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174ª Edição

Notas tributárias
Retrospectiva das Notícias
importantes do ano 2022.

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Notas tributárias
STJ: CONTRIBUINTE PODE
REQUERER COMPENSAÇÃO DO
CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI COM
QUALQUER TRIBUTO FEDERAL
A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
entendeu que a extensão do crédito presumido de Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI) para fabricantes de
veículos e autopeças das Regiões Norte, Nordeste e Centro-
Oeste, prevista no Artigo 11-B da Lei 9.440/1997, autoriza o
contribuinte a requerer à Receita Federal o ressarcimento
mediante compensação de qualquer tributo por ela
administrado.
Com esse entendimento, os ministros mantiveram acórdão
do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) para
permitir que uma empresa aproveite os créditos presumidos
de IPI – previstos como forma de ressarcimento, em dobro, da
contribuição ao PIS e da Cofins – para compensação de
quaisquer outros tributos federais.
"O conceito legal e geral de ressarcimento tributário, firmado
na Lei 9.430/1996, não pode ser pontualmente limitado por
instrução normativa da Receita Federal neste caso concreto,
de modo a fazer escapar uma prerrogativa dada pela lei ao
contribuinte", conclui o Relator, ministro Benedito Gonçalves.

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STF: FORAM MODULADOS OS
EFEITOS DA DECISÃO QUE
DECLAROU A
INCONSTITUCIONALIDADE DA
INCIDÊNCIA DO IRPJ E DA CSLL
SOBRE OS VALORES RELATIVOS À
TAXA SELIC RECEBIDOS EM RAZÃO
DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO

A tese de Inconstitucionalidade da incidência do IRPJ e da


CSLL sobre os valores relativos à Taxa Selic recebidos por
Indébito Tributário produzirá efeitos ex nunc a partir de 30 de
setembro de 2021 – data da publicação da ata do Julgamento
do mérito - com exceção para:

1. as ações ajuizadas até 17 de setembro de 2021 – data do


início do Julgamento do mérito;
2. os Fatos Geradores anteriores a 30 de setembro de 2021,
em relação aos quais não tenha havido o pagamento do
IRPJ ou da CSLL a que se refere a tese de Repercussão
Geral

A Decisão Embargada se aplicará apenas às s hipóteses em


que há o acréscimo de juros moratórios, mediante a Taxa
Selic, na Repetição de Indébito Tributário, inclusive na
realizada por meio de compensação, seja na esfera
Administrativa ou Judicial.

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STF: É INCONSTITUCIONAL A
ALÍQUOTA DE ICMS
sobre operações de fornecimento de energia elétrica e
serviços de telecomunicações se fixada em patamar superior
à alíquota modal, baseado no princípio da seletividade em
função da essencialidade. O Supremo Tribunal Federal (STF)
julgou inconstitucional a fixação da alíquota do Imposto de
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre operações
de fornecimento de energia elétrica e serviços de
telecomunicações em patamar superior à cobrada sobre as
operações em geral, em razão da essencialidade dos bens e
serviços.
Em seu voto, Fachin destacou que o objetivo da aplicação do
princípio da seletividade em função da essencialidade é
garantir que a incidência dos impostos sobre mercadorias
consideradas indispensáveis e essenciais, como a energia
elétrica e os serviços de comunicação, não atinja parcela de
riqueza que corresponda ao mínimo existencial. Dessa forma,
as camadas menos favorecidas da população, que têm parte
mais significativa da renda comprometida com mercadorias e
serviços indispensáveis a um padrão mínimo de dignidade,
são beneficiadas.
A modulação dos efeitos da decisão levou em consideração
seu impacto nas contas públicas dos estados e do Distrito
Federal, com produção dos Efeitos a partir do exercício
financeiro de 2024, ressalvadas as ações protocolizadas até
05.02.2011 (data do início do julgamento do mérito).

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STF: FOI CONSIDERADO
CONSTITUCIONAL EDIÇÃO DE LEI
ORDINÁRIA DE ESTADOS OU DO DF
PARA INSTITUIÇÃO DE ICMS - ST
Por unanimidade dos votos, o Plenário do STF, decidiu, por meio da ADI nº
5.702/RS, pela Constitucionalidade de edição de Lei Ordinária para instituir
Hipótese de Substituição Tributária do ICMS. Consignou-se que expressão
“lei”, do art. 150, § 7º, da CF/1988, refere-se à espécie de lei ordinária, não
sendo necessária a edição de lei complementar para a instituição de
hipótese de ICMS-ST. De acordo com os Ministros, cabe a cada um dos
Entes Competentes para instituir o ICMS editar Lei própria no sentido de
operacionalizar o previsto em norma geral da Legislação Tributária.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA : FOI


SANCIONADA A LEI COMPLEMENTAR QUE
ESTABELECE QUE OS COMBUSTÍVEIS, GÁS
NATURAL, ENÉRGICA ELÉTRICA,
COMUNICAÇÕES E DE TRANSPORTE
COLETIVO SÃO CONSIDERADOS BENS E
SERVIÇOS ESSENCIAIS
A Presidência da República sancionou a Lei Complementar nº 194/2022
alterando o CTN e a Lei Complementar nº87/96 (Lei Kandir),
considerando, portanto, bens e serviços essenciais relativos à:
combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo, ou
seja, para fins de incidência do ICMS, estes são considerados bens e
serviços Essenciais e indispensáveis.

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LEGISLATIVO: FILTRO DE
RELEVÂNCIA EMENDA
CONSTITUCIONAL Nº 125, ALTERA O
ARTIGO 105 DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL INSTITUINDO NOVOS
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
PARA O RECURSO ESPECIAL
Entrou em vigor dia 15 de julho de 2022 chamada "PEC da Relevância”, a
ideia é que o STJ tenha um papel constitucional de atuar como uma "corte
de precedentes", e não como "mais uma instância".
O que muda na prática? “Ainda é arriscado apresentar uma projeção sobre
o futuro comportamento da norma no tempo. É preciso que se colete uma
quantidade razoável de decisões de (in)admissibilidade sob à luz da nova
EC, com estudos Juri métricos, para que se possa avaliar o real impacto
dessa medida para sabermos o que mudou na prática, para além da teoria”.

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STJ VEDA CRÉDITOS DE PIS/PASEP
E COFINS SOBRE AQUISIÇÃO NO
REGIME MONOFÁSICO
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob o
rito dos recursos especiais repetitivos (Tema 1.093), por
maioria de votos, fixou cinco teses relativas ao creditamento
de PIS/Pasep e Cofins no sistema monofásico e à legislação
que disciplina o Regime Tributário para Incentivo à
Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto).
As teses são as seguintes:
1 – É vedada a constituição de créditos da contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins sobre o custo de aquisição (artigo 13
do Decreto-Lei 1.598/1977) de bens sujeitos à tributação
monofásica (artigos 3º, inciso I, alínea "b", da Lei 10.637/2002
e da Lei 10.833/2003).
2 – O benefício instituído no artigo 17 da Lei 11.033/2004 não
se restringe às empresas que se encontram inseridas no
regime específico de tributação denominado Reporto.
3 – O artigo 17 da Lei 11.033/2004 diz respeito apenas à
manutenção de créditos cuja constituição não foi vedada pela
legislação em vigor; portanto, não permite a constituição de
créditos da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins sobre o
custo de aquisição (artigo 13 do Decreto-Lei 1.598/1977) de
bens sujeitos à tributação monofásica, já que vedada pelo
artigo 3º, inciso I, alínea "b", da Lei 10.637/2002 e da Lei
10.833/2003.
4 – Apesar de não constituir créditos, a incidência monofásica
da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins não é
incompatível com a técnica do creditamento, visto que se
prende aos bens e não à pessoa jurídica que os comercializa,
que pode adquirir e revender conjuntamente bens sujeitos à
não cumulatividade em incidência plurifásica, os quais podem
lhe gerar créditos.

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STJ VEDA CRÉDITOS DE PIS/PASEP
E COFINS SOBRE AQUISIÇÃO NO
REGIME MONOFÁSICO
5 – O artigo 17 da Lei 11.033/2004 apenas autoriza que os
créditos gerados na aquisição de bens sujeitos à não
cumulatividade (incidência plurifásica) não sejam estornados
(sejam mantidos) quando as respectivas vendas forem
efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não
incidência da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, não
autorizando a constituição de créditos sobre o custo de
aquisição (artigo 13 do Decreto-Lei 1.598/1977) de bens
sujeitos à tributação monofásica.
O relator dos recursos escolhidos como representativos da
controvérsia foi o ministro Mauro Campbell Marques.

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STF: ENTENDIMENTO DE QUE O ARTIGO
116, PARÁGRAFO ÚNICO DO CTN É UMA
NORMA ANTIEVASÃO E NÃO
ANTIELISÃO AINDA GERA DÚVIDAS AO
FISCO NA APLICAÇÃO DO
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO, MESMO
APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO
Foi objeto de discussão no STF, por meio da ADI 2.446 a respeito
da Inconstitucionalidade do Artigo 116, parágrafo único do Código
Tributário Nacional que dispõe acerca dos atos ou negócios
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do
fato gerador do tributo.
De acordo com a Ministra Cármen Lúcia, que foi acompanhada
pela maioria do STF, o Artigo 116, parágrafo único, do CTN, é
conhecido de forma inapropriada como “norma antielisão”, já que
não proíbe a busca da economia fiscal por vias legítimas. Na
evasão fiscal, o contribuinte busca ocultar o fato gerador do tributo
após sua ocorrência. Já na elisão fiscal, busca reduzir os valores
devidos evitando a relação jurídica que possa gerar a obrigação
tributária. A aplicação do dispositivo está restrita aos atos ou
negócios jurídicos praticados com a intenção de dissimular ou
ocultar o fato gerador. “Faz-se necessária, assim, a configuração de
fato gerador que, por óbvio, além de estar devidamente previsto
em lei, já tenha efetivamente se materializado, fazendo surgir a
obrigação tributária”, afirmou a Relatora em seu voto.
Assim, a desconsideração autorizada pelo dispositivo está limitada
aos atos ou negócios jurídicos praticados com intenção de
dissimulação ou ocultação desse fato gerador.

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Nota do Escritório: A Decisão do STF dificulta a lavratura de Auto
de Infração cuja a ocorrência fundamenta-se com o Artigo 116,
parágrafo único do CTN, pois, é uma norma de eficácia limitada,
dado que, no parágrafo único, in fine, exige a existência de uma Lei
ordinária regulamentando os procedimentos a serem observados.

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STF - MANTIDO EFEITO RETROATIVO
DE DECISÃO QUE AFASTOU IR SOBRE
PENSÕES ALIMENTÍCIAS
Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido
da União para que a decisão do Tribunal que afastou a incidência
do Imposto de Renda (IR) sobre valores decorrentes do direito de
família recebidos a título de alimentos ou de pensões alimentícias
não tivesse efeito retroativo. No julgamento da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 5422, o Plenário entendeu que a
tributação feria direitos fundamentais e atingia interesses de
pessoas vulneráveis

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STF – DIFAL DO ICMS
O Difal representa a diferença entre a alíquota interna do
estado destinatário e a alíquota interestadual do remetente
em operações interestaduais destinadas ao consumidor final
não contribuinte do imposto. As cobranças não deveriam
ocorrer porque a Constituição prevê a aplicação de dois
princípios tributários quando uma lei institui ou majora um
imposto: a anterioridade nonagesimal, ou noventena, e a
anterioridade anual.
Com base no Convênio 93/2015 e leis locais, os estados
começaram, então, a exigir o Difal, o que causou
descontentamento entre os contribuintes, que reclamavam a
edição de uma lei complementar federal. O STF acolheu o
pedido em fevereiro de 2021 e fixou a necessidade de criação
da norma de caráter nacional, que só foi publicada em 2022 e
trouxe o cenário de insegurança jurídica. No começo de
janeiro, a Associação Brasileira de Indústria de Máquinas
(Abimaq) entrou com uma das duas Ações Diretas de
Inconstitucionalidade (ADI) que requerem a impossibilidade
da cobrança do Difal até 2023.
Dia 12 de dezembro de 2022 a Presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, se comprometeu
a realizar o julgamento presencial das ações. O pedido foi feito
por 15 governadores.

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STF – LIMITES DA COISA JULGADA
RE 955227 - Os casos dizem respeito à CSLL, mas o
julgamento também impactará outros tributos pagos de modo
continuado. A discussão sobre a CSLL envolve, empresas de
diversos setores, que obtiveram na Justiça o direito de não
recolher esse tributo. Entre elas, estão companhias como a
mineradora Samarco e o Grupo Pão de Açúcar. Nos anos
1990, essas empresas conseguiram na Justiça o
reconhecimento da inconstitucionalidade da CSLL, instituída
pela Lei 7689/89. Em 2007, porém, o STF declarou o tributo
constitucional no julgamento da ADI 15. Para a União, essa
declaração do STF permite ao fisco lançar e cobrar
automaticamente o tributo, sem a necessidade de uma ação
revisional ou rescisória — argumento acolhido agora pelos
relatores.
O placar estava em 5X1 a favor da União na fixação da tese,
ou seja, pela quebra automática das decisões diante de novo
entendimento do STF no controle difuso (no julgamento de
RE com repercussão geral), mas a 4X1 a favor do contribuinte
no caso concreto, no dia 22 de novembro o ministro Edson
Fachin pediu destaque e interrompeu os julgamentos com
repercussão geral agora, a análise será retomada do zero em
plenário físico, em data ainda não definida.

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STJ: PERMITE CREDITAMENTO DO
ICMS EM SUBSTITUIÇÃO
TRIBUTÁRIA POR FATO GERADOR
OCORRIDO APENAS PARCIALMENTE
Por unanimidade dos votos, os Ministros da Segunda Turma do
Superior Tribunal de Justiça, negaram provimento ao Recurso do
Estado do Rio Grande do Sul e permitiram ao Contribuinte se
creditar da diferença do ICMS pago a maior no Regime de
Substituição Tributária para frente em uma operação em que o
valor real da venda foi menor do que a Base de Cálculo
efetivamente presumida. Resp. nº 525625/RS.

Nota do Escritório: O Artigo 150, §7º da CF/88 ao instituir a


Substituição Tributária previu (e prevê): “...a imediata e preferencial
restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador
presumido.” Os Fiscos Estaduais vinham entendendo que só seria
restituível o fato gerador não ocorrido integralmente. Agora o STJ
pacifica este entendimento de que se o Fato Gerador não ocorreu
integralmente esta parte não ocorrida o ICMS pago deve ser
restituído.

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STJ: FOI CANCELADA A SÚMULA Nº
212 QUE VEDAVA A COMPENSAÇÃO
DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS EM
AÇÃO CAUTELAR, POR MEDIDA
LIMINAR OU ANTECEDENTE
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça determinou o
cancelamento de sua Súmula 212, que consolidava o
entendimento de que a compensação de créditos tributários não
poderia ser deferida em ação cautelar ou medida liminar cautelar
ou antecipatória. Isso, a fim de alinhar sua orientação de
jurisprudência ao julgamento da ação direta de
inconstitucionalidade 4.296, no qual o Supremo Tribunal Federal
declarou a inconstitucionalidade do artigo 7º, § 2º, da Lei
12.016/2009Diante do posicionamento manifestado pela Suprema
Corte e pelo Tribunal Superior, seria possível, a partir de então,
admitir a efetivação de compensação de créditos tributários com
fundamento em decisão liminar proferida em mandado de
segurança?
O critério fixado, pela legislação material, artigo 170-A do código
tributário nacional, para que o sujeito passivo esteja autorizado a
realizar compensações relacionadas a tributo objeto de ação
judicial é que tenha ocorrido o "trânsito em julgado da respectiva
decisão judicial". Logo, a decisão liminar em mandado de
segurança não é capaz de permitir o efetivo encontro de contas
entre sujeito ativo e sujeito passivo, haja vista a necessidade de um
evento dotado de definitividade para que a obrigação tributária
alcance o estágio de exigibilidade exaurida,

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STJ: FOI PUBLICADO ACÓRDÃO
AFIRMANDO QUE A FAZENDA
PÚBLICA TEM PREFERÊNCIA DE
HABILITAÇÃO DE CRÉDITO
Por unanimidade dos votos, a Corte Especial do STJ, entendeu por
meio do EREsp nº 1.603.324/SC que a Fazenda Pública tem
preferência de habilitação, com reconhecimento de crédito
privilegiado em execução por título extrajudicial,
independentemente da existência de penhora na Execução Fiscal.

STJ: FOI RECONHECIDO A


POSSIBILIDADE DE PLEITEAR
ADMINISTRATIVAMENTE A
COMPENSAÇÃO OU RESTITUIÇÃO
DO INDÉBITO TRIBUTÁRIO
DECLARADO POR MEIO DE
MANDADO DE SEGURANÇA
A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade dos
votos, reconheceu o Direito de o Contribuinte pleitear
administrativamente a compensação ou a restituição do Indébito
Tributário decorrente do direito líquido e certo declarado por meio
de Mandado de Segurança. Segundo os Ministros, a jurisprudência
do STJ é no sentido de que o Mandado de Segurança é via
adequada para declarar o direito do Contribuinte a compensar ou
restituir o indébito tributário, na via Administrativa – Resp. nº
1.951.855/SC.

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CARF: ENTENDEU QUE AS DESPESAS
COM FRETE DE PRODUTOS
ACABADOS GERA CRÉDITO DE PIS E
COFINS
Por maioria dos votos, a 3ª Turma da CSRF fixou o conceito de
insumo para fins de creditamento do PIS e da COFINS, na
sistemática não-cumulativa: “são todos os bens e serviços que
possam ser direta ou indiretamente empregados no processo
produtivo ou na prestação do serviço, ou cuja subtração
resulte em sua impossibilidade ou inutilidade”, assim
prevaleceu o entendimento de que os gastos são essenciais
para a atividade econômica da Empresa, gerando créditos,
conforme os critérios de Essencialidade e relevância,
conforme definido pelo STJ no Julgamento do Resp nº
1.221.170/PR, submetido à sistemática dos Recursos
Repetitivo.

Toda pessoa tem o dever de pagar os


impostos estabelecidos pela lei para
manutenção dos serviços públicos. -
Declaração Interamericana de Direitos e Deveres do Homem

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