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TRIBUTÁRIO
Espécies Tributárias
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO TRIBUTÁRIO
Espécies Tributárias
Diego Degrazia e Lis Ribas
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Espécies Tributárias.. .....................................................................................................................................................4
1. Impostos............................................................................................................................................................................4
1.1. Impostos e a Lei Complementar. . ......................................................................................................................7
1.2. Princípio da Não Afetação...................................................................................................................................8
2. Taxas.................................................................................................................................................................................16
2.1. Taxa de Poder de Polícia x Taxa de Serviço Público. ..........................................................................18
2.2. Taxa x Preço Público/Tarifas......................................................................................................................... 24
2.3. Base de Cálculo da Taxa x Base de Cálculo dos Impostos. ...........................................................27
3. Contribuições de Melhoria...................................................................................................................................31
4. Empréstimos Compulsórios...............................................................................................................................34
4.1. Requisitos para sua Instituição. . ..................................................................................................................35
4.2. Destinação da Sua Arrecadação como Determinante para a sua Caracterização
como Tributo.....................................................................................................................................................................36
4.3. Obrigatoriedade de Restituição. . .................................................................................................................37
5. Contribuições Especiais........................................................................................................................................41
5.1. Contribuições Sociais. . ........................................................................................................................................43
5.2. Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE....................................................53
5.3. Contribuição de Iluminação Pública – COSIP. ......................................................................................57
5.4. Contribuições Corporativas. . .......................................................................................................................... 59
6. Jurisprudência Selecionada. . ..............................................................................................................................63
7. Doutrina.........................................................................................................................................................................68
Resumo................................................................................................................................................................................ 69
Questões de Concurso................................................................................................................................................80
Gabarito...............................................................................................................................................................................99
Gabarito Comentado................................................................................................................................................. 100
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Espécies Tributárias
Diego Degrazia e Lis Ribas
Apresentação
Querido (a) aluno (a), é um prazer tê-lo (la) em nosso curso!
Na aula 02 você estudará as espécies tributárias. Quanto a esta parte do estudo, atente-se
aos pontos-chave de cada espécie tributária, pois a definição delas costuma ser exigida em
prova. No que se refere aos tipos de taxas e de contribuições especiais, o examinador costuma
induzir o candidato a erro ao cobrar a diferença entre elas.
Esteja sempre fazendo questões, tirando dúvidas conosco no Fórum, lendo a legislação cor-
respondente ao assunto e revisando. Que tal ir marcando “nas suas Leis” e “na sua Constituição
Federal” os dispositivos cobrados em prova e revisá-los com frequência? Tente adotar essa prática.
Siga firme no propósito, confiante de que só não conquista a tão sonhada aprovação quem desiste.
Boa aula!
Diego Degrazia e Lis Ribas.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Espécies Tributárias
Diego Degrazia e Lis Ribas
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
1. Impostos
O imposto é uma espécie tributária prevista no inciso I do art. 145 da CF/88 e no art.
5º do CTN:
Art. 145, CF/88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguin-
tes tributos:
I – impostos.
***
Art. 5º, CTN. Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
O CTN em seu art. 16 o define como um “tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
Ao afirmar que o fato gerador do imposto independe de atividade estatal específica, o legis-
lador quis dizer que o imposto é um tributo não vinculado, o que significa que o ente federativo
o cobra, o contribuinte paga-o, mas aquele (o ente político) não se torna obrigado a prestar
nenhum serviço em contrapartida.
O tributo não vinculado não concede ao contribuinte o direito de usufruir de uma ação dire-
ta do Estado em função do seu pagamento, razão pela qual ele é (i) não contraprestacional e
(ii) relacionado a um fato do contribuinte.
Diante da necessidade de carrear recursos aos cofres públicos para pagamento de suas
despesas universais, o Estado cobra o imposto do contribuinte que pratica fato descrito em lei
como hipótese de incidência deste tributo.
O mesmo Estado, destina a receita arrecadada ao custeio de serviços gerais (prestação
uti universi), em prol da sociedade. Assim, o imposto é um tributo contributivo.
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Imposto é um tributo não vinculado, não havendo, por isso, exigência de contraprestação esta-
tal específica com a ocorrência do seu fato gerador. A sua definição consta no art. 16 do CTN:
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Certo.
Art. 145, § 1º, CF/88. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especial-
mente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e
nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
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Por exemplo, o inc. III, art. 153 da CF/88 afirma que a União tem competência para instituir
imposto sobre a renda, sendo a sua base econômica a renda auferida pela pessoa física ou ju-
rídica – contribuinte, de modo que nem os estados, nem o Distrito Federal, nem os municípios
podem instituir imposto sobre essa manifestação de riqueza – a renda.
Conforme será estudado na segunda parte desta aula, merece ressalvas a afirmação de
que a Constituição delimita a competência privativa de cada ente para instituição dos impos-
tos. Isso ocorre tem face do disposto no art. 154 da CF/88 que concede à União competência
residual e competência extraordinária para instituir, respectivamente, Imposto Residual e Im-
posto Extraordinário de Guerra:
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Como se vê, a competência residual prevista no inc. I do art. 154 da CF/88 autoriza a União
a criar, por meio de lei complementar, novos impostos, os quais não devem ter a base econô-
mica dos impostos já previstos na Carta Maior.
Em contrapartida, a competência extraordinária autoriza a União a instituir o chamado Im-
posto Extraordinário de Guerra - IEG, em caso de guerra externa ou sua iminência, os quais
podem ter hipótese de incidência tributária dos impostos já previstos na Constituição.
Impostos estaduais
Impostos da União Impostos municipais
e distritais (art. 155,
(arts. 153 e 154, CF/88) (art. 156, CF/88)
CF/88)
II ITCMD IPTU
IE ICMS ITBI
IR IPVA ISSQN
IPI
IOF
ITR
IGF
Impostos residuais
IEG
Quanto aos impostos, a Constituição em seu art. 146, inc. III, alínea “a”, destaca que além
da sua definição e da definição de suas espécies, devem ser previstos em lei complementar:
fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes:
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III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados
nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
Repare que esta não é a norma que cria o imposto, a qual, em regra, pode ser uma lei ordinária.
A lei complementar em referência diz respeito às “normas gerais” do tributo que devem ser ob-
servadas pelo legislador ordinário quando editar a lei que instituirá o imposto de sua competência.
No que se refere a esses três elementos - contribuinte, base de cálculo e fato gerador - re-
lativos aos outros tipos de tributo, eles podem ser previstos em lei ordinária, sendo exigida lei
complementar somente para normas gerais quanto à sua definição e definição de suas espécies.
A Constituição Federal exige ainda a edição de lei complementar para criar alguns impos-
tos, quais sejam, o Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF (CF/88, art. 153, VII) e impostos
residuais (CF/88, art. 154, I).
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que não é possível a vinculação dos impostos a órgão, fundo ou despesa. Veja que essa regra diz
respeito à destinação das receitas de impostos.
No entanto, essa regra comporta exceções, as quais devem ser compreendidas e/ou me-
morizadas por você, caro (a) aluno (a):
Essas são as chamadas exceções ao princípio da não vinculação das receitas de impostos:
Como visto acima, em regra, é vedado ao ente político vincular o recurso arrecadado a
título de imposto a determinado fim, ficando esse valor à disposição dos cofres públicos para
custear suas atividades gerais.
No entanto, o inc. IV, art. 167, CF/88 destaca hipóteses em que são autorizadas as desti-
nações dos impostos.
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(i) o IR, que é de competência da União, que for retido na fonte em razão de rendimentos pagos
pelos estados, suas autarquias e fundações, pertencerá aos estados; e
(ii) 20% do imposto residual, que é de competência da União, caberão aos estados.
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:
I – o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem;
II – vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da com-
petência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
Quanto aos valores pertencentes aos municípios, o inc. I do art. 158 da CF/88 destaca que a re-
ceita de IR que for relativa à retenção na fonte pelos municípios, em razão de rendimentos pagos por
eles, suas autarquias ou fundações por eles criadas ou mantidas, pertencerão a eles (municípios):
Já o inciso II do artigo 158 trata do ITR, que é imposto de competência da União. O dis-
positivo prevê que 50% do valor arrecadado caberá ao município, se for a União que realizar
a cobrança do referido imposto, ou, no caso de o município decidir cobrá-lo, ele ficará com
100% da arrecadação:
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Ainda tratando do art. 158 da CF, o inciso III refere-se ao IPVA, que é imposto de competência
dos estados. Ele prevê que 50% do IPVA pertencerá ao município em que o veículo for licenciado:
Já o inciso IV trata do ICMS, que é de competência dos estados, e afirma que 25% da sua
arrecadação pertencerá aos municípios. Desses 25%, conforme par. único do art. 158, 65%
serão creditados na proporção do valor agregado nas operações realizadas no território, e até
35% conforme previsão legal:
No que se refere ao art. 159, ele informa os valores que serão distribuídos pela União. O
inciso I destaca que 50% do IR e do IPI serão repartidos da seguinte forma:
(i) 21,5% para o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal - FPE;
(ii) 22,5% para o Fundo de Participação dos Municípios - FPM;
(iii) 3% para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nor-
deste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, sendo metade
desta parcela relativo ao Nordeste destinada ao semi-árido do Nordeste;
(iv) 1% para o Fundo de Participação dos Municípios - FPM, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de dezembro de cada ano; e
(v) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios - FPM, que será entregue no primeiro decêndio do
mês de julho de cada ano;
(vi) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios - FPM, que será entregue no primeiro decêndio do
mês de setembro de cada ano.
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Desse montante do IPI recebido por cada estado deverá ser repassado 25% aos municí-
pios, da seguinte forma: 65% na proporção do valor agregado das operações no respectivo
território, e até 35%, conforme lei.
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que
receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo
único, I e II.
Já o inciso III do art. 159, a seguir, destaca a distribuição aos estados e ao DF de 29% da
receita arrecadada a título de CIDE-Combustíveis para financiamento de programas de infra-
estrutura de transportes.
Desse valor distribuído aos estados, 25% serão entregues aos seus municípios, em aten-
ção ao § 4º supratranscrito.
Interessa ainda saber que, segundo o art. 160 da CF, a entrega das receitas repartidas nos
termos dos arts. 157 a 159 não pode sofrer restrição nem vedação, o que não se confunde
com a possibilidade de a União e os estados condicionarem a distribuição de seus recursos
ao pagamento de seus créditos ou ao cumprimento do disposto na CF/88, art. 198, § 2º, in-
cisos II e III:
Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos,
nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e
acréscimos relativos a impostos.
§ 1º A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega
de recursos: (Renumerado do Parágrafo único pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; (Incluído pela Emenda Cons-
titucional nº 29, de 2000)
II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. (Incluído pela Emenda Cons-
titucional nº 29, de 2000)
§ 2º Os contratos, os acordos, os ajustes, os convênios, os parcelamentos ou as renegociações de
débitos de qualquer espécie, inclusive tributários, firmados pela União com os entes federativos con-
terão cláusulas para autorizar a dedução dos valores devidos dos montantes a serem repassados
relacionados às respectivas cotas nos Fundos de Participação ou aos precatórios federais. (Inclu-
ído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
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Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e ser-
viços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre:
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refe-
re o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas
as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios;
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se
refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.
Repare ainda que o § 2º possibilita que contratos e acordos, por exemplo, firmados entre
a União e demais entes federativos, autorizem a dedução dos valores devidos por esses entes
dos montantes a serem repassados relacionados às respectivas cotas nos Fundos de Partici-
pação ou aos precatórios federais.
Sobre esse tema (repartição constitucional das receitas tributárias) há peculiaridades que
devem ser previstas em lei complementar, conforme art. 161, quais sejam:
I – definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I;
II – estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre
os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-
-econômico entre Estados e entre Municípios;
III – dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das
participações previstas nos arts. 157, 158 e 159.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos
de participação a que alude o inciso II.
E segundo o parágrafo único supratranscrito, o TCU é o órgão responsável pelo cálculo das
cotas destinadas aos fundos de participação.
Impende ainda destacar que quanto ao IOF, de competência da União, segundo o art. 153,
§ 5º, diante de uma operação com ouro definido em lei como ativo financeiro ou instrumento
cambial, haverá tão somente a incidência do IOF (IOF-Ouro):
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Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
...
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
...
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclu-
sivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do caput deste artigo, devido na operação
de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da
arrecadação nos seguintes termos:
I – trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II – setenta por cento para o Município de origem.
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2. Taxas
A taxa é uma espécie tributária prevista no inc. II, art. 145 da CF/88, e nos arts. 5º e 77 do CTN:
Art. 145, CF/88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguin-
tes tributos:
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de servi-
ços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
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Art. 5º, CTN. Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Art. 77, CTN. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
Esse tipo de tributo, conforme vimos na aula passada, é classificado como um tributo vin-
culado quanto à hipótese de incidência e atuação do Estado.
A taxa é cobrada diante de fato do Estado que impõe ao contribuinte a obrigação de pa-
gá-la, sendo exigida somente em casos em que há prestação de atividade estatal referível a
determinado contribuinte.
Em outras palavras, o seu fato gerador é o exercício de atividade pelo Estado, que arrecada
recurso a título de taxa para cobrir os gastos com a respectiva atividade que é prestada a um
contribuinte, de forma delimitada, representando o seu caráter contraprestacional/retributivo.
Além disso, a taxa pode ser criada por qualquer ente federativo, pois é um tributo de com-
petência tributária comum: esse é o entendimento que você deve levar para a prova.
No entanto, atente-se para o fato de que há doutrina que defende que a taxa é tributo de
competência privativa de cada ente tributante, em observância à delimitação constitucional
quanto à competência administrativa de cada ente federativo.
Nesse sentido, como os estados-membros têm competência residual para tratar dos as-
suntos que não foram constitucionalmente atribuídos diretamente aos entes federativos, há
quem afirme que eles têm competência tributária residual para instituição de taxas, já que são
tributos vinculados à ação estatal.
Note o dispositivo constitucional que atribui competência residual aos estados-membros:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
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Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
Portanto, as hipóteses de incidência de taxas elencadas pela CF são [1] o exercício de poder de
polícia e [2] a utilização de serviço público específico e divisível. A palavra “necessariamente”,
trazida no enunciado, macula a afirmação.
Errado.
A) Taxa de Polícia
Quanto à primeira hipótese, relativa à conhecida taxa de polícia, o art. 78 conceitua o que
representa o exercício do poder de polícia, afirmando que ele se dá por intermédio da atividade
da administração pública:
que limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade e regula a prática de ato ou abstenção de fato; ->
em razão de interesse público relativo à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção
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e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Da leitura do dispositivo, é fácil constatar por que as taxas de poder de polícia são conhecidas
também como taxa de fiscalização: a sua função é de verificar/vigiar/examinar o cumprimento
de determinados deveres pelos contribuintes, no intuito de proteger os interesses da coletividade:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou discipli-
nando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intê-
resse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção
e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar n. 31, de 1966)
O poder de polícia deve ser exercido de forma regular, por meio de uma atividade fiscaliza-
tória que esteja em condição de ser realizada, que, como qualquer ato administrativo, deve res-
peitar os ditames legais, e ser exercida sem abusos por parte do Poder Público. Nesse sentido,
o CTN, art. 78, parágrafo único, destaca que:
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo
órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Para o STF a atividade fiscalizatória considera-se realizada ainda que o contribuinte não
seja concretamente fiscalizado. Isso significa que aquele que estiver sujeito à determinada
fiscalização que enseja a cobrança da taxa de polícia deve pagá-la, independentemente da
realização do policiamento de forma efetiva, bastando a existência e o efetivo funcionamento
de órgão competente que exercite o respectivo poder de polícia.
Constata-se esse entendimento por meio do julgamento do STF proferido nos autos do RE
416.601 que concluiu pela constitucionalidade da instituição da Taxa de Controle e Fiscaliza-
ção Ambiental (TCFA), cobrada de empresas potencialmente poluidoras, independentemente
de realização de fiscalização efetiva pela autoridade administrativa.
Veja abaixo as taxas de polícia reconhecidas como constitucionais, segundo jurisprudên-
cia pátria:
JURISPRUDÊNCIA
Taxa de alvará ou de funcionamento (RE 140278/CE, j. em 27-08-1996);
Taxa de fiscalização de anúncios (RE 216.207/MG, j. 02-03-1999);
Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários pela CVM (Súmula
665, STF);
Taxa de controle e fiscalização ambiental (TCFA) (RE 416.601, j. em 10-08-2005);
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Interessa-nos agora tratar da outra hipótese de incidência a ser descrita em lei que dá en-
sejo à cobrança das taxas: a prestação de serviço público específico e divisível pelo Estado.
No intuito de esclarecer o que é um serviço específico e divisível, o CTN faz tal previsão no
art. 79, incisos II e III:
Da análise dos conceitos acima destacados, você consegue perceber alguma distinção
entre imposto e taxa quando afirmamos que as taxas são instituídas em razão da prestação
de serviço público especifico?
Pois bem. Diante de um serviço específico o Estado identifica a pessoa/unidade que pode
usufruí-lo.
Quanto ao serviço divisível, esse é representado pela possibilidade de sua utilização ser
individualizada a cada contribuinte, mensurando-se o serviço que foi prestado a ele.
Como já visto nesta aula, os impostos são instituídos para arrecadar dinheiro público para
custeio de serviços gerais/universas (prestação uti universi), enquanto as taxas referem-se à
prestação de serviço uti singuli, em razão da sua especificidade e divisibilidade.
Justamente por isso o STF definiu que não podem ser instituídas taxas em função dos ser-
viços de iluminação pública, nem de limpeza pública, já que esses serviços são gerais e não é
possível identificar todos que se beneficiam de sua prestação:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 41, STF. O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.
Súmula Vinculante 19, STF. A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públi-
cos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
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Preste atenção, querido (a) aluno (a), que o STF reconheceu que a antiga taxa de limpeza
pública é inconstitucional, mas declarou a constitucionalidade da taxa de coleta de lixo do-
miciliar, em razão da possibilidade de determinar o beneficiário/usuário desse serviço. Veja
trecho do voto proferido pelo Min. Ricardo Lewandowski ao julgar o RE 576.321-8/SP:
JURISPRUDÊNCIA
“Com efeito, a Corte entende como específicos e divisíveis os serviços públicos de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde
que essas atividades sejam completamente dissociadas de outros serviços públicos de
limpeza realizados em benefício da população em geral (uti universi) e de forma indivisí-
vel, tais como os de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos (praças, cal-
çadas, vias, ruas, bueiros). Decorre daí que as taxas cobradas em razão exclusivamente
dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos
provenientes de imóveis são constitucionais, ao passo que é inconstitucional a cobrança
de valores tidos como taxa em razão de serviços de conservação e limpeza de logradou-
ros e bens públicos (j. 4-12-2008, DJE 30 de 13-2-2009)”.
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 19, STF. A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públi-
cos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
Letra b.
Ainda sobre as taxas de serviços públicos específicos e divisíveis prestados pelo Estado, é
preciso observar o inc. I do art. 79 do CTN que preceitua que os serviços públicos que sejam
de utilização compulsória não precisam ser efetivamente utilizados pelo contribuinte para
que este seja obrigado a pagá-las.
Basta a utilização potencial do serviço, o que não se confunde com a sua disponibilização
pelo Poder Público, que deve ser sempre efetiva:
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I – Errada. Considera-se serviço divisível aquele que for de utilização individualizada por cada
contribuinte, sendo possível identificar o serviço que foi prestado a ele.
II – Certa. Os serviços públicos específicos e divisíveis ensejam a cobrança de taxa se efetiva
ou potencialmente utilizados. Entende-se que foram efetivamente utilizados quando usufruí-
dos pelo contribuinte.
III – Errada. Consideram-se serviços públicos específicos aqueles que forem previstos em lei e
representem a identificação pelo Estado da pessoa/unidade que vai usufrui-los.
IV – Errada. Considera-se serviço público como potencialmente utilizado quando ele for de
utilização compulsória e instituído e disponibilizado pela pessoa jurídica de direito público.
V – Certa, em atenção à previsão literal do art. 78, par. único, CTN:
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Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo
órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Letra a.
No ordenamento jurídico brasileiro há duas espécies de taxa, quais sejam, as taxas de polícia
e as taxas de serviços públicos, previstas no inc. II, art. 145, CF/88:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
...
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de servi-
ços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
Os seus fatos geradores são (i) a prestação de serviço público específico e divisível; e (ii) o
exercício do poder de polícia.
Letra b.
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Enquanto as taxas podem ser cobradas somente por pessoas jurídicas de direito público, as
tarifas podem ser cobradas tanto por pessoas jurídicas de direito público como de direito privado.
Sobre o assunto, o STF editou a súmula 545:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 545, STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias e tem sua cobrança condicionada a prévia
autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.
Diante da análise da primeira parte da súmula, conclui-se que o STF diferencia a taxa do
preço público pela compulsoriedade do primeiro.
Quanto à segunda parte da súmula, que trata do Princípio da Anualidade, tal previsão não
é mais adotada no ordenamento jurídico brasileiro.
Antigamente, os tributos antes de serem instituídos deveriam ser objeto de lei orçamentá-
ria. Essa premissa não é mais exigida hoje, e, por isso, ignora-se essa parte para diferenciação.
Entretanto, se a questão trouxer a literalidade da súmula considere-a como correta.
Sobre o assunto, impende destacar que os serviços de água e esgoto prestados por con-
cessionária de serviço público ensejam a cobrança de preço público/tarifa (REsp 1.513.218/
RJ, j. em 10-03-2015 pelo STJ; RE-AgR 201.630/DF, j. em 11-06-2002 pelo STF).
Outro tema importante definido pela jurisprudência se relaciona à cobrança de pedágio.
O STF se manifestou na ADI 800, concluindo que o “pedágio é espécie de preço público por
não ser cobrado compulsoriamente de quem não utilizar a rodovia; ou seja, é uma retribuição
facultativa paga mediante o uso voluntário do serviço.”
JURISPRUDÊNCIA
Ementa: TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. PEDÁGIO. NATUREZA JURÍDICA DE PREÇO
PÚBLICO. DECRETO 34.417/92, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. CONSTITUCIO-
NALIDADE. 1. O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo
Poder Público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da
Constituição de 1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não
estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita.
2. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. (ADI 800, Relator(a): Min.
TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 11/06/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-
125 DIVULG 27-06-2014 PUBLIC 01-07-2014).
Veja o quadro mnemônico criado por Eduardo Sabbag com as informações relevantes sobre o
tema (Eduardo Sabbag, em Manual de Direito Tributário, 12ª edição, página 538, editora Saraiva):
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Uma das características que diferencia a taxa do preço público é que a primeira é compulso-
riamente exigida pelo Estado em razão da prestação de um serviço, enquanto o preço público
é pago facultativamente, considerando que o usuário optou por usufruir o serviço oferecido.
Letra e.
Nós vimos as diferenças entre taxa e preço público, sendo o preço público cobrado em razão
da autonomia de vontade de quem decide utilizar o serviço. Quanto ao pedágio, o STF se mani-
festou na ADI 800, concluindo que o “pedágio é espécie de preço público por não ser cobrado
compulsoriamente de quem não utilizar a rodovia; ou seja, é uma retribuição facultativa paga
mediante o uso voluntário do serviço.”
JURISPRUDÊNCIA
Ementa: TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. PEDÁGIO. NATUREZA JURÍDICA DE PREÇO
PÚBLICO. DECRETO 34.417/92, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. CONSTITUCIO-
NALIDADE. 1. O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo
Poder Público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da
Constituição de 1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não
estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita.
2. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. (ADI 800, Relator(a): Min.
TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 11/06/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-
125 DIVULG 27-06-2014 PUBLIC 01-07-2014).
Letra c.
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A fim de que não haja enriquecimento ilícito do Estado diante da cobrança da taxa, além de
essa dever ser proporcional ao montante cobrado, ela não pode ser cobrada de forma ilimitada,
havendo posicionamento da Suprema Corte nesse sentido:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 667, STF: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária
calculada sem limite sobre o valor da causa.
Enquanto a base de cálculo da taxa considera o serviço prestado para a sua quantificação,
a do imposto leva em consideração uma base econômica representada pela manifestação de
riqueza do contribuinte, não podendo haver coincidência entre a base de cálculo das taxas e
dos impostos, segundo § 2º, art. 145, CF/88 e par. único do art. 77 do CTN:
Art. 145, § 2º. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
***
Art. 77, parágrafo único, CTN. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. (Vide Ato Comple-
mentar n. 34, de 1967)
Embora não seja possível a identidade entre a base de cálculo do imposto e da taxa, o STF
entende que é possível a utilização de um ou mais elementos da base de cálculo do imposto
para quantificação da base de cálculo da taxa. Veja o teor da Súmula Vinculante n. 29:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou
mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja
integral identidade entre uma base e outra.
Sobre o tema, o STF se deparou com o julgamento de um caso em que o município utilizou
a metragem do imóvel como um dos elementos para determinação da base de cálculo da taxa
de lixo de coleta domiciliar.
O referido elemento, a metragem, também é utilizado como critério para apuração da base
de cálculo do IPTU, tendo o STF concluído pela constitucionalidade da identidade desse ele-
mento para determinação da base de cálculo de ambos os tributos.
A justificativa apresentada diz que quanto maior o imóvel, maior a quantidade de lixo pro-
duzido, havendo assim correlação com o serviço prestado e o seu custo. Veja trecho do voto
do Min. Relator Carlos Velloso proferido nos autos do RE n. 232.393/SP:
JURISPRUDÊNCIA
“...deve-se entender que o cálculo da taxa de lixo, com base no custo do serviço dividido pro-
porcionalmente às áreas construídas dos imóveis, é forma de realização da isonomia tributária,
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que resulta na justiça tributária {C.F., art. 150, II). É que a presunção é no sentido de que o imóvel
de maior área produzirá mais lixo do que o imóvel menor. O lixo produzido, por exemplo, por
imóvel com mil metros quadrados de área construída será maior do que o lixo produzido por
imóvel de cem metros quadrados. A presunção é razoável e, de certa forma, realiza, também,
o princípio da capacidade contributiva do art. 145, § 1º, da C.F. que, sem embargo de ter como
destinatária os impostos, nada impede que possa aplicar-se, na medida do possível, às taxas”.
008. (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SC/2017) Município X cobra taxa por coleta de lixo urbano,
feita por empresa contratada pela Administração municipal. O tributo é calculado sobre o valor,
atribuído por lei municipal, da frente para a via pública do imóvel em que se dará a coleta, medi-
da em metros lineares. O tributo é julgado inconstitucional. A taxa não pode ser cobrada porque
a) a base de cálculo é semelhante ao valor venal do imóvel, base de cálculo do IPTU.
b) a base de cálculo não é apropriada para prestação de serviços, prestando-se, somente, para
o caso de taxa por exercício de poder de polícia.
c) o serviço público é prestado por particular contratado, sendo, portanto, caso de cobrança de
preço público diretamente pelo contratado.
d) o serviço é, por natureza, indivisível, tendo em vista a impossibilidade de pesar o lixo no
momento da coleta.
e) a base de cálculo não tem pertinência com o serviço prestado ou posto à disposição.
Vamos à CF/88:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de servi-
ços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
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Por expressa disposição constitucional, não é possível que taxas tenham base de cálculo pró-
pria de impostos. O que pode existir é a coincidência de alguns elementos da base de cálculo
aplicável a algum imposto. Veja a Súmula do STF:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 29, STF: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um
ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não
haja integral identidade entre uma base e outra.
Portanto, as taxas não podem ter base de cálculo idêntica a de algum imposto.
Errado.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 667, STF - Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária
calculada sem limite sobre o valor da causa.
Já no que diz com a base de cálculo das taxas, temos que ter conhecimento do disposto no
par. único do art. 77 do CTN, o qual prevê que a base de cálculo da taxa não pode ser calculada
em função do capital da empresa.
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspon-
dam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 665, STF - É constitucional a Taxa de Fiscalização dos Mercados de Títulos e
Valores Mobiliários instituída pela Lei 7.940/89.
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3. Contribuições de Melhoria
A contribuição de melhoria é uma espécie de tributo existente no ordenamento jurídico
brasileiro desde a Constituição de 1934.
Atualmente, as contribuições de melhoria (decorrentes de obras públicas) estão destaca-
das no inc. III do art. 145 da CF/88 e no art. 5º do CTN:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
...
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
***
Art. 5º, CTN. Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Não basta o ente tributante realizar uma obra pública, é preciso que haja a consequente
valorização imobiliária para a cobrança desse tributo, de modo que seu fato gerador é a valo-
rização imobiliária em decorrência de obra pública, e não a obra em si.
Como visto, a contribuição de melhoria é um tributo cobrado em razão de obra pública que
valorize determinados imóveis. Como só após a realização da obra é possível identificar o res-
pectivo percentual de valorização, a afirmação do examinador de que a atividade estatal deve
ser realizada de forma prévia à sua cobrança está certa.
Certo.
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Com o intuito de evitar o enriquecimento ilícito do particular que tiver imóvel valorizado em
razão de obra pública, o Poder Público está constitucionalmente autorizado a cobrar a contri-
buição de melhoria como indenização por esse gasto.
Como é uma espécie de tributo, a contribuição de melhoria deve ser instituída por meio de
lei, a qual, nos termos do art. 82 do CTN, deve prever os seguintes requisitos mínimos:
(i) publicação prévia de: memorial descritivo, orçamento do custo, parcela do custo que será finan-
ciada pela contribuição, delimitação da área beneficiada e determinação do fator de absorção do
benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
(ii) fixação de prazo não inferior a 30 dias para os interessados impugnarem os elementos mencio-
nados no item i;
(iii) regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação, sem
prejuízo da sua apreciação judicial.
A título de visualização, obra pública realizada pelo Poder Público que pode acarretar em
valorização imobiliária é a “construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes,
túneis e viadutos”, conforme dispõe o inc. II do art. 2º do Decreto-Lei n. 195, editado em 1967,
que trata da contribuição de melhoria (e foi recepcionado pela Carta Magna vigente):
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JURISPRUDÊNCIA
EMENTA: TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE SANTO ANDRE/SP. TAXA DE PAVIMENTAÇÃO ASFAL-
TICA. LEI N. 3.999/72, ART. 244. INCONSTITUCIONALIDADE. Tributo que tem por fato gera-
dor benefício resultante de obra pública, próprio de contribuição de melhoria, e não a uti-
lização, pelo contribuinte, de serviço público especifico e divisível, prestado ao contribuinte
ou posto a sua disposição. Impossibilidade de sua cobrança como contribuição, por ino-
bservância das formalidades legais que constituem o pressuposto do lançamento dessa
espécie tributaria. Inocorrência da alegada afronta ao art. 18, II, da EC 01/69. Inconstitucio-
nalidade, que se declara, do art. 276 da Lei n. 3.999, de 29 de dezembro de 1972, do Municí-
pio de Santo Andre/SP. Recurso não conhecido. (j. 02/08/1995, publicado em 08/09/1995)
Art. 82, § 1º. A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo
da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função
dos respectivos fatores individuais de valorização.
Para apuração da contribuição de melhoria deve-se considerar o custo da obra e dividi-lo por
todas as pessoas que tiveram o imóvel valorizado pela respectiva obra pública, levando em con-
sideração, para tanto, fatores individuais de valorização, o que quer dizer que a contribuição de
melhoria a ser paga por um contribuinte pode ser maior do que a contribuição devida por outro.
O limite total do somatório das contribuições de melhoria cobradas em razão de uma obra
pública é o custo do ente tributante com ela, ao passo que a contribuição de melhoria, indivi-
dualmente, não pode ultrapassar o valor da valorização relativa ao respectivo bem (conforme
se depreende da análise da parte final do art. 81 já transcrito).
Ademais, o referido tributo pode ser instituído por qualquer ente federativo (União, estados,
Distrito Federal e municípios), respeitando as suas atribuições administrativas previstas no
texto constitucional.
Nesse sentido, o fato de a contribuição de melhoria poder ser criada por qualquer um dos
entes significa a sua instituição é de competência comum, conforme será estudado em “com-
petência tributária”.
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Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Veja que o argumento de que a sua instituição se dá com a finalidade de evitar o enriquecimen-
to ilícito do proprietário está correto, pois se a contribuição de melhoria não for instituída ele
iria enriquecer às custas do Estado.
Certo.
4. Empréstimos Compulsórios
Tendo em conta a teoria pentapartida, os empréstimos compulsórios são uma espécie de tributo.
Antigamente havia um intenso debate do ponto de vista jurisprudencial e doutrinário quan-
to à natureza jurídica do empréstimo compulsório.
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Enquanto vigente a Constituição de 1946, o STF foi provocado a julgar a sua natureza jurí-
dica, oportunidade em que rechaçou a classificação como tributo.
A consolidação desse entendimento se deu com a edição da Súmula n. 418 do STF, que
afirmou que “o empréstimo compulsório não é tributo, e sua arrecadação não está sujeita à
exigência constitucional da prévia autorização orçamentária”.
Ocorre que a Suprema Corte mudou o seu posicionamento, e, em 1988, quando vigente a
Constituição de 1967, reconheceu a natureza tributária dos empréstimos compulsórios, con-
forme se depreende do RE 111.954, de relatoria do Min. Oscar Corrêa, considerando-se supe-
rada a Súmula n. 418.
Nesse sentido, é pacífico o entendimento jurisprudencial de que o empréstimo compulsó-
rio é tributo, havendo, no entanto, questionamento dessa afirmação por alguns doutrinadores1.
Hoje, inclusive, a compreensão de que o empréstimo compulsório é um tributo se dá em
razão do fato de que Constituição Federal de 1988 trata a seu respeito no capítulo “Sistema
Tributário Nacional”.
Ressalte-se que a primeira Constituição a tratar deste tributo no referido capítulo foi a de 1967.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado
o disposto no art. 150, III, “b”.
Dissecando esse artigo podemos extrair a exigência de um requisito formal e de três requi-
sitos materiais para a sua instituição.
Como requisito formal a Constituição exige que a criação dos empréstimos compulsórios
se dê por intermédio de lei complementar, sendo vedada a sua criação por meio de medida
provisória ou de lei ordinária, em atenção ao inc. III, § 1º, art. 62 da CF/88.
Como requisitos materiais a Constituição somente autoriza a sua instituição diante destas
situações:
• calamidade pública;
• guerra externa ou sua iminência; e
• investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
1
Hugo de Brito Machado discorda dessa afirmação, pois entende que o empréstimo compulsório não representa uma
receita propriamente dita para o setor público, em vista da obrigatoriedade de sua devolução ao particular. No entanto reco-
nhece que não se pode desprezar que esta é uma modalidade de tributo, pois o constituinte dispõe expressamente sobre o
empréstimo compulsório no capítulo da Constituição intitulado “Sistema Tributário Nacional”. (Curso de Direito Tributário,
34ª ED, página 65, Malheiros Editores)
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Como se vê, os casos acima não representam hipóteses de incidência, mas sim o contex-
to fático em que a União pode editar uma lei complementar criando o referido tributo.
Assim, a lei que instituir o empréstimo compulsório é que fará a previsão do seu fato gerador.
O CTN embora não trate o empréstimo compulsório como modalidade de tributo de forma
expressa em seu art. 5º, dispõe no art. 15 sobre as hipóteses em que ele pode ser instituído:
Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:
I – guerra externa, ou sua iminência;
II – calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentá-
rios disponíveis;
III – conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
Ao cotejar o dispositivo supratranscrito com a CF/88, podemos concluir que o inciso III do
art. 15 não foi recepcionado pela CF/88.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado
o disposto no art. 150, III, “b”.
Diante da sua análise podemos afirmar que ele é um tributo de competência exclusiva da União
e que deve ser instituído por meio de lei complementar, o que impede a sua criação por inter-
médio de medida provisória.
Errado.
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Art. 148, parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Da análise desse dispositivo, lembre-se de que o art. 4º do CTN destaca que a natureza
jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da obrigação tributária, e que a sua qualifi-
cação como tributo independe da destinação legal da sua arrecadação:
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obri-
gação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Art. 15, parágrafo único, CTN. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições
de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.
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JURISPRUDÊNCIA
“Com a utilização, para definir o instituto de direito público, do termo empréstimo, posto
que compulsório, a Constituição vinculou o legislador à essencialidade da restituição na
mesma espécie, seja por força do princípio explícito no art. 110 CTN, seja porque essa
identidade do objeto das prestações recíprocas é indissociável da significação jurídica ou
vulgar da palavra empregada”.
Nesse sentido também se manifestou o Min. Moreira Alves destacando que para que em-
préstimo compulsório “se configure, é mister que, arrecadado em dinheiro, a devolução se faça
em dinheiro ou título que o represente”.
Uma exceção peculiar ao que se consolidou na jurisprudência foi o empréstimo compulsó-
rio instituído em favor da Eletrobrás. Nesse caso específico, o STF entendeu que a devolução
do valor poderia ser feita em ações.
4.4. Princípio da Anterioridade e os Empréstimos Compulsórios
Os empréstimos compulsórios devem respeitar os princípios tributários previstos na CF/88,
os quais serão estudados em aula específica.
Nesta aula trataremos especificamente do Princípio da Anterioridade, o qual se representa
de duas formas, conforme alíneas “b” e “c”, inc. III, art. 150, CF/88:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído
ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
(Vide Emenda Constitucional n. 3, de 1993)
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou au-
mentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
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(ii) o tributo só pode ser cobrado após 90 dias da publicação da lei que os instituiu – prin-
cípio da anterioridade nonagesimal.
No entanto, o próprio legislador constituinte previu exceções a esses princípios no § 1º do
art. 150 da CF/88:
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e
154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V;
e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
Como vimos, os empréstimos compulsórios estão previstos no art. 148 da CF/88 e podem
ser instituídos, segundo incisos I e II, respectivamente: i) para atender a despesas extraordiná-
rias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; e ii) no caso de
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
Cotejando as hipóteses que possibilitam a instituição de empréstimo compulsório e o § 1º
do art. 150, conclui-se que a instituição e a cobrança do empréstimo compulsório para aten-
der a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência, pode se dar de forma imediata, pois é exceção ao princípio da anterioridade anual
e ao da anterioridade nonagesimal.
No entanto, quanto ao empréstimo compulsório a ser instituído no caso de investimento públi-
co de caráter urgente e de relevante interesse nacional, repare a parte final do inciso II do art. 148:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
...
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado
o disposto no art. 150, III, “b”.
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Para responder essa questão é preciso lembrar-se do art. 148 da CF/88 e o art. 15 do CTN:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado
o disposto no art. 150, III, “b”.
***
Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:
I – guerra externa, ou sua iminência;
II – calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentá-
rios disponíveis;
III – conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
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a) Errada. Os empréstimos compulsórios devem ser instituídos por lei complementar, sendo
impossível, portanto, a sua criação por meio de medida provisória ou lei ordinária.
b) Errada. Os empréstimos compulsórios no caso de relevante interesse público, de caráter
urgente e de relevante interesse nacional, devem respeitar o Princípio da Anterioridade Anual
e o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, pois não há previsão constitucional que afaste a
aplicação desses princípios.
c) Errada. A instituição dos empréstimos compulsórios não se resume a essas situações, eles
podem ser instituídos pela União diante dos seguintes contextos:
• calamidade pública;
• guerra externa ou sua iminência; e
• investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
d) Certa, em conformidade com o inciso I do art. 148 da CF/88.
e) Errada. Nesta alternativa o examinar transcreveu o art. 15 do CTN. Tendo em vista que esse
comando não foi recepcionado pela CF/88, não se admite a instituição de empréstimos com-
pulsórios diante de conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
Letra d.
5. Contribuições Especiais
As contribuições especiais representam um tributo de arrecadação vinculada, pois a desti-
nação do seu recurso é elemento essencial para caracterizá-lo como espécie tributária e para
diferenciá-las dos demais tipos de tributo.
Esta espécie de tributo está prevista nos art. 149 e 149-A da CF/88 e é subdividida em grupos:
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social (contribuição previdenciária dos servidores públicos) que pode ser instituída pelos es-
tados, pelos municípios ou pelo DF, conforme § 1º do art. 149 da CF/88 que será estudado no
subtópico seguinte (contribuições para a seguridade social).
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições
para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposen-
tados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões. (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional n. 103, de 2019) (Vigência)
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respec-
tivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002)
No que se refere à alíquota ad valorem, nesta aula basta o conhecimento de que ela é ca-
racterizada pela aplicação de um percentual sobre a base de cálculo para chegar ao valor do
imposto devido, enquanto a alíquota específica é caracterizada por considerar uma unidade de
medida para determinar o valor do imposto a ser pago.
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A seguridade social é tratada pela Constituição em capítulo próprio, inserido com nome de
“Ordem Social”, e é objeto de estudo do Direito Previdenciário.
Ocorre que, tendo em vista que o capítulo “Sistema Tributário Nacional” prevê as contribui-
ções sociais como uma espécie tributária, precisaremos estudar alguns dispositivos da “Segu-
ridade Social” para compreender a contribuição para a seguridade social.
Com o intuito de conceituar a seguridade social, o legislador constituinte, por intermédio
do art. 194 da CF/88, destaca que ela “compreende um conjunto integrado de ações de ini-
ciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à
saúde, à previdência e à assistência social”.
Nesse sentido, a receita arrecada a título de contribuições para a seguridade social são
vinculadas a gastos do Poder Público com saúde, previdência e assistência social.
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Para o financiamento da seguridade social, o art. 195 da CF/88 prevê que são utilizados
recursos provenientes dos entes políticos (financiamento indireto) e das contribuições sociais
cobradas (financiamento direto) conforme a seguir:
Essas são as fontes de custeio da seguridade social. Como se vê, a sociedade contribui
para o custeio da seguridade social, atendendo ao Princípio da Solidariedade, tendo em vista
que a contribuição paga por uma pessoa beneficia outras.
A seguridade social é composta pela saúde, pela assistência social e pela previdência social.
No que se refere ao último grupo apresentado, ele é composto por dois regimes: o Regime
Geral de Previdência Social – RGPS e o Regime Próprio de Previdência Social – RGPS.
O RGPS refere-se ao regime aplicável à iniciativa privada, enquanto o RPPS refere-se a regi-
me aplicável ao serviço público. Para custeio desses regimes são cobradas contribuições da
seguridade social, também conhecidas como contribuições previdenciárias.
No que se refere ao RGPS, ele é financiado por contribuições previdenciárias federais,
enquanto o RPPS é financiado por contribuição previdenciária federal, estadual, municipal ou
distrital: depende do ente que o servidor faz parte.
É o par. 1º, art. 149, da CF/88, que dispõe que cada ente político pode cobrar contribuições de
seus servidores públicos efetivos, aposentados e pensionistas para custeio do seu regime próprio.
Em outras palavras, a União, estados, os municípios e o Distrito Federal têm competência
para instituir contribuições para custear a previdência social dos seus servidores. No entanto,
saiba de que nem todos os municípios já instituíram seu Regime Próprio de Previdência Social,
sujeitando os seus servidores ao RGPS, nesse caso.
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Além disso, os servidores públicos que não são estatutários, por exemplo, os comissiona-
dos, sujeitam-se ao RGPS ainda que no âmbito federativo a que se submete exista um RPPS.
Repare que o caput do art. 149 da CF/88 afirma que quem tem competência para instituir
as contribuições sociais é a União, mas com o destaque do par. 1º conclui-se que os estados,
os municípios e o DF também têm competência para instituir contribuições, qual sejam, contri-
buições previdenciárias para custeio do respectivo RPPS.
Quanto à aposentadoria e pensão concedidas pelo RGPS, o art. 195, II, destaca que sobre
esses valores não incidirá contribuição previdenciária.
No entanto, no que se refere aos proventos de aposentadoria e pensão concedidas pelo
RPPS, que sejam superiores ao teto do benefício concedido pelo RGPS, sofrerão incidência
de contribuição previdenciária:
Art, 40, § 18, CF/88. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas
pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os
servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)
Art. 149, § 1º-A, CF/88. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e
pensionistas poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere
o salário-mínimo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) (Vigência)
Caso a referida contribuição previdenciária não seja suficiente para cobrir o deficit atua-
rial, será possível a instituição, pela União, de contribuição extraordinária dos servidores pú-
blicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas (§ 1º-B, art. 149, CF/88).
Tal contribuição será criada por tempo determinado, em paralelo a outras medidas (art.
149, § 1º-C, CF/88).:
Art. 149, § 1º-B, CF/88. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionar
o deficit atuarial, é facultada a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos
servidores públicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas. (Incluído pela Emenda Constitucio-
nal n. 103, de 2019) (Vigência)
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Art. 149, § 1º-C, CF/88. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída simul-
taneamente com outras medidas para equacionamento do deficit e vigorará por período determinado,
contado da data de sua instituição. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) (Vigência)
Art. 195. CF/1988. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 20, de 1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
...
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas di-
ferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da
empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de
bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas «b» e «c» do inciso I do caput. (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
III – cobrar tributos:
...
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
(Vide Emenda Constitucional n. 3, de 1993)
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou au-
mentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
Art. 195, § 6º, CF/88. As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se
lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
Portanto, a contribuição da seguridade social só pode ser exigida após 90 (noventa) dias da pu-
blicação da lei que a criou, independentemente se esse prazo for alcançado no ano da publicação.
As imunidades tributárias serão estudadas com profundidade em nosso curso, mas agora
seremos objetivos no que se refere à tema relacionado às contribuições da seguridade social.
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Art. 195, § 7º, CF/88. São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficen-
tes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo
do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o...
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste
artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001)
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 33, de 2001)
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e) para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis, podem ser
instituídas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios.
a) Errada. Pois para instituição de contribuições de melhoria deve haver valorização imobiliária
decorrente de obra pública.
b) Errada. A CF/88 não prevê esse tipo de contribuição especial.
c ) Certa. Conforme vimos o par. 1º do art. 149 da CF/88 autoriza a instituição de contribuições pre-
videnciárias por todos os entes políticos para custeio dos seus respectivos regimes previdenciários.
d) Errada. O inc. II, art. 154, CF/88 prevê a possibilidade de criação de Imposto Extraordinário
de Guerra na iminência ou no caso de guerra externa, não havendo previsão no texto constitu-
cional quanto à criação de contribuições extraordinárias em caso de guerra.
Preste atenção: em 2019 - após a realização da prova em que foi retirada esta questão, inclusi-
ve - foi inserido no texto constitucional a previsão de contribuição extraordinária previdenciária
dos servidores públicos da União (§1º-B, §1º C, art. 149, CF/88).
Alternativa e) Falsa. A instituição da COSIP é de competência dos municípios e do DF, confor-
me você verá ainda nesta aula.
Letra c.
Art. 195, § 4º, CF/88 A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou ex-
pansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Como se vê da parte final do dispositivo, esse artigo deve ser lido em conjunto com o art.
154, I, que concede à União competência residual para instituição de novos impostos, conhe-
cidos como impostos residuais (inominados):
Diante de sua análise, constata-se que o legislador constituinte concede competência re-
sidual e exclusiva à União para instituir novas contribuições da seguridade social.
Em razão da obrigatoriedade de observância do art. 154, I, as regras para instituição das
contribuições residuais para seguridade social são as mesmas do imposto residual:
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(iii) a sua base de cálculo e o seu fato gerador não podem coincidir com o fato gerador e base de
cálculo das contribuições da seguridade social já previstas expressamente na Constituição;
(iv) não cumulativas.
A segunda regra para instituição das novas contribuições para a seguridade social diz res-
peito à exigência de lei complementar, sendo vedada, portanto, a sua instituição por meio de
medida provisória, em atenção ao inc. III, par. 1º, art. 62, CF/88.
Quanto à terceira regra exigida para a instituição das “outras contribuições sociais de se-
guridade social”, saiba que as referidas contribuições sociais não podem ter a base de cálculo
e fato gerador iguais aos das contribuições sociais já existentes, mas podem ter a base de
cálculo e fato gerador de impostos já existentes.
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Espécies Tributárias
Diego Degrazia e Lis Ribas
JURISPRUDÊNCIA
“Quando o §4º, do art. 195, da C.F., manda obedecer a regra da competência residual da
União – art. 154, I – não estabelece que as contribuições não devam ter fato gerador ou base
de cálculo de impostos. As contribuições, criadas na forma do §4º, do art. 195, da C.F., não
devem ter, isto sim, fato gerador e base de cálculo próprios das contribuições já existentes.”
As contribuições sociais gerais são instituídas para financiamento de área social distinta
daquela compreendida como seguridade social e podem ser criadas por lei ordinária.
Certamente você já ouviu falar do Serviço Social do Comércio (SESC), do Serviço Social da
Indústria (SESI) ou do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), não é mesmo?
Esses são exemplos de empresas privadas que prestam os conhecidos serviços sociais autô-
nomos e fazem parte do “Sistema S”, conforme art. 240 da CF/88:
Art. 240, CF/88. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias
dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e
de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.
Essas entidades privadas não fazem parte da Administração Pública, mas prestam serviço so-
cial em prol do interesse público, razão pela qual a Constituição autoriza a União a instituir contribui-
ções que serão repassadas a elas e utilizadas por elas em benefício do respectivo setor em que atua.
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Diego Degrazia e Lis Ribas
Essa informação de que o ente político (União) institui a contribuição e outra pessoa a arrecada
e a fiscaliza nos remete a uma classificação vista na aula passada quanto à finalidade do tributo.
Na oportunidade afirmamos que os tributos parafiscais “são arrecadados, fiscalizados e
utilizados por pessoa distinta daquela responsável pela sua criação”, sendo as contribuições
para a seguridade social classificadas como tributo parafiscal.
Além das contribuições destinadas ao “Sistema S”, o salário-educação destinado ao finan-
ciamento de programas, projetos e ações voltados para a educação básica pública representam
um tipo de contribuição social geral, conforme art. 212, § 5º da Constituição Federal de 1988:
Art. 212, § 5º, CF/1988. A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a
contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 53, de 2006)
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 732, STF: É constitucional a cobrança da contribuição do salário-educação,
seja sob a Carta de 1969, seja sob a Constituição Federal de 1988, e no regime da Lei
9.424/1996.
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obri-
gação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Como se vê, o artigo 4º informa que a destinação legal do produto da arrecadação do tributo
não pode ser relevante para a caracterização da sua natureza jurídica. Ocorre que essa situação
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será crucial para a delimitação da natureza jurídica das contribuições especiais, em detrimento
dos impostos.
Sem tal avaliação não se pode discernir o imposto da contribuição. Até por isso, ao adotar a
teoria PENTAPARTIDA, o STF inaugurou uma nova forma de se olhar a delimitação da natureza
jurídica específica de alguns tributos, entre eles as contribuições.
Esse novo olhar, entretanto, não se aplica aos IMPOSTOS, às TAXAS e às CONTRIBUIÇÕES DE
MELHORIA, que continuam a ser avaliados apenas pelo fato gerador da obrigação. Por isso,
controversa a assertiva que diz que “o texto constitucional inaugurou novo critério de distinção,
de natureza jurídica específica, para os impostos e as contribuições sociais”.
No nosso sentir, o novo critério pode ser aplicado às Contribuições Especiais e aos Emprésti-
mos compulsórios apenas.
De qualquer forma, em que pese bastante controversa, a banca entendeu como correta a assertiva.
Certo.
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5.2.1. CIDE-Combustível
Da análise do inciso I constata-se que a referida CIDE incide sobre atividades de importa-
ção ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool
combustível e que o legislador constituinte destacou essas características a seu respeito:
Como é sabido, CIDE é tributo de arrecadação vinculada, de forma que quanto à CIDE-
-Combustível o legislador constituinte destacou no art. 177, § 4º, inc. II, qual a destinação dos
valores arrecadados por meio da sua instituição. Tais valores serão destinados:
Assim, a CF/1988 prevê tanto o fato gerador (que não é determinante para a sua caracteri-
zação como tributo) como a destinação da CIDE-Combustível.
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Além disso, o texto constitucional autoriza o repasse pela União de parte da CIDE-com-
bustível arrecadada, conforme já visto nesta aula quando tratamos sobre impostos e a Repar-
tição Constitucional as Receitas Tributárias.
Na oportunidade transcrevemos a CF/88, art. 159, III, e explicamos que a União deve distri-
buir aos estados e ao DF 29% (vinte e nove porcento) da receita arrecadada a título de CIDE-
-Combustíveis para financiamento de programas de infraestrutura de transportes.
Desse valor recebido, os estados devem entregar 25% aos seus municípios:
Com o intuito de que você não tenha surpresas no dia da prova listaremos algumas CIDEs
cobradas em nosso país, as quais já tiveram a sua constitucionalidade/legalidade reconhecida
perante o STF e/ou perante o STJ:
• Adicional de Tarifa Portuária (ATP) – RE 209.365, rel. min. Carlos Velloso, j. 4-3-1999, P,
DJ de 7-12-2000.
• Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) - RE 177.137, rel.
min. Carlos Velloso, j. 24-5-1995, P, DJ de 18-4-1997. – Súmula 553, STF.
• Contribuição ao INCRA – Resp 977.058/RS, rel. Min. Luiz Fux. 1ª T., j. em 22-10-2008) –
Súmula 516, STJ.
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Compete aos municípios o imposto sobre a cessão, a título oneroso, de direitos à aquisição, por
ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis?
a) Não, não, sim.
b) Não, não, não.
c) Sim, sim, sim.
d) Não, sim, sim.
e) Não, sim, não.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domí-
nio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de
sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem preju-
ízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servido-
res, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota
não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
Assertiva 2: Errada. A CIDE-Combustíveis foi instituída pela União com o propósito de financiar
projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás e programas de infra-es-
trutura de transportes, ao talante do disposto no inciso II, do parágrafo 4º do Artigo 177 da CF/88.
Assertiva 3: Considerado correto pela banca. A primeira coisa que precisamos ter em mente
aqui é a redação do disposto no inc. II do art. 156 da CF/88:
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II – transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direi-
tos a sua aquisição;
Como a gente pode notar do que foi marcado acima, a Constituição atribui aos municípios a
competência para a instituição do ITBI sobre direitos reais sobre imóveis, EXCETO OS DIREI-
TOS REAIS DE GARANTIA, como a hipoteca, por exemplo. Tal ressalva não foi considerada
pela banca, o que, no nosso entendimento torna a assertiva incorreta. Inobstante isso, a ESAF
manteve o gabarito aqui apresentado.
Letra a.
Conforme art. 149, CF/88, destacamos que as contribuições especiais são tributos de compe-
tência da União:
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Certo.
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respec-
tivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consu-
mo de energia elétrica.
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JURISPRUDÊNCIA
SÚMULA VINCULANTE 41 - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.
JURISPRUDÊNCIA
“bem verdade que a aludida contribuição guarda alguma semelhança com os impostos. No
entanto, ela não se identifica com esta espécie tributária, por força do disposto no art. 167,
IV, da Constituição Federal, que veda a vinculação da receita de impostos a qualquer órgão,
fundo ou despesa, exceto nos casos expressamente previstos no próprio texto magno.
...
A meu ver, a COSIP constitui um novo tipo de contribuição, que refoge aos padrões estabe-
lecidos nos arts. 149 e 195 da Constituição Federal. Cuida-se, com efeito, de uma exação
subordinada a disciplina própria, qual seja, a do art. 149-A da CF, sujeita, contudo, aos prin-
cípios constitucionais tributários, visto enquadrar-se inequivocamente no gênero tributo”.
Nesse sentido, embora haja questionamento por alguns juristas a respeito da constitucio-
nalidade da COSIP, o importante é que você saiba que ela é considerada constitucional pelo
STF e é isso que você deve levar para a prova.
Ademais, você ainda poderá se deparar com assertivas que dizem ser a COSIP um “Contri-
buição Sui Generis”. Caso isso ocorra, marque como correto pois essa é uma dicção expressa-
mente utilizada pelo STF para se referir a essa exação.
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JURISPRUDÊNCIA
“I - Lei que restringe os contribuintes da COSIP aos consumidores de energia elétrica do
município não ofende o princípio da isonomia, ante a impossibilidade de se identificar e
tributar todos os beneficiários do serviço de iluminação pública.
II – A progressividade da alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação pública entre
os consumidores de energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva.
III – Tributo de caráter sui generis, que não se confunde com um imposto, porque sua
receita se destina a finalidade especifica, nem com uma taxa, por não exigir a contrapres-
tação individualizada de um serviço ao contribuinte.
IV – Exação que, ademais, se amolda aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade”.
(RE 573675, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 25/03/2009,
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-094 DIVULG 21-05-2009 PUBLIC 22-05-2009)
Por fim, atente-se para o fato de que a CF/1988, em seu art. 149-A, parágrafo único, faculta
que os municípios e o DF cobrem a COSIP na fatura de energia elétrica.
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respec-
tivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002)
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Da análise do inc. IV, art. 8º, CF/88, depreende-se que a Constituição traz a possibilidade
de instituição de uma contribuição associativa - que é estabelecida em assembleia geral - para
custeio do sistema confederativo.
Essa exação é chamada de contribuição confederativa e não terá natureza tributária, de
modo que não é obrigatório o seu pagamento pelos profissionais da respectiva categoria eco-
nômica que não sejam filiados ao respectivo sindicato.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 666, STF - A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição,
só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.
Súmula Vinculante 40 - A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Consti-
tuição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.
Na parte final do inc. IV, art. 8, CF/1988, entretanto, o legislador constituinte afirma que
essa contribuição confederativa será descontada independentemente de uma OUTRA contri-
buição prevista em lei.
Percebe-se, nesse caso, que existe a possibilidade da instituição de uma OUTRA con-
tribuição, essa sim com natureza tributária, criada por lei e cobrada compulsoriamente dos
profissionais da respectiva categoria econômica. Veja a posição do STF sobre o tema:
JURISPRUDÊNCIA
“A questão a saber é se a denominada contribuição confederativa, inscrita no art. 8º, IV,
da Constituição Federal, fixada pela assembleia geral, é devida pelos empregados não
filiados ao sindicato. Noutras palavras, se apresenta ela caráter de compulsoriedade, vale
dizer, se é obrigatório o seu pagamento por empregados não filiados ao sindicato. (...)
Primeiro que tudo, é preciso distinguir a contribuição sindical, contribuição instituída
por lei, de interesse das categorias profissionais - art. 149 da Constituição - com cará-
ter tributário, assim compulsória, da denominada contribuição confederativa, instituída
pela assembleia geral da entidade sindical - C.F., art. 8º, IV. A primeira, conforme foi dito,
contribuição parafiscal ou especial, espécie tributária, é compulsória. A segunda, entre-
tanto, é compulsória apenas para os filiados do sindicato.” (RE 198092, Relator Ministro
Carlos Velloso, Segunda Turma, julgamento em 27.8.1996, DJ de 11.10.1996)
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Com isso, podemos resumir as características das exações previstas no artigo 8º da Cons-
tituição da seguinte forma:
Base: Parte final do inc. IV do art. 8º da Base: Parte inicial do inc. IV do art. 8º
CF/88. Arts. 578, 579, CLT da CF/88
Ocorre que, atualmente, em face de alteração promovida na Consolidação das Leis do Tra-
balho em 2017, as exações ali previstas – que antes possuíam natureza tributária - não mais
estão adequadas ao conceito do artigo 3º do CTN.
Note a redação anterior e a atual:
Art. 578 - As contribuições devidas aos Sindicatos pelos que participem das categorias econômicas
ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a deno-
minação do “imposto sindical”, pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo.
Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias econômicas
ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a
denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste
Capítulo, desde que prévia e expressamente autorizadas. (Redação dada pela Lei n. 13.467, de 2017)
Como se vê, atualmente não existem mais contribuições sindicais com natureza tributária.
Nada impede, entretanto, que voltem a ser cobradas caso instituídas em lei de forma cogente,
tendo em conta a manutenção da competência para sua instituição na Constituição Federal.
Para finalizar o tema, queremos que você preste atenção no seguinte quadro resumo onde
aparecem todas as contribuições especiais:
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6. Jurisprudência Selecionada
Os temas estudados nesta aula geraram posições dos tribunais superiores que são impor-
tantes para fins de prova.
Vamos repassar as principais súmulas do STF e do STJ que julgaram a constitucionalidade
e/ou a legalidade de determinados espécies de taxas e contribuições instituídas no Brasil:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 12-STF: A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas
viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 40-STF: A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da
Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 595, STF: É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de
rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto territorial rural - ITR.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 124-STJ: A taxa de melhoramento dos portos tem base de cálculo diversa do
imposto de importação, sendo legítima a sua cobrança sobre a importação de mercado-
rias de países signatários do GATT, da ALALC ou ALADI.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 499-STJ: As empresas prestadoras de serviços estão sujeitas às contribuições
ao Sesc e Senac, salvo se integradas noutro serviço social.
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 516-STJ: A contribuição de intervenção no domínio econômico para o Incra
(Decreto-Lei n. 1.110/1970), devida por empregadores rurais e urbanos, não foi extinta
pelas Leis ns. 7.787/1989, 8.212/1991 e 8.213/1991, não podendo ser compensada
com a contribuição ao INSS.
Julgado importante:
Segue decisão recente do STF que conclui que taxa anual de segurança contra incêndio é
inconstitucional e que taxa de aprovação de projetos de construção é constitucional:
JURISPRUDÊNCIA
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. TRIBUTÁRIO. LEI SERGIPANA N.
4.184/1999. INSTITUIÇÃO DE TAXAS REMUNERATÓRIAS DE ATIVIDADES DE ÓRGÃO DA
SEGURANÇA PÚBLICA. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR. TAXA ANUAL DE SEGURANÇA
CONTRA INCÊNDIO E DE APROVAÇÃO DE PROJETOS DE CONSTRUÇÃO. ANÁLISE DE SIS-
TEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO. AÇÃO DIRETA JULGADA PARCIAL-
MENTE PROCEDENTE. 1. As taxas são tributos vinculados a atividade estatal dirigida a
sujeito identificado ou identificável, podendo decorrer do exercício do poder de polícia titula-
rizado pelo ente arrecadador ou da utilização de serviço público específico e divisível posto
à disposição do contribuinte. 2. A instituição de taxa exige que os serviços públicos por ela
remunerados cumulem os requisitos de especificidade e divisibilidade. Os serviços autori-
zadores de cobrança de taxas não podem ser prestados de forma geral e indistinta a toda
a coletividade (uti universi), mas apenas à parcela específica que dele frui, efetiva ou poten-
cialmente, de modo individualizado e mensurável (uti singuli). 3. A taxa anual de segurança
contra incêndio tem como fato gerador a prestação de atividade essencial geral e indivi-
sível pelo corpo de bombeiros, sendo de utilidade genérica, devendo ser custeada pela
receita dos impostos. 4. Taxa de aprovação de projetos de construção pelo exercício de
poder de polícia. A análise de projetos de sistemas de prevenção contra incêndio e pânico
é serviço público antecedente e preparatório de prática do ato de polícia, concre-
tizado na aprovação ou não do projeto e, consequentemente, na autorização ou não de se
obterem licenças e alvarás de construção. Serviços preparatórios específicos e divisíveis,
voltados diretamente ao contribuinte que pretende edificar em Sergipe, podendo ser cus-
teados por taxas. 5. Ação direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente.
(ADI 2908, Relator(a): CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 11/10/2019, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-242 DIVULG 05-11-2019 PUBLIC 06-11-2019)
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Seguem, abaixo, as ementas dos julgados importantes que foram citados na aula:
JURISPRUDÊNCIA
EMENTA: - DIREITO CONSTITUCIONAL, TRIBUTÁRIO E ADMINISTRATIVO. TAXA DE LOCA-
LIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. ARTIGO 145, II, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. FISCALI-
ZAÇÃO. PODER DE POLÍCIA. SÚMULA 279. 1. A União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios poderão instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos a sua disposição. É o que estatui a Constituição Federal, no art.
145 e seu inciso II, focalizados no R.E. 2. Interpretando essa norma, assim como as que
a precederam, seja na Constituição anterior, seja no Código Tributário Nacional, a juris-
prudência do S.T.F. firmou-se no sentido de que só o exercício efetivo, por órgão admi-
nistrativo, do poder de polícia, na primeira hipótese, ou a prestação de serviços, efetiva
ou potencial, pelo Poder Público, ao contribuinte, na segunda hipótese, é que legitimam
a cobrança de taxas, como a de que se trata neste Recurso: taxa de localização e funcio-
namento. 3. No caso, o acórdão extraordinariamente recorrido negou ter havido efetivo
exercício do poder de polícia, mediante atuação de órgãos administrativos do Município,
assim como qualquer prestação de serviços, efetiva ou potencial, pelo Poder Público,
ao contribuinte, que justificasse a imposição da taxa em questão. 4. As assertivas do
acórdão repousaram na interpretação das provas dos autos ou do direito local, que não
pode ser revista, por esta Corte, em R.E. (Súmulas 279 e 280). 5. Precedentes. 6. R.E. não
conhecido. (RE 140278, Relator(a): Min. SYDNEY SANCHES, Primeira Turma, julgado em
27/08/1996, DJ 22-11-1996 PP-45703 EMENT VOL-01851-04 PP-00695)
***
EMENTA: TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE ANÚN-
CIOS (TFA). CONSTITUCIONALIDADE. De presumir-se a efetividade da fiscalização exercida
pelos agentes da Municipalidade de Belo Horizonte, uma das maiores do País, no controle
da exploração e utilização da publicidade na paisagem urbana, com vista a evitar prejuízos à
estética da cidade e à segurança dos munícipes. De outra parte, não há confundir as dimen-
sões do anúncio, critério estabelecido para o cálculo da taxa devida, com a área do imóvel
de sua localização, elemento componente da base de cálculo do IPTU, para fim de identifi-
cação do bis in idem vedado pela Constituição. Recurso conhecido e provido. (RE 216207,
Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Primeira Turma, julgado em 02/03/1999, DJ 25-06-1999
PP-00030 EMENT VOL-01956-06 PP-01259 RTJ VOL-00170-01 PP-00351)
***
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IBAMA: TAXA DE FISCALIZAÇÃO. Lei 6.938/81,
com a redação da Lei 10.165/2000, artigos 17-B, 17-C, 17-D, 17-G. C.F., art. 145, II. I. - Taxa
de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA - do IBAMA: Lei 6.938, com a redação da
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Diego Degrazia e Lis Ribas
Lei 10.165/2000: constitucionalidade. II. - R.E. conhecido, em parte, e não provido. (RE
416601, Relator(a): CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgado em 10/08/2005, DJ 30-09-
2005 PP-00005 EMENT VOL-02207-3 PP-00479 RIP v. 7, n. 33, 2005, p. 237-252)
***
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 8.033/2003, DO ESTADO DO
MATO GROSSO, QUE INSTITUIU O SELO DE CONTROLE DOS ATOS DOS SERVIÇOS NOTA-
RIAIS E DE REGISTRO, PARA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE DAS ATIVIDA-
DES DOS NOTÁRIOS E DOS REGISTRADORES, BEM COMO PARA OBTENÇÃO DE MAIOR
SEGURANÇA JURÍDICA QUANTO À AUTENTICIDADE DOS RESPECTIVOS ATOS. I - Iniciativa:
embora não privativamente, compete ao Tribunal de Justiça deflagrar o processo de elabo-
ração de leis que disponham sobre a instituição do selo de controle administrativo dos atos
dos serviços notariais e de registro (alínea “d” do inciso II do art. 96 c/c § 1º do art. 236
da Carta Federal). II - Regime jurídico dos serviços notariais e de registro: a) trata-se de
atividades jurídicas próprias do Estado, e não simplesmente de atividades materiais, cuja
prestação é traspassada para os particulares mediante delegação. Traspassada, não por
conduto dos mecanismos da concessão ou da permissão, normados pelo caput do art. 175
da Constituição como instrumentos contratuais de privatização do exercício dessa ativi-
dade material (não jurídica) em que se constituem os serviços públicos; b) a delegação que
lhes timbra a funcionalidade não se traduz, por nenhuma forma, em cláusulas contratuais;
c) a sua delegação somente pode recair sobre pessoa natural, e não sobre uma empresa
ou pessoa mercantil, visto que de empresa ou pessoa mercantil é que versa a Magna Carta
Federal em tema de concessão ou permissão de serviço público; d) para se tornar delega-
tária do Poder Público, tal pessoa natural há de ganhar habilitação em concurso público
de provas e títulos, não por adjudicação em processo licitatório, regrado pela Constituição
como antecedente necessário do contrato de concessão ou de permissão para o desem-
penho de serviço público; e) são atividades estatais cujo exercício privado jaz sob a exclu-
siva fiscalização do Poder Judiciário, e não sob órgão ou entidade do Poder Executivo,
sabido que por órgão ou entidade do Poder Executivo é que se dá a imediata fiscalização
das empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos. Por órgãos do
Poder Judiciário é que se marca a presença do Estado para conferir certeza e liquidez
jurídica às relações inter-partes, com esta conhecida diferença: o modo usual de atuação
do Poder Judiciário se dá sob o signo da contenciosidade, enquanto o invariável modo
de atuação das serventias extra-forenses não adentra essa delicada esfera da litigiosi-
dade entre sujeitos de direito; f) as atividades notariais e de registro não se inscrevem no
âmbito das remuneráveis por tarifa ou preço público, mas no círculo das que se pautam
por uma tabela de emolumentos, jungidos estes a normas gerais que se editam por lei
necessariamente federal. III - Taxa em razão do poder de polícia: a Lei mato-grossense n.
8.033/2003 instituiu taxa em razão do exercício do poder de polícia. Poder que assiste aos
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7. Doutrina
“Insistimos em esclarecer que, do ponto de vista de uma Teoria Geral do Direito, e tendo-se
em vista o conceito universal de tributo como receita no sentido não apenas financeiro, mas
econômico, o empréstimo compulsório não é tributo, pois não transfere riqueza do setor pri-
vado para o Estado. No Direito Brasileiro, tributo é receita, no sentido econômico e não apenas
no sentido financeiro (Lei 4.320, de 17.3.1964, arts. 9º e 11, §§1º e 2º). Por isto não devemos
colocar o empréstimo compulsório como espécie de tributo” (Hugo de Brito Machado, em Cur-
so de Direito Tributário, 34 ed. página 68, Malheiros Editores).
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RESUMO
1. Impostos
• O Código Tributário Nacional em seu art. 16 o define como um “tributo cuja obrigação
tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especí-
fica, relativa ao contribuinte”.
• Receita arrecadada é destinada ao custeio de serviços gerais (prestação uti universi).
Impostos estaduais
Impostos da União Impostos municipais
e distritais (art. 155,
(arts. 153 e 154, CF/88) (art. 156, CF/88)
CF/88)
II ITCMD IPTU
IE ICMS ITIV
IR IPVA ISSQN
IPI
IOF
ITR
IGF
Impostos residuais
IEG
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Quanto aos impostos, a Constituição em seu art. 146, III, “a”, destaca que além da sua de-
finição e definição de suas espécies, devem ser previstos em lei complementar: seus fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes.
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• Hipóteses em que a CF/88 autoriza destinações das receitas dos impostos e da CIDE-
-Combustível:
2. Taxas
A taxa é cobrada diante de fato do Estado que impõe ao contribuinte a obrigação de pa-
gá-la, sendo exigida somente em casos em que há prestação de atividade estatal referível a
determinado contribuinte.
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Taxa de Polícia
• O exercício do poder de polícia é representado pela atividade da administração pública:
que limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade e regula a prática de ato ou abstenção de fato -> em
razão de interesse público relativo à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produ-
ção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Art. 78, par. único, CTN. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado
pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se
de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
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• -O inc. I do art. 79 do CTN preceitua que os serviços públicos que sejam de utilização
compulsória não precisam ser efetivamente utilizados pelo contribuinte para que este
seja obrigado a pagá-las.
Basta a utilização potencial do serviço. O que não se confunde com a sua disponibilização
pelo Poder Público, que deve ser sempre efetiva:
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3. Contribuições de Melhoria
4. Empréstimos Compulsórios
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5. Contribuições Especiais
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Para o financiamento da seguridade social, o art. 195 da CF/88 prevê que são utilizados
recursos provenientes dos entes políticos (financiamento indireto) e das contribuições sociais
cobradas (financiamento direto) conforme a seguir:
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• No que se refere às contribuições da seguridade social, a CF/88, art. 195, § 6º, destaca
que o Princípio da Anterioridade Anual não precisa ser observado para a sua instituição:
Art. 195, § 6º, CF/88. As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se
lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
Portanto, a contribuição da seguridade social deve ser exigida após 90 (noventa) dias da publi-
cação da lei que a criou, independentemente se este prazo for alcançado no ano da sua publicação.
• Segundo o § 7º do art. 195 da Constituição as entidades beneficentes de assistência
social que atendam às exigências estabelecidas em lei são imunes às contribuições da
seguridade social
As contribuições sociais gerais são instituídas para financiamento de área social distinta
daquela compreendida como seguridade social e podem ser instituídas por lei ordinária.
A União é autorizada a instituir contribuições que serão cobradas por ela e repassadas a
entidade privadas que não fazem parte da Administração Pública e prestam serviço social em
prol do interesse público.
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QUESTÕES DE CONCURSO
VUNESP
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e) empréstimos compulsórios: são considerados como espécie tributária pelo Código Tribu-
tário Nacional, apesar de se tratar juridicamente de operações de crédito, cuja destinação é
vinculada à justificativa de sua instituição.
Instituto AOCP
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a) É lícito ao Município instituir taxa para ressarcimento dos gastos com prevenção e combate
a incêndios, estando tal matéria inserida na competência constitucional quanto à instituição
de taxas em razão do exercício do poder de polícia.
b) A criação da taxa para ressarcimento do erário público com dispêndios na prevenção e no
combate a incêndios a partir de uma lei ordinária é constitucional.
c) Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, referida taxa é inconstitucional, em
razão da incompetência do Município para criar taxas cujo fato gerador seja a prevenção e o
combate a incêndios.
d) Não há qualquer outra inconstitucionalidade quanto à taxa criada que não seja o fato de ter
o Município se utilizado de uma lei ordinária para sua instituição.
e) É constitucional a criação de taxa cujo fato gerador seja igualmente fato gerador de um imposto.
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d) Serviço de saúde.
e) Obra pública.
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d) V – F – V – F.
e) F – F – V – V.
FCC
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e) que somente os Municípios podem instituir contribuição de melhoria para fazer face ao custo de
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite individual a despesa rea-
lizada e como limite total o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
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c) não poderá, em hipótese nenhuma, ser lançada e cobrada em valor superior a R$ 10.000,00,
de nenhum dos proprietários dos diversos imóveis valorizados.
d) tem como limite individual a valorização de cada de cada imóvel, salvo em relação aos imó-
veis de uso comercial ou com destinação comercial.
e) a ser lançada e cobrada terá como limite total valor equivalente à soma dos valores corres-
pondentes à valorização individual de todos os imóveis beneficiados com a obra.
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e) a contribuição para o custeio da iluminação pública não pode incidir sobre receitas de ex-
portação ou de importação, nem sobre templos ou arenas de esportes, e a contribuição de
intervenção precisa ser aprovada pelo Senado e pela Assembleia Legislativa do Estado.
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b) taxa pela prestação efetiva de serviço público específico e divisível efetivamente prestado
ao contribuinte.
c) taxa pela prestação efetiva ou compulsória de serviço público indivisível colocado à dispo-
sição do contribuinte.
d) taxa pelo exercício regular do poder de polícia.
e) contribuição especial de interesse de categoria profissional ou econômica.
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• o imóvel “C”, que valia R$ 2.000.000,00 antes das obras, teve fator de absorção do bene-
fício da valorização de 50%, passando a valer R$ 3.000.000,00.
• o imóvel “D” não teve valorização alguma em decorrência das obras realizadas.
Obs.: todos os quatro imóveis têm a mesma área de terreno e o que determinou a diferença
nos fatores de absorção do benefício da valorização foram elementos alheios à dimensão do
terreno. O custo total da obra foi orçado em R$ 6.000.000,00 e a referida contribuição deverá
custeá-la integralmente.
Com base nessas informações e considerando que o município em questão editou lei ordinária
estabelecendo a cobrança de contribuição de melhoria para fazer face ao custo dessa obra, é
correto afirmar que
a) a municipalidade poderá exigir do proprietário do imóvel “C” contribuição de melhoria no va-
lor de R$ 500.000,00, mesmo que seu imóvel tenha sido valorizado em R$ 1.000.000,00, desde
que o limite total da exigência referente ao custo da obra não ultrapasse R$ 6.000.000,00.
b) os proprietários dos imóveis “A”, “B”, “C” e “D” deverão pagar contribuição de melhoria, pois
estão na zona beneficiada.
c) os proprietários dos imóveis “A”, “B” e “C” deverão pagar contribuição de melhoria, desde que
a fixação das bases de cálculo e dos fatos geradores respectivos sejam estabelecidos por lei
complementar.
d) os proprietários dos imóveis “A”, “B” e “C”, que tiveram seus imóveis efetivamente valoriza-
dos com a obra, deverão ratear integralmente o valor de custo da obra, com base na área do
terreno de cada um deles, cabendo a cada um o valor de R$ 2.000.000,00.
e) a municipalidade poderá exigir, cumulativamente, de todos os quatro proprietários, contribuição
de melhoria em valor igual ao da valorização de seus respectivos imóveis, cabendo ao imóvel “A”
pagar R$ 8.000.000,00, ao imóvel “B” pagar R$ 3.000.000,00, ao imóvel “C” pagar R$ 1.000.000,00
e não cabendo nada a “D”, perfazendo um total de R$ 12.000.000,00.
Cespe/Cebraspe
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Imposto é o tributo cujo fato gerador independe de qualquer atividade estatal específica, relati-
va ao contribuinte, destinando-se a cobrir necessidades gerais do ente público.
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d) um emolumento.
e) um preço público.
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GABARITO
1. b 37. C 73. E
2. e 38. C 74. E
3. c 39. C 75. b
4. b 40. c 76. E
5. a 41. C
6. e 42. d
7. c 43. d
8. b 44. c
9. a 45. e
10. e 46. C
11. c 47. E
12. d 48. E
13. d 49. C
14. d 50. C
15. d 51. E
16. a 52. E
17. d 53. E
18. c 54. E
19. c 55. E
20. b 56. C
21. b 57. C
22. b 58. C
23. d 59. E
24. c 60. C
25. d 61. E
26. b 62. C
27. a 63. E
28. a 64. C
29. b 65. C
30. E 66. C
31. E 67. E
32. C 68. E
33. E 69. C
34. a 70. E
35. E 71. d
36. E 72. e
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GABARITO COMENTADO
VUNESP
Segundo o art. 148 da CF/88, os empréstimos compulsórios devem ser instituídos pela União
por meio de lei complementar e podem ser instituídos diante das seguintes situações:
• calamidade pública;
• guerra externa ou sua iminência; e
• investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
CTN: Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado
o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada
à despesa que fundamentou sua instituição.
Letra b.
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Para responder esta questão é preciso ter conhecimento do art. 79 do CTN. Vamos relembrar?
a) Errada. Serviços públicos são utilizados potencialmente pelo contribuinte quando, sendo de
utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em
efetivo funcionamento.
b) Errada. Serviços públicos são divisíveis quando suscetíveis de utilização, separadamente,
por parte de cada um dos seus usuários
c) Errada. A classificação dos serviços públicos como específicos ou divisíveis não se confun-
de com a classificação do serviço quanto a sua utilização efetiva ou potencial.
d) Errada. Serviços Públicos são utilizados efetivamente pelo contribuinte quando por ele usu-
fruídos a qualquer título
e) Certa, nos termos do inc. III do art. 79 do CTN.
Letra e.
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e) empréstimos compulsórios: são considerados como espécie tributária pelo Código Tribu-
tário Nacional, apesar de se tratar juridicamente de operações de crédito, cuja destinação é
vinculada à justificativa de sua instituição.
a) Errada. A contribuição social não é imposto, é um tipo de contribuição especial, devendo ser
lembrado que o STF entende que são tipos de tributos os impostos, as taxas, as contribuições
de melhoria, as taxas e as contribuições especiais. Como espécies de contribuições especiais
há as contribuições sociais, as contribuições de intervenção no domínio econômico, a contri-
buição de iluminação pública e as contribuições para categorias econômicas.
b) Errada. Taxa é tributo cobrado de forma vinculada a uma ação estatal relativa ao exercício
do poder de polícia ou prestação de serviço público específico e divisível.
CTN: Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição;
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
d) Errada. O imposto é um tributo não vinculado e de arrecadação não vinculada. No entanto,
o inc. IV do art. 167 da CF/88 determina exceções a essa regra:
e
) Errada. Empréstimos compulsórios são considerados como espécie tributária conforme decisão
do STF. Segundo o CTN, são tipos de tributo os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria:
Art. 5º. Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Letra c.
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Instituto AOCP
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
(...)
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capaci-
dade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Letra b.
O art. 16 do CTN é claro ao mencionar que imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gera-
dor uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Letra a.
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Segundo o art. 145 da CF/1988, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios podem
instituir os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. Veja:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de servi-
ços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capaci-
dade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Letra e.
d) Não há qualquer outra inconstitucionalidade quanto à taxa criada que não seja o fato de ter
o Município se utilizado de uma lei ordinária para sua instituição.
e) É constitucional a criação de taxa cujo fato gerador seja igualmente fato gerador de um imposto.
A taxa de incêndio é inconstitucional, conforme jurisprudência do STF, por considerar esse ser-
viço geral e indivisível, e taxas somente podem ser instituídas em razão de serviço específico
e divisível ou de exercício do poder de polícia:
JURISPRUDÊNCIA
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. TRIBUTÁRIO. LEI SERGIPANA N.
4.184/1999. INSTITUIÇÃO DE TAXAS REMUNERATÓRIAS DE ATIVIDADES DE ÓRGÃO DA
SEGURANÇA PÚBLICA. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR. TAXA ANUAL DE SEGURANÇA
CONTRA INCÊNDIO E DE APROVAÇÃO DE PROJETOS DE CONSTRUÇÃO. ANÁLISE DE SIS-
TEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO. AÇÃO DIRETA JULGADA PARCIAL-
MENTE PROCEDENTE. 1. As taxas são tributos vinculados a atividade estatal dirigida a
sujeito identificado ou identificável, podendo decorrer do exercício do poder de polícia titu-
larizado pelo ente arrecadador ou da utilização de serviço público específico e divisível
posto à disposição do contribuinte. 2. A instituição de taxa exige que os serviços públicos
por ela remunerados cumulem os requisitos de especificidade e divisibilidade. Os serviços
autorizadores de cobrança de taxas não podem ser prestados de forma geral e indistinta a
toda a coletividade (uti universi), mas apenas à parcela específica que dele frui, efetiva ou
potencialmente, de modo individualizado e mensurável (uti singuli). 3. A taxa anual de segu-
rança contra incêndio tem como fato gerador a prestação de atividade essencial geral e
indivisível pelo corpo de bombeiros, sendo de utilidade genérica, devendo ser custeada pela
receita dos impostos. 4. Taxa de aprovação de projetos de construção pelo exercício de
poder de polícia. A análise de projetos de sistemas de prevenção contra incêndio e pânico
é serviço público antecedente e preparatório de prática do ato de polícia, concretizado na
aprovação ou não do projeto e, consequentemente, na autorização ou não de se obterem
licenças e alvarás de construção. Serviços preparatórios específicos e divisíveis, voltados
diretamente ao contribuinte que pretende edificar em Sergipe, podendo ser custeados por
taxas. 5. Ação direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente. (ADI 2908,
Relator(a): CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 11/10/2019, PROCESSO ELETRÔ-
NICO DJe-242 DIVULG 05-11-2019 PUBLIC 06-11-2019)
Letra c.
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A taxa tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização de servi-
ço público específico e divisível. Essa utilização pode ser efetiva ou potencial assim como o
serviço público pode ser prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição, sendo taxa uma
espécie tributária, contraprestacional (exige uma prestação do Estado) dependente de uma
ação estatal. Correta a alternativa b.
CF/88: Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguin-
tes tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de servi-
ços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
CTN:
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
Letra b.
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Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I – publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada
uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II – fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer
dos elementos referidos no inciso anterior;
III – regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se
refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra
a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos
respectivos fatores individuais de valorização.
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da con-
tribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.
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A contribuição de melhoria está vinculada a uma atividade estatal, no caso, obra pública.
CF/88
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
(...)
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
CTN
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Letra e.
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A CF/88 nos traz importantes previsões acerca da ordem tributária, como o que encontramos
na alternativa d, nosso gabarito:
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo
de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabe-
lecer normas de igual objetivo.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
(...)
§ 1º-A. Quando houver déficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas po-
derá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo.
(...)
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:
(...)
III – poderão ter alíquotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de
importação, o valor aduaneiro.
Empréstimos compulsórios devem ser instituídos por lei complementar, e não por lei ordinária,
como trazido na alternativa b vejamos:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência.
Letra d.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obri-
gação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Alternativas b e e incorretas:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade ad-
ministrativa plenamente vinculada.
Letra d.
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a) Errada. A contribuição de melhoria que é instituída para fazer face ao custo de obras públi-
cas de que decorra valorização imobiliária, não a taxa.
b) Errada. As taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utiliza-
ção, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição.
c) Errada. A alternativa “c” está correta ao afirmar que imposto é uma espécie de tributo e não
vinculado a uma atividade estatal específica. Contudo, o IPTU é um imposto de competência
municipal e não estadual.
d) Certa. Já na alternativa d estão elencados corretamente o IPVA como um imposto estadual,
o IPTU como um imposto municipal e o IRPF como um imposto federal.
e) Errada. E por fim, a alternativa “e” equivoca-se ao mencionar o ICMS como um imposto fe-
deral, pois é um imposto estadual.
Letra d.
Recente emenda constitucional alterou os percentuais dos critérios de rateio do ICMS, contudo per-
maneceu o percentual de 25% do produto da arrecadação para os municípios. Alternativa d correta.
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Por meio da literalidade dos dispositivos constitucionais podemos observar as corretas repar-
tições das receitas tributárias:
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Segue o art. 158 da CF/88 na íntegra, lembrando que a EC n. 108/2020 modificou os percentu-
ais dos critérios de rateio do ICMS.
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FCC
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Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obri-
gação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.
b) Errada. Segundo o art. 5º do CTN, são tributos os impostos, as taxas e as contribuições de
melhoria (teoria tripartide).
c) Certa. Em atenção ao art. 77 do CTN:
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
d) Errada. Pois contraria o par. único do art. 77 do CTN:
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspon-
dam a impôsto nem ser calculada em função do capital das emprêsas.
e) Errada. Tendo em vista que todos os entes políticos podem instituir contribuições de melho-
ria, segundo o art. 81 do CTN:
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Letra c.
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d) pode ser feita como forma de antecipação de receita orçamentária, em situações de grave
constrição fiscal, pela União e demais entes federativos.
e) somente pode se dar em situações de constrição macroeconômica, por lei complementar
federal, devendo ser reduzido progressivamente conforme a melhora dos indicadores fiscais.
CF/88: Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado
o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada
à despesa que fundamentou sua instituição.
***
CTN: Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos com-
pulsórios:
I – guerra externa, ou sua iminência;
II – calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentá-
rios disponíveis;
...
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate,
observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.
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A teoria pentapartida é adotada pelo Supremo Tribunal Federal, que compreende que há 5
espécies de tributos no Brasil: em impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos
compulsórios e contribuições especiais.
Letra b.
As contribuições de melhoria cobradas pelo ente político realizador da obra pública, quando
somadas, devem, no máximo, corresponder ao valor do seu gasto total (alternativa “b” correta
e alternativa “e” errada):
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
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As contribuições de melhoria podem ser cobradas quando entes políticos realizem obra públi-
ca que valorizem o seu imóvel, conforme art. 81 do CTN:
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Repare que a alternativa “b” trata de caso de obra pública que valoriza imóvel, sendo o gabarito
desta questão.
Letra b
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a) Errada. Só a União é competente para instituir a CIDE, em atenção ao art. 149 da CF/88.
b) Errada. A CIDE não pode incidir sobre as exportações, segundo CF/88, art. 149, § 2º, I.
c) Certa. Conforme, respectivamente, art. 149-A da CF/88, e art. 149, caput, CF/88.
d) Errada. A competência para instituir a COSIP é dos municípios e do DF, segundo art. 149-A
da CF/88.
e) Errada. Não há previsão de nenhuma dessas afirmações no texto constitucional.
Letra d.
a) Errada. Somente municípios e DF têm competência para instituir a COSIP (art. 149-A, CF/88).
b) Errada. Pois contraria o art. 3º, CTN, que afirma que o tributo não constitui sanção de ato
ilícito e é cobrado por meio de atividade administrativa vinculada.
c) Certa. Conforme o inc. II, art. 145, CF/88, há a taxa de polícia e a taxa de serviço público
específico e divisível.
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d) Errada. Pois segundo o art. 4º do CTN é irrelevante a destinação legal do tributo para deter-
minação da sua natureza jurídica.
e
) Errada. O art. 148, CF/88 dispõe que a União somente poderá instituir empréstimos compulsó-
rios por intermédio de lei complementar. Logo, não é possível a sua criação por medida provisória.
Letra c.
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O STF já se deparou com o julgamento da natureza jurídica das custas processuais e emo-
lumentos e decidiu que são taxas de serviço público específico e divisível. Veja a ementa da
decisão proferida na ADI 1145:
JURISPRUDÊNCIA
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CUSTAS E EMOLUMENTOS: NATUREZA JURÍ-
DICA: TAXA. DESTINAÇÃO DE PARTE DO PRODUTO DE SUA ARRECADAÇÃO A ENTIDADE DE
CLASSE: CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS: INCONSTITUCIONALIDADE. Lei 5.672,
de 1992, do Estado da Paraíba. I. - As custas, a taxa judiciária e os emolumentos constituem
espécie tributária, são taxas, segundo a jurisprudência iterativa do Supremo Tribunal Federal.
Precedentes do STF. II. - A Constituição, art. 167, IV, não se refere a tributos, mas a impostos.
Sua inaplicabilidade às taxas. III. - Impossibilidade da destinação do produto da arrecadação,
ou de parte deste, a instituições privadas, entidades de classe e Caixa de Assistência dos
Advogados. Permiti-lo, importaria ofensa ao princípio da igualdade. Precedentes do Supremo
Tribunal Federal. IV. - Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI 1145,
Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgado em 03/10/2002, DJ 08-11-2002
PP-00020 EMENT VOL-02090-01 PP-00214 RTJ VOL-00191-02 PP-00421)
Letra b.
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c) pelos Tribunais de Contas Estaduais, tanto em relação às cotas destinadas ao Fundo de Par-
ticipação dos Estados e do Distrito Federal, como em relação às cotas destinadas ao Fundo de
Participação dos Municípios.
d) pelas Secretarias Estaduais de Fazenda, em relação às cotas destinadas ao Fundo de Parti-
cipação dos Estados e do Distrito Federal.
e) pelas Secretarias Estaduais de Fazenda, tanto em relação às cotas destinadas ao Fundo de
Participação dos Estados e do Distrito Federal, como em relação às cotas destinadas ao Fundo
de Participação dos Municípios.
A CF/88, art. 161, § único prevê que o responsável pelo cálculo das cotas que serão repassa-
das pela União aos Fundos objeto da questão será o TCU.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos
de participação a que alude o inciso II.
Letra a.
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c) os proprietários dos imóveis “A”, “B” e “C” deverão pagar contribuição de melhoria, desde que
a fixação das bases de cálculo e dos fatos geradores respectivos sejam estabelecidos por lei
complementar.
d) os proprietários dos imóveis “A”, “B” e “C”, que tiveram seus imóveis efetivamente valoriza-
dos com a obra, deverão ratear integralmente o valor de custo da obra, com base na área do
terreno de cada um deles, cabendo a cada um o valor de R$ 2.000.000,00.
e) a municipalidade poderá exigir, cumulativamente, de todos os quatro proprietários, contribuição
de melhoria em valor igual ao da valorização de seus respectivos imóveis, cabendo ao imóvel “A”
pagar R$ 8.000.000,00, ao imóvel “B” pagar R$ 3.000.000,00, ao imóvel “C” pagar R$ 1.000.000,00
e não cabendo nada a “D”, perfazendo um total de R$ 12.000.000,00.
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e) não poderão ter alíquotas ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o
valor da operação.
Cespe/Cebraspe
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respec-
tivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consu-
mo de energia elétrica.
Errado.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CF/88: Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguin-
tes tributos:
...
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
***
CTN: Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada
e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I – publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada
uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II – fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer
dos elementos referidos no inciso anterior;
III – regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se
refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
Certo.
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O fato gerador da obrigação tributária é determinante para distinguir os impostos das contri-
buições melhorias e das taxas, conforme definição do CTN:
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obri-
gação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais têm como determinante da sua natureza
jurídica tributária a sua destinação.
Letra a.
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A remuneração de serviços de iluminação pública, nos termos do art. 149-A da CF/88 se dá por
meio de contribuição de iluminação pública:
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respec-
tivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Errado.
As contribuições sociais para a seguridade social podem ser cobradas por todos os entes
políticos, relativamente aos seus respectivos servidores públicos, enquanto as demais contri-
buições especiais são de competência da União.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições
para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposen-
tados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões. (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional n. 103, de 2019) (Vigência)
Segundo o par. 1º do art. 149 da CF/88, as contribuições da seguridade social podem ser cria-
das por qualquer ente político para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas
dos servidores públicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas.
É importante ter atenção no que se refere a esse tema, tendo em vista que o art. 149 destaca
que as contribuições especiais são de competência exclusiva da União, mas na questão o exa-
minador tratou da exceção a essa regra.
Errado.
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Imposto é o tributo cujo fato gerador independe de qualquer atividade estatal específica, relati-
va ao contribuinte, destinando-se a cobrir necessidades gerais do ente público.
Segundo o art. 16 do CTN, o imposto é um “tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
Além disso, é uma receita arrecadada pelo Poder Público para custear serviços gerais (presta-
ção uti universi).
Certo.
O serviço de iluminação pública não pode ser cobrado por meio de taxa. Segundo a CF/88, tal
serviço é custeado por contribuição de iluminação pública, de modo que há súmula do STF
consignando esse entendimento de que tal serviço não pode ser custeado por taxa:
CF/88: Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das res-
pectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
JURISPRUDÊNCIA
STF: Súmula Vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.
Certo.
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A única alternativa que prevê uma espécie de tributo é a “c”. As contribuições de interesse das catego-
rias profissionais e econômicas representam uma espécie tributária, nos termos do art. 149 da CF/88.
Letra c.
Segundo o art. 162 da CF/88, todos os entes devem divulgar o montante dos recursos recebi-
dos de origem tributária:
Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês sub-
seqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos,
os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.
Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município;
os dos Estados, por Município.
Certo.
Para responder esta questão não basta saber as diferenças entre taxa e tarifa, é importante ter
conhecimento do posicionamento dos tribunais superiores em relação a alguns serviços. Das
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hipóteses listadas acima, o único serviço que é remunerado por meio de preço público é o de
distribuição de energia elétrica. Veja a jurisprudência do STF sobre o tema:
JURISPRUDÊNCIA
EMENTA: TRIBUTÁRIO. ENERGIA ELÉTRICA. ENCARGOS CRIADOS PELA LEI 10.438/02.
NATUREZA JURÍDICA CORRESPONDENTE A PREÇO PÚBLICO OU TARIFA. INAPLICABILI-
DADE DO REGIME TRIBUTÁRIO. AUSÊNCIA DE COMPULSORIEDADE NA FRUIÇÃO DOS SER-
VIÇOS. RECEITA ORIGINÁRIA E PRIVADA DESTINADA A REMUNERAR CONCESSIONÁRIAS,
PERMISSIONÁRIAS E AUTORIZADAS INTEGRANTES DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL.
RE IMPROVIDO. I - Os encargos de capacidade emergencial e de aquisição de energia elétrica
emergencial, instituídos pela Lei 10.438/02, não possuem natureza tributária. II - Encargos des-
tituídos de compulsoriedade, razão pela qual correspondem a tarifas ou preços públicos. III
- Verbas que constituem receita originária e privada, destinada a remunerar concessionárias,
permissionárias e autorizadas pelos custos do serviço, incluindo sua manutenção, melhora e
expansão, e medidas para prevenir momentos de escassez. IV - O art. 175, III, da CF autoriza
a subordinação dos referidos encargos à política tarifária governamental. V - Inocorrência de
afronta aos princípios da legalidade, da não afetação, da moralidade, da isonomia, da proporcio-
nalidade e da razoabilidade. VI - Recurso extraordinário conhecido, ao qual se nega provimento.
(RE 576189, Relator(a): RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 22/04/2009,
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-118 DIVULG 25-06-2009 PUBLIC 26-06-2009 EMENT VOL-
02366-07 PP-01424 RIP v. 11, n. 56, 2009, p. 291-304 LEXSTF v. 31, n. 367, 2009, p. 249-268)
Letra d.
O examinador tenta confundir o candidato sobre o fato gerador do tributo. Repare que a co-
brança, no caso da questão, é relativa à emissão de alvará de construção, e não da valorização
do imóvel decorrente da obra, portanto essa exação configura uma taxa.
Letra d.
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A contribuição de melhoria possui como limite total a despesa realizada com a obra pública,
nos termos do art. 81 do CTN:
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado
Letra e.
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Aprendemos que a taxa é cobrada diante de fato do Estado que impõe ao contribuinte a obri-
gação de pagá-la, sendo exigida somente em casos em que há prestação de atividade estatal
referível a determinado contribuinte.
Antigamente, havia discussão sobre a legitimidade da taxa de limpeza pública. O STF entendeu
que não seria possível precisar o contribuinte que seria beneficiário de “limpeza pública”, e, na
oportunidade, concluiu que a taxa de coleta de lixo domiciliar, sim, seria legítima, pois é preciso
destacar o serviço a ser prestado ao contribuinte.
Essa informação é objeto da Súmula Vinculante 19 do STF:
Súmula Vinculante 19, STF. A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de
coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não
viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
Certo.
A taxa de combate a incêndio é uma taxa relativa à segurança pública. Segundo o STF, não é
possível precisar a prestação desses serviços a cada contribuinte, especificamente, razão pela
qual concluiu ela sua ilegitimidade.
Assim, a cobrança municipal de taxa de incêndio não é compatível com a CF/88.
Errado.
Conforme inc. I, art. 79, CTN, a utilização potencial de serviços específicos e divisíveis pres-
tados pelo Estado, que sejam de utilização compulsória, também pode implicar na cobran-
ça de taxa:
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A contribuição de melhoria é espécie tributária prevista no inc. III, art. 145, CF/88, e no art. 5º, CTN.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
...
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
***
Art. 5º, CTN. Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Como visto na aula, ela pode ser instituída por qualquer um dos entes políticos, e é instituída
quando há valorização imobiliária decorrente de obra pública, com o intuito de evitar o enrique-
cimento ilícito do particular que tiver imóvel valorizado em razão da obra,
O somatório das contribuições de melhoria exigidas em função de uma obra pública deve ser
o seu custo, de modo que a contribuição cobrada de cada beneficiário não pode ultrapassar a
quantia relativa à valorização do seu imóvel.
Assim, seu cálculo só pode ser elaborado após a realização da obra, totalmente ou em parte,
para que se possa quantificar as despesas.
Certo.
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O imposto é tributo não vinculado, pois o seu fato gerador não está vinculado à atividade esta-
tal específica em relação ao contribuinte, tendo o legislador o definido no art. 16 do CTN:
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Certo.
Segundo o art. 148 da CF/88, os empréstimos compulsórios podem ser instituídos diante das
seguintes situações:
• calamidade pública;
• guerra externa ou sua iminência; e
• investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
O CTN, que foi editado antes da CF/88, prevê em seu art. 15, inciso III, que é possível a institui-
ção de empréstimos compulsórios também na hipótese de existência de conjuntura que exija
absorção temporária de poder aquisitivo.
Ocorre que como a CF/88 não fez essa previsão, conclui-se que esse dispositivo não foi re-
cepcionado pela Constituição vigente, sendo inadmita, portanto, a instituição de empréstimo
compulsório, nesse caso.
Errado.
Em que pese exista essa hipótese prevista no CTN, ela não foi recepcionada pela Constituição
Federal de 1988.
CTN
Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:
I – guerra externa, ou sua iminência;
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As taxas não podem ter base de cálculo próprias de imposto, tendo em conta a redação cons-
titucional. Não importa se a vigência é concomitante ou não. A Constituição veda a mera insti-
tuição de taxa com base de cálculo própria de imposto.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
...
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de servi-
ços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
...
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Errado.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de servi-
ços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
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Portanto, as taxas não podem ter base de cálculo idêntica à de algum imposto.
Errado.
Segundo o CTN, é por meio da natureza jurídica específica que podemos classificar determi-
nado tributo. O fato gerador não é suficiente para essa classificação no que diz respeito às 5
espécies tributárias hoje existentes, pois algumas contribuições têm o mesmo fato gerador
dos impostos, como é o caso do CSLL e do IRPJ, porém com natureza jurídica distinta.
Errado.
Segundo o CTN, o fato gerador é suficiente para determinar a natureza jurídica do tributo, e as
características formais não são capazes de alterar essa natureza. Entretanto, com a adoção da
teoria PENTAPARTIDA pelo STF, no caso de Contribuições Especiais e Empréstimos Compulsó-
rios é preciso se atentar, ainda, para a destinação legal do produto da arrecadação.
A questão está correta pois essa é a regra geral, embasada no artigo 4º do CTN.
Certo.
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A Constituição Federal, com base na interpretação dada pelo STF, adota a teoria pentapartida, que
inclui como tributos os impostos, taxas, contribuições de melhorias, contribuições especiais e os
empréstimos compulsórios. A contribuição, em sentido geral, é um tributo vinculado, ou seja, a re-
ceita tem destinação específica, a contribuição de melhoria é de competência comum a todos os
entes, já a competência para a criação das contribuições destinadas a seguridade social é apenas
da União. Apesar de haver algumas limitações para a criação de tais contribuições pelos entes fe-
derais, elas são consideradas tributos, pois a essência é arrecadar recursos para o estado.
Certo.
Isso mesmo, os impostos são tributos não vinculados, isso quer dizer que o estado não precisa
fazer ou disponibilizar algo para que possa cobrar os impostos de seu interesse. O imposto
incide sobre um fato do contribuinte.
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Certo.
Os impostos se caracterizam pela não vinculação do seu produto e pela não obrigatoriedade
de fazer ou disponibilizar alguma coisa para os contribuintes.
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Errado.
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A contribuição de melhoria tem por objetivo custear obra pública e evitar enriquecimento ilícito
do proprietário de imóvel valorizado pela mesma edificação.
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Certo.
A questão erra ao falar que a contribuição de melhoria é um imposto, lembre-se que no impos-
to o estado não precisa fazer nada para poder cobrar do contribuinte, precisa apenas de uma
lei definindo-o. A contribuição de melhoria é considerada um tributo, pois é necessário que o
estado realize uma obra pública e que haja uma valorização dos imóveis para que possa cobrar
dos respectivos contribuintes.
Errado.
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I – publicação prévia dos seguintes elementos:
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A questão misturou os conceitos, ela está falando dos empréstimos compulsórios e não das
contribuições sociais. Note a redação dos artigos 148 e 149 da Constituição Federal:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado
o disposto no art. 150, III, “b”.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Errado
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Quando a questão menciona o aspecto material ela está se referindo a uma ação ou situação
legal definida em lei, que seja possível a verificação no mundo dos fatos. Quando ela ocorre,
gera a obrigação tributária. No caso dos impostos essa situação é um fato do contribuinte, que
não está relacionado a uma ação do Estado.
Lembre-se de que o imposto é um tributo não vinculado a uma atividade estatal.
Certo.
Exatamente, o limite total será com base na despesa para a realização da obra pública e o limi-
te individual se dará referente ao acréscimo da valorização de cada imóvel. Se o estado cobrar
mais do que o limite da despesa com a obra, ele estará se apropriando do valor indevido, pois
é vedado aos entes enriquecerem sem causa.
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Certo.
O Estado só pode exigir a contribuição de melhoria quando houver uma obra pública que cause
valorização imobiliária, caso contrário ele não terá direito de instituir tal tributo. A questão fala
em depreciação do imóvel, então não há valorização imobiliária, e, consequentemente, não é
autorizada a cobrança de contribuição de melhoria.
Certo.
A contribuição de melhoria somente pode ser cobrada pelos municípios responsáveis por
obras públicas que tiverem resultado em valorização imobiliária, desde que comprovada a efe-
tiva utilização de recursos públicos no custo da obra.
A questão erra ao falar que somente o município pode instituir contribuição de melhoria. Essa
competência é comum a todos os entes. O ente que realizar obra pública que valorize imóvel
será o competente a instituir o tributo, respeitando o limite total da despesa e o limite individual
do acréscimo do valor para cada imóvel.
Como a sua instituição deste tributo se dá após a realização da obra, o recurso arrecadado não
será utilizado para custeá-la.
Errado.
As taxas de serviço podem ser cobradas mesmo que não ocorra a efetiva utilização pelo con-
tribuinte, desde que sejam de utilização compulsória. Nesse caso, a cobrança se dá de forma
potencial. Lembre da taxa de lixo. Mesmo se não houver a utilização do serviço pelo contri-
buinte, como ele é de utilização compulsória pela população se for disponibilizado pelo poder
público gerará a cobrança.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de servi-
ços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
Errado.
Como dito na assertiva acima, nesse caso a cobrança se dá de forma potencial. Lembre-se da
taxa de lixo: mesmo se não houver a utilização do serviço pelo contribuinte, como ele é de utili-
zação compulsória pela população se for disponibilizado pelo poder público gerará a cobrança.
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Multas não são tributos por não se enquadrarem na definição do artigo 3º do CTN. O licencia-
mento, por sua vez, enquadra-se na definição de taxa de polícia.
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade ad-
ministrativa plenamente vinculada
...
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição;
Errado.
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a) Errada. Os serviços públicos que ensejam a cobrança de taxas podem ser utilizados pelo
contribuinte de forma potencial, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua
disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.
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c) Errada. A banca misturou os conceitos. A definição é dos serviços divisíveis. Serviços são
específicos quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utili-
dade, ou de necessidades públicas.
d
) Errada. A literalidade o CTN impede que a taxa seja calculada em função do capital das empresas.
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspon-
dam a impôsto nem ser calculada em função do capital das emprêsas. (Vide Ato Complementar n.
34, de 1967)
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou discipli-
nando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intê-
resse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção
e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar n. 31, de 1966)
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo
órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Letra e.
O sistema permite a cobrança de taxas com base apenas em DUAS situações. A utilização de
serviço público e o exercício do poder de polícia.
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CF 88
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado
o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada
à despesa que fundamentou sua instituição.
Errado.
Em face do disposto no artigo 149-A da Constituição Federal, tal hipótese poderá gerar a ins-
tituição de uma espécie de Contribuição sui generis: a contribuição para o custeio do serviço
de iluminação pública.
CF 88
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respec-
tivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002)
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Quem tem a competência para instituir a Contribuição para o custeio do serviço de iluminação
pública são os municípios e o Distrito Federal. Estados não podem instituir tal tributo.
CF/88: Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150,
I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consu-
mo de energia elétrica.
Errado.
Diego Degrazia
Professor em cursos para concursos em Porto Alegre e em cursos online. Jornalista. Graduando em Direito.
Atualmente, é auditor-fiscal da Receita Estadual/RS (ICMS-RS), aprovado em 24º lugar no concurso de
2009. Foi assistente técnico administrativo do Ministério da Fazenda, aprovado em 12º lugar. Foi também
aprovado em 1º lugar no concurso de analista de Orçamentos do Ministério Público da União. É o fundador
do Grupo de Estudos do Degrazia, no Facebook, comunidade que reúne mais de 11 mil concurseiros de
todo o País. Orientador de alunos, ajudou diretamente na aprovação de diversos alunos nos principais
concursos fiscais do País, em especial na 1º colocação do ICMS-SC.
Lis Ribas
Auditora Pública Externa do TCE-RS, Especialista em Direito Tributário pela UFBA (2014), já advogou na
área tributária e foi aprovada nos seguintes concursos: Analista do MP-AL (2018); Auditora TCM-BA
(2018); Analista de Planejamento e Orçamento da Câmara Municipal de Maceió-AL (2018); Analista de
Controle Interno de Maceió (2017).
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