Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Autor:
Eduardo Da Rocha
20 de Março de 2023
Sumário
Gabarito ........................................................................................................................................................... 65
1
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
INTRODUÇÃO
Fala, galerinha! Tudo em ordem? Como vão os estudos?
Na aula de hoje falaremos sobre outros um outro componente da regra-matriz de incidência tributária
(RMIT): o critério pessoal.
Dentro do critério pessoal temos o sujeito ativo, o Estado do MT, e os sujeitos passivos, os contribuintes e
os responsáveis. Além de elencar quem são os sujeitos passivos, elencaremos também as obrigações a que
eles estão sujeitos de acordo com a legislação.
Boa Aula!
Forte Abraço,
Eduardo Da Rocha
2
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Art. 16 Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade
ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de
mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Conforme já vimos, o contribuinte é aquele que possui relação direta com o fato gerador; é quem pratica o
ato que instaura uma relação jurídica entre o sujeito ativo (o Estado) e o sujeito passivo (o contribuinte ou
responsável).
1) § 2º - Incluiu como contribuinte aquele que receber serviço de comunicação de fora do Mato
Grosso como por exemplo na hipótese de recebimento de serviço de provimento de acesso à internet.
3
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
2) § 4º - Quando o serviço for não medido e cobrado por períodos definidos o imposto será repartido
entre o Estado do tomador e o prestador, mas o contribuinte será o prestador.
3) § 8º, I - Reforçou que o inciso II do § 1º também se refere ao serviço de comunicações.
4) § 8º, II – Reforçou que o inciso II do § 1º também se refere ao serviço de comunicações quando o
resultado for verificado no território nacional.
Art. 16 § 10 É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que seja sócia de fato de
sociedade empresarial constituída por interpostas pessoas.
Além do que já vimos na lei Kandir, a lei 10.978/10 acrescentou um novo dispositivo, incluindo como
contribuinte a pessoas física ou jurídica que seja sócia de fato de uma sociedade empresarial. Mas o que
seria um sócio de fato?
Muitas vezes o empreendedor não trabalha sozinho, ele tem um sócio, porém a empresa está constituída
(registrada) apenas em nome de um deles. É aí que surge a sociedade de fato, aquela que de fato existe,
independente do registro dela nos órgãos competentes. Portanto, se a empresa está registrada em nome
de apenas um sócio, ela é uma empresa individual, mas havendo mais de um sócio no mundo real temos
uma sociedade.
Entende a lei do ICMS no Mato Grosso que aquele que é sócio de fato torna-se contribuinte do ICMS se
essa sociedade de fato praticar fato gerador do ICMS com habitualidade ou volume que caracterize intuito
comercial.
Importador de serviços
São contribuintes
Independetemente de Arrematante em leilão de mercadoria
habitualidade ou intuito apreendida ou abandonada
comercial
Adquirente de derivados do petróleo e energia
para uso em op. interestadual
4
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
A energia elétrica é considerada mercadoria para fins de ICMS e por isso qualquer pessoa, física ou jurídica,
que realize operação de circulação de energia de maneira habitual ou com volume que caracterize intuito
comercial será considerada contribuinte. Como exemplo temos o distribuidor, transmissor, gerador etc...
§ 9º Nas hipóteses dos incisos XIII-A e XIV-A do Art. 3°, quando o destinatário mato-
grossense, consumidor final do bem, mercadoria ou serviço, não for contribuinte do
ICMS, a responsabilidade pelo recolhimento do tributo é do remetente ou do prestador
de serviço, conforme o caso, estabelecido em outra unidade federada, nos termos dos
§§ 2° e 3° do Art. 18.
As construtoras em regra não são contribuintes do ICMS. Isso porque seu foco não é a circulação de
mercadoria, mas sim a prestação de serviço não tributados pelo ICMS. Entretanto constantemente essas
empresas precisam transferir máquinas e equipamentos de um local para outro, de uma obra para outra.
Caso a construtora não possua inscrição estadual será obrigada a solicitar à SEFAZ que emita nota fiscal
avulsa para documentar essas circulações de bens de um local para outro (apesar de não termos a
incidência do imposto). Para facilitar e permitir a emissão de notas fiscais pela própria construtora sem a
necessidade de solicitar à SEFAZ notas avulsas, permite-se que as construtoras se inscrevam no cadastro de
contribuintes do ICMS do Estado do Mato Grosso, recebendo uma inscrição estadual.
De acordo com os incisos XIII e XIV do art. 3º da aula anterior o ICMS incide na entrada no estabelecimento
contribuinte quando adquirir mercadorias ou bens para uso, consumo ou ativo permanente e na utilização
por contribuinte de serviço iniciado em outro estado não vinculado à operação ou prestação subsequente.
5
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Lembra? Segundo o art. 5º e conforme explicado acima a construtora não se enquadra como contribuinte,
o que nos induz a crer que não haverá DIFAL.
Ocorre que com a EC 87/15 o DIFAL também é exigido quando da aquisição ou prestação interestadual a
não contribuinte. Desta forma, segundo os incisos XIII-A e XIV-A do artigo 3º temos sim o DIFAL quando a
construtora for adquirente ou tomadora de serviço interestadual. O que muda para nosso estudo ao saber
que a construtora é não contribuinte é quem irá recolher esse DIFAL. Como a construtora é não
contribuinte o DIFAL não será recolhido por ela, mas sim pelo remetente ou prestador de serviço, mas
para tal a própria construtora tem a obrigação de avisar sua condição de não contribuinte ao remetente ou
prestador de serviço e caso isso não seja feito deverá recolher multa sobre o valor da operação ou
prestação por omissão de alegação da condição de não contribuinte.
Destinatário não
contribuinte do Remetente
Responsável pelo ICMS
recolhimento do
DIFAL
Destinatário
contribuinte do Destinatário
ICMS
No RICMS-MT encontramos os mesmos dispositivos da lei 7.098/08 sobre o tema "contribuintes", exceto
pelos dispositivos abaixo. O art. 23 traz uma lista exemplificativa (e não exaustiva) de contribuintes.
Perceba que alguns causam uma certa "estranheza" incialmente, como por exemplo a instituição
financeira. Seria um banco contribuinte do imposto? Sim, desde que respeitado o art. 22 do RICMS, que
assim como a lei, define o contribuinte do ICMS aquele que pratique fato gerador com habitualidade ou
intuito comercial. Assim, normalmente a instituição financeira não pratica FG, mas caso pratique com essas
características, será considerada contribuinte.
III – a cooperativa;
6
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
XII – qualquer pessoa indicada nos incisos I a XI deste artigo que, na condição de
consumidor final, adquira bens ou serviços em operações interestaduais;
XIII – qualquer pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que promova
importação de mercadoria, de bem ou de serviço do exterior ou que adquira, em
licitação, mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos;
Parágrafo único O disposto no inciso VII do caput deste artigo aplica-se às pessoas ali
indicadas que pratiquem operações ou prestações de serviços relacionados com a
exploração de atividades econômicas regidas pelas normas a que se sujeitam os
empreendimentos privados ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou
tarifas.
Segundo o CTN as obrigações tributárias dividem-se em principais e acessórias. As principais dizem respeito
ao ato de levar dinheiro aos cofres públicos, ao ato de pagar. Já as acessórias são ações ou omissões por
parte do contribuinte que tem por objetivo auxiliar a arrecadação e a fiscalização.
7
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
A partir de agora passaremos a ver as obrigações do contribuinte prevista na lei do ICMS. Temos diversos
dispositivos e muitos deles são bem simples. Será que é preciso estudar a lei do ICMS para saber que uma
das obrigações do contribuinte é pagar o imposto no prazo devido como previsto no inciso XI abaixo? Não,
né? Rs.
Abaixo listo os dizeres do art. 17. Tecerei alguns comentários relevantes, mas peço que não negligenciem
os dispositivos, apesar de fáceis.
III - exibir ou entregar ao fisco, quando exigido pela legislação ou quando solicitado, os
livros e documentos fiscais, assim como outros elementos auxiliares relacionados com a
condição de contribuinte do imposto;
XII – exibir sua ficha de inscrição cadastral quando realizar com outro contribuinte
operações com mercadorias ou prestações de serviços;
XVI - não embaraçar a ação fiscal e assegurar aos Fiscais de Tributos Estaduais o acesso
aos seus estabelecimentos, depósitos, dependências, móveis, utensílios, veículos,
máquinas, equipamentos, programas de computador, dados magnéticos ou óticos e
mercadorias;
Como falei, as obrigações são bem intuitivas, não é mesmo? Mesmo assim gostaria de tecer breves
comentários.
As alterações nos contratos ou nos estatutos do contribuinte devem ser comunicadas à Fazenda dentro do
prazo previsto no regulamento. Nisso incluem-se mudanças de endereço, transferência de estabelecimento
ou encerramento de atividade.
Outra observação importante está disposta no inciso VII que impõe ao contribuinte a obrigação de
entregar o documento fiscal da operação (uma nota fiscal, por exemplo) ao adquirente da mercadoria
ainda que este não solicite. Se você adquire uma mesa de sinuca o vendedor é obrigado a te entregar a
9
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
nota fiscal mesmo que você não peça. De forma semelhante, quem vendeu a mercadoria para você deve
exigir a nota fiscal ao adquirir a mesa de sinuca de seus fornecedores.
De acordo com o § 1º, a SEFAZ pode editar normas para disciplinar regras para se conceder inscrição
estadual como por exemplo capital mínimo necessário. Todos os detalhes sobre o cadastro de
contribuintes estão hoje disciplinados na Portaria 5/2014.
Por fim, o § 2º da legislação não faz distinção entre documentos fiscais físicos e eletrônicos, dando o
mesmo tratamento a ambos.
Art. 17-A Sem prejuízo das obrigações estatuídas no artigo anterior, os fabricantes de
combustíveis líquidos, de bebidas e de produtos líquidos em geral, especificados em
regulamento e normas complementares editadas pela Secretaria de Estado de Fazenda,
ficam obrigados a instalar sistemas de controle e medição de vazão dos mencionados
produtos por eles fabricados.
Assim como pode a legislação dispensar produtores da instalação de equipamentos, pode também obrigar
as distribuidoras de combustíveis líquidos a instalarem. Além disso, pode-se determinar que as capacidades
das filiais, pessoas jurídicas associadas, coligadas, controladas e controladoras dos produtores das
distribuidoras de combustíveis líquidos sejam somadas para fins de se determinar se a distribuidora está
obrigada ou não à instalação dos equipamentos. Assim, a legislação pode, por exemplo, determinar que as
distribuidoras com produções acima de 100.000.000 de litros por dia estão obrigadas a instalar
equipamentos de controle de medição e além disso pode somar a produção de todas as filiais para saber se
chegou a 100.000.000 ou não.
11
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
§ 2º Nas hipóteses tratadas neste artigo, incumbe ao fisco promover o saneamento das
informações, mediante etapa preexistente ou posterior a expedição dos instrumentos de
que tratam os Arts 39-B ou 38.
Tanto as informações em meio eletrônico ou magnético prestadas pelo contribuinte ou por alguém em seu
nome como as informações prestadas por terceiros (uma instituição bancária por exemplo) tem presunção
de veracidade.
De forma similar, as informações da Fazenda, seja de seu banco de dados ou de documentos gerados por
programas e sistemas também possuem presunção de veracidade sem qualquer necessidade de assinatura
ou chancela, podendo inclusive serem utilizadas para constituir o crédito tributário de ofício ou para
lavratura de Notificação/Ato de Infração, por exemplo. Significa dizer que se você pediu que o sistema
informasse alguma coisa e ele gerou um PDF com essas informações elas em princípio estão corretas. Por
se tratar de presunção, incumbe ao Fisco efetuar as correções necessárias caso seja necessário.
No art. 17 elencamos obrigações do contribuinte e entre elas estavam a obrigatoriedade de exibir livros ao
Fisco e de não embaraçar a ação fiscal. Além dessas 2 obrigatoriedades, o art. 17-E trouxe a
obrigatoriedade de prestar informações quando solicitadas pelo visto.
Ocorre que o art. 17-E não se limitou a elencar apenas contribuinte como o art. 17. Elencou diversas
pessoas que embora não contribuintes possuam informações relevantes ao fisco ou exerçam atividades
que, de alguma forma, possuem relação com o imposto.
Repare por exemplo que as administradoras de cartão possuem informações bem relevantes para o Fisco.
Da mesma forma, as empresas de informática que mexam com ECF também possuem informações de
relevância para o Fisco.
Antes de passar a um exemplo gostaria de frisar que se, por algum motivo, as pessoas elencadas no art. 17-
E estiverem obrigadas por lei a observar segredo o Fisco não poderá obrigá-los a prestar informações. Um
bom exemplo é o advogado da empresa que, pela lei 8.906/94, deve observar sigilo profissional.
Exemplo 127) A empresa ESPERTEX enviou sua escrituração fiscal dentro do prazo previsto. Informou ter
apurado receita no valor de R$ 1.500.000, o que gerou, descontados os créditos, um débito de
aproximadamente R$ 150.000 de ICMS. Por outro lado, a SEFAZ-MT solicitou à empresa de cartão de
crédito VACILACARD que enviasse o relatório de faturamento da empresa. Ao receber todas as
13
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
informações, verificou-se que o faturamento da empresa foi de R$ 6.000.000, 4 vezes maior que o
informado. Por essa razão a ESPERTEX foi intimada a prestar esclarecimentos a respeito dessa diferença.
Voltemos agora a falar do art. 17, o qual deixei separado os eu inciso I, pois trata de uma importante
obrigação acessória que possui diversos desdobramentos, tanto no RICMS-MT quanto nos arts. 17-H, 17-I,
17-J e 17-K da lei.
§ 3° Observado o disposto no artigo 53, será exigida inscrição estadual única para
todos os imóveis rurais pertencentes ao mesmo titular, pessoa física, localizados
no território de um mesmo município.
14
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
§ 1° Observado o disposto no artigo 53, a escrituração fiscal será única para todos os
imóveis rurais pertencentes ao mesmo titular, pessoa física, localizados no território de
um mesmo município.
Além de permitir ao Estado fiscalizar e controlar o pagamento de tributos e evitar a sonegação, a inscrição
estadual também cumpre a finalidade de informar aos consumidores que aquela empresa está
devidamente cadastrada no Estado, o que é uma garantia a mais da sua idoneidade. Todo contribuinte
mato-grossense é obrigado a se inscrever no cadastro de contribuintes antes de iniciar suas atividades
(antes!!).
15
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Cada estabelecimento do contribuinte deve possuir uma inscrição estadual individualizada, com exceção
para a concessão de inscrição única para todos os imóveis rurais de um mesmo titular de um município. Ou
seja, se determinado contribuinte possuir 10 imóveis rurais (5 em Cuiabá e 5 em Sinop-MT), terá uma
inscrição estadual (e uma escrituração fiscal) para os 5 imóveis de Cuiabá e uma inscrição estadual para os
5 de Sinop.
Além dos contribuintes, o Regulamento dispõe sobre a obrigatoriedade de inscrição também para os
armazéns. Repare que os incisos III e V do art. 58 trazem contribuintes do ICMS, já arrolados então no
inciso I. O mesmo ocorre com o § 1°. Já a empresa de construção civil que pratique secundariamente fato
gerador do ICMS não pode se inscrever no cadastro de contribuintes. Deve, no entanto, instituir um
estabelecimento filial exclusivamente para essa atividade, com CNPJ próprio, ainda que no mesmo
endereço, para, posteriormente, solicitar a inscrição estadual.
Ainda que haja a obrigatoriedade de inscrição, por conveniência e oportunidade, pode o Fisco dispensar a
obrigatoriedade. Também pode exigir de um inicialmente não obrigado à inscrição que se inscreva.
Exemplo 128) A fazenda JANDAIA, localizada na divisa entre duas cidades X e Y de Mato Grosso, possui
1000 hectares, dos quais 950 estão localizados na cidade X e apenas 50 na cidade Y. Como sua sede fica
dentro da área territorial Y, terá sua jurisdição nessa cidade.
Exemplo 129) A fazenda JANDAIA, localizada na divisa entre duas cidades X e Y de Mato Grosso, possui
1000 hectares, dos quais 950 estão localizados na cidade X e apenas 50 na cidade Y. Como não possui sede,
terá jurisdição no município X.
Em que pese os estabelecimentos serem autônomos, todos do mesmo titular respondem em conjunto
pelos créditos tributários, cuja responsabilidade é do seu titular.
16
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Art. 17-H Ficará, ainda, inabilitado para a prática de suas operações ou prestações de
serviços relativas ao ICMS, mediante suspensão automática da respectiva inscrição
estadual, o estabelecimento que deixar de emitir documentos fiscais, ou de escriturar
livros fiscais, ou de emitir documentos fiscais eletrônicos, ou de entregar arquivos
digitais pertinentes à escrituração fiscal digital, ou de prestar qualquer informação
econômico- fiscal, ou, ainda, de cumprir qualquer outra obrigação acessória, na forma
preconizada na legislação tributária.
17
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
A inscrição estadual pode ser concedida por um prazo certo (1 ano, por exemplo) ou por um prazo
indeterminado, o que é mais comum.
Apesar de o art. 17-H mencionar exemplos de diversas obrigações acessórias, como por exemplo deixar de
emitir documentos fiscais, a inobservância de qualquer obrigação acessória (como dito no final do artigo)
implica em suspensão automática da inscrição estadual do contribuinte, o que impede o mesmo de realizar
suas operações e prestações, podendo ter suas mercadorias apreendidas. Além disso, o contribuinte fica
proibido de transacionar com as repartições públicas ou autarquias do Estado e com as instituições
financeiras oficiais integradas no sistema de crédito do Estado, bem como com as demais empresas das
quais o Estado seja acionista majoritário. Isso porque o contribuinte passa a ser considerado não inscrito
no Cadastro de Contribuintes do ICMS.
Art. 17-J A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS poderá́ ser cassada, mediante
prévia notificação, se verificada qualquer das seguintes ocorrências:
A inscrição estadual do contribuinte pode ser cassada, desde que avisada ao contribuinte pelo Fisco, caso o
estabelecimento se torne inativo. Mas como saber quando um estabelecimento se torna inativo? Temos
duas opções.
18
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
A primeira é a constatação mediante visita in loco, o que chamamos de diligência fiscal. Consiste em ir ao
estabelecimento e verificar se ele está em funcionamento.
A segunda opção é através de presunção, quando o contribuinte deixa de entregar a EFD ou informações
econômico-fiscais.
Art. 17-J A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS poderá́ ser cassada, mediante
prévia notificação, se verificada qualquer das seguintes ocorrências:
A prática de atos ilícitos com repercussão no âmbito tributário também enseja a cassação da inscrição.
Nesse caso nada melhor que um mapa mental para decorarmos quais são esses atos.
19
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Participação em organização ou
associação constituída para a
prática de fraude fiscal estruturada
Embaraço ou Resistência à
Fiscalização
Atos ilícitos com Receptação de mercadoria
repercussão tributária roubada ou furtada
Produção, comercialização ou estocagem de
mercadoria falsificada ou adulterada
Art. 17-J A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS poderá́ ser cassada, mediante
prévia notificação, se verificada qualquer das seguintes ocorrências:
I - empresa de investimento sediada no exterior (offshore), aquela que tem por objeto a
inversão de investimentos financeiros fora de seu país de origem, onde é beneficiada por
supressão ou minimização de carga tributária e por reduzida interferência regulatória do
governo local;
Art. 17-J A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS poderá́ ser cassada, mediante
prévia notificação, se verificada qualquer das seguintes ocorrências:
20
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
VI - quando for apurado que houve fraude ou má́-fé́ na prestação de informação pelo
contribuinte;
VII - quando comprovado que o contribuinte agiu com dolo, má́-fé́ e/ou fraude na
emissão ou registro de documento fiscal na respectiva escrituração fiscal;
As demais hipóteses de cassação são de simples entendimento, mas antes de eu mostrar um mapa gostaria
de tecer dois comentários.
1) O inciso VIII traz o estabelecimento que compra, compra, compra e “some”. Ou seja, ele compra um
monte de mercadoria, fecha as portas e depois vende sem NF, não gerando recolhimento do imposto.
Observando isso o Fisco cassa a sua inscrição para que ele não possa mais receber NF.
2) Atenção para o prazo do inciso X que pode ser pedido na sua prova: são 12 meses de suspensão
para que haja a cassação.
21
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Inatividade
Art. 17-J § 4º Nas hipóteses previstas neste artigo, a inscrição estadual poderá́, em
medida preventiva, ser suspensa, de ofício, devendo o contribuinte ser notificado
imediatamente após a suspensão, com a motivação do ato.
Antes da cassação ser efetivada por um dos motivos listados o Fisco poderá, de maneira preventiva,
suspender a inscrição, notificando o contribuinte de sua atitude e o motivo.
22
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
O RICMS-MT irá dispor sobre como a inscrição cassada ou suspensa poderá se tornar novamente ativa.
Art. 17-K A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS será́ nula, a partir da data de
sua concessão ou de sua alteração, nas situações em que, mediante procedimento
administrativo, for constatada, uma ou mais dentre as seguintes ocorrências:
I - a atividade relativa a seu objeto social, segundo declaração do contribuinte, não tiver
sido ali efetivamente exercida;
Ao contrário da cassação a nulidade da inscrição retroage à data da sua concessão ou alteração. São atos
praticados que se conhecidos não seriam aceitos pelo Fisco e por isso a inscrição não seria concedida ou
alterada. Se um contribuinte entrega um dado falso para o Fisco você concorda que o Fisco não concederia
essa inscrição ou então não alteraria a inscrição, caso fosse o caso de solicitação de alteração? Por isso é
que temos efeitos retroativos, ex tunc.
23
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Inexistência de estabelecimento ou
Nulidade da Inscrição indicação incorreta de sua
localização
Apresentação de documento
falso
Art. 17-K § 3º Nas hipóteses previstas neste artigo, a inscrição estadual poderá́, em
medida preventiva, ser suspensa, de ofício, devendo o contribuinte ser notificado
imediatamente após a suspensão, com a motivação do ato.
Assim como na cassação, antes da declaração de nulidade, o Fisco poderá, de maneira preventiva,
suspender a inscrição, notificando o contribuinte de sua atitude e o motivo.
Aqueles que tenham tido relação comercial com o estabelecimento que teve a inscrição declarada nula,
caso sejam arrolados no processo administrativo tributário, terão direito ao contraditório e ampla defesa
no intuito de provar que desconheciam as infrações cometidas praticadas.
24
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Vimos que o responsável tributário é aquele que, mesmo não tendo praticado o fato gerador é eleito pelo
legislador como aquele que irá recolher o tributo aos cofres públicos. Existem diversas classificações para a
responsabilidade. Atentemo-nos somente ao que nos interessa.
A responsabilidade por substituição é aquela que é atribuída desde o momento da ocorrência do fato
gerador a outrem que não o contribuinte. Pode-se citar como exemplo de responsabilidade por
substituição o IR. Desde o momento de verificação da aquisição de riqueza por parte do empregado fica o
empregador responsável pelo recolhimento do tributo.
Já a responsabilidade por transferência possui como característica a mudança do polo passivo da relação
jurídico-tributária: inicia-se com um sujeito que tem a obrigação de pagar o tributo, porém há a mudança, a
transferência, para outro sujeito passivo por ocorrência de um evento definido em lei. Um exemplo comum
de responsabilidade por transferência (por sucessão) é no caso de morte de alguém que possua imóvel. Até
a data do falecimento, o de cujus é considerado contribuinte do IPTU. Após a sua passagem para outro
plano não há mais como se cobrar o morto. Prevendo isso, a obrigação de pagar o tributo é transferida
para o espólio e, após a partilha dos bens, novamente transferida para os sucessores.
A responsabilidade solidária é aquela que não comporta benefício de ordem. Isso significa que o Fisco pode
exigir o tributo tanto do contribuinte quanto do responsável! Ou seja, não é necessário primeiro tentar
cobrar um para somente depois cobrar o outro! É diferente da responsabilidade subsidiária, onde deve-se
obedecer a uma ordem de cobrança descrita na lei: não se pode cobrar Fulano antes de esgotar as
possibilidades de cobrar Beltrano.
A responsabilidade pessoal é também conhecida como “transferência por substituição”. É quase um “mix”
entre a responsabilidade por substituição e por transferência. O responsável só terá o dever de recolher o
tributo e seus acréscimos caso seus atos ou omissões concorrerem para o não pagamento do tributo.
Vamos ver agora a quem foram atribuídas essas responsabilidades na nossa lei.
Infelizmente o assunto responsabilidade como um todo possui muitas partes decorebas. Por vezes temos
listas extensas que possuem muitos detalhes e responsabilidades. Confesso que não é um assunto muito
legal de estudar. “Preciso decorar, professor?” Precisa. Marquei com cores diferentes os principais
detalhes e explanarei de maneira com que facilite a sua memorização. É grande a chance desse assunto
cair na sua prova (bem como as demais responsabilidades) e por isso não o negligencie.
25
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Os primeiros responsáveis são de simples entendimento. O leiloeiro, por exemplo, possui experiência no
assunto e por isso torna-se mais fácil exigir que o mesmo seja responsável. Pensamento similar deve-se ter
no que tange aos síndicos, comissários, inventariantes e liquidantes, representantes, mandatários e
gestores de negócios, que são responsáveis diretos pelo ICMS devido em operações que realizarem através
de falência, concordata, inventário ou dissolução de sociedade.
Atenção total pois o armazém geral não é contribuinte do ICMS, porém foi eleito como responsável pelo
recolhimento do ICMS caso quem tenha depositado as mercadorias seja um contribuinte de fora do Estado
do Mato Grosso! Se o contribuinte que depositou for do MT o armazém não será responsável, exceto se a
mercadoria estiver em desacordo com nossa legislação como por exemplo desacompanhada de nota fiscal
ou com nota fiscal inidônea!
Apesar de redação do dispositivo estar bem ruim uma vez que fala em “qualquer Estado”, dando a
impressão que se for contribuinte do MT o armazém também será responsável, não é isso que se verifica.
Decore a literalidade, mas saiba que somente se o depositante for de fora do MT é que o armazém será
responsável, exceto nos casos em que a mercadoria estiver sem documentação idônea, hipóteses em que o
armazém geral será responsável mesmo o depositante sendo do Mato Grosso.
26
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Exemplo 130) A empresa BLEIBLEI, de João Pessoa-PB, remeteu 200 computadores para um armazém geral
localizado em Cuiabá-MT. Um mês depois a BLEIBLEI vendeu os computadores e mandou o armazém
entregá-los à empresa COMPUTECH, de Cáceres-MT. Nessa situação o armazém é responsável pelo ICMS
devido pela saída para a COMPUTECH.
Exemplo 131) A empresa BLEIBLEI, de João Pessoa-PB, remeteu 200 computadores para um armazém geral
localizado em Cuiabá-MT. Um mês depois vendeu os computadores para a empresa COMPUTECH, de
Rondonópolis-MT. Entretanto, por não possuir espaço físico para armazenagem, a COMPUTECH decidiu
manter os computadores no armazém em Mato Grosso. Nessa situação, apesar de não ter ocorrido a
circulação física, houve a transmissão de propriedade das mercadorias e o armazém é responsável pelo
ICMS devido por tal transmissão.
Exemplo 132) A empresa CAMAL, de Cuiabá-MT, remeteu 200 computadores sem nota fiscal para um
armazém geral localizado em Sinop-MT. Um mês depois, em uma fiscalização de estabelecimento, o fiscal
Dimulé verificou essa irregularidade e como exímio conhecedor da legislação que é, cobrou o ICMS do
próprio armazém na qualidade de responsável tributário.
e) que transportar com documento fiscal sem o selo fiscal de trânsito, quando exigido na
legislação;
Vamos agora à responsabilidade do transportador. Nos casos em que o transportador vem de outro Estado
para vender “na rua” (chamamos de “destinatário incerto”, “à procura de venda” ou “destinatário não
designado”) ele passa a ser o responsável.
Nos casos em que, durante um transporte, a mercadoria for negociada em território mato-grossense
27
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
(alínea b) o transportador também será responsável. Já as alíneas c, d e e são atos irregulares cometidos
pelo transportador que o faz se tornar responsável: receber mercadoria sem nota/inidônea para despacho
ou transporte ou com destino a contribuinte não identificado ou baixado (inscrição cancelada), entregar
mercadoria a destinatário diverso da nota ou transportar mercadoria sem o selo fiscal de trânsito quando
exigido (galões de água, por exemplo, precisam circular com um selo fiscal).
Exemplo 133) A empresa paulistana VAIVENDENDU fabricou 150 cofres e contratou a transportadora
RODAUBRASIL para levá-los e vendê-los em uma praça de Cuiabá-MT. Obviamente ao sair de São Paulo não
se sabe quem irá passar pela praça, avistar o caminhão cheio de cofres e comprá-los. Diz-se então que o
destinatário é incerto: pode-se vender para o Sr. Dimulé, Sr. Safão, Dona Maria, Sr. James Bonde Elétrico...
Nesse caso, a RODAUBRASIL será a responsável pelo ICMS devido pelas vendas em território mato-
grossense.
Art. 19-A São responsáveis pelo pagamento do imposto relativo à prestação de serviço
de comunicação:
Quando estivermos diante de uma remessa de outro Estado para revenda de fichas, cartões ou
assemelhados para uso no serviço de comunicação o adquirente no Mato Grosso será o responsável. De
maneira semelhante, caso algum prestador de serviço mato-grossense intervenha em uma prestação de
comunicação que se inicie em outro Estado ele será considerado responsável. Aquele que forneça meios de
redes de telecomunicação para uma operadora ou empresa prestar o serviço também será responsável
pelo ICMS devido.
Também se inclui entre os responsáveis o destinatário do serviço de comunicação desde que seja inscrito
no cadastro de contribuintes do MT, quando o prestador de serviço for autônomo.
29
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Aquele que adquirir mercadoria ou tomar um serviço, mesmo que não seja contribuinte, e prestar ou
deixar de prestar informações que irão diminuir ou postergar o ICMS também será considerado
responsável.
Caso um benefício fiscal imponha determinada condição para uso da mercadoria, bem ou serviço
beneficiado e o adquirente, mesmo que não contribuinte, destine mercadoria de maneira diversa,
responderá como responsável pelo ICMS devido.
Exemplo 134) Visando desenvolver a indústria de calçados, o CONFAZ autorizou o benefício fiscal da
isenção para saídas internas de aço no Mato Grosso, desde que seja para ser utilizado na construção de
máquinas para produzir sapatos. Após a internalização da isenção na legislação mato-grossense a
siderúrgica AÇÃO vendeu, sob a égide da isenção, aço para a indústria FAZMAQ produzir máquinas de
sapato. Entretanto, como a FAZMAQ utilizou o aço para fabricar produtos diversos tornou-se responsável
tributário pelo ICMS que deixou de ser recolhido por conta da isenção.
30
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Marketplace é um portal de e-commerce colaborativo, um site que reúne ofertas de produtos de diversos
vendedores. O cliente, estando em um único lugar, encontra produtos de diversos fornecedores e marcas.
É como se fosse um shopping virtual. O responsável pelo site ou algum intermediador que faça o mesmo
que um marketplace só que no mundo “real” serão responsáveis pelo pagamento do ICMS das operações
que intermediarem caso o contribuinte, o vendedor original, não tenha emitido NF.
Art. 18 § 2º Observado o disposto no regulamento desta Lei, nas hipóteses de que tratam
os incisos XIII, XIII-A, XIV e XIV-A do Art. 3°, a responsabilidade pelo recolhimento do
imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual fica
atribuída:
Sabemos que em operações interestaduais destinadas ao consumo final ou ao ativo permanente teremos a
ocorrência do DIFAL. Assim como vimos na Constituição Federal, o responsável pelo recolhimento do DIFAL
pode ser o remetente (ou prestador, no caso de serviço) localizado em outro Estado ou o adquirente (ou
tomador do serviço) localizado no MT.
Caso o destinatário seja contribuinte, é muito mais fácil para o Fisco no MT cobrar do próprio destinatário
uma vez que ele se encontra localizado no próprio território do Estado.
Já se o destinatário for não contribuinte fica muito difícil cobrá-lo uma vez que existe um sem número de
não contribuintes adquirindo mercadorias em outros Estados. Imagine você como Auditor tendo que bater
de porta em porta em um prédio cobrando as pessoas que comprar alguma mercadoria em São Paulo pela
internet, por exemplo. Por isso nesses casos atribui-se a responsabilidade ao remetente ou prestador de
serviço, contribuinte localizado em outro Estado.
31
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Destinatário não
contribuinte do Remetente
Responsável pelo ICMS
recolhimento do
DIFAL Destinatário
contribuinte do Destinatário
ICMS
Nas operações interestaduais em que o destinatário no MT seja não contribuinte sabemos que o
remetente em outro Estado é o responsável pelo DIFAL.
Aliado a isso, caso o transportador não for estabelecido no mesmo Estado do remetente o próprio
remetente também será responsável pelo DIFAL sobre o transporte. Veja:
Art. 18 § 4º Ainda em relação às hipóteses de que tratam os incisos XIII-A e XIV-A do Art.
3°, o regulamento desta Lei disporá sobre as hipóteses de obrigatoriedade e de dispensa
de inscrição no cadastro estadual pelo remetente ou prestador de serviço estabelecido
em outra unidade federada.
O Regulamento irá detalhar as hipóteses em que o remetente estabelecido em outro Estado que realize
operações destinadas a não contribuinte estará obrigado a se inscrever ou não no cadastro de
contribuintes do MT para fins de recolhimento do DIFAL como responsável. Normalmente, apesar de o
contribuinte estar localizado em outra UF, concede-se uma inscrição de substituto tributário no MT,
visando facilitar tanto o contribuinte, que terá prazos mais largos para recolhimento do ICMS-ST, quanto o
Estado, que terá todo o controle sobre esses contribuintes.
32
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Se o serviço de transporte ou de comunicação for prestado por mais de uma empresa a responsabilidade
poderá ser daquele que efetuar a cobrança integral. Com um exemplo acredito que você visualize melhor...
Exemplo 136) A transportadora TECOTECO localizada no Mato Grosso, juntamente com a empresa
RODARODA localizada em Goiás, decidiram fazer uma parceria. Os passageiros do MT que desejam viajar
para uma cidade no interior de Goiás compram as passagens diretamente no guichê da TECOTECO no MT,
pagando R$ 150 por todo o trajeto. A TECOTECO fica responsável pelo trecho até uma cidade dentro de
Goiás, onde a RODARODA assume o encargo de terminar a viagem. Como a passagem é vendida toda no
MT pode o convênio estabelecer que a TECOTECO seja a responsável pelo pagamento do ICMS. Como uma
segunda parte do serviço se iniciou dentro do território goianiense o convênio irá determinar como fazer
essa repartição da arrecadação. Repare que se cada empresa cobrasse o seu trecho seria fácil fazer a
repartição do ICMS – incide na saída interestadual a 12% e no novo serviço de saída intermunicipal entre as
cidades de Goiás sobre alíquota interna.
Chegamos à tão famosa responsabilidade solidária! “Por que famosa, professor?” Simples: é a mais usada
pelo Fisco uma vez que permite que se cobre tanto do contribuinte quanto do responsável, sem qualquer
benefício de ordem. Olha que maravilha: uni-duni-tê, eu vou cobrar de você̂! Rs. Claro que não é bem
assim, não é pessoal? Obviamente o responsável, qualquer que seja, precisa possuir relação com o fato
gerador.
Havendo garantia por parte do contribuinte, haverá benefício de ordem, ou seja, deverá ser executada a
garantia, sem atingir o responsável, desde que a garantia cubra todo o valor do débito.
A lista trazida por nossa lei é bem extensa: comporta 16 incisos e mais 3 parágrafos (o § 1º foi revogado).
Vamos conhecer?
33
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
I – o possuidor das mercadorias ou bens, com aquele que as tenha fornecido, quando
encontrados em situação fiscal irregular;
Também responderão de maneira solidária aquele que emitir documento fiscal sem que se trate de uma
operação ou prestação efetivamente realizada com aquele que se aproveitar do crédito destacado no
documento. Assim, se o contribuinte A forja uma operação de saída com ICMS destacado de R$ 100 e o
contribuinte B se credita desse valor ambos responderão de maneira solidária pelos R$ 100.
Se um contribuinte realizar uma venda sem nota fiscal também ficará responsável de maneira solidária
pela posterior saída realizada pelo adquirente. Veja:
Exemplo 137) A empresa mato-grossense CRF vendeu sem nota fiscal 100 unidades de determinada
mercadoria para a empresa TXK. Posteriormente a TXK vendeu as 100 mercadorias a um varejista. A CRF
será contribuinte da venda que realizou sem nota fiscal para a TXK e ainda será responsável solidária na
venda da TXK para o varejista.
a) mercadoria não exportada e para esse fim recebida, inclusive quanto à prestação de
serviço de transporte vinculada à operação;
Se determinada mercadoria foi recebida com o fim de exportação, não pode o exportador reintroduzi-la a
seu bel prazer no mercado interno. Caso seja feita essa reintrodução, tanto o ICMS sobre a mercadoria
quanto o ICMS-frete serão devidos e poderão ser cobrados tanto de quem enviou a mercadoria para o
exportador quanto do próprio exportador de maneira solidária. Da mesma forma ocorrerá se houver
34
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
exportação sem documentação fiscal, hipótese em que será devido o ICMS, em que pese termos
imunidade constitucional no corredor de exportação.
Exemplo 138) A fábrica de cachaça DABOA enviou 300 garrafas de pinga para uma exportadora com a
finalidade de exportar para Graz, na Áustria. Após 1 mês, por determinação da fábrica, a exportadora
enviou essas mesmas 300 garrafas para o bar do MOE, localizado em Cuiabá. Repare que as cachaças
foram reintroduzidas no mercado nacional, sendo devido o ICMS de maneira solidária entre a DABOA e a
exportadora.
Se o entreposto aduaneiro vier a entregar mercadorias sem comprovação de regularidade fiscal ou com
destino a estabelecimento diverso daquele que deveria ter como destino responderá solidariamente pelo
ICMS devido com o destinatário da mercadoria.
VI – a pessoa jurídica que resultar da cisão, com a pessoa jurídica cindida, relativamente
a imposto devido até a data do ato;
Se você já estudou Direito Tributário perceberá que esse inciso possui uma similaridade muito grande com
o art. 132 do CTN. Entretanto algumas ressalvas devem ser feitas.
Vimos nesta aula que há não incidência para a sucessão empresarial (fusão, transformação, cisão e
incorporação). Não podemos confundir com a solidariedade descrita no inciso VI. Na sucessão empresarial
realmente não incide ICMS, mas isso não quer dizer que o ICMS da antiga empresa “morrerá”. Na operação
de sucessão em si não haverá nova incidência de ICMS, mas o ICMS gerado pela antiga empresa antes da
sucessão passa a ser de responsabilidade da sucessora de maneira solidária.
35
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
I – uso, por contribuinte usuário deste Estado, de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal
– ECF que não atenda aos requisitos e exigências estabelecidos no âmbito do Conselho
Nacional de Política Fazendária - CONFAZ e pela legislação tributária para o
desenvolvimento do equipamento e seus aplicativos ou que permita a realização de
fraudes ou sonegação de tributos;
VII – inobservância das normas estabelecidas nesta lei, seu regulamento e demais atos
da legislação tributária.
II - todo aquele que tiver fabricado, fornecido, instalado, cedido, alterado ou prestado
serviço de manutenção a equipamentos ou dispositivos eletrônicos de controle fiscal,
bem como as respectivas partes e peças, que possibilitem a inobservância de disposição
da legislação tributária pertinente ao referido equipamento, abrangidas a fraude,
simulação, adulteração, sonegação de imposto e outros vícios que impliquem efeitos
fiscais;
Você já viu um ECF? E um POS? Com certeza sim, só não sabia o nome. ECF é aquele emissor de cupom
fiscal que fica acoplado diretamente ao computador. O POS é aquela maquininha que levam na sua mesa
quando você vai a um restaurante. A grande diferença entre eles é que o POS não emite cupom fiscal
algum, ele apenas emite aquela fita de comprovante de pagamento, sem valor fiscal.
POS ECF
37
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Infelizmente os dispositivos acima nos trazem situações muito comuns em que há adulteração dos ECF
(Equipamento Emissor de Cupom Fiscal). Todos aqueles que concorrerem para a prática da infração
responderão solidariamente pelo ICMS não pago bem como seus acréscimos.
Importante destacar que o fato de haver a responsabilidade solidária não exclui a aplicação de penalidades
cabíveis.
Vamos a um exemplo:
Exemplo 139) Contribuinte do ramo de bicicletas contratou uma determinada empresa para fazer a
manutenção de seus ECF (Equipamento Emissor de Cupom Fiscal). Chegando na loja o funcionário da
prestadora de serviço de manutenção fez uma proposta para o dono da loja de bicicletas: adulterar a
máquina para que ela não contabilize todas as vendas, gerando um ICMS a pagar a menor. O dono da loja,
muito espertão, acabou aceitando e posteriormente o fiscal em diligência detectou a fraude. O ICMS que
deixou de ser recolhido pode ser cobrado solidariamente tanto da empresa do ramo de bicicletas quanto
da pessoa credenciada responsável pela adulteração.
Art. 18-C Responde solidariamente com o sujeito passivo pelas infrações praticadas, em
relação às disposições desta lei e demais obrigações contidas na legislação tributária, o
profissional de Contabilidade, responsável pela escrituração fiscal e/ou contábil do
contribuinte, no que pertine a prestação de informações com omissão ou falsidade.
O contabilista (não precisa ser necessariamente um contador) que for responsável pela escrituração fiscal
ou contábil do contribuinte responde solidariamente com o sujeito passivo pelas infrações cometidas.
38
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Vimos o conceito de marketplace, intermediadores em ambiente virtual de operações que cresce cada dia
mais. Vimos também que os intermediadores respondem pelo crédito tributário caso não haja emissão de
documento fiscal pelo vendedor. No caso específico em que o remetente das mercadorias esteja em
situação cadastral irregular ou que o intermediário deixe de prestar informações ao Fisco, se tornará
responsável solidário (incisos III e V). De modo semelhante, as prestadoras de serviços de tecnologia de
informação que gerenciem e controlem operações comerciais realizadas em ambiente virtual são
responsáveis solidários em relação às operações ou prestações sobre as quais tenham deixado de prestar
informações solicitadas pelo Fisco.
§ 7º Sem prejuízo do disposto nos incisos I e II do caput deste artigo, poderá, ainda, ser
atribuída ao transportador a condição de substituto tributário pelo pagamento do
imposto devido nas operações concomitantes com a respectiva prestação de serviço de
transporte, em relação às mercadorias que transportar.
39
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Meu Deus! Desesperador, eu sei! Pega aquele seu amuleto da sorte aí e reza rs.
Ô negócio chato de decorar...Mas vamos lá pessoal, não tem como...decore agora e depois você poderá
descansar bastante passeando com o excelente salário da carreira.
Todos os sujeitos acima citados foram eleitos pela legislação como substitutos. Sempre? Não. A
substituição se dá em relação a algumas mercadorias, que estão descritas no § 1º abaixo.
VII - plásticos e suas obras e borracha e suas obras, compreendidos na Seção VII da
NBM/SH;
VIII - peles, couros, peleteria (peles com pelo) e obras destas matérias, artigos de
correeiro ou de seleiro, artigos de viagem, bolsas e artefatos semelhantes e obras de
tripa, compreendidos na Seção VIII da NBM/SH;
IX - madeira, carvão vegetal e obras de madeira, cortiça e suas obras e obras de espartaria
ou de cestaria, compreendidos na Seção IX da NBM/SH;
40
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
“Socorro!!! Preciso decorar, professor?” Eu particularmente sugiro que você não gaste tempo com isso. Dê
uma lida para desencargo de consciência. Pode cair, mas há coisas mais importantes e com maior
probabilidade.
Como já vimos em aulas anteriores para ter substituição tributária em operações interestaduais é
necessário acordo entre os Estados envolvidos. Caso esse acordo exista o substituto que estiver em outro
Estado e remeter mercadorias/serviços ao MT deverá obedecer a legislação mato-grossense. Por isso para
calcular o ICMSST para o MT deve-se utilizar a alíquota interna do MT, por exemplo, assim como vimos em
todos os exemplos de ST quando estudamos a lei Kandir.
41
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
§ 2º O imposto devido pelas saídas mencionadas neste artigo será recolhido pela
destinatária quando da saída subsequente, esteja esta sujeita ou não ao pagamento do
imposto.
As Cooperativas são organizações constituídas por membros de determinado grupo econômico ou social
que objetivam desempenhar, em benefício comum, determinada atividade. Segundo a legislação do ICMS
do MT, a saída, dentro do Estado, de uma mercadoria de um cooperado para a cooperativa (ou entre
cooperativas) será diferida para o momento da posterior saída das mercadorias do eixo cooperativo.
Exemplo 140) A cooperativa dos plantadores de alface do Mato Grosso recebeu em 21 de janeiro de 2022
duas toneladas de alface de seus cooperados. O ICMS referente à remessa da alface dos cooperados para a
cooperativa é de responsabilidade da cooperativa. Mas se a cooperativa remeter a alface para uma
federação de cooperativa a responsabilidade pelo ICMS referente à remessa da alface dos cooperados para
a cooperativa sai da cooperativa e passa para a federação. Caso a federação envia a alface para um
mercado deve recolher o ICMS que foi diferido.
a) não estiver credenciado junto à Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso para
efetuar a apuração e o recolhimento mensal do ICMS devido a título de substituição
tributária;
b) estiver com a inscrição estadual suspensa ou cassada ou, ainda, quando o respectivo
credenciamento para apuração e recolhimento mensal do ICMS estiver suspenso ou
cancelado;
III - operação irregular ou inidônea, nos termos definidos no regulamento desta Lei.
42
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Dispositivo bem mal escrito sobre substituição tributária para frente rs. Mas vamos lá. Em regra, a
substituição tributária deve ser recolhida a cada operação realizada. Se A, substituta tributária, vende para
B, substituído, deve recolher no mesmo momento o ICMST ST. Caso A se credencie poderá recolher de uma
vez só, mensalmente, o ICMSTST de todas as operações que realizar nesse período.
Seja o remetente credenciado ou não, caso destaque ou recolha o ICMS ST a menor faz com que o
destinatário (substituído) se torne responsável solidário. Assim, o Fisco pode escolher tanto um quanto
outro para cobrar o ICMSST, sem benefício de ordem. Caso escolha o destinatário não implicará em
exclusão da solidariedade do remetente, podendo o mesmo também ser cobrado, sem benefício de ordem.
Além disso o remetente também não fica excluído de possíveis infrações. As mesmas regras valem para
operações irregulares ou inidôneas e para os casos em que o remetente é substituto e o prestador de
serviço de transporte o substituído.
Art. 21-B Nas hipóteses previstas no inciso II do caput do art. 20, bem como no art. 21, o
remetente da mercadoria, na qualidade de contribuinte substituído, é solidário em
relação ao ICMS cujo imposto for diferido ou suspenso para recolhimento pelo
destinatário em operação subsequente.
43
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Agora vemos a solidariedade na substituição tributária para trás quando das remessas de mercadoria do
produtor para cooperativa situada no MT e nos casos de produtor, extrator, gerador, inclusive de energia,
industrial, distribuidor, comerciante ou transportador.
Aqui teremos a solidariedade em três situações: (i) operação irregular ou inidônea ou (ii) imposto
destacado e/ou recolhido a menor ou (iii) imposto não recolhido, quando destinatário estiver com a
inscrição estadual suspensa ou cassada.
Assim como na substituição pra frente, a solidariedade das 3 situações acima importa em o Fisco poder
escolher tanto o remetente quanto o destinatário para cobrar o ICMS ST, sem benefício de ordem. Caso
escolha o remetente não implicará em exclusão da solidariedade do destinatário, podendo o mesmo
também ser cobrado, sem benefício de ordem. Além disso o destinatário também não fica excluído de
possíveis infrações. As mesmas regras valem para a prestação de serviço de transporte, quando o
destinatário for o substituto.
§ 3º A restituição assegurada no caput deste artigo somente poderá́ ser requerida pelo
contribuinte substituído que realizar a operação ou prestação a consumidor final.
44
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Art. 22-B Fica o Poder Executivo autorizado a instituir Regime Optativo de Tributação da
Substituição Tributária com dispensa de pagamento do imposto correspondente à
complementação do ICMS retido por substituição tributária, nos casos em que o preço
praticado na operação a consumidor final for superior à base de cálculo utilizada para o
cálculo do débito de responsabilidade por substituição tributária.
Parágrafo único Só́ poderão aderir ao regime de que trata o caput deste artigo os
contribuintes que firmarem compromisso de não exigir a restituição decorrente de
realização de operações a consumidor final com preço inferior à base de cálculo utilizada
para o cálculo do débito de responsabilidade por substituição tributária.
O STF no julgamento da RE 593.849 afirmou ser possível a restituição não somente quando o fato gerador
não se realizar, mas também quando sua BC presumida for maior que a efetivamente realizada.
Recentemente nossa lei sofreu a adição do art. 22-A, ficando em consonância com o STF ao permitir a
restituição do ICMS pago por força de ST quando o valor efetivo da operação for inferior à BC utilizada para
cálculo do ICMSST.
Assim, se houvesse presunção de que a BC ST era de R$ 1.000, gerando um ICMSST de R$ 180, mas fosse
verificado que o fato gerador ocorreu por R$ 800, o que geraria um ICMS de R$ 144, o substituído tem
direito a pedir restituição de R$ 36. Mas cuidado: só poderá pedir a restituição aquele que remeter
mercadoria a consumidor final pois ele que é o fim da cadeia.
Como nem tudo são flores, assim como o substituído tem direito à restituição de um fato gerador ocorrido
com um valor menor que o presumido, o Estado também pode exigir o complemento de ICMS caso o fato
gerador se realize por um valor maior que o presumido.
Caso o contribuinte abra mão do pedido de restituição nos casos em que a BC presumida seja superior à BC
efetiva o Fisco pode, através do Regime Optativo de Tributação da Substituição Tributária, dispensar o
recolhimento do contribuinte quando a BC presumida for superior à BC efetiva.
45
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
QUESTÕES COMENTADAS
( ) A pessoa física que, mesmo sem habitualidade, importe mercadorias do exterior, é contribuinte do
imposto.
( ) A pessoa jurídica domiciliada em Cuiabá que adquira energia elétrica oriunda de outro Estado, para
comercialização, é contribuinte do imposto.
a) F, V.
b) V, F.
c) V, V.
d) F, F.
Comentários:
(V) Verdadeiro. Importou, se lascou: vira contribuinte. Não importa o intuito, não importa a destinação,
não importa se realiza de maneira habitual...
(V) Verdadeiro. A energia elétrica é considerada mercadoria para fins de ICMS e por isso a pessoa jurídica
será considerada contribuinte uma vez que a questão afirmou ser a energia para fins de comercialização.
Inicialmente a banca considerou a alternativa como falsa, mas alterou para verdadeira acertadamente. Na
entrada realmente não incide ICMS, mas como há o intuito comercial (revenda posterior) a empresa é
considerada contribuinte.
Gabarito: Letra C.
I. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com ou sem habitualidade, operações de circulação de
mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
46
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
II. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize
intuito comercial, operação de circulação de mercadoria que se inicie no exterior.
III. a pessoa, física ou jurídica, que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, seja destinatária de
serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.
a) I.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
e) III.
Comentários:
Gabarito: Letra D.
03. (Inédita) No que tange à responsabilidade, à luz da legislação mato-grossense, é falso afirmar que:
b) é responsável solidário o possuidor das mercadorias ou bens, com aquele que as tenha fornecido,
quando encontrados em situação fiscal irregular.
47
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
c) é responsável solidário a pessoa jurídica que resultar da cisão, a partir da data do ato.
e) o fabricante de ECF é responsável solidário no caso de uso, por contribuinte usuário deste Estado, de ECF
que não atenda aos requisitos e exigências estabelecidos no âmbito do CONFAZ e pela legislação tributária
para o desenvolvimento do equipamento e seus aplicativos ou que permita a realização de fraudes ou
sonegação de tributo.
Comentários:
Essa questão é típica de responsabilidade. A única alternativa falsa é a letra (c) uma vez que a pessoa
jurídica que resultar da cisão é responsável apenas até a data do ato. A partir de então ela passa a ser
contribuinte e não responsável. Vejamos:
I – o possuidor das mercadorias ou bens, com aquele que as tenha fornecido, quando
encontrados em situação fiscal irregular;
a) mercadoria não exportada e para esse fim recebida, inclusive quanto à prestação de
serviço de transporte vinculada à operação;
VI - a pessoa jurídica que resultar da cisão, com a pessoa jurídica cindida, relativamente
a imposto devido até a data do ato;
I – uso, por contribuinte usuário deste Estado, de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal
– ECF que não atenda aos requisitos e exigências estabelecidos no âmbito do Conselho
Nacional de Política Fazendária - CONFAZ e pela legislação tributária para o
48
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Gabarito: Letra C.
04. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Relativamente à sujeição passiva no ICMS, a Lei mato-grossense estabelece que
é
a) contribuinte do imposto quem recebe mercadoria para depósito sem documento fiscal hábil.
b) responsável pelo pagamento do imposto aquele que realize, mesmo sem habitualidade, operações de
circulação de mercadoria.
e) responsável pelo pagamento do imposto quem adquire lubrificante derivado do petróleo, oriundo de
outro Estado, para uso próprio.
Comentários:
A questão quer saber se você sabe a definição de contribuinte do imposto e em quais situações podemos
enquadrar alguém como tal.
(a) Falso. Quem recebe mercadoria para depósito sem documentação fiscal é responsável e não
contribuinte.
(b) Falso. Trocou as bolas. Contribuinte é aquele que pratique fato gerador do ICMS com habitualidade ou
com volume que caracterize intuito comercial.
(e) Falso. Aquele que adquire lubrificante derivado do petróleo oriundo de outro Estado para uso próprio é
contribuinte eventual e não responsável.
Art. 16 Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade
ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de
mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
49
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Gabarito: Letra D.
a) Não pode ser responsabilizada pelo imposto devido pela operação entre a Sigabol e a Sto. Onofre, por
ser relativa à circulação de mercadoria e ela, prestadora de serviço.
b) Não pode ser responsabilizada pelo imposto devido pela operação entre a Sigabol e a Sto. Onofre, nem
penalizado por entregar a mercadoria em outro local que não o indicado na Nota Fiscal.
c) Pode ser responsabilizada como substituta tributária, uma vez que teria praticado a segunda operação
de circulação de mercadoria.
d) Pode ser responsabilizada solidariamente por entregar mercadoria a destinatário diverso do indicado na
documentação fiscal.
e) Pode ser multada pela infração regulamentar, mas não pode ser responsabilizada pelo pagamento do
imposto.
Comentários:
A Rápido-Jaú recolheu mercadoria na BemBom e entregou na Santo Onofre, mas a documentação fiscal
não previa entrega na Santo Onofre pois era um documento fiscal entre a Sigabol e BemBom. Pela nossa
legislação em seu art. 18, IV, d, a transportadora fica responsável não só pelo pagamento do imposto como
também pelos acréscimos legais e por isso podemos excluir as alternativas (a), (b) e (e).
50
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Apesar de o art. 18 trazer uma lista de responsabilidade pessoal, de maneira confusa o inciso VIII do art.
18-A atribuiu responsabilidade solidária para os casos descritos no art. 18. Desta forma a alternativa
correta é a letra (d).
(...)
Gabarito: Letra D.
a) As fundações instituídas e mantidas pelo poder público não se incluem entre os contribuintes do ICMS.
b) Em qualquer hipótese, para se caracterizar como contribuinte do ICMS, é necessário que a pessoa
pratique as operações ou prestações de serviço descritas como fato gerador com habitualidade ou em
volume que caracterize intuito comercial, sendo irrelevante sua regular constituição ou registro.
c) Caracteriza-se como contribuinte do ICMS a pessoa que, a qualquer título, recebe mercadoria de terceiro
desacobertada de documento fiscal.
e) A sociedade civil de fim não-econômico que explore estabelecimento de produção agropecuária se inclui
entre os contribuintes do ICMS.
Comentários:
51
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
(a) Falso. Aquele que praticar fato gerador do ICMS com habitualidade ou volume que caracterize intuito
comercial é considerado contribuinte, independentemente de ser parte do poder público ou não.
(b) Falso. A regra geral para considerar alguém como contribuinte é realmente que se tenha habitualidade
ou volume que caracterize intuito comercial, porém temos as exceções em que pessoas são caracterizadas
como contribuintes eventuais. A expressão “em qualquer hipótese” torna a alternativa incorreta.
(d) Falso. Não podemos presumir responsabilidades! Nossa legislação foi clara ao trazer as hipóteses em
que o transportador é considerado responsável. Apenas em algumas situações específicas (como se
entregar mercadoria a destinatário diverso) é que o transportador será responsável.
(e) Correto. Se a sociedade, mesmo sem fins lucrativos, explorar a produção agropecuária ela realizará com
habitualidade fato gerador do ICMS e por isso estará no rol de contribuintes do ICMS. Repito: o fato de não
possuir fins lucrativos não altera o caráter de contribuinte.
Gabarito: Letra E.
b) as empresas estatais.
d) as cooperativas.
Comentários:
Mais uma questão sobre contribuintes! Os prestadores de serviço de transporte dentro do município não se
sujeitam ao ICMS. Para haver incidência do ICMS o transporte deve ser intermunicipal ou interestadual.
Como os prestadores de serviços de transporte municipal não realizam com habitualidade ou volume que
caracterize intuito comercial e também não se enquadram no rol de contribuintes eventuais então não
podem ser elencados como contribuintes. Não confunda com o serviço de comunicação, que é fato gerador
do ICMS mesmo quando realizado em âmbito municipal.
Gabarito: Letra A.
52
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
b) a pessoa que, sem habitualidade ou intuito comercial, importe mercadorias do exterior salvo se
destinada a consumo ou ativo permanente do estabelecimento.
d) o adquirente, em relação a mercadorias cujo imposto não tenha sido pago no todo ou em parte.
e) qualquer pessoa que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial,
operações de prestação de serviços de transporte interestadual e intramunicipal.
Comentários:
Art. 16 Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade
ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de
mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
(b) Falso. Para ser considerado contribuinte devemos ter habitualidade ou volume que caracterize intuito
comercial.
(c) Falso. O Transportador que negociar mercadoria no território do MT será responsável e não
contribuinte.
(e) Falso. Os contribuintes ou são aqueles listados como contribuintes eventuais ou aqueles que pratiquem
FG do ICMS com habitualidade ou com volume que caracterize intuito comercial. Como o servidor de
transporte intramunicipal não é hipótese de incidência do ICMS a alternativa está incorreta.
Gabarito: Letra A.
a) É contribuinte do ICMS a pessoa jurídica que realize, com habitualidade, operações de circulação de
mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
b) É contribuinte do ICMS a pessoa física que, mesmo sem habitualidade e pretensão comercial, aliene
mercadoria adquirida em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.
c) O contribuinte do ICMS, pessoa física ou jurídica, se caracteriza pela prática de atos de comércio, ainda
que sem objetivo comercial.
d) É contribuinte do ICMS, a empresa que pratique atividade exclusiva de construção civil, porque, na obra
há prestação de serviço com comercialização de mercadorias.
e) Considera-se contribuinte do ICMS a pessoa física que pratica habitualmente atos de comércio, ainda
que não inscrita no cadastro de contribuinte.
Comentários:
Questão bem simples e batida que cobra a definição de contribuinte, conforme já vimos inúmeras vezes.
Art. 16 Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade
ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadorias
ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Gabarito: Letra A.
54
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
a) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que importe, ainda que sem habitualidade ou em volume que
não caracterize intuito comercial, mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a finalidade da
importação.
b) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, seja
destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.
c) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize
intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou de bem, ou prestações de serviços de
transporte intramunicipal e de comunicação.
d) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, adquira
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica,
oriundos de outra unidade da Federação, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.
e) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, adquira,
em licitação, mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.
Comentários:
(a) e (b) Corretos. Importou, se lascou! Não importa se é importação de mercadoria, bem ou serviço!
Importou virou contribuinte.
(c) Falso. Os contribuintes ou são aqueles listados como contribuintes eventuais ou aqueles que pratiquem
FG do ICMS com habitualidade ou com volume que caracterize intuito comercial. Como o servidor de
transporte intramunicipal não é hipótese de incidência do ICMS a alternativa está incorreta.
(d) Correto. Aquele que adquire petróleo e lubrificantes e combustíveis dele derivados e energia elétrica
oriunda de outro Estado para uso próprio é contribuinte eventual.
(e) Correto. Temos outra situação de contribuinte eventual: aquele que adquira em licitação mercadorias
ou bens apreendidos ou abandonados.
Gabarito: Letra C.
11. (SEFAZ-PA/UEPA/2013/Adaptada) Segundo a Lei Estadual do ICMS, também podem ser considerados
contribuintes do ICMS, mesmo sem intuito comercial ou habitualidade:
I. O sujeito passivo que importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade.
II. O sujeito passivo que seja destinatário de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior.
III. sujeito passivo que adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.
55
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
IV. sujeito passivo que adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e
energia elétrica, oriundos de outros Estados, quando destinados à comercialização ou à industrialização.
a) I, III e IV.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) III e IV.
e) I e IV.
Comentários:
(IV) Falso. Somente serão contribuintes eventuais aqueles que adquiram lubrificantes e combustíveis
líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica, oriundos de outros Estados, quando destinados
ao uso/consumo.
Gabarito: Letra C.
12. (Inédita) Contribuinte do imposto é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria
ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, exceto nos
casos em que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Comentários:
Art. 16 Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade
ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de
mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Gabarito: Falso.
56
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
13. (Inédita) É contribuinte aquele que adquire energia elétrica, oriundos de outra unidade federada,
quando não destinados à industrialização ou à comercialização.
Comentários:
Art. 16. § 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem
habitualidade ou intuito comercial:
Gabarito: Verdadeiro.
14. (Inédita) É responsável pelo pagamento do imposto o transportador, em relação à mercadoria que
entregar a destinatário diverso do indicado na documentação fiscal.
Comentários:
Gabarito: Verdadeiro.
15. (Inédita) São responsáveis pelo pagamento do imposto o armazém geral e o depositário a qualquer
título pela saída real ou simbólica de mercadoria depositada no Mato Grosso por contribuinte de outra
unidade federada.
57
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
Comentários:
Gabarito: Verdadeiro.
Comentários:
Gabarito: Falso.
58
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
LISTA DE QUESTÕES
01. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) Considerando a legislação do MT, assinale os enunciados abaixo
com F para falso e V para verdadeiro e, a seguir, assinale a opção que indica a sequência correta.
( ) A pessoa física que, mesmo sem habitualidade, importe mercadorias do exterior, é contribuinte do
imposto.
( ) A pessoa jurídica domiciliada em Cuiabá que adquira energia elétrica oriunda de outro Estado, para
comercialização, é contribuinte do imposto.
a) F, V.
b) V, F.
c) V, V.
d) F, F.
I. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com ou sem habitualidade, operações de circulação de
mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
II. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize
intuito comercial, operação de circulação de mercadoria que se inicie no exterior.
III. a pessoa, física ou jurídica, que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, seja destinatária de
serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.
a) I.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
e) III.
03. (Inédita) No que tange à responsabilidade, à luz da legislação mato-grossense, é falso afirmar que:
59
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
b) é responsável solidário o possuidor das mercadorias ou bens, com aquele que as tenha fornecido,
quando encontrados em situação fiscal irregular.
c) é responsável solidário a pessoa jurídica que resultar da cisão, a partir da data do ato.
e) o fabricante de ECF é responsável solidário no caso de uso, por contribuinte usuário deste Estado, de ECF
que não atenda aos requisitos e exigências estabelecidos no âmbito do CONFAZ e pela legislação tributária
para o desenvolvimento do equipamento e seus aplicativos ou que permita a realização de fraudes ou
sonegação de tributo.
04. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Relativamente à sujeição passiva no ICMS, a Lei mato-grossense estabelece que
é
a) contribuinte do imposto quem recebe mercadoria para depósito sem documento fiscal hábil.
b) responsável pelo pagamento do imposto aquele que realize, mesmo sem habitualidade, operações de
circulação de mercadoria.
e) responsável pelo pagamento do imposto quem adquire lubrificante derivado do petróleo, oriundo de
outro Estado, para uso próprio.
a) Não pode ser responsabilizada pelo imposto devido pela operação entre a Sigabol e a Sto. Onofre, por
ser relativa à circulação de mercadoria e ela, prestadora de serviço.
b) Não pode ser responsabilizada pelo imposto devido pela operação entre a Sigabol e a Sto. Onofre, nem
penalizado por entregar a mercadoria em outro local que não o indicado na Nota Fiscal.
60
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
c) Pode ser responsabilizada como substituta tributária, uma vez que teria praticado a segunda operação
de circulação de mercadoria.
d) Pode ser responsabilizada solidariamente por entregar mercadoria a destinatário diverso do indicado na
documentação fiscal.
e) Pode ser multada pela infração regulamentar, mas não pode ser responsabilizada pelo pagamento do
imposto.
a) As fundações instituídas e mantidas pelo poder público não se incluem entre os contribuintes do ICMS.
==22dd0==
b) Em qualquer hipótese, para se caracterizar como contribuinte do ICMS, é necessário que a pessoa
pratique as operações ou prestações de serviço descritas como fato gerador com habitualidade ou em
volume que caracterize intuito comercial, sendo irrelevante sua regular constituição ou registro.
c) Caracteriza-se como contribuinte do ICMS a pessoa que, a qualquer título, recebe mercadoria de terceiro
desacobertada de documento fiscal.
e) A sociedade civil de fim não-econômico que explore estabelecimento de produção agropecuária se inclui
entre os contribuintes do ICMS.
b) as empresas estatais.
d) as cooperativas.
61
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
b) a pessoa que, sem habitualidade ou intuito comercial, importe mercadorias do exterior salvo se
destinada a consumo ou ativo permanente do estabelecimento.
d) o adquirente, em relação a mercadorias cujo imposto não tenha sido pago no todo ou em parte.
e) qualquer pessoa que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial,
operações de prestação de serviços de transporte interestadual e intramunicipal.
a) É contribuinte do ICMS a pessoa jurídica que realize, com habitualidade, operações de circulação de
mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
b) É contribuinte do ICMS a pessoa física que, mesmo sem habitualidade e pretensão comercial, aliene
mercadoria adquirida em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.
c) O contribuinte do ICMS, pessoa física ou jurídica, se caracteriza pela prática de atos de comércio, ainda
que sem objetivo comercial.
d) É contribuinte do ICMS, a empresa que pratique atividade exclusiva de construção civil, porque, na obra
há prestação de serviço com comercialização de mercadorias.
e) Considera-se contribuinte do ICMS a pessoa física que pratica habitualmente atos de comércio, ainda
que não inscrita no cadastro de contribuinte.
a) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que importe, ainda que sem habitualidade ou em volume que
não caracterize intuito comercial, mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a finalidade da
importação.
b) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, seja
destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.
c) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize
intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou de bem, ou prestações de serviços de
transporte intramunicipal e de comunicação.
d) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, adquira
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica,
oriundos de outra unidade da Federação, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.
62
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
e) É contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, adquira,
em licitação, mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.
11. (SEFAZ-PA/UEPA/2013/Adaptada) Segundo a Lei Estadual do ICMS, também podem ser considerados
contribuintes do ICMS, mesmo sem intuito comercial ou habitualidade:
I. O sujeito passivo que importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade.
II. O sujeito passivo que seja destinatário de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior.
III. sujeito passivo que adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.
IV. sujeito passivo que adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e
energia elétrica, oriundos de outros Estados, quando destinados à comercialização ou à industrialização.
a) I, III e IV.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) III e IV.
e) I e IV.
12. (Inédita) Contribuinte do imposto é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria
ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, exceto nos
casos em que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
13. (Inédita) É contribuinte aquele que adquire energia elétrica, oriundos de outra unidade federada,
quando não destinados à industrialização ou à comercialização.
14. (Inédita) É responsável pelo pagamento do imposto o transportador, em relação à mercadoria que
entregar a destinatário diverso do indicado na documentação fiscal.
63
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
15. (Inédita) São responsáveis pelo pagamento do imposto o armazém geral e o depositário a qualquer
título pela saída real ou simbólica de mercadoria depositada no Mato Grosso por contribuinte de outra
unidade federada.
64
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
GABARITO
1. C 8. A 15. V
2. D 9. A 16. F
3. C 10. C
4. D 11. C
5. D 12. F
6. E 13. V
7. A 14. V
65
SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br