Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
buinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, ma proporcionalidade que ocorre nas operações com as de-
assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o mais mercadorias;
imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o esta- III - nas operações interestaduais com gás natural e seus deri-
belecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; vados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto ca-
fornecidas com serviços não compreendidos na competência berá ao Estado de origem;
tributária dos Municípios; IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante delibera-
X - NÃO INCIDIRÁ: ção dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g,
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, observando-se o seguinte:
nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, as- a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser
segurada a manutenção e o aproveitamento do montante do im- diferenciadas por produto;
posto cobrado nas operações e prestações anteriores; b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada,
As operações que destinem mercadorias para o exterior não são ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o
isentas de ICMS e sim IMUNES. preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em
condições de livre concorrência;
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo,
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplican-
inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele
do o disposto no art. 150, III, b (princípio da anterioridade).
derivados, e energia elétrica;
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º (quando ICMS-COMBUSTÍVEIS: incide a anterioridade especial (nona-
for ativo financeiro – só incide IOF); gesimal) no que se refere à diminuição e restabelecimento
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de alíquotas
de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre § 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusi-
e gratuita; ve as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão esta-
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante belecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,
do IPI, quando a operação, realizada entre contribuintes e re- nos termos do § 2º, XII, g.
lativa a produto destinado à industrialização ou à comerciali-
zação, configure fato gerador dos dois impostos; SÚMULAS SOBRE ICMS
XII - CABE À LC:
a) definir seus contribuintes; STF
b) dispor sobre substituição tributária; Súmula vinculante 32-STF: O ICMS não incide sobre alienação
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; de salvados de sinistro pelas seguradoras.
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabeleci- Súmula vinculante 48-STF: Na entrada de mercadoria importa-
mento responsável, o local das operações relativas à circulação da do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por ocasião do
de mercadorias e das prestações de serviços; desembaraço aduaneiro.
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o Súmula 573-STF: Não constitui fato gerador do ICMS a saída
exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no física de máquinas, utensílios e implementos a título de como-
inciso X, "a"; dato.
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à re- Súmula 574-STF: Sem lei estadual que a estabeleça, é ilegítima
messa para outro Estado e exportação para o exterior, de ser- a cobrança do imposto de circulação de mercadorias sobre o
viços e de mercadorias; fornecimento de alimentação e bebidas em restaurante ou esta-
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e belecimento similar.
do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais Súmula 662-STF: É legítima a incidência do ICMS na comerci-
serão concedidos e revogados. alização de exemplares de obras cinematográficas, gravados em
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o im- fitas de videocassete.
posto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalida-
de, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; STJ
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do impos- Súmula 95-STJ: A redução da alíquota do imposto sobre produ-
to a integre, também na importação do exterior de bem, mer- tos industrializados ou do imposto de importação não implica
cadoria ou serviço. redução do ICMS.
§ 3º À exceção do ICMS e o II e IE, nenhum outro imposto po- Súmula 129-STJ: O exportador adquire o direito de transferên-
derá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, servi- cia de crédito do ICMS quando realiza a exportação do produto
ços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e não ao estocar a matéria-prima.
e minerais do País. Súmula 135-STJ: O ICMS não incide na gravação e distribuição
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h (combustíveis e lubrificantes), ob- de filmes e videoteipes.
servar-se-á o seguinte: Súmula 155-STJ: O ICMS incide na importação de aeronave,
I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis deriva- por pessoa física, para uso próprio.
dos de petróleo, o imposto caberá ao ESTADO ONDE OCOR- Súmula 163-STJ: O fornecimento de mercadorias com a simul-
RER O CONSUMO; tânea prestação de serviços em bares, restaurantes e estabeleci-
II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás mentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir so-
natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não bre o valor total da operação.
incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido Súmula 166-STJ: Não constitui fato gerador do ICMS o sim-
entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mes- ples deslocamento de mercadoria de um para outro estabeleci-
mento do mesmo contribuinte.
Dia 16 / 3
Súmula 198-STJ: Na importação de veículo por pessoa física, rios do GATT - General Agreement on Tariffs and Trade, realiza-
destinado a uso próprio, incide o ICMS. das até 30 de abril de 1999, são isentas de recolhimento do
Súmula 237-STJ: Nas operações com cartão de crédito, os en- ICMS.
cargos relativos ao financiamento não são considerados no cál- 10) O Estado de Minas Gerais por meio do Decreto n. 27.281, de
culo do ICMS. 27.08.1987, que ratificou o Convênio n. 29, de 18.08.1987, revo-
Súmula 334-STJ: O ICMS não incide no serviço dos provedo- gou expressamente a isenção do ICMS ao peixe seco e salgado
res de acesso à Internet. nacional, assim, em consequência, finda a isenção do produto
Súmula 350-STJ: O ICMS não incide sobre o serviço de habili- nacional, encerra-se, igualmente, no Estado, o benefício conce-
tação de telefone celular. dido ao bacalhau importado de país signatário do GATT, não
Súmula 391-STJ: O ICMS incide sobre o valor da tarifa de ener- sendo aplicável o entendimento firmado pelo REsp 871.760/BA,
gia elétrica correspondente à demanda de potência efetivamen- julgado sob o regime dos recursos repetitivos.
te utilizada. 11) A isenção do ICMS para pescados no âmbito do Estado de
Súmula 395-STJ: O ICMS incide sobre o valor da venda a prazo Pernambuco foi extinta em 13.3.1997 pelo Decreto estadual n.
constante da nota fiscal. 19.631, que efetivou a revogação autorizada pelo Convênio
Súmula 431-STJ: É ilegal a cobrança de ICMS com base no va- ICMS 102/1995, de modo que, a partir de então, não há falar em
lor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal. benefício fiscal em favor do similar importado de país signatário
Súmula 432-STJ: As empresas de construção civil não estão do GATT para referida unidade da federação.
obrigadas a pagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como in- 13) O valor pago pelo consumidor final a título de seguro de ga-
sumos em operações interestaduais. rantia estendida não integra a base de cálculo do ICMS inciden-
Súmula: 433-STJ: O produto semielaborado, para fins de inci- te sobre a operação de compra e venda de mercadoria.
dência de ICMS, é aquele que preenche cumulativamente os três
requisitos do art. 1º da Lei Complementar n. 65/1991. § 6º O IPVA:
Súmula 457-STJ: Os descontos incondicionais nas operações I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;
mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS. II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e
Súmula 509-STJ: É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar utilização.
os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente
declarada inidônea, quando demonstrada a veracidade da com-
A notificação do contribuinte para o recolhimento do IPVA per-
pra e venda.
fectibiliza a constituição definitiva do crédito tributário, inici-
ando-se o prazo prescricional para a execução fiscal no dia se-
JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ guinte à data estipulada para o vencimento da exação.
EDIÇÃO N. 121: ICMS
1) Não é possível a inclusão de crédito presumido de ICMS SÚMULAS SOBRE IPVA
na base de cálculo do imposto de renda da pessoa jurídica - Súmula 585-STJ: A responsabilidade solidária do ex-proprietá-
IRPJ e da contribuição social sobre o lucro líquido - CSLL. rio, prevista no art. 134 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB,
2) O crédito presumido de ICMS não integra a base de cálculo não abrange o IPVA incidente sobre o veículo automotor, no
da contribuição para o programa de integração social - PIS e da que se refere ao período posterior à sua alienação
contribuição para o financiamento da seguridade social - CO-
FINS. Seção V
3) O ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS
PIS e da COFINS. Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
4) É legítima a inclusão da subvenção econômica instituída pela I – (IPTU) propriedade predial e territorial urbana;
Lei n. 10.604/2002 na base de cálculo do ICMS sobre a energia II – (ITBI) transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato
elétrica, uma vez que se enquadra no conceito do termo "valor oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de
da operação", à luz do disposto nos arts. 12, XII, e 13, VII e § 1°, direitos reais sobre imóveis, EXCETO OS DE GARANTIA, bem
da Lei Complementar n. 87/1996. como cessão de direitos a sua aquisiçã o;
6) Diante do que dispõe a legislação que disciplina as conces- III - (ISSQN) serviços de qualquer natureza, não compreendidos
sões de serviço público e da peculiar relação envolvendo o Es- no art. 155, II (ICMS), definidos em lei complementar.
tado-concedente, a concessionária e o consumidor, esse último § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refe-
tem legitimidade para propor ação declaratória c/c repetição de re o art. 182, § 4º, inciso II, o IPTU poderá:
indébito na qual se busca afastar, no tocante ao fornecimento I – ser PROGRESSIVO em razão do valor do imóvel; e
de energia elétrica, a incidência do ICMS sobre a demanda con- II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o
tratada e não utilizada. uso do imóvel.
7) Nos casos em que a substituta tributária (a montadora/fabri-
cante de veículos) não efetua o transporte nem o engendra por
IPTU
sua conta e ordem, o valor do frete não deve ser incluído na
base de cálculo do ICMS, ante o disposto no art. 13, § 1º, inciso CARACTERÍSTICAS REAL: incide sobre uma coisa (proprieda-
II, alínea "b", da Lei Complementar n. 87/1996. de imobiliária urbana)
8) Não incide ICMS sobre serviço de transporte interestadual
DIRETO: o próprio contribuinte é quem
de mercadorias destinadas ao exterior.
suporta o encargo financeiro da tributa-
9) As operações de importação de bacalhau (peixe seco e salga-
ção (não há repercussão econômica)
do, espécie do gênero pescado), provenientes de países signatá-
Dia 16 / 4
que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as § 3º Em relação ao ISSQN, cabe à LC:
quais tais entidades foram constituídas. I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
Súmula 539-STF: É constitucional a lei do município que reduz II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o
o IPTU sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, exterior.
que não possua outro. III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos
Súmula 583-STF: Promitente-comprador de imóvel residencial e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
transcrito em nome de autarquia é contribuinte do IPTU. • Váli-
da, mas para isso, o promitente-comprador deverá estar previs- DF pode instituir ISS
to na lei municipal como contribuinte do imposto (Súmula 399-
STJ).
SÚMULAS SOBRE ISS
Súmula 589-STF: É inconstitucional a fixação de adicional
progressivo do IPTU em função do número de imóveis do STF
contribuinte.
Súmula vinculante 31-STF: É inconstitucional a incidência do
Súmula 668-STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre ope-
estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquo-
rações de locação de bens móveis.
tas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o
Súmula 588-STF: O ISS não incide sobre os depósitos, as co-
cumprimento da função social da propriedade urbana
missões e taxas de desconto, cobrados pelos estabelecimentos
STJ bancários.
Súmula 663-STF: Os §§ 1º e 3º do art. 9º do DL 406/68 foram
Súmula 160-STJ: É defeso, ao município, atualizar o IPTU, me-
recebidos pela Constituição.
diante decreto, em percentual superior ao índice oficial de cor-
reção monetária. STJ
Súmula 397-STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lan-
Súmula 138-STJ: O ISS incide na operação de arrendamento
çamento pelo envio do carnê ao seu endereço.
mercantil de coisas móveis.
Súmula 399-STJ: Cabe à legislação municipal estabelecer o su-
Há incidência de ISS no caso de leasing?
jeito passivo do IPTU.
No caso de leasing financeiro: SIM (há a prestação de um
Súmula 614-STJ: O locatário não possui legitimidade ativa
serviço de financiamento).
para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas refe-
No caso de leasing operacional: NÃO (há apenas uma locação).
rentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tri-
STF. Plenário. RE 547245, Rel. Min. Eros Grau, julgado em
butos.
02/12/2009.
Súmula 626-STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em
Súmula 156-STJ: A prestação de serviço de composição gráfica,
área considerada pela lei local como urbanizável ou de expan-
personalizada e sob encomenda, ainda que envolva forneci-
são urbana não está condicionada à existência dos melhora-
mento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS.
mentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN.
Súmula 167-STJ: O fornecimento de concreto, por empreitada,
para construção civil, preparado no trajeto até a obra em beto-
§ 2º O ITBI: neiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujei-
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorpo- tando-se apenas à incidência do ISS.
rados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capi- Súmula 274-STJ: O ISS incide sobre o valor dos serviços de as-
tal, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente sistência médica, incluindo-se neles as refeições, os medicamen-
de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, tos e as diárias hospitalares.
salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adqui- Súmula 424-STJ: É legítima a incidência de ISS sobre os servi-
rente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação ços bancários congêneres da lista anexa ao DL nº 406/1968 e à
de bens imóveis ou arrendamento mercantil; LC n. 56/1987.
II - compete ao Município da situação do bem. Súmula 524-STJ: No tocante à base de cálculo, o ISSQN incide
apenas sobre a taxa de agenciamento quando o serviço presta-
SÚMULAS SOBRE ITBI do por sociedade empresária de trabalho temporário for de in-
termediação, devendo, entretanto, englobar também os valores
Súmula 75-STF: Sendo vendedora uma autarquia, a sua imuni-
dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela contra-
dade fiscal não compreende o imposto de transmissão "inter
tados nas hipóteses de fornecimento de mão de obra.
vivos", que é encargo do comprador.
Súmula 110-STF: O imposto de transmissão "inter vivos" não
incide sobre a construção, ou parte dela, realizada pelo adqui-
rente, mas sobre o que tiver sido construído ao tempo da alie-
______Codigo Civil______
nação do terreno.
Súmula 470-STF: O imposto de transmissão "inter vivos" não CAPÍTULO X
incide sobre a construção, ou parte dela, realizada, inequivoca- Do Mandato
mente, pelo promitente comprador, mas sobre o valor do que Seção I
tiver sido construído antes da promessa de venda. Disposições Gerais
Súmula 656-STF: É inconstitucional a lei que estabelece Art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem
alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vi- poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar inte-
vos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel resses. A procuração é o instrumento do mandato.
Dia 16 / 6
Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procura- seu próprio nome, ainda que o negócio seja de conta do man-
ção mediante instrumento particular, que valerá desde que tenha dante.
a assinatura do outorgante.
§ 1o O instrumento particular deve conter a indicação do lugar Art. 664. O mandatário tem o direito de reter, do objeto da ope-
onde foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a ração que lhe foi cometida, quanto baste para pagamento de
data e o objetivo da outorga com a designação e a extensão dos tudo que lhe for devido em consequência do mandato.
poderes conferidos.
§ 2o O terceiro com quem o mandatário tratar poderá exigir que JDC184 Da interpretação conjunta desses dispositivos, extrai-se
a procuração traga a firma reconhecida. que o mandatário tem o direito de reter, do objeto da operação
que lhe foi cometida, tudo o que lhe for devido em virtude do
Art. 655. Ainda quando se outorgue mandato por instrumento mandato, incluindo-se a remuneração ajustada e o reembolso de
público, pode substabelecer-se mediante instrumento parti- despesas.
cular.
Art. 665. O mandatário que exceder os poderes do mandato, ou
JDC182 O mandato outorgado por instrumento público previsto proceder contra eles, será considerado mero gestor de negó-
no art. 655 do Código Civil somente admite substabelecimen- cios, enquanto o mandante lhe não ratificar os atos.
to por instrumento particular quando a forma pública for fa-
cultativa e não integrar a substância do ato. Art. 666. O maior de 16 e menor de 18 anos não emancipado
PODE ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele
Art. 656. O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou es- senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obri-
crito. gações contraídas por menores.
Art. 657. A outorga do mandato está sujeita à forma exigida por Seção II
lei para o ato a ser praticado. Não se admite mandato verbal Das Obrigações do Mandatário
quando o ato deva ser celebrado por escrito. Art. 667. O mandatário é obrigado a aplicar toda sua diligência
habitual na execução do mandato, e a indenizar qualquer prejuízo
Art. 658. O mandato PRESUME-SE GRATUITO quando não hou- causado por culpa sua ou daquele a quem substabelecer, sem au-
ver sido estipulada retribuição, exceto se o seu objeto correspon- torização, poderes que devia exercer pessoalmente.
der ao daqueles que o mandatário trata por ofício ou profissão § 1o Se, não obstante proibição do mandante, o mandatário se fi-
lucrativa. zer substituir na execução do mandato, responderá ao seu consti-
Parágrafo único. Se o mandato for oneroso, caberá ao mandatário tuinte pelos prejuízos ocorridos sob a gerência do substituto, em-
a retribuição prevista em lei ou no contrato. Sendo estes omissos, bora provenientes de caso fortuito, salvo provando que o
será ela determinada pelos usos do lugar, ou, na falta destes, por caso teria sobrevindo, ainda que não tivesse havido substabe-
arbitramento. lecimento.
§ 2o Havendo poderes de substabelecer, só serão imputáveis ao
Art. 659. A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do mandatário os danos causados pelo substabelecido, se tiver
começo de execução. agido com culpa na escolha deste ou nas instruções dadas a ele.
§ 3o Se a proibição de substabelecer constar da procuração, os
Art. 660. O mandato pode ser especial a um ou mais negócios de- atos praticados pelo substabelecido não obrigam o mandante,
terminadamente, ou geral a todos os do mandante. salvo ratificação expressa, que retroagirá à data do ato.
§ 4o Sendo omissa a procuração quanto ao substabelecimento, o
Art. 661. O mandato em termos gerais só confere poderes de procurador será responsável se o substabelecido proceder culpo-
administração. samente.
§ 1o Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer
atos que exorbitem da administração ordinária, depende a procu- Art. 668. O mandatário é obrigado a dar contas de sua gerência
ração de poderes especiais e expressos. ao mandante, transferindo-lhe as vantagens provenientes do
§ 2o O poder de transigir não importa o de firmar compromis- mandato, por qualquer título que seja.
so.
Art. 669. O mandatário NÃO PODE COMPENSAR os prejuízos a
JDC183 Para os casos em que o parágrafo primeiro do art. 661 que deu causa com os proveitos que, por outro lado, tenha gran-
exige poderes especiais, a procuração deve conter a identifica- jeado ao seu constituinte.
ção do objeto.
Art. 670. Pelas somas que devia entregar ao mandante ou recebeu
para despesa, mas empregou em proveito seu, pagará o manda-
Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o
tário juros, desde o momento em que abusou.
tenha sem poderes suficientes, são INEFICAZES em relação àque-
le em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar.
Art. 671. Se o mandatário, tendo fundos ou crédito do mandante,
Parágrafo único. A ratificação há de ser expressa, ou resultar
comprar, em nome próprio, algo que devera comprar para o
de ato inequívoco, e retroagirá à data do ato.
mandante, por ter sido expressamente designado no mandato,
terá este ação para obrigá-lo à entrega da coisa comprada.
Art. 663. Sempre que o mandatário estipular negócios expressa-
mente em nome do mandante, será este o único responsável; fi-
cará, porém, o mandatário pessoalmente obrigado, se agir no
Dia 16 / 7
Art. 672. Sendo 2 ou mais os mandatários nomeados no mesmo Art. 683. Quando o mandato contiver a cláusula de irrevogabilida-
instrumento, qualquer deles poderá exercer os poderes outor- de e o mandante o revogar, pagará perdas e danos.
gados, se não forem expressamente declarados conjuntos, nem
especificamente designados para atos diferentes, ou subordina- Art. 684. Quando a cláusula de irrevogabilidade for condição de
dos a atos sucessivos. Se os mandatários forem declarados um negócio bilateral, ou tiver sido estipulada no exclusivo interes-
conjuntos, não terá eficácia o ato praticado sem interferência se do mandatário, a revogação do mandato será INEFICAZ.
de todos, salvo havendo ratificação, que retroagirá à data do
ato. Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa pró-
pria", a sua revogação NÃO TERÁ EFICÁCIA, nem se extingui-
Art. 673. O terceiro que, depois de conhecer os poderes do man- rá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário
datário, com ele celebrar negócio jurídico exorbitante do manda- dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os
to, não tem ação contra o mandatário, salvo se este lhe prometeu bens móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as for-
ratificação do mandante ou se responsabilizou pessoalmente. malidades legais.
Art. 674. Embora ciente da morte, interdição ou mudança de es- Art. 686. A revogação do mandato, notificada somente ao manda-
tado do mandante, deve o mandatário concluir o negócio já tário, não se pode opor aos terceiros que, ignorando-a, de boa-
começado, se houver perigo na demora. fé com ele trataram; mas ficam salvas ao constituinte as ações
que no caso lhe possam caber contra o procurador.
Seção III Parágrafo único. É IRREVOGÁVEL o mandato que contenha po-
Das Obrigações do Mandante deres de cumprimento ou confirmação de negócios enceta-
Art. 675. O mandante é obrigado a satisfazer todas as obriga- dos, aos quais se ache vinculado.
ções contraídas pelo mandatário, na conformidade do man-
dato conferido, e adiantar a importância das despesas necessá- Art. 687. Tanto que for comunicada ao mandatário a nomeação de
rias à execução dele, quando o mandatário lho pedir. outro, para o mesmo negócio, considerar-se-á revogado o man-
dato anterior.
Art. 676. É obrigado o mandante a pagar ao mandatário a remu-
neração ajustada e as despesas da execução do mandato, ainda Art. 688. A renúncia do mandato será comunicada ao mandante,
que o negócio não surta o esperado efeito, salvo tendo o que, se for prejudicado pela sua inoportunidade, ou pela falta de
mandatário culpa. tempo, a fim de prover à substituição do procurador, será indeni-
zado pelo mandatário, salvo se este provar que não podia conti-
Art. 677. As somas adiantadas pelo mandatário, para a execução nuar no mandato sem prejuízo considerável, e que não lhe era
do mandato, vencem juros desde a data do desembolso. dado substabelecer.
Art. 678. É igualmente obrigado o mandante a ressarcir ao man- Art. 689. São válidos, a respeito dos contratantes de boa-fé, os
datário as perdas que este sofrer com a execução do mandato, atos com estes ajustados em nome do mandante pelo mandatá-
sempre que não resultem de culpa sua ou de excesso de po- rio, enquanto este ignorar a morte daquele ou a extinção do
deres. mandato, por qualquer outra causa.
Art. 679. Ainda que o mandatário contrarie as instruções do man- Art. 690. Se falecer o mandatário, pendente o negócio a ele co-
dante, se não exceder os limites do mandato, ficará o mandante metido, os herdeiros, tendo ciência do mandato, avisarão o man-
obrigado para com aqueles com quem o seu procurador contra- dante, e providenciarão a bem dele, como as circunstâncias exigi-
tou; mas terá contra este ação pelas perdas e danos resultantes rem.
da inobservância das instruções.
Art. 691. Os herdeiros, no caso do artigo antecedente, devem li-
Art. 680. Se o mandato for outorgado por 2 ou mais pessoas, e mitar-se às medidas conservatórias, ou continuar os negócios
para negócio comum, cada uma ficará solidariamente responsá- pendentes que se não possam demorar sem perigo, regu-
vel ao mandatário por todos os compromissos e efeitos do man- lando-se os seus serviços dentro desse limite, pelas mesmas nor-
dato, salvo direito regressivo, pelas quantias que pagar, contra mas a que os do mandatário estão sujeitos.
os outros mandantes.
Seção V
Art. 681. O mandatário tem sobre a coisa de que tenha a posse Do Mandato Judicial
em virtude do mandato, direito de retenção, até se reembolsar do Art. 692. O mandato judicial fica subordinado às normas que lhe
que no desempenho do encargo despendeu. dizem respeito, constantes da legislação processual, e, supletiva-
mente, às estabelecidas neste Código.
Seção IV
Da Extinção do Mandato CAPÍTULO XI
Art. 682. Cessa o mandato: Da Comissão
I - pela revogação ou pela renúncia; Art. 693. O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a
II - pela morte ou interdição de uma das partes; venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta
III - pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir do comitente.
os poderes, ou o mandatário para os exercer;
IV - pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio. Art. 694. O comissário fica diretamente obrigado para com as
pessoas com quem contratar, sem que estas tenham ação contra
Dia 16 / 8
o comitente, nem este contra elas, salvo se o comissário ceder Art. 705. Se o comissário for despedido sem justa causa, terá di-
seus direitos a qualquer das partes. reito a ser remunerado pelos trabalhos prestados, bem como a
ser ressarcido pelas perdas e danos resultantes de sua dispensa.
Art. 695. O comissário é obrigado a agir de conformidade com as
ordens e instruções do comitente, devendo, na falta destas, não Art. 706. O comitente e o comissário são obrigados a pagar ju-
podendo pedi-las a tempo, proceder segundo os usos em casos ros um ao outro; o primeiro pelo que o comissário houver adian-
semelhantes. tado para cumprimento de suas ordens; e o segundo pela mora
Parágrafo único. Ter-se-ão por justificados os atos do comissário, na entrega dos fundos que pertencerem ao comitente.
se deles houver resultado vantagem para o comitente, e ainda no
caso em que, não admitindo demora a realização do negócio, o Art. 707. O crédito do comissário, relativo a comissões e despe-
comissário agiu de acordo com os usos. sas feitas, goza de privilégio geral, no caso de falência ou in-
solvência do comitente.
Art. 696. No desempenho das suas incumbências o comissário é
obrigado a agir com cuidado e diligência, não só para evitar Art. 708. Para reembolso das despesas feitas, bem como para re-
qualquer prejuízo ao comitente, mas ainda para lhe proporcio- cebimento das comissões devidas, tem o comissário direito de
nar o lucro que razoavelmente se podia esperar do negócio. retenção sobre os bens e valores em seu poder em virtude da co-
Parágrafo único. Responderá o comissário, salvo motivo de força missão.
maior, por qualquer prejuízo que, por ação ou omissão, ocasionar
ao comitente. Art. 709. São aplicáveis à comissão, no que couber, as regras so-
bre mandato.
Art. 697. O comissário não responde pela insolvência das pesso-
as com quem tratar, exceto em caso de culpa e no do artigo se- CAPÍTULO XII
guinte. Da Agência e Distribuição
Art. 710. Pelo CONTRATO DE AGÊNCIA, uma pessoa assume, em
Art. 698. Se do contrato de comissão constar a cláusula del cre- caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obriga-
dere, RESPONDERÁ o comissário SOLIDARIAMENTE com as ção de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a rea-
pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso lização de certos negócios, em zona determinada, caracteri-
em que, salvo estipulação em contrário, o comissário tem direito zando-se a DISTRIBUIÇÃO quando o agente tiver à sua dispo-
a remuneração mais elevada, para compensar o ônus assumi- sição a coisa a ser negociada.
do. Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente
para que este o represente na conclusão dos contratos.
Art. 699. Presume-se o comissário autorizado a conceder dila-
ção do prazo para pagamento, na conformidade dos usos do lu- Art. 711. SALVO AJUSTE, o proponente não pode constituir, ao
gar onde se realizar o negócio, se não houver instruções diversas mesmo tempo, mais de um agente, na mesma zona, com
do comitente. idêntica incumbência; nem pode o agente assumir o encargo de
nela tratar de negócios do mesmo gênero, à conta de outros pro-
Art. 700. Se houver instruções do comitente proibindo prorroga- ponentes.
ção de prazos para pagamento, ou se esta não for conforme os
usos locais, poderá o comitente exigir que o comissário pague in- Art. 712. O agente, no desempenho que lhe foi cometido, deve
continenti ou responda pelas consequências da dilação concedi- agir com toda diligência, atendo-se às instruções recebidas do
da, procedendo-se de igual modo se o comissário não der ciência proponente.
ao comitente dos prazos concedidos e de quem é seu beneficiá-
rio. Art. 713. Salvo estipulação diversa, todas as despesas com a
agência ou distribuição correm a cargo do agente ou distribui-
Art. 701. Não estipulada a remuneração devida ao comissário, dor.
será ela arbitrada segundo os usos correntes no lugar.
Art. 714. Salvo ajuste, o agente ou distribuidor terá direito à re-
Art. 702. No caso de morte do comissário, ou, quando, por motivo muneração correspondente aos negócios concluídos dentro de
de força maior, não puder concluir o negócio, será devida pelo sua zona, ainda que sem a sua interferência.
comitente uma remuneração proporcional aos trabalhos realiza-
dos. Art. 715. O agente ou distribuidor tem direito à indenização se o
proponente, sem justa causa, cessar o atendimento das propostas
Art. 703. Ainda que tenha dado motivo à dispensa, terá o co- ou reduzi-lo tanto que se torna antieconômica a continuação do
missário direito a ser remunerado pelos serviços úteis presta- contrato.
dos ao comitente, ressalvado a este o direito de exigir daquele os
prejuízos sofridos. Art. 716. A remuneração será devida ao agente também quando o
negócio deixar de ser realizado por fato imputável ao proponen-
Art. 704. Salvo disposição em contrário, pode o comitente, a qual- te.
quer tempo, alterar as instruções dadas ao comissário, enten-
dendo-se por elas regidos também os negócios pendentes. Art. 717. Ainda que dispensado por justa causa, terá o agente
direito a ser remunerado pelos serviços úteis prestados ao
proponente, sem embargo de haver este perdas e danos pelos
prejuízos sofridos.
Dia 16 / 9
Art. 727. Se, por não haver prazo determinado, o dono do negó- Ausência de pressupostos de cons-
cio dispensar o corretor, e o negócio se realizar posteriormente, tituição e de desenvolvimento váli-
como fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida; igual do e regular do processo
solução se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do JUIZ CONHECERÁ DE
Perempção, de litispendência ou de
prazo contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor. OFÍCIO ENQUANTO NÃO
coisa julgada
OCORRER O TRÂNSITO
Art. 728. Se o negócio se concluir com a intermediação de mais EM JULGADO Ausência de legitimidade ou de in-
de um corretor, a remuneração será paga a todos em partes teresse processual
iguais, salvo ajuste em contrário. Morte da parte, a ação for conside-
Dia 16 / 11
zões que autorizam a interferência na norma afastada e as pre- Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa
missas fáticas que fundamentam a conclusão. da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superi-
§ 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conju- or ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
gação de todos os seus elementos e em conformidade com o Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva
princípio da boa-fé. relação jurídica condicional.
FPPC305. (arts. 489, § 1º, IV, 984, §2º, 1.038, § 3º). No julgamento Decisão Citra petita: não examina em toda a sua amplitude o
de casos repetitivos, o tribunal deverá enfrentar todos os argu- pedido formulado na inicial
mentos contrários e favoráveis à tese jurídica discutida, inclusive
Decisão Ultra petita: juiz vai além do pedido do autor, dando
os suscitados pelos interessados
mais do que fora pedido.
FPPC306. (art. 489, § 1º, VI). O precedente vinculante não será
seguido quando o juiz ou tribunal distinguir o caso sob jul- Decisão Extra petita: quando a providência jurisdicional deferi-
gamento, demonstrando, fundamentadamente, tratar-se de da é diversa da que foi postulada
situação particularizada por hipótese fática distinta, a impor
solução jurídica diversa.
FPPC303. (art. 489, §1º) As hipóteses descritas nos incisos do §1º FPPC525. (art. 492; art. 497; art. 139, inc. IV;) A produção do re-
do art. 499 são exemplificativas. sultado prático equivalente pode ser determinada por decisão
FPPC307. (arts. 489, §1º, 1.013, §3º, IV) Reconhecida a insufi- proferida na fase de conhecimento.
ciência da sua fundamentação, o tribunal decretará a nulida-
de da sentença e, preenchidos os pressupostos do §3º do art. Art. 493. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitu-
1.013, decidirá desde logo o mérito da causa. tivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do
FPPC308. (arts. 489, § 1º, 1.046). Aplica-se o art. 489, § 1º, a to - mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a
dos os processos pendentes de decisão ao tempo da entrada requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.
em vigor do CPC, ainda que conclusos os autos antes da sua Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvi-
vigência. rá as partes sobre ele antes de decidir.
FPPC309. (art. 489) O disposto no § 1º do art. 489 do CPC é apli-
cável no âmbito dos Juizados Especiais. Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:
FPPC522. (art. 489, inc. I; arts. 931 e 933) O relatório nos julga- I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, ine-
mentos colegiados tem função preparatória e deverá indicar xatidões materiais ou erros de cálculo;
as questões de fato e de direito relevantes para o julgamen- II - por meio de embargos de declaração.
to e já submetidas ao contraditório.
FPPC523. (art. 489, §1º, inc. IV) O juiz é obrigado a enfrentar to- Art. 495. A decisão que condenar o réu ao pagamento de pres-
das as alegações deduzidas pelas partes capazes, em tese, de in- tação consistente em dinheiro e a que determinar a conversão
firmar a decisão, não sendo suficiente apresentar apenas os fun- de prestação de fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestação
damentos que a sustentam. pecuniária valerão como título constitutivo de hipoteca judi-
FPPC524. (art. 489, §1º, IV; art. 985, I) O art. 489, §1º, IV, não obri- ciária.
ga o órgão julgador a enfrentar os fundamentos jurídicos dedu- § 1o A decisão produz a hipoteca judiciária:
zidos no processo e já enfrentados na formação da decisão pa- I - embora a condenação seja genérica;
radigma, sendo necessário demonstrar a correlação fática e II - ainda que o credor possa promover o cumprimento provi-
jurídica entre o caso concreto e aquele já apreciado sório da sentença ou esteja pendente arresto sobre bem do
JDPC37 Aplica-se aos juizados especiais o disposto nos pa- devedor;
rágrafos do art. 489 do CPC. III - mesmo que impugnada por recurso dotado de efeito sus-
pensivo.
Art. 490. O juiz resolverá o mérito acolhendo ou rejeitando, no § 2o A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante apre-
todo ou em parte, os pedidos formulados pelas partes. sentação de cópia da sentença perante o cartório de registro imo-
biliário, independentemente de ordem judicial, de declaração
Art. 491. Na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda expressa do juiz ou de demonstração de urgência.
que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde § 3o No prazo de até 15 dias da data de realização da hipoteca, a
logo a extensão da obrigação, o índice de correção monetá- parte informá-la-á ao juízo da causa, que determinará a intimação
ria, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da outra parte para que tome ciência do ato.
da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando: § 4o A hipoteca judiciária, uma vez constituída, implicará, para o
I - não for possível determinar, de modo definitivo, o montante credor hipotecário, o direito de preferência, quanto ao paga-
devido; mento, em relação a outros credores, observada a prioridade no
II - a apuração do valor devido depender da produção de prova registro.
de realização demorada ou excessivamente dispendiosa, assim re- § 5o Sobrevindo a reforma ou a invalidação da decisão que impôs
conhecida na sentença. o pagamento de quantia, a parte responderá, independentemen-
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, seguir-se-á a apuração do te de culpa (responsabilidade objetiva), pelos danos que a outra
valor devido por liquidação. parte tiver sofrido em razão da constituição da garantia, devendo
§ 2o O disposto no caput também se aplica quando o acórdão al- o valor da indenização ser liquidado e executado nos próprios au-
terar a sentença. tos.
ciária a decisão judicial que condena à entrega de coisa dis- SÚMULAS SOBRE REEXAME NECESSÁRIO
tinta de dinheiro.
STF
Súmula 423-STF: Não transita em julgado a sentença por ha-
Súmula 318-STJ: Formulado pedido certo e determinado, so- ver omitido o recurso "ex-oficio", que se considera interposto
mente o autor tem interesse recursal em arguir o vício da sen- "ex-lege".
tença ilíquida
Súmula 344-STJ: A liquidação por forma diversa da estabeleci- STJ
da na sentença não ofende a coisa julgada. Súmula 45-STJ: No reexame necessário, é defeso, ao tribunal,
agravar a condenação imposta à Fazenda Pública.
Seção III Súmula 253-STJ: O art. 557 do CPC, que autoriza o relator a de-
Da Remessa Necessária cidir o recurso, alcança o reexame necessário.
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produ- Súmula 325-STJ: A remessa oficial devolve ao Tribunal o reexa-
zindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a senten- me de todas as parcelas da condenação suportadas pela Fazen-
ça: da Pública, inclusive dos honorários de advogado.
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Súmula 490-STJ: A dispensa de reexame necessário, quando o
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direi- valor da condenação ou do direito controvertido for inferior a
to público; 60 salários mínimos, não se aplica a sentenças ilíquidas.
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à
execução fiscal. Seção IV
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação Do Julgamento das Ações Relativas às Prestações de Fazer, de
no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribu- Não Fazer e de Entregar Coisa
nal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá- Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou
los-á. de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela
§ 2o Em qualquer dos casos referidos no § 1 o, o tribunal julgará a específica ou determinará providências que assegurem a ob-
remessa necessária. tenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
§ 3o Não se aplica a remessa necessária quando a condenação Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada
ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e a inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a
líquido inferior a: sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de
I - 1.000 salários-mínimos para a União e as respectivas autar- dano ou da existência de culpa ou dolo.
quias e fundações de direito público;
II - 500 salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as
FPPC526. (art. 497, caput; art. 537, caput, §3º) A multa aplicada
respectivas autarquias e fundações de direito público e os Muni-
por descumprimento de ordem protetiva, baseada no art. 22,
cípios que constituam capitais dos Estados;
incisos I a V, da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), é passível
III - 100 salários-mínimos para todos os demais Municípios e
de cumprimento provisório, nos termos do art. 537, §3º.
respectivas autarquias e fundações de direito público.
§ 4o Também não se aplica a remessa necessária quando a sen-
tença estiver fundada em: Art. 498. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz,
I - súmula de tribunal superior; ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumpri-
II - acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de mento da obrigação.
recursos repetitivos; Parágrafo único. Tratando-se de entrega de coisa determinada
III - entendimento firmado em IRDR ou de IAC; pelo gênero e pela quantidade, o autor individualizá-la-á na peti-
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante fir- ção inicial, se lhe couber a escolha, ou, se a escolha couber ao réu,
mada no âmbito administrativo do próprio ente público, con- este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.
solidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
Art. 499. A obrigação somente será convertida em perdas e da-
nos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica
FPPC164. (art. 496) A sentença arbitral contra a Fazenda Pú-
ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
blica NÃO ESTÁ SUJEITA À REMESSA NECESSÁRIA.
FPPC311. (arts. 496 e 1.046) A regra sobre remessa necessária
Art. 500. A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuí-
é aquela vigente ao tempo da publicação em cartório ou dis-
zo da multa fixada periodicamente para compelir o réu ao cum-
ponibilização nos autos eletrônicos da sentença ou, ainda,
primento específico da obrigação.
quando da prolação da sentença em audiência, de modo que
a limitação de seu cabimento no CPC não prejudica as re-
Art. 501. Na ação que tenha por objeto a emissão de declaração
messas determinadas no regime do art. 475 do CPC/1973.
de vontade, a sentença que julgar procedente o pedido, uma vez
FPPC312. (art. 496) O inciso IV do §4º do art. 496 do CPC aplica-
transitada em julgado, produzirá todos os efeitos da declaração
se ao procedimento do mandado de segurança.
não emitida.
FPPC432. (art. 496, §1º) A interposição de apelação parcial
NÃO IMPEDE a remessa necessária. ________Codigo Penãl________
FPPC433. (arts. 496, §4º, IV, 6º, 927, §5º) Cabe à Administração
Pública dar publicidade às suas orientações vinculantes, prefe-
rencialmente pela rede mundial de computadores. TÍTULO X
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Dia 16 / 13
CAPÍTULO I Conforme explica Cleber Masson (ob. cit., p. 470), existem duas
DA MOEDA FALSA posições sobre o tema:
Moeda Falsa 1ª corrente: SIM. O agente deve ser responsabilizado pelo
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda crime de pretrechos para falsificação de moeda (art. 291)
metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangei- em concurso material com o delito de moeda falsa (art. 289
ro: do CP). É a posição do próprio Masson e do Rogério Greco.
Pena - reclusão, de 3 a 12 anos, e multa. Trata-se da corrente majoritária.
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria 2ª corrente: NÃO. Incide o princípio da consunção, resultando
ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, em- na absorção do crime-meio (art. 291) pelo crime-fim, que é o de
presta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. moeda falsa (art. 289). Foi defendida por Nelson Hungria.
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, *Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de co-
nhecer a falsidade, é punido com detenção, de 6 meses a 2 anos, Emissão de título ao portador sem permissão legal
e multa. Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha,
§ 3º - É punido com reclusão, de 3 a 15 anos, e multa, o fun- vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro
cionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emis- ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem
são que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: deva ser pago:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
lei; Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na pena
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular de detenção, de 15 dias a 3 meses, ou multa.
moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.
CAPÍTULO II
NÃO SE APLICA O INSTITUTO DO ARREPENDIMENTO DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS
POSTERIOR AO CRIME DE MOEDA FALSA. No crime de Falsificação de papéis públicos
moeda falsa — cuja consumação se dá com a falsificação da Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
moeda, sendo irrelevante eventual dano patrimonial imposto a I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qual-
terceiros —, a vítima é a coletividade como um todo, e o bem quer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo;
jurídico tutelado é a fé pública, que não é passível de II - papel de crédito público que não seja moeda de curso le-
reparação. Desse modo, os crimes contra a fé pública, gal;
semelhantes aos demais crimes não patrimoniais em geral, III - vale postal;
são incompatíveis com o instituto do arrependimento IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa eco-
posterior, dada a impossibilidade material de haver reparação nômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de di-
do dano causado ou a restituição da coisa subtraída. STJ. 6ª reito público;
Turma. REsp 1242294-PR, Rel. originário Min. Sebastião Reis V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento
Júnior, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou cau-
18/11/2014 (Info 554). ção por que o poder público seja responsável;
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de trans-
porte administrada pela União, por Estado ou por Município:
Crimes assimilados ao de moeda falsa Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e multa.
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de § 1o Incorre na mesma pena quem:
moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadei- I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsifi-
ros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de cados a que se refere este artigo;
restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; resti- II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta,
tuir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado
recolhidos para o fim de inutilização: a controle tributário;
Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, man-
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a 12 anos tém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta
e multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou merca-
ingresso, em razão do cargo. doria:
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle
Petrechos para falsificação de moeda tributário, falsificado;
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gra- b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária
tuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou determina a obrigatoriedade de sua aplicação.
qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: § 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legíti-
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa. mos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou si-
nal indicativo de sua inutilização:
Se o agente que possui o aparelho destinado à falsificação Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
da moeda o utiliza e efetivamente cria uma cédula falsa, ele § 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado,
responderá pelo crime do art. 291 em concurso com o delito qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior.
de moeda falsa (art. 289 do CP)?
Dia 16 / 14
§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de ais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de
boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se re- prestação de serviços.
ferem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou De quem é a competência para julgar o crime de omissão de
alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, anotação de vínculo empregatício na CTPS (art. 297, § 4º, do
ou multa. CP)?
§ 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso * STJ: Justiça FEDERAL. O sujeito passivo primário do crime
III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, omissivo do art. 297, § 4.º, do Diploma Penal, é o Estado, e,
inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públi- eventualmente, de forma secundária, o particular, terceiro preju-
cos e em residências. dicado, com a omissão das informações, referentes ao vínculo
empregatício e a seus consectários da CTPS. Cuida-se, portanto
Petrechos de falsificação de delito que ofende de forma direta os interesses da União,
Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar ob- atraindo a competência da Justiça Federal, nos termos do art.
jeto especialmente destinado à falsificação de qualquer dos pa- 109, IV, da CF/88. Nesse sentido: STJ. 3ª Seção. CC 145567/PR ,
péis referidos no artigo anterior: Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 27/04/2016.
Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa. * 1ª Turma do STF: Justiça ESTADUAL. Nesse sentido: 1ª Tur-
ma. Ag.Reg. na Pet 5084, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o 24/11/2015 .
crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de 1/6. *Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
Falsa identidade
Falsidade de atestado médico
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, ates-
para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para
tado falso:
causar dano a outrem:
Pena - detenção, de 1 mês a 1 ano.
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa, se o fato não
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro,
constitui elemento de crime mais grave.
aplica-se também multa.
Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica Súmula 522-STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade pe-
Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que te- rante autoridade policial É TÍPICA, ainda que em situação de
nha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração alegada autodefesa.
está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça:
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa. ART. 307 ART. 304
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de FALSA IDENTIDADE USO DE DOCUMENTO FALSO
comércio, faz uso do selo ou peça filatélica.
Consiste na simples atribui- Aqui, há obrigatoriamente o
ção de falsa identidade, uso de documento falso.
Uso de documento falso
sem a utilização de docu-
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados
mento falso.
ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. Ex.: ao ser parado em uma Ex.: ao ser parado em uma blitz, o
blitz, o agente afirma que agente, João Lima, afirma que
Súmula 546-STJ: A competência para processar e julgar o crime seu nome é Pedro Silva, seu nome é Pedro Silva e apre-
de uso de documento falso é firmada em razão da entidade quando, na verdade, ele é senta o RG falsificado com este
ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não João Lima. nome.
importando a qualificação do órgão expedidor. *Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
_____Codigo de Proçesso Penãl____ Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério
Público ou o querelante sobre preliminares e documentos, em
5 dias.
CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO RELATIVO AOS PROCESSOS DA
RÉPLICA – não há previsão de réplica no procedimento comum
COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI
ordinário.
Plenitude de Defesa.
Art. 410. O juiz determinará a inquirição das testemunhas
PRINCÍPIOS
Sigilo das Votações. e a realização das diligências requeridas pelas partes, no prazo
CONSTITUCIONAIS
máximo de 10 dias.
DO TRIBUNAL DO Soberania dos Vereditos.
JÚRI
Competência para o julgamento dos Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada
crimes dolosos contra a vida (compe- de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemu-
tência mínima). nhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, bem
como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reco-
nhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o
SÚMULAS SOBRE TRIBUNAL DO JÚRI
acusado e procedendo-se o debate.
Súmula vinculante 45-STF: A competência constitucional do § 1o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de PRÉ-
Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de fun- VIO REQUERIMENTO E DE DEFERIMENTO pelo juiz.
ção estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual § 2o As provas serão produzidas em uma só audiência,
Súmula 156-STF: É absoluta a nulidade do julgamento, pelo podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinen-
tes ou protelatórias.
Dia 16 / 17
§ 3o Encerrada a instrução probatória, observar-se-á, se for o IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclu-
caso, o disposto no art. 384 deste Código. são do crime.
§ 4o As alegações serão orais, concedendo-se a palavra, Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do
respectivamente, à acusação e à defesa, pelo prazo de 20 minu- caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no ca-
tos, prorrogáveis por mais 10. put do art. 26 do Decreto-Lei n 2.848, de 7 de dezembro de 1940
§ 5o Havendo mais de 1 acusado, o tempo previsto para a – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.
acusação e a defesa de cada um deles será individual.
§ 6o Ao assistente do Ministério Público, após a manifesta- Art. 416. Contra a sentença de IMPRONÚNCIA ou de AB-
ção deste, serão concedidos 10 minutos, prorrogando-se por SOLVIÇÃO SUMÁRIA caberá apelação.
igual período o tempo de manifestação da defesa.
§ 7o Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindí- DECISÃO RECURSO CABÍVEL
vel à prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva
de quem deva comparecer. IMPRONÚNCIA
§ 8o A testemunha que comparecer será inquirida, indepen- APELAÇÃO
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
dentemente da suspensão da audiência, observada em qual-
quer caso a ordem estabelecida no caput deste artigo. PRONÚNCIA
§ 9o Encerrados os debates, o juiz proferirá a sua decisão, ou RESE
DESCLASSIFICAÇÃO
o fará em 10 dias, ordenando que os autos para isso lhe sejam
conclusos.
Art. 417. Se houver indícios de autoria ou de participação
de outras pessoas não incluídas na acusação, o juiz, ao pronun-
Art. 412. O procedimento será concluído no prazo máxi-
ciar ou impronunciar o acusado, determinará o retorno dos autos
mo de 90 dias.
ao Ministério Público, por 15 dias, aplicável, no que couber, o art.
80 deste Código.
Seção II
Da Pronúncia, da Impronúncia e da Absolvição Sumária
Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diver-
Art. 413. O juiz, fundamentadamente, PRONUNCIARÁ o
sa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito
acusado, se convencido da materialidade do fato e da existên-
a pena mais grave.
cia de indícios suficientes de autoria ou de participação.
§ 1o A FUNDAMENTAÇÃO DA PRONÚNCIA limitar-se-á à
Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com
indicação da materialidade do fato e da existência de indícios
a acusação, da existência de crime diverso dos referidos no § 1 do
suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz decla-
art. 74 deste Código e não for competente para o julgamento, re-
rar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e es-
meterá os autos ao juiz que o seja.
pecificar as circunstâncias QUALIFICADORAS e as CAUSAS DE
Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro
AUMENTO de pena.
juiz, à disposição deste ficará o acusado preso.
Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos de provas a marca da mesma região, onde não existam aqueles motivos,
serem produzidas ou exibidas no plenário do júri, e adotadas as preferindo-se as mais próximas.
providências devidas, o juiz presidente: § 1o O pedido de desaforamento será distribuído imediata-
I – ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer mente e terá preferência de julgamento na Câmara ou Turma
nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa; competente.
II – fará relatório sucinto do processo, determinando sua in- § 2o Sendo relevantes os motivos alegados, o relator poderá
clusão em pauta da reunião do Tribunal do Júri. determinar, fundamentadamente, a suspensão do julgamento
pelo júri
Art. 424. Quando a lei local de organização judiciária não § 3o Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não ti-
atribuir ao presidente do Tribunal do Júri o preparo para julga- ver sido por ele solicitada.
mento, o juiz competente remeter-lhe-á os autos do processo § 4o Na pendência de recurso contra a decisão de pro-
preparado até 5 dias antes do sorteio a que se refere o art. 433 núncia ou quando efetivado o julgamento, não se admitirá o
deste Código. pedido de desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto
Parágrafo único. Deverão ser remetidos, também, os a fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento anu-
processos preparados até o encerramento da reunião, para a lado.
realização de julgamento.
Art. 428. O desaforamento também poderá ser determina-
Seção IV do, em razão do COMPROVADO EXCESSO DE SERVIÇO, ouvidos
Do Alistamento dos Jurados o juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder
Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo presidente do Tri- ser realizado no prazo de 6 meses, contado do trânsito em
bunal do Júri de 800 a 1.500 jurados nas comarcas de mais de julgado da decisão de pronúncia.
1.000.000 de habitantes, de 300 a 700 nas comarcas de mais de § 1 Para a contagem do prazo referido neste artigo, não se
100.000 habitantes e de 80 a 400 nas comarcas de menor popu- computará o tempo de adiamentos, diligências ou incidentes de
lação. interesse da defesa.
§ 1o Nas comarcas onde for necessário, poderá ser aumenta- § 2o Não havendo excesso de serviço ou existência de
do o número de jurados e, ainda, organizada lista de suplentes, processos aguardando julgamento em quantidade que ultra-
depositadas as cédulas em urna especial, com as cautelas menci- passe a possibilidade de apreciação pelo Tribunal do Júri, nas
onadas na parte final do § 3o do art. 426 deste Código. reuniões periódicas previstas para o exercício, o acusado poderá
§ 2o O juiz presidente requisitará às autoridades locais, asso- requerer ao Tribunal que determine a imediata realização do
ciações de classe e de bairro, entidades associativas e culturais, julgamento.
instituições de ensino em geral, universidades, sindicatos, reparti-
ções públicas e outros núcleos comunitários a indicação de pes- INTERESSE DA ORDEM PÚBLICA
soas que reúnam as condições para exercer a função de jurado.
DÚVIDA SOBRE A IMPARCIALIDADE
Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicação das respec- DO JÚRI
tivas profissões, será publicada pela imprensa até o dia 10 de ou- DESAFORAMENTO SEGURANÇA PESSOAL DO ACUSADO
tubro de cada ano e divulgada em editais afixados à porta do Tri-
bunal do Júri. COMPROVADO EXCESSO DE SERVIÇO
§ 1o A lista poderá ser alterada, de ofício ou mediante re- se o julgamento não puder ser realizado
clamação de qualquer do povo ao juiz presidente até o dia 10 de no prazo de 6 meses, contado do trânsito
novembro, data de sua publicação definitiva. em julgado da decisão de pronúncia.
§ 2o Juntamente com a lista, serão transcritos os arts. 436 a NÃO SE ADMITIRÁ Pendência de RESE contra pronúncia
446 deste Código. PEDIDO DE
§ 3o Os nomes e endereços dos alistados, em cartões iguais, Efetivado o julgamento, salvo quanto a
DESAFORAMENTO
após serem verificados na presença do Ministério Público, de ad- fato ocorrido durante ou após a realiza-
vogado indicado pela Seção local da Ordem dos Advogados do ção de julgamento anulado.
Brasil e de defensor indicado pelas Defensorias Públicas compe-
tentes, permanecerão guardados em urna fechada a chave, sob a No caso de desaforamento do julgamento para outra comarca,
responsabilidade do juiz presidente. deve-se preferir as mais próximas. No entanto, em caso de
§ 4o O jurado que tiver integrado o Conselho de Senten- de desaforamento fundado na dúvida de imparcialidade do cor-
ça nos 12 meses que antecederem à publicação da lista geral po de jurados, o foro competente para a realização do júri deve
fica dela excluído. ser aquele em que esse risco não exista. Assim, o deslocamento
§ 5o Anualmente, a lista geral de jurados será, obrigatoria- da competência nesses casos não é geograficamente limitado às
mente, completada. comarcas mais próximas.STJ. 5ª Turma. HC 219739-RJ, Rel. Min.
Jorge Mussi, julgado em 6/3/2012
Seção V
Do Desaforamento
Seção VI
Art. 427. Se o INTERESSE DA ORDEM PÚBLICA o reclamar
Da Organização da Pauta
ou houver DÚVIDA SOBRE A IMPARCIALIDADE DO JÚRI ou a
Art. 429. Salvo motivo relevante que autorize alteração na
SEGURANÇA PESSOAL DO ACUSADO, o Tribunal, a requerimen-
ordem dos julgamentos, terão preferência:
to do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acu-
I – os acusados presos;
sado ou mediante representação do juiz competente, poderá de-
terminar o DESAFORAMENTO do julgamento para outra co-
Dia 16 / 19