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Tributos sobre o Consumo

ICMS - Materialidade e ST
Carlos Eduardo de Arruda Navarro

Programa de Pós-Graduação Lato


Sensu da FGV DIREITO SP - GVlaw
Introdução
Competência Tributária - ICMS
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos
sobre:
(...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior;
 ICMS – Mercadoria → operações relativas à circulação de mercadoria,
ainda que a operação inicie no exterior (ICMS – Importação);
 ICMS – Transportes → prestações de serviços de transporte
intermunicipal e interestadual, ainda que a prestação inicie no exterior
(ICMS – Importação);
 ICMS – Comunicação → prestação de serviço de comunicação, ainda que
a prestação inicie no exterior (ICMS – Importação);
ICMS
Imposto de característica nacional
 Tributo de alta mobilidade de sua base. Efeito econômico nacional
 Tributo não cumulativo (reflexos em outros Estados da Federação)
 Tributo que incide sobre o consumo – Mercado brasileiro é uno,
nacional – Art. 219 da Constituição.
Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será
incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento (...)
socioeconômico, (...), nos termos de lei federal.
 A distribuição deste imposto aos entes subnacionais demanda
regulamentações de caráter nacional para conferir unidade
 Não cumulatividade, substituição tributária, alíquotas, benefícios fiscais,
dentre outros, denotam o caráter nacional do imposto e serão tratados
por normas de caráter nacional de uniformização, como Lei
Complementar, Resoluções do Senado e Convênios do CONFAZ.
ICMS
Imposto de característica nacional
 1 - Introdução do ICM – EC 18/1965 que alterou a Constituição de
1946. Eliminação de tributos idênticos e construção de sistema
tributário integrado e nacional
 O IVC é substituído pelo ICM → ampliação da incidência – não incide
mais apenas sobre vendas, mas qualquer circulação de mercadoria
 2 – Sistema tributário integrado - imposto não cumulativo, permissão do
crédito adquirido em outros Estados da Federação (unidade do sistema
tributário).
 Fixação de alíquota específica para as operações interestaduais pelo
Senado – distribuição da arrecadação.
 A não cumulatividade foi concebida como instrumento para evitar a
guerra fiscal. (Estados produtores vs Estados consumidores)
 Vedação das limitações de tráfego por meio de impostos.
ICMS
Imposto de característica nacional
 Para conferir unidade nacional ao imposto, normas de caráter
nacional foram previstas na Constituição
 Criação da Lei Complementar → de iniciativa das Assembleias
Legislativas dos Estados
 Ampliação das atribuições das Resoluções do Senado Federal – ajustar
a lei às condições econômicas quando houver interesse de mais de
um Estado (Por que do Senado?)
 Definição da alíquota interestadual para corrigir os desequilíbrios entre
os Estados, e de exportação
 Definição de alíquotas mínima e máxima nas operações internas.
ICMS
Constituição 1988
 Regulamentação mais extensa da Constituição (§ 2º com XII incisos, §§
3º, 4º e 5º) – Necessidade de trazer muitas exclusões e limitações
 O imposto deve ser não cumulativo (art. 155, § 2º, I);
 Poderá ser seletivo (art. 155, § 2º, III);
 Não incidirá nas exportações, assegurado os créditos das operações
anteriores (art. 155, § 2º, X, a);
 Incidirá na importação de bens (art. 155, § 2º, IX);
 Alíquotas internas não poderão ser inferiores às alíquotas interestaduais
(art. 155, § 2º, VI);
 Atribuição ao Senado para estabelecer alíquotas interestaduais, máximas
e mínimas (art. 155, § 2º, IV e V)
 Estabelece as matérias reservadas à Lei Complementar (art. 155, § 2º,
XII)
ICMS
Lei Complementar
 Lei de caráter nacional editada pelo Congresso Nacional – integra a
ordem jurídica nacional
 Harmonia e uniformidade à disciplina do ICMS - Critérios quantitativos,
material, subjetivos e espacial definidos por normas de caráter nacional.
Além do art. 146, III.
XII - cabe à lei complementar:
a) definir seus contribuintes;
b) dispor sobre substituição tributária;
c) disciplinar o regime de compensação do imposto;
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento
responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias
e das prestações de serviços; (...)
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados
ICMS
Resoluções do Senado Federal
 Instrumento normativo com força de lei ordinária (art. 59, VII, CF)
 Critério quantitativo – fixação das alíquotas ou de seus limites.
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da
República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria
absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação*;
V - é facultado ao Senado Federal:
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante
resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de
seus membros;
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito
específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de
iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus
membros
* Inaplicável após EC 42/2003.
ICMS
Resoluções do Senado Federal
 Inciso IV – alíquotas interestaduais → Resolução RSF nº 22/1989
 Regra Geral – alíquota interestadual é de 12%
 Regra Especial – será de 7% operações e prestações realizadas a partir
das Regiões sul e Sudeste destinadas às Regiões Norte, Nordeste, Centro-
Oeste e Espírito Santo

7% BA 12
%
SP 12%
12
12
% Espírito
%
7% Santo
12

12%
%

RS
ICMS
Resoluções do Senado Federal
 Importação e operação interestadual → Resolução SF nº 13/2012
 alíquota interestadual de bem importado é de 4% - não importa o Estado
de destino
 Medida para evitar a denominada “guerra dos portos”

18%

4%
Exterior SP BA
ICMS
Resoluções do Senado Federal
 Inciso V – Nas operações internas o Senado pode fixar alíquotas
mínimas e máximas.
 A alíquota mínima já existe – equivale à alíquota da operação
interestadual → A resolução pode definir outro patamar mínimo
Art. 155, § 2º, VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito
Federal, nos termos do disposto no inciso XII, g, as alíquotas internas, nas
operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de
serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações
interestaduais
 Em relação à alíquota máxima, a faculdade do Senado surge quando
houver conflito específico de Estados. O que é conflito específico?
 Alcides Jorge Costa → A alíquota máxima terá aplicação apenas
entre os Estados em conflito.
ICMS
Convênios - CONFAZ
 Convênios – O que são? Não estão previstos como instrumentos
legislativos no art. 59, CF.
 Art. 100, CTN? Art. 199, CTN? Arts. 213 e 214, CTN?
 Trata-se de instrumento de deliberação requerido pelo art. 155, § 2º,
XII, g. → Inovam o ordenamento ao definir hipóteses de concessão ou
revogação de benefícios fiscais.
 Etapa do processo legislativo de concessão de benefícios – fundamentos
de validade das leis estaduais.
 LC nº 24/1975 regula a exigência de convênios entre os Estados para a
concessão e revogação de benefícios fiscais – Criação do Confaz.
 Celebrados por representantes dos Estados por decisão unânime dos
Estados representados.
 Têm natureza autorizativa - no caso dos benefícios fiscais.
ICMS
Convênios - CONFAZ
 A Constituição exige a deliberação entre os Estados, por convênios, na
forma da LC 24/1975, em diversas situações:
 Convênios para fixação de alíquota interna inferior à interestadual (art.
155, § 2º, VI;
 Convênios para concessão e revogação de benefícios fiscais (art. 155, §
2º, XII, g) - Será o fundamento de validade da lei estadual que concede o
incentivo;
 Convênios para definição de alíquota do regime monofásico sobre
combustíveis e lubrificantes (art. 155, § 4º, IV);
 Convênios para fixar as regras necessárias para este regime monofásico
(art. 155, § 5º);
ICMS
Materialidades – ICMS Mercadoria
 Art. 155, II. ICMS – Mercadoria → operações relativas à circulação de
mercadoria, ainda que a operação inicie no exterior (ICMS –
Importação);
 Necessária presença dos três conceitos: Operação + circulação +
mercadorias
 Operação → Sentido mais amplo do que compra e venda – Campo de
incidência alargado: compra e venda, doação, permuta, consignação etc.
 Operação é qualquer ato jurídico capaz de provocar a circulação da
mercadoria até o consumidor final.
 Qualquer ato voluntário que impulsione mercadorias da fonte de
produção até o consumo, tenha ou não natureza de negócio jurídico
(Alcides) – Negócio jurídico é, para o direito privado, ato que
importa a vontade. Para o tributário, a vontade é irrelevante, mas
para fins de circulação ele deve ser voluntário. Furto e roubo
ICMS
Materialidades – ICMS Mercadoria
 Circulação → movimentação da mercadoria desde a produção até o
consumo. Circulação necessariamente jurídica (não meramente
física);
 Roque Carrazza: Circulação pressupõe transferência de titularidade de
uma pessoa a outra. Neste sentido, operação é transação comercial ou
negócio jurídico.
 Alcides Jorge Costa: O ICM foi concebido para onerar o preço final das
mercadoria – imposto que não cria incentivos à integração vertical das
empresas (neutralidade)
→ Nenhuma parcela de valor acrescido pode deixar de ser tributada
(incentivaria a verticalização)
→ Circulação não exige transferência de propriedade. Série de operações
que levam as mercadorias da fonte de produção até o consumo final com
agregação de valor em cada etapa deste percurso.
ICMS
Materialidades – ICMS Mercadoria
 Transferência entre estabelecimentos do mesmo contribuinte →
Súmula STJ. 166: “Não constitui fato gerador do ICMS o simples
deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do
mesmo contribuinte.”
 Roque Carrazza: não há circulação jurídica, com transferência da
propriedade. É preciso duas pessoas distintas, salvo se os
estabelecimentos estão em Estados distintos*.
 Alcides Jorge Costa: a circulação não exige transferência de propriedade,
basta que haja agregação de valor com destino ao consumo.
Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no
momento:
I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda
que para outro estabelecimento do mesmo titular
Art. 11. (...) § 3º. (...) II - é autônomo cada estabelecimento do mesmo
titular
ICMS
Materialidades – ICMS Mercadoria
 Mercadoria → Objeto da circulação econômica, bem destinado ao
comércio.
 Roque Carrazza: bem móvel e corpóreo que se submete à mercancia. O
que caracteriza um bem como mercadoria é sua destinação – Finalidade
de venda ou revenda.
→ o conceito de mercadoria é o que era mercadoria para o direito comercial
quando da publicação da Constituição. (Código Comercial de 1850)
→ bem móvel corpóreo objeto de contrato mercantil.
 Medida Cautelar na ADI 1945/MT– ICMS e conceito de mercadoria.
 Bens adquiridos por meio eletrônico, via download – software. Lei do MT.
 STF considerou a necessidade de modificação da posição quanto à
necessidade da presença de um corpus mechanicum para a configuração
de mercadoria.
ICMS
Materialidades – ICMS Mercadoria
 Operações Mistas → Operações que agregam mercadorias e serviços
 Regra Geral: Incide ISS se o serviço estiver na lista anexa à LC 116/2003.
(art. 155, § 2º, IX, b)
 Pode incidir ICMS junto com ISS quando a própria lista mencionar.
14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga,
conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de
máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou
de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam
sujeitas ao ICMS).
17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o
fornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS).

 Incide ICMS se o serviço não estiver na lista anexa à LC 116/2003.


ICMS
Materialidades – ICMS Mercadoria
 Venda de Ativo Fixo → O processo de circulação econômica foi
encerrado ao ativar o bem.
 Bens que não se enquadram no conceito de mercadoria.
 Não incide ICMS sobre bens fora do objeto de comércio do vendedor
(STJF. Súmula nº 541)
 Venda de Salvado de Sinistro → Revogação da súmula 152 STJ
 STF. Súmula Vinculante nº 32. “O ICMS não incide sobre alienação de
salvados de sinistro pelas seguradoras”. Entende que não são
mercadorias.
1. O art. 7º, § 1º, item 4, da Lei paulista 6.374, de 1.3.89, previu a
incidência de ICMS sobre as operações de vendas, por seguradoras,
de veículos envolvidos em sinistros. 2. Vendas que se integram à
própria operação de seguro, constituindo recuperação de receitas e
não atividade mercantil. 3. Recurso extraordinário conhecido e
provido. RE 588149/SP, rel. Min. Gilmar Mendes.
ICMS
Materialidades – ICMS Mercadoria
Min. Gilmar Mendes – (contribuinte):
 São vedadas a praticar operações estranhas a de seguradora
 Obrigadas a vender os salvados
 Operação não visa lucro, mas restabelecer o reequilíbrio financeiro
(recuperar parcela da indenização que haja superado o dano incorrido –
caso da perda total acima de 75%);
Min. Peluso – (contribuinte):
 Mercadorias: bens adquiridos para revenda; bens produzidos para venda.
 No caso, o veículo já havia chegado ao consumidor final, esgotando o
ciclo produtivo (e definitivamente com o sinistro); O ICMS já havia sido
recolhido.
 Não há aquisição para revenda, mas subrogação no âmbito da liquidação
do sinistro;
ICMS
Materialidades – ICMS Mercadoria
Min. Lewandowski (Fisco)
 Há habitualidade
 O equilíbrio com o pagamento da indenização ocorre com o
recolhimento dos prêmios

Min. Joaquim Barbosa (Fisco);


 A base econômica do contrato de seguro é o risco; a venda de “material
de rescaldo” não é essencial à natureza do contrato;
Sujeição Passiva Tributária
(aspectos gerais)
Contribuinte (art. 121, I)
“relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador”
 A Constituição apenas reparte competências indicando materialidades:

“Importar” “Arrematar em leilão”

Ex.:
“produtos industrializados”
(CF, art. 153)

“Fabricar”

 É necessário que a lei ordinária, dentro de certos limites (capacidade contributiva,


vg), complete o desenho da incidência.

 Contribuinte é o sujeito do verbo descrito na hipótese de incidência:


esta a relação “pessoal e direta”;
Sujeição Passiva Tributária
(aspectos gerais)

“Basta que o legislador fale em venda, compra,


rendimento, propriedade imóvel, para se deduzir
que os contribuintes dos impostos, que sobre
estas operações recaem, são o vendedor, o
comprador que aufira rendimentos, ou quem
detenha a propriedade econômica do prédio ou
terreno”

(Amilcar de Araújo Falcão)


Contribuinte no ICMS

“Art. 155. II
Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal
e de comunicação”

Em princípio, aquele que:


a) Compra ou vende mercadorias;
b) Presta ou toma serviços de transporte;
c) Presta ou toma serviços de comunicação;
Contribuinte no ICMS
(mercadorias)

Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com


habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de
circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual
e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior.

Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que,


mesmo sem habitualidade:
I - importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao
ativo permanente do estabelecimento; (...)
ICMS vs outros tributos
(operações com bens, mercado interno)

t. gratuito – ITCMD
 Bem imóvel
t. oneroso – ITBI

t. gratuito – ITCMD

 Bem móvel
venda civil – não há incidência

t. oneroso

venda mercantil – ICMS


Sujeição Passiva
(classificação tradicional – RGS)
Direta (contribuintes)

Solidariedade
Sujeição Passiva
Por transferência Sucessão

Responsabilidade
Indireta

Concomitante

Por substituição Para trás

Para frente
Código Tributário Nacional

Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode


atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito
tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do
cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
A Constituição Federal determina que

“Cabe à lei complementar dispor sobre substituição


tributária” (art. 155, §2º, XII, b)

A Lei complementar 87/96 prevê:

Art. 6º. § 1º - A responsabilidade poderá ser atribuída em


relação ao imposto incidente sobre uma ou mais
operações ou prestações, sejam antecedentes,
concomitantes ou subseqüentes, inclusive ao valor
decorrente da diferença entre alíquotas interna e
interestadual nas operações e prestações que destinem
bens e serviços a consumidor final localizado em outro
Estado, que seja contribuinte do imposto.
TIPOS DE ST
Substituição tributária concomitante
Fonte Pagadora (retenção e recolhimento)

Norma de Substituição
Norma Tributária
Ex.: ISS
crédito
1-Reter
2 - Recolher

Tomador do débito
Fisco
serviço
Incidência
crédito

débito
Contribuinte Fisco

Fato gerador
(ex. prestar serviços)
Antecedentes
LC 87/96

Art. 8º... § 1º - Na hipótese de responsabilidade


tributária em relação às operações ou prestações
antecedentes, o imposto devido pelas referidas
operações ou prestações será pago pelo responsável,
quando:
I - da entrada ou recebimento da mercadoria, do bem
ou do serviço;
II - da saída subseqüente por ele promovida, ainda
que isenta ou não tributada;
III - ocorrer qualquer saída ou evento que
impossibilite a ocorrência do fato determinante do
pagamento do imposto.
Não-Cumulatividade
(normal)

R$ 1.000 R$ 1.300 R$ 1.700

10% 10% 10%

Fabricante Atacadista Varejista

Crédito Débito Crédito Débito Crédito Débito


R$ 0,00 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 130,00 R$ 130,00 R$ 170,00
Recolher Recolher Recolher
R$ 100,00 R$ 30,00 R$ 40,00
Não-Cumulatividade
(diferimento)

R$ 1.000 R$ 1.300 R$ 1.700

10% 10% 10%

Abatedor Frigorífico Varejista

Crédito Débito Crédito Débito Crédito Débito


R$ 0,00 R$ 00,00 R$ 00,00 R$ 130,00 R$ 130,00 R$ 170,00
Recolher Recolher Recolher
R$ 00,00 R$ 130,00 R$ 40,00
Diferimento

* não é “benefício fiscal”; não necessita de Confaz (exceto


quando for ativo, por exemplo)
* não é opcional, mas impositivo;
* se houver perecimento ou furto da mercadoria do
estoque, deve haver pagamento referente ao fato gerador
anterior;
* se a interrupção for prevista para a saída do destinatário,
este pagará englobadamente com o imposto devido pela
operação tributada que realizar, em função da qual, na
qualidade de contribuinte, for devedor por responsabilidade
original, sem direito a crédito (art. 430, I RICMS);
* empresa do Simples que adquirir com diferimento paga
por guia especial o ICMS diferido;
Substituição Para Frente
Finalidades
 Facilitar o controle e arrecadação do ICMS

Varejista
Atacadista Varejista
Fabricante Atacadista Varejista
Atacadista Varejista
Varejista
Varejista
Varejista
A emenda 03/93 insere na C.F. a possibilidade
de substituição de operações subseqüentes
ARTIGO 150 da Constituição Federal

“ § 7º - A lei poderá atribuir a sujeito passivo


da obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
posteriormente, assegurando a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso
SUBSTITUTO SUBSTITUÍD CONSUMIDOR
O

Substituto retém o imposto


paga o e sobre operação
imposto sobre (ões)
sua operação subsequente (s)
Quem é SUBSTITUTO em SP :
(devem reter o ICMS quando venderem para
revendedores)

 Fabricante
 Importador (paga o ICMS da importação,
no desembaraço, se credita e, ao vender,
paga o ICMS da sua operação e retém o
ICMS das operações subseqüentes)
 Arrematante de mercadoria importada
apreendida ou abandonada
 Estabelecimento atacadista que receber em
transferência de sua filial que fabricou ou
importou
Substituto, seja RPA, seja SN, aplica a ST
quando vender para revendedor, seja do
RPA ou do SN

Substituto RPA retém nas notas fiscais, lança


em “Observações” do Registro de Saídas,
apura em folha subseqüente e faz GIA-ST

Substituto SN retém nas notas fiscais,


elabora relatório informativo e não faz
GIA-ST (Declaração STDA anual)
O Simples Nacional e a ST para
frente

 Simples substituto (fabricante ou importador):

 Quando vender para revendedor paulista ou de Estado signatário :

 Retém o ICMS em sua nota fiscal;

 Recolhe como substituto;

 Quanto ao ICMS próprio recolhe normalmente pelo DAS, pela “alíquota”


do Simples;
 No cálculo do ICMS retido pode abater a alíquota interna ou interestadual

 Quando retém para outro Estado usa IVA normal (a partir de junho/2011)
Substituídos
 Comerciantes que adquirem com ICMS retido

Substituídos do RPA (Regime Periódico de Apuração):


 Lançam sem crédito na entrada e sem débito na saída;
 Até STF, se vendiam por valor menor ou maior, não haverá
ressarcimento ou complemento (e agora?);
 Quando venderem para contribuinte de outro Estado, debitam
alíquota interestadual e tem direito ao crédito da operação
anterior (art. 271) e ao ressarcimento do ICMS retido (art.
269); se venderem para revendedor de Estado signatário,
também farão nova retenção para aquele Estado;
 Se adquirir de outro Estado, sem retenção: recolhe o ICMS
antecipado (art. 426-A)
Simples substituído (comerciante revendedor):
Quando adquirir mercadoria, sujeita à ST em SP,
 de fabricante ou importador, paulistas, ou de remetente de
Estado signatário: deve vir com ICMS retido (se vier sem
retenção, exige nota complementar)
 de remetente de outro Estado, sem retenção: calcula e recolhe
o ICMS antecipado (art. 426-A)
 de atacadista paulista substituído: deve ter indicação na nota
fiscal “ICMS recolhido por substituição – Art. ... do RICMS”
Simples substituído (comerciante revendedor) II
 Nas vendas internas ou para não contribuintes de outros
Estados, segregam o valor e não pagam o ICMS do
Simples no DAS;
 Quando revenderem para contribuinte de outro Estado:
pagam o ICMS do Simples pelo DAS e tem direito ao
ressarcimento do ICMS retido (art. 269), mas não ao
crédito da operação anterior; se venderem para revendedor
de Estado signatário, também farão nova retenção para
aquele Estado
O Simples e a Substituição Tributária

A LC 123/06 excetua do tratamento incentivado do SN as operações


sujeitas à substituição tributária:
Art. 13 . ... § 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a
incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na
qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será
observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:
XIII - ICMS devido:

nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição


tributária;
g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de
antecipação do recolhimento do imposto, nas aquisições em outros
Estados e Distrito Federal ...
Não haverá retenção na fonte, quando o
fabricante/importador vender para:

 consumidor final
 adquirente que utilizará como insumo de
produção
 outro fabricante do mesmo produto (ou mesma
modalidade)
 sua filial atacadista
Regras Gerais ST – Convênio ICMS 52/17

Cláusula nona O regime de substituição tributária não se aplica:


I - às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias submetidas ao regime de substituição
tributária a estabelecimento industrial fabricante do mesmo bem e mercadoria, assim entendido
aquele classificado no mesmo CEST;
II - às transferências interestaduais promovidas entre estabelecimentos do remetente, exceto quando o
destinatário for estabelecimento varejista;
III - às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias a estabelecimento industrial para
emprego em processo de industrialização como matéria-prima, produto intermediário ou material de
embalagem, desde que este estabelecimento não comercialize o mesmo bem ou mercadoria;
IV - às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias a estabelecimento localizado em
unidade federada que lhe atribua a condição de substituto tributário em relação ao ICMS devido na
operação interna;
V - às operações interestaduais com bens e mercadorias produzidas em escala industrial não relevante,
nos termos deste convênio.
§ 1º Ficam as unidades federadas de destino autorizadas a não aplicar o regime de que trata o caput
nas operações entre estabelecimentos de empresas interdependentes, exceto se o destinatário for
varejista, observado o disposto no § 6º da cláusula décima primeira.
§ 2º Em substituição ao inciso I do caput, não se aplica o regime de substituição tributária nas
operações interestaduais destinadas a estabelecimento industrial localizado no Estado de São Paulo
que seja fabricante de bem e mercadoria pertencentes ao mesmo segmento
(No Regulamento paulista vide artigo 264 + Protocolos específicos)
Exemplos de saídas SEM substituição
tributária
promovidas por uma Fábrica de
CIMENTO:
Venda para uma pessoa física ou uma
empresa não inscrita no Estado (consumidor
final)
 Venda para uma construtora (consumidor
final)
 Venda para uma fábrica de artefatos de
cimento (insumo de produção)
 Venda para uma outra fábrica de cimento
 Transferência para filial atacadista
(vide art. 264 RICMS/00 e Conv. ICMS
52/17)
Exemplos de vendas SEM retenção por ST:

Insumo para atividade sujeita ao ISS


Indústria de cosméticos para salão de beleza utilizar no
serviço;
Indústria de material de limpeza para empresa
limpadora;
Indústria de medicamentos para hospital utilizar no
serviço;
Indústria vende produtos de higiene para hotel aplicar
no serviço;
Insumo para atividade sujeita ao ICMS
Indústria de condimentos para restaurante aplicar nas
refeições;
Indústria de pilhas para fabricante de brinquedos;
Indústria de ração para canil que cria cães para venda;
Indústria de tintas vende para fábrica de móveis
Exemplos de vendas SEM retenção por ST:

Vendas para Consumidor Final


• Indústria de produtos alimentícios vende para Prefeituras;
• Indústria de autopeças vende para transportadora paulista;

Vendas de Indústria para Indústria (prod. mesma modalidade ST)


- Substituto para Substituto – produtos no mesmo artigo RICMS
• Indústria de produtos de higiene vende para ind. de prod.
Higiene (cosmético é outra modalidade);
• Indústria de cerveja vende para indústria de refrigerante;
• Indústria de material de construção (aquecedores) vende para
indústria de material de construção (banheiras)

Transferência do substituto para filial atacadista


• Fábrica autopeças mineira para sua filial atacadista paulista
• Importador autopeças paulista para sua filial atacadista
mineira
EXEMPLOS
Fábrica de copos descartáveis vende para:
Revendedor paulista: retém ICMS
Revendedor de Estado signatário de acordo: retém
ICMS
Revendedor de Estado não signatário: não retém ICMS
Lanchonete que vai utilizar no fornecimento de sucos e
refrigerantes: não retém ICMS, pois se trata de insumo
no fornecimento de alimentação
Hotel que vai utilizar em refeições inclusas na diária:
não retém o ICMS, pois se trata de insumo de atividade
sujeita ao ISS
Contribuinte ou não contribuinte que vai utilizar para
consumo: não retém ICMS
Exceção: Contribuinte de outro Estado, signatário de
acordo, que vai utilizar como material de consumo:
EXEMPLOS

 Fábrica de bebida alcoólica vende para:

 Revendedor paulista: retém ICMS

 Revendedor de Estado signatário de acordo: retém ICMS

 Revendedor de Estado não signatário: não retém ICMS

 Contribuinte ou não contribuinte que vai utilizar para consumo:


não retém ICMS (Exceção: quando for para contribuinte de outro
Estado, signatário de acordo, que vai utilizar como material de
consumo: retém o diferencial de alíquota)
 Outra fábrica de bebidas alcoólicas: não retém o ICMS (produto
da mesma modalidade – está no mesmo artigo)
 Fábrica de cerveja: retém o ICMS (não é produto da mesma
modalidade – não está no mesmo artigo)
 Se transferir para sua filial atacadista: não retém e esta retém
Enquadramento do produto na ST:
Se na lista da ST aparece NBM genérica, só haverá ST
para aquelas mercadorias expressamente indicadas,
descritas no RICMS.

Autopeças – ST aplica-se às peças de uso exclusivamente


automotivo (Protocolo 49/08); produto que “dentre as
finalidades para as quais foi concebido e fabricado,
encontra-se a de integração em veículo automotor”
(Decisão Normativa CAT-05, de 09-4-2009)

Material de construção – ST aplica-se às mercadorias que


se caracterizam como materiais de construção ou
congêneres, ou seja que são aplicadas em obras de
construção civil: “produto que, dentre as finalidades
para as quais foi concebido e fabricado, encontra-se a
de uso em obras de construção civil” (Decisão
Normativa CAT-6, de 09-4-2009)
Pontos importantes:

• Se o substituto mandou sem retenção: exigir nota


fiscal complementar com o valor do ICMS retido

• Mercadoria dada em bonificação ou consignação


pela indústria ao revendedor: aplica-se a ST

• Devolução de mercadoria recebida com ST:


indica, no corpo da nota fiscal, valor do ICMS
retido e sua base de cálculo e valor do ICMS
próprio do fabricante, para o substituto recuperar
tais valores
Cálculo da ST

• O IVA-ST deve ser somado ao preço do
fabricante/importador, mais IPI

• O frete também entra no cálculo da ST : se a venda for CIF já


estará no preço do substituto; mas se a venda for FOB e o
destinatário pagar uma transportadora, o substituto deve
colocar esse valor no cálculo (se não incluir, por desconhecer
o valor, faz indicação em “Dados Adicionais”

• Onde achar o IVA-ST : a Portaria CAT-16/2009 , em suas


Notas Remissivas, indica quais as Portarias específicas com o
IVA-ST de cada produto
Exemplo de Cálculo (I)
Lapiseira – Art. 313-Z13 – Artigos de Papelaria
Preço de fábrica (Venda CIF) ..................... 10.000,00
+ IPI (20%) ................................................ 2.000,00
= 12.000,00
+ Margem de lucro IVA-ST(50%) .............. 6.000,00
= Preço Varejo (Base Cálculo da S.T.) ...... 18.000,00

x Alíquota interna (18% sobre 18.000)........ 3.240,00

- ICMS próprio (18% x 10.000).................. (-) 1.800,00

= ICMS RETIDO S.T. ............................. 1.440,00


Exemplo de Cálculo (II)
Lapiseira – Art. 313-Z13 – Venda FOB
(frete de R$ 500,00 pago pelo destinatário)

Preço de fábrica (FOB) ............................... 10.000,00


+ IPI .......................................................... 2.000,00
+ Frete FOB ............................................... 500,00
= 12.500,00
+ Margem de lucro IVA-ST(50%) .............. 6.250,00
= Preço Varejo (Base Cálculo da S.T.) ...... 18.750,00

x Alíquota interna (18% sobre 18.750)........ 3.375,00

- ICMS próprio (18% x 10.000).................. (-) 1.800,00

= ICMS RETIDO S.T. ............................. 1.575,00


Atenção:
O valor do frete, mesmo na venda FOB, deve ser incluído, pelo substituto, no
cálculo do ICMS retido por ST, pois é componente do preço-varejo da mercadoria.

Entretanto, se o substituto desconhece tal valor e não inclui no cálculo da ST,


deverá declarar isso na nota fiscal em “Dados Adicionais”: “Frete não incluído na
base de cálculo da ST” (artigo 42 do RICMS/00)

Nesse caso, o destinatário substituído deverá pagar o ICMS referente a essa


parcela do preço-varejo que não foi incluída na retenção. No nosso exemplo, o
valor de frete era de R$ 500,00; se o substituto não incluir tal valor na base de
cálculo da ST, o destinatário aplica o IVA-ST (50%) e calcula o ICMS de 18%,
lançando em seu livro Registro de Apuração, em “Outros Débitos” (art. 280 do
RICMS/00)
R$ 500,00
x 1.50
= R$ 750,00
x 18%
= R$ 135,00

(RPA debita no livro RAICMS; se for Simples, recolher por GARE)


Redução de Base de Cálculo
• Muitos produtos tem redução de base de cálculo no Estado de São
Paulo, de forma que a carga tributária é reduzida (para 7% ou para
12%
• Atenção:
• Se o Anexo II do RICMS concede redução para “as operações
internas”, no cálculo da ST aplica-se a carga reduzida também para
o ICMS ST (exemplo art. 3º do Anexo II – cesta básica)

• Mas, se a redução é somente para “as saídas internas realizadas


por estabelecimento fabricante ou atacadista”, não atingindo o
varejista, a tributação reduzida somente se aplica ao substituto, mas
não ao substituído final (varejista), Portanto, o ICMS próprio do
fabricante é reduzido, mas o ICMS ST terá alíquota normal
(exemplo: Anexo II do RICMS – art. 34: perfumes, cosméticos e
produtos de higiene pessoal )
Exemplo de Cálculo ( III )
Quando houver redução de base de cálculo nas operações
internas – Exemplo Óleo de Soja (Cesta Básica) art. 3º Anexo II

Preço de fábrica (CIF) ................................ 10.000,00


+ IPI .......................................................... 0,00
= 10.000,00
+ Margem de lucro IVA-ST(17%) .............. 1.700,00
= Preço Varejo (Base Cálculo da S.T.) ...... 11.700,00

x Alíquota interna (7% sobre 11.700)........ 819,00

- ICMS próprio (7% x 10.000).................. (-) 700,00

= ICMS RETIDO S.T. ............................. 119,00


Exemplo de Cálculo ( IV )
Quando houver redução somente para o fabricante e não para o
varejista – Molho de Tomate – Art. 39 Anexo II

Preço de fábrica (CIF) ................................ 10.000,00


+ IPI .......................................................... 0,00
= 10.000,00
+ Margem de lucro IVA-ST(50%) .............. 5.000,00
= Preço Varejo (Base Cálculo da S.T.) ...... 15.000,00

x Alíquota interna (18% sobre 15.000)........ 2.700,00

- ICMS próprio (12% x 10.000).................. (-) 1.200,00

= ICMS RETIDO S.T. ............................. 1.500,00


Mas, atenção, se o substituto for do Simples Nacional
Exemplo de Cálculo (V)
Produto: Água Sanitária – Prod. de Limpeza – art. 313-
K
Preço de fábrica .......................................... 10.000,00
+ Margem de lucro IVA-ST (70%) ............ 7.000,00
= Preço Varejo (Base Cálculo da S.T.) ..... 17.000,00
x Alíquota interna (18% sobre 17.000)........ 3.060,00
- 18% s/ sua operação própria (18% x R$ 10.000,00). 1.800,00
= ICMS RETIDO S.T. .............................. 1.260,00
* Simples Nacional pode deduzir o valor da alíquota interna ou
interestadual sobre a sua operação no cálculo do ICMS retido;
* Se estiver retendo a favor de outro Estado, abaterá 4%, 7% ou 12%;
* Fabricante do Simples não coloca IPI, em separado, no cálculo da ST,
pois paga IPI sobre o faturamento;
* O seu imposto próprio pagará pelo DAS sobre o seu faturamento pela
“alíquota” do Simples
Mas, atenção, se o substituto for do Simples Nacional
Exemplo de Cálculo (VI)
Produto: Salgadinhos diversos – NCM capítulo 19
Preço de fábrica .......................................... 10.000,00
+ Margem de lucro IVA-ST (47%) ............ 4.700,00
= Preço Varejo (Base Cálculo da S.T.) ..... 14.700,00
x Alíquota interna (18% sobre 14.700)........ 2.646,00
- 12% s/ sua operação própria (12% x R$ 10.000,00). 1.200,00
= ICMS RETIDO S.T. .............................. 1.446,00
* Simples Nacional pode deduzir o valor da alíquota interna ou
interestadual sobre a sua operação no cálculo do ICMS retido ; no
caso, os “salgadinhos” tem carga tributária de 12% para o
fabricante RPA – art. 39 do Anexo II – por isso o Simples abate 12%
* O seu imposto próprio pagará pelo DAS sobre o seu faturamento
pela “alíquota” do Simples
Exemplo de Cálculo (VII)
Retenção a favor de outro Estado
Fabricante paulista (RPA ou Simples) vende autopeças para Minas Gerais (no Anexo
VI do RICMS a lista dos protocolos)

Preço de fábrica ......................................... 10.000,00


+ Margem de lucro IVA-ST(50,23%) ....... 5.023,00
= Preço Varejo (Base Cálculo da S.T.) ..... 15.023,00
x Alíquota interna em Minas Gerais
(18% sobre 18.000) .................................... 2.704,14
- ICMS próprio (12% x 10.000).................. (-) 1.200,00
= ICMS RETIDO S.T. ............................. 1.504,14
• No cálculo do ICMS retido, o Simples também pode abater 12%;
• No exemplo, o IPI é alíquota “zero”; se houver IPI, o RPA deve incluir no
cálculo da ST;
• Se o fabricante tiver inscrição no outro Estado, como substituto, recolhe
mensalmente. Se não tiver: GNRE
• Atenção: desde 2011 (Conv. ICMS 35/2011), o o substituto do Simples pode
utilizar IVA normal do Estado de destino e não IVA ajustado (Conv. 52/17)
Exemplo de Cálculo (VIII)
Retenção a favor de outro Estado
Comerciante substituído revende autopeças para Minas Gerais

Preço de venda ......................................... 10.000,00


+ Margem de lucro IVA-ST(50,23%) ....... 5.023,00
= Preço Varejo (Base Cálculo da S.T.) ..... 15.023,00
x Alíquota interna em Minas Gerais
(18% sobre 18.000) .................................... 2.704,14
- ICMS próprio (12% x 10.000).................. (-) 1.200,00
= ICMS RETIDO S.T. ............................. 1.504,14
•Efetua nova retenção a favor de Minas e tem direito ao ressarcimento do
ICMS anteriormente retido para São Paulo (art. 269, IV);
• RPA debita 12% e busca o crédito da operação anterior (art. 271); Simples
paga pelo DAS pela “alíquota” do Simples, sem direito a crédito;
•No cálculo do ICMS retido, o Simples pode abater 12%;
• Atenção: desde 2011 (Conv. ICMS 35/2011), o o substituto do Simples pode
utilizar IVA normal do Estado de destino e não IVA ajustado (Conv. 52/17)
Exemplo de Cálculo (IX)
Retenção do Diferencial de Alíquota
Quando qualquer contribuinte paulista vender mercadoria para consumidor
final contribuinte, de outro Estado, signatário de acordo deve reter o
diferencial de alíquota
Exemplo: contribuinte paulista vende material elétrico para
consumo de indústria mineradora de Minas Gerais

Preço .......................................................... 10.000,00

x Alíquota interna em Minas Gerais (18%).. 1.800,00

- ICMS próprio (12% x 10.000).................. (-) 1.200,00

= ICMS RETIDO S.T. (Diferencial) ....... 600,00


Se indústria adquire mercadoria, que utilizará como
insumo, de um comerciante substituído, que não pode
destacar ICMS em sua nota fiscal, não perderá o direito ao
crédito:

Artigo 272 RICMS/SP – O contribuinte que receber, com


imposto retido, mercadoria não destinada a comercialização
subseqüente, aproveitará o crédito fiscal, quando admitido,
calculando-o mediante aplicação da alíquota interna sobre a
base de cálculo que seria atribuída à operação própria do
remetente, caso estivesse submetida ao regime comum de
tributação.

Informações para tanto devem ser indicadas nos Dados


DIREITO AO RESSARCIMENTO

1) Antes decisão do STF:


 quando o substituído vender a consumidor por
valor menor do que a base de retenção (só em
caso de preço fixado pelo governo ...)
 quando o substituído não efetuar a venda
 quando o substituído vender com isenção ou
não-incidência
 quando o substituído vender para contribuinte
de outro Estado
DIREITO AO RESSARCIMENTO

2) Após decisão do STF:


 além das anteriores, sempre que o substituído
varejista vender a consumidor final por valor
menor do que a base de retenção.
 Disciplina na Portaria CAT 42/2018

E o complemento?

 RC 23078/2021
Exemplo: ressarcimento por
venda para outro Estado
Se revender a mercadoria
para contribuinte de outro
Comerciante paulista adquiriu pias e
Estado:
lavatórios com ICMS retido conforme
abaixo (IPI alíquota zero; retirou com seu
veículo)
 RPA debita 4%, 7% ou
12%
Preço de fábrica ...................... 10.000,00
 Simples paga pelo DAS
 RPA tem direito ao
+ Margem IVA-ST (40%) ....... crédito de R$ 1.800,00
4.000,00 (art. 271)
= Preço Varejo ........................ 14.000,00  ambos tem direito ao
x Alíquota interna (18%) ........ ressarcimento de
2.520,00 R$ 720,00
- ICMS próprio (18% x 10.000) .... (-) (art. 269, IV)
1.800,00
Portanto
• Quando o substituído revender a mercadoria para
contribuinte de outro Estado, deve debitar a alíquota
interestadual correspondente (4%, 7% ou 12%) e lançar no seu
livro Registro de Saídas (RPA). Simples paga pelo DAS.

• Deve ser anulada a ST a favor de São Paulo, prevalecendo a


operação normal (crédito pela entrada e débito pela saída, para
o RPA; e pagamento pelo DAS, sem crédito, para o Simples).

• Tanto o RPA como Simples tem direito ao ressarcimento do


ICMS anteriormente retido.

• Só o RPA tem direito ao crédito da operação anterior.


Direito ao crédito, quando o substituído revender para
contribuinte de outro Estado

Artigo 271 (RICMS/SP) – O ressarcimento do valor do imposto


retido (....) não impedirá o aproveitamento do crédito pela
contribuinte substituído, quando admitido, do imposto incidente
sobre a operação de saída promovida pelo sujeito passivo por
substituição, mediante lançamento no livro Registro de Apuração
do ICMS, no quadro “Crédito do Imposto – Outros Créditos”, com
a expressão “Crédito Relativo à Operação Própria do Substituto”.

§ 1º - Na hipótese de a mercadoria ter sido recebida de outro


contribuinte substituído, o valor do imposto incidente até a
operação anterior será calculado mediante aplicação da alíquota
interna sobre a base de cálculo que seria atribuída à operação
própria do remetente, caso estivesse submetida ao regime comum
de tributação.
Modalidades de ressarcimento do ICMS retido (art.
270 RICMS) :

I - lançamento no livro RAICMS;

II - nota fiscal de ressarcimento para o substituto,


previamente visada pela repartição fiscal; (obs.: prevista
no Convênio ICMS 52/17 – cláusula décima sexta)

III - pedido de ressarcimento, em dinheiro, à Secretaria da


Fazenda
Possibilidade de substituído passar a substituto –
Regime Especial – Decreto 57608/11

Artigo 1º - O contribuinte varejista cujas operações resultem em


acumulação de valores a serem ressarcidos, decorrente da
realização de saídas interestaduais de mercadorias recebidas com
imposto retido antecipadamente por substituição tributária, bem
como de outras situações previstas no artigo 269 do Regulamento
do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de
2000, poderá requerer regime especial para que seu
estabelecimento, localizado neste Estado, que atue como centro
de distribuição, passe a ser o responsável pela retenção e
pagamento do imposto incidente sobre as saídas subsequentes.
Passar de Substituído a Substituto

* Medicamentos – Distribuidor Hospitalar


(Portaria CAT 116/17)

* Atacadista que compra com ST (IVA cheio)


e revende para consumidores finais –
solicita regime especial
ou
* Empresas interdependentes ou distribuidor
cativo (ICMS retido sobre base inferior) – o
Fisco pode colocar como substituto, de
ofício (Portaria CAT-53/13)
ATENÇÃO:

Para os produtos que ingressaram na S.T., em


São Paulo, a partir de fev/2008, e que não tem
convênio ou protocolo interestadual, quando
adquiridos de outro Estado, deverá ser feito,
pelo adquirente, pagamento antecipado por
guia especial de recolhimentos (art. 426-A
RICMS/00, inserido pelo Dec. 52515/07, com
nova redação pelo Dec. 52742/08)
“Artigo 426-A – Na entrada no território deste
Estado de mercadoria indicada no § 1°,
procedente de outra unidade da Federação , o
contribuinte paulista que conste como
destinatário no documento fiscal relativo à
operação deverá efetuar antecipadamente o
recolhimento :
I – do imposto devido pela própria operação de
saída da mercadoria;
II – em sendo o caso, do imposto devido pelas
operações subseqüentes, na condição de sujeito
passivo por substituição.”
O imposto “será recolhido na entrada da mercadoria
no território deste Estado, por meio de guia de
recolhimentos especiais”
(§ 4° do art. 426-A)

O remetente do outro Estado poderá ser autorizado a


recolher até dia 15 do mês subseqüente se conseguir
regime especial
(§ 8° do art. 426-A)

Admitir-se-á também o seu recolhimento em momento


anterior ao da entrada em território paulista, ainda que
por meio de GNRE, com o código de receita 10008-0,
CNPJ e dados cadastrais do adquirente paulista (no
campo “Informações Complementares”, colocar o n° da
nota e CNPJ do remetente. (Portaria CAT-16/08)
PORTANTO:
para produtos que ingressaram na ST, a
partir de fevereiro/08:

tanto as empresas do RPA, como as do SN,


pagam por guia de recolhimentos especiais o
ICMS antecipado, na entrada no Estado
(código 063-2)

(art. 426-A e Port. CAT-16/08)


IVA AJUSTADO
Para evitar favorecimento às aquisições de
fora do Estado, que teriam preço de partida
com ICMS embutido menor, nas compras
interestaduais, para pagar o ICMS
antecipado, deve ser utilizado o “IVA-ST
ajustado”:
(1 + IVA-ST original) x
x
[(1 - Aliq. interest.) / (1 - aliq. interna)]-1
IVA AJUSTADO

Atenção: não se usa o IVA ajustado:

• quando, se a operação ocorresse dentro de São


Paulo, o substituto fornecedor teria carga tributária de
12% ou menor que 12% (ex. cesta básica, perfumes e
cosméticos, vinho, produtos alimentícios do art. 39,
brinquedos, eletrodomésticos, instrumentos musicais)

• e quando o remetente do outro Estado é do Simples


Nacional (Convênio ICMS 35/2011, a partir de
junho/2011 – hoje, Convênio 52/2017)
Exemplo: aquisição interestadual de prod.
higiene sujeito a 18% dentro de São Paulo:
IVA ajustado
[( 1 + 38,90) x (1 - 0,12) / (1 - 0,18)] - 1

[ 1,3890 x 0,88 / 0,82 ] - 1


[1,3890 x 1,0731707317] - 1
1,4906 - 1

IVA ajustado: 49,06


EXEMPLO:
Aquisição, por RPA ou SN, de produtos de
higiene pessoal de outro Estado
Valor da Nota Fiscal + frete R$ 10.000,00
IVA ajustado 49,06 ............... R$ 4.906,00
Preço-Varejo R$ 14.906,00
Alíquota interna (18%) ......... R$ 2.683,08
( - ) ICMS do remetente (12%) R$ 1.200,00
ICMS antecipado (GARE) ... R$ 1.483,08
(Obs.: a equalização da carga tributária do SN já está
embutida neste cálculo, NÃO devendo ser paga
novamente, à parte.)
ATENÇÃO:
No mesmo exemplo, se o remetente do outro
Estado for do Simples Nacional:

Valor da Nota Fiscal + frete R$ 10.000,00


IVA 38,90% (normal)............ R$
3.890,00 Preço-Varejo
R$ 13.890,00 Alíquota interna (18%) ...........
R$ 2.500,20
( - ) O adquirente SN deduz aqui 12% s/ oper. remetente
( - ) O adquirente RPA deduz o ICMS pago pelo SN
= ICMS antecipado (GARE) .....................
ICMS-ST
Restituição x complemento
 Paralelismo?
 ROT
 Definição da MVA
ICMS
Não cumulatividade
Art. 155, § 2º.
I - será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal
 Não cumulatividade na Constituição – EC 18/1965
 Eliminação da guerra fiscal com a previsão de um imposto estadual
sobre o valor acrescido, com repartição nas operações interestaduais.
 Eliminação da tributação em cascata. Antes da reforma o imposto
estadual era o IVC – cumulativo
 Técnica não-cumulativa: após a primeira incidência, as vendas
subsequentes da mercadoria serão tributadas somente sobre o valor
acrescentado.
ICMS
Não cumulatividade
 Desvantagens da cumulatividade na tributação sobre o consumo:
 Incidência em cada uma das etapas de circulação incorporando-se ao
preço da etapa seguinte – ausência de neutralidade;
 Verticalização das empresas;
 Dificuldade de aplicação da seletividade em razão da essencialidade
 Impossibilidade de desoneração das exportações;
 Produto importado com menor incidência tributária do que o produto
nacional.
 Vantagens da cumulatividade na tributação sobre o consumo:
 Simplicidade – fácil aplicação e compreensão
 Alíquota mais baixa para o mesmo volume de arrecadação
ICMS
Não cumulatividade
 Vantagens da não cumulatividade na tributação sobre o consumo:
 Neutralidade na formação dos preços
 Distribui ao longo da circulação a carga tributária entre os agentes e cria
interdependência entre eles
 As incidências ao longo da cadeia são antecipações do imposto
sobre o consumo.
 Permite cálculo exato da carga tributária em qualquer fase da circulação
 Possibilita uma desoneração completa nas exportações.
 Desvantagens da não cumulatividade na tributação sobre o
consumo:
 Controle dependente da escrituração das operações pelos contribuintes
 O sistema não se compadece com isenções e reduções de alíquotas
 Complexo
ICMS
Não cumulatividade
 Espécies de tributação sobre o valor acrescido (IVA)
 Valor acrescido → diferença entre o valor dos bens e serviços produzidos
e o valor dos bens e serviços adquiridos para o emprego no processo de
produção
 Crédito físico vs crédito financeiro
 Tratamento dispensado aos bens do ativo fixo:
 Dedução total do valor desses bens → Efeito econômico – IVA tipo
consumo ;
 Deduções parciais equivalentes à depreciação dos bens → Efeito
econômico – IVA tipo renda; e,
 Não autorizar qualquer dedução bens → Efeito econômico – IVA
tipo produto bruto.
ICMS
Não cumulatividade
 Bens do ativo – tentativa de adoção do IVA tipo renda
LC 87/96. Art. 20 (...) § 5.º Para efeito do disposto no caput deste
artigo, relativamente aos créditos decorrentes de entrada de
mercadorias no estabelecimento destinadas ao ativo permanente,
deverá ser observado
I - a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos por
mês, devendo a primeira fração ser apropriada no mês em que
ocorrer a entrada no estabelecimento
ICMS
Não cumulatividade
 As empresas ao adquirirem bens para seu Ativo Imobilizado destinados à
utilização na comercialização e/ou industrialização de mercadorias que,
serão objetos de saídas tributadas, farão jus ao crédito do ICMS
incidentes na aquisição dos mesmo
 Presume-se depreciação em 4 anos;
 Quociente: 1/48 avos por mês;
 Início: 1ª fração no mês da entrada da mercadoria;
 Término: no 48º mês cancela-se o saldo remanescente;
 Saídas isentas ou não tributadas - Estorno proporcional;
 Alienação antecipada: cancelamento do saldo
ICMS
Não cumulatividade - Métodos
 Necessidade de estabelecer um método para o cálculo do valor
acrescido:
 1 - Pura ou sobre a base real
 Depende e necessita de métodos estatísticos e de avaliação de estoques
no período considerado.
 difícil aplicação – utilização de métodos de avaliação dos estoques
 (1) valor de tudo que foi produzido em determinado período
(incluindo-se produtos vendidos e em estoque);
 (2) montante dos gastos na aquisição de matérias-primas, materiais
secundários e equipamentos utilizados na produção desses bens.
 (1) - (2) = VALOR AGREGADO
ICMS
Não cumulatividade - Métodos
 2 - Financeiro
 Por razões de ordem prática, consagrou-se o uso desta modalidade de
cálculo.
 valor agregado é resultante da dedução do total das vendas efetivamente
realizadas, em um determinado período de tempo, do montante das
aquisições de matérias-primas e materiais secundários, efetuadas no
mesmo período
 Adição → soma de todos os componentes do valor acrescido num
dado período (salários, juros, lucro líquido etc.)
 Base sobre base – diferença entre os
montantes das vendas e aquisições no
período
 Subtração
 Imposto sobre imposto – dedução do
imposto devido com o montante que incidiu
nas aquisições
ICMS
Não cumulatividade (basis on basis)
Tabela 01
Consumidor
Matéria-Prima Industrial Atacado Varejo

Valor R$ 100,00 R$ 200,00 R$ 300,00 R$ 400,00


Total da carga
Alíquota 18% 18% 18% 18% tributária
Base de Calc. 100 100 100 100 R$ 72,00
Imposto R$18,00 R$ 18,00 R$ 18 R$ 18,00
devido
ICMS
Não cumulatividade (tax on tax)
Tabela 01
Consumidor
Matéria-Prima Industrial Atacado Varejo

Valor R$ 100,00 R$ 200,00 R$ 300,00 R$ 400,00


Total da carga
Alíquota 18% 18% 18% 18% tributária
C | D 0 18 18 36 36 54 54 72 R$ 72,00
Imposto R$18,00 R$ 18,00 R$ 18 R$ 18,00
devido
ICMS
Não cumulatividade (tax on tax)

Tabela 02

Matéria-Prima Industrial Atacado Varejo Consumidor

Valor R$ 100,00 R$ 200,00 R$ 300,00 R$ 400,00


Total da carga
Alíquota 18% Isento 18% 10% tributária
C | D 0 18 18 0 0 54 54 72 R$ 72,00
“neutralidade”
Imposto R$ 18,00 R$ 0,00 R$ 54,00 R$ 18,00
devido

Como na fase “industrial” há uma isenção, a operação não gera


crédito para o “atacado”. Quando der saída para o varejo, não
haverá crédito a compensar, este fenômeno denomina-se “efeito
recuperação”. (art. 155, § 2º, II, “a”)
ICMS
Não cumulatividade (tax on tax)

Tabela 03

Matéria-Prima Industrial Atacado Varejo Consumidor

Valor R$ 100,00 R$ 200,00 R$ 300,00 R$ 400,00


Total da carga
Alíquota 18% Isento 18% 18% tributária
C | D 0 18 18 0 0 54 54 72 R$ 90,00
“cumulatividade”
Imposto R$ 18,00 R$ 0,00 R$ 54,00 R$ 18,00
devido

Além da não geração de crédito para o “atacado”, o industrial deve


estornar seu crédito de 18. Caso isso seja levado a efeito, tal
fenômeno denomina-se “regra da reversão” (art. 155, § 2º, II, “b”).
Tal fenômeno gera cumulatividade na cadeia.
Princípio da Não Cumulatividade
Exceções Constitucionais
 Efeito recuperação
II - a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da
legislação:
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas
operações ou prestações seguintes;

 Regra da Reversão
II - a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da
legislação:
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

 Constituição de 1967/69 – Emenda Passos Porto (23/1983)


Art. 23 – (...) II – (...) A isenção ou não-incidência, salvo determinação em
contrário da legislação, não implicará crédito de imposto para abatimento
daquele incidente nas operações seguintes.
Princípio da Não Cumulatividade
Isenção parcial
 Paulo de Barros Carvalho A glosa de crédito ofende o princípio da
não cumulatividade, preceito constitucional
 Roque Antônio Carrazza que não comporta restrição de espécie
 José Eduardo Soares de Melo alguma, salvo aquelas que o próprio
contribuinte relacionou.

 Júlio Maria de Oliveira – é inconstitucional lei complementar que


prevê outras hipóteses de exceção à não cumulatividade que não
aquelas constitucionalmente previstas, quais sejam, isenção e não
incidência.
 LC 24 tem inspiração do art. 23, II, parte final, Constituição de
1967/69
Princípio da Não Cumulatividade
Isenção parcial
Art. 23. (...)
§ 6º As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos fixados em
convênios, celebrados e ratificados pelos Estados, segundo o disposto em lei
complementar.
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados
e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei.
Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica:
I - à redução da base de cálculo;
II - à devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do
tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros;
III - à concessão de créditos presumidos;
IV - à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais,
concedidos com base no Imposto de Circulação de Mercadorias, dos quais
resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus;
Princípio da Não Cumulatividade
Isenção parcial
 Natureza da Isenção – capacidade contributiva ou intervenção sobre a
economia. Luís Eduardo Schoueri
 Souto Maior Borges – incentivo financeiro produz o mesmo efeito que
a isenção. A expressão “isenção” contempla outras figuras produtoras
de efeitos análogos, devendo-se afastar uma formulação literal no
preceito constitucional para curvar-se ao seu espírito.
 Alcides Jorge Costa – A Constituição não pode ser interpretada de
modo a que se frustrem os propósitos evidentes de qualquer de suas
normas
 Recentemente o STF se manifestou no mesmo sentido, conforme se
vê do julgamento do RE 635.688/RS, julgado sob o rito da repercussão
geral.
Princípio da Não Cumulatividade
Isenção parcial
 Voto Gilmar Mendes:
“De fato, embora se valham de estrutura jurídica diversa, tanto a isenção total
– que elimina o dever de pagamento do tributo, porque lhe ceifa a incidência –
quanto a redução da base de cálculo ou de alíquota (isenções parciais) – que
apenas restringe o critério quantitativo do consequente da regra matriz de
incidência – têm semelhante efeito prático: exoneram, no todo ou em parte, o
contribuinte do pagamento do tributo.” (RE 635.688, rel. Min. Gilmar Mendes,
DJe 13/02/2015)
 Reconhece que formalmente são diversos, no entanto, possuem os mesmos
efeitos.
 Conclusão – a interpretação não pode ser restritiva, pois se trata de
explicitação da própria lógica da não cumulatividade adotada. Compreende
todos os casos de incentivo fiscal que possuem a mesma finalidade que a
isenção
ICMS não cumulatividade
Venda com prejuízo
 STJ: ED no REsp 374.449
“PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
CONTRADIÇÃO.EXISTÊNCIA. ICMS. CREDITAMENTO FISCAL. VENDA DE
MERCADORIA ABAIXO DO PREÇO DE CUSTO.(…)
2. A revenda de mercadoria por preço inferior ao de aquisição não
afasta o direito do contribuinte ao crédito de ICMS para a
compensação com o montante devido nas operações seguintes.
3. Embargos de declaração acolhidos com efeitos modificativos para
dar provimento ao recurso especial.
(EDcl no REsp 374449/MG, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,
SEGUNDA TURMA, julgado em 23/10/2007, DJ 22/11/2007, p. 224)
ICMS não cumulatividade
Venda com prejuízo
 Argumento do art. 24, III, da LC 87/96;
 Transporte do saldo credor para o período seguinte
 ICMS não é tributo sobre valor agregado, não pressupõe lucro
 Se assim fosse, não precisaria recolher, por falta de BC
 Não há redução da base de cálculo = valor total da operação
 Não confundir com redução de BC
 Redução da base de cálculo é incentivo fiscal previsto em lei
 STF. RE nº 174.478-SP = Redução de BC é isenção parcial
ICMS não cumulatividade
Venda com prejuízo
 Caso Claro S.A – RE nº 437.006/RJ
 Necessidade de estorno do crédito em caso de venda com preço
inferior ao custo de aquisição
 STF concluiu que não há violação à não cumulatividade
 STF equiparou venda com valor abaixo ao custo de aquisição com
redução de base de cálculo (incentivo fiscal)
 Tércio Sampaio afirma que o art. 155, § 2º, II é aplicado toda vez que
houver distorção na não cumulatividade numa dada cadeia produtiva
ICMS não cumulatividade
Operações Interestaduais
 Aplicação do princípio da origem e do destino
 Adoção do princípio do destino nas operações internacionais que
incidem impostos sobre o consumo (GATT – OMC)
 Nas operações interestaduais no curso da cadeia produtiva, há uma
alíquota interestadual para dividir a tributação entre origem e destino
 Internamente, até EC nº 87/2015, havia um misto de origem e destino
nas operações interestaduais destinadas a consumidor final
 Tributação na origem caso consumidor final não fosse contribuinte do
imposto.
 Tributação divida na origem e no destino caso o consumidor finas fosse
contribuinte do imposto
ICMS não cumulatividade
Operações Interestaduais
 EC nº 87/2015 deu nova redação ao art. 155, § 2º, VII e VIII
 Deriva da Guerra Fiscal para cobrar o imposto – Protocolo nº 21/2011
 Efeitos a partir de 2016
Art. 155, § 2º. VII - nas operações e prestações que destinem bens e
serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto,
localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e
caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado
destinatário e a alíquota interestadual;
VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual
de que trata o inciso VII será atribuída:
a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;
b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do
imposto;
ICMS não cumulatividade
Operações Interestaduais
 Problemas que a tributação na origem geram para a importação e
exportação
 Exportação → art. 155, § 2º, X, a. A exportação não é tributada
(imunidade) assegurando-se a manutenção e o aproveitamento do
montante cobrado nas operações anteriores.
 Se houver uma operação interestadual, o Estado de origem arrecada uma
parcela do tributo e o Estado de destino (onde haverá a exportação) deve
reconhecer o crédito do exportador sem nada ter arrecadado
 Importação → art. 155, § 2º, IX. Possibilidade de substituir uma
operação interestadual por uma de importação.
 Na importação os Estados arrecadam a alíquota interna. Na operação
interestadual arrecadam a diferença entre a alíquota interna e
interestadual.
 Guerra dos portos. Resolução nº 13/2012
ICMS não cumulatividade
Operações Interestaduais

Estado de Estado de Destino (B) O Estado de destino da


Origem (A) operação interestadual, caso
Crédito Exportação na operação seguinte o
contribuinte realize uma
exportação, deve assegurar ao
Operação 100,00 200,00 contribuinte o crédito do
Alíquota 12% Imunidade montante recolhido nas
Tributo 12,00 0,00 etapas anteriores como
medida de desoneração das
Crédito 0,00 12,00
exportações.
Estorno 0,00 -12,00
Resultado 12,00 -12,00
ICMS
Não cumulatividade
 Bens de Uso e Consumo (crédito financeiro)
Art. 33. Na aplicação do art. 20 observar-se-á o seguinte:
I - somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso
ou consumo do estabelecimento nele entradas a partir de 1.º de
janeiro de 2020
 Energia Elétrica
II - somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica no
estabelecimento:
a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;
b) quando consumida no processo de industrialização;
c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação
para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações
totais;
ICMS
Não cumulatividade
 Ativo Fixo
Art. 20 § 5o Para efeito do disposto no caput deste artigo, relativamente aos créditos
decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas ao ativo
permanente, deverá ser observado:
I – a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos por mês, devendo a
primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento;
II – em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento de
que trata o inciso I, em relação à proporção das operações de saídas ou prestações
isentas ou não tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações
efetuadas no mesmo período;
III – para aplicação do disposto nos incisos I e II deste parágrafo, o montante do
crédito a ser apropriado será obtido multiplicando-se o valor total do respectivo
crédito pelo fator igual a 1/48 (um quarenta e oito avos) da relação entre o valor das
operações de saídas e prestações tributadas e o total das operações de saídas e
prestações do período, equiparando-se às tributadas, para fins deste inciso, as saídas e
prestações com destino ao exterior ou as saídas de papel destinado à impressão de
livros, jornais e periódicos;
ICMS
Não cumulatividade
 Ativo Fixo
IV – o quociente de um quarenta e oito avos será proporcionalmente
aumentado ou diminuído, pro rata die, caso o período de apuração seja
superior ou inferior a um mês;
V – na hipótese de alienação dos bens do ativo permanente, antes de
decorrido o prazo de quatro anos contado da data de sua aquisição, não será
admitido, a partir da data da alienação, o creditamento de que trata este
parágrafo em relação à fração que corresponderia ao restante do quadriênio
VI – serão objeto de outro lançamento, além do lançamento em conjunto com
os demais créditos, para efeito da compensação prevista neste artigo e no
art. 19, em livro próprio ou de outra forma que a legislação determinar, para
aplicação do disposto nos incisos I a V deste parágrafo; e
VII – ao final do quadragésimo oitavo mês contado da data da entrada do
bem no estabelecimento, o saldo remanescente do crédito será cancelado.
ICMS
Não cumulatividade
 Serviço de comunicação
Art. 33. IV – somente dará direito a crédito o recebimento de serviços de
comunicação utilizados pelo estabelecimento: (Incluído pela LCP nº 102, de
11.7.2000)
a) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma
natureza; (Incluída pela LCP nº 102, de 11.7.2000)
b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o
exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais; e (Incluída
pela LCP nº 102, de 11.7.2000)
c) a partir de 1o de janeiro de 2020 nas demais hipóteses.
ICMS
Não cumulatividade
TRIBUTÁRIO. SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA.
CREDITAMENTO. POSSIBILIDADE. ART. 33, II, "B", DA LC 87/96. DECRETO 640/62.
EQUIPARAÇÃO À INDÚSTRIA BÁSICA PARA TODOS OS EFEITOS LEGAIS.
VALIDADE E COMPATIBILIDADE COM O ORDENAMENTO JURÍDICO ATUAL. ORDEM EM
MANDADO DE SEGURANÇA CONCEDIDA. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO.
1. O art. 1º do Decreto n.º 640/62, que equiparou, para todos os efeitos legais, os serviços
de telecomunicação à indústria básica, é compatível com o ordenamento jurídico vigente,
em especial com a Lei Geral de Telecomunicações, com o Regulamento do IPI e com o
Código Tributário Nacional.
2. O art. 33, II, "b", da LC 87/96 autoriza o creditamento do imposto incidente sobre energia
elétrica quando "consumida no processo de industrialização". Como o art. 1º do Decreto
640/62 equipara, para todos os efeitos legais, a atividade de telecomunicações ao processo
industrial, faz jus a impetrante ao creditamento pretendido.
(...) 5. No caso dos serviços de telecomunicação, a energia elétrica, além de essencial,
revela-se como único insumo, de modo que impedir o creditamento equivale a tornar o
imposto cumulativo, em afronta ao texto constitucional.
(REsp 842.270/RS, julgado em 23/05/2012, DJe 26/06/20)
ICMS
Não cumulatividade
 Regra: 5 (cinco) anos da emissão da NF que respalda o crédito
 LC 87/96, art. 23, parágrafo único.
 Lei 6.375/89, art. 38, §3º.
 art. 61, §3o do RICMS/2000.
 “O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos cinco
anos da data de emissão do documento”.

 Correção Monetária
 Creditamento de valores do ICMS, corrigidos monetariamente, conduta
vedada por falta de amparo legal. [art. 38, §2o da Lei 6.374/89 e art. 61,
§2o do RICMS/2000]
 “O crédito deverá ser escriturado por seu valor nominal”
ICMS
Não cumulatividade
 Regra geral: a apuração dos débitos e créditos é considerada por
período de tempo (mês)
 Débitos e créditos apurados no mesmo mês
 Caso os créditos sejam superiores aos débitos, o saldo passa para o
próximo período de apuração
LC 87/96. Art. 24. A legislação tributária estadual disporá sobre o
período de apuração do imposto. As obrigações consideram-se
vencidas na data em que termina o período de apuração e são
liquidadas por compensação ou mediante pagamento em dinheiro
como disposto neste artigo:
I - as obrigações consideram-se liquidadas por compensação até o
montante dos créditos escriturados no mesmo período mais o saldo
credor de período ou períodos anteriores, se for o caso;
III - se o montante dos créditos superar os dos débitos, a diferença
será transportada para o período seguinte.
ICMS
Seletividade
Art. 155, § 2º.
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias
e dos serviços;
 Sob a perspectiva individual dos contribuintes, a seletividade busca a
justiça distributiva em razão de uma presunção de capacidade
contributiva elevada no caso de produtos ou serviços de luxo.
 Redução da regressividade
 Produtos e serviços essenciais – de primeira necessidade para a
sobrevivência digna do ser humano
 Produtos não essenciais revelam, pelo menos em tese, uma maior
capacidade contributiva, já que seu consumo se dá por razão não
vinculada à necessidade básica do homem.
ICMS
Seletividade
Cálculo dos Tributos

 Base de Cálculo ICMS – Lei Complementar 87/96, art. 13:

Art. 13. A base de cálculo do imposto é:


I - na saída de mercadoria prevista nos incisos I, III e IV do art. 12, o
valor da operação.
§ 1º Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do
inciso V do caput deste artigo: (...)
II - o valor correspondente a:
a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou
debitadas, bem como descontos concedidos sob condição;
b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou
por sua conta e ordem e seja cobrado em separado
Cálculo dos Tributos

 Cálculo “por dentro”:


 A base de cálculo do tributo é o valor da operação (preço/fatura), considerado
o valor bruto da operação;
 O montante do imposto é descontado da base de cálculo

 Cálculo “por fora”:


 A base de cálculo do tributo é o valor da operação (preço/fatura), considerado
o valor bruto ou líquido da operação;
 O montante do imposto é adicionado à base de cálculo
Cálculo do ICMS

 Cálculo “por dentro”:  Cálculo “por fora”:


 Valor da operação = R$ 100  Valor da operação = R$ 100
 Alíquota = 18%  Alíquota = 18%
 100 x 18% = R$ 18,00.  100 x 18% = R$ 18,00.
 Valor líquido = R$ 82,00  Valor Total = R$ 118,00
Cálculo do ICMS

 Cálculo “por dentro”


• O cálculo do ICMS é realizado “por dentro”, assim como o PIS e a COFINS

• O IPI integra a base de cálculo do ICMS apenas nas operações em que o


produto é destinado ao ativo ou ao uso e consumo do destinatário, conforme
art. 155, §2º, XI, CF

Assim, o IPI não integra a base de cálculo do ICMS caso a compra do


produto tenha como objetivo a industrialização ou comercialização.
Cálculo do ICMS

 Cálculo “por dentro”

ICMS = preço x alíquota Neste exemplo, o valor da nota fiscal


seria de R$ 100,00 e o ICMS indicado
ICMS = R$100 x 18% na nota fiscal de R$ 18,00. Portanto,
como a empresa teria que recolher o
ICMS = R$ 18,00 ICMS, restariam os R$ 82,00 para o
vendedor.

Alíquota Efetiva: X = 18 x 100


82
R$ 82,00 --------- 100%
R$ 18,00 --------- X X = 21,95%
Cálculo do ICMS

 Cálculo “por dentro”

Caso seja o empresário, o cálculo para a formação do preço de venda tendo como
informação apenas o valor líquido (custos + margem de lucro), deve ser realizado
da seguinte forma:

VALOR LÍQUIDO
1 – CARGA TRIBUTÁRIA

Exemplo:

Alíquota ICMS = 18% 82,00 82,00


Valor Líquido = R$ 82,00 = = R$ 100,00
1 – 0,18 0,82
Cálculo do ICMS

 Súmula 457 - STJ

Os descontos incondicionais nas operações mercantis não se incluem na


base de cálculo do ICMS.

RESP Nº 1.111.156 – SP. Rel. Min. Humberto Martins

TRIBUTÁRIO – ICMS – MERCADORIAS DADAS EM


BONIFICAÇÃO – ESPÉCIE DE DESCONTO INCONDICIONAL –
INEXISTÊNCIA DE OPERAÇÃO MERCANTIL – ART. 13 DA LC
87/96 – NÃO-INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DO TRIBUTO.

A jurisprudência desta Corte Superior é pacífica no sentido de que o


valor das mercadorias dadas a título de bonificação não integra a base
de cálculo do ICMS.

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