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Disciplina Oficina de Prática Fiscal

Prof. Flávio Lucas Goettert


ASPECTOS LEGAIS APLICADOS AO ICMS NO RS

ICMS NÃO CUMULATIVO

O ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à
circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo
mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.

Este sistema é conhecido como “débito x crédito”, onde abate-se do montante devido pelo
contribuinte o valor pago por este em etapas anteriores, em suas compras de bens ou serviços já
tributados pelo imposto.

O crédito do ICMS advém do direito de abater das respectivas saídas o imposto pago na aquisição
de produtos e mercadorias e serviços.

O montante do crédito corresponde ao valor a ser abatido do respectivo débito do imposto. Caso o
crédito seja maior que o débito, denomina-se "crédito acumulado".

É importante o acompanhamento sistemático de tais créditos, visando otimizá-los e reduzir, de


forma legal, o montante do ICMS a pagar.

Exemplo:

Total do ICMS devido pelo sujeito passivo: R$ 50.000,00

Valor do imposto anteriormente cobrado, decorrentes de entradas de mercadorias R$ 10.000,00.

Valor do ICMS a pagar: R$ 50.000,00 – R$ 10.000,00 = R$ 40.000,00

SALDOS CREDORES ACUMULADOS

Saldos credores acumulados por estabelecimentos que realizem operações e prestações de


exportações para o exterior podem ser, na proporção que estas saídas representem do total das
saídas realizadas pelo estabelecimento:

I - imputados pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu no Estado;

II - havendo saldo remanescente, transferidos pelo sujeito passivo a outros contribuintes do mesmo
Estado, mediante a emissão pela autoridade competente de documento que reconheça o crédito.

Base: art. 25, § 1º da LC 87/1996.

TÓPICOS SOBRE ICMS

Contribuintes do ICMS

Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que
caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações
se iniciem no exterior.
Parágrafo único - É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade:
a) importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo permanente do
estabelecimento;
b) seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
c) adquira em licitação mercadorias apreendidas ou abandonadas;
d) adquira petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e
energia elétrica, oriundos de outra unidade da Federação, quando não destinados à comercialização
ou à industrialização.
ALÍQUOTAS DO ICMS/RS

Compete aos Estados e ao Distrito Federal estabelecer as alíquotas para o cálculo do ICMS
incidente sobre as operações e prestações realizadas dentro do Estado, enquanto que para as
interestaduais cabe ao Senado Federal através de resolução, estabelecer as alíquotas
correspondentes, art. 155, § 2º, IV da Constituição Federal.
Nos termos do Livro I, dos artigos 26 a 29 do Regulamento, aprovado pelo Decreto nº 37699/97-
RICMS, do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto nº
37699/97- RICMS, são fixadas as alíquotas para as operações e prestações desenvolvidas no
Estado do Rio Grande do Sul.

Operações Internas

Alíquotas

As alíquotas do imposto nas operações internas são, Livro I, art. 27 do RICMS:

I – 25% - energia elétrica residencial

II- 25% - Armas e munições, classificadas no Capítulo 93 da NBM/SH; artigos de antiquários, Aviões
de procedência estrangeira, para uso não comercial, Bebidas, exceto: vinho e derivados da uva e do
vinho, assim definidos na Lei Federal nº 7.678, de 08/11/88; sidra e filtrado doce de maçã;
aguardentes de cana no código classificadas na NBM/SH 2208.40.0200; água mineral e sucos de
frutas não fermentados, sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros
edulcorantes; e refrigerante; brinquedos, na forma de réplica ou assemelhados de armas e outros
artefatos de luta ou de guerra, que estimulem a violência; cigarreiras, cigarros, cigarrilhas, charutos,
cachimbos, fumos desfiados e encarteirados, fumos para cachimbos e fumos tipo crespo;
embarcações de recreação ou de esporte; perfumaria e cosméticos (posições 3303, 3304, 3305 e
3307, da NBM/SH); gasolina, exceto de aviação, e álcool anidro e hidratado pra fins combustíveis.

III - 20% - Refrigerante;

IV - 12% - Arroz, aves e gado vacum, ovino, bufalino, suíno e caprino, bem como carnes e produtos
comestíveis resultantes do abate desses animais, inclusive salgados, resfriados ou congelados,
Batata, Cebola, Farinha de trigo, Feijão de quaisquer classe ou variedade, exceto o soja, Frutas
frescas, verduras e hortaliças, exceto amêndoas, nozes, avelãs e castanhas, Leite fresco,
pasteurizado ou não, esterilizado ou reidratado, em qualquer embalagem, Massas alimentícias,
biscoitos, pães, cucas e bolos de qualquer tipo ou espécie, ovos frescos, exceto quando destinados
à industrialização, Pescado, exceto bacalhau, merluza, pirarucu, crustáceos, moluscos e rã,
Refeições servidas ou fornecidas por bares, lanchonetes, restaurantes, cozinhas industriais e
similares, Trigo e triticale, em grão, Adubos, fertilizantes, corretivos de solo, sementes certificadas,
rações balanceadas e seus componentes, sal mineral, desde que destinados à produção
agropecuária, Aviões e helicópteros de médio e grande portes e suas peças, bem como simuladores
de vôo, compreendidos na posição 8803, nas sub posições 8802.1, 8802.30, 8802.40 e no código
8805.2, da NBM/SH Cabines montadas para proteção de motorista de táxi; Carvão mineral,
Empilhadeiras, retroescavadeiras e pás carregadeiras, classificadas nos códigos 8427.20, 8429.5,
da NBM/SH; máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos industriais, bem como acessórios,
sobressalentes e ferramentas que acompanhem estes bens.

Esta alíquota somente se aplica:

a) às operações efetuadas pelo estabelecimento fabricante e desde que, cumulativamente:


1 - o adquirente seja estabelecimento industrial,
2 - as mercadorias se destinem ao ativo permanente do estabelecimento adquirente;
3 - as mercadorias sejam empregadas diretamente no processo industrial do estabelecimento
adquirente;

b) às importações do exterior, desde que satisfeitas as condições previstas na alínea anterior;


máquinas e implementos, destinados a uso exclusivo na agricultura, classificados na posição 8437
(exceto 8437.90.00), na sub posição 8424.81 e nos códigos 7309.00.10, 8419.31.00, 8436.80.00 e
8716.39.00, da NBM/SH-NCM; máquinas e implementos agrícolas, classificados nas posições 8201
(exceto 8201.50.00, 8432 (exceto 8432.90.00 ) 8433 (exceto 8433.60.2 e 8433.90 ) e 8701 (exceto
tratores rodoviários do código 8701.90.90 ), da NBM/SH-NCM; produtos de informática classificados
na posição 8471 e nas sub posições 8473.30, 8504.40 e 8534.00, e, desde que de tecnologia digital,
nas posições 8536, 8537, 9029, 9030, 9031 e 9032, da NBM/SHNCM, nas saídas do
estabelecimento fabricante; silos armazenadores, exclusivamente para cereais, com dispositivos de
ventilação e/ou aquecimento incorporados, classificáveis no código 8419.89.99 da NBM/SH-NCM;
tijolos, telhas e cerâmicas vermelhas, classificados na posição 6907 e nas sub posições 6904.10 e
6905.10, da NBM/SH-NCM; energia elétrica rural e, até 50 KW por mês, residencial (Considera-se
energia elétrica rural a destinada à atividade agropecuária, nos termos de instruções baixadas pelo
Departamento da Receita Pública Estadual); óleo diesel, biodiesel, GLP, gás natural e gás residual
de refinaria; vagões para transporte de mercadorias sobre vias férreas, classificados na posição
8606 da NBM/SH-NCM; basalto, classificado no código 6802.29.00 da NBM/SH-NCM; elevadores,
classificados no código 8428.10.00 da NBM/SH-NCM; artefatos de joalharia, de ourivesaria e outras
obras, classificadas nas posições 7113, 7114 e 7116, da NBM/SH-NCM ( Esta alíquota somente se
aplica se houver incremento da produção dessas mercadorias no Estado, se forem mantidos, no
mínimo, os níveis de arrecadação do imposto do exercício de 1997 e, ainda, se atendidas as demais
condições estabelecidas em Termo de Acordo firmado entre o Setor da Indústria Joalheira e de
Lapidação de Pedras Preciosas e o Estado do Rio Grande do Sul; no período de 24 de setembro de
2004 a 31 de dezembro de 2009, vestuário, calçados e móveis, de produção própria, classificados
nos Capítulos 61, 62 ou 64 ou nas posições 9401 a 9404, da NBM/SH-NCM, nas saídas promovidas
por estabelecimento industrial, com destino a órgãos e entidades da Administração Pública Direta e
suas Fundações e Autarquias, bem como aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário; ( Esta
alíquota somente se aplica se for consignado no documento fiscal o respectivo número do
empenho).

V – 20 % - energia elétrica destinada à iluminação pública.

VI - 18% - quando se tratar das demais mercadorias.

Prestações Internas de Serviços


As alíquotas do imposto nas prestações de serviço internas são - Livro I, art. 28 do RICMS:

I - 30%: comunicação;

II - 12%: a) transporte aéreo;


b) transporte de passageiros, de cargas e de escolares ( transporte de passageiros é o transporte de
pessoas efetuado mediante contrato de adesão, celebrado diretamente entre o transportador,
concessionário do serviço público, em linha regular, e o usuário do serviço);

III - 17%: nas demais prestações de serviços.

Operações e Prestações de Serviços Interestaduais entre contribuintes

Na forma do Livro I, art. 26 do RICMS, as alíquotas do imposto nas operações com mercadorias e
nas prestações de serviços, interestaduais, são:

I - 12%: quando o destinatário for contribuinte do imposto e estiver localizado nos Estados de MG,
PR, RJ, SC e SP;

II - 7%: quando o destinatário for contribuinte do imposto e estiver localizado nas demais Regiões do
País. O disposto nos incisos deste item não se aplica à prestação de serviço de transporte aéreo
interestadual de passageiro, carga e mala postal, hipótese em que a alíquota aplicável é de 4%.

III – 4%: operações com produtos importados

BASE DE CÁLCULO DO ICMS

Considerações
A base de cálculo é a grandeza econômica sobre a qual se aplica a alíquota para calcular a quantia
a pagar.

Determina a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 146, III, “a”, que cabe à Lei Complementar
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre base de cálculo.
O artigo 13 da Lei Complementar nº 87/1996, definiu as bases de cálculo nas diversas ocorrências
dos fatos geradores do ICMS.
Base de Cálculo

O Livro I, artigo 16 do RICMS/RS relaciona os diversos fatos geradores do ICMS e as suas


correspondentes bases de cálculo, conforme demonstrado pelo quadro a baixo:

Fato Gerador Base de Cálculo


Saída de mercadoria de estabelecimento de O valor da operação.
contribuinte, ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular.

No fornecimento de alimentações, bebidas e O valor da operação, compreendendo


outras mercadorias por restaurantes, bares e mercadoria e serviço.
estabelecimentos similares.

Na importação de mercadorias ou bens. A soma das seguintes parcelas:


a) valor da mercadoria ou bem constante dos
documentos de importação;
b) imposto de importação (II);
c) imposto sobre produtos industrializados (IPI);
d) imposto sobre operações de câmbio (IOF);
e) quaisquer despesas aduaneiras efetivamente
pagas à repartição alfandegária até o momento
do desembaraço da mercadoria ou bem.

Na prestação de serviço de transporte O preço do serviço.


interestadual e intermunicipal.

Na prestação onerosa de serviço de O preço do serviço compreende, também, os


comunicação valores cobrados a título de acesso, adesão,
ativação, habilitação, disponibilidade, assinatura
e utilização dos serviços, bem assim aqueles
relativos a serviços suplementares e facilidades
adicionais que otimizem ou agilizem o processo
de comunicação, independentemente da
denominação que lhes seja dada.

No fornecimento de mercadoria com prestação O valor da operação.


de serviços não tributados pelo ISS.

Nas prestações de serviços tributados pelo ISS, O preço corrente da mercadoria fornecida ou
mas com indicação expressa de incidência do empregada.
ICMS sobre as mercadorias fornecidas,
conforme Lei Complementar nº 116/2003.

Na transmissão a terceiro de mercadoria O valor da operação.


depositada em armazém-geral ou em depósito
fechado, na unidade federada do transmitente.

Na transmissão de propriedade de mercadoria, O valor da operação.


ou de título que a represente, quando a
mercadoria não tiver transitado pelo
estabelecimento transmitente.

No recebimento, pelo destinatário, de serviço O valor da prestação do serviço, acrescido, se


prestado no Exterior. for o caso, de todos os encargos relacionados
com a sua utilização.

Na aquisição em licitação pública de bens ou O valor da operação acrescido do valor dos


mercadorias importados do Exterior apreendidos impostos de importação e sobre produtos
ou abandonados industrializados e de todas as despesas
cobradas ou debitadas ao adquirente.
Na entrada no território do Estado de petróleo, O valor da operação de que decorrer a entrada.
inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e
gasosos dele derivados, e de energia elétrica,
oriundos de outra unidade federada, quando não
destinados à industrialização ou
comercialização.

Na utilização, por contribuinte, de serviço cuja O valor da prestação na unidade federada de


prestação se tenha iniciado em outra unidade origem.
federada e não esteja vinculada a operação ou
prestação subsequente, alcançada pela
incidência do imposto.

Seguro, Juros e Demais Importâncias Pagas

Integram a base de cálculo do ICMS os valores correspondentes a seguros, juros e demais


importâncias pagas, recebidas ou debitadas ao destinatário constantes no documento fiscal,
conforme determina o Livro I, artigo 18, II, “a” do RICMS/RS.

Descontos

Prevê o Livro I, artigo 18, II, “a” do RICMS/RS que integram a base de cálculo do ICMS os
descontos concedidos sob qualquer condição, assim entendidos os que estiverem subordinados a
eventos futuros e incertos.

Por outro lado, os descontos incondicionais, aqueles que não dependem de evento futuro para
serem concedidos, e que são indicados no próprio documento fiscal no ato de sua emissão, não
integram a base de cálculo do imposto, consoante o artigo 19, II do Livro I do RICMS/RS.

Frete

O valor do frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente, igualmente, comporá a
base de cálculo do ICMS. Fará parte também, o valor do frete contratado a terceiros e repassado no
valor das mercadorias ao destinatário.

IPI - Imposto Sobre Produtos Industrializados

Determina o Livro I, artigo 19, I do RICMS/RS que nas operações efetuadas por contribuintes do IPI,
o valor deste imposto não integrará a base de cálculo do ICMS quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado a industrialização ou a comercialização posterior,
configurar fato gerador de ambos os impostos.

Ou seja, para que o IPI não faça parte da base de cálculo do ICMS, deve-se observar,
simultaneamente, as seguintes situações:

a) a operação deve ser realizada entre contribuintes do ICMS;


b) o destinatário do produto não pode utilizá-lo para seu uso ou consumo ou integrá-lo em seu ativo
permanente;
c) a operação deve configurar fato gerador do IPI e do ICMS.

Por fim, como se pode perceber, caso a mercadoria destine-se ao uso ou consumo ou ao ativo
imobilizado, o IPI integra a base de cálculo do ICMS.

Acréscimos Moratórios
De forma geral, não integram a base de cálculo do ICMS os valores correspondentes aos juros,
multa e atualização monetária recebidos pelo contribuinte, a título de mora, por inadimplência de seu
cliente, desde que calculados sobre o valor de saída da mercadoria ou serviço, e auferidos após a
ocorrência do fato gerador do ICMS.
Transferências de Mercadorias

Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outra unidade federada, pertencente ao


mesmo titular, a base de cálculo do imposto é:

a) o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria;


b) o custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da matéria-prima, material
secundário, mão-de-obra e acondicionamento;
c) tratando-se de mercadorias não industrializadas, o preço corrente no mercado atacadista do
estabelecimento remetente.

Variação Cambial na Importação


O preço de importação expresso em moeda estrangeira será convertido em moeda nacional pela
mesma taxa de câmbio utilizada no cálculo do Imposto de Importação, ou a que seria utilizada para
tanto, sem qualquer acréscimo ou devolução posterior, se houver variação da taxa de câmbio até o
pagamento efetivo, conforme o
Livro I, artigo 16, III, Nota 01 do RICMS/RS.

O valor fixado pela autoridade aduaneira para fins de base de cálculo do Imposto de Importação,
nos termos da lei aplicável, substituirá o preço declarado.

DESONERAÇÕES FISCAIS

As desonerações fiscais são as disposições existentes na legislação tributária que reduzem a


arrecadação potencial do imposto.

Também chamadas de "gastos tributários", se referem aos dispositivos (não incidências,


imunidades, isenções, reduções de base de cálculo, créditos presumidos, não estorno de créditos e
estatutos de micro e pequena empresa) existentes na legislação dos impostos que substituem
gastos governamentais para lançar objetivos econômicos, ecológicos, culturais e sociais
(alimentação, saúde e assistência).

Em síntese, as desonerações fiscais ou os "gastos tributários" se referem a um tipo de gasto do


governo só que realizado por meio do sistema tributário.

São Eles:

Não incidência
Retirada do campo de incidência do imposto;

Imunidade
Decorre de uma disposição constitucional que impede a incidência do tributo;

Isenção
É a dispensa do pagamento do imposto devido;

Base de cálculo reduzida


É a dispensa parcial do pagamento do imposto devido, mediante a redução, em pontos percentuais,
da base de cálculo (valor da mercadoria ou do serviço) sobre a qual incidirá a alíquota aplicável para
obter-se o imposto a pagar;

Crédito fiscal presumido


O crédito presumido ou crédito outorgado, é um mecanismo utilizado pelos Estados e pelo Distrito
Federal para desonerar o contribuinte da carga tributária incidente nas operações praticadas. Não é
crédito oriundo diretamente das entradas de mercadorias tributadas pelo ICMS no seu
estabelecimento. É apenas uma "presunção de crédito" de ICMS sobre valores apurados com base
nas operações efetuadas pelo contribuinte. Desta forma, os Estados e o Distrito Federal também
atraem empresas para se instalarem em seus territórios e, de forma indireta, aumentam sua
arrecadação. Ou seja, é uma maneira de conceder incentivo ou benefício fiscal a determinados
produtos ou ramo de atividade.
Portanto, a sistemática de crédito presumido faculta ao contribuinte do ICMS a compensação de
importância resultante da aplicação de porcentagem fixa sobre suas saídas, em substituição ao
sistema normal de creditamento. Deste modo, o contribuinte pode ter sua carga tributária final
reduzida ou ter suas as obrigações acessórias simplificadas.

Não-estorno do crédito fiscal


Conforme mandamento constitucional a operação isenta ou não-tributada acarreta a anulação do
crédito fiscal correspondente à entrada da mercadoria no estabelecimento. Com esse benefício o
contribuinte fica dispensado da anulação, aumentando, portanto, o valor dos seus créditos, e,
consequentemente, diminuindo o imposto a pagar;

Diferimento com Substituição Tributária (diferimento)


É a postergação do pagamento do imposto para a etapa seguinte de circulação da mercadoria,
ocorrendo, nesta hipótese, a transferência da responsabilidade pelo pagamento do ICMS para outro
contribuinte;

TÍTULO I
Do Diferimento com Substituição Tributária
(Do Art. 1º ao Art. 4º)

CAPÍTULO I
Da Responsabilidade
(Do Art. 1º ao Art. 3º)

Art. 1º - Difere-se para a etapa posterior o pagamento do imposto devido nas operações com as
mercadorias relacionadas no Apêndice II, Seção I, realizadas entre estabelecimentos inscritos no
CGC/TE, localizados neste Estado, hipótese em que a responsabilidade pelo referido pagamento
fica transferida ao destinatário da mercadoria.

§ 1º - Para os efeitos deste artigo, considera-se etapa posterior:

a) a saída subseqüente da mercadoria, no mesmo estado, submetida a processo de


industrialização ou utilizada como insumo na produção agropecuária, promovida pelo responsável,
ainda que isenta ou não-tributada, salvo se ocorrer novo diferimento;

Diferimento sem Substituição Tributária


É a postergação do pagamento do imposto para a etapa seguinte de circulação da mercadoria, mas,
nesta hipótese, sem a transferência da responsabilidade pelo pagamento do ICMS para outro
contribuinte;

SEÇÃO IV
Do Diferimento sem Substituição Tributária
(Do Art. 53 ao Art. 54)

Art. 53 - Difere-se para a etapa posterior, sem a transferência da obrigação tributária


correspondente, o pagamento do imposto devido por contribuinte deste Estado:

I - nas operações internas de remessa de mercadoria, a qualquer título, entre estabelecimentos


inscritos no CGC/TE pertencentes à mesma pessoa jurídica.

Suspensão
Suspende o pagamento do imposto em determinadas hipóteses (casos restritos, especialmente em
relação à operações interestaduais); Remessa para conserto e remessa para industrialização.

Transferência de Saldo Credor


É a permissão para que o contribuinte transfira seu saldo credor apurado (resultado da diferença de
créditos de ICMS e débitos de ICMS) para outro contribuinte, que o utilizará para a redução do seu
imposto a pagar;

Estatutos da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte


Tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno
porte, inclusive regimes especiais ou simplificados (caso atual do SIMPLES NACIONAL – Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006).
Diferencial de Alíquota do ICMS de mercadorias oriundas de outro Estado

INSTRUÇÃO NORMATIVA RE Nº 039/16 - (DOE 01/08/16)

Porto Alegre, 27 de julho de 2016.

Introduz alteração na Instrução Normativa DRP nº 45/98, de 26/10/98.

O SUBSECRETÁRIO DA RECEITA ESTADUAL, no uso de atribuição que lhe confere o artigo 6º, VI,
da Lei Complementar nº 13.452, de 26/04/10, introduz a seguinte alteração na Instrução Normativa DRP
nº 45/98, de 26/10/98 (DOE 30/10/98):

1. No Capítulo III do Título I, fica acrescentada a Seção 10.0 com a seguinte redação:

"10.0 - ENTRADA NO ESTABELECIMENTO DE CONTRIBUINTE DE MERCADORIA ORIUNDA


DE OUTRA UNIDADE DA FEDERAÇÃO E QUE NÃO ESTEJA VINCULADA À OPERAÇÃO OU
PRESTAÇÃO SUBSEQUENTE (RICMS, Livro I, art. 16, I, "f", nota 01)

10.1 - O ICMS devido a este Estado na entrada no estabelecimento de contribuinte de mercadoria oriunda
de outra unidade da Federação e que não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente, ou seja,
destinada ao ativo permanente ou ao uso ou consumo do adquirente, será calculado conforme a seguinte
fórmula:

onde:

a) Valor da operação é o valor da operação na unidade da Federação de origem, incluído o montante do


próprio imposto correspondente à operação interestadual e os demais valores, conforme disposto no
RICMS, Livro I, art. 18;

b) ICMS origem é o valor do imposto correspondente à operação interestadual, destacado no documento


fiscal de aquisição;

c) Alíquota interna é a alíquota interna estabelecida neste Estado para a operação com a mercadoria.

Exemplo:

Valor da operação: R$ 1.000,00

ICMS origem: R$ 120,00

Alíquota interna: 18%

2. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.


MARIO LUIS WUNDERLICH DOS SANTOS,

Subsecretário da Receita Estadual.

DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS NAS SAÍDAS INTERESTADUAIS PARA NÃO CONTRIBUINTES


DO ICMS - Cálculo para Remetente de Apuração Normal do ICMS

Qual é a definição de "não contribuinte" para fins de aplicação do diferencial de alíquotas de que
trata o Convênio ICMS nº 93/2015?

De acordo com o art. 4º da LC nº 87/96, contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que
realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação
de mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

Portanto, além das pessoas físicas, são consideradas "não contribuintes" as pessoas jurídicas que
não tenham atividade de comércio, indústria, prestação de serviços de comunicação e de transporte
intermunicipal/interestadual. São "não contribuintes", por exemplo, os prestadores de serviços
sujeitos ao ISS apenas.

Na grande maioria dos casos, contribuintes do ICMS possuem inscrição estadual. No entanto, não
se pode utilizar a inscrição estadual como critério para definir se o destinatário é contribuinte ou não.

Por exemplo:
Um produtor rural tem inscrição apenas de produtor, mas é contribuinte do imposto.
Um MEI pode não ter inscrição estadual (é facultativa na maioria dos Estados) e ser contribuinte do
ICMS, se tiver atividade comercial, industrial, etc.
Uma construtora pode ter inscrição estadual para fins de cumprimento de obrigações acessórias,
por exemplo (não ocorre em Santa Catarina), e não ser contribuinte do ICMS.

1 - INTRODUÇÃO

A partir de 01/01/2016 entrará em vigor o recolhimento do diferencial de alíquotas nas saídas


interestaduais destinadas à consumidores finais, regulamentado pela Emenda Constitucional nº
87/15 e Convênios ICMS nºs 93/15, 152/15, 153/15 e 183/15).
A responsabilidade pelo recolhimento deste novo diferencial de alíquotas será do remetente
quando o adquirente não for contribuinte do ICMS e do destinatário quando este for
contribuinte do ICMS.
O objetivo deste trabalho é demonstrar como funciona o cálculo deste diferencial de alíquotas
quando o remetente for empresa de apuração normal do ICMS e quando o destinatário não for
contribuinte do ICMS.

2 - ALÍQUOTA DO ICMS APLICADA NA SAÍDA INTERESTADUAL A PARTIR DE


01.01.2016
O Inciso VII, do § 2º, do Art. 155, da CF/88 (Emenda Constitucional nº 87/15), determina que a
partir de 01.01.2016, nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor
final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota
interestadual.
Isto quer dizer que a partir de 01.01.2016 todas as saídas interestaduais, seja para contribuinte
ou não contribuinte do ICMS (pessoas físicas ou jurídicas), será com aplicação da alíquota
interestadual de 4%, 7% ou 12%, conforme o caso.

3 - DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS NA SAÍDA INTERESTADUAL PARA


CONSUMIDOR FINAL
O Inciso VII, do § 2º, do art. 155, da CF/88 (Emenda Constitucional nº 87/15), determina que
nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não
do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado
de localização do destinatário (ver partilha até 2018 referente ao difa na saída para não
contribuinte), o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado
destinatário e a alíquota interestadual.

3.1 - Responsabilidade de Recolhimento do Diferencial de Alíquotas


O Inciso VIII, do § 2º, do Art. 155, da CF/88, determina que a responsabilidade pelo
recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de
que trata a Emenda Constitucional nº 87/15 será imposta:
a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;
b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto.

4 - FORMA DE CALCULAR O DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS PARA O ESTADO


DE DESTINO DA MERCADORIA QUANDO O REMETENTE FOR DE APURAÇÃO
NORMAL
A base de cálculo do ICMS próprio e do diferencial de alíquotas é única e corresponde ao valor
da operação, observado o disposto no § 1º do art. 13 da Lei Complementar nº 87, de 13 de
setembro de 1996 (Convênios ICMS nºs 93/15 e 152/15).
O ICMS devido às unidades federadas de origem e destino serão calculados por meio da
aplicação da seguinte fórmula:
ICMS origem = BC x ALQ inter ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem Onde: BC =
base de cálculo do imposto;
ALQ inter = alíquota interestadual aplicável à operação ou prestação;
ALQ intra = alíquota interna aplicável à operação ou prestação no Estado de destino.
Portanto, nas operações com produtos destinados a consumidor final não contribuinte do ICMS,
o contribuinte que as realizar deve:
a) utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino para calcular o ICMS
total devido na operação;
b) utilizar a alíquota interestadual prevista para a operação, para o cálculo do imposto devido
à unidade federada de origem;
c) recolher, para a unidade federada de destino, o imposto correspondente à diferença entre o
imposto calculado na forma da alínea "a" e o calculado na forma da alínea "b" (ver partilha
entre os Estados até 2018).

4.1 - Base de Cálculo do Diferencial de Alíquotas


A base de cálculo do diferencial de alíquotas é o valor da operação, observado o disposto no §
1º do art. 13 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (Convênio ICMS nº 93/15,
Cláusula Segunda, § 1º).
Integra a base de cálculo do ICMS:
a) montante do próprio imposto (já está calculado por dentro do valor do produto);
b) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos
concedidos sob condição;
c) frete.

4.2 - Exemplos de Cálculo do Diferencial de Alíquotas


Segue abaixo alguns exemplos de cálculo do diferencial de alíquotas quando a empresa
remetente for de apuração normal, lembrando que o ICMS integra a própria base.

4.2.1 - Remetente Normal Sem Fundo de Amparo a Pobreza:


Valor da Mercadoria (sem ICMS): R$ 100,00
Alíquota Interestadual: 12%
Alíquota Interna no Destino: 17%
Base Única (Próprio e DIFA) = R$ 100,00/0,83 (100% - 17%) = R$ 120,48 (valor da venda)
A base de cálculo única será de R$ 120,48
ICMS Próprio Origem = R$ 120,48 x 12% = R$ 14,46
DIFA considerando a fórmula do Convênio ICMS nº 152/2015: (R$ 120,48 x 17%) = R$ 20,48
R$ 20,48 - R$ 14,46 = R$ 6,02
Resumindo:
Valor do produto: R$ 120,48
Base de cálculo ICMS próprio: R$ 120,48
Valor do ICMS próprio: R$ 14,46
Base de cálculo Difa: R$ 120,48
Valor do Difa: R$ 6,02
Valor total da nota fiscal: R$ 120,48

4.2.2 - Remetente Normal Sem Fundo de Amparo a Pobreza:


Valor da Mercadoria (sem ICMS): R$ 1.230,00
Alíquota Interestadual: 4%
Alíquota Interna no Destino: 25%
Base Única (Próprio e DIFA) = R$ 1.230/0,75 (100% - 25%) = R$ 1.640,00 (valor da venda)

A base de cálculo única será de R$ 1.640,00


ICMS Próprio Origem = R$ 1.640,00 x 4% = R$ 65,60
DIFA considerando a fórmula do Convênio ICMS nº 152/2015: (R$ 1.640,00 x 25%) = R$
410,00
R$ 410,00 - R$ 65,60 = R$ 344,40
Resumindo:
Valor do produto: R$ 1.640,00
Base de cálculo ICMS próprio: R$ 1.640,00
Valor do ICMS próprio: R$ 65,60
Base de cálculo Difa: R$ 1.640,00
Valor do Difa: R$ 344,40
Valor total da nota fiscal: R$ 1.640,00

4.2.3 - Remetente Normal Com Tributação do IPI e Sem Fundo de Amparo a Pobreza
O IPI integra a base de cálculo do ICMS, quando a mercadoria é destinada a consumidor final
(RICMS-SC/01, Art. 23).
Valor da Mercadoria sem ICMS: R$ 100,00
Alíquota Interna no Destino: 17%
Alíquota Interestadual: 12%
Alíquota IPI: 10%

Para determinar o valor da operação, levando-se em consideração a inclusão do IPI na base de


cálculo do ICMS, teremos que aplicar a equação abaixo sobre o preço líquido do produto
visando nos proporcionar um coeficiente conforme as alíquotas de ICMS e IPI aplicadas em
cada operação.
Coeficiente = 1/1-[%ICMS/100 x (1 + %IPI/100)]
Usando como exemplo uma operação cujas alíquotas do ICMS e IPI sejam 17% e 10%,
respectivamente, teremos o seguinte coeficiente:
Coeficiente = 1/1-[0,17 x (1 + 0,10)]
Coeficiente = 1/1 - 0,187
Coeficiente = 1 / 0,813
Coeficiente = 1,23

Para testarmos a aplicação do coeficiente, vejamos o exemplo seguinte:


a) Preço do produto sem o ICMS embutido (líquido): R$ 100,00
b) Coeficiente para determinação do preço do produto com o ICMS embutido = 1,23
c) Preço do produto com o ICMS embutido (1,23 x R$ 100,00): R$ 123,00
d) IPI (10%): R$ 12,30
e) Valor total / Base de Cálculo do ICMS (c + d): R$ 135,30 (R$ 123,00 + 12,30)
f) Valor do ICMS próprio (12% x R$ 135,30): R$ 16,24
g) Valor do DIFA (17% - 12%): R$ 6,77 (135,30 x 5%)
Resumindo:
Valor do produto: R$ 123,00
Base de cálculo ICMS próprio: R$ 123,00
Valor do ICMS próprio: R$ 16,24
Base de cálculo Difa: R$ 135,30
Valor do IPI: R$ 12,30
Valor do Difa: R$ 6,77
Valor total da nota fiscal: R$ 135,30
Observar para dedução a limitação de crédito em decorrência de benefícios à revelia da Lei
Complementar nº 24/75.

5 - FUNDO DE COMBATE A POBREZA


O § 4º, da Cláusula Segunda, do Convênio ICMS nº 93/15 e Convênio ICMS nº 152/15,
determinam que o adicional de até dois pontos percentuais na alíquota de ICMS aplicável às
operações e prestações, nos termos previstos no art. 82, § 1º, do ADCT da Constituição Federal,
destinado ao financiamento dos fundos estaduais e distrital de combate à pobreza, é considerado
para o cálculo do diferencial de alíquotas, cujo recolhimento deve observar a legislação da
respectiva unidade federada de destino.
Este adicional deve ser recolhido integralmente para a unidade federada de destino.

5.1 - Exemplos de Cálculo do Diferencial de Alíquotas Com Fundo de Combate a Pobreza


Segue abaixo alguns exemplos de cálculo do diferencial de alíquotas quando o Estado de
destino exige recolhimento do Fundo de Combate a Pobreza, considerando que a empresa
remetente seja de apuração normal, lembrando que o ICMS integra a própria base.

5.1.1 - Remetente Normal Com Fundo de Combate a Pobreza para o Estado de Destino:
Valor da Mercadoria (sem ICMS): R$ 100,00 Alíquota Interestadual: 12% Alíquota Interna no
Destino: 17% FCP: 2%
Base Única (Próprio e DIFA) = R$ 100,00/0,81 (100% - 19% (17% + 2%)) = R$ 123,46
ICMS Próprio Origem = R$ 123,46 x 12% = R$ 14,82
DIFA considerando a fórmula do Convênio ICMS nº 152/2015:
(R$ 123,46 x 17%) = R$ 20,99 R$ 20,99 - R$ 14,82 = R$ 6,17
Fundo de Amparo a Pobreza:
FCP devido para o destino R$ 123,46 x 2% = R$ 2,47
Resumindo:
Valor do produto: R$ 123,46 Base de cálculo ICMS próprio: R$ 123,46 Valor do ICMS próprio:
R$ 14,82 Base de cálculo Difa: R$ 123,46 Valor do Difa: R$ 6,17
Valor do fundo de amparo a pobreza: R$ 2,47 Valor total da nota fiscal: R$ 123,46

5.1.2 - Remetente Normal Com Tributação do IPI e Com Fundo de Combate a Pobreza Para
o Estado de Destino
O IPI integra a base de cálculo do ICMS, quando a mercadoria é destinada a consumidor final
(RICMS-SC/01, Art. 23).
Valor da Mercadoria sem ICMS: R$ 310,00
Alíquota Interna no Destino: 18%
Alíquota Interestadual: 4%
Alíquota IPI: 10%
FCP: 1%

Para determinar o valor da operação, levando-se em consideração a inclusão do IPI na base de


cálculo do ICMS, teremos que aplicar a equação abaixo sobre o preço líquido do produto
visando nos proporcionar um coeficiente conforme as alíquotas de ICMS e IPI aplicadas em
cada operação.
Coeficiente = 1/1-[%ICMS/100 x (1 + %IPI/100)]
Usando como exemplo uma operação cujas alíquotas do ICMS e IPI sejam 17% e 10%,
respectivamente, teremos o seguinte coeficiente:
Coeficiente = 1/1 - [0,19 x (1 + 0,10)]
Coeficiente = 1/1 - 0,209
Coeficiente = 1 / 0,791
Coeficiente = 1,2642
Para testarmos a aplicação do coeficiente, vejamos o exemplo seguinte:
a) Preço do produto sem o ICMS embutido (líquido): R$ 310,00
b) Coeficiente para determinação do preço do produto com o ICMS embutido = 1,2642
c) Preço do produto com o ICMS embutido (1,26 x R$ 310,00): R$ 391,90
d) IPI (10%): R$ 39,19
e) Valor total / Base de Cálculo do ICMS (c + d): R$ 431,09 (R$ 391,90 + 39,19)
f) Valor do ICMS próprio (4% x R$ 431,09): R$ 17,24
g) Valor do DIFA (R$ 431,09 x 14% (18% - 4%): R$ 60,35
h) FCP (1%): R$ 4,31
Resumindo:
Valor do produto: R$ 391,90 Base de cálculo ICMS próprio: R$ 431,09 Valor do ICMS próprio:
R$ 17,24
Base de cálculo Difa: R$ 431,09
Valor do IPI: R$ 39,19 Valor do Difa: R$ 60,35
Valor total da nota fiscal: R$ 431,09

6 - DIVISÃO DO DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS ENTRE O ESTADO DE DESTINO


E DE ORIGEM
Para efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art. 155, da CF/88, no caso de operações e
prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte localizado em
outro Estado, o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será
partilhado entre os Estados de origem e de destino, na seguinte proporção (Convênio ICMS nº
93/15):
a) para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino e 80% (oitenta por
cento) para o Estado de origem (sem efeito, pois a Emenda Constitucional nº 87/15 entrou em
vigor somente em 01.01.2016);
b) para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e 60% (sessenta por
cento) para o Estado de origem;
c) para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e 40% (quarenta por
cento) para o Estado de origem;
d) para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20% (vinte por
cento) para o Estado de origem;
e) a partir do ano de 2019: 100% (cem por cento) para o Estado de destino.

Exemplo - Remetente normal com fundo da pobreza para o Estado de destino de 2%.
Valor da Mercadoria (sem ICMS): R$ 135,00 Alíquota Interestadual: 12% Alíquota Interna no
Destino: 18% FECOP: 2%
Base Única (Próprio e DIFA) = R$ 135,00/0,80 (100% - 20% (18% + 2%)) = R$ 168,75
ICMS Próprio Origem = R$ 168,75 x 12% = R$ 20,25
DIFA considerando a fórmula do Convênio ICMS nº 152/2015:
(R$ 168,75 x 18%) = R$ 30,37 R$ 30,37 - R$ 20,25 = R$ 10,12 (40% Estado de destino e
60% Estado de origem)
FCP devido para o destino R$ 123,46 x 2% = R$ 3,37

Resumindo:
Valor do produto: R$ 168,75 Base de cálculo ICMS próprio: R$ 168,75 Valor do ICMS próprio:
R$ 20,25 Base de cálculo Difa: R$ 168,75 Valor do Difa: R$ 10,12
Valor do fundo de amparo a pobreza: R$ 3,37 (integralmente para Estado de destino) Valor total
da nota fiscal: R$ 168,75
Em 2016 a partilha do R$ 10,12 será da seguinte forma:
a) destino: R$ 4,05 (R$ 10,12 x 40%)
b)origem: R$ 6,07 (R$ 10,12 x 60%)
Em 2017 a partilha do R$ 10,12 será da seguinte forma:
a) destino: R$ 6,07 (R$ 10,12 x 60%)
b) origem: R$ 4,05 (R$ 10,12 x 40%)

Em 2018 a partilha do R$ 10,12 será da seguinte forma:


a) destino: R$ 8,10 (R$ 10,12 x 80%)
b) origem: R$ 2,02 (R$ 10,12 x 20%)
A partir de 2019 a partilha do R$ 10,12 será da seguinte forma:
a) destino: R$ 10,12 (R$ 10,12 x 100%)
b) origem: R$ 0,00

7 - FORMA DE CALCULAR O DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS PARA O ESTADO


DE DESTINO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
O Art. 1º, do RICMS-SC/01, cita que os serviços sujeitos ao ICMS são os seguintes:
I...
II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de
pessoas, bens, mercadorias ou valores;
III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração,
a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de
comunicação de qualquer natureza.
A forma de calcular o diferencial de alíquotas é a mesma da mercadoria, ou seja, a diferença
entre a alíquota interna do serviço no Estado de destino menos a alíquota interestadual, sendo o
diferencial de alíquotas partilhado entre os Estados de origem e de destino do serviço.
Cabe ressaltar que o diferencial de alíquotas sobre o frete destinado a não contribuinte do ICMS,
somente existirá se o frete for pago pelo destinatário da mercadoria (frete FOB), conforme § 3º,
da Cláusula Segunda, do Convênio ICMS nº 93/15.

7.1 - Base de Cálculo do Diferencial de Alíquotas


A base de cálculo do diferencial de alíquotas é o valor do preço do serviço, observado o
disposto no § 1º do art. 13 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (Convênio
ICMS nº 93/15, Cláusula Segunda, § 1º).
Integra a base de cálculo:
a) montante do próprio imposto (já está calculado por dentro do valor do serviço);
b) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos
concedidos sob condição.

6 - ATIVO PERMANENTE - CRÉDITO FISCAL

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

É assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do ICMS anteriormente cobrado e


destacado na 1.ª via do documento fiscal, em operações ou prestações de que tenha resultado a
entrada de mercadorias, real ou simbólica, inclusive as destinadas ao ativo permanente do
estabelecimento, ou o recebimento de prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal. (Livro I, art. 31, I, "a", do Decreto nº 37.699/97 - RICMS).

HISTÓRICO

O contribuinte passou a ter direito as mercadorias destinadas ao ativo permanente, a partir de 1º de


novembro de 1996, através da Lei Complementar 87/96. Pela norma estabelecida acima, o
contribuinte poderia creditar todo o valor do ICMS destacado na Nota Fiscal de aquisição do bem, e
após, caso houvesse saída de mercadorias ou prestações de serviços isentas ou não tributadas
(inclusive base de cálculo reduzida), deveria estornar esse crédito na proporção dessas saídas
isentas ou não tributadas.
Porém, através da Lei Complementar nº 102/00, foi alterada a sistemática de aproveitamento do
crédito fiscal. O direito ao crédito permaneceu, porém, deixou de ser apropriado integralmente no
momento da aquisição do bem, e passou a ser apropriado parceladamente. A alteração iniciou partir
de 1º de janeiro de 2001, onde o contribuinte passou a apropriar o crédito do ativo permanente
somente em 48 parcelas.

A Lei Complementar nº 102/00, determinava a entrada em vigor da forma de crédito em 48 parcelas,


a partir de 1º de agosto de 2000. Porém, em decorrência da Medida Liminar nº 2.325-0, concedida
na Ação Direta de
Inconstitucionalidade - ADIN, o Tribunal, apreciando a questão do princípio da anterioridade,
determinou que os efeitos da referida Lei complementar terão eficácia somente a partir de 01 de
janeiro de 2001.

APROPRIAÇÃO DO CRÉDITO

Para apropriação do crédito do ICMS decorrente de entrada no estabelecimento de mercadorias


destinadas ao ativo permanente, deverá ser observado o seguinte: (Livro I, art. 31, § 4º do Decreto
nº 37.699/97 - RICMS).

a) a apropriação será feita à razão de 1/48 (um quarenta e oito avos) por mês, devendo a primeira
fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento, e as demais nos meses
subseqüentes;
b) em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento, em relação à
proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou não-tributadas sobre o total das
operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo período. Esta disposição também se
aplica, na proporção que representar, às operações de saída de mercadorias ou prestações de
serviços com redução de base de cálculo do imposto;
c) o montante do crédito a ser apropriado será o obtido multiplicando-se o valor total do respectivo
crédito pelo fator igual a 1/48 (um quarenta e oito avos) da relação entre o valor das operações de
saídas e prestações tributadas e o total das operações de saídas e prestações do período,
equiparando-se às tributadas, as saídas e prestações com destino ao exterior.

SERVIÇO DE TRANSPORTE

O direito ao crédito aplica-se também ao crédito fiscal relativo ao serviço de transporte da


mercadoria destinada ao ativo permanente. (Livro I, art. 31, § 4º, "c", Nota do RICMS) SALDO
CREDOR REMANESCENTE Ao final do quadragésimo oitavo mês contado da entrada do bem no
estabelecimento, o saldo remanescente do crédito será cancelado. (Livro I, art. 31, § 4º, "f", do
RICMS)

CONTROLE DE CRÉDITO DE ICMS DO ATIVO PERMANENTE – CIAP

Os documentos fiscais relativos a aquisição dos bens do ativo permanente, além de serem
escriturados nos livros fiscais próprios, serão escriturados também no documento "Controle de
Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP", elaborado para fins de determinar o valor da
apropriação mensal do crédito fiscal decorrente da entrada dos bens no estabelecimento (Livro I, art.
31, § 4.º, Nota 04; Livro II, art. 153A, do RICMS).

Os contribuintes deverão elaborar o "Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP"


mediante a utilização de um dos seguintes modelos: (IN DRP nº 45/98, I, XII, 3.2)
a) modelo C, onde a apropriação dos créditos do ICMS é feita englobadamente em relação à
totalidade dos
bens;
b) modelo D, onde a apropriação dos créditos do ICMS é feita considerando-se os bens
individualmente.
O Produtor, o MPR e a ME, por estarem desobrigados de manter escrituração fiscal, estão
dispensados da elaboração do CIAP.

7 - C I A P - Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente

Considerações

Para fins de escrituração no livro Registro de Entradas do crédito fiscal a ser apropriado
proporcionalmente em decorrência de entrada no estabelecimento, a partir de 1º de agosto de 2000,
de mercadorias destinadas ao ativo permanente, o contribuinte deverá escriturar também no
documento “Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente – CIAP”, cuja finalidade é determinar
o valor da adjudicação mensal do crédito fiscal a que tem direito, na forma do Livro II, art. 153 A,
Decreto nº 37699/97-RICMS.

Créditos não Admitidos

Determina o Livro I, art. 33, III do RICMS, que para efeito de apuração do montante devido do
imposto, não é admitido crédito fiscal, relativo à entrada de mercadorias ou utilização de serviços
resultantes de operações ou prestações isentas ou não-tributadas ou que se refiram a mercadorias
ou serviços alheios à atividade do estabelecimento.

Consideram-se alheios à atividade do estabelecimento, salvo prova em contrário:


a) os veículos de transporte pessoal;
b) as mercadorias entradas ou os serviços recebidos que:
- sejam utilizados em atividade do estabelecimento que esteja fora do campo de incidência do
imposto;
- sejam utilizados em atividade de lazer, cultural ou esportiva dos empregados, ainda que visem a
aumentar a produtividade da empresa;
- não sejam essenciais para a consecução do objetivo econômico da empresa, assim entendido
aqueles não utilizados na área de produção industrial ou agropecuária, de comercialização ou de
prestação de serviços.

Arquivo

Bloco “G” do SPED Fiscal.

Emissão de Nota Fiscal para Apropriação do Crédito

Com base no CIAP, ao final de cada período de apuração, deverá ser emitida NF relativa ao total de
apropriação de crédito fiscal do período.
A NF referida no subitem anterior será escriturada no livro Registro de Entradas, lançando-se a data
e o número na coluna "DOCUMENTO FISCAL" e o valor da apropriação na coluna "IMPOSTO
CREDITADO";

CRÉDITO DE ICMS SOBRE ENERGIA ELÉTRICA

A Lei Complementar 87/96 permitia que as empresas comerciais e industriais utilizassem o crédito
integral do ICMS destacado nas faturas de energia elétrica, no entanto, sua vigência foi até 31 de
dezembro de 2000 e a partir desta data, passou a vigorar a Lei Complementar 102/00. Com este
texto legal em vigor, a utilização do crédito de ICMS restringiu-se a 3 hipóteses:

1) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;


2) quando consumida no processo de industrialização;
3) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção
destas sobre as saídas ou prestações totais.

Assim, as empresas industriais que queiram se creditar do ICMS destacado nas notas fiscais
de energia elétrica, terão que confeccionar um Laudo Técnico emitido por um perito para
quantificar a energia elétrica consumida nos setores de industrialização. É possível buscar a
retroatividade do crédito no período dos últimos 05 (cinco) anos e os valores apurados poderão ser
compensados com débitos vincendos do ICMS, atentando-se às normas do regulamento estadual
do Estado onde estiver situado o estabelecimento.

É importante salientar que em qualquer um dos casos relatados, não é passível de crédito o
consumo de energia relacionado ao prédio em que estão localizadas as áreas de
administração e vendas e ainda que o direito ao crédito é dado somente às empresas que não
optaram pelo recolhimento simplificado do ICMS.

O RICMS/RS atualmente encontra-se desta forma, quanto ao crédito de ICMS sobre Energia
Elétrica.

A) ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL - (livro I, art.36, inc.1º, alínea C) – Possibilidade de crédito


sobre o ICMS destacado na fatura de energia elétrica empregada no processo de industrialização.
Destaca-se que a empresa deve possuir um laudo técnico sobre o percentual consumido na
industrialização, pois não é possível crédito sobre o consumo de outras áreas, tais como:
administrativo e vendas por exemplo.

B) ESTABELECIMENTO COMERCIAL CAE 8.03 - LIVRO I, ART.32, INC. XLVI


Aos estabelecimentos classificados no CAE 8.03 (Supermercados), no período de 1º de março de
2008 a 31 de dezembro de 2012, em montante igual ao valor que resultar da aplicação do
percentual de 20% (vinte por cento) sobre o valor do imposto destacado no documento fiscal
referente à entrada de energia elétrica no estabelecimento, emitido a partir de 1º de janeiro de 2001;

NOTA -A utilização deste crédito fiscal obedecerá ao seguinte:


a) o contribuinte não poderá adjudicar, ainda que parcialmente, a título de crédito fiscal, o valor que
serviu de base para o cálculo do crédito presumido referido no "caput" deste inciso;
b) o valor do crédito presumido será reduzido na mesma proporção que as operações de saídas
isentas ou não-tributadas, exceto em relação àquelas em que o contribuinte esteja beneficiado com
a não anulação do crédito fiscal, representem sobre o total de saídas efetuadas;
c) o disposto na alínea anterior aplica-se, na proporção que representar às operações de saída de
mercadorias com redução de base de cálculo do imposto.

B) DEMAIS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS – Não é possível crédito desde 01/03/2008

OPERAÇÕES COM BENS USADOS

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Consideram-se usadas aquelas mercadorias que tenham sido objeto de efetiva saída anterior a
usuário final.
Quando o contribuinte adquire um bem usado e posteriormente promove a sua saída, ela será
beneficiada com redução da base de cálculo do ICMS. (Livro I, artigo 23, I do RICMS - Decreto n.º
37.699/97)

BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do ICMS nas operações com mercadorias usadas, terá seu valor reduzido para:
a) 5% (cinco por cento), quando se tratar de veículos;
b) 20% (vinte por cento), quando se tratar de máquinas, aparelhos, móveis, motores e vestuário;

CONDIÇÕES
Esta redução de base de cálculo somente se aplica se as entradas das mercadorias não tiverem
sido oneradas pelo imposto sobre base de cálculo integral.

VEDAÇÃO
Este benefício fiscal não será aplicado, e conseqüentemente, o ICMS deverá ser calculado
integralmente,
sobre:

a) as peças, partes, acessórios e equipamentos aplicados no conserto ou na restauração de


máquinas, aparelhos, veículos e motores, usados, hipótese em que a base de cálculo do imposto
será o respectivo preço de venda no varejo ou, na sua falta, o seu valor estimado, assim entendido,
o preço de aquisição, nele incluídas as despesas decorrentes e a parcela do IPI, se incidente na
operação, acrescido de 30% (trinta por cento);
b) aos bens de origem estrangeira que não tenham sido onerados pelo imposto em etapa anterior de
sua circulação no território nacional ou por ocasião de sua entrada no estabelecimento importador;
c) às mercadorias cujas entradas ou saídas não se realizarem mediante emissão dos documentos
fiscais próprios, ou deixarem de ser regularmente escrituradas nos livros fiscais pertinentes.

ATIVO PERMANENTE
Não há incidência de ICMS nas saídas, após o uso a que se destinavam, de máquinas, veículos,
móveis, utensílios, ferramentas e outros bens que tenham sido aplicados na instalação ou no
funcionamento do estabelecimento. Excluem-se desse benefício as imobilizações apenas aparentes
e transitórias. (Livro I, Art. 11, XV, do RICMS; Instrução Normativa DRP n.º 45/98, Título I, Capítulo
II, Seção 4.0).
Código de situação tributária - CST

O contribuinte ao emitir a nota fiscal, deverá indicar, além do Código Fiscal de Operações e
Prestações (CFOP) utilizado para codificação das operações e prestações, também preencher na
coluna própria o Código de Situação Tributária (CST) que é composto de três dígitos.

O primeiro dígito indicará a origem da mercadoria, com base na Tabela A, e os dois últimos dígitos
a tributação pelo ICMS, com base na Tabela B.

TABELA A - ORIGEM DA MERCADORIA


0 - Nacional
1 - Estrangeira - Importação direta
2 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno

TABELA B - TRIBUTAÇÃO PELO ICMS


00 - Tributada integralmente
10 - Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária
20 - Com redução de base de cálculo
30 - Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária
40 - Isenta
41- Não tributada
50 - Suspensão
51 – Diferimento
60 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária
70 - Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária
90 – Outras

CFOP é a sigla de Código Fiscal de Operações e Prestações, das entradas e saídas de


mercadorias, intermunicipal e interestadual. Trata-se de um código numérico que identifica a
natureza de circulação da mercadoria ou a prestação de serviço de transportes.

É através do CFOP que é definido se a operação fiscal terá ou não que recolher impostos.
O código deve obrigatoriamente ser indicado em todos os documentos fiscais da empresa, como por
exemplo, notas fiscais, conhecimentos de transportes, livros fiscais, arquivos magnéticos e outros
exigidos por lei, quando das entradas e saídas de mercadorias e bens e da aquisição de serviços.
Cada código é composto por quatro dígitos, sendo que através do primeiro dígito é possível
identificar qual o tipo de operação, se entrada ou saída de mercadorias:

Entradas
1.000 - Entrada e/ou Aquisições de Serviços do Estado.
2.000 - Entrada e/ou Aquisições de Serviços de outros Estados.
3.000 - Entrada e/ou Aquisições de Serviços do Exterior.

Saídas
5.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para o Estado.
6.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para outros Estados.
7.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para o Exterior.

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