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Aula 06

SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais)


Legislação Tributária Estadual - parte II -
2023 (Pós-Edital)

Autor:
Eduardo Da Rocha

20 de Março de 2023

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Eduardo Da Rocha
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Sumário

1. Sujeição Passiva – Contribuinte .................................................................................................................. 3

1.1. Obrigações ........................................................................................................................................... 7

2. Sujeição Passiva – Responsável ................................................................................................................ 25

2.1. Responsabilidade Pessoal.................................................................................................................. 25

2.2. Responsabilidade Solidária ................................................................................................................ 33

2.3. Substituição Tributária ...................................................................................................................... 39

Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 46

Lista de Questões .............................................................................................................................................. 59

Gabarito ........................................................................................................................................................... 65

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INTRODUÇÃO
Fala, galerinha! Tudo em ordem? Como vão os estudos?

Na aula de hoje falaremos sobre outros um outro componente da regra-matriz de incidência tributária
(RMIT): o critério pessoal.

Dentro do critério pessoal temos o sujeito ativo, o Estado do MT, e os sujeitos passivos, os contribuintes e
os responsáveis. Além de elencar quem são os sujeitos passivos, elencaremos também as obrigações a que
eles estão sujeitos de acordo com a legislação.

Boa Aula!

Forte Abraço,

Eduardo Da Rocha

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1. Sujeição Passiva – Contribuinte

Art. 16 Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade
ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de
mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

§ 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou


intuito comercial:

I - importe bens ou mercadorias do exterior, qualquer que seja a sua finalidade;

II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado


no exterior;

III - adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;

IV - adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e


energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou
à industrialização.

§ 2º O disposto no inciso II do parágrafo anterior aplica-se também quando o serviço de


comunicação for prestado ou iniciado fora do território mato-grossense.

§ 4º O disposto no caput alcança, ainda, aquele que, mesmo estando estabelecido em


outra unidade da Federação, preste serviço de comunicação não medido à usuário
situado neste Estado, cujo preço seja cobrado por períodos definidos, conforme previsto
no § 5º do art. 23.

§ 8º Ainda em relação à prestação de serviço de comunicação, é também contribuinte a


pessoa física ou jurídica que seja:

I – destinatária no território nacional de serviço prestado no exterior ou cuja prestação


se tenha iniciado no exterior;

II – beneficiária de serviço prestado ou iniciado no exterior, cujo resultado ocorra no


território nacional, ainda que o destinatário não seja aqui estabelecido ou domiciliado.

Conforme já vimos, o contribuinte é aquele que possui relação direta com o fato gerador; é quem pratica o
ato que instaura uma relação jurídica entre o sujeito ativo (o Estado) e o sujeito passivo (o contribuinte ou
responsável).

Atente-se apenas para alguns pontos:

1) § 2º - Incluiu como contribuinte aquele que receber serviço de comunicação de fora do Mato
Grosso como por exemplo na hipótese de recebimento de serviço de provimento de acesso à internet.

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2) § 4º - Quando o serviço for não medido e cobrado por períodos definidos o imposto será repartido
entre o Estado do tomador e o prestador, mas o contribuinte será o prestador.
3) § 8º, I - Reforçou que o inciso II do § 1º também se refere ao serviço de comunicações.
4) § 8º, II – Reforçou que o inciso II do § 1º também se refere ao serviço de comunicações quando o
resultado for verificado no território nacional.

Art. 16 § 10 É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que seja sócia de fato de
sociedade empresarial constituída por interpostas pessoas.

Além do que já vimos na lei Kandir, a lei 10.978/10 acrescentou um novo dispositivo, incluindo como
contribuinte a pessoas física ou jurídica que seja sócia de fato de uma sociedade empresarial. Mas o que
seria um sócio de fato?

Muitas vezes o empreendedor não trabalha sozinho, ele tem um sócio, porém a empresa está constituída
(registrada) apenas em nome de um deles. É aí que surge a sociedade de fato, aquela que de fato existe,
independente do registro dela nos órgãos competentes. Portanto, se a empresa está registrada em nome
de apenas um sócio, ela é uma empresa individual, mas havendo mais de um sócio no mundo real temos
uma sociedade.

Entende a lei do ICMS no Mato Grosso que aquele que é sócio de fato torna-se contribuinte do ICMS se
essa sociedade de fato praticar fato gerador do ICMS com habitualidade ou volume que caracterize intuito
comercial.

Importador de mercadoria ou bem

Importador de serviços

São contribuintes
Independetemente de Arrematante em leilão de mercadoria
habitualidade ou intuito apreendida ou abandonada
comercial
Adquirente de derivados do petróleo e energia
para uso em op. interestadual

Aquele que receber serviço de comunicação de


fora do Mato Grosso**

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** único não expressamente previsto na LK.

Art. 16 § 3º No que pertine à energia elétrica, contribuinte é também o produtor,


extrator, gerador, transmissor, transportador, distribuidor, fornecedor e/ou executores
de qualquer outra forma de intervenção ocorrida até a sua destinação ao consumo
final.

A energia elétrica é considerada mercadoria para fins de ICMS e por isso qualquer pessoa, física ou jurídica,
que realize operação de circulação de energia de maneira habitual ou com volume que caracterize intuito
comercial será considerada contribuinte. Como exemplo temos o distribuidor, transmissor, gerador etc...

Art. 16 § 5º Ressalvada declaração expressa em contrário do interessado, para efeitos da


cobrança da diferença de que tratam os incisos XIII e XIV do caput do artigo 3º, não se
considera contribuinte a empresa que desenvolva atividades exclusivamente de
construção civil, ainda que inscrita no Cadastro de Contribuintes do Estado.

§ 6º Nas hipóteses de que trata o parágrafo anterior, na aquisição interestadual de


mercadoria, bem ou serviço, o adquirente ou o tomador de serviço mato-grossense
deverá informar ao remetente ou ao prestador do serviço sua condição de não
contribuinte do imposto.

§ 7º A inobservância do disposto no parágrafo anterior implicará ao adquirente da


mercadoria ou bem ou ao tomador do serviço, em relação a cada operação e ou
prestação, a obrigação de recolher a multa prevista no artigo 45, X, alínea "f", desta lei.

§ 9º Nas hipóteses dos incisos XIII-A e XIV-A do Art. 3°, quando o destinatário mato-
grossense, consumidor final do bem, mercadoria ou serviço, não for contribuinte do
ICMS, a responsabilidade pelo recolhimento do tributo é do remetente ou do prestador
de serviço, conforme o caso, estabelecido em outra unidade federada, nos termos dos
§§ 2° e 3° do Art. 18.

As construtoras em regra não são contribuintes do ICMS. Isso porque seu foco não é a circulação de
mercadoria, mas sim a prestação de serviço não tributados pelo ICMS. Entretanto constantemente essas
empresas precisam transferir máquinas e equipamentos de um local para outro, de uma obra para outra.

Caso a construtora não possua inscrição estadual será obrigada a solicitar à SEFAZ que emita nota fiscal
avulsa para documentar essas circulações de bens de um local para outro (apesar de não termos a
incidência do imposto). Para facilitar e permitir a emissão de notas fiscais pela própria construtora sem a
necessidade de solicitar à SEFAZ notas avulsas, permite-se que as construtoras se inscrevam no cadastro de
contribuintes do ICMS do Estado do Mato Grosso, recebendo uma inscrição estadual.

De acordo com os incisos XIII e XIV do art. 3º da aula anterior o ICMS incide na entrada no estabelecimento
contribuinte quando adquirir mercadorias ou bens para uso, consumo ou ativo permanente e na utilização
por contribuinte de serviço iniciado em outro estado não vinculado à operação ou prestação subsequente.

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Lembra? Segundo o art. 5º e conforme explicado acima a construtora não se enquadra como contribuinte,
o que nos induz a crer que não haverá DIFAL.

Ocorre que com a EC 87/15 o DIFAL também é exigido quando da aquisição ou prestação interestadual a
não contribuinte. Desta forma, segundo os incisos XIII-A e XIV-A do artigo 3º temos sim o DIFAL quando a
construtora for adquirente ou tomadora de serviço interestadual. O que muda para nosso estudo ao saber
que a construtora é não contribuinte é quem irá recolher esse DIFAL. Como a construtora é não
contribuinte o DIFAL não será recolhido por ela, mas sim pelo remetente ou prestador de serviço, mas
para tal a própria construtora tem a obrigação de avisar sua condição de não contribuinte ao remetente ou
prestador de serviço e caso isso não seja feito deverá recolher multa sobre o valor da operação ou
prestação por omissão de alegação da condição de não contribuinte.

Destinatário não
contribuinte do Remetente
Responsável pelo ICMS
recolhimento do
DIFAL
Destinatário
contribuinte do Destinatário
ICMS

No RICMS-MT encontramos os mesmos dispositivos da lei 7.098/08 sobre o tema "contribuintes", exceto
pelos dispositivos abaixo. O art. 23 traz uma lista exemplificativa (e não exaustiva) de contribuintes.
Perceba que alguns causam uma certa "estranheza" incialmente, como por exemplo a instituição
financeira. Seria um banco contribuinte do imposto? Sim, desde que respeitado o art. 22 do RICMS, que
assim como a lei, define o contribuinte do ICMS aquele que pratique fato gerador com habitualidade ou
intuito comercial. Assim, normalmente a instituição financeira não pratica FG, mas caso pratique com essas
características, será considerada contribuinte.

RICMS-MT. Art. 23 Respeitado o disposto no artigo 22, incluem-se entre os contribuintes


do imposto:

I – o importador, o arrematante ou o adquirente, o produtor, o extrator, o industrial e o


comerciante;

II – o prestador de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de


comunicação;

III – a cooperativa;

IV – a instituição financeira e a seguradora;

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V – a sociedade civil de fim econômico;

VI – a sociedade civil de fim não econômico que explore estabelecimento de extração de


substância mineral ou fóssil, de produção agropecuária ou industrial ou que comercialize
mercadorias que para esse fim adquira ou produza;

VII – os órgãos da Administração Pública, as entidades da Administração Indireta e as


Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

VIII – a concessionária ou permissionária de serviço público de transporte, de


comunicação e de energia elétrica;

IX – o prestador de serviços não compreendidos na competência tributária dos


municípios, que envolvam fornecimento de mercadorias;

X – o prestador de serviços compreendidos na competência tributária dos municípios, que


envolvam fornecimento de mercadorias ressalvadas em lei complementar;

XI – o fornecedor de alimentação, bebidas e outras mercadorias em qualquer


estabelecimento;

XII – qualquer pessoa indicada nos incisos I a XI deste artigo que, na condição de
consumidor final, adquira bens ou serviços em operações interestaduais;

XIII – qualquer pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que promova
importação de mercadoria, de bem ou de serviço do exterior ou que adquira, em
licitação, mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos;

XIV – os partidos políticos e suas fundações, templos de qualquer culto, entidades


sindicais de trabalhadores, instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, que realizem operações ou prestações não relacionadas com suas finalidades
essenciais;

Parágrafo único O disposto no inciso VII do caput deste artigo aplica-se às pessoas ali
indicadas que pratiquem operações ou prestações de serviços relacionados com a
exploração de atividades econômicas regidas pelas normas a que se sujeitam os
empreendimentos privados ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou
tarifas.

1.1. Obrigações em Geral

Segundo o CTN as obrigações tributárias dividem-se em principais e acessórias. As principais dizem respeito
ao ato de levar dinheiro aos cofres públicos, ao ato de pagar. Já as acessórias são ações ou omissões por
parte do contribuinte que tem por objetivo auxiliar a arrecadação e a fiscalização.

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A partir de agora passaremos a ver as obrigações do contribuinte prevista na lei do ICMS. Temos diversos
dispositivos e muitos deles são bem simples. Será que é preciso estudar a lei do ICMS para saber que uma
das obrigações do contribuinte é pagar o imposto no prazo devido como previsto no inciso XI abaixo? Não,
né? Rs.

Abaixo listo os dizeres do art. 17. Tecerei alguns comentários relevantes, mas peço que não negligenciem
os dispositivos, apesar de fáceis.

Art. 17 São obrigações do contribuinte:

II - confeccionar e/ou manter livros e documentos fiscais devidamente registrados na


repartição fiscal de seu domicílio, pelo prazo previsto na legislação tributária;

III - exibir ou entregar ao fisco, quando exigido pela legislação ou quando solicitado, os
livros e documentos fiscais, assim como outros elementos auxiliares relacionados com a
condição de contribuinte do imposto;

IV - comunicar à repartição fiscal as alterações contratuais e estatutárias de interesse do


fisco, bem como as mudanças de domicílio fiscal, venda ou transferência de
estabelecimento, suspensão e encerramento de atividade, na forma e prazo
estabelecidos no regulamento;

V - solicitar autorização da repartição fiscal competente quando for imprimir ou mandar


imprimir documento fiscal;

VI - solicitar à repartição fiscal competente a autenticação de livros e documentos


fiscais, antes de sua utilização;

VII - entregar ao adquirente, ainda que não solicitado, e exigir do remetente,


documento fiscal correspondente à respectiva operação ou prestação;

VIII - escriturar livros e emitir documentos fiscais na forma e prazo regulamentares;

IX - manter e utilizar equipamento adequado aos controles fiscais na forma exigida em


legislação complementar;

X - declarar, na forma e em documento aprovado pela Secretaria de Fazenda, os valores


das entradas e saídas de mercadorias e/ou serviços verificados no período, do imposto
a recolher ou do saldo credor a ser transportado para o período seguinte;

XI - pagar o imposto devido na forma e prazo previstos no regulamento;

XII – exibir sua ficha de inscrição cadastral quando realizar com outro contribuinte
operações com mercadorias ou prestações de serviços;

XIII - acompanhar pessoalmente, ou por preposto, a contagem física das mercadorias


promovida pelo fisco, fazendo por escrito as observações que julgar convenientes, sob
pena de reconhecer como exata a referida contagem;
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XIV - apresentar, em todas as Unidades Operativas de Fiscalização/Postos Fiscais por


onde transitar a mercadoria, a documentação fiscal respectiva, para aposição do
carimbo e visto do servidor competente, ou, quando for o caso, para retenção de uma de
suas vias;

XV - apresentar, em todas as Unidades Operativas de Fiscalização/Postos Fiscais por


onde transitar o veículo, a documentação fiscal relativa à prestação de serviços de
transporte, para aposição do carimbo e visto do servidor competente, ou, quando for o
caso, para retenção de uma de suas vias;

XVI - não embaraçar a ação fiscal e assegurar aos Fiscais de Tributos Estaduais o acesso
aos seus estabelecimentos, depósitos, dependências, móveis, utensílios, veículos,
máquinas, equipamentos, programas de computador, dados magnéticos ou óticos e
mercadorias;

XVII - apresentar livros fiscais e contábeis, meios de armazenamento de dados, inclusive


magnéticos, algoritmos e formas de tratamentos de dados e/ou informações, bem
como todos os documentos ou papéis inclusive borradores, cadernos ou apontamentos
em uso ou já utilizados.

XVIII – informar à Administração Tributária e manter atualizados os endereços


eletrônicos próprio, do seu preposto e do profissional de Contabilidade responsável pela
respectiva escrituração fiscal e/ou contábil, bem como acessá-los, diariamente,
verificando as notificações e comunicações administrativo-tributárias, que lhe forem
enviadas eletronicamente pelas unidades fazendárias.

§ 1º Fica a Secretaria de Estado de Fazenda autorizada a editar normas dispondo sobre os


requisitos necessários para a inscrição do contribuinte no Cadastro de Contribuintes do
Estado, inclusive quanto ao capital mínimo, em função do objeto social da empresa.

§ 2º As referências feitas neste artigo a documentos fiscais e a livros fiscais, aplicam-se,


respectivamente, inclusive, aos documentos fiscais emitidos eletronicamente, de
existência exclusivamente digital e à escrituração fiscal digital, nas hipóteses em que o
contribuinte estiver obrigado à sua adoção, em consonância com o disposto no
regulamento desta lei e em normas complementares.

Como falei, as obrigações são bem intuitivas, não é mesmo? Mesmo assim gostaria de tecer breves
comentários.

As alterações nos contratos ou nos estatutos do contribuinte devem ser comunicadas à Fazenda dentro do
prazo previsto no regulamento. Nisso incluem-se mudanças de endereço, transferência de estabelecimento
ou encerramento de atividade.

Outra observação importante está disposta no inciso VII que impõe ao contribuinte a obrigação de
entregar o documento fiscal da operação (uma nota fiscal, por exemplo) ao adquirente da mercadoria
ainda que este não solicite. Se você adquire uma mesa de sinuca o vendedor é obrigado a te entregar a

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nota fiscal mesmo que você não peça. De forma semelhante, quem vendeu a mercadoria para você deve
exigir a nota fiscal ao adquirir a mesa de sinuca de seus fornecedores.

De acordo com o § 1º, a SEFAZ pode editar normas para disciplinar regras para se conceder inscrição
estadual como por exemplo capital mínimo necessário. Todos os detalhes sobre o cadastro de
contribuintes estão hoje disciplinados na Portaria 5/2014.

Por fim, o § 2º da legislação não faz distinção entre documentos fiscais físicos e eletrônicos, dando o
mesmo tratamento a ambos.

Art. 17-A Sem prejuízo das obrigações estatuídas no artigo anterior, os fabricantes de
combustíveis líquidos, de bebidas e de produtos líquidos em geral, especificados em
regulamento e normas complementares editadas pela Secretaria de Estado de Fazenda,
ficam obrigados a instalar sistemas de controle e medição de vazão dos mencionados
produtos por eles fabricados.

§ 1º Observado o disposto no regulamento desta lei e em atos complementares editados


pela Secretaria de Estado de Fazenda, a exigência da obrigação prevista no caput poderá
ser:

I – estendida às distribuidoras de combustíveis líquidos;

II – condicionada à capacidade mínima de produção ou de vazão do estabelecimento.

§ 2º Para fins de aferição da capacidade de produção, normas regulamentares e


complementares a esta lei poderão determinar que sejam consideradas,
englobadamente, o somatório da capacidade das filiais, pessoas jurídicas associadas,
coligadas, controladas e controladoras dos contribuintes mencionados no caput e no
inciso I do § 1º.

§ 3º Os estabelecimentos citados no caput e no § 1º deverão:

I – manter registro dos equipamentos medidores de vazão e condutivímetros, a partir da


respectiva data de entrada em operação;

II – disponibilizar, transmitir, enviar, repassar ou entregar à Secretaria de Estado de


Fazenda, informações pertinentes aos referidos equipamentos e às operações por eles
controladas, na forma, pelos meios e nos prazos estabelecidos em regulamento ou em
normas complementares, admitida a respectiva capturação por meio eletrônico, sem
prejuízo da aferição in loco pelo fisco;

III – na hipótese de interrupção do funcionamento de equipamento referido no caput, o


contribuinte deverá:

a) comunicar a ocorrência à Secretaria de Estado de Fazenda, na forma e prazos


estabelecidos em normas complementares;

b) manter o controle do volume de produção enquanto perdurar a interrupção.


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§ 6º A Secretaria de Estado de Fazenda poderá credenciar órgãos oficiais especializados,


empresas privadas e entidades representativas dos fabricantes de bebidas, que ficarão
responsáveis pela supervisão e homologação dos serviços de instalação, aferição,
manutenção e reparação dos equipamentos.

§ 7° Normas complementares a serem editadas pela Secretaria de Estado de Fazenda


disporão sobre os demais procedimentos e controles a serem observados pelos
contribuintes e pelos entes credenciados em consonância com o parágrafo anterior para
atendimento ao estatuído neste artigo.

O controle da quantidade produzida por fabricantes de combustíveis líquidos, de bebidas e de produtos


líquidos em geral é um tanto quanto difícil. Para facilitar a fiscalização esses contribuintes são obrigados a
instalarem sistemas que medem a vazão da produção. Entretanto, a SEFAZ pode limitar essa
obrigatoriedade a depender da quantidade mínima de produção ou vazão. Ora, se a ideia de obrigar o
contribuinte a instalar esses equipamentos é facilitar a fiscalização, para que obrigar o pequeno produtor,
que em tese possui uma produção mais fácil de ser fiscalizada? Uma coisa é fiscalizar uma fábrica
gigantesca da AMBEV, outra coisa é fiscalizar um pequeno produtor de sucos artesanais, concorda?

Assim como pode a legislação dispensar produtores da instalação de equipamentos, pode também obrigar
as distribuidoras de combustíveis líquidos a instalarem. Além disso, pode-se determinar que as capacidades
das filiais, pessoas jurídicas associadas, coligadas, controladas e controladoras dos produtores das
distribuidoras de combustíveis líquidos sejam somadas para fins de se determinar se a distribuidora está
obrigada ou não à instalação dos equipamentos. Assim, a legislação pode, por exemplo, determinar que as
distribuidoras com produções acima de 100.000.000 de litros por dia estão obrigadas a instalar
equipamentos de controle de medição e além disso pode somar a produção de todas as filiais para saber se
chegou a 100.000.000 ou não.

Art. 17-B Presumem-se verdadeiras as informações prestadas, por meio eletrônico ou


magnético, à Secretaria de Estado de Fazenda, pelo contribuinte ou, em seu nome, por
terceiro por ele credenciado junto à mesma, nos termos da legislação complementar.

Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se também às informações prestadas, por


meio eletrônico ou magnético, à Secretaria de Estado de Fazenda, por terceiros sujeitos
à prestação de informação ao fisco, em conformidade com a legislação tributária.

Art. 17-D Presumem-se, também, verdadeiros os dados e informações contidos nos


bancos de dados da Secretaria de Estado de Fazenda, bem como as informações
constantes de documentos gerados por sistemas, programas ou aplicativos, decorrentes
de processamento eletrônico de dados.

§ 1º As informações e documentos a que se refere o caput servirão como prova na


constituição de crédito tributário para exigência de ICMS e ou penalidades por
descumprimento de obrigação relativa ao tributo, mediante emissão dos instrumentos
de que tratam os Arts. 39-B ou 38.

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§ 2º Nas hipóteses tratadas neste artigo, incumbe ao fisco promover o saneamento das
informações, mediante etapa preexistente ou posterior a expedição dos instrumentos de
que tratam os Arts 39-B ou 38.

§ 3º Para fins do disposto neste artigo, os documentos gerados na forma prevista no


caput deverão conter a identificação da unidade fazendária responsável por sua
emissão, dispensada a aposição de assinatura ou de chancela mecânica ou eletrônica.

Tanto as informações em meio eletrônico ou magnético prestadas pelo contribuinte ou por alguém em seu
nome como as informações prestadas por terceiros (uma instituição bancária por exemplo) tem presunção
de veracidade.

De forma similar, as informações da Fazenda, seja de seu banco de dados ou de documentos gerados por
programas e sistemas também possuem presunção de veracidade sem qualquer necessidade de assinatura
ou chancela, podendo inclusive serem utilizadas para constituir o crédito tributário de ofício ou para
lavratura de Notificação/Ato de Infração, por exemplo. Significa dizer que se você pediu que o sistema
informasse alguma coisa e ele gerou um PDF com essas informações elas em princípio estão corretas. Por
se tratar de presunção, incumbe ao Fisco efetuar as correções necessárias caso seja necessário.

Art. 17-C Os fabricantes e importadores de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF,


bem como os estabelecimentos revendedores e os credenciados para realização de suas
intervenções técnicas, ficam obrigados a prestar informações relativas à
comercialização e às intervenções de uso e cessação de uso do equipamento, na forma
estabelecida na legislação tributária.

Os fabricantes, importadores, revendedores e credenciados para intervenções técnicas em Equipamentos


Emissores de Cupom Fiscal possuem diversas informações de interesse da SEFAZ e para isso estão
obrigados a prestarem informações à SEFAZ, de acordo com o que dispuser a legislação.

Art. 17-E São obrigados a exibir os impressos, os documentos, os livros, os programas e


os arquivos magnéticos relacionados com o imposto, a prestar informações solicitadas
pelo fisco e a não embaraçar a ação dos Fiscais de Tributos Estaduais:

I – as pessoas inscritas ou obrigadas à inscrição no cadastro de contribuintes ou que


tomem parte nas operações ou prestações sujeitas ao imposto;

II – os que, embora não contribuintes, prestem serviços a pessoas sujeitas a inscrição no


Cadastro de Contribuintes do ICMS;

III – os serventuários da Justiça;

IV – os funcionários públicos e os servidores do Estado, os servidores de empresas


públicas, de sociedades em que o Estado seja acionista majoritário, de sociedades de
economia mista ou de fundações;

V – as empresas de transporte de âmbito municipal e os proprietários de veículos que


façam do transporte profissão lucrativa e que não sejam contribuintes do imposto;
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VI – os bancos, as instituições financeiras, os estabelecimentos de crédito em geral, as


empresas seguradoras e as empresas de leasing ou arrendamento mercantil;

VII – as empresas administradoras de cartão de crédito ou débito, relativamente às


operações ou prestações de serviço realizadas por usuários deste Estado;

VIII – os síndicos, os comissários e os inventariantes;

IX – os leiloeiros, os corretores, os despachantes e os liquidantes;

X – as empresas de administração de bens;

XI – as empresas de informática que desenvolvam equipamentos ou programas


aplicativos, ou prestem suporte, para usuário de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal
– ECF.

XII - o intermediador das operações relativas à circulação de mercadorias que promova


arranjos de pagamento ou que desenvolva atividades de marketplace, atendidas as
disposições definidas em regulamento e em normas complementares editadas pela
Secretaria de Estado de Fazenda.

Parágrafo único A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de


informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a
observar segredo em razão do cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

No art. 17 elencamos obrigações do contribuinte e entre elas estavam a obrigatoriedade de exibir livros ao
Fisco e de não embaraçar a ação fiscal. Além dessas 2 obrigatoriedades, o art. 17-E trouxe a
obrigatoriedade de prestar informações quando solicitadas pelo visto.

Ocorre que o art. 17-E não se limitou a elencar apenas contribuinte como o art. 17. Elencou diversas
pessoas que embora não contribuintes possuam informações relevantes ao fisco ou exerçam atividades
que, de alguma forma, possuem relação com o imposto.

Repare por exemplo que as administradoras de cartão possuem informações bem relevantes para o Fisco.
Da mesma forma, as empresas de informática que mexam com ECF também possuem informações de
relevância para o Fisco.

Antes de passar a um exemplo gostaria de frisar que se, por algum motivo, as pessoas elencadas no art. 17-
E estiverem obrigadas por lei a observar segredo o Fisco não poderá obrigá-los a prestar informações. Um
bom exemplo é o advogado da empresa que, pela lei 8.906/94, deve observar sigilo profissional.

Veja um exemplo de como uma informação pode ser útil ao Fisco:

Exemplo 127) A empresa ESPERTEX enviou sua escrituração fiscal dentro do prazo previsto. Informou ter
apurado receita no valor de R$ 1.500.000, o que gerou, descontados os créditos, um débito de
aproximadamente R$ 150.000 de ICMS. Por outro lado, a SEFAZ-MT solicitou à empresa de cartão de
crédito VACILACARD que enviasse o relatório de faturamento da empresa. Ao receber todas as

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informações, verificou-se que o faturamento da empresa foi de R$ 6.000.000, 4 vezes maior que o
informado. Por essa razão a ESPERTEX foi intimada a prestar esclarecimentos a respeito dessa diferença.

Voltemos agora a falar do art. 17, o qual deixei separado os eu inciso I, pois trata de uma importante
obrigação acessória que possui diversos desdobramentos, tanto no RICMS-MT quanto nos arts. 17-H, 17-I,
17-J e 17-K da lei.

Vamos lá, estudar a inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado.

Art. 17 São obrigações do contribuinte:

I - inscrever-se na repartição fiscal, antes do início de suas atividades, na forma que


dispuser o regulamento;

RICMS-MT. Art. 58 Inscrever-se-ão no Cadastro de Contribuintes do ICMS, antes de


iniciarem atividades: (cf. inciso I do caput do art. 17 da Lei n° 7.098/98)

I – as pessoas arroladas no artigo 22, ressalvado o disposto no artigo 759;

II – as empresas de armazéns-gerais, de armazéns frigoríficos, de silos e de outros


armazéns de depósito de mercadorias;

III – as empresas de transporte de mercadorias;

V – as demais pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que praticarem,


habitualmente, em nome próprio ou de terceiros, operações relativas à circulação de
mercadoria.

§ 1° Todo aquele que produzir em propriedade alheia e promover a saída de mercadoria


em seu próprio nome, fica também obrigado à inscrição estadual.

§ 2° Ressalvado o estatuído no § 3° deste artigo, se as pessoas mencionadas nos


incisos do caput deste preceito mantiverem mais de um estabelecimento, seja
filial, sucursal, agência, depósito, fábrica ou outro qualquer, inclusive escritório
meramente administrativo, em relação a cada um deles será exigida inscrição
estadual.

§ 3° Observado o disposto no artigo 53, será exigida inscrição estadual única para
todos os imóveis rurais pertencentes ao mesmo titular, pessoa física, localizados
no território de um mesmo município.

§ 5° Fica a Secretaria Adjunta da Receita Pública da Secretaria de Estado de


Fazenda autorizada a editar normas complementares para disciplinar a forma e
local onde será efetuada a inscrição estadual.

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§ 6° A Secretaria Adjunta da Receita Pública poderá dispensar inscrição estadual,


autorizar inscrição estadual que não seja obrigatória, bem como determinar a inscrição
estadual de estabelecimento e/ou pessoa não incluídos neste artigo.

§ 8° Em atendimento ao disposto neste artigo, a inscrição no Cadastro de Contribuintes


do ICMS somente poderá ser promovida por empresas ou pessoas que forem
efetivamente contribuintes do ICMS, ressalvados os equiparados a contribuintes para fins
de inscrição estadual, descritos no caput deste preceito.

§ 10 Para fins de concessão de inscrição estadual ao Microempreendedor Individual –


MEI, de que trata o artigo 966 da Lei (federal) n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Código Civil), optante pelo Simples Nacional e pelo recolhimento do imposto na forma
prevista nos artigos 18-A a 18-C da Lei Complementar (federal) n° 123, de 14 de
dezembro de 2006, deverão ser observadas as disposições do artigo 8° do Anexo IX deste
regulamento.

Art. 53 Ressalvada disposição expressa em contrário, serão consideradas como único


estabelecimento, para fins de cumprimento das obrigações tributárias pertinentes ao
ICMS, todas as unidades produtoras rurais, pertencentes ao mesmo titular, pessoa física,
localizadas no território de um mesmo município.

Art. 55 Ressalvado o disposto no artigo 53 e no § 1° deste artigo, cada estabelecimento,


seja matriz, filial, depósito, agência ou representante, terá escrituração fiscal, emissão de
documentos fiscais e demais obrigações acessórias próprias. (cf. inciso II do § 3° do art. 23
da Lei n° 7.098/98)

§ 1° Observado o disposto no artigo 53, a escrituração fiscal será única para todos os
imóveis rurais pertencentes ao mesmo titular, pessoa física, localizados no território de
um mesmo município.

Art. 759 Fica vedada a inscrição de empresas de construção civil no Cadastro de


Contribuintes do ICMS deste Estado, ainda que declare alguma atividade secundária
sujeita ao ICMS.

Parágrafo único A empresa de construção civil que comprovar exercer atividade


secundária sujeita ao ICMS deverá constituir estabelecimento filial exclusivamente para
essa atividade, com CNPJ próprio, a fim de obter a inscrição no Cadastro de Contribuintes
do ICMS, podendo ser localizada no mesmo endereço onde realiza as atividades sujeitas
ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, de competência dos municípios.

Além de permitir ao Estado fiscalizar e controlar o pagamento de tributos e evitar a sonegação, a inscrição
estadual também cumpre a finalidade de informar aos consumidores que aquela empresa está
devidamente cadastrada no Estado, o que é uma garantia a mais da sua idoneidade. Todo contribuinte
mato-grossense é obrigado a se inscrever no cadastro de contribuintes antes de iniciar suas atividades
(antes!!).

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Cada estabelecimento do contribuinte deve possuir uma inscrição estadual individualizada, com exceção
para a concessão de inscrição única para todos os imóveis rurais de um mesmo titular de um município. Ou
seja, se determinado contribuinte possuir 10 imóveis rurais (5 em Cuiabá e 5 em Sinop-MT), terá uma
inscrição estadual (e uma escrituração fiscal) para os 5 imóveis de Cuiabá e uma inscrição estadual para os
5 de Sinop.

Além dos contribuintes, o Regulamento dispõe sobre a obrigatoriedade de inscrição também para os
armazéns. Repare que os incisos III e V do art. 58 trazem contribuintes do ICMS, já arrolados então no
inciso I. O mesmo ocorre com o § 1°. Já a empresa de construção civil que pratique secundariamente fato
gerador do ICMS não pode se inscrever no cadastro de contribuintes. Deve, no entanto, instituir um
estabelecimento filial exclusivamente para essa atividade, com CNPJ próprio, ainda que no mesmo
endereço, para, posteriormente, solicitar a inscrição estadual.

Ainda que haja a obrigatoriedade de inscrição, por conveniência e oportunidade, pode o Fisco dispensar a
obrigatoriedade. Também pode exigir de um inicialmente não obrigado à inscrição que se inscreva.

Art. 54 Quando o imóvel estiver situado em território de mais de um município deste


Estado, considera-se o contribuinte estabelecido no município em que se encontrar
localizada a sede da propriedade ou, na ausência desta, naquele onde se situar a maior
área produtiva da propriedade.

Atenção, pois esse dispositivo já foi objeto de questionamento em prova (SEFA-PA).

Se um imóvel se estender pelo território de mais de um município mato-grossense, será considerado


estabelecido no município que se encontrar a sua sede. Somente caso não haja sede nesses municípios é
que considerará estabelecido onde estiver situada a maior área!

Exemplo 128) A fazenda JANDAIA, localizada na divisa entre duas cidades X e Y de Mato Grosso, possui
1000 hectares, dos quais 950 estão localizados na cidade X e apenas 50 na cidade Y. Como sua sede fica
dentro da área territorial Y, terá sua jurisdição nessa cidade.

Exemplo 129) A fazenda JANDAIA, localizada na divisa entre duas cidades X e Y de Mato Grosso, possui
1000 hectares, dos quais 950 estão localizados na cidade X e apenas 50 na cidade Y. Como não possui sede,
terá jurisdição no município X.

Art. 56 Respondem pelo crédito tributário todos os estabelecimentos do mesmo


titular. (cf. inciso IV do § 3° do art. 23 da Lei n° 7.098/98)

§ 1° As obrigações tributárias que a legislação atribuir ao estabelecimento são de


responsabilidade do respectivo titular. (cf. inciso IV do § 3° do art. 23 da Lei n° 7.098/98)

§ 2° Todos os estabelecimentos do mesmo titular são considerados em conjunto, para


efeito de responder por débitos do imposto, correção monetária, juros moratórios,
multas, inclusive penalidades, e outros acréscimos de qualquer natureza.

Em que pese os estabelecimentos serem autônomos, todos do mesmo titular respondem em conjunto
pelos créditos tributários, cuja responsabilidade é do seu titular.
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Art. 17-H Ficará, ainda, inabilitado para a prática de suas operações ou prestações de
serviços relativas ao ICMS, mediante suspensão automática da respectiva inscrição
estadual, o estabelecimento que deixar de emitir documentos fiscais, ou de escriturar
livros fiscais, ou de emitir documentos fiscais eletrônicos, ou de entregar arquivos
digitais pertinentes à escrituração fiscal digital, ou de prestar qualquer informação
econômico- fiscal, ou, ainda, de cumprir qualquer outra obrigação acessória, na forma
preconizada na legislação tributária.

RICMS-MT. Art. 59 A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS será concedida por


prazo certo ou indeterminado, podendo sua eficácia ser cassada a qualquer tempo ou
suspensa, na forma a ser estabelecida pela Secretaria Adjunta da Receita Pública da
Secretaria de Estado de Fazenda.

§ 1° Determinada a cassação ou a suspensão da inscrição estadual, o contribuinte será


considerado não inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS, definitiva ou
temporariamente, conforme o caso, sujeitando-se: (cf. artigo 17-H da Lei n° 7.098/98,
acrescentado pela Lei n° 9.425/2010)

I – às penalidades previstas no artigo 924 deste regulamento;

II – à apreensão das mercadorias encontradas em seu poder;

III – à proibição de transacionar com as repartições públicas ou autarquias do Estado e


com as instituições financeiras oficiais integradas no sistema de crédito do Estado, bem
como com as demais empresas das quais o Estado seja acionista majoritário.

§ 2° O disposto no inciso III do § 1° deste artigo compreende:

I – o recebimento de quaisquer quantias ou créditos que o contribuinte tiver com o


Estado e suas autarquias;

II – a participação em concorrência, pregão presencial ou eletrônico, tomada de preços


ou convites, ou qualquer outra modalidade de licitação pública;

III – o despacho de mercadorias nas repartições fazendárias;

IV – a celebração de contratos de qualquer natureza, inclusive de abertura de crédito e


levantamento de empréstimos nas instituições financeiras oficiais integradas ao sistema
de crédito do Estado;

V – quaisquer outros atos que importem em transação.

§ 3° Ao contribuinte emissor de Nota Fiscal Eletrônica – NF-e aplicam-se as restrições


previstas neste artigo somente para as hipóteses de suspensão da respectiva inscrição no
Cadastro de Contribuintes do ICMS fixadas em ato normativo específico.

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A inscrição estadual pode ser concedida por um prazo certo (1 ano, por exemplo) ou por um prazo
indeterminado, o que é mais comum.

Apesar de o art. 17-H mencionar exemplos de diversas obrigações acessórias, como por exemplo deixar de
emitir documentos fiscais, a inobservância de qualquer obrigação acessória (como dito no final do artigo)
implica em suspensão automática da inscrição estadual do contribuinte, o que impede o mesmo de realizar
suas operações e prestações, podendo ter suas mercadorias apreendidas. Além disso, o contribuinte fica
proibido de transacionar com as repartições públicas ou autarquias do Estado e com as instituições
financeiras oficiais integradas no sistema de crédito do Estado, bem como com as demais empresas das
quais o Estado seja acionista majoritário. Isso porque o contribuinte passa a ser considerado não inscrito
no Cadastro de Contribuintes do ICMS.

Art. 17-I A inobservância da legislação tributária acarretará ao contribuinte a aplicação


de medida administrativa cautelar, na forma prevista em regulamento, para fins de
apuração e recolhimento do imposto decorrente das respectivas operações ou
prestações de serviço.

Quando um contribuinte reiteradamente deixar de cumprir suas obrigações fiscais, a administração


tributária poderá impor-lhe um regime que assegure o cumprimento desses deveres (art. 444 do RICMS-
MT) e essa medida é a chamada medida administrativa cautelar. Entenda-a como uma ação do Fisco se
antecipando aos fatos e preservando um possível não recolhimento do ICMS por parte do contribuinte.

Como exemplo de medida administrativa cautelar temos:

1) exigir ICMS antes da ocorrência do fato gerador;

2) suspender benefícios fiscais de caráter não geral;

3) priorização de processos administrativos; e

4) apresentação de fiança bancária.

Art. 17-J A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS poderá́ ser cassada, mediante
prévia notificação, se verificada qualquer das seguintes ocorrências:

I - inatividade do estabelecimento para o qual foi obtida a inscrição;

§ 1º A inatividade do estabelecimento, referida no inciso I do caput deste artigo, será:́

I - constatada, se comprovada por meio da realização de diligência fiscal;

II - presumida, se decorrente da falta de entrega dos arquivos digitais pertinentes à


Escrituração Fiscal Digital - EFD e/ou de informações econômico-fiscais pelo contribuinte.

A inscrição estadual do contribuinte pode ser cassada, desde que avisada ao contribuinte pelo Fisco, caso o
estabelecimento se torne inativo. Mas como saber quando um estabelecimento se torna inativo? Temos
duas opções.
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A primeira é a constatação mediante visita in loco, o que chamamos de diligência fiscal. Consiste em ir ao
estabelecimento e verificar se ele está em funcionamento.

A segunda opção é através de presunção, quando o contribuinte deixa de entregar a EFD ou informações
econômico-fiscais.

Art. 17-J A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS poderá́ ser cassada, mediante
prévia notificação, se verificada qualquer das seguintes ocorrências:

II - prática de atos ilícitos que tenham repercussão no âmbito tributário;

§ 2º Incluem-se entre os atos ilícitos referidos no inciso II do caput deste artigo:

I - participação em organização ou associação constituída para a prática de fraude fiscal


estruturada, assim entendida aquela formada com a finalidade de implementar esquema
de evasão fiscal, mediante artifícios envolvendo a dissimulação de atos, negócios ou
pessoas, com potencial de lesividade ao Erário;

II - embaraço à fiscalização, como tal entendida a falta injustificada de apresentação de


livros, documentos e arquivos digitais a que estiver obrigado o contribuinte, bem como o
não fornecimento ou o fornecimento incorreto de informações sobre mercadorias e
serviços, bens, negócios ou atividades, próprias ou de terceiros que tenham interesse
comum em situação que dê origem a obrigação tributária;

III - resistência à fiscalização, como tal entendida a restrição ou negativa de acesso ao


estabelecimento ou a qualquer de suas dependências, ao domicílio tributário ou a
qualquer outro local onde o contribuinte exerça sua atividade ou onde se encontrem
mercadorias, bens, documentos ou arquivos digitais de sua posse ou propriedade,
relacionados com situação que dê origem a obrigação tributária;

IV - receptação de mercadoria roubada ou furtada;

V - produção, comercialização ou estocagem de mercadoria falsificada ou adulterada;

VI - utilização como insumo, comercialização ou estocagem de mercadoria objeto de


contrabando ou descaminho.

A prática de atos ilícitos com repercussão no âmbito tributário também enseja a cassação da inscrição.
Nesse caso nada melhor que um mapa mental para decorarmos quais são esses atos.

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Participação em organização ou
associação constituída para a
prática de fraude fiscal estruturada
Embaraço ou Resistência à
Fiscalização
Atos ilícitos com Receptação de mercadoria
repercussão tributária roubada ou furtada
Produção, comercialização ou estocagem de
mercadoria falsificada ou adulterada

Utilização de mercadoria objeto de


contrabando ou descaminho

Art. 17-J A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS poderá́ ser cassada, mediante
prévia notificação, se verificada qualquer das seguintes ocorrências:

III - identificação incorreta, falta ou recusa de identificação dos controladores e/ou


beneficiários de empresas de investimento sediadas no exterior, que figurem no quadro
societário ou acionário de empresa envolvida em ilícitos fiscais;

§ 3º Para o efeito do inciso III do caput deste artigo, considera-se:

I - empresa de investimento sediada no exterior (offshore), aquela que tem por objeto a
inversão de investimentos financeiros fora de seu país de origem, onde é beneficiada por
supressão ou minimização de carga tributária e por reduzida interferência regulatória do
governo local;

II - controlador e/ou beneficiário, a pessoa física que efetivamente detém o controle da


empresa de investimento (beneficial owner), independentemente dos nomes de terceiros
que eventualmente figurem como titulares em documentos públicos.

Art. 17-J A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS poderá́ ser cassada, mediante
prévia notificação, se verificada qualquer das seguintes ocorrências:

IV - quando constatada a prática do desvirtuamento do objeto social da empresa;

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V - quando a autoridade administrativa desconsiderar atos ou negócios jurídicos


praticados na constituição ou alteração da pessoa jurídica;

VI - quando for apurado que houve fraude ou má́-fé́ na prestação de informação pelo
contribuinte;

VII - quando comprovado que o contribuinte agiu com dolo, má́-fé́ e/ou fraude na
emissão ou registro de documento fiscal na respectiva escrituração fiscal;

VIII - estabelecimento constituído com finalidade de gerar créditos, sem o respectivo


pagamento do imposto;

IX - quando constatado que houve fraude na expedição de Alvará Municipal ou de Laudo


de Vistoria;

X - quando a inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS permanecer suspensa por


período superior a 12 (doze) meses;

XI - outras hipóteses previstas em regulamento.

As demais hipóteses de cassação são de simples entendimento, mas antes de eu mostrar um mapa gostaria
de tecer dois comentários.

1) O inciso VIII traz o estabelecimento que compra, compra, compra e “some”. Ou seja, ele compra um
monte de mercadoria, fecha as portas e depois vende sem NF, não gerando recolhimento do imposto.
Observando isso o Fisco cassa a sua inscrição para que ele não possa mais receber NF.
2) Atenção para o prazo do inciso X que pode ser pedido na sua prova: são 12 meses de suspensão
para que haja a cassação.

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Inatividade

Atos ilícitos com repercussão tributária

identificação incorreta, falta/recusa de identificação dos


controladores/beneficiários de empresas de investimento sediadas no exterior,
que figurem no quadro societário ou acionário de empresa envolvida em ilícitos
fiscais

Desvirtuamento do objeto social

Desconsideração de atos/negócios jurídicos praticados na constituição ou


alteração da pessoa jurídica
Cassação da
Insrição
Fraude ou má-fé na prestação de informações

Dolo, má́-fé́ e/ou fraude na emissão ou registro de documento fiscal

Estabelecimento constituído com finalidade de gerar créditos,


sem o respectivo pagamento do imposto

Fraude na expedição de Alvará Municipal ou de Laudo de


Vistoria

inscrição permanecer suspensa por período superior a 12 meses

Art. 17-J § 4º Nas hipóteses previstas neste artigo, a inscrição estadual poderá́, em
medida preventiva, ser suspensa, de ofício, devendo o contribuinte ser notificado
imediatamente após a suspensão, com a motivação do ato.

Antes da cassação ser efetivada por um dos motivos listados o Fisco poderá, de maneira preventiva,
suspender a inscrição, notificando o contribuinte de sua atitude e o motivo.

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Art. 17-J § 5º O regulamento disporá́ sobre as hipóteses de restabelecimento da eficácia


da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS suspensa ou cassada na forma deste
artigo.

O RICMS-MT irá dispor sobre como a inscrição cassada ou suspensa poderá se tornar novamente ativa.

Art. 17-K A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS será́ nula, a partir da data de
sua concessão ou de sua alteração, nas situações em que, mediante procedimento
administrativo, for constatada, uma ou mais dentre as seguintes ocorrências:

I - simulação de existência do estabelecimento ou da empresa;

II - simulação do quadro societário da empresa;

III - inexistência de estabelecimento para o qual foi efetuada a inscrição ou indicação


incorreta de sua localização;

IV - indicação de dado cadastral falso;

V - apresentação de documento falso para fins cadastrais.

§ 1º Considera-se simulada a existência do estabelecimento, ainda que inscrito, ou da


empresa quando, alternativa ou cumulativamente:

I - a atividade relativa a seu objeto social, segundo declaração do contribuinte, não tiver
sido ali efetivamente exercida;

II - não tiverem ocorrido as operações ou prestações de serviços declaradas nos registros


contábeis.

§ 2º Considera-se simulado o quadro societário para o qual sejam indicadas pessoas


interpostas.

Ao contrário da cassação a nulidade da inscrição retroage à data da sua concessão ou alteração. São atos
praticados que se conhecidos não seriam aceitos pelo Fisco e por isso a inscrição não seria concedida ou
alterada. Se um contribuinte entrega um dado falso para o Fisco você concorda que o Fisco não concederia
essa inscrição ou então não alteraria a inscrição, caso fosse o caso de solicitação de alteração? Por isso é
que temos efeitos retroativos, ex tunc.

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Simulação da existência do estabelecimento

Simulação de quadro societário

Inexistência de estabelecimento ou
Nulidade da Inscrição indicação incorreta de sua
localização

Dado cadastral falso

Apresentação de documento
falso

Art. 17-K § 3º Nas hipóteses previstas neste artigo, a inscrição estadual poderá́, em
medida preventiva, ser suspensa, de ofício, devendo o contribuinte ser notificado
imediatamente após a suspensão, com a motivação do ato.

Assim como na cassação, antes da declaração de nulidade, o Fisco poderá, de maneira preventiva,
suspender a inscrição, notificando o contribuinte de sua atitude e o motivo.

Art. 17-K § 4º Aqueles que tenham se relacionado comercialmente com os supostos


estabelecimentos de que trata o caput deste artigo terão assegurado o contraditório e a
ampla defesa no âmbito do processo administrativo tributário.

Aqueles que tenham tido relação comercial com o estabelecimento que teve a inscrição declarada nula,
caso sejam arrolados no processo administrativo tributário, terão direito ao contraditório e ampla defesa
no intuito de provar que desconheciam as infrações cometidas praticadas.

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2. Sujeição Passiva – Responsável

Vimos que o responsável tributário é aquele que, mesmo não tendo praticado o fato gerador é eleito pelo
legislador como aquele que irá recolher o tributo aos cofres públicos. Existem diversas classificações para a
responsabilidade. Atentemo-nos somente ao que nos interessa.

A responsabilidade por substituição é aquela que é atribuída desde o momento da ocorrência do fato
gerador a outrem que não o contribuinte. Pode-se citar como exemplo de responsabilidade por
substituição o IR. Desde o momento de verificação da aquisição de riqueza por parte do empregado fica o
empregador responsável pelo recolhimento do tributo.

Já a responsabilidade por transferência possui como característica a mudança do polo passivo da relação
jurídico-tributária: inicia-se com um sujeito que tem a obrigação de pagar o tributo, porém há a mudança, a
transferência, para outro sujeito passivo por ocorrência de um evento definido em lei. Um exemplo comum
de responsabilidade por transferência (por sucessão) é no caso de morte de alguém que possua imóvel. Até
a data do falecimento, o de cujus é considerado contribuinte do IPTU. Após a sua passagem para outro
plano não há mais como se cobrar o morto. Prevendo isso, a obrigação de pagar o tributo é transferida
para o espólio e, após a partilha dos bens, novamente transferida para os sucessores.

A responsabilidade de terceiros se divide em responsabilidade solidária e pessoal.

A responsabilidade solidária é aquela que não comporta benefício de ordem. Isso significa que o Fisco pode
exigir o tributo tanto do contribuinte quanto do responsável! Ou seja, não é necessário primeiro tentar
cobrar um para somente depois cobrar o outro! É diferente da responsabilidade subsidiária, onde deve-se
obedecer a uma ordem de cobrança descrita na lei: não se pode cobrar Fulano antes de esgotar as
possibilidades de cobrar Beltrano.

A responsabilidade pessoal é também conhecida como “transferência por substituição”. É quase um “mix”
entre a responsabilidade por substituição e por transferência. O responsável só terá o dever de recolher o
tributo e seus acréscimos caso seus atos ou omissões concorrerem para o não pagamento do tributo.

Vamos ver agora a quem foram atribuídas essas responsabilidades na nossa lei.

2.1. Responsabilidade Pessoal

Infelizmente o assunto responsabilidade como um todo possui muitas partes decorebas. Por vezes temos
listas extensas que possuem muitos detalhes e responsabilidades. Confesso que não é um assunto muito
legal de estudar. “Preciso decorar, professor?” Precisa. Marquei com cores diferentes os principais
detalhes e explanarei de maneira com que facilite a sua memorização. É grande a chance desse assunto
cair na sua prova (bem como as demais responsabilidades) e por isso não o negligencie.

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Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais


devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem
para o não cumprimento da obrigação tributária:

I - ao leiloeiro, em relação ao imposto devido sobre a saída de mercadoria decorrente de


arrematação em leilão, excetuado o referente a mercadoria importada a apreendida;

II - ao síndico, comissário, inventariante ou liquidante, em relação ao imposto devido


sobre a saída de mercadoria decorrente de sua alienação em falência, concordata,
inventário ou dissolução de sociedade, respectivamente;

Os primeiros responsáveis são de simples entendimento. O leiloeiro, por exemplo, possui experiência no
assunto e por isso torna-se mais fácil exigir que o mesmo seja responsável. Pensamento similar deve-se ter
no que tange aos síndicos, comissários, inventariantes e liquidantes, representantes, mandatários e
gestores de negócios, que são responsáveis diretos pelo ICMS devido em operações que realizarem através
de falência, concordata, inventário ou dissolução de sociedade.

Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais


devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem
para o não cumprimento da obrigação tributária:

III - ao armazém geral, depositário e demais encarregados da guarda ou comercialização


de mercadorias:

a) na saída de mercadoria depositada por contribuinte de qualquer Estado;

b) na transmissão de propriedade de mercadoria depositada por contribuinte de


qualquer Estado;

c) no recebimento para depósito ou na saída de mercadoria sem documentação fiscal


ou com documentação fiscal inidônea.

Atenção total pois o armazém geral não é contribuinte do ICMS, porém foi eleito como responsável pelo
recolhimento do ICMS caso quem tenha depositado as mercadorias seja um contribuinte de fora do Estado
do Mato Grosso! Se o contribuinte que depositou for do MT o armazém não será responsável, exceto se a
mercadoria estiver em desacordo com nossa legislação como por exemplo desacompanhada de nota fiscal
ou com nota fiscal inidônea!

Apesar de redação do dispositivo estar bem ruim uma vez que fala em “qualquer Estado”, dando a
impressão que se for contribuinte do MT o armazém também será responsável, não é isso que se verifica.
Decore a literalidade, mas saiba que somente se o depositante for de fora do MT é que o armazém será
responsável, exceto nos casos em que a mercadoria estiver sem documentação idônea, hipóteses em que o
armazém geral será responsável mesmo o depositante sendo do Mato Grosso.

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Exemplo 130) A empresa BLEIBLEI, de João Pessoa-PB, remeteu 200 computadores para um armazém geral
localizado em Cuiabá-MT. Um mês depois a BLEIBLEI vendeu os computadores e mandou o armazém
entregá-los à empresa COMPUTECH, de Cáceres-MT. Nessa situação o armazém é responsável pelo ICMS
devido pela saída para a COMPUTECH.

Exemplo 131) A empresa BLEIBLEI, de João Pessoa-PB, remeteu 200 computadores para um armazém geral
localizado em Cuiabá-MT. Um mês depois vendeu os computadores para a empresa COMPUTECH, de
Rondonópolis-MT. Entretanto, por não possuir espaço físico para armazenagem, a COMPUTECH decidiu
manter os computadores no armazém em Mato Grosso. Nessa situação, apesar de não ter ocorrido a
circulação física, houve a transmissão de propriedade das mercadorias e o armazém é responsável pelo
ICMS devido por tal transmissão.

Exemplo 132) A empresa CAMAL, de Cuiabá-MT, remeteu 200 computadores sem nota fiscal para um
armazém geral localizado em Sinop-MT. Um mês depois, em uma fiscalização de estabelecimento, o fiscal
Dimulé verificou essa irregularidade e como exímio conhecedor da legislação que é, cobrou o ICMS do
próprio armazém na qualidade de responsável tributário.

Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais


devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem
para o não cumprimento da obrigação tributária:

IV - ao transportador, em relação à mercadoria:

a) proveniente de outro Estado para entrega a destinatário não designado no território


mato-grossense;

b) que for negociada no território mato-grossense durante o transporte;

c) que aceitar para despacho ou transportar sem documento fiscal, ou acompanhada de


documento fiscal inidôneo ou com destino a contribuinte não identificado ou baixado
no Cadastro de Contribuintes do ICMS;

d) que entregar a destinatário ou em local diverso do indicado na documentação fiscal;


e) que transportar com documento fiscal sem o selo fiscal de trânsito, quando exigido na
legislação;

e) que transportar com documento fiscal sem o selo fiscal de trânsito, quando exigido na
legislação;

f) ou o bem objeto de remessa expressa internacional porta a porta que transportar na


condição de empresa de courier;

Vamos agora à responsabilidade do transportador. Nos casos em que o transportador vem de outro Estado
para vender “na rua” (chamamos de “destinatário incerto”, “à procura de venda” ou “destinatário não
designado”) ele passa a ser o responsável.

Nos casos em que, durante um transporte, a mercadoria for negociada em território mato-grossense

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(alínea b) o transportador também será responsável. Já as alíneas c, d e e são atos irregulares cometidos
pelo transportador que o faz se tornar responsável: receber mercadoria sem nota/inidônea para despacho
ou transporte ou com destino a contribuinte não identificado ou baixado (inscrição cancelada), entregar
mercadoria a destinatário diverso da nota ou transportar mercadoria sem o selo fiscal de trânsito quando
exigido (galões de água, por exemplo, precisam circular com um selo fiscal).

A alínea f, recentemente incluída na legislação, atribui a responsabilidade ao transportador de remessa


internacional porta a porta na condição de courier. O transporte internacional feito por empresas de
courier é um envio expresso de mercadorias, sendo utilizado principalmente para o envio internacional de
documentos e de amostras.

Exemplo 133) A empresa paulistana VAIVENDENDU fabricou 150 cofres e contratou a transportadora
RODAUBRASIL para levá-los e vendê-los em uma praça de Cuiabá-MT. Obviamente ao sair de São Paulo não
se sabe quem irá passar pela praça, avistar o caminhão cheio de cofres e comprá-los. Diz-se então que o
destinatário é incerto: pode-se vender para o Sr. Dimulé, Sr. Safão, Dona Maria, Sr. James Bonde Elétrico...
Nesse caso, a RODAUBRASIL será a responsável pelo ICMS devido pelas vendas em território mato-
grossense.

Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais


devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem
para o não cumprimento da obrigação tributária:

V - ao remetente de mercadoria destinada aos estabelecimentos mencionados no § 3º


do artigo 4º, quando a exportação não se efetivar.

Sabemos que a saída de estabelecimento contribuinte com destino à exportadora, estabelecimentos da


mesma empresa, armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro se dá com não incidência de acordo com
o art. 4º c/c § 3º. Mas e se essa mercadoria não for exportada? Nesse caso o imposto da saída do
estabelecimento até os locais retrocitados deverá ser recolhido com os devidos acréscimos legais pelo
remetente. Mas pense comigo.... o remetente já é o contribuinte! Se foi ele que realizou o fato gerador (a
saída de mercadoria para o entreposto aduaneiro, por exemplo), então será ele o contribuinte. Para que
colocá-lo como responsável? De todo modo memorize o inciso V do art. 18.

Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais


devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem
para o não cumprimento da obrigação tributária:

VI - ao adquirente, a qualquer título, de fichas, cartões ou assemelhados, utilizados para


pagamento de serviço de comunicação, para revenda, quando enviados por prestador
de serviço de comunicação situado em outra unidade da Federação.

§ 1º O disposto no inciso VI do caput aplica-se também ao prestador de serviço de


comunicação situado neste Estado, quando houver sua intervenção na operação.

IX – ao sujeito passivo cessionário de meios das redes de telecomunicações a outra


operadora ou empresa de telecomunicação, na hipótese de prestação de serviços de
comunicação a outra operadora de telecomunicação, inclusive na interconexão,
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exploração industrial ou quando o cedente ou o cessionário não se constitua em


consumidor final.

Art. 19-A São responsáveis pelo pagamento do imposto relativo à prestação de serviço
de comunicação:

I – o destinatário do serviço, desde que contribuinte inscrito no Estado, nas prestações


realizadas por prestador autônomo;

II – o prestador ou o intermediário do serviço, estabelecidos no território nacional, em


relação ao serviço de comunicação prestado ou iniciado no exterior, quando o
destinatário ou beneficiário do serviço, conforme o caso for pessoa natural ou jurídica
que não realize habitualmente outras operações ou prestações sujeitas ao imposto.

§ 1º Para os efeitos desta lei, considera-se prestador autônomo de serviço de


comunicação:

I – a pessoa natural que se dedique a esta atividade;

II – qualquer pessoa, natural ou jurídica, a ele equiparada, nos termos do regulamento.

§ 2º Na hipótese do inciso VI do § 2º do Art. 2º, observado o disposto em regulamento e


em normas complementares, poderá ser atribuída à operadora mato-grossense a
responsabilidade tributária por substituição referente às respectivas prestações de
serviço.

§ 3º O disposto no parágrafo anterior também se aplica em relação às cessões onerosas


de meios de redes de telecomunicações e nas prestações de serviços de comunicação a
outras empresas de comunicação, decorrentes de exploração industrial por
interconexão, quando o cedente ou o cessionário não se constitua em consumidor final,
em conformidade com o disposto em regulamento e em normas complementares,
hipótese em que a responsabilidade tributária poderá ser atribuída à operadora mato-
grossense, inclusive quanto às prestações de serviço antecedentes, mediante
diferimento.

Quando estivermos diante de uma remessa de outro Estado para revenda de fichas, cartões ou
assemelhados para uso no serviço de comunicação o adquirente no Mato Grosso será o responsável. De
maneira semelhante, caso algum prestador de serviço mato-grossense intervenha em uma prestação de
comunicação que se inicie em outro Estado ele será considerado responsável. Aquele que forneça meios de
redes de telecomunicação para uma operadora ou empresa prestar o serviço também será responsável
pelo ICMS devido.

Também se inclui entre os responsáveis o destinatário do serviço de comunicação desde que seja inscrito
no cadastro de contribuintes do MT, quando o prestador de serviço for autônomo.

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Quando o serviço de comunicação se iniciar no exterior ou for lá prestado o prestador ou intermediário do


serviço será responsável desde que o destinatário no Brasil não seja contribuinte.

Na hipótese de disponibilização de redes, infraestruturas e equipamentos para o serviço de comunicação


(inciso VI do § 2º do Art. 2º) é possível que operadora mato-grossense tomadora do serviço se torne
substituta tributária.

Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais


devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem
para o não cumprimento da obrigação tributária:

VII - o terminal aquaviário, portuário, aeroportuário ou aduaneiro, em relação à


mercadoria importada do exterior e desembaraçada em seu estabelecimento.

Responsabilidade sem muita dificuldade. No caso de importação os terminais (aquaviários, portuários,


aeroportuários ou aduaneiro) são responsáveis pelas mercadorias que forem desembaraçadas em seu
estabelecimento.

Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais


devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem
para o não cumprimento da obrigação tributária:

VIII – a qualquer pessoa, contribuinte ou não do imposto que, na condição de


adquirente de mercadoria ou bem ou de tomador de serviços:

a) prestar ou deixar de prestar declaração ou informação que implique desoneração ou


postergação, total ou parcial, a qualquer título, do imposto;

b) deixar de observar a correta destinação ou finalidade da mercadoria, bem ou serviço,


nas hipóteses de benefícios ou incentivos fiscais ou financeiro-fiscais condicionados.

Aquele que adquirir mercadoria ou tomar um serviço, mesmo que não seja contribuinte, e prestar ou
deixar de prestar informações que irão diminuir ou postergar o ICMS também será considerado
responsável.

Caso um benefício fiscal imponha determinada condição para uso da mercadoria, bem ou serviço
beneficiado e o adquirente, mesmo que não contribuinte, destine mercadoria de maneira diversa,
responderá como responsável pelo ICMS devido.

Exemplo 134) Visando desenvolver a indústria de calçados, o CONFAZ autorizou o benefício fiscal da
isenção para saídas internas de aço no Mato Grosso, desde que seja para ser utilizado na construção de
máquinas para produzir sapatos. Após a internalização da isenção na legislação mato-grossense a
siderúrgica AÇÃO vendeu, sob a égide da isenção, aço para a indústria FAZMAQ produzir máquinas de
sapato. Entretanto, como a FAZMAQ utilizou o aço para fabricar produtos diversos tornou-se responsável
tributário pelo ICMS que deixou de ser recolhido por conta da isenção.

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Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais


devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem
para o não cumprimento da obrigação tributária:

X - ao intermediador das operações relativas à circulação de mercadorias que promova


arranjos de pagamento ou que desenvolva atividades de marketplace, desde que o
contribuinte do ICMS não tenha emitido documento fiscal para acobertar a operação;

Marketplace é um portal de e-commerce colaborativo, um site que reúne ofertas de produtos de diversos
vendedores. O cliente, estando em um único lugar, encontra produtos de diversos fornecedores e marcas.
É como se fosse um shopping virtual. O responsável pelo site ou algum intermediador que faça o mesmo
que um marketplace só que no mundo “real” serão responsáveis pelo pagamento do ICMS das operações
que intermediarem caso o contribuinte, o vendedor original, não tenha emitido NF.

Art. 18 § 2º Observado o disposto no regulamento desta Lei, nas hipóteses de que tratam
os incisos XIII, XIII-A, XIV e XIV-A do Art. 3°, a responsabilidade pelo recolhimento do
imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual fica
atribuída:

I - ao destinatário mato-grossense, quando este for contribuinte do imposto;

II - ao remetente ou ao prestador de serviço estabelecido na unidade federada de


origem, quando o destinatário mato-grossense não for contribuinte do imposto.

Sabemos que em operações interestaduais destinadas ao consumo final ou ao ativo permanente teremos a
ocorrência do DIFAL. Assim como vimos na Constituição Federal, o responsável pelo recolhimento do DIFAL
pode ser o remetente (ou prestador, no caso de serviço) localizado em outro Estado ou o adquirente (ou
tomador do serviço) localizado no MT.

Caso o destinatário seja contribuinte, é muito mais fácil para o Fisco no MT cobrar do próprio destinatário
uma vez que ele se encontra localizado no próprio território do Estado.

Já se o destinatário for não contribuinte fica muito difícil cobrá-lo uma vez que existe um sem número de
não contribuintes adquirindo mercadorias em outros Estados. Imagine você como Auditor tendo que bater
de porta em porta em um prédio cobrando as pessoas que comprar alguma mercadoria em São Paulo pela
internet, por exemplo. Por isso nesses casos atribui-se a responsabilidade ao remetente ou prestador de
serviço, contribuinte localizado em outro Estado.

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Destinatário não
contribuinte do Remetente
Responsável pelo ICMS
recolhimento do
DIFAL Destinatário
contribuinte do Destinatário
ICMS

Vamos agora a uma novidade interessante trazida pela legislação:

Art. 18 § 3º Na hipótese do § 2° deste artigo, quando o destinatário mato-grossense do


bem, mercadoria ou serviço não for contribuinte do imposto e o prestador de serviço de
transporte não for estabelecido na unidade federada de origem, fica atribuída ao
remetente do bem ou mercadoria a responsabilidade, na condição de substituto
tributário, pelo recolhimento da diferença devida a este Estado, relativamente à
prestação de serviço de transporte.

Nas operações interestaduais em que o destinatário no MT seja não contribuinte sabemos que o
remetente em outro Estado é o responsável pelo DIFAL.

Aliado a isso, caso o transportador não for estabelecido no mesmo Estado do remetente o próprio
remetente também será responsável pelo DIFAL sobre o transporte. Veja:

Exemplo 135) A transportadora QUEBRATUDO, estabelecida em Santa Catarina, recolheu mercadorias no


estabelecimento da SRN, localizada no Rio Grande do Sul, para levá-las ao Mato Grosso uma vez que foram
adquiridas por Dimulé, não contribuinte de Cuiabá. O DIFAL sobre as mercadorias deve ser recolhido pela
SRN uma vez que o destinatário mato-grossense é não contribuinte. Além disso o DIFAL sobre o transporte
também deve ser recolhido pela SRN pois a transportadora QUEBRATUDO não está localizada no mesmo
Estado da SRN.

Art. 18 § 4º Ainda em relação às hipóteses de que tratam os incisos XIII-A e XIV-A do Art.
3°, o regulamento desta Lei disporá sobre as hipóteses de obrigatoriedade e de dispensa
de inscrição no cadastro estadual pelo remetente ou prestador de serviço estabelecido
em outra unidade federada.

O Regulamento irá detalhar as hipóteses em que o remetente estabelecido em outro Estado que realize
operações destinadas a não contribuinte estará obrigado a se inscrever ou não no cadastro de
contribuintes do MT para fins de recolhimento do DIFAL como responsável. Normalmente, apesar de o
contribuinte estar localizado em outra UF, concede-se uma inscrição de substituto tributário no MT,
visando facilitar tanto o contribuinte, que terá prazos mais largos para recolhimento do ICMS-ST, quanto o
Estado, que terá todo o controle sobre esses contribuintes.

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Art. 19 Nos serviços de transportes e de comunicação, quando a prestação for efetuada


por mais de uma empresa, a responsabilidade pelo pagamento do imposto poderá ser
atribuída, por convênio celebrado entre os Estados, àquela que promover a cobrança
integral do respectivo valor diretamente do usuário do serviço.

Parágrafo único. O convênio a que se refere este artigo estabelecerá a forma de


participação na respectiva arrecadação.

Se o serviço de transporte ou de comunicação for prestado por mais de uma empresa a responsabilidade
poderá ser daquele que efetuar a cobrança integral. Com um exemplo acredito que você visualize melhor...

Exemplo 136) A transportadora TECOTECO localizada no Mato Grosso, juntamente com a empresa
RODARODA localizada em Goiás, decidiram fazer uma parceria. Os passageiros do MT que desejam viajar
para uma cidade no interior de Goiás compram as passagens diretamente no guichê da TECOTECO no MT,
pagando R$ 150 por todo o trajeto. A TECOTECO fica responsável pelo trecho até uma cidade dentro de
Goiás, onde a RODARODA assume o encargo de terminar a viagem. Como a passagem é vendida toda no
MT pode o convênio estabelecer que a TECOTECO seja a responsável pelo pagamento do ICMS. Como uma
segunda parte do serviço se iniciou dentro do território goianiense o convênio irá determinar como fazer
essa repartição da arrecadação. Repare que se cada empresa cobrasse o seu trecho seria fácil fazer a
repartição do ICMS – incide na saída interestadual a 12% e no novo serviço de saída intermunicipal entre as
cidades de Goiás sobre alíquota interna.

2.2. Responsabilidade Solidária

Chegamos à tão famosa responsabilidade solidária! “Por que famosa, professor?” Simples: é a mais usada
pelo Fisco uma vez que permite que se cobre tanto do contribuinte quanto do responsável, sem qualquer
benefício de ordem. Olha que maravilha: uni-duni-tê, eu vou cobrar de você̂! Rs. Claro que não é bem
assim, não é pessoal? Obviamente o responsável, qualquer que seja, precisa possuir relação com o fato
gerador.

RICMS-MT. Art. 44 A solidariedade referida nesta seção não comporta benefício de


ordem, salvo se o contribuinte apresentar garantias ou oferecer à penhora bens
suficientes ao total pagamento do débito. (cf. parágrafo único do art. 124 do CTN)

Art. 44-A Salvo disposição de lei em contrário, o pagamento do crédito tributário


efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais devedores solidários. (cf. inciso I do
art. 125 do CTN).

Havendo garantia por parte do contribuinte, haverá benefício de ordem, ou seja, deverá ser executada a
garantia, sem atingir o responsável, desde que a garantia cubra todo o valor do débito.

A lista trazida por nossa lei é bem extensa: comporta 16 incisos e mais 3 parágrafos (o § 1º foi revogado).
Vamos conhecer?

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Art. 18-A São também solidariamente obrigadas ao pagamento do imposto devido na


operação ou prestação as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal, especialmente:

I – o possuidor das mercadorias ou bens, com aquele que as tenha fornecido, quando
encontrados em situação fiscal irregular;

O primeiro caso de solidariedade se refere a situações em que a mercadoria se encontre em situação


irregular como por exemplo com nota fiscal inidônea. Se você realizar uma fiscalização e encontrar um
estabelecimento que possua 100 quilos de feijão com nota fiscal inidônea tanto o estabelecimento que
possuir o feijão quanto aquele que forneceu o feijão para o estabelecimento responderão de maneira
solidária pelo ICMS e seus acréscimos.

II – o emitente de documento fiscal gracioso, com aquele que o tenha utilizado,


relativamente ao aproveitamento de crédito destacado em documento que não
corresponda a uma efetiva operação ou prestação;

Também responderão de maneira solidária aquele que emitir documento fiscal sem que se trate de uma
operação ou prestação efetivamente realizada com aquele que se aproveitar do crédito destacado no
documento. Assim, se o contribuinte A forja uma operação de saída com ICMS destacado de R$ 100 e o
contribuinte B se credita desse valor ambos responderão de maneira solidária pelos R$ 100.

III – o remetente, com os operadores subsequentes, relativamente às operações por


estes promovidas, com as mercadorias ou bens saídos de seu estabelecimento sem
documentação fiscal;

Se um contribuinte realizar uma venda sem nota fiscal também ficará responsável de maneira solidária
pela posterior saída realizada pelo adquirente. Veja:

Exemplo 137) A empresa mato-grossense CRF vendeu sem nota fiscal 100 unidades de determinada
mercadoria para a empresa TXK. Posteriormente a TXK vendeu as 100 mercadorias a um varejista. A CRF
será contribuinte da venda que realizou sem nota fiscal para a TXK e ainda será responsável solidária na
venda da TXK para o varejista.

IV – o exportador, ou aquele a ele equiparado, inclusive entreposto aduaneiro, ou outra


pessoa interessada, com o remetente, em relação à:

a) mercadoria não exportada e para esse fim recebida, inclusive quanto à prestação de
serviço de transporte vinculada à operação;

b) saída de mercadoria para o exterior, sem documentação fiscal;

Se determinada mercadoria foi recebida com o fim de exportação, não pode o exportador reintroduzi-la a
seu bel prazer no mercado interno. Caso seja feita essa reintrodução, tanto o ICMS sobre a mercadoria
quanto o ICMS-frete serão devidos e poderão ser cobrados tanto de quem enviou a mercadoria para o
exportador quanto do próprio exportador de maneira solidária. Da mesma forma ocorrerá se houver
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exportação sem documentação fiscal, hipótese em que será devido o ICMS, em que pese termos
imunidade constitucional no corredor de exportação.

Exemplo 138) A fábrica de cachaça DABOA enviou 300 garrafas de pinga para uma exportadora com a
finalidade de exportar para Graz, na Áustria. Após 1 mês, por determinação da fábrica, a exportadora
enviou essas mesmas 300 garrafas para o bar do MOE, localizado em Cuiabá. Repare que as cachaças
foram reintroduzidas no mercado nacional, sendo devido o ICMS de maneira solidária entre a DABOA e a
exportadora.

V – o entreposto aduaneiro, ou outra pessoa interessada:

a) com o destinatário, em relação à entrega de mercadoria ou bem importado do


exterior sem comprovação de sua regularidade fiscal;

b) com quem o receber, em relação a bem ou mercadoria entregue a estabelecimento


diverso daquele que tenha efetuado a importação;

Se o entreposto aduaneiro vier a entregar mercadorias sem comprovação de regularidade fiscal ou com
destino a estabelecimento diverso daquele que deveria ter como destino responderá solidariamente pelo
ICMS devido com o destinatário da mercadoria.

VI – a pessoa jurídica que resultar da cisão, com a pessoa jurídica cindida, relativamente
a imposto devido até a data do ato;

Se você já estudou Direito Tributário perceberá que esse inciso possui uma similaridade muito grande com
o art. 132 do CTN. Entretanto algumas ressalvas devem ser feitas.

Vimos nesta aula que há não incidência para a sucessão empresarial (fusão, transformação, cisão e
incorporação). Não podemos confundir com a solidariedade descrita no inciso VI. Na sucessão empresarial
realmente não incide ICMS, mas isso não quer dizer que o ICMS da antiga empresa “morrerá”. Na operação
de sucessão em si não haverá nova incidência de ICMS, mas o ICMS gerado pela antiga empresa antes da
sucessão passa a ser de responsabilidade da sucessora de maneira solidária.

VII – o arrendante ou locador de estabelecimento industrial, com o arrendatário ou


locatário, em relação ao imposto devido em decorrência das operações por ele
praticadas.

O arrendamento é a operação pela qual o proprietário de um estabelecimento (o arrendador) transfere


para terceiro (arrendatário) o uso temporário desse estabelecimento mediante o pagamento de um valor
previamente combinado. Nessas situações o arrendante ou o locador, no caso de uma locação,
responderão solidariamente com o arrendatário ou locatário pelo ICMS devido pelos fatos geradores que
ocorrem enquanto perdurar o arrendamento ou a locação do estabelecimento industrial.

VIII – as pessoas referidas nas hipóteses e operações a que se referem os Arts. 18 a 22


desta lei.

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A legislação do MT atribuiu a responsabilidade solidária àqueles que atribuiu a responsabilidade por


substituição e a responsabilidade pessoal. Apesar de parecer loucura é o que a legislação afirma rs.

Art. 18-B Também responderão solidariamente com o contribuinte usuário, inclusive


pelo crédito tributário que vier a ser apurado, o fabricante e o importador de
Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF, o revendedor, a empresa que realizar
intervenção no equipamento, ainda que não credenciada, e o desenvolvedor ou
fornecedor do programa aplicativo, nos casos de:

I – uso, por contribuinte usuário deste Estado, de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal
– ECF que não atenda aos requisitos e exigências estabelecidos no âmbito do Conselho
Nacional de Política Fazendária - CONFAZ e pela legislação tributária para o
desenvolvimento do equipamento e seus aplicativos ou que permita a realização de
fraudes ou sonegação de tributos;

II – utilização, por contribuinte usuário deste Estado, de Equipamento Emissor de Cupom


Fiscal – ECF cuja comercialização, uso ou cessação de uso não tenham sido comunicados
por meio do Sistema ECF;

III – não-recolhimento dos tributos devidos, em razão de fraude, alteração ou


manipulação de dados que deveriam ser armazenados na memória fiscal do
equipamento;

IV – não-recolhimento dos tributos devidos, em razão de erros detectados nos


equipamentos, ainda que estes já tenham sido autorizados para uso fiscal;

V – alteração da situação tributária dos totalizadores parciais em Equipamento Emissor


de Cupom Fiscal – ECF, do tipo ECF-MR, sem anuência do fisco;

VI – uso de equipamento que prejudique os controles fiscais ou acarrete prejuízo ao


Erário, ainda que decorra de simples defeito de fabricação;

VII – inobservância das normas estabelecidas nesta lei, seu regulamento e demais atos
da legislação tributária.

§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o fabricante ou importador fica também


responsável pela correção de erros detectados em equipamento emissor de cupom
fiscal – ECF, ainda que já autorizados para uso fiscal.

§ 2º O fabricante e o importador de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF, bem


como os estabelecimentos revendedores e os credenciados para realização de suas
intervenções técnicas, respondem solidariamente com o contribuinte usuário, inclusive
por eventual crédito tributário que vier a ser apurado, quando deixarem de prestar
informações relativas à comercialização e às intervenções de uso ou de cessação de uso
do equipamento.

§ 3º A solidariedade estabelecida neste artigo não exclui a aplicação das penalidades


cabíveis ao fabricante, importador, revendedor, empresa que realizar intervenção no
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equipamento, ainda que não credenciada, ou ao desenvolvedor ou fornecedor do


programa aplicativo.

Art. 18-D São, ainda, responsáveis solidários, respondendo solidariamente com o


usuário:
I - todo aquele que tiver desenvolvido, licenciado, cedido, fornecido, instalado, alterado
ou prestado serviço de manutenção a programas ou aplicativos que possibilitem
inobservância de disposição da legislação tributária pertinente ao referido programa ou
aplicativo, abrangidas a fraude, simulação, adulteração, sonegação de imposto e outros
vícios que impliquem efeitos fiscais, quando utilizados:

a) na emissão de documento fiscal eletrônico ou de documento auxiliar de documento


fiscal eletrônico;

b) na escrituração fiscal digital;

c) em outros dispositivos eletrônicos de controle fiscal;

II - todo aquele que tiver fabricado, fornecido, instalado, cedido, alterado ou prestado
serviço de manutenção a equipamentos ou dispositivos eletrônicos de controle fiscal,
bem como as respectivas partes e peças, que possibilitem a inobservância de disposição
da legislação tributária pertinente ao referido equipamento, abrangidas a fraude,
simulação, adulteração, sonegação de imposto e outros vícios que impliquem efeitos
fiscais;

Você já viu um ECF? E um POS? Com certeza sim, só não sabia o nome. ECF é aquele emissor de cupom
fiscal que fica acoplado diretamente ao computador. O POS é aquela maquininha que levam na sua mesa
quando você vai a um restaurante. A grande diferença entre eles é que o POS não emite cupom fiscal
algum, ele apenas emite aquela fita de comprovante de pagamento, sem valor fiscal.

POS ECF

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Infelizmente os dispositivos acima nos trazem situações muito comuns em que há adulteração dos ECF
(Equipamento Emissor de Cupom Fiscal). Todos aqueles que concorrerem para a prática da infração
responderão solidariamente pelo ICMS não pago bem como seus acréscimos.

Assim, o revendedor, a empresa que realiza manutenção e o desenvolvedor ou fornecedor do programa


aplicativo respondem pelos seus atos juntamente com o usuário.

Importante destacar que o fato de haver a responsabilidade solidária não exclui a aplicação de penalidades
cabíveis.

Obs: hoje não se usa mais ECF.

Vamos a um exemplo:

Exemplo 139) Contribuinte do ramo de bicicletas contratou uma determinada empresa para fazer a
manutenção de seus ECF (Equipamento Emissor de Cupom Fiscal). Chegando na loja o funcionário da
prestadora de serviço de manutenção fez uma proposta para o dono da loja de bicicletas: adulterar a
máquina para que ela não contabilize todas as vendas, gerando um ICMS a pagar a menor. O dono da loja,
muito espertão, acabou aceitando e posteriormente o fiscal em diligência detectou a fraude. O ICMS que
deixou de ser recolhido pode ser cobrado solidariamente tanto da empresa do ramo de bicicletas quanto
da pessoa credenciada responsável pela adulteração.

Art. 18-C Responde solidariamente com o sujeito passivo pelas infrações praticadas, em
relação às disposições desta lei e demais obrigações contidas na legislação tributária, o
profissional de Contabilidade, responsável pela escrituração fiscal e/ou contábil do
contribuinte, no que pertine a prestação de informações com omissão ou falsidade.

O contabilista (não precisa ser necessariamente um contador) que for responsável pela escrituração fiscal
ou contábil do contribuinte responde solidariamente com o sujeito passivo pelas infrações cometidas.

Art. 18-D São, ainda, responsáveis solidários, respondendo solidariamente com o


usuário:

III - as pessoas prestadoras de serviços de intermediação comercial em ambiente virtual,


com utilização de tecnologias de informação, inclusive por meio de leilões eletrônicos, em
relação às operações ou prestações sobre as quais tenham deixado de prestar
informações solicitadas pelo fisco;

IV - as pessoas prestadoras de serviços de tecnologia de informação, tendo por objeto o


gerenciamento e controle de operações comerciais realizadas em ambiente virtual,
inclusive dos respectivos meios de pagamento, em relação às operações ou prestações
sobre as quais tenham deixado de prestar informações solicitadas pelo fisco;

V - as pessoas prestadoras de serviços de intermediação comercial de operações que


envolvam remetentes de mercadorias em situação cadastral irregular perante a
Secretaria de Estado de Fazenda.

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Vimos o conceito de marketplace, intermediadores em ambiente virtual de operações que cresce cada dia
mais. Vimos também que os intermediadores respondem pelo crédito tributário caso não haja emissão de
documento fiscal pelo vendedor. No caso específico em que o remetente das mercadorias esteja em
situação cadastral irregular ou que o intermediário deixe de prestar informações ao Fisco, se tornará
responsável solidário (incisos III e V). De modo semelhante, as prestadoras de serviços de tecnologia de
informação que gerenciem e controlem operações comerciais realizadas em ambiente virtual são
responsáveis solidários em relação às operações ou prestações sobre as quais tenham deixado de prestar
informações solicitadas pelo Fisco.

2.3. Substituição Tributária

Art. 20 Fica atribuída a condição de substituto tributário a:

I - industrial, comerciante ou outra categoria de contribuinte, pelo pagamento do


imposto devido na operação ou operações anteriores;

II - produtor, extrator, gerador, inclusive de energia, industrial, distribuidor,


comerciante ou transportador pelo pagamento do imposto devido nas operações
subsequentes;

III - depositário, a qualquer título, em relação a mercadoria depositada por contribuinte;

IV - contratante de serviço ou terceiro que participe da prestação de serviços de


transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

§ 3º O regime de substituição tributária aplica-se, também, ao imposto devido na forma


prevista nos incisos XII, XIII e XIV do artigo 3º.

§ 4º O disposto no inciso II do caput deste artigo, no que pertine à energia elétrica,


alcança também o transmissor, transportador, distribuidor, fornecedor e qualquer outro
executor que efetue qualquer intervenção até à sua destinação ao consumo final.

§ 7º Sem prejuízo do disposto nos incisos I e II do caput deste artigo, poderá, ainda, ser
atribuída ao transportador a condição de substituto tributário pelo pagamento do
imposto devido nas operações concomitantes com a respectiva prestação de serviço de
transporte, em relação às mercadorias que transportar.

§ 5º Nos termos do regulamento e normas complementares, poderá ser atribuída à


responsabilidade pelo pagamento do imposto devido ao Estado de Mato Grosso na
operação correspondente, ao estabelecimento gerador ou distribuidor, localizado em
outra unidade federada, que destinar energia elétrica, diretamente, por meio de linha de
distribuição ou de transmissão por ele operada, não interligada a sistema nacional
específico, disciplinado na legislação federal pertinente, a estabelecimento ou domicílio
situado no território mato-grossense, para nele ser consumida pelo respectivo
adquirente.

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§ 6º O disposto no inciso IV do caput deste artigo abrange especialmente as hipóteses


tratadas no Art. 19-A, inciso IX do Art. 18 e inciso VIII do Art.18-A, sem prejuízo das
demais hipóteses previstas na legislação tributária.

Meu Deus! Desesperador, eu sei! Pega aquele seu amuleto da sorte aí e reza rs.

Ô negócio chato de decorar...Mas vamos lá pessoal, não tem como...decore agora e depois você poderá
descansar bastante passeando com o excelente salário da carreira.

Todos os sujeitos acima citados foram eleitos pela legislação como substitutos. Sempre? Não. A
substituição se dá em relação a algumas mercadorias, que estão descritas no § 1º abaixo.

Art. 20 § 1º O regime de substituição tributária aplica-se às operações e prestações com


as seguintes mercadorias e serviços:

I - animais vivos e produtos do reino animal, compreendidos na Seção I da Nomenclatura


Brasileira de Mercadorias/Sistema Harmonizado - NBM/SH;

II - produtos do reino vegetal compreendidos na Seção II da NBM/SH;

III - gorduras e óleos animais ou vegetais, produtos da sua dissociação, gorduras


alimentares elaboradas e ceras de origem animal ou vegetal, compreendidos na Seção III
da NBM/SH;

IV - produtos das indústrias alimentares, bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres, fumo


(tabaco) e seus sucedâneos manufaturados, compreendidos na Seção IV da NBM/SH; V -
produtos minerais compreendidos na Seção V da NBM/SH;

VI - produtos das indústrias químicas ou das indústrias conexas, compreendidos na Seção


VI da NBM/SH;

VII - plásticos e suas obras e borracha e suas obras, compreendidos na Seção VII da
NBM/SH;
VIII - peles, couros, peleteria (peles com pelo) e obras destas matérias, artigos de
correeiro ou de seleiro, artigos de viagem, bolsas e artefatos semelhantes e obras de
tripa, compreendidos na Seção VIII da NBM/SH;

IX - madeira, carvão vegetal e obras de madeira, cortiça e suas obras e obras de espartaria
ou de cestaria, compreendidos na Seção IX da NBM/SH;

X - pasta de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas, papel ou cartão de


reciclar (desperdícios e aparas) e papel e suas obras, compreendidos na Seção X da
NBM/SH;
XI - matérias têxteis e suas obras, compreendidos na Seção XI da NBM/SH;

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XII - calçados, chapéus e artefatos de uso semelhante, guarda-chuvas, guarda-sóis,


bengalas, chicotes e suas partes; penas preparadas e suas obras, flores artificiais e obras
de cabelo, compreendidos na Seção XII da NBM/SH;

XIII - obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de matérias semelhantes,


produtos cerâmicos e vidro e suas obras, compreendidos na Seção XIII da NBM/SH;

XIV - pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipreciosas e semelhantes,


metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metais preciosos, e suas obras,
bijuterias e moedas, compreendidos na Seção XIV da NBM/SH;

XV - metais comuns e suas obras, compreendidos na Seção XV da NBM/SH;

XVI - máquinas e aparelhos, material elétrico, e suas partes, aparelhos de gravação ou de


reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em
televisão, e suas partes e acessórios, compreendidos na Seção XVI da NBM/SH;

XVII - material de transporte compreendido na Seção XVII da NBM/SH;

XVIII - instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia ou cinematografia, medida, controle


ou de precisão, instrumentos e aparelhos médico-cirúgicos, aparelhos de relojoaria,
instrumentos musicais, suas partes e acessórios, compreendidos na Seção XVIII da
NBM/SH;

XIX - armas e munições, suas partes e acessórios, compreendidos na seção XIX da


NBM/SH;

XX - mercadorias e produtos diversos compreendidos na Seção XX da NBM/SH;

XXI - serviços de transporte e de comunicação.

“Socorro!!! Preciso decorar, professor?” Eu particularmente sugiro que você não gaste tempo com isso. Dê
uma lida para desencargo de consciência. Pode cair, mas há coisas mais importantes e com maior
probabilidade.

Art. 20 § 2º Se o contribuinte substituto ou responsável estiver situado em outra


unidade federada, a adoção do regime de substituição tributária implicará a
observância da legislação tributária deste Estado, nas operações e prestações que
promover com destino a Mato Grosso;

Como já vimos em aulas anteriores para ter substituição tributária em operações interestaduais é
necessário acordo entre os Estados envolvidos. Caso esse acordo exista o substituto que estiver em outro
Estado e remeter mercadorias/serviços ao MT deverá obedecer a legislação mato-grossense. Por isso para
calcular o ICMSST para o MT deve-se utilizar a alíquota interna do MT, por exemplo, assim como vimos em
todos os exemplos de ST quando estudamos a lei Kandir.

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Art. 21 A responsabilidade pelo imposto devido nas remessas de mercadoria do produtor


para cooperativa de produtores de que faça parte, situada neste Estado, fica transferida
para a destinatária.

§ 1º O disposto neste artigo é aplicável às mercadorias remetidas pelo estabelecimento


de cooperativa de produtores para estabelecimento, neste Estado, da própria
cooperativa, de cooperativa central ou de federação de cooperativas de que a
cooperativa remetente faça parte.

§ 2º O imposto devido pelas saídas mencionadas neste artigo será recolhido pela
destinatária quando da saída subsequente, esteja esta sujeita ou não ao pagamento do
imposto.

As Cooperativas são organizações constituídas por membros de determinado grupo econômico ou social
que objetivam desempenhar, em benefício comum, determinada atividade. Segundo a legislação do ICMS
do MT, a saída, dentro do Estado, de uma mercadoria de um cooperado para a cooperativa (ou entre
cooperativas) será diferida para o momento da posterior saída das mercadorias do eixo cooperativo.

Exemplo 140) A cooperativa dos plantadores de alface do Mato Grosso recebeu em 21 de janeiro de 2022
duas toneladas de alface de seus cooperados. O ICMS referente à remessa da alface dos cooperados para a
cooperativa é de responsabilidade da cooperativa. Mas se a cooperativa remeter a alface para uma
federação de cooperativa a responsabilidade pelo ICMS referente à remessa da alface dos cooperados para
a cooperativa sai da cooperativa e passa para a federação. Caso a federação envia a alface para um
mercado deve recolher o ICMS que foi diferido.

Art. 21-A O destinatário das mercadorias ou bens, na qualidade de contribuinte


substituído, é solidário em relação ao ICMS devido a título de substituição tributária,
nas seguintes hipóteses:

I - imposto destacado e/ou recolhido a menor, ou ainda, não recolhido, quando o


substituto tributário, alternativamente:

a) não estiver credenciado junto à Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso para
efetuar a apuração e o recolhimento mensal do ICMS devido a título de substituição
tributária;

b) estiver com a inscrição estadual suspensa ou cassada ou, ainda, quando o respectivo
credenciamento para apuração e recolhimento mensal do ICMS estiver suspenso ou
cancelado;

II - imposto destacado a menor, quando o substituto tributário for credenciado junto à


Secretaria de Estado de Fazenda para efetuar a apuração e o recolhimento mensal do
ICMS devido a título de substituição tributária;

III - operação irregular ou inidônea, nos termos definidos no regulamento desta Lei.

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§ 1º A eleição do destinatário mato-grossense como devedor principal, na forma do


caput deste artigo, não:

I - exclui a responsabilidade solidária do remetente;

II - representa benefício de ordem em favor do remetente;

III - exclui a eventual responsabilidade por infrações do remetente.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, em relação ao ICMS devido na


prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal, quando o remetente
da mercadoria for o substituto e o prestador de serviço o substituído.

Dispositivo bem mal escrito sobre substituição tributária para frente rs. Mas vamos lá. Em regra, a
substituição tributária deve ser recolhida a cada operação realizada. Se A, substituta tributária, vende para
B, substituído, deve recolher no mesmo momento o ICMST ST. Caso A se credencie poderá recolher de uma
vez só, mensalmente, o ICMSTST de todas as operações que realizar nesse período.

Seja o remetente credenciado ou não, caso destaque ou recolha o ICMS ST a menor faz com que o
destinatário (substituído) se torne responsável solidário. Assim, o Fisco pode escolher tanto um quanto
outro para cobrar o ICMSST, sem benefício de ordem. Caso escolha o destinatário não implicará em
exclusão da solidariedade do remetente, podendo o mesmo também ser cobrado, sem benefício de ordem.
Além disso o remetente também não fica excluído de possíveis infrações. As mesmas regras valem para
operações irregulares ou inidôneas e para os casos em que o remetente é substituto e o prestador de
serviço de transporte o substituído.

Art. 21-B Nas hipóteses previstas no inciso II do caput do art. 20, bem como no art. 21, o
remetente da mercadoria, na qualidade de contribuinte substituído, é solidário em
relação ao ICMS cujo imposto for diferido ou suspenso para recolhimento pelo
destinatário em operação subsequente.

§ 1º A solidariedade prevista neste artigo aplica-se nas seguintes hipóteses:


I - imposto destacado e/ou recolhido a menor, ou ainda, não recolhido, nas hipóteses
em que o destinatário estiver com a inscrição estadual suspensa ou cassada;

II - operação irregular ou inidônea, nos termos definidos no regulamento desta Lei.

§ 2º A eleição do remetente mato-grossense como devedor principal, na forma do caput


deste artigo, não:

I - exclui a responsabilidade solidária do destinatário;

II - representa benefício de ordem em favor do destinatário;

III - exclui a eventual responsabilidade por infrações do destinatário.

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§ 3º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, em relação ao ICMS devido na


prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal, alcançada pelo
diferimento ou suspensão do imposto para recolhimento pelo destinatário da
mercadoria.

Agora vemos a solidariedade na substituição tributária para trás quando das remessas de mercadoria do
produtor para cooperativa situada no MT e nos casos de produtor, extrator, gerador, inclusive de energia,
industrial, distribuidor, comerciante ou transportador.

Aqui teremos a solidariedade em três situações: (i) operação irregular ou inidônea ou (ii) imposto
destacado e/ou recolhido a menor ou (iii) imposto não recolhido, quando destinatário estiver com a
inscrição estadual suspensa ou cassada.

Assim como na substituição pra frente, a solidariedade das 3 situações acima importa em o Fisco poder
escolher tanto o remetente quanto o destinatário para cobrar o ICMS ST, sem benefício de ordem. Caso
escolha o remetente não implicará em exclusão da solidariedade do destinatário, podendo o mesmo
também ser cobrado, sem benefício de ordem. Além disso o destinatário também não fica excluído de
possíveis infrações. As mesmas regras valem para a prestação de serviço de transporte, quando o
destinatário for o substituto.

Art. 22 É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do


imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador
presumido que, comprovadamente, não se realizar.

Parágrafo único. Para efetivação da restituição, o regulamento disporá sobre a forma de


comprovação da inocorrência do fato gerador.

Art. 22-A Fica assegurada a restituição do valor do imposto pago em decorrência do


regime de substituição tributária quando o efetivo valor da operação ou prestação a
consumidor final for inferior ao montante que foi utilizado como base de cálculo do
imposto recolhido pelo regime de substituição tributária.

§ 1º O regulamento desta Lei disporá́ sobre a forma de comprovação do efetivo preço da


operação ou prestação praticado a consumidor final, observada a obrigação de
recomposição da apuração do imposto devido pelo requerente pelo regime de apuração
normal pertinente à totalidade das operações e/ou prestações realizadas em cada ano
civil.

§ 2º Nas hipóteses e nas condições definidas em regulamento, poderá́ ser exigido do


contribuinte substituído o recolhimento da diferença do imposto quando o efetivo valor
da operação ou prestação a consumidor final superar o montante utilizado para fins de
base de cálculo do imposto apurado pelo regime de substituição tributária.

§ 3º A restituição assegurada no caput deste artigo somente poderá́ ser requerida pelo
contribuinte substituído que realizar a operação ou prestação a consumidor final.

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Art. 22-B Fica o Poder Executivo autorizado a instituir Regime Optativo de Tributação da
Substituição Tributária com dispensa de pagamento do imposto correspondente à
complementação do ICMS retido por substituição tributária, nos casos em que o preço
praticado na operação a consumidor final for superior à base de cálculo utilizada para o
cálculo do débito de responsabilidade por substituição tributária.

Parágrafo único Só́ poderão aderir ao regime de que trata o caput deste artigo os
contribuintes que firmarem compromisso de não exigir a restituição decorrente de
realização de operações a consumidor final com preço inferior à base de cálculo utilizada
para o cálculo do débito de responsabilidade por substituição tributária.

O STF no julgamento da RE 593.849 afirmou ser possível a restituição não somente quando o fato gerador
não se realizar, mas também quando sua BC presumida for maior que a efetivamente realizada.

Recentemente nossa lei sofreu a adição do art. 22-A, ficando em consonância com o STF ao permitir a
restituição do ICMS pago por força de ST quando o valor efetivo da operação for inferior à BC utilizada para
cálculo do ICMSST.

Assim, se houvesse presunção de que a BC ST era de R$ 1.000, gerando um ICMSST de R$ 180, mas fosse
verificado que o fato gerador ocorreu por R$ 800, o que geraria um ICMS de R$ 144, o substituído tem
direito a pedir restituição de R$ 36. Mas cuidado: só poderá pedir a restituição aquele que remeter
mercadoria a consumidor final pois ele que é o fim da cadeia.

Como nem tudo são flores, assim como o substituído tem direito à restituição de um fato gerador ocorrido
com um valor menor que o presumido, o Estado também pode exigir o complemento de ICMS caso o fato
gerador se realize por um valor maior que o presumido.

Caso o contribuinte abra mão do pedido de restituição nos casos em que a BC presumida seja superior à BC
efetiva o Fisco pode, através do Regime Optativo de Tributação da Substituição Tributária, dispensar o
recolhimento do contribuinte quando a BC presumida for superior à BC efetiva.

É isso, pessoal! Vamos treinar um pouco?

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QUESTÕES COMENTADAS

01. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) Considerando a legislação do MT, assinale os enunciados abaixo


com F para falso e V para verdadeiro e, a seguir, assinale a opção que indica a sequência correta.

( ) A pessoa física que, mesmo sem habitualidade, importe mercadorias do exterior, é contribuinte do
imposto.

( ) A pessoa jurídica domiciliada em Cuiabá que adquira energia elétrica oriunda de outro Estado, para
comercialização, é contribuinte do imposto.

a) F, V.

b) V, F.

c) V, V.

d) F, F.

Comentários:

(V) Verdadeiro. Importou, se lascou: vira contribuinte. Não importa o intuito, não importa a destinação,
não importa se realiza de maneira habitual...

(V) Verdadeiro. A energia elétrica é considerada mercadoria para fins de ICMS e por isso a pessoa jurídica
será considerada contribuinte uma vez que a questão afirmou ser a energia para fins de comercialização.
Inicialmente a banca considerou a alternativa como falsa, mas alterou para verdadeira acertadamente. Na
entrada realmente não incide ICMS, mas como há o intuito comercial (revenda posterior) a empresa é
considerada contribuinte.

Gabarito: Letra C.

02. (SEFIN-RO/FCC/2010) Contribuinte é

I. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com ou sem habitualidade, operações de circulação de
mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
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II. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize
intuito comercial, operação de circulação de mercadoria que se inicie no exterior.

III. a pessoa, física ou jurídica, que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, seja destinatária de
serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) I e III.

c) II.

d) II e III.

e) III.

Comentários:

(I) Falso. Examinador inseriu “sem habitualidade” no item, tornando-o falso.

(II) e (III) Corretos.

Art. 18 - Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com


habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operação de circulação
de mercadoria ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

§ 1º - É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade


ou intuito comercial:

II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado


no exterior;

Gabarito: Letra D.

03. (Inédita) No que tange à responsabilidade, à luz da legislação mato-grossense, é falso afirmar que:

a) o entreposto aduaneiro ou qualquer pessoa que promova reintrodução, no mercado interno, de


mercadoria depositada para o fim específico de exportação é responsável solidário.

b) é responsável solidário o possuidor das mercadorias ou bens, com aquele que as tenha fornecido,
quando encontrados em situação fiscal irregular.
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c) é responsável solidário a pessoa jurídica que resultar da cisão, a partir da data do ato.

d) o arrendante ou locador de estabelecimento industrial é responsável solidário em relação ao imposto


devido em decorrência das operações por praticadas pelo arrendatário.

e) o fabricante de ECF é responsável solidário no caso de uso, por contribuinte usuário deste Estado, de ECF
que não atenda aos requisitos e exigências estabelecidos no âmbito do CONFAZ e pela legislação tributária
para o desenvolvimento do equipamento e seus aplicativos ou que permita a realização de fraudes ou
sonegação de tributo.

Comentários:

Essa questão é típica de responsabilidade. A única alternativa falsa é a letra (c) uma vez que a pessoa
jurídica que resultar da cisão é responsável apenas até a data do ato. A partir de então ela passa a ser
contribuinte e não responsável. Vejamos:

Art. 18-A São também solidariamente obrigadas ao pagamento do imposto devido na


operação ou prestação as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal, especialmente:

I – o possuidor das mercadorias ou bens, com aquele que as tenha fornecido, quando
encontrados em situação fiscal irregular;

IV – o exportador, ou aquele a ele equiparado, inclusive entreposto aduaneiro, ou outra


pessoa interessada, com o remetente, em relação à:

a) mercadoria não exportada e para esse fim recebida, inclusive quanto à prestação de
serviço de transporte vinculada à operação;

VI - a pessoa jurídica que resultar da cisão, com a pessoa jurídica cindida, relativamente
a imposto devido até a data do ato;

VII – o arrendante ou locador de estabelecimento industrial, com o arrendatário ou


locatário, em relação ao imposto devido em decorrência das operações por ele
praticadas.

Art. 18-B Também responderão solidariamente com o contribuinte usuário, inclusive


pelo crédito tributário que vier a ser apurado, o fabricante e o importador de
Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF, o revendedor, a empresa que realizar
intervenção no equipamento, ainda que não credenciada, e o desenvolvedor ou
fornecedor do programa aplicativo, nos casos de:

I – uso, por contribuinte usuário deste Estado, de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal
– ECF que não atenda aos requisitos e exigências estabelecidos no âmbito do Conselho
Nacional de Política Fazendária - CONFAZ e pela legislação tributária para o

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desenvolvimento do equipamento e seus aplicativos ou que permita a realização de


fraudes ou sonegação de tributos;

Gabarito: Letra C.

04. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Relativamente à sujeição passiva no ICMS, a Lei mato-grossense estabelece que
é

a) contribuinte do imposto quem recebe mercadoria para depósito sem documento fiscal hábil.

b) responsável pelo pagamento do imposto aquele que realize, mesmo sem habitualidade, operações de
circulação de mercadoria.

c) responsável a pessoa física que importa mercadoria do exterior.

d) contribuinte do imposto a pessoa que adquire em licitação bens apreendidos ou abandonados.

e) responsável pelo pagamento do imposto quem adquire lubrificante derivado do petróleo, oriundo de
outro Estado, para uso próprio.

Comentários:

A questão quer saber se você sabe a definição de contribuinte do imposto e em quais situações podemos
enquadrar alguém como tal.

(a) Falso. Quem recebe mercadoria para depósito sem documentação fiscal é responsável e não
contribuinte.

(b) Falso. Trocou as bolas. Contribuinte é aquele que pratique fato gerador do ICMS com habitualidade ou
com volume que caracterize intuito comercial.

(c) Falso. O importador é contribuinte eventual e não responsável.

(d) Correto. O adquirente de mercadoria apreendida ou abandonada em leilão público é contribuinte


eventual do imposto.

(e) Falso. Aquele que adquire lubrificante derivado do petróleo oriundo de outro Estado para uso próprio é
contribuinte eventual e não responsável.

Art. 16 Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade
ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de
mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

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§ 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou


intuito comercial:

I - importe bens ou mercadorias do exterior, qualquer que seja a sua finalidade;

II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado


no exterior;

III - adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;

IV - adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e


energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou
à industrialização.

Gabarito: Letra D.

05. (SEFAZ-SP/VUNESP/2002) A empresa de Transportes Rápido-Jaú Ltda. prestou serviços de transporte


para a empresa Sigabol Atacadista Ltda., retirando a carga da empresa BemBom Ltda., sediada em
Curitiba e entregando à empresa Mercado Sto. Onofre, no Guarujá, acompanhado de Nota Fiscal que
indicava a operação havida entre a Sigabol e a BemBom, sem referência à destinatária real da
mercadoria - Mercado Sto. Onofre.

A transportadora, neste caso,

a) Não pode ser responsabilizada pelo imposto devido pela operação entre a Sigabol e a Sto. Onofre, por
ser relativa à circulação de mercadoria e ela, prestadora de serviço.

b) Não pode ser responsabilizada pelo imposto devido pela operação entre a Sigabol e a Sto. Onofre, nem
penalizado por entregar a mercadoria em outro local que não o indicado na Nota Fiscal.

c) Pode ser responsabilizada como substituta tributária, uma vez que teria praticado a segunda operação
de circulação de mercadoria.

d) Pode ser responsabilizada solidariamente por entregar mercadoria a destinatário diverso do indicado na
documentação fiscal.

e) Pode ser multada pela infração regulamentar, mas não pode ser responsabilizada pelo pagamento do
imposto.

Comentários:

A Rápido-Jaú recolheu mercadoria na BemBom e entregou na Santo Onofre, mas a documentação fiscal
não previa entrega na Santo Onofre pois era um documento fiscal entre a Sigabol e BemBom. Pela nossa
legislação em seu art. 18, IV, d, a transportadora fica responsável não só pelo pagamento do imposto como
também pelos acréscimos legais e por isso podemos excluir as alternativas (a), (b) e (e).

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Apesar de o art. 18 trazer uma lista de responsabilidade pessoal, de maneira confusa o inciso VIII do art.
18-A atribuiu responsabilidade solidária para os casos descritos no art. 18. Desta forma a alternativa
correta é a letra (d).

Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais


devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem
para o não cumprimento da obrigação tributária:

IV - ao transportador, em relação à mercadoria:

(...)

d) que entregar a destinatário ou em local diverso do indicado na documentação fiscal;

Art. 18-A São também solidariamente obrigadas ao pagamento do imposto devido na


operação ou prestação as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal, especialmente:

VIII – as pessoas referidas nas hipóteses e operações a que se referem os Arts. 18 a 22


desta lei.

Gabarito: Letra D.

06. (SEFAZ-MG/ESAF/2005) Assinale a afirmativa correta.

a) As fundações instituídas e mantidas pelo poder público não se incluem entre os contribuintes do ICMS.

b) Em qualquer hipótese, para se caracterizar como contribuinte do ICMS, é necessário que a pessoa
pratique as operações ou prestações de serviço descritas como fato gerador com habitualidade ou em
volume que caracterize intuito comercial, sendo irrelevante sua regular constituição ou registro.

c) Caracteriza-se como contribuinte do ICMS a pessoa que, a qualquer título, recebe mercadoria de terceiro
desacobertada de documento fiscal.

d) O transportador subcontratado responde solidariamente pelo pagamento do imposto e acréscimos


legais devidos pelo contratante, relativamente à prestação que executar.

e) A sociedade civil de fim não-econômico que explore estabelecimento de produção agropecuária se inclui
entre os contribuintes do ICMS.

Comentários:

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(a) Falso. Aquele que praticar fato gerador do ICMS com habitualidade ou volume que caracterize intuito
comercial é considerado contribuinte, independentemente de ser parte do poder público ou não.

(b) Falso. A regra geral para considerar alguém como contribuinte é realmente que se tenha habitualidade
ou volume que caracterize intuito comercial, porém temos as exceções em que pessoas são caracterizadas
como contribuintes eventuais. A expressão “em qualquer hipótese” torna a alternativa incorreta.

(c) Falso. Como já vimos não é essa a definição de contribuinte!

(d) Falso. Não podemos presumir responsabilidades! Nossa legislação foi clara ao trazer as hipóteses em
que o transportador é considerado responsável. Apenas em algumas situações específicas (como se
entregar mercadoria a destinatário diverso) é que o transportador será responsável.

(e) Correto. Se a sociedade, mesmo sem fins lucrativos, explorar a produção agropecuária ela realizará com
habitualidade fato gerador do ICMS e por isso estará no rol de contribuintes do ICMS. Repito: o fato de não
possuir fins lucrativos não altera o caráter de contribuinte.

Gabarito: Letra E.

07. (SEFAZ-RJ/FGV/2007) Não podem ser elencados entre os contribuintes do ICMS:

a) os prestadores de serviços de transportes municipais.

b) as empresas estatais.

c) as pessoas físicas importadoras de mercadorias do exterior.

d) as cooperativas.

e) os prestadores de serviços de comunicação de âmbito municipal.

Comentários:

Mais uma questão sobre contribuintes! Os prestadores de serviço de transporte dentro do município não se
sujeitam ao ICMS. Para haver incidência do ICMS o transporte deve ser intermunicipal ou interestadual.
Como os prestadores de serviços de transporte municipal não realizam com habitualidade ou volume que
caracterize intuito comercial e também não se enquadram no rol de contribuintes eventuais então não
podem ser elencados como contribuintes. Não confunda com o serviço de comunicação, que é fato gerador
do ICMS mesmo quando realizado em âmbito municipal.

Gabarito: Letra A.

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08. (SEFAZ-PB/FCC/2006/Adaptada) Acerca da sujeição passiva do ICMS de acordo com o RICMS, é


possível afirmar que é contribuinte

a) o adquirente, em licitação, de mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.

b) a pessoa que, sem habitualidade ou intuito comercial, importe mercadorias do exterior salvo se
destinada a consumo ou ativo permanente do estabelecimento.

c) o transportador, em relação à mercadoria negociada no Estado do Mato Grosso durante o transporte.

d) o adquirente, em relação a mercadorias cujo imposto não tenha sido pago no todo ou em parte.

e) qualquer pessoa que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial,
operações de prestação de serviços de transporte interestadual e intramunicipal.

Comentários:

(a) Correto. Perfeito! Temos um contribuinte eventual!

Art. 16 Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade
ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de
mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

§ 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou


intuito comercial:

III - adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;

(b) Falso. Para ser considerado contribuinte devemos ter habitualidade ou volume que caracterize intuito
comercial.

(c) Falso. O Transportador que negociar mercadoria no território do MT será responsável e não
contribuinte.

(d) Falso. Essa não é uma hipótese em que temos um contribuinte.

(e) Falso. Os contribuintes ou são aqueles listados como contribuintes eventuais ou aqueles que pratiquem
FG do ICMS com habitualidade ou com volume que caracterize intuito comercial. Como o servidor de
transporte intramunicipal não é hipótese de incidência do ICMS a alternativa está incorreta.

Gabarito: Letra A.

09. (SEFAZ-MT/UNEMAT/2008) Assinale a alternativa correta.


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a) É contribuinte do ICMS a pessoa jurídica que realize, com habitualidade, operações de circulação de
mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

b) É contribuinte do ICMS a pessoa física que, mesmo sem habitualidade e pretensão comercial, aliene
mercadoria adquirida em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.

c) O contribuinte do ICMS, pessoa física ou jurídica, se caracteriza pela prática de atos de comércio, ainda
que sem objetivo comercial.

d) É contribuinte do ICMS, a empresa que pratique atividade exclusiva de construção civil, porque, na obra
há prestação de serviço com comercialização de mercadorias.

e) Considera-se contribuinte do ICMS a pessoa física que pratica habitualmente atos de comércio, ainda
que não inscrita no cadastro de contribuinte.

Comentários:

Questão bem simples e batida que cobra a definição de contribuinte, conforme já vimos inúmeras vezes.

Art. 16 Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade
ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadorias
ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

§ 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou


intuito comercial:

I - importe bens ou mercadorias do exterior, qualquer que seja a sua finalidade;

II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado


no exterior;

III - adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;

IV - adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e


energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou
à industrialização.

Gabarito: Letra A.

10. (SEFAZ-RS/FUNDATEC/2014) Em relação ao contribuinte do ICMS, assinale a alternativa incorreta, de


acordo com o disposto na legislação estadual.

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a) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que importe, ainda que sem habitualidade ou em volume que
não caracterize intuito comercial, mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a finalidade da
importação.

b) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, seja
destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.

c) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize
intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou de bem, ou prestações de serviços de
transporte intramunicipal e de comunicação.

d) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, adquira
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica,
oriundos de outra unidade da Federação, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.

e) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, adquira,
em licitação, mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.

Comentários:

(a) e (b) Corretos. Importou, se lascou! Não importa se é importação de mercadoria, bem ou serviço!
Importou virou contribuinte.

(c) Falso. Os contribuintes ou são aqueles listados como contribuintes eventuais ou aqueles que pratiquem
FG do ICMS com habitualidade ou com volume que caracterize intuito comercial. Como o servidor de
transporte intramunicipal não é hipótese de incidência do ICMS a alternativa está incorreta.

(d) Correto. Aquele que adquire petróleo e lubrificantes e combustíveis dele derivados e energia elétrica
oriunda de outro Estado para uso próprio é contribuinte eventual.

(e) Correto. Temos outra situação de contribuinte eventual: aquele que adquira em licitação mercadorias
ou bens apreendidos ou abandonados.

Gabarito: Letra C.

11. (SEFAZ-PA/UEPA/2013/Adaptada) Segundo a Lei Estadual do ICMS, também podem ser considerados
contribuintes do ICMS, mesmo sem intuito comercial ou habitualidade:

I. O sujeito passivo que importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade.

II. O sujeito passivo que seja destinatário de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior.

III. sujeito passivo que adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.

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IV. sujeito passivo que adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e
energia elétrica, oriundos de outros Estados, quando destinados à comercialização ou à industrialização.

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

a) I, III e IV.

b) I e II.

c) I, II e III.

d) III e IV.

e) I e IV.

Comentários:

(I), (II) e (III) Corretos. São os contribuintes eventuais.

(IV) Falso. Somente serão contribuintes eventuais aqueles que adquiram lubrificantes e combustíveis
líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica, oriundos de outros Estados, quando destinados
ao uso/consumo.

Gabarito: Letra C.

12. (Inédita) Contribuinte do imposto é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria
ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, exceto nos
casos em que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

Comentários:

Falsa. A questão troca “ainda que” por exceto.

Art. 16 Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade
ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de
mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

Gabarito: Falso.

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13. (Inédita) É contribuinte aquele que adquire energia elétrica, oriundos de outra unidade federada,
quando não destinados à industrialização ou à comercialização.

Comentários:

Verdadeiro. É o teor do art. 14, § 2º, IV.

Art. 16. § 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem
habitualidade ou intuito comercial:

IV - adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e


energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou
à industrialização.

Gabarito: Verdadeiro.

14. (Inédita) É responsável pelo pagamento do imposto o transportador, em relação à mercadoria que
entregar a destinatário diverso do indicado na documentação fiscal.

Comentários:

Verdadeiro. É o teor do art. 18, IV, d.

Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais


devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem
para o não cumprimento da obrigação tributária:

IV - ao transportador, em relação à mercadoria:

d) que entregar a destinatário ou em local diverso do indicado na documentação fiscal;

Gabarito: Verdadeiro.

15. (Inédita) São responsáveis pelo pagamento do imposto o armazém geral e o depositário a qualquer
título pela saída real ou simbólica de mercadoria depositada no Mato Grosso por contribuinte de outra
unidade federada.

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Comentários:

Verdadeiro. É o teor do art. 18, III, a.

Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais


devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem
para o não cumprimento da obrigação tributária:

III - ao armazém geral, depositário e demais encarregados da guarda ou comercialização


de mercadorias:

a) na saída de mercadoria depositada por contribuinte de qualquer Estado;

Gabarito: Verdadeiro.

16. (Inédita) É subsidiariamente responsável em relação ao imposto o transportador que tenha


promovido o despacho ou redespacho de mercadorias sem a documentação fiscal exigível.

Comentários:

Falso. A responsabilidade é pessoal.

Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais


devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem
para o não cumprimento da obrigação tributária:

IV - ao transportador, em relação à mercadoria:

c) que aceitar para despacho ou transportar sem documento fiscal, ou acompanhada de


documento fiscal inidôneo ou com destino a contribuinte não identificado ou baixado
no Cadastro de Contribuintes do ICMS;

Gabarito: Falso.

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LISTA DE QUESTÕES
01. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) Considerando a legislação do MT, assinale os enunciados abaixo
com F para falso e V para verdadeiro e, a seguir, assinale a opção que indica a sequência correta.

( ) A pessoa física que, mesmo sem habitualidade, importe mercadorias do exterior, é contribuinte do
imposto.

( ) A pessoa jurídica domiciliada em Cuiabá que adquira energia elétrica oriunda de outro Estado, para
comercialização, é contribuinte do imposto.

a) F, V.

b) V, F.

c) V, V.

d) F, F.

02. (SEFIN-RO/FCC/2010) Contribuinte é

I. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com ou sem habitualidade, operações de circulação de
mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

II. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize
intuito comercial, operação de circulação de mercadoria que se inicie no exterior.

III. a pessoa, física ou jurídica, que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, seja destinatária de
serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) I e III.

c) II.

d) II e III.

e) III.

03. (Inédita) No que tange à responsabilidade, à luz da legislação mato-grossense, é falso afirmar que:
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a) o entreposto aduaneiro ou qualquer pessoa que promova reintrodução, no mercado interno, de


mercadoria depositada para o fim específico de exportação é responsável solidário.

b) é responsável solidário o possuidor das mercadorias ou bens, com aquele que as tenha fornecido,
quando encontrados em situação fiscal irregular.

c) é responsável solidário a pessoa jurídica que resultar da cisão, a partir da data do ato.

d) o arrendante ou locador de estabelecimento industrial é responsável solidário em relação ao imposto


devido em decorrência das operações por praticadas pelo arrendatário.

e) o fabricante de ECF é responsável solidário no caso de uso, por contribuinte usuário deste Estado, de ECF
que não atenda aos requisitos e exigências estabelecidos no âmbito do CONFAZ e pela legislação tributária
para o desenvolvimento do equipamento e seus aplicativos ou que permita a realização de fraudes ou
sonegação de tributo.

04. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Relativamente à sujeição passiva no ICMS, a Lei mato-grossense estabelece que
é

a) contribuinte do imposto quem recebe mercadoria para depósito sem documento fiscal hábil.

b) responsável pelo pagamento do imposto aquele que realize, mesmo sem habitualidade, operações de
circulação de mercadoria.

c) responsável a pessoa física que importa mercadoria do exterior.

d) contribuinte do imposto a pessoa que adquire em licitação bens apreendidos ou abandonados.

e) responsável pelo pagamento do imposto quem adquire lubrificante derivado do petróleo, oriundo de
outro Estado, para uso próprio.

05. (SEFAZ-SP/VUNESP/2002) A empresa de Transportes Rápido-Jaú Ltda. prestou serviços de transporte


para a empresa Sigabol Atacadista Ltda., retirando a carga da empresa BemBom Ltda., sediada em
Curitiba e entregando à empresa Mercado Sto. Onofre, no Guarujá, acompanhado de Nota Fiscal que
indicava a operação havida entre a Sigabol e a BemBom, sem referência à destinatária real da
mercadoria - Mercado Sto. Onofre.

A transportadora, neste caso,

a) Não pode ser responsabilizada pelo imposto devido pela operação entre a Sigabol e a Sto. Onofre, por
ser relativa à circulação de mercadoria e ela, prestadora de serviço.

b) Não pode ser responsabilizada pelo imposto devido pela operação entre a Sigabol e a Sto. Onofre, nem
penalizado por entregar a mercadoria em outro local que não o indicado na Nota Fiscal.
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c) Pode ser responsabilizada como substituta tributária, uma vez que teria praticado a segunda operação
de circulação de mercadoria.

d) Pode ser responsabilizada solidariamente por entregar mercadoria a destinatário diverso do indicado na
documentação fiscal.

e) Pode ser multada pela infração regulamentar, mas não pode ser responsabilizada pelo pagamento do
imposto.

06. (SEFAZ-MG/ESAF/2005) Assinale a afirmativa correta.

a) As fundações instituídas e mantidas pelo poder público não se incluem entre os contribuintes do ICMS.
==22dd0==

b) Em qualquer hipótese, para se caracterizar como contribuinte do ICMS, é necessário que a pessoa
pratique as operações ou prestações de serviço descritas como fato gerador com habitualidade ou em
volume que caracterize intuito comercial, sendo irrelevante sua regular constituição ou registro.

c) Caracteriza-se como contribuinte do ICMS a pessoa que, a qualquer título, recebe mercadoria de terceiro
desacobertada de documento fiscal.

d) O transportador subcontratado responde solidariamente pelo pagamento do imposto e acréscimos


legais devidos pelo contratante, relativamente à prestação que executar.

e) A sociedade civil de fim não-econômico que explore estabelecimento de produção agropecuária se inclui
entre os contribuintes do ICMS.

07. (SEFAZ-RJ/FGV/2007) Não podem ser elencados entre os contribuintes do ICMS:

a) os prestadores de serviços de transportes municipais.

b) as empresas estatais.

c) as pessoas físicas importadoras de mercadorias do exterior.

d) as cooperativas.

e) os prestadores de serviços de comunicação de âmbito municipal.

08. (SEFAZ-PB/FCC/2006/Adaptada) Acerca da sujeição passiva do ICMS de acordo com o RICMS, é


possível afirmar que é contribuinte

a) o adquirente, em licitação, de mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.

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b) a pessoa que, sem habitualidade ou intuito comercial, importe mercadorias do exterior salvo se
destinada a consumo ou ativo permanente do estabelecimento.

c) o transportador, em relação à mercadoria negociada no Estado do Mato Grosso durante o transporte.

d) o adquirente, em relação a mercadorias cujo imposto não tenha sido pago no todo ou em parte.

e) qualquer pessoa que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial,
operações de prestação de serviços de transporte interestadual e intramunicipal.

09. (SEFAZ-MT/UNEMAT/2008) Assinale a alternativa correta.

a) É contribuinte do ICMS a pessoa jurídica que realize, com habitualidade, operações de circulação de
mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

b) É contribuinte do ICMS a pessoa física que, mesmo sem habitualidade e pretensão comercial, aliene
mercadoria adquirida em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.

c) O contribuinte do ICMS, pessoa física ou jurídica, se caracteriza pela prática de atos de comércio, ainda
que sem objetivo comercial.

d) É contribuinte do ICMS, a empresa que pratique atividade exclusiva de construção civil, porque, na obra
há prestação de serviço com comercialização de mercadorias.

e) Considera-se contribuinte do ICMS a pessoa física que pratica habitualmente atos de comércio, ainda
que não inscrita no cadastro de contribuinte.

10. (SEFAZ-RS/FUNDATEC/2014) Em relação ao contribuinte do ICMS, assinale a alternativa incorreta, de


acordo com o disposto na legislação estadual.

a) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que importe, ainda que sem habitualidade ou em volume que
não caracterize intuito comercial, mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a finalidade da
importação.

b) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, seja
destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.

c) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize
intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou de bem, ou prestações de serviços de
transporte intramunicipal e de comunicação.

d) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, adquira
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica,
oriundos de outra unidade da Federação, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.
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e) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, adquira,
em licitação, mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.

11. (SEFAZ-PA/UEPA/2013/Adaptada) Segundo a Lei Estadual do ICMS, também podem ser considerados
contribuintes do ICMS, mesmo sem intuito comercial ou habitualidade:

I. O sujeito passivo que importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade.

II. O sujeito passivo que seja destinatário de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior.

III. sujeito passivo que adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.

IV. sujeito passivo que adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e
energia elétrica, oriundos de outros Estados, quando destinados à comercialização ou à industrialização.

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

a) I, III e IV.

b) I e II.

c) I, II e III.

d) III e IV.

e) I e IV.

12. (Inédita) Contribuinte do imposto é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria
ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, exceto nos
casos em que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

13. (Inédita) É contribuinte aquele que adquire energia elétrica, oriundos de outra unidade federada,
quando não destinados à industrialização ou à comercialização.

14. (Inédita) É responsável pelo pagamento do imposto o transportador, em relação à mercadoria que
entregar a destinatário diverso do indicado na documentação fiscal.

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15. (Inédita) São responsáveis pelo pagamento do imposto o armazém geral e o depositário a qualquer
título pela saída real ou simbólica de mercadoria depositada no Mato Grosso por contribuinte de outra
unidade federada.

16. (Inédita) É subsidiariamente responsável em relação ao imposto o transportador que tenha


promovido o despacho ou redespacho de mercadorias sem a documentação fiscal exigível.

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GABARITO

1. C 8. A 15. V
2. D 9. A 16. F
3. C 10. C
4. D 11. C
5. D 12. F
6. E 13. V
7. A 14. V

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