Valor da Mercadoria (sem ICMS): R$ 100,00 Alíquota Interestadual: 12% Alíquota Interna no
Destino: 17% FCP: 2%
Base Única (Próprio e DIFA) = R$ 100,00/0,81 (100% - 19% (17% + 2%)) = R$ 123,46
ICMS Próprio Origem = R$ 123,46 x 12% = R$ 14,82
DIFA considerando a fórmula do Convênio ICMS nº 152/2015:
(R$ 123,46 x 17%) = R$ 20,99 R$ 20,99 - R$ 14,82 = R$ 6,17
Fundo de Amparo a Pobreza:
FCP devido para o destino R$ 123,46 x 2% = R$ 2,47
Resumindo:
Valor do produto: R$ 123,46 Base de cálculo ICMS próprio: R$ 123,46 Valor do ICMS próprio:
R$ 14,82 Base de cálculo Difa: R$ 123,46 Valor do Difa: R$ 6,17
Valor do fundo de amparo a pobreza: R$ 2,47 Valor total da nota fiscal: R$ 123,46
5.1.2 - Remetente Normal Com Tributação do IPI e Com Fundo de Combate a Pobreza Para
o Estado de Destino
O IPI integra a base de cálculo do ICMS, quando a mercadoria é destinada a consumidor final
(RICMS-SC/01, Art. 23).
Valor da Mercadoria sem ICMS: R$ 310,00
Alíquota Interna no Destino: 18%
Alíquota Interestadual: 4%
Alíquota IPI: 10%
FCP: 1%
Exemplo - Remetente normal com fundo da pobreza para o Estado de destino de 2%.
Valor da Mercadoria (sem ICMS): R$ 135,00 Alíquota Interestadual: 12% Alíquota Interna no
Destino: 18% FECOP: 2%
Base Única (Próprio e DIFA) = R$ 135,00/0,80 (100% - 20% (18% + 2%)) = R$ 168,75
ICMS Próprio Origem = R$ 168,75 x 12% = R$ 20,25
DIFA considerando a fórmula do Convênio ICMS nº 152/2015:
(R$ 168,75 x 18%) = R$ 30,37 R$ 30,37 - R$ 20,25 = R$ 10,12 (40% Estado de destino e
60% Estado de origem)
FCP devido para o destino R$ 123,46 x 2% = R$ 3,37
Resumindo:
Valor do produto: R$ 168,75 Base de cálculo ICMS próprio: R$ 168,75 Valor do ICMS próprio:
R$ 20,25 Base de cálculo Difa: R$ 168,75 Valor do Difa: R$ 10,12
Valor do fundo de amparo a pobreza: R$ 3,37 (integralmente para Estado de destino) Valor total
da nota fiscal: R$ 168,75
Em 2016 a partilha do R$ 10,12 será da seguinte forma:
a) destino: R$ 4,05 (R$ 10,12 x 40%)
b)origem: R$ 6,07 (R$ 10,12 x 60%)
Em 2017 a partilha do R$ 10,12 será da seguinte forma:
a) destino: R$ 6,07 (R$ 10,12 x 60%)
b) origem: R$ 4,05 (R$ 10,12 x 40%)
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
HISTÓRICO
APROPRIAÇÃO DO CRÉDITO
a) a apropriação será feita à razão de 1/48 (um quarenta e oito avos) por mês, devendo a primeira
fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento, e as demais nos meses
subseqüentes;
b) em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento, em relação à
proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou não-tributadas sobre o total das
operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo período. Esta disposição também se
aplica, na proporção que representar, às operações de saída de mercadorias ou prestações de
serviços com redução de base de cálculo do imposto;
c) o montante do crédito a ser apropriado será o obtido multiplicando-se o valor total do respectivo
crédito pelo fator igual a 1/48 (um quarenta e oito avos) da relação entre o valor das operações de
saídas e prestações tributadas e o total das operações de saídas e prestações do período,
equiparando-se às tributadas, as saídas e prestações com destino ao exterior.
SERVIÇO DE TRANSPORTE
Os documentos fiscais relativos a aquisição dos bens do ativo permanente, além de serem
escriturados nos livros fiscais próprios, serão escriturados também no documento "Controle de
Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP", elaborado para fins de determinar o valor da
apropriação mensal do crédito fiscal decorrente da entrada dos bens no estabelecimento (Livro I, art.
31, § 4.º, Nota 04; Livro II, art. 153A, do RICMS).
Considerações
Para fins de escrituração no livro Registro de Entradas do crédito fiscal a ser apropriado
proporcionalmente em decorrência de entrada no estabelecimento, a partir de 1º de agosto de 2000,
de mercadorias destinadas ao ativo permanente, o contribuinte deverá escriturar também no
documento “Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente – CIAP”, cuja finalidade é determinar
o valor da adjudicação mensal do crédito fiscal a que tem direito, na forma do Livro II, art. 153 A,
Decreto nº 37699/97-RICMS.
Determina o Livro I, art. 33, III do RICMS, que para efeito de apuração do montante devido do
imposto, não é admitido crédito fiscal, relativo à entrada de mercadorias ou utilização de serviços
resultantes de operações ou prestações isentas ou não-tributadas ou que se refiram a mercadorias
ou serviços alheios à atividade do estabelecimento.
Arquivo
Com base no CIAP, ao final de cada período de apuração, deverá ser emitida NF relativa ao total de
apropriação de crédito fiscal do período.
A NF referida no subitem anterior será escriturada no livro Registro de Entradas, lançando-se a data
e o número na coluna "DOCUMENTO FISCAL" e o valor da apropriação na coluna "IMPOSTO
CREDITADO";
A Lei Complementar 87/96 permitia que as empresas comerciais e industriais utilizassem o crédito
integral do ICMS destacado nas faturas de energia elétrica, no entanto, sua vigência foi até 31 de
dezembro de 2000 e a partir desta data, passou a vigorar a Lei Complementar 102/00. Com este
texto legal em vigor, a utilização do crédito de ICMS restringiu-se a 3 hipóteses:
Assim, as empresas industriais que queiram se creditar do ICMS destacado nas notas fiscais
de energia elétrica, terão que confeccionar um Laudo Técnico emitido por um perito para
quantificar a energia elétrica consumida nos setores de industrialização. É possível buscar a
retroatividade do crédito no período dos últimos 05 (cinco) anos e os valores apurados poderão ser
compensados com débitos vincendos do ICMS, atentando-se às normas do regulamento estadual
do Estado onde estiver situado o estabelecimento.
É importante salientar que em qualquer um dos casos relatados, não é passível de crédito o
consumo de energia relacionado ao prédio em que estão localizadas as áreas de
administração e vendas e ainda que o direito ao crédito é dado somente às empresas que não
optaram pelo recolhimento simplificado do ICMS.
O RICMS/RS atualmente encontra-se desta forma, quanto ao crédito de ICMS sobre Energia
Elétrica.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Consideram-se usadas aquelas mercadorias que tenham sido objeto de efetiva saída anterior a
usuário final.
Quando o contribuinte adquire um bem usado e posteriormente promove a sua saída, ela será
beneficiada com redução da base de cálculo do ICMS. (Livro I, artigo 23, I do RICMS - Decreto n.º
37.699/97)
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do ICMS nas operações com mercadorias usadas, terá seu valor reduzido para:
a) 5% (cinco por cento), quando se tratar de veículos;
b) 20% (vinte por cento), quando se tratar de máquinas, aparelhos, móveis, motores e vestuário;
CONDIÇÕES
Esta redução de base de cálculo somente se aplica se as entradas das mercadorias não tiverem
sido oneradas pelo imposto sobre base de cálculo integral.
VEDAÇÃO
Este benefício fiscal não será aplicado, e conseqüentemente, o ICMS deverá ser calculado
integralmente,
sobre:
ATIVO PERMANENTE
Não há incidência de ICMS nas saídas, após o uso a que se destinavam, de máquinas, veículos,
móveis, utensílios, ferramentas e outros bens que tenham sido aplicados na instalação ou no
funcionamento do estabelecimento. Excluem-se desse benefício as imobilizações apenas aparentes
e transitórias. (Livro I, Art. 11, XV, do RICMS; Instrução Normativa DRP n.º 45/98, Título I, Capítulo
II, Seção 4.0).
Código de situação tributária - CST
O contribuinte ao emitir a nota fiscal, deverá indicar, além do Código Fiscal de Operações e
Prestações (CFOP) utilizado para codificação das operações e prestações, também preencher na
coluna própria o Código de Situação Tributária (CST) que é composto de três dígitos.
O primeiro dígito indicará a origem da mercadoria, com base na Tabela A, e os dois últimos dígitos
a tributação pelo ICMS, com base na Tabela B.
É através do CFOP que é definido se a operação fiscal terá ou não que recolher impostos.
O código deve obrigatoriamente ser indicado em todos os documentos fiscais da empresa, como por
exemplo, notas fiscais, conhecimentos de transportes, livros fiscais, arquivos magnéticos e outros
exigidos por lei, quando das entradas e saídas de mercadorias e bens e da aquisição de serviços.
Cada código é composto por quatro dígitos, sendo que através do primeiro dígito é possível
identificar qual o tipo de operação, se entrada ou saída de mercadorias:
Entradas
1.000 - Entrada e/ou Aquisições de Serviços do Estado.
2.000 - Entrada e/ou Aquisições de Serviços de outros Estados.
3.000 - Entrada e/ou Aquisições de Serviços do Exterior.
Saídas
5.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para o Estado.
6.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para outros Estados.
7.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para o Exterior.