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buinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, ma proporcionalidade que ocorre nas operações com as de-
assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o mais mercadorias;
imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o esta- III - nas operações interestaduais com gás natural e seus deri-
belecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; vados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto ca-
fornecidas com serviços não compreendidos na competência berá ao Estado de origem;
tributária dos Municípios; IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante delibera-
X - NÃO INCIDIRÁ: ção dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g,
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, observando-se o seguinte:
nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, as- a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser
segurada a manutenção e o aproveitamento do montante do im- diferenciadas por produto;
posto cobrado nas operações e prestações anteriores; b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada,
As operações que destinem mercadorias para o exterior não são ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o
isentas de ICMS e sim IMUNES. preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em
condições de livre concorrência;
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo,
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplican-
inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele
do o disposto no art. 150, III, b (princípio da anterioridade).
derivados, e energia elétrica;
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º (quando ICMS-COMBUSTÍVEIS: incide a anterioridade especial (nona-
for ativo financeiro – só incide IOF); gesimal) no que se refere à diminuição e restabelecimento
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de alíquotas
de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre § 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusi-
e gratuita; ve as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão esta-
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante belecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,
do IPI, quando a operação, realizada entre contribuintes e re- nos termos do § 2º, XII, g.
lativa a produto destinado à industrialização ou à comerciali-
zação, configure fato gerador dos dois impostos; SÚMULAS SOBRE ICMS
XII - CABE À LC:
a) definir seus contribuintes; STF
b) dispor sobre substituição tributária; Súmula vinculante 32-STF: O ICMS não incide sobre alienação
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; de salvados de sinistro pelas seguradoras.
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabeleci- Súmula vinculante 48-STF: Na entrada de mercadoria importa-
mento responsável, o local das operações relativas à circulação da do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por ocasião do
de mercadorias e das prestações de serviços; desembaraço aduaneiro.
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o Súmula 573-STF: Não constitui fato gerador do ICMS a saída
exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no física de máquinas, utensílios e implementos a título de como-
inciso X, "a"; dato.
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à re- Súmula 574-STF: Sem lei estadual que a estabeleça, é ilegítima
messa para outro Estado e exportação para o exterior, de ser- a cobrança do imposto de circulação de mercadorias sobre o
viços e de mercadorias; fornecimento de alimentação e bebidas em restaurante ou esta-
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e belecimento similar.
do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais Súmula 662-STF: É legítima a incidência do ICMS na comerci-
serão concedidos e revogados. alização de exemplares de obras cinematográficas, gravados em
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o im- fitas de videocassete.
posto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalida-
de, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; STJ
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do impos- Súmula 95-STJ: A redução da alíquota do imposto sobre produ-
to a integre, também na importação do exterior de bem, mer- tos industrializados ou do imposto de importação não implica
cadoria ou serviço. redução do ICMS.
§ 3º À exceção do ICMS e o II e IE, nenhum outro imposto po- Súmula 129-STJ: O exportador adquire o direito de transferên-
derá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, servi- cia de crédito do ICMS quando realiza a exportação do produto
ços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e não ao estocar a matéria-prima.
e minerais do País. Súmula 135-STJ: O ICMS não incide na gravação e distribuição
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h (combustíveis e lubrificantes), ob- de filmes e videoteipes.
servar-se-á o seguinte: Súmula 155-STJ: O ICMS incide na importação de aeronave,
I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis deriva- por pessoa física, para uso próprio.
dos de petróleo, o imposto caberá ao ESTADO ONDE OCOR- Súmula 163-STJ: O fornecimento de mercadorias com a simul-
RER O CONSUMO; tânea prestação de serviços em bares, restaurantes e estabeleci-
II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás mentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir so-
natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não bre o valor total da operação.
incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido Súmula 166-STJ: Não constitui fato gerador do ICMS o sim-
entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mes- ples deslocamento de mercadoria de um para outro estabeleci-
mento do mesmo contribuinte.
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Súmula 198-STJ: Na importação de veículo por pessoa física, rios do GATT - General Agreement on Tariffs and Trade, realiza-
destinado a uso próprio, incide o ICMS. das até 30 de abril de 1999, são isentas de recolhimento do
Súmula 237-STJ: Nas operações com cartão de crédito, os en- ICMS.
cargos relativos ao financiamento não são considerados no cál- 10) O Estado de Minas Gerais por meio do Decreto n. 27.281, de
culo do ICMS. 27.08.1987, que ratificou o Convênio n. 29, de 18.08.1987, revo-
Súmula 334-STJ: O ICMS não incide no serviço dos provedo- gou expressamente a isenção do ICMS ao peixe seco e salgado
res de acesso à Internet. nacional, assim, em consequência, finda a isenção do produto
Súmula 350-STJ: O ICMS não incide sobre o serviço de habili- nacional, encerra-se, igualmente, no Estado, o benefício conce-
tação de telefone celular. dido ao bacalhau importado de país signatário do GATT, não
Súmula 391-STJ: O ICMS incide sobre o valor da tarifa de ener- sendo aplicável o entendimento firmado pelo REsp 871.760/BA,
gia elétrica correspondente à demanda de potência efetivamen- julgado sob o regime dos recursos repetitivos.
te utilizada. 11) A isenção do ICMS para pescados no âmbito do Estado de
Súmula 395-STJ: O ICMS incide sobre o valor da venda a prazo Pernambuco foi extinta em 13.3.1997 pelo Decreto estadual n.
constante da nota fiscal. 19.631, que efetivou a revogação autorizada pelo Convênio
Súmula 431-STJ: É ilegal a cobrança de ICMS com base no va- ICMS 102/1995, de modo que, a partir de então, não há falar em
lor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal. benefício fiscal em favor do similar importado de país signatário
Súmula 432-STJ: As empresas de construção civil não estão do GATT para referida unidade da federação.
obrigadas a pagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como in- 13) O valor pago pelo consumidor final a título de seguro de ga-
sumos em operações interestaduais. rantia estendida não integra a base de cálculo do ICMS inciden-
Súmula: 433-STJ: O produto semielaborado, para fins de inci- te sobre a operação de compra e venda de mercadoria.
dência de ICMS, é aquele que preenche cumulativamente os três
requisitos do art. 1º da Lei Complementar n. 65/1991. § 6º O IPVA:
Súmula 457-STJ: Os descontos incondicionais nas operações I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;
mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS. II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e
Súmula 509-STJ: É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar utilização.
os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente
declarada inidônea, quando demonstrada a veracidade da com-
A notificação do contribuinte para o recolhimento do IPVA per-
pra e venda.
fectibiliza a constituição definitiva do crédito tributário, inici-
ando-se o prazo prescricional para a execução fiscal no dia se-
JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ guinte à data estipulada para o vencimento da exação.
EDIÇÃO N. 121: ICMS
1) Não é possível a inclusão de crédito presumido de ICMS SÚMULAS SOBRE IPVA
na base de cálculo do imposto de renda da pessoa jurídica - Súmula 585-STJ: A responsabilidade solidária do ex-proprietá-
IRPJ e da contribuição social sobre o lucro líquido - CSLL. rio, prevista no art. 134 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB,
2) O crédito presumido de ICMS não integra a base de cálculo não abrange o IPVA incidente sobre o veículo automotor, no
da contribuição para o programa de integração social - PIS e da que se refere ao período posterior à sua alienação
contribuição para o financiamento da seguridade social - CO-
FINS. Seção V
3) O ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS
PIS e da COFINS. Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
4) É legítima a inclusão da subvenção econômica instituída pela I – (IPTU) propriedade predial e territorial urbana;
Lei n. 10.604/2002 na base de cálculo do ICMS sobre a energia II – (ITBI) transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato
elétrica, uma vez que se enquadra no conceito do termo "valor oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de
da operação", à luz do disposto nos arts. 12, XII, e 13, VII e § 1°, direitos reais sobre imóveis, EXCETO OS DE GARANTIA, bem
da Lei Complementar n. 87/1996. como cessão de direitos a sua aquisiçã o;
6) Diante do que dispõe a legislação que disciplina as conces- III - (ISSQN) serviços de qualquer natureza, não compreendidos
sões de serviço público e da peculiar relação envolvendo o Es- no art. 155, II (ICMS), definidos em lei complementar.
tado-concedente, a concessionária e o consumidor, esse último § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refe-
tem legitimidade para propor ação declaratória c/c repetição de re o art. 182, § 4º, inciso II, o IPTU poderá:
indébito na qual se busca afastar, no tocante ao fornecimento I – ser PROGRESSIVO em razão do valor do imóvel; e
de energia elétrica, a incidência do ICMS sobre a demanda con- II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o
tratada e não utilizada. uso do imóvel.
7) Nos casos em que a substituta tributária (a montadora/fabri-
cante de veículos) não efetua o transporte nem o engendra por
IPTU
sua conta e ordem, o valor do frete não deve ser incluído na
base de cálculo do ICMS, ante o disposto no art. 13, § 1º, inciso CARACTERÍSTICAS REAL: incide sobre uma coisa (proprieda-
II, alínea "b", da Lei Complementar n. 87/1996. de imobiliária urbana)
8) Não incide ICMS sobre serviço de transporte interestadual
DIRETO: o próprio contribuinte é quem
de mercadorias destinadas ao exterior.
suporta o encargo financeiro da tributa-
9) As operações de importação de bacalhau (peixe seco e salga-
ção (não há repercussão econômica)
do, espécie do gênero pescado), provenientes de países signatá-
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FISCAL: a função precípua deste imposto quado aproveitamento. A arre-


é a arrecadação (imposto fiscal). Vale res- cadação advinda de tal situa-
saltar, no entanto, que, em alguns casos, ção é mero efeito colateral do
ele poderá assumir também um caráter tributo.
extrafiscal (forma de estimular o cumpri- b) O parâmetro para a pro-
mento da função social da propriedade); gressividade não é o valor do
imóvel, mas, sim, o passar do
PROGRESSIVO: pode ser progressivo no
tempo sem o adequado apro-
tempo caso a propriedade não esteja
veitamento do solo urbano.
cumprindo sua função social (art. 182, §
4º), além de poder ser progressivo em ra- Na PROGRESSIVIDADE FIS- Na PROGRESSIVIDADE EX-
zão do valor do imóvel (art. 156, § 1º, I); CAL prevista no art. 156, § 1º, I, TRAFISCAL, prevista no art.
da CF, quanto mais valioso o 182, § 4º, II, da CF, quanto mais
O IPTU incide sobre imóveis urbanos.
imóvel, maior a alíquota inci- tempo mantida a situação
O ITR recai sobre imóveis rurais.
dente. agressiva à finalidade social
Assim, em regra, o ITR incide apenas sobre
da propriedade, maior será a
imóveis rurais. Se o imóvel for urbano, o im-
alíquota aplicável no lança-
posto devido é o IPTU.
mento do lPTU.
IPTU x ITR Exceção: Segundo o STJ, incide o ITR (e
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
não o IPTU) sobre imóveis comprova-
damente utilizados para exploração ex-
trativa, vegetal, agrícola, pecuária ou O IPTU incide sobre:
agroindustrial, ainda que localizados 1) Imóveis localizados na 2) Imóveis localizados na
em áreas consideradas urbanas pela le- zona urbana área urbanizável ou de ex-
gislação municipal. STJ. 1ª Seção. REsp pansão urbana
1112646/SP, Rel. Min. Herman Benjamin,
julgado em 26/08/2009. Locais onde possuem, no míni- São loteamentos aprovados
mo, 2 dos melhoramentos do § pelos órgãos competentes e
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br 1º do art. 32 do CTN. destinados à habitação, à in-
dústria ou ao comércio.
PROGRESSIVIDADE FISCAL PROGRESSIVIDADE Art. 32 (...) Não possuem os 2 dos melho-
EXTRAFISCAL § 1º Para os efeitos deste im- ramentos do § 1º, mas mesmo
posto, entende-se como zona assim irão ser objeto de IPTU,
A EC 29/2000 autorizou, no art. Segundo o art. 182, § 4º, da CF, urbana a definida em lei muni- desde que previstas na lei mu-
156, § 1º, I, da CF/88, que as é facultado ao Poder Público cipal; observado o requisito nicipal. Isso porque são áreas
alíquotas do IPTU sejam pro- municipal, mediante lei espe- mínimo da existência de me- que o CTN autorizou que a lei
gressivas em razão do valor cífica para área incluída no lhoramentos indicados em pelo municipal considerasse como
do imóvel. plano diretor, exigir, nos ter- menos 2 (dois) dos incisos se- urbanas, apesar de não terem
No que concerne à progressivi- mos da lei federal, do proprie- guintes, construídos ou manti- os melhoramentos.
dade de alíquotas com base no tário do solo urbano não edifi- dos pelo Poder Público:
valor do imóvel, devem ser ob- cado, subutilizado ou não utili- I - meio-fio ou calçamento, Art. 32 (...)
servados os seguintes requisi- zado, que promova seu ade- com canalização de águas plu- § 2º A lei municipal pode con-
tos e características: quado aproveitamento. viais; siderar urbanas as áreas urba-
a) somente é legítima a partir A previsão desse art. 182, § 4º, II - abastecimento de água; nizáveis, ou de expansão urba-
do advento da EC 29, de 13 já constava do texto originá- III - sistema de esgotos sanitá- na, constantes de loteamentos
de setembro de 2000 - confor- rio da CF/88 não decorrendo rios; aprovados pelos órgãos com-
me a Súmula 668, STF de emenda. IV - rede de iluminação públi- petentes, destinados à habita-
b) tem objetivo fiscal, pois, ao No caso de o particular não ca, com ou sem posteamento ção, à indústria ou ao comér-
aumentar as alíquotas inciden- atender à exigência do Poder para distribuição domiciliar; cio, mesmo que localizados
tes sobre os imóveis mais vali- Público, o próprio dispositivo V - escola primária ou posto de fora das zonas definidas nos
osos - presumivelmente per- prevê um conjunto de provi- saúde a uma distância máxima termos do parágrafo anterior.
tencentes a pessoas de maior dências sucessivas. A segunda de 3 (três) quilômetros do imó-
capacidade econômica-, visa a delas, logo após o parcelamen- vel considerado.
incrementar a arrecadação, to ou edificação compulsórios,
retirando mais de quem mais é a adoção de IPTU progressi- *Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
pode pagar; vo no tempo:
c) deve-se ater aos limites do a) Tem objetivo extrafiscal,
razoável, sob pena de incidir pois o escopo da regra é esti- SÚMULAS SOBRE IPTU
em efeito confiscatório, vedado mular o cumprimento da
pelo art. 150, IV, da CF/1988. função social da propriedade STF
por meio de um agravamento Súmula vinculante 52-STF: Ainda quando alugado a tercei-
da carga tributária suportada ros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qual-
pelo proprietário do solo urba- quer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da CF, desde
no que não promove seu ade-
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que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as § 3º Em relação ao ISSQN, cabe à LC:
quais tais entidades foram constituídas. I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
Súmula 539-STF: É constitucional a lei do município que reduz II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o
o IPTU sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, exterior.
que não possua outro. III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos
Súmula 583-STF: Promitente-comprador de imóvel residencial e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
transcrito em nome de autarquia é contribuinte do IPTU. • Váli-
da, mas para isso, o promitente-comprador deverá estar previs- DF pode instituir ISS
to na lei municipal como contribuinte do imposto (Súmula 399-
STJ).
SÚMULAS SOBRE ISS
Súmula 589-STF: É inconstitucional a fixação de adicional
progressivo do IPTU em função do número de imóveis do STF
contribuinte.
Súmula vinculante 31-STF: É inconstitucional a incidência do
Súmula 668-STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre ope-
estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquo-
rações de locação de bens móveis.
tas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o
Súmula 588-STF: O ISS não incide sobre os depósitos, as co-
cumprimento da função social da propriedade urbana
missões e taxas de desconto, cobrados pelos estabelecimentos
STJ bancários.
Súmula 663-STF: Os §§ 1º e 3º do art. 9º do DL 406/68 foram
Súmula 160-STJ: É defeso, ao município, atualizar o IPTU, me-
recebidos pela Constituição.
diante decreto, em percentual superior ao índice oficial de cor-
reção monetária. STJ
Súmula 397-STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lan-
Súmula 138-STJ: O ISS incide na operação de arrendamento
çamento pelo envio do carnê ao seu endereço.
mercantil de coisas móveis.
Súmula 399-STJ: Cabe à legislação municipal estabelecer o su-
Há incidência de ISS no caso de leasing?
jeito passivo do IPTU.
No caso de leasing financeiro: SIM (há a prestação de um
Súmula 614-STJ: O locatário não possui legitimidade ativa
serviço de financiamento).
para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas refe-
No caso de leasing operacional: NÃO (há apenas uma locação).
rentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tri-
STF. Plenário. RE 547245, Rel. Min. Eros Grau, julgado em
butos.
02/12/2009.
Súmula 626-STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em
Súmula 156-STJ: A prestação de serviço de composição gráfica,
área considerada pela lei local como urbanizável ou de expan-
personalizada e sob encomenda, ainda que envolva forneci-
são urbana não está condicionada à existência dos melhora-
mento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS.
mentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN.
Súmula 167-STJ: O fornecimento de concreto, por empreitada,
para construção civil, preparado no trajeto até a obra em beto-
§ 2º O ITBI: neiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujei-
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorpo- tando-se apenas à incidência do ISS.
rados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capi- Súmula 274-STJ: O ISS incide sobre o valor dos serviços de as-
tal, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente sistência médica, incluindo-se neles as refeições, os medicamen-
de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, tos e as diárias hospitalares.
salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adqui- Súmula 424-STJ: É legítima a incidência de ISS sobre os servi-
rente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação ços bancários congêneres da lista anexa ao DL nº 406/1968 e à
de bens imóveis ou arrendamento mercantil; LC n. 56/1987.
II - compete ao Município da situação do bem. Súmula 524-STJ: No tocante à base de cálculo, o ISSQN incide
apenas sobre a taxa de agenciamento quando o serviço presta-
SÚMULAS SOBRE ITBI do por sociedade empresária de trabalho temporário for de in-
termediação, devendo, entretanto, englobar também os valores
Súmula 75-STF: Sendo vendedora uma autarquia, a sua imuni-
dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela contra-
dade fiscal não compreende o imposto de transmissão "inter
tados nas hipóteses de fornecimento de mão de obra.
vivos", que é encargo do comprador.
Súmula 110-STF: O imposto de transmissão "inter vivos" não
incide sobre a construção, ou parte dela, realizada pelo adqui-
rente, mas sobre o que tiver sido construído ao tempo da alie-
______Codigo Civil______
nação do terreno.
Súmula 470-STF: O imposto de transmissão "inter vivos" não CAPÍTULO X
incide sobre a construção, ou parte dela, realizada, inequivoca- Do Mandato
mente, pelo promitente comprador, mas sobre o valor do que Seção I
tiver sido construído antes da promessa de venda. Disposições Gerais
Súmula 656-STF: É inconstitucional a lei que estabelece Art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem
alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vi- poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar inte-
vos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel resses. A procuração é o instrumento do mandato.
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Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procura- seu próprio nome, ainda que o negócio seja de conta do man-
ção mediante instrumento particular, que valerá desde que tenha dante.
a assinatura do outorgante.
§ 1o O instrumento particular deve conter a indicação do lugar Art. 664. O mandatário tem o direito de reter, do objeto da ope-
onde foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a ração que lhe foi cometida, quanto baste para pagamento de
data e o objetivo da outorga com a designação e a extensão dos tudo que lhe for devido em consequência do mandato.
poderes conferidos.
§ 2o O terceiro com quem o mandatário tratar poderá exigir que JDC184 Da interpretação conjunta desses dispositivos, extrai-se
a procuração traga a firma reconhecida. que o mandatário tem o direito de reter, do objeto da operação
que lhe foi cometida, tudo o que lhe for devido em virtude do
Art. 655. Ainda quando se outorgue mandato por instrumento mandato, incluindo-se a remuneração ajustada e o reembolso de
público, pode substabelecer-se mediante instrumento parti- despesas.
cular.
Art. 665. O mandatário que exceder os poderes do mandato, ou
JDC182 O mandato outorgado por instrumento público previsto proceder contra eles, será considerado mero gestor de negó-
no art. 655 do Código Civil somente admite substabelecimen- cios, enquanto o mandante lhe não ratificar os atos.
to por instrumento particular quando a forma pública for fa-
cultativa e não integrar a substância do ato. Art. 666. O maior de 16 e menor de 18 anos não emancipado
PODE ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele
Art. 656. O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou es- senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obri-
crito. gações contraídas por menores.

Art. 657. A outorga do mandato está sujeita à forma exigida por Seção II
lei para o ato a ser praticado. Não se admite mandato verbal Das Obrigações do Mandatário
quando o ato deva ser celebrado por escrito. Art. 667. O mandatário é obrigado a aplicar toda sua diligência
habitual na execução do mandato, e a indenizar qualquer prejuízo
Art. 658. O mandato PRESUME-SE GRATUITO quando não hou- causado por culpa sua ou daquele a quem substabelecer, sem au-
ver sido estipulada retribuição, exceto se o seu objeto correspon- torização, poderes que devia exercer pessoalmente.
der ao daqueles que o mandatário trata por ofício ou profissão § 1o Se, não obstante proibição do mandante, o mandatário se fi-
lucrativa. zer substituir na execução do mandato, responderá ao seu consti-
Parágrafo único. Se o mandato for oneroso, caberá ao mandatário tuinte pelos prejuízos ocorridos sob a gerência do substituto, em-
a retribuição prevista em lei ou no contrato. Sendo estes omissos, bora provenientes de caso fortuito, salvo provando que o
será ela determinada pelos usos do lugar, ou, na falta destes, por caso teria sobrevindo, ainda que não tivesse havido substabe-
arbitramento. lecimento.
§ 2o Havendo poderes de substabelecer, só serão imputáveis ao
Art. 659. A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do mandatário os danos causados pelo substabelecido, se tiver
começo de execução. agido com culpa na escolha deste ou nas instruções dadas a ele.
§ 3o Se a proibição de substabelecer constar da procuração, os
Art. 660. O mandato pode ser especial a um ou mais negócios de- atos praticados pelo substabelecido não obrigam o mandante,
terminadamente, ou geral a todos os do mandante. salvo ratificação expressa, que retroagirá à data do ato.
§ 4o Sendo omissa a procuração quanto ao substabelecimento, o
Art. 661. O mandato em termos gerais só confere poderes de procurador será responsável se o substabelecido proceder culpo-
administração. samente.
§ 1o Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer
atos que exorbitem da administração ordinária, depende a procu- Art. 668. O mandatário é obrigado a dar contas de sua gerência
ração de poderes especiais e expressos. ao mandante, transferindo-lhe as vantagens provenientes do
§ 2o O poder de transigir não importa o de firmar compromis- mandato, por qualquer título que seja.
so.
Art. 669. O mandatário NÃO PODE COMPENSAR os prejuízos a
JDC183 Para os casos em que o parágrafo primeiro do art. 661 que deu causa com os proveitos que, por outro lado, tenha gran-
exige poderes especiais, a procuração deve conter a identifica- jeado ao seu constituinte.
ção do objeto.
Art. 670. Pelas somas que devia entregar ao mandante ou recebeu
para despesa, mas empregou em proveito seu, pagará o manda-
Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o
tário juros, desde o momento em que abusou.
tenha sem poderes suficientes, são INEFICAZES em relação àque-
le em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar.
Art. 671. Se o mandatário, tendo fundos ou crédito do mandante,
Parágrafo único. A ratificação há de ser expressa, ou resultar
comprar, em nome próprio, algo que devera comprar para o
de ato inequívoco, e retroagirá à data do ato.
mandante, por ter sido expressamente designado no mandato,
terá este ação para obrigá-lo à entrega da coisa comprada.
Art. 663. Sempre que o mandatário estipular negócios expressa-
mente em nome do mandante, será este o único responsável; fi-
cará, porém, o mandatário pessoalmente obrigado, se agir no
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Art. 672. Sendo 2 ou mais os mandatários nomeados no mesmo Art. 683. Quando o mandato contiver a cláusula de irrevogabilida-
instrumento, qualquer deles poderá exercer os poderes outor- de e o mandante o revogar, pagará perdas e danos.
gados, se não forem expressamente declarados conjuntos, nem
especificamente designados para atos diferentes, ou subordina- Art. 684. Quando a cláusula de irrevogabilidade for condição de
dos a atos sucessivos. Se os mandatários forem declarados um negócio bilateral, ou tiver sido estipulada no exclusivo interes-
conjuntos, não terá eficácia o ato praticado sem interferência se do mandatário, a revogação do mandato será INEFICAZ.
de todos, salvo havendo ratificação, que retroagirá à data do
ato. Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa pró-
pria", a sua revogação NÃO TERÁ EFICÁCIA, nem se extingui-
Art. 673. O terceiro que, depois de conhecer os poderes do man- rá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário
datário, com ele celebrar negócio jurídico exorbitante do manda- dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os
to, não tem ação contra o mandatário, salvo se este lhe prometeu bens móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as for-
ratificação do mandante ou se responsabilizou pessoalmente. malidades legais.

Art. 674. Embora ciente da morte, interdição ou mudança de es- Art. 686. A revogação do mandato, notificada somente ao manda-
tado do mandante, deve o mandatário concluir o negócio já tário, não se pode opor aos terceiros que, ignorando-a, de boa-
começado, se houver perigo na demora. fé com ele trataram; mas ficam salvas ao constituinte as ações
que no caso lhe possam caber contra o procurador.
Seção III Parágrafo único. É IRREVOGÁVEL o mandato que contenha po-
Das Obrigações do Mandante deres de cumprimento ou confirmação de negócios enceta-
Art. 675. O mandante é obrigado a satisfazer todas as obriga- dos, aos quais se ache vinculado.
ções contraídas pelo mandatário, na conformidade do man-
dato conferido, e adiantar a importância das despesas necessá- Art. 687. Tanto que for comunicada ao mandatário a nomeação de
rias à execução dele, quando o mandatário lho pedir. outro, para o mesmo negócio, considerar-se-á revogado o man-
dato anterior.
Art. 676. É obrigado o mandante a pagar ao mandatário a remu-
neração ajustada e as despesas da execução do mandato, ainda Art. 688. A renúncia do mandato será comunicada ao mandante,
que o negócio não surta o esperado efeito, salvo tendo o que, se for prejudicado pela sua inoportunidade, ou pela falta de
mandatário culpa. tempo, a fim de prover à substituição do procurador, será indeni-
zado pelo mandatário, salvo se este provar que não podia conti-
Art. 677. As somas adiantadas pelo mandatário, para a execução nuar no mandato sem prejuízo considerável, e que não lhe era
do mandato, vencem juros desde a data do desembolso. dado substabelecer.

Art. 678. É igualmente obrigado o mandante a ressarcir ao man- Art. 689. São válidos, a respeito dos contratantes de boa-fé, os
datário as perdas que este sofrer com a execução do mandato, atos com estes ajustados em nome do mandante pelo mandatá-
sempre que não resultem de culpa sua ou de excesso de po- rio, enquanto este ignorar a morte daquele ou a extinção do
deres. mandato, por qualquer outra causa.

Art. 679. Ainda que o mandatário contrarie as instruções do man- Art. 690. Se falecer o mandatário, pendente o negócio a ele co-
dante, se não exceder os limites do mandato, ficará o mandante metido, os herdeiros, tendo ciência do mandato, avisarão o man-
obrigado para com aqueles com quem o seu procurador contra- dante, e providenciarão a bem dele, como as circunstâncias exigi-
tou; mas terá contra este ação pelas perdas e danos resultantes rem.
da inobservância das instruções.
Art. 691. Os herdeiros, no caso do artigo antecedente, devem li-
Art. 680. Se o mandato for outorgado por 2 ou mais pessoas, e mitar-se às medidas conservatórias, ou continuar os negócios
para negócio comum, cada uma ficará solidariamente responsá- pendentes que se não possam demorar sem perigo, regu-
vel ao mandatário por todos os compromissos e efeitos do man- lando-se os seus serviços dentro desse limite, pelas mesmas nor-
dato, salvo direito regressivo, pelas quantias que pagar, contra mas a que os do mandatário estão sujeitos.
os outros mandantes.
Seção V
Art. 681. O mandatário tem sobre a coisa de que tenha a posse Do Mandato Judicial
em virtude do mandato, direito de retenção, até se reembolsar do Art. 692. O mandato judicial fica subordinado às normas que lhe
que no desempenho do encargo despendeu. dizem respeito, constantes da legislação processual, e, supletiva-
mente, às estabelecidas neste Código.
Seção IV
Da Extinção do Mandato CAPÍTULO XI
Art. 682. Cessa o mandato: Da Comissão
I - pela revogação ou pela renúncia; Art. 693. O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a
II - pela morte ou interdição de uma das partes; venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta
III - pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir do comitente.
os poderes, ou o mandatário para os exercer;
IV - pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio. Art. 694. O comissário fica diretamente obrigado para com as
pessoas com quem contratar, sem que estas tenham ação contra
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o comitente, nem este contra elas, salvo se o comissário ceder Art. 705. Se o comissário for despedido sem justa causa, terá di-
seus direitos a qualquer das partes. reito a ser remunerado pelos trabalhos prestados, bem como a
ser ressarcido pelas perdas e danos resultantes de sua dispensa.
Art. 695. O comissário é obrigado a agir de conformidade com as
ordens e instruções do comitente, devendo, na falta destas, não Art. 706. O comitente e o comissário são obrigados a pagar ju-
podendo pedi-las a tempo, proceder segundo os usos em casos ros um ao outro; o primeiro pelo que o comissário houver adian-
semelhantes. tado para cumprimento de suas ordens; e o segundo pela mora
Parágrafo único. Ter-se-ão por justificados os atos do comissário, na entrega dos fundos que pertencerem ao comitente.
se deles houver resultado vantagem para o comitente, e ainda no
caso em que, não admitindo demora a realização do negócio, o Art. 707. O crédito do comissário, relativo a comissões e despe-
comissário agiu de acordo com os usos. sas feitas, goza de privilégio geral, no caso de falência ou in-
solvência do comitente.
Art. 696. No desempenho das suas incumbências o comissário é
obrigado a agir com cuidado e diligência, não só para evitar Art. 708. Para reembolso das despesas feitas, bem como para re-
qualquer prejuízo ao comitente, mas ainda para lhe proporcio- cebimento das comissões devidas, tem o comissário direito de
nar o lucro que razoavelmente se podia esperar do negócio. retenção sobre os bens e valores em seu poder em virtude da co-
Parágrafo único. Responderá o comissário, salvo motivo de força missão.
maior, por qualquer prejuízo que, por ação ou omissão, ocasionar
ao comitente. Art. 709. São aplicáveis à comissão, no que couber, as regras so-
bre mandato.
Art. 697. O comissário não responde pela insolvência das pesso-
as com quem tratar, exceto em caso de culpa e no do artigo se- CAPÍTULO XII
guinte. Da Agência e Distribuição
Art. 710. Pelo CONTRATO DE AGÊNCIA, uma pessoa assume, em
Art. 698. Se do contrato de comissão constar a cláusula del cre- caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obriga-
dere, RESPONDERÁ o comissário SOLIDARIAMENTE com as ção de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a rea-
pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso lização de certos negócios, em zona determinada, caracteri-
em que, salvo estipulação em contrário, o comissário tem direito zando-se a DISTRIBUIÇÃO quando o agente tiver à sua dispo-
a remuneração mais elevada, para compensar o ônus assumi- sição a coisa a ser negociada.
do. Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente
para que este o represente na conclusão dos contratos.
Art. 699. Presume-se o comissário autorizado a conceder dila-
ção do prazo para pagamento, na conformidade dos usos do lu- Art. 711. SALVO AJUSTE, o proponente não pode constituir, ao
gar onde se realizar o negócio, se não houver instruções diversas mesmo tempo, mais de um agente, na mesma zona, com
do comitente. idêntica incumbência; nem pode o agente assumir o encargo de
nela tratar de negócios do mesmo gênero, à conta de outros pro-
Art. 700. Se houver instruções do comitente proibindo prorroga- ponentes.
ção de prazos para pagamento, ou se esta não for conforme os
usos locais, poderá o comitente exigir que o comissário pague in- Art. 712. O agente, no desempenho que lhe foi cometido, deve
continenti ou responda pelas consequências da dilação concedi- agir com toda diligência, atendo-se às instruções recebidas do
da, procedendo-se de igual modo se o comissário não der ciência proponente.
ao comitente dos prazos concedidos e de quem é seu beneficiá-
rio. Art. 713. Salvo estipulação diversa, todas as despesas com a
agência ou distribuição correm a cargo do agente ou distribui-
Art. 701. Não estipulada a remuneração devida ao comissário, dor.
será ela arbitrada segundo os usos correntes no lugar.
Art. 714. Salvo ajuste, o agente ou distribuidor terá direito à re-
Art. 702. No caso de morte do comissário, ou, quando, por motivo muneração correspondente aos negócios concluídos dentro de
de força maior, não puder concluir o negócio, será devida pelo sua zona, ainda que sem a sua interferência.
comitente uma remuneração proporcional aos trabalhos realiza-
dos. Art. 715. O agente ou distribuidor tem direito à indenização se o
proponente, sem justa causa, cessar o atendimento das propostas
Art. 703. Ainda que tenha dado motivo à dispensa, terá o co- ou reduzi-lo tanto que se torna antieconômica a continuação do
missário direito a ser remunerado pelos serviços úteis presta- contrato.
dos ao comitente, ressalvado a este o direito de exigir daquele os
prejuízos sofridos. Art. 716. A remuneração será devida ao agente também quando o
negócio deixar de ser realizado por fato imputável ao proponen-
Art. 704. Salvo disposição em contrário, pode o comitente, a qual- te.
quer tempo, alterar as instruções dadas ao comissário, enten-
dendo-se por elas regidos também os negócios pendentes. Art. 717. Ainda que dispensado por justa causa, terá o agente
direito a ser remunerado pelos serviços úteis prestados ao
proponente, sem embargo de haver este perdas e danos pelos
prejuízos sofridos.
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Art. 729. Os preceitos sobre corretagem constantes deste Código


Art. 718. Se a dispensa se der sem culpa do agente, terá ele direi - não excluem a aplicação de outras normas da legislação especial.
to à remuneração até então devida, inclusive sobre os negócios
pendentes, além das indenizações previstas em lei especial.
_____Codigo de Proçesso Civil____
Art. 719. Se o agente não puder continuar o trabalho por motivo
de força maior, terá direito à remuneração correspondente aos CAPÍTULO XIII
serviços realizados, cabendo esse direito aos herdeiros no caso de DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA
morte. Seção I
Disposições Gerais
Art. 720. Se o contrato for por tempo indeterminado, qualquer Art. 485. O juiz NÃO RESOLVERÁ O MÉRITO quando:
das partes poderá resolvê-lo, mediante aviso prévio de 90 I - indeferir a petição inicial;
dias, desde que transcorrido prazo compatível com a natureza II - o processo ficar parado durante mais de 1 ano por negli-
e o vulto do investimento exigido do agente. gência das partes; - a parte será intimada pessoalmente para su-
Parágrafo único. No caso de divergência entre as partes, o juiz de- prir a falta no prazo de 5 dias.
cidirá da razoabilidade do prazo e do valor devido. III - por não promover os atos e as diligências que lhe incum-
bir, o autor abandonar a causa por mais de 30 dias; - a parte
Art. 721. Aplicam-se ao contrato de agência e distribuição, no que será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 dias.
couber, as regras concernentes ao mandato e à comissão e as IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de
constantes de lei especial. desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou
CAPÍTULO XIII de coisa julgada;
Da Corretagem VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse proces-
Art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a sual;
outra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitra-
por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para gem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebi- VIII - homologar a desistência da ação;
das. IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada in-
transmissível por disposição legal; e
Art. 723. O corretor é obrigado a executar a mediação com dili- X - nos demais casos prescritos neste Código.
gência e prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, to- § 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II (paralisação por mais de
das as informações sobre o andamento do negócio. 1 ano por negligência) e III (abandono da causa por mais de 30
Parágrafo único. Sob pena de responder por perdas e danos, o dias), a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta
corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da no prazo de 5 dias.
segurança ou do risco do negócio, das alterações de valores e de
§ 2o No caso do § 1 o, quanto ao inciso II (paralisação por mais de
outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência.
1 ano por negligência), as partes pagarão proporcionalmente as
custas, e, quanto ao inciso III (abandono da causa por mais de 30
Art. 724. A remuneração do corretor, se não estiver fixada em lei,
dias), o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos
nem ajustada entre as partes, será arbitrada segundo a natureza
honorários de advogado.
do negócio e os usos locais.
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos
IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto
Art. 725. A remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha
não ocorrer o trânsito em julgado.
conseguido o resultado previsto no contrato de mediação, ou
§ 4o Oferecida a contestação, o autor NÃO PODERÁ, SEM O
ainda que este não se efetive em virtude de arrependimento
CONSENTIMENTO do réu, DESISTIR da ação.
das partes.
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada ATÉ A SENTEN-
ÇA.
Art. 726. Iniciado e concluído o negócio diretamente entre as
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por
partes, nenhuma remuneração será devida ao corretor; mas
abandono da causa pelo autor DEPENDE DE REQUERIMENTO
se, por escrito, for ajustada a corretagem com exclusividade,
DO RÉU.
terá o corretor direito à remuneração integral, ainda que rea-
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam
lizado o negócio sem a sua mediação, salvo se comprovada
os incisos deste artigo, o juiz terá 5 dias para retratar-se.
sua inércia ou ociosidade.

Art. 727. Se, por não haver prazo determinado, o dono do negó- Ausência de pressupostos de cons-
cio dispensar o corretor, e o negócio se realizar posteriormente, tituição e de desenvolvimento váli-
como fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida; igual do e regular do processo
solução se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do JUIZ CONHECERÁ DE
Perempção, de litispendência ou de
prazo contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor. OFÍCIO ENQUANTO NÃO
coisa julgada
OCORRER O TRÂNSITO
Art. 728. Se o negócio se concluir com a intermediação de mais EM JULGADO Ausência de legitimidade ou de in-
de um corretor, a remuneração será paga a todos em partes teresse processual
iguais, salvo ajuste em contrário. Morte da parte, a ação for conside-
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zões que autorizam a interferência na norma afastada e as pre- Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa
missas fáticas que fundamentam a conclusão. da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superi-
§ 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conju- or ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
gação de todos os seus elementos e em conformidade com o Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva
princípio da boa-fé. relação jurídica condicional.

FPPC305. (arts. 489, § 1º, IV, 984, §2º, 1.038, § 3º). No julgamento Decisão Citra petita: não examina em toda a sua amplitude o
de casos repetitivos, o tribunal deverá enfrentar todos os argu- pedido formulado na inicial
mentos contrários e favoráveis à tese jurídica discutida, inclusive
Decisão Ultra petita: juiz vai além do pedido do autor, dando
os suscitados pelos interessados
mais do que fora pedido.
FPPC306. (art. 489, § 1º, VI). O precedente vinculante não será
seguido quando o juiz ou tribunal distinguir o caso sob jul- Decisão Extra petita: quando a providência jurisdicional deferi-
gamento, demonstrando, fundamentadamente, tratar-se de da é diversa da que foi postulada
situação particularizada por hipótese fática distinta, a impor
solução jurídica diversa.
FPPC303. (art. 489, §1º) As hipóteses descritas nos incisos do §1º FPPC525. (art. 492; art. 497; art. 139, inc. IV;) A produção do re-
do art. 499 são exemplificativas. sultado prático equivalente pode ser determinada por decisão
FPPC307. (arts. 489, §1º, 1.013, §3º, IV) Reconhecida a insufi- proferida na fase de conhecimento.
ciência da sua fundamentação, o tribunal decretará a nulida-
de da sentença e, preenchidos os pressupostos do §3º do art. Art. 493. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitu-
1.013, decidirá desde logo o mérito da causa. tivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do
FPPC308. (arts. 489, § 1º, 1.046). Aplica-se o art. 489, § 1º, a to - mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a
dos os processos pendentes de decisão ao tempo da entrada requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.
em vigor do CPC, ainda que conclusos os autos antes da sua Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvi-
vigência. rá as partes sobre ele antes de decidir.
FPPC309. (art. 489) O disposto no § 1º do art. 489 do CPC é apli-
cável no âmbito dos Juizados Especiais. Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:
FPPC522. (art. 489, inc. I; arts. 931 e 933) O relatório nos julga- I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, ine-
mentos colegiados tem função preparatória e deverá indicar xatidões materiais ou erros de cálculo;
as questões de fato e de direito relevantes para o julgamen- II - por meio de embargos de declaração.
to e já submetidas ao contraditório.
FPPC523. (art. 489, §1º, inc. IV) O juiz é obrigado a enfrentar to- Art. 495. A decisão que condenar o réu ao pagamento de pres-
das as alegações deduzidas pelas partes capazes, em tese, de in- tação consistente em dinheiro e a que determinar a conversão
firmar a decisão, não sendo suficiente apresentar apenas os fun- de prestação de fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestação
damentos que a sustentam. pecuniária valerão como título constitutivo de hipoteca judi-
FPPC524. (art. 489, §1º, IV; art. 985, I) O art. 489, §1º, IV, não obri- ciária.
ga o órgão julgador a enfrentar os fundamentos jurídicos dedu- § 1o A decisão produz a hipoteca judiciária:
zidos no processo e já enfrentados na formação da decisão pa- I - embora a condenação seja genérica;
radigma, sendo necessário demonstrar a correlação fática e II - ainda que o credor possa promover o cumprimento provi-
jurídica entre o caso concreto e aquele já apreciado sório da sentença ou esteja pendente arresto sobre bem do
JDPC37 Aplica-se aos juizados especiais o disposto nos pa- devedor;
rágrafos do art. 489 do CPC. III - mesmo que impugnada por recurso dotado de efeito sus-
pensivo.
Art. 490. O juiz resolverá o mérito acolhendo ou rejeitando, no § 2o A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante apre-
todo ou em parte, os pedidos formulados pelas partes. sentação de cópia da sentença perante o cartório de registro imo-
biliário, independentemente de ordem judicial, de declaração
Art. 491. Na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda expressa do juiz ou de demonstração de urgência.
que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde § 3o No prazo de até 15 dias da data de realização da hipoteca, a
logo a extensão da obrigação, o índice de correção monetá- parte informá-la-á ao juízo da causa, que determinará a intimação
ria, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da outra parte para que tome ciência do ato.
da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando: § 4o A hipoteca judiciária, uma vez constituída, implicará, para o
I - não for possível determinar, de modo definitivo, o montante credor hipotecário, o direito de preferência, quanto ao paga-
devido; mento, em relação a outros credores, observada a prioridade no
II - a apuração do valor devido depender da produção de prova registro.
de realização demorada ou excessivamente dispendiosa, assim re- § 5o Sobrevindo a reforma ou a invalidação da decisão que impôs
conhecida na sentença. o pagamento de quantia, a parte responderá, independentemen-
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, seguir-se-á a apuração do te de culpa (responsabilidade objetiva), pelos danos que a outra
valor devido por liquidação. parte tiver sofrido em razão da constituição da garantia, devendo
§ 2o O disposto no caput também se aplica quando o acórdão al- o valor da indenização ser liquidado e executado nos próprios au-
terar a sentença. tos.

FPPC310. (art. 495) Não é título constitutivo de hipoteca judi-


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ciária a decisão judicial que condena à entrega de coisa dis- SÚMULAS SOBRE REEXAME NECESSÁRIO
tinta de dinheiro.
STF
Súmula 423-STF: Não transita em julgado a sentença por ha-
Súmula 318-STJ: Formulado pedido certo e determinado, so- ver omitido o recurso "ex-oficio", que se considera interposto
mente o autor tem interesse recursal em arguir o vício da sen- "ex-lege".
tença ilíquida
Súmula 344-STJ: A liquidação por forma diversa da estabeleci- STJ
da na sentença não ofende a coisa julgada. Súmula 45-STJ: No reexame necessário, é defeso, ao tribunal,
agravar a condenação imposta à Fazenda Pública.
Seção III Súmula 253-STJ: O art. 557 do CPC, que autoriza o relator a de-
Da Remessa Necessária cidir o recurso, alcança o reexame necessário.
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produ- Súmula 325-STJ: A remessa oficial devolve ao Tribunal o reexa-
zindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a senten- me de todas as parcelas da condenação suportadas pela Fazen-
ça: da Pública, inclusive dos honorários de advogado.
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Súmula 490-STJ: A dispensa de reexame necessário, quando o
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direi- valor da condenação ou do direito controvertido for inferior a
to público; 60 salários mínimos, não se aplica a sentenças ilíquidas.
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à
execução fiscal. Seção IV
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação Do Julgamento das Ações Relativas às Prestações de Fazer, de
no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribu- Não Fazer e de Entregar Coisa
nal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá- Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou
los-á. de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela
§ 2o Em qualquer dos casos referidos no § 1 o, o tribunal julgará a específica ou determinará providências que assegurem a ob-
remessa necessária. tenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
§ 3o Não se aplica a remessa necessária quando a condenação Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada
ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e a inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a
líquido inferior a: sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de
I - 1.000 salários-mínimos para a União e as respectivas autar- dano ou da existência de culpa ou dolo.
quias e fundações de direito público;
II - 500 salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as
FPPC526. (art. 497, caput; art. 537, caput, §3º) A multa aplicada
respectivas autarquias e fundações de direito público e os Muni-
por descumprimento de ordem protetiva, baseada no art. 22,
cípios que constituam capitais dos Estados;
incisos I a V, da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), é passível
III - 100 salários-mínimos para todos os demais Municípios e
de cumprimento provisório, nos termos do art. 537, §3º.
respectivas autarquias e fundações de direito público.
§ 4o Também não se aplica a remessa necessária quando a sen-
tença estiver fundada em: Art. 498. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz,
I - súmula de tribunal superior; ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumpri-
II - acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de mento da obrigação.
recursos repetitivos; Parágrafo único. Tratando-se de entrega de coisa determinada
III - entendimento firmado em IRDR ou de IAC; pelo gênero e pela quantidade, o autor individualizá-la-á na peti-
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante fir- ção inicial, se lhe couber a escolha, ou, se a escolha couber ao réu,
mada no âmbito administrativo do próprio ente público, con- este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.
solidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
Art. 499. A obrigação somente será convertida em perdas e da-
nos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica
FPPC164. (art. 496) A sentença arbitral contra a Fazenda Pú-
ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
blica NÃO ESTÁ SUJEITA À REMESSA NECESSÁRIA.
FPPC311. (arts. 496 e 1.046) A regra sobre remessa necessária
Art. 500. A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuí-
é aquela vigente ao tempo da publicação em cartório ou dis-
zo da multa fixada periodicamente para compelir o réu ao cum-
ponibilização nos autos eletrônicos da sentença ou, ainda,
primento específico da obrigação.
quando da prolação da sentença em audiência, de modo que
a limitação de seu cabimento no CPC não prejudica as re-
Art. 501. Na ação que tenha por objeto a emissão de declaração
messas determinadas no regime do art. 475 do CPC/1973.
de vontade, a sentença que julgar procedente o pedido, uma vez
FPPC312. (art. 496) O inciso IV do §4º do art. 496 do CPC aplica-
transitada em julgado, produzirá todos os efeitos da declaração
se ao procedimento do mandado de segurança.
não emitida.
FPPC432. (art. 496, §1º) A interposição de apelação parcial
NÃO IMPEDE a remessa necessária. ________Codigo Penãl________
FPPC433. (arts. 496, §4º, IV, 6º, 927, §5º) Cabe à Administração
Pública dar publicidade às suas orientações vinculantes, prefe-
rencialmente pela rede mundial de computadores. TÍTULO X
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Dia 16 / 13

CAPÍTULO I Conforme explica Cleber Masson (ob. cit., p. 470), existem duas
DA MOEDA FALSA posições sobre o tema:
Moeda Falsa 1ª corrente: SIM. O agente deve ser responsabilizado pelo
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda crime de pretrechos para falsificação de moeda (art. 291)
metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangei- em concurso material com o delito de moeda falsa (art. 289
ro: do CP). É a posição do próprio Masson e do Rogério Greco.
Pena - reclusão, de 3 a 12 anos, e multa. Trata-se da corrente majoritária.
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria 2ª corrente: NÃO. Incide o princípio da consunção, resultando
ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, em- na absorção do crime-meio (art. 291) pelo crime-fim, que é o de
presta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. moeda falsa (art. 289). Foi defendida por Nelson Hungria.
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, *Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de co-
nhecer a falsidade, é punido com detenção, de 6 meses a 2 anos, Emissão de título ao portador sem permissão legal
e multa. Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha,
§ 3º - É punido com reclusão, de 3 a 15 anos, e multa, o fun- vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro
cionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emis- ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem
são que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: deva ser pago:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
lei; Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na pena
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular de detenção, de 15 dias a 3 meses, ou multa.
moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.
CAPÍTULO II
NÃO SE APLICA O INSTITUTO DO ARREPENDIMENTO DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS
POSTERIOR AO CRIME DE MOEDA FALSA. No crime de Falsificação de papéis públicos
moeda falsa — cuja consumação se dá com a falsificação da Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
moeda, sendo irrelevante eventual dano patrimonial imposto a I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qual-
terceiros —, a vítima é a coletividade como um todo, e o bem quer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo;
jurídico tutelado é a fé pública, que não é passível de II - papel de crédito público que não seja moeda de curso le-
reparação. Desse modo, os crimes contra a fé pública, gal;
semelhantes aos demais crimes não patrimoniais em geral, III - vale postal;
são incompatíveis com o instituto do arrependimento IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa eco-
posterior, dada a impossibilidade material de haver reparação nômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de di-
do dano causado ou a restituição da coisa subtraída. STJ. 6ª reito público;
Turma. REsp 1242294-PR, Rel. originário Min. Sebastião Reis V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento
Júnior, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou cau-
18/11/2014 (Info 554). ção por que o poder público seja responsável;
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de trans-
porte administrada pela União, por Estado ou por Município:
Crimes assimilados ao de moeda falsa Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e multa.
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de § 1o Incorre na mesma pena quem:
moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadei- I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsifi-
ros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de cados a que se refere este artigo;
restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; resti- II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta,
tuir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado
recolhidos para o fim de inutilização: a controle tributário;
Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, man-
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a 12 anos tém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta
e multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou merca-
ingresso, em razão do cargo. doria:
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle
Petrechos para falsificação de moeda tributário, falsificado;
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gra- b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária
tuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou determina a obrigatoriedade de sua aplicação.
qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: § 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legíti-
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa. mos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou si-
nal indicativo de sua inutilização:
Se o agente que possui o aparelho destinado à falsificação Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
da moeda o utiliza e efetivamente cria uma cédula falsa, ele § 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado,
responderá pelo crime do art. 291 em concurso com o delito qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior.
de moeda falsa (art. 289 do CP)?
Dia 16 / 14

§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de ais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de
boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se re- prestação de serviços.
ferem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou De quem é a competência para julgar o crime de omissão de
alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, anotação de vínculo empregatício na CTPS (art. 297, § 4º, do
ou multa. CP)?
§ 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso * STJ: Justiça FEDERAL. O sujeito passivo primário do crime
III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, omissivo do art. 297, § 4.º, do Diploma Penal, é o Estado, e,
inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públi- eventualmente, de forma secundária, o particular, terceiro preju-
cos e em residências. dicado, com a omissão das informações, referentes ao vínculo
empregatício e a seus consectários da CTPS. Cuida-se, portanto
Petrechos de falsificação de delito que ofende de forma direta os interesses da União,
Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar ob- atraindo a competência da Justiça Federal, nos termos do art.
jeto especialmente destinado à falsificação de qualquer dos pa- 109, IV, da CF/88. Nesse sentido: STJ. 3ª Seção. CC 145567/PR ,
péis referidos no artigo anterior: Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 27/04/2016.
Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa. * 1ª Turma do STF: Justiça ESTADUAL. Nesse sentido: 1ª Tur-
ma. Ag.Reg. na Pet 5084, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o 24/11/2015 .
crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de 1/6. *Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br

CAPÍTULO III Falsificação de documento particular


DA FALSIDADE DOCUMENTAL Art. 298 - FALSIFICAR, no todo ou em parte, documento
Falsificação do selo ou sinal público particular ou ALTERAR documento particular verdadeiro:
Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, e multa.
I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, Falsificação de cartão
de Estado ou de Município; Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se
II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito públi- a documento particular o CARTÃO DE CRÉDITO ou DÉBITO.
co, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião:
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa. Falsidade ideológica
§ 1º - Incorre nas mesmas penas: Art. 299 - OMITIR, em documento público ou particular, de-
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; claração que dele devia constar, ou NELE INSERIR ou fazer in-
II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em serir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com
prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verda-
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, lo- de sobre fato juridicamente relevante:
gotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identi- Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, e multa, se o documento é
ficadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. público, e reclusão de 1 a 3 anos, e multa, se o documento é par-
§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime ticular.
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de 1/6. Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e co-
mete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou
Falsificação de documento público alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a
Art. 297 - FALSIFICAR, no todo ou em parte, documento pena de 1/6.
público, ou ALTERAR documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.
NÃO É TÍPICA A CONDUTA DE INSERIR, EM CURRÍCULO
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
LATTES, DADO QUE NÃO CONDIZ COM A REALIDADE.
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de 1/6.
Isso não configura falsidade ideológica (art. 299 do CP) porque:
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento
1) currículo Lattes não é considerado documento por ser ele-
público o emanado de entidade paraestatal, o título ao porta-
trônico e não ter assinatura digital;
dor ou transmissível por endosso, as ações de sociedade co-
2) currículo Lattes é passível de averiguação e, portanto, não é
mercial, os LIVROS MERCANTIS e o TESTAMENTO PARTICU-
objeto material de falsidade ideológica. Quando o documento
LAR.
é passível de averiguação, o STJ entende que não há crime
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:
de falsidade ideológica mesmo que o agente tenha nele inseri-
I – na folha de pagamento ou em documento de informa-
do informações falsas. STJ. 6ª Turma. RHC 81451-RJ, Rel. Min.
ções que seja destinado a fazer prova perante a previdência
Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 22/8/2017 (Info 610).
social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obriga-
tório; É ATÍPICA a mera declaração falsa de estado de pobreza rea-
II – na CTPS do empregado ou em documento que deva pro- lizada com o intuito de obter os benefícios da justiça gratui-
duzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou di- ta. A conduta de firmar ou usar declaração de pobreza falsa em
versa da que deveria ter sido escrita; juízo, com a finalidade de obter os benefícios da gratuidade de
III – em documento contábil ou em qualquer outro docu- justiça, não é crime, pois aludida manifestação não pode ser
mento relacionado com as obrigações da empresa perante a pre- considerada documento para fins penais, já que é passível de
vidência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter comprovação posterior, seja por provocação da parte contrária
constado. seja por aferição, de ofício, pelo magistrado da causa. STJ. 6ª
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documen- Turma. HC 261074-MS, Rel. Min. Marilza Maynard (Desembarga-
tos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pesso-
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*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br


dora convocada do TJ-SE), julgado em 5/8/2014 (Info 546).
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br Supressão de documento
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio
Falso reconhecimento de firma ou letra
ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou par-
Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de fun-
ticular verdadeiro, de que não podia dispor:
ção pública, firma ou letra que o não seja:
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa, se o documento é
Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, e multa, se o documento é
público, e reclusão, de 1 a 5 anos, e multa, se o documento é par -
público; e de 1 a 3 anos, e multa, se o documento é particular.
ticular.
Certidão ou atestado ideologicamente falso
CAPÍTULO IV
Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de fun-
DE OUTRAS FALSIDADES
ção pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter car-
Falsificação do sinal empregado no contraste de metal preci-
go público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou
oso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins
qualquer outra vantagem:
Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou
Pena - detenção, de 2 meses a 1 ano.
sinal empregado pelo poder público no contraste de metal preci-
Falsidade material de atestado ou certidão
oso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa
§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão,
natureza, falsificado por outrem:
ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para pro-
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.
va de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo pú-
Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa
blico, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qual-
a autoridade pública para o fim de fiscalização sanitária, ou para
quer outra vantagem:
autenticar ou encerrar determinados objetos, ou comprovar o
Pena - detenção, de 3 meses a 2 anos.
cumprimento de formalidade legal:
§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se,
Pena - reclusão ou detenção, de 1 a 3 anos, e multa.
além da pena privativa de liberdade, a de multa.

Falsa identidade
Falsidade de atestado médico
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, ates-
para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para
tado falso:
causar dano a outrem:
Pena - detenção, de 1 mês a 1 ano.
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa, se o fato não
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro,
constitui elemento de crime mais grave.
aplica-se também multa.

Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica Súmula 522-STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade pe-
Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que te- rante autoridade policial É TÍPICA, ainda que em situação de
nha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração alegada autodefesa.
está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça:
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa. ART. 307 ART. 304
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de FALSA IDENTIDADE USO DE DOCUMENTO FALSO
comércio, faz uso do selo ou peça filatélica.
Consiste na simples atribui- Aqui, há obrigatoriamente o
ção de falsa identidade, uso de documento falso.
Uso de documento falso
sem a utilização de docu-
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados
mento falso.
ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. Ex.: ao ser parado em uma Ex.: ao ser parado em uma blitz, o
blitz, o agente afirma que agente, João Lima, afirma que
Súmula 546-STJ: A competência para processar e julgar o crime seu nome é Pedro Silva, seu nome é Pedro Silva e apre-
de uso de documento falso é firmada em razão da entidade quando, na verdade, ele é senta o RG falsificado com este
ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não João Lima. nome.
importando a qualificação do órgão expedidor. *Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br

Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor,


É possível a condenação pelo crime de uso de documento caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade
falso (art. 304 do CP) com fundamento em documentos e alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento
testemunhos constantes do processo, acompanhados da dessa natureza, próprio ou de terceiro:
confissão do acusado, sendo DESNECESSÁRIA A PROVA PE- Pena - detenção, de 4 meses a 2 anos, e multa, se o fato não
RICIAL para a comprovação da materialidade do crime, especi- constitui elemento de crime mais grave.
almente se a defesa não requereu, no momento oportuno, a re-
alização do referido exame. O crime de uso de documento falso Fraude de lei sobre estrangeiro
se consuma com a simples utilização de documento compro- Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no
vadamente falso, dada a sua natureza de delito formal. território nacional, nome que não é o seu:
STJ. 5ª Turma. HC 307586-SE, Rel. Min. Walter de Almeida Gui- Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa.
lherme (Desembargador convocado do TJ/SP), julgado em Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para
25/11/2014 (Info 553). promover-lhe a entrada em território nacional:
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Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. júri, por falta de quesito obrigatório.


Súmula 162-STF: É absoluta a nulidade do julgamento pelo
Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou possui- júri, quando os quesitos da defesa não precedem aos das cir-
dor de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos casos cunstâncias agravantes.
em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de tais Súmula 206-STF: É nulo o julgamento ulterior pelo júri com a
bens: participação de jurado que funcionou em julgamento anterior
Pena - detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa. do mesmo processo.
Súmula 603-STF: A competência para o processo e julgamento
Adulteração de sinal identificador de veículo automotor de latrocínio é do juiz singular e não do Tribunal do Júri.
Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qual- Súmula 713-STF: O efeito devolutivo da apelação contra de-
quer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente cisões do Júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição
ou equipamento: (recurso de fundamentação vinculada)
Pena - reclusão, de 3 a 6 anos, e multa. Súmula 712-STF: É nula a decisão que determina o desafora-
§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função mento de processo da competência do Júri sem audiência da
pública ou em razão dela, a pena é aumentada de 1/3 defesa.
§ 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que
contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado
Seção I
ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação
Da Acusação e da Instrução Preliminar
oficial.
Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará
a citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no
CAPÍTULO V
prazo de 10 dias.
DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO
§ 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado a
Fraudes em certames de interesse público
partir do efetivo cumprimento do mandado ou do compareci-
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de
mento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso
beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilida-
de citação inválida ou por edital.
de do certame, conteúdo sigiloso de:
§ 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo
I - concurso público;
de 8, na denúncia ou na queixa.
II - avaliação ou exame públicos;
§ 3o Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei:
justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemu-
Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
nhas, até o máximo de 8, qualificando-as e requerendo sua inti-
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por
mação, quando necessário.
qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informa-
ções mencionadas no caput.
Art. 407. As exceções serão processadas em apartado, nos
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à administração públi-
termos dos arts. 95 a 112 deste Código.
ca:
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.
Art. 408. Não apresentada a resposta no prazo legal, o
§ 3o Aumenta-se a pena de 1/3 se o fato é cometido por funci-
juiz nomeará defensor para oferecê-la em até 10 dias, conce-
onário público.
dendo-lhe vista dos autos.

_____Codigo de Proçesso Penãl____ Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério
Público ou o querelante sobre preliminares e documentos, em
5 dias.
CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO RELATIVO AOS PROCESSOS DA
RÉPLICA – não há previsão de réplica no procedimento comum
COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI
ordinário.

Plenitude de Defesa.
Art. 410. O juiz determinará a inquirição das testemunhas
PRINCÍPIOS
Sigilo das Votações. e a realização das diligências requeridas pelas partes, no prazo
CONSTITUCIONAIS
máximo de 10 dias.
DO TRIBUNAL DO Soberania dos Vereditos.
JÚRI
Competência para o julgamento dos Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada
crimes dolosos contra a vida (compe- de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemu-
tência mínima). nhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, bem
como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reco-
nhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o
SÚMULAS SOBRE TRIBUNAL DO JÚRI
acusado e procedendo-se o debate.
Súmula vinculante 45-STF: A competência constitucional do § 1o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de PRÉ-
Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de fun- VIO REQUERIMENTO E DE DEFERIMENTO pelo juiz.
ção estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual § 2o As provas serão produzidas em uma só audiência,
Súmula 156-STF: É absoluta a nulidade do julgamento, pelo podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinen-
tes ou protelatórias.
Dia 16 / 17

§ 3o Encerrada a instrução probatória, observar-se-á, se for o IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclu-
caso, o disposto no art. 384 deste Código. são do crime.
§ 4o As alegações serão orais, concedendo-se a palavra, Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do
respectivamente, à acusação e à defesa, pelo prazo de 20 minu- caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no ca-
tos, prorrogáveis por mais 10. put do art. 26 do Decreto-Lei n 2.848, de 7 de dezembro de 1940
§ 5o Havendo mais de 1 acusado, o tempo previsto para a – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.
acusação e a defesa de cada um deles será individual.
§ 6o Ao assistente do Ministério Público, após a manifesta- Art. 416. Contra a sentença de IMPRONÚNCIA ou de AB-
ção deste, serão concedidos 10 minutos, prorrogando-se por SOLVIÇÃO SUMÁRIA caberá apelação.
igual período o tempo de manifestação da defesa.
§ 7o Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindí- DECISÃO RECURSO CABÍVEL
vel à prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva
de quem deva comparecer. IMPRONÚNCIA
§ 8o A testemunha que comparecer será inquirida, indepen- APELAÇÃO
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
dentemente da suspensão da audiência, observada em qual-
quer caso a ordem estabelecida no caput deste artigo. PRONÚNCIA
§ 9o Encerrados os debates, o juiz proferirá a sua decisão, ou RESE
DESCLASSIFICAÇÃO
o fará em 10 dias, ordenando que os autos para isso lhe sejam
conclusos.
Art. 417. Se houver indícios de autoria ou de participação
de outras pessoas não incluídas na acusação, o juiz, ao pronun-
Art. 412. O procedimento será concluído no prazo máxi-
ciar ou impronunciar o acusado, determinará o retorno dos autos
mo de 90 dias.
ao Ministério Público, por 15 dias, aplicável, no que couber, o art.
80 deste Código.
Seção II
Da Pronúncia, da Impronúncia e da Absolvição Sumária
Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diver-
Art. 413. O juiz, fundamentadamente, PRONUNCIARÁ o
sa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito
acusado, se convencido da materialidade do fato e da existên-
a pena mais grave.
cia de indícios suficientes de autoria ou de participação.
§ 1o A FUNDAMENTAÇÃO DA PRONÚNCIA limitar-se-á à
Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com
indicação da materialidade do fato e da existência de indícios
a acusação, da existência de crime diverso dos referidos no § 1 do
suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz decla-
art. 74 deste Código e não for competente para o julgamento, re-
rar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e es-
meterá os autos ao juiz que o seja.
pecificar as circunstâncias QUALIFICADORAS e as CAUSAS DE
Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro
AUMENTO de pena.
juiz, à disposição deste ficará o acusado preso.

PRONÚNCIA Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia será feita:


ESPECIFICA: qualificadoras e NÃO ESPECIFICA: agravantes, I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao
causas de aumento atenuantes, causas de diminui- Ministério Público;
ção II – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente
do Ministério Público, na forma do disposto no § 1 do art. 370
deste Código.
§ 2o Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fian-
Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto
ça para a concessão ou manutenção da liberdade provisória.
que não for encontrado.
§ 3o O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manuten-
ção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva
Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão en-
de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado
caminhados ao juiz presidente do Tribunal do Júri.
solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição
§ 1o Ainda que preclusa a decisão de pronúncia, havendo
de quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste
circunstância superveniente que altere a classificação do cri-
Código.
me, o juiz ordenará a remessa dos autos ao Ministério Públi-
co.
Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato
§ 2o Em seguida, os autos serão conclusos ao juiz para deci-
ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de partici-
são.
pação, o juiz, fundamentadamente, IMPRONUNCIARÁ o acusa-
do.
Seção III
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da pu-
Da Preparação do Processo para Julgamento em Plenário
nibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se
Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do
houver prova nova.
Júri determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou
do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, ABSOLVERÁ desde
de 5 dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em
logo o acusado, quando:
plenário, até o máximo de 5, oportunidade em que poderão
I – provada a inexistência do fato;
juntar documentos e requerer diligência.
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato;
III – o fato não constituir infração penal;
Dia 16 / 18

Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos de provas a marca da mesma região, onde não existam aqueles motivos,
serem produzidas ou exibidas no plenário do júri, e adotadas as preferindo-se as mais próximas.
providências devidas, o juiz presidente: § 1o O pedido de desaforamento será distribuído imediata-
I – ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer mente e terá preferência de julgamento na Câmara ou Turma
nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa; competente.
II – fará relatório sucinto do processo, determinando sua in- § 2o Sendo relevantes os motivos alegados, o relator poderá
clusão em pauta da reunião do Tribunal do Júri. determinar, fundamentadamente, a suspensão do julgamento
pelo júri
Art. 424. Quando a lei local de organização judiciária não § 3o Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não ti-
atribuir ao presidente do Tribunal do Júri o preparo para julga- ver sido por ele solicitada.
mento, o juiz competente remeter-lhe-á os autos do processo § 4o Na pendência de recurso contra a decisão de pro-
preparado até 5 dias antes do sorteio a que se refere o art. 433 núncia ou quando efetivado o julgamento, não se admitirá o
deste Código. pedido de desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto
Parágrafo único. Deverão ser remetidos, também, os a fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento anu-
processos preparados até o encerramento da reunião, para a lado.
realização de julgamento.
Art. 428. O desaforamento também poderá ser determina-
Seção IV do, em razão do COMPROVADO EXCESSO DE SERVIÇO, ouvidos
Do Alistamento dos Jurados o juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder
Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo presidente do Tri- ser realizado no prazo de 6 meses, contado do trânsito em
bunal do Júri de 800 a 1.500 jurados nas comarcas de mais de julgado da decisão de pronúncia.
1.000.000 de habitantes, de 300 a 700 nas comarcas de mais de § 1 Para a contagem do prazo referido neste artigo, não se
100.000 habitantes e de 80 a 400 nas comarcas de menor popu- computará o tempo de adiamentos, diligências ou incidentes de
lação. interesse da defesa.
§ 1o Nas comarcas onde for necessário, poderá ser aumenta- § 2o Não havendo excesso de serviço ou existência de
do o número de jurados e, ainda, organizada lista de suplentes, processos aguardando julgamento em quantidade que ultra-
depositadas as cédulas em urna especial, com as cautelas menci- passe a possibilidade de apreciação pelo Tribunal do Júri, nas
onadas na parte final do § 3o do art. 426 deste Código. reuniões periódicas previstas para o exercício, o acusado poderá
§ 2o O juiz presidente requisitará às autoridades locais, asso- requerer ao Tribunal que determine a imediata realização do
ciações de classe e de bairro, entidades associativas e culturais, julgamento.
instituições de ensino em geral, universidades, sindicatos, reparti-
ções públicas e outros núcleos comunitários a indicação de pes- INTERESSE DA ORDEM PÚBLICA
soas que reúnam as condições para exercer a função de jurado.
DÚVIDA SOBRE A IMPARCIALIDADE
Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicação das respec- DO JÚRI
tivas profissões, será publicada pela imprensa até o dia 10 de ou- DESAFORAMENTO SEGURANÇA PESSOAL DO ACUSADO
tubro de cada ano e divulgada em editais afixados à porta do Tri-
bunal do Júri. COMPROVADO EXCESSO DE SERVIÇO
§ 1o A lista poderá ser alterada, de ofício ou mediante re- se o julgamento não puder ser realizado
clamação de qualquer do povo ao juiz presidente até o dia 10 de no prazo de 6 meses, contado do trânsito
novembro, data de sua publicação definitiva. em julgado da decisão de pronúncia.
§ 2o Juntamente com a lista, serão transcritos os arts. 436 a NÃO SE ADMITIRÁ Pendência de RESE contra pronúncia
446 deste Código. PEDIDO DE
§ 3o Os nomes e endereços dos alistados, em cartões iguais, Efetivado o julgamento, salvo quanto a
DESAFORAMENTO
após serem verificados na presença do Ministério Público, de ad- fato ocorrido durante ou após a realiza-
vogado indicado pela Seção local da Ordem dos Advogados do ção de julgamento anulado.
Brasil e de defensor indicado pelas Defensorias Públicas compe-
tentes, permanecerão guardados em urna fechada a chave, sob a No caso de desaforamento do julgamento para outra comarca,
responsabilidade do juiz presidente. deve-se preferir as mais próximas. No entanto, em caso de
§ 4o O jurado que tiver integrado o Conselho de Senten- de desaforamento fundado na dúvida de imparcialidade do cor-
ça nos 12 meses que antecederem à publicação da lista geral po de jurados, o foro competente para a realização do júri deve
fica dela excluído. ser aquele em que esse risco não exista. Assim, o deslocamento
§ 5o Anualmente, a lista geral de jurados será, obrigatoria- da competência nesses casos não é geograficamente limitado às
mente, completada. comarcas mais próximas.STJ. 5ª Turma. HC 219739-RJ, Rel. Min.
Jorge Mussi, julgado em 6/3/2012
Seção V
Do Desaforamento
Seção VI
Art. 427. Se o INTERESSE DA ORDEM PÚBLICA o reclamar
Da Organização da Pauta
ou houver DÚVIDA SOBRE A IMPARCIALIDADE DO JÚRI ou a
Art. 429. Salvo motivo relevante que autorize alteração na
SEGURANÇA PESSOAL DO ACUSADO, o Tribunal, a requerimen-
ordem dos julgamentos, terão preferência:
to do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acu-
I – os acusados presos;
sado ou mediante representação do juiz competente, poderá de-
terminar o DESAFORAMENTO do julgamento para outra co-
Dia 16 / 19

II – dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há


mais tempo na prisão;
III – em igualdade de condições, os precedentemente pro-
nunciados.
§ 1o Antes do dia designado para o primeiro julgamento da
reunião periódica, será afixada na porta do edifício do Tribunal do
Júri a lista dos processos a serem julgados, obedecida a ordem
prevista no caput deste artigo.
§ 2o O juiz presidente reservará datas na mesma reunião pe-
riódica para a inclusão de processo que tiver o julgamento adia-
do.

Art. 430. O ASSISTENTE somente será admitido se tiver re-


querido sua habilitação até 5 dias antes da data da sessão na
qual pretenda atuar.

Art. 431. Estando o processo em ordem, o juiz presidente


mandará intimar as partes, o ofendido, se for possível, as teste-
munhas e os peritos, quando houver requerimento, para a sessão
de instrução e julgamento, observando, no que couber, o dispos-
to no art. 420 deste Código.

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