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Autor:
Eduardo Da Rocha
15 de Março de 2023
Sumário
1. Incidência .................................................................................................................................................... 3
4. Suspensão ................................................................................................................................................. 29
5. Momento ................................................................................................................................................... 32
Gabarito ........................................................................................................................................................... 87
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SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais) Legislação Tributária Estadual - parte II - 2023 (Pós-Edital)
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INTRODUÇÃO
Fala, pessoal! Como é bom estar com vocês novamente! Hoje finalmente entraremos na parte específica da
legislação do Mato Grosso.
O edital contemplou tanto a lei 7.098/98, que trata do ICMS no Estado do MT, como o RICMS-MT (Decreto
2.212/14). Entretanto, muito dispositivos da lei se repetem no RICMS-MT e, por isso, não se faz necessário
o estudo em duplicidade. Diante disso, focarei na lei 7.098/98 com suas alterações introduzidas até a lei
11.992/22, mas sempre que necessário trarei dispositivos do RICMS-MT.
Sempre que você vir um dispositivo sem referências, se tratará da lei. Quando quiser trazer dispositivo do
Decreto, trarei a expressão "RICMS-MT" antes do texto, ok? Veja:
Acima, temos o art. 2º do RICMS-MT, por conta da expressão que antecede o texto normativo. Agora
compare:
Acima não temos menção ao RICMS-MT e por isso estamos nos referindo à lei 7.098/98.
Ressalto a importância de possuirmos muito bem sedimentados os conceitos das aulas anteriores.
Compreender a lei Kandir e as disposições constitucionais é de extrema importância para o
prosseguimento do curso. Você verá que nessa aula diversos dispositivos são simples cópias da lei Kandir.
Peguei pesado na aula anterior justamente para ficarmos mais confortáveis nesse momento. Nesses casos
em que o regulamento se limitar a copiar a lei Kandir, me resumirei a listar os dispositivos para que você
revise o assunto já estudado. Isso tem por fundamento não fazer um curso com explicações repetitivas.
Caso possua dúvidas volte nas aulas anteriores e faça perguntas no fórum!
“Simbora!”
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1. Incidência
Reparem que todos os dispositivos elencados já foram por nós estudados. Como afirmado, não se pretende
repetir toda a explanação do conteúdo. Focarei naquilo que for novidade, ok?
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Conforme já havíamos estudado, se o serviço estiver expresso na LC 116/03 sem ressalvas, haverá
incidência do ISS sobre mercadoria e serviços. Já se o serviço estiver previsto na LC 116/03 com ressalvas,
incidirá ISS sobre o serviço e ICMS sobre a mercadoria.
O Regulamento foi além da lei, trazendo os casos de "M+S" previstos na LC 116/03 em que se permite a
cobrança do ICMS sobre a mercadoria, todos elencados no art. 2º, V, do RICMS-MT acima trazido.
Desta forma, a título de exemplo, caso haja fornecimento de peças e partes no recondicionamento de
motores, incidirá ICMS sobre as peças e ISS sobre o serviço (art. 2º, V, e).
Obs: a LC 116/03 não faz ressalva que permita a cobrança sobre mercadorias no serviço de paisagismo,
decoração e jardinagem, porém a legislação mato-grossense assim o fez (art. 2º, V, j).
Art. 1º § 2º Para fins do disposto no inciso III do caput consideram-se, também, como
prestações onerosas de serviços de comunicação:
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A lei do Mato Grosso se dispôs a elencar aquilo que entende como prestação de serviço de comunicação,
por muitas vezes excedendo a sua competência tributária ao classificar algumas situações não tributadas
como tributadas.
Um belo exemplo é o inciso I do § 2º acima transcrito, que tem origem no convênio CONFAZ 69/98,
alterado pelos convênios 90/2013 e 121/17, o qual inclui meros serviços preparatórios para a prestação de
serviço de comunicação no campo de incidência do imposto.
O STJ e o STF já tinham se manifestado sobre a não incidência do ICMS sobre a habilitação de aparelhos
para o uso do serviço de telefonia móvel (celular) no Recurso Extraordinário 572.020. Com a ADI 1.945, a
habilitação e demais serviços preparatórios foram retirados da lei mato-grossense.
A ação teve origem em litígio entre a Telebrasília Celular S/A (atual Vivo) e o governo do Distrito Federal
(GDF). A empresa contestou a cobrança do tributo, mas perdeu a demanda no Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Recorreu ao STJ, onde teve pronunciamento favorável. A Segunda
Turma do STJ entendeu que a habilitação de celular constitui serviço meramente preparatório ao de
telecomunicação, por isso não está sujeita à tributação de ICMS, ao contrário do serviço de
telecomunicação propriamente dito, este sim inserido no conceito de comunicação. No RE 572.020, o STF
se posicionou de maneira contrária ao disposto no convênio.
A interpretação conjunta dos arts. 2º, III, e 12, VI, da Lei Complementar 87/96 (Lei Kandir) leva
ao entendimento de que o ICMS somente pode incidir sobre os serviços de comunicação
propriamente ditos, no momento em que são prestados, ou seja, apenas pode incidir sobre a
atividade-fim, que é o serviço de comunicação, e não sobre a atividade-meio ou intermediária
como são aquelas constantes na Cláusula Primeira do Convênio ICMS nº 69/98. Tais serviços
configuram, apenas, meios de viabilidade ou de acesso aos serviços de comunicação, et por
cause, estão fora da incidência tributária do ICMS.
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O ICMS incide sobre a tarifa de assinatura básica mensal cobrada pelas prestadoras de serviços
de telefonia, independentemente da franquia de minutos concedida ou não ao usuário.
Ora, pessoal, mais uma vez afirmo: sua prova é de legislação! É sempre bom saber o que o Supremo pensa
do assunto (é até uma maneira de gravar a matéria) mas a não ser que a questão expressamente peça o
contrário, vá pela legislação!
Além do caso prático acima mostrado chamo atenção a outros 3 dispositivos que podem gerar dúvidas:
1) Inciso III (ligação telefônica internacional, quando o tomador estiver no território nacional) – é a famosa
ligação a cobrar realizada por exemplo na Inglaterra para um número no MT.
2) Inciso V (serviços a destinatário no exterior, com resultado no MT) – quando por exemplo um mato-
grossense contrata uma empresa para realizar cobranças de débitos de clientes espanhóis. Verifica-se o
resultado (pagamento) no Brasil e de acordo com nossa legislação há incidência, apesar de ser uma clara
exportação de serviço abarcado pela imunidade constitucional.
3) Inciso VII (serviços de rastreamento ou localização de bens ou pessoas) – são os famosos GPS. Pense
bem antes de você instalar uma tornozeleira eletrônica no seu marido/esposa pois vai incidir ICMS.
IV-A - sobre a operação, realizada por remetente de outra unidade federada, que destinar
bem ou mercadoria a consumidor final, não contribuinte do imposto, localizado no
território mato-grossense;
Lembra dos dispositivos acima? Isso mesmo, é o DIFAL! Perceba que nossa legislação se encontra
atualizada de acordo com a EC 87/15 uma vez que já prevê a incidência quando em operações e prestações
interestaduais destinadas a não contribuintes.
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Precisamos ter em mente que sempre que, em uma operação interestadual, a mercadoria ou o serviço for
destinado a consumidor final (não for para industrialização ou comercialização – operações subsequentes),
haverá incidência do ICMS na entrada/utilização do serviço e consequente recolhimento do diferencial de
alíquota nos ditames da EC 87/15. O cálculo desse DIFAL foi por nós visto na Aula 00.
Alíquota
Interestadual para a
Destinatário não origem
contribuinte do
ICMS Há partilha do
Pós EC 87 Diferencial de
Alíquota
(venda
interestadual a
consumidor final)
Alíquota
Interestadual
Destinatário para a origem
contribuinte do
ICMS Não há partilha
do Diferencial de
Alíquota
Destinatário não
contribuinte do Remetente
Responsável pelo ICMS
recolhimento do
DIFAL
Destinatário
contribuinte do Destinatário
ICMS
“Mas professor, ainda temos a repartição do DIFAL? Não terminava em 2019 com 100% para o destino?”
Hoje não temos a repartição do DIFAL, querido aluno. “Então pra que saber isso, professor?” Lembre-se
que você vai fiscalizar anos anteriores e por isso deve saber que no ano de 2018, por exemplo, tínhamos a
repartição do DIFAL em 80% para o Estado de destino e 20% para o Estado de origem. Como você pode
autuar um contribuinte se não souber isso? Por isso afirmo que é sim possível que uma questão sobre
DIFAL verse sobre um acontecimento em anos anteriores.
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Existia uma discussão doutrinária quanto a incidência de ICMS ou ISS sobre softwares. A lei mato-grossense
inicialmente limitou-se a afirmar a incidência sobre esse tipo produto, sem fazer qualquer ressalva. Ocorre
que o STJ exarou o seguinte entendimento:
Os programas de computação, feitos por empresas em larga escala e de maneira uniforme são
mercadorias de livre comercialização no mercado passíveis de incidência do ICMS. Já os
programas elaborados especialmente para certo usuário exprimem verdadeira prestação de
serviço sujeita a ISS.
Já a Lei Complementar 116/2003 adota o conceito de software como prestação de serviço sem fazer
qualquer ressalva quanto à incidência do ICMS nem mesmo quanto a se tratar de software de encomenda
ou de prateleira.
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O Convênio ICMS 181/2015 autoriza a cobrança do imposto nas operações com software, jogos
eletrônicos, aplicativos e congêneres, inclusive os disponibilizados por download. O acordo
estabelece ainda que a carga tributária decorrente dessa cobrança deve corresponder a, no
mínimo, 5% do valor da operação.
Não é porque a mercadoria saiu do estabelecimento sem pagamento do imposto que uma posterior saída
tributada também assim será. Um caso típico é a não incidência no aluguel. Em que pese essa não
incidência, se, posteriormente, a mercadoria locada for vendida, haverá incidência do imposto.
Exemplo 113) Empresa A possui caminhões para vendas, porém aluga por um mês para a empresa B (não
houve incidência do imposto por se tratar de locação). Depois de um mês, B decide comprar esse caminhão
de A (ulterior transmissão). Essa transmissão de propriedade sofre a incidência do ICMS.
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2. Não Incidência
IV – operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento
cambial;
V - o texto e/ou informação que não for diretamente acessível aos sentidos humanos,
tais como a informação magnética ou óptica, acondicionada, transmitida e/ou veiculada
sob qualquer meio.
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Já havia avisado da importância das aulas iniciais! Olha quanto tempo quem está craque está
economizando com diversos dispositivos que já foram vistos. Entretanto, gostaria de chamar atenção para
os §§ 1º e 4º. Nunca podemos esquecer o que é considerado livro e o que não é! Preste bem atenção pois
nossa legislação trouxe alguns dispositivos a mais do que foi trazido na aula sobre lei Kandir, mostrado
abaixo. Repare também que para gozar da não incidência a remessa feita às exportadoras ou
estabelecimentos da mesma empresa deve posteriormente seguir para o exterior sem “enrolação” no país.
Em outras palavras, a saída do estabelecimento para exportadora ocorre com não incidência, mas se a
exportadora remeter para outro local no mercado interno que não diretamente para o exterior teremos
ICMS nessa operação.
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Em branco
Simplesmente
Pautados
Riscados para
escrituração
Pautados de uso
comercial
Não são considerados
livros
Agendas
Catálogos e listas
Impressos com
propaganda comercial
Texto/Informação não
diretamente acessível
aos sentidos humanos
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RICMS-MT. Art. 5°. § 9° A não incidência prevista no inciso II do caput deste artigo
estende-se, ainda, à prestação de serviço de transporte referente ao trajeto nacional
até o porto de embarque para o exterior ou entre o local de embarque e desembarque
localizados no território brasileiro, na forma definida no § 1° do artigo 133 do Anexo IV
deste regulamento. (v. inciso I do art. 2° da Lei n° 10.978/2019 - efeitos a partir de 1° de
fevereiro de 2020)
Temos dispositivos repetidos da lei Kandir, afirmando não haver incidência do ICMS nas exportações e nas
saídas equiparadas para comerciais exportadoras, armazéns alfandegados ou entrepostos aduaneiros.
Entretanto, temos duas novidades importantes, nos §§ 9° e 10. Segundos eles, não incide ICMS no
transporte de mercadorias até o porto para embarque para o exterior. Porém, há incidência no transporte
para estabelecimento exportador. Resumindo:
- saída de estabelecimento A para exportadora: ICMS sobre transporte e não incidência sobre mercadoria.
Mas ainda que haja incidência, o RICMS-MT concedeu isenção no transporte para exportação, como
veremos adiante no art. 5º-A.
RICMS-MT. Art. 5°-A Fica equiparada à exportação, para os efeitos fiscais previstos na
legislação vigente, a saída de produtos destinada ao uso ou consumo de bordo, em
embarcações ou aeronaves exclusivamente em tráfego internacional com destino ao
exterior. (cf. Convênio ICM 12/75 e alteração - efeitos a partir de 1° de junho de 2021)
§ 2° Não se exigirá o estorno do crédito previsto no artigo 123, inciso I, das disposições
permanentes, relativo à entrada das mercadorias, ou dos respectivos insumos, objeto das
saídas a que se refere este artigo.
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§ 4° Para fins da aplicação da não incidência de que trata este artigo, o estabelecimento
remetente deverá:
I - emitir Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, contendo, além dos requisitos exigidos
pela legislação, a indicação de Código Fiscal de Operações e Prestações - CFOP - específico
para a operação de saída de produtos destinada ao uso ou consumo de bordo, em
embarcações ou aeronaves exclusivamente em tráfego internacional com destino ao
exterior;
Sabe aqueles navios de cruzeiro enormes de bandeira estrangeira que ficam parados em Santos ou
no Rio de Janeiro? Se uma empresa do Mato Grosso efetuar uma venda de produtos para esses
navios, qualquer que seja a finalidade desses produtos, não haverá incidência do ICMS. Entende-se
que trata de uma exportação e, cumprindo-se os requisitos, como por exemplo a comprovação de
embarque da mercadoria, não há que se falar em ICMS.
Conforme já estudamos, o ICMS não incide no arrendamento mercantil, exceto na venda do bem
arrendado ao arrendatário. Ocorre que o RICMS-MT incluiu uma condição para a não incidência: deve
haver contrato por escrito.
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No estudo da lei Kandir havíamos comentado sobre a não incidência sobre o trespasse, lembram? Mas
nossa lei foi além ao considerar a mudança de endereço também como hipótese de não incidência. Por isso
fique atento: mesmo que você não transfira a propriedade do estabelecimento para terceiros (continuando
como dono e apenas mudando de endereço), não teremos a incidência do ICMS.
Você sabe a diferença entre um armazém geral e um depósito fechado? Armazém geral é um local que
armazena mercadorias de diversos clientes, que alugam o espaço para estocar seu material. O depósito
fechado é um local da própria empresa que serve para estocar suas mercadorias.
Tanto o envio de mercadorias para o depósito fechado ou armazém geral no MT quanto o seu retorno para
o estabelecimento depositante também localizado no MT são hipóteses de não incidência na lei 7.098/98.
Exemplo 114) A empresa CRF, localizada em Cuiabá, vendeu 10.000 fichas de poker para um cliente. Para
fazer a entrega contratou a transportadora da mesma cidade conhecida como QUEBRATUDO, que no dia
12 de junho recolheu as fichas de poker e levou para seu estabelecimento. A QUEBRATUDO, para conter
despesas, aguardou outras mercadorias se juntarem às fichas de poker para então no dia 15 de junho
iniciar o transporte para Cáceres-MT. A saída das fichas de poker, que é uma mercadoria de terceiro e não
da transportadora, é caso de não incidência. Repare que o ICMS referente à circulação da mercadoria é
devido pela própria CRF e não pela QUEBRATUDO. A transportadora irá recolher o ICMS referente ao
transporte, mas não da saída de mercadoria do seu estabelecimento.
RICMS-MT. Art. 5º. § 15 O benefício previsto no inciso XVIII do caput deste artigo
produzirá efeitos até 31 de dezembro de 2032. (cf. Convênio ICMS 190/2017 - v. Convênio
ICMS 37/89)
Retirou-se do campo de incidência do ICMS, até 2032, o transporte de passageiros que, apesar de ser
intermunicipal, possui características de municipais. É o caso do transporte dentro da região metropolitana
de Cuiabá e entre Cuiabá e Várzea grande, distantes apenas 7,5 Km.
Já estamos carecas de saber que a exportação é caso de imunidade constitucional no que tange ao ICMS,
certo? Entretanto, como já vimos durante quando por exemplo um mato-grossense contrata uma empresa
para realizar cobranças de débitos de clientes espanhóis. Verifica-se o resultado (pagamento) no Brasil e de
acordo com nossa legislação há incidência, apesar de ser uma clara exportação de serviço abarcado pela
imunidade constitucional.
A não incidência concedida para o papel se dá apenas para ser usado na impressão de livros, jornais e
periódicos e qualquer coisa diferente disso deverá ser tributado normalmente. É por isso que também se
sujeitará ao ICMS o papel que for encontrado em local diferente de empresas que fabricam periódicos,
jornais e livros ou sejam responsáveis pela importação, arrematação ou fabricação para serem utilizados na
impressão citada. Da mesma forma, perde o benefício da não incidência o papel, ainda que destinado a
impressão de livros, jornais e periódicos, que for encontrado sem documentação fiscal idônea.
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Em que pese a regra geral de incidência de ICMS entre estabelecimentos do mesmo titular (contrariando o
STF), nossa legislação entende pela não incidência quando se tratar de material de uso e consumo e de
bens do ativo permanente. Assim, teremos incidência entre estabelecimentos do mesmo titular apenas
quando a mercadoria se destinar a industrialização ou comercialização.
Por muitos anos os impressos personalizados foram alvo de controvérsias. Enquanto os Estados afirmavam
incidir ICMS nas operações com essas mercadorias, os Municípios sustentavam a incidência do ISS. Hoje
temos um item específico da LC 116/03, introduzido pela LC 157/2016, que versa com mais detalhes sobre
o assunto.
Para o nosso estudo da legislação e para nossa prova temos que, se o impresso for personalizado para
usuário final (não seja para comercialização ou industrialização), incidirá ISS e por isso o RICMS fez a
previsão da não incidência.
Preste bastante atenção aos casos em que o impresso for ser utilizado em uma futura comercialização, pois
não se enquadrarão na não incidência. A impressão e circulação de uma bula de remédio se sujeitará ao
ICMS, uma vez que irá se incorporar ao medicamento que será vendido. A caixa do remédio segue a
mesma ideia: fará parte da mercadoria que será vendida posteriormente.
Exemplo 115) A Dra. Nath, famosa pediatra cuiabana, mandou uma gráfica confeccionar 100 receituários
personalizados com seu nome, CRM, logomarca e endereço. Por se tratar de impresso personalizado a
usuário final não houve a incidência do ICMS.
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b) nos demais casos, podendo ser prorrogado, desde que previamente requerido e
justificado pelo sujeito passivo, mediante prova documental inconteste e indicação da
localização atual do bem;
Não incide ICMS nas saídas e retornos de máquinas, equipamentos, ferramentas e objetos de uso do
contribuinte, bem como de suas partes e peças, com destino a outros estabelecimentos para fins de
lubrificação, limpeza, revisão, conserto, restauração ou recondicionamento, ou em razão de empréstimo,
locação ou comodato. Entretanto, exige-se que a mercadoria retorne ao estabelecimento de origem em
120 dias, podendo esse prazo ser prorrogado.
Tanto a isenção quanto a não incidência não tem o condão de dispensar as obrigações acessórias, que
devem continuar sendo cumpridas. Caso não sejam cumpridas, o imposto passa a ser devido com
acréscimos e multa.
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3. Benefícios Fiscais
Benefícios fiscais consistem na redução ou eliminação, ainda que indiretamente, do ônus tributário.
Apesar de ser um tópico bastante importante para nossa prova, a lei 7.098/98 foi bastante econômica no
assunto, trazendo poucas novidades ao nosso estudo. Vejamos:
Como já sabemos, qualquer benefício fiscal deve ser concedido mediante convênio. Entretanto, para que
esse convênio seja internalizado na legislação estadual, deve-se editar um Decreto do Chefe do Executivo
para que realmente o benefício aprovado pelo CONFAZ passe a produzir efeitos dentro do território mato-
grossense.
Uma coisa é a dispensa legal do recolhimento do tributo dado pela isenção; outra totalmente diferente é o
cumprimento das obrigações acessórias. Os contribuintes devem escriturar e emitir documentos fiscais
mesmo que esteja sujeito à isenção na operação ou prestação.
Exemplo 116) A empresa PLANTEX vende mudas de plantas não ornamentais, que, para fins didáticos, no
Estado do MT possui isenção. Entretanto, no curso de uma fiscalização volante, o Auditor Dimulé abordou
um caminhão da empresa e pediu a nota fiscal das mercadorias. O caminhoneiro advertiu o fiscal:
“Parceiro, esse produto é isento. Não preciso emitir nota”. Obviamente que Dimulé não caiu nessa e
autuou a empresa por falta de regular emissão da nota uma vez que o benefício para a obrigação principal
não exclui a necessidade do cumprimento das obrigações acessórias.
Se um determinado benefício necessitar de uma condição para ser implementado e essa condição não for
satisfeita o ICMS será devido no próprio momento em que ocorreu a operação ou prestação. Significa
dizer que se o benefício está sob condição suspensiva ele ainda não pode ser exercido! Se ele não pode ser
exercido, incidirá ICMS normalmente no momento da ocorrência da operação até́ que a condição seja
realizada e passe a incidir o benefício.
Exemplo 117) O Estado do Mato Grosso editou uma lei concedendo um benefício fiscal (autorizado pelo
CONFAZ) com a seguinte redação:
“Art. 1º. Será concedido um crédito presumido de 20% para serviços de transporte interestadual para os
contribuintes que se cadastrarem e estejam em dia com a Fazenda no momento do cadastro”.
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Ora, trata-se de um benefício sob condição suspensiva uma vez que o contribuinte só terá direito ao
benefício a partir do momento que se cadastrar e até́ lá o imposto será considerado devido no momento
em que ocorreu a operação ou prestação.
Sempre que for concedida uma isenção para determinada mercadoria não se pode estender esse benefício
para o seu transporte de maneira automática. Então, se for instituída isenção para tomates, por exemplo, o
transporte dos mesmos não se transformará automaticamente em isento: é preciso que seja concedida
expressamente a isenção também para o transporte.
Art. 5º § 4º Observado o disposto no Parágrafo único do Art. 24 e nos Arts. 35-A e 35-B,
não se reconhecerão isenção, crédito, redução de base de cálculo, outras desonerações
integrais ou parciais, ou qualquer outro benefício fiscal à operação ou prestação de
serviço irregular ou que não estiver acobertada por documento fiscal idôneo e regular.
Respeitada a não cumulatividade prevista no art. 24, o benefício fiscal será perdido se a operação ou a
prestação não estiver “toda certinha”, ou seja, com documento fiscal idôneo acobertando a operação.
“Prof. mas o que seria um documento fiscal inidôneo/idôneo?” Veremos mais à frente no curso, mas já
adianto que estão elencados no art. 35-B.
Pessoal, para finalizarmos esse tópico vejamos agora algumas isenções trazidas dentro da lei 7.098/98.
Com o advento da Emenda Constitucional 42/03 todas as exportações se tornaram imunes. Entretanto o
que falar do transporte dessas mercadorias dentro do “corredor de exportação”, ou seja, da fabricação até
a saída do território nacional?
Algumas legislações são silentes a respeito desse assunto, mas acertadamente nossa lei desonerou do
imposto as prestações de transporte. O intuito do constituinte derivado ao retirar a exportação da
incidência do imposto era justamente desonerar nosso produto e torná-lo mais competitivo no exterior,
não fazendo sentido onerar o transporte dos mesmos.
II - a energia elétrica destinada à alimentação dos trens do Veículo Leve sobre Trilhos ou
aos ônibus e estações do sistema Bus Rapid Transit - BRT.
A primeira visa baratear o curso do transporte coletivo urbano na Região Metropolitana ao desonerar a
aquisição de combustível diretamente de distribuidora nacional no atacado.
A segunda, no mesmo sentido da primeira, refere-se à aquisição de energia elétrica para movimentação
dos VLT’s e de suas estações e para os ônibus e estações do BRT..
Nossa última isenção na lei é bem simples e trata da desoneração do DIFAL na aquisição de veículos novos
para a frota de empresas de transporte coletivo urbano, desde que esse veículo opere por pelo menos 3
anos no MT. Caso ele seja vendido antes disso o DIFAL será cobrado de maneira retroativa à data da
entrada no estabelecimento, com correções, multa e juros.
Para quem não lembra o DIFAL é cobrado quando de uma operação interestadual para consumo final, ou
seja, não objeto de revenda ou industrialização.
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Aquisição de combustível
no atacado de distribuidora
nacional para abastecer
veículos de transporte
Isenções na Lei coletivo urbano na RM
7.098/98
Aquisição de Energia
Elétrica para VLT e ônibus e
estações do BRT
DIFAL na aquisição de
ônibus novos por empresa
de transporte coletivo
urbano
I - isenção;
IV - devolução do imposto;
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VIII - dilação do prazo para pagamento do imposto, inclusive o devido por substituição
tributária, em prazo superior ao estabelecido no Convênio ICM 38/88, de 21 de outubro
de 1988, e em outros acordos celebrados no âmbito do CONFAZ;
X - financiamento do imposto;
XII - remissão;
XIII - anistia;
XIV - moratória;
XV - transação;
Como já estudamos, benefícios fiscais de ICMS só podem ser concedidos se autorizados pela LC 24/75. Essa
lei elenca o que é considerado benefício fiscal de ICMS, porém o RICMS resolveu detalhar muito mais,
enumerando 16 incisos do que considera benefício fiscal do ICMS. Sugiro a memorização de todos eles e,
além disso, saber que diferimento não é benefício fiscal, uma vez que apenas posterga o recolhimento para
etapas posteriores da cadeia. Entretanto, pode a lei, em situações especiais, expressamente prever o
diferimento como benefício fiscal.
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isenção
manutenção de crédito
devolução do imposto
dispensa do pagamento
Benefícios Fiscais de ICMS -
financiamento do imposto
remissão
anistia
moratória
transação
§ 1°-A Para fins de comprovação da regularidade fiscal, exigida no inciso III do caput deste
artigo, o beneficiário deverá, além do cumprimento dos demais incisos do caput:
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Para gozar de benefícios fiscais, o contribuinte deve respeitar alguns requisitos, que serão abaixo
esquematizados.
Um desses requisitos é a regularidade fiscal. Caso o contribuinte esteja irregular, o Fisco o notificará para
que a regularização seja feita em 30 dias. Caso isso não seja feito, o contribuinte deixa de poder gozar do
benefício a partir do 1º dia do mês seguinte ao que vencer o prazo. Assim, se o prazo vencer dia 10 de maio
de 2023, não poderá usufruir do benefício a partir de 1º e junho de 2023. Caso posteriormente haja a
regularização, o contribuinte poderá usufruir do benefício também a partir do 1º dia do mês subsequente.
I - a falta de pagamento integral do imposto apurado no período, até o último dia útil
do mês do vencimento, implicará a redução de 20% (vinte por cento) do valor do
benefício fiscal, devendo o respectivo valor ser acrescentado a débito na escrituração
fiscal do mês subsequente, sem prejuízo do recolhimento dos acréscimos legais, quando
o imposto for pago após a data de vencimento;
De forma excepcional, o Fisco pode suspender parcialmente o benefício, o reduzindo em 20% caso haja
falta de pagamento integral do imposto apurado no período fiscal até o último dia do mês de vencimento.
Suponha então que no mês de maio de 2023 o contribuinte tenha apurado um saldo devedor de ICMS de
R$ 10.000 e que o prazo para pagamento seja dia 10 de junho de 2023. Caso o pagamento não seja feito
até o dia 30 de junho, poderá o Fisco reduzir, referente ao mês de maio, 20% do benefício fiscal.
Se o pagamento for feito em atraso, porém dentro do mês de junho, o benefício é mantido integralmente,
porém, por razões óbvias, haverá incidência de multas e acréscimos pelo atraso.
RICMS-MT. Art. 14 § 5° A fruição dos benefícios fiscais poderá ser condicionada à opção
pelo regime de substituição tributária com encerramento da cadeia tributária mediante
utilização do Regime Optativo de Tributação da Substituição Tributária, com expressa
renúncia à repetição de indébito na hipótese em que a operação efetiva for realizada
por valor inferior ao que serviu de base de cálculo do ICMS devido pelo aludido regime,
bem como na dispensa de pagamento do imposto correspondente à complementação
do ICMS retido por substituição tributária, nos casos em que o preço praticado na
operação a consumidor final for superior à base de cálculo utilizada para o cálculo do
débito de responsabilidade por substituição tributária.
Como vimos na lei Kandir, o ICMS pode ser exigido por substituição. Uma das modalidades é a ST
progressiva, em que se antecipa o recolhimento de um futuro fato gerador.
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Conforme decisão do STF, caso o FG presumido ocorra por um valor inferior àquele que serviu de BC, o
substituído tem direito à restituição do valor pago a maior. Assim, se A vender mercadorias para B e
recolher por substituição tributária R$ 1.000 por calcular uma BC ST de R$ 10.000 e posteriormente a futura
saída de B ocorrer por um valor de R$ 8.000, sendo devido um ICMS de R$ 700, B tem direito à restituição
do ICMS pago a maior. Sim, B (e não A). Pois apesar de A ter entregado aos cofres públicos o ICMS ST, foi B
quem arcou com o ônus, pois A cobrou o valor de B.
Ocorre que, assim como o substituído tem direito à restituição quando a BC presumida for maior que a
efetiva, o Estado também pode exigir a complementação do imposto quando a BC presumida for menor
que a real.
Opcionalmente, pode o contribuinte e o Fisco acordarem pela definitividade da BC, ou seja, assinarem um
acordo em que o substituído abre mão das restituições e o Estado abre mão das complementações.
Expliquei tudo isso apenas para dizer que o Estado pode conceder benefícios fiscais com a condição de o
contribuinte aderir à definitividade da base de cálculo.
Uma vez desrespeitadas as regras para fruição do benefício fiscal, o Fisco poderá lançar o ICMS de ofício e
exigir o seu pagamento.
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4. Suspensão
RICMS- MT. Art. 20 Ocorre a suspensão nos casos em que a incidência do imposto fique
condicionada a evento futuro.
Na suspensão a cobrança do imposto fica condicionada a um evento futuro. Ao se realizar a operação não
ocorre o débito do imposto, porém caso um determinado evento futuro descrito na legislação não se
realize o imposto da operação passa a ser devido inclusive com os acréscimos legais.
§ 1° O imposto devido pelas saídas mencionadas nos incisos I e II do caput deste artigo
será recolhido pelo destinatário quando da saída subsequente, esteja esta sujeita ou
não ao pagamento do tributo.
Um associado de cooperativa fica substituído pela sua cooperativa sempre que com ela transacionar. Se
um cooperado vende leite para sua cooperativa, apesar de ser o contribuinte por dar saída na mercadoria,
não deverá recolher o ICMS, ficando essa responsabilidade de lançamento e recolhimento transferida para
a cooperativa. “Mas quando, Da Rocha? Na entrada na cooperativa?”. Não. Em dois momentos: na saída
que a cooperativa fizer para fora do Estado ou quando da saída para fora do eixo cooperativado, ainda que
essas saídas ocorram com desoneração do imposto. Por eixo cooperativado entende-se qualquer outro
estabelecimento da cooperativa, cooperativa central ou federação de cooperativa que se faça parte.
Exemplo 118) Seu Joaquim, famoso produtor de caju em sua fazenda no interior do Estado do Mato
Grosso, remete 2 toneladas da fruta para sua cooperativa localizada em Cuiabá-MT. A cooperativa por sua
vez recebe o caju e envia para uma cooperativa central, que remete os cajus para uma federação de
cooperativa, que finalmente vende a mercadoria para o mercado DORUSO. No envio do produtor para a
cooperativa não há recolhimento do ICMS, uma vez que ele fica suspenso até uma futura saída para fora
do eixo cooperativado. Tal saída se dá com a venda da mercadoria para o mercado e, nesse momento,
deverá ser recolhido o ICMS.
III – nas saídas interestaduais de bens integrados ao ativo imobilizado, bem como de
moldes, matrizes, gabaritos, padrões, chapelonas, modelos e estampas, para
fornecimento de serviços fora do estabelecimento, ou com destino a outro
estabelecimento inscrito como contribuinte, para serem utilizados na elaboração de
produtos encomendados pelo remetente e desde que devam retornar ao
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§ 3° Decorrido o prazo de que trata o inciso III do caput deste artigo sem que ocorra o
retorno da mercadoria, será exigido o imposto devido por ocasião da saída, sujeitando-se
o recolhimento espontâneo à correção monetária e demais acréscimos legais.
Também ocorre suspensão do ICMS na saída e no retorno de ativo imobilizado ou moldes, matrizes,
gabaritos, padrões, chapelonas, modelos e estampas, para fornecimento de serviços fora do
estabelecimento, ou com destino a outro estabelecimento inscrito como contribuinte para serem
utilizados na elaboração de produtos encomendados pelo remetente.
Abaixo trago alguns procedimentos formais para a fruição da suspensão, porém possuem pouca relevância
para fins de prova. Apenas leia rapidamente.
RICMS- MT. Art. 21. § 4° Para fins da fruição da suspensão do imposto nas hipóteses
previstas neste artigo, a Nota Fiscal emitida para acobertar o retorno da mercadoria ao
estabelecimento de origem deverá conter os dados identificativos da Nota Fiscal que
acobertou a remessa da mercadoria ao estabelecimento destinatário.
I – para consignação dos dados identificativos da Nota Fiscal de origem, deverão ser
utilizados, obrigatoriamente, os campos próprios da NF-e, adequados os requisitos às
disposições contidas no “Manual de Orientação do Contribuinte”, divulgado por Ato
COTEPE;
III – a consignação dos dados identificativos das Notas Fiscais referenciadas, bem como o
registro do local de efetiva entrega ou retirada da mercadoria no campo “Informações
Complementares” da NF-e, ou em qualquer outro que não o especificado para a
respectiva finalidade, no “Manual de Orientação do Contribuinte”, divulgado por Ato
COTEPE, não suprem as exigências contidas neste capítulo, nem excluem a solidariedade
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5. Momento
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Assim como no capítulo anterior, a lei trouxe diversos dispositivos com o mesmo teor daqueles já estudos
na lei Kandir. Como já estamos craques temos tranquilidade para seguirmos adiante após essa revisão, mas
não sem antes pontuar alguns dispositivos que merecem atenção.
De acordo com o inciso I do art. 3º (e também de acordo com a LK) teremos incidência do ICMS na saída de
mercadorias do estabelecimento, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular.
Fica muito fácil entender o que é uma “saída” do estabelecimento, certo? A transferência e a venda são
saídas bem comuns no dia a dia. Entretanto temos algumas situações em que consideramos saídas fictícias
e, portanto, com incidência do ICMS. A primeira delas ocorre no encerramento das atividades da empresa,
hipótese em que o contribuinte pode vender as mercadorias de seu estoque ou não. No caso de venda o
fato gerador ocorrerá, em regra, quando da saída da mercadoria do estabelecimento. Caso não venda, a
mercadoria em estoque é considerada posta em circulação no encerramento das atividades do
contribuinte e o ICMS devido. Cuidado para não confundir com a venda do estabelecimento de um dono
para outro (trespasse), hipótese em que o ICMS não é devido conforme veremos em capítulo específico.
Exemplo 119) Sr. Arthur possuía um mercado em seu bairro que não andava bem das pernas. Durante os 3
últimos dias do mês de agosto havia vendido apenas 10 desodorantes, 5 canetas, 100 gramas de presunto
e 300 gramas de queijo. A operadora do caixa, muito esperta e estudante de legislação, contava um por um
cada fato gerador que ocorria a cada venda (saída do estabelecimento) nesses 3 dias. O que a operadora
não sabia era que seria despedida no último dia do mês pois o Sr. Arthur havia decidido fechar o
estabelecimento para estudar para concurso. Ao contar o estoque o Senhor Arthur percebeu que estavam
encalhados 15 desodorantes e 300 canetas. Mesmo essas mercadorias não tendo saído efetivamente do
estabelecimento ocorrerá fato gerador do ICMS em cada uma delas uma vez que o estabelecimento
encerrou as atividades e elas encontravam-se em estoque.
Antes de passarmos ao próximo dispositivo gostaria que você entendesse comigo a lógica dessa saída
fictícia. Pergunto eu: se um supermercado fecha as portas com mercadorias em estoque você acha mesmo
que ele irá jogar essas mercadorias foram? Não! Irá vender, provavelmente. Presumindo isso é que as
legislações estaduais entendem por bem considerar como saída fictícia.
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Se determinada mercadoria entrou no estabelecimento sem ser escriturada, sem documento fiscal ou com
nota fiscal inidônea é muito provável que o contribuinte realize uma futura venda sem emissão de
documento fiscal e consequentemente sem recolhimento de ICMS. Por isso, se um Fiscal se deparar com
essa situação deverá considerar que toda essa mercadoria saiu do estabelecimento ficticiamente,
cobrando-se o ICMS devido.
Exemplo 120) O mercado DIBAIRRO adquiriu 1.000 kg de feijão para revenda por R$ 5/Kg. Por ocasião da
entrada dessa mercadoria no estabelecimento o mercado se creditou de R$ 900 (18% x 1.000 x R$ 5).
Posteriormente o mercado decidiu utilizar essas mercadorias para realizar uma feijoada de
confraternização (consumo) e por isso considerou-se que essa mercadoria saiu do mercadinho
ficticiamente, gerando um débito de R$ 900 (18% x 1.000 x R$ 5). Um crédito de R$ 900 com um débito de
saída de R$ 900 fica com um saldo ZERO a recolher. Obs: aprendemos regras de creditamento na lei Kandir,
mas também veremos na legislação do nosso Estado.
§ 6°-A Para fins do disposto no inciso I, considera-se, ainda, ocorrida a saída dentro do
território do Estado, quando:
I – a mercadoria for remetida por estabelecimento deste Estado, com destino a outra
unidade da Federação, sem que haja comprovação da saída do território mato-
grossense;
Imagine que um contribuinte mato-grossense indique na nota fiscal que o destino de uma mercadoria é
Pernambuco, mas venda efetivamente para um destinatário no próprio MT. Perceba que a alíquota da
operação descrita na nota é de 12%, mas a operação que realmente ocorreu foi interna, ou seja, deveria
respeitar a alíquota do MT (17%). Se o valor da operação foi de R$ 10.000 ele irá recolher para o MT
apenas R$ 1.200 (12% x R$ 1.000) ao invés de recolher R$ 1.700 (17% x R$ 1.000).
§ 6°-A Para fins do disposto no inciso I, considera-se, ainda, ocorrida a saída dentro do
território do Estado, quando:
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Por muitas vezes uma mercadoria vem de outro Estado e apenas passa pelo MT, sem efetuar vendas ou
entregas. É o que chamamos de “trânsito”. Pensem comigo: existe algum imposto a ser pago por um
caminhoneiro que vem do Rio Grande do Sul, passa pelo Mato Grosso e faz a entrega em Belém-PA? Não!
Entretanto essa saída deve ser comprovada uma vez que se pode simular o trânsito, mas a mercadoria ficar
dentro do MT, sem chegar a Belém-PA. Caso seja verificado que essa mercadoria entrou no estado dizendo
ser trânsito, mas não seja comprovada a saída para o destino final em outro Estado o Auditor em Mato
Grosso deverá cobrar o ICMS.
“Mas Da Rocha, por que algum contribuinte faria isso?” Imagine que no PA tenhamos uma isenção para
essa mercadoria que não existe no MT. Concorda que na venda no PA não haverá ICMS a recolher e na
venda no MT haverá ICMS? Então se o contribuinte emitir uma nota fiscal simulando uma venda para um
destinatário no PA, mas vender no MT estará sonegando, certo?
Exemplo 121) A transportadora RAPIDEX saiu de Curitiba-PR para entrega de 100% da mercadoria
transportada em Belém-PA, mas ao ingressar no Estado do MT não passou pelo Posto Fiscal. Foi abordado
dois dias depois pelo Auditor, que verificou a mercadoria e chegou à conclusão de que a mercadoria estava
sendo vendida dentro do MT e não iria para Belém conforme estava descrito na NF. Cobrou-se então o
ICMS para o MT sob alíquota interna desse Estado.
XIV - da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro
Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente, alcançada pela
incidência do imposto;
Quando se trata de mercadorias que darão posterior saída, é realizado o cotejo entre o crédito da entrada
e o débito da posterior saída (não há DIFAL).
Já nos casos em que essas mercadorias adquiridas forem utilizadas pelo próprio estabelecimento
contribuinte não haverá posterior saída. Assim, eles são tratados como consumidores finais e deve-se
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- R$ 2.000 o preço de venda efetuado pela DIBOB de cada computador a consumidores no MT.
Teremos:
3) Na posterior venda pela DIBOB: Débito de R$ 36.000 (18% x R$ 2.000 x 100) = R$ 36.000.
4) Na data de apuração:
2) Diferencial de alíquota devido na entrada (não haverá posterior saída): (18%-12%) x R$ 3.000 = R$ 180.
Obs: apesar de ter descrito exemplo com mercadorias, o transporte dessas mercadorias que não estarão
sujeitas a operações ou prestações subsequente também se sujeitam ao DIFAL, conforme o inciso XII acima
transcrito.
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Obs 2: O cálculo do DIFAL no MT não é feito da forma simplória como realizado acima. Demonstrarei na
aula de BC exatamente como ele é feito. Não se preocupe por enquanto pois o objetivo não é o cálculo e
sim demonstrar quando ocorre o DIFAL.
Acabamos de ver que o momento do DIFAL para contribuintes será a entrada no estabelecimento no Mato
Grosso. E se o adquirente mato-grossense de operação interestadual for não contribuinte? O momento
será a entrada? Não.
Por força da EC 87/2015 sabemos que sobre as mercadorias e serviços (incluindo de transporte) destinados
a não contribuintes deve incidir o diferencial de alíquota. Na lei mato-grossense o momento eleito foi o do
início da prestação do serviço e da saída, ainda no estabelecimento do contribuinte em outro Estado.
Isso é muito importante! O momento não é a entrada no território do Estado do MT, mas sim a própria
saída da mercadoria do estabelecimento de contribuinte localizado em outra Unidade da Federação.
Antes de passarmos a algumas novidades trazidas na legislação você precisa saber o que é uma
antecipação tributária. Primeiramente é importantíssimo dizer que a antecipação não se confunde com a
substituição que estudamos em aulas anteriores.
Na substituição tributária temos um responsável, eleito pela lei, que não se confunde com a pessoa que
praticou o fato gerador. Há uma substituição no polo passivo da obrigação para a cadeia tributária.
Na antecipação tributária pura e simples o polo passivo continua sendo a mesma pessoa que pratica o fato
gerador, porém cobra-se o imposto antes da ocorrência do fato gerador. O próprio adquirente paga seu
imposto sem substituir qualquer outro contribuinte. Veja:
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Exemplo 123) A Loja DIBOB, localizada no MT, adquire 100 computadores para revenda de um atacadista
localizado em Jacupiranga-SP, tendo o preço de venda totalizado R$ 50.000. Posteriormente, a DIBOB
vende os 100 computadores por R$ 70.000 a um cliente localizado no próprio MT. Em uma operação
normal (sem antecipação) teríamos a seguinte contabilidade:
3) Na posterior venda pela DIBOB: Débito de R$ 12.600 (18% x 70.000 = R$ 12.600, supondo 18% a
alíquota interna para computadores).
4) Na data de apuração:
Exemplo 124) A Loja DIBOB, localizada no MT, adquire 100 computadores para revenda de um atacadista
localizado em Jacupiranga-SP, tendo o preço de venda totalizado R$ 50.000. Suponha que computadores
estejam sujeitos a antecipação tributária com uma Margem de Valor Agregado de 30%. O fato gerador até
agora ocorrido foi apenas um: a saída interestadual de SP para o MT. Posteriormente, quando a DIBOB for
efetuar a venda para seu cliente em Cuiabá, ocorrerá outro fato gerador. No caso de antecipação
tributária, a legislação antecipa o fato gerador que seria somente na saída por ocasião da venda para o
momento da entrada no Estado. Assim, a DIBOB fica obrigada a recolher o imposto da venda futura já na
entrada da mercadoria (os Estados que possuem postos fiscais fazem ali essa cobrança do chamado de
“ICMS-fronteira”). Mas como nesse caso iremos saber o valor de venda futura? O Decreto traz diversas
possibilidades. Uma delas é similar ao que vimos para a substituição tributária onde se prevê uma MVA
para tentar “adivinhar” a BC. Veja:
2) Na entrada no Estado:
Atenção: Nos casos de antecipação que mostrei, o responsável pelo recolhimento é a própria DIBOB! Não
há substituição!
Entenderam a antecipação? Então agora temos condições de ver alguns dispositivos trazidos pela nossa
legislação e não previstos na lei Kandir.
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Será a própria legislação que irá definir quais mercadorias ou até mesmo qual categoria de contribuintes
está sujeito a esses regimes (Exemplo: atacadistas do ramo moveleiro podem ser obrigados a se sujeitarem
à antecipação).
A antecipação tributária pode ser exigida inclusive quando uma mercadoria cruza a fronteira para um
destinatário incerto. Você concorda comigo que se um caminhão cruza a fronteira no MT para vender
mercadorias a quem ele ainda nem sabe quem é torna-se mais prudente que se faça a cobrança logo na
entrada no MT? Ora, se o destinatário não é conhecido a cobrança posteriormente não fica bem mais
difícil?
Art. 3º § 7º Nas hipóteses de que tratam o inciso III do caput e os §§ 2º, 3º e 6º do Art. 2º,
considera-se também ocorrido o fato gerador, no momento:
Discutimos bastante a incidência sobre a prestação onerosa do serviço de comunicação, não é? Falamos a
respeito da diferença entre o pensamento do STF a da nossa legislação, que afirma haver incidência
inclusive nos atos preparatórios para o serviço de comunicação propriamente dito, como por exemplo nos
valores cobrados a título de habilitação, os quais foram declarados inconstitucionais. Nesse sentido o inciso
I do § 7º acima transcrito traz o momento da ocorrência do fato gerador no próprio instante da prestação
de serviços adicionais. Em que pese o inciso I do § 2º do art. 1º ter tachado os serviços acessórios, o
momento do inciso I do § 7º se manteve como letra morta.
Adicionalmente, também teremos como momento o da recepção do sinal de som, imagem e dados,
conforme o inciso II.
Nos casos dos incisos IV e V temos o momento para a importação de serviços de comunicação.
Art. 3º § 7º Nas hipóteses de que tratam o inciso III do caput e os §§ 2º, 3º e 6º do Art. 2º,
considera-se também ocorrido o fato gerador, no momento:
A partir de 2009, alguns anos após o boom dos aparelhos celulares, a lei 9.226/09 introduziu no inciso III
um novo momento: o do fornecimento de créditos para utilização em celulares. O ICMS passa a ser devido
quando os créditos são ativados de maneira que possibilite o seu uso. Na prática: se colocou R$ 50 de
crédito no celular o ICMS passa ser devido não quando as ligações forem feitas, mas sim quando essas
ligações passarem a poder serem feitas.
Como sabemos a energia elétrica é considerada mercadoria para fins de tributação pelo ICMS. Temos
então dois momentos trazidos por nossa legislação.
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O primeiro deles ocorre em uma operação interna, ou seja, quando remetente e destinatário da energia
elétrica estão dentro do Estado do Mato Grosso. Nesses casos o momento será o da produção, extração,
geração, transmissão, transporte, distribuição, fornecimento ou qualquer outra forma de intervenção
onerosa que ocorra até a entrega ao usuário final.
O segundo trata de operações interestaduais “chegando” em Mato Grosso para consumo, hipótese em que
o momento será a entrada no Estado mato-grossense.
Exemplo 125) Contribuinte do Estado do Mato Grosso do Sul remete energia elétrica para o Estado do MT.
A saída do Estado do MS, como sabemos, goza de imunidade constitucional. Já a entrada no MT pode ser
dar sob duas formas:
1) para consumo, hipótese que ao cruzar a fronteira dos Estados ocorre o momento do fato gerador.
2) para industrialização ou comercialização, hipótese em que não teremos incidência ao cruzar o Estado.
Vimos que a operação de circulação de mercadorias, ainda que entre estabelecimento do mesmo titular é
fato gerador do ICMS, certo? O dispositivo acima vem reforçar que ainda que essa circulação se dê entre
estabelecimentos, do mesmo titular ou não, que se localizem em área contígua ou diversa, e mesmo que as
atividades sejam integradas ocorre o fato gerador do ICMS na saída do estabelecimento. Veja:
Exemplo 126) A fábrica de cachaça DABOA percebeu ser mais rentável verticalizar sua produção. Para isso,
ao invés de adquirir cana de açúcar de outros produtores, resolveu comprar uma fazenda para fazer sua
própria plantação. Ao enviar a cana de sua fazenda para a fábrica, incidirá ICMS normalmente, mesmo que
a fábrica se localize em área adjacente à fazenda.
II – o título jurídico pelo qual o bem, utilizado para a prestação do serviço, tenha estado
na posse do prestador;
III – a validade jurídica do ato praticado; (cf. inciso I do art. 118 do CTN)
IV – os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. (cf. inciso II do art. 118 do CTN)
Pessoal, se um ato abstrato descrito em lei como fato gerador do ICMS ocorrer no mundo real, não há que
se preocupar com outros pontos: teremos a ocorrência do FG. Desta forma, se houver a circulação de
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mercadoria, por exemplo, não precisamos nos preocupar com mais nada para afirmarmos que está
instaurada a relação jurídico-tributária entre o sujeito ativo (Estado) e o sujeito passivo (contribuinte ou
responsável). “Mas Da Rocha, e se o contribuinte não estiver inscrito no Cadastro de Contribuintes? E se a
circulação da mercadoria tiver sido feita com descumprimento da legislação? E se a circulação da
mercadoria não possuir validade jurídica?” Nada disso importa, teremos caracterizada a ocorrência do fato
gerador.
As partes do gado abatido em matadouros públicos ou particulares de terceiros são consideradas saídas do
estabelecimento que remeteu o gado para o abate e não do matadouro.
§ 1° Para efeito do disposto na alínea b do inciso I do caput deste artigo, não se considera
diverso outro estabelecimento de que seja titular o importador, o arrematante ou o
adquirente, desde que situado neste Estado.
A mercadoria importada ou arrematada que tiver como destino estabelecimento diverso do importador ou
do arrematante será considerada entrada e saída no estabelecimento do importador/arrematante.
Trazendo um pouco para prática, se A importa mercadoria e manda entregar diretamente em B,
consideramos que a mercadoria entrou simbolicamente em A e depois saiu para B.
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II – considera-se, ainda:
a) devolução de mercadoria, a operação que tenha por objeto anular todos os efeitos de
uma operação anterior;
d) em estado natural, o produto tal como se encontra na natureza, que não tenha sido
submetido a nenhum processo de industrialização referido na alínea c deste inciso, não
perdendo essa condição o que apenas tiver sido submetido a resfriamento,
congelamento, secagem natural, acondicionamento rudimentar ou que, para ser
comercializado, dependa necessariamente de beneficiamento ou acondicionamento;
Em relação à devolução e transferência, não vejo dificuldades em entender. Entretanto quando estivermos
falando sobre industrialização é importante tomarmos cuidado.
Perceba que no item 4 é trazido um reAcondicionamento (repare no "A", que coloquei em maiúsculo).
Trata-se de uma substituição da embalagem da mercadoria. Já o item 5 não possui o "A", sendo o
recondicionamento, ato de renovar ou restaurar um produto.
§ 3° A exclusão prevista no inciso III do caput deste artigo alcança, ainda, o transporte
realizado em veículo operado em regime de locação, inclusive arrendamento mercantil,
ou outra forma similar. (v. parágrafo único do art. 10 do Convênio SINIEF 6/89, alterado
pelo Ajuste SINIEF 14/89)
O ICMS incide sobre a prestação de serviço de transporte e não sobre o “transporte”. Se você pegar um
controle de televisão e levar para a casa de um amigo, estará transportando o controle, mas não estará
prestando um serviço de transporte, pois ninguém, presta serviço a si mesmo.
Desta forma, o transporte efetuado em veículo próprio não é hipótese de incidência do ICMS,
considerando-se como próprio o veículo alugado ou arrendado.
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h) aquele, no território mato-grossense, onde o ouro tenha sido extraído, quando não
considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial;
§ 2º Para os efeitos da alínea h do inciso I, o ouro, quando definido como ativo financeiro
ou instrumento cambial, deve ter sua origem identificada.
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§ 4º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para depósito fechado
do próprio contribuinte, neste Estado, a posterior saída considerar-se-á ocorrida no
estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao estabelecimento remetente.
Exceto o § 6º, todos os dispositivos já foram vistos no estudo da lei Kandir: apenas relembre-os.
O § 6º tentar “puxar sardinha” para o MT ao passo que afirma que, em se tratando de serviços medidos, se
o prestador do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem não estiver no Estado do MT o local
passar a ser o da recepção do sinal no MT.
§ 7º Ainda nas hipóteses do inciso III do caput, será observado o que segue:
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O art. 7º traz outras definições de local como o domicílio do tomador quando da prestação do serviço de
provimento de acesso à internet. Quando um serviço de comunicação de dados tiver como tomador mais
de um Estado será repartido de maneira proporcional ao número de estabelecimentos ou domicílios.
Assim, se o serviço tiver como destinatário 5 estabelecimentos no MT, 3 em SP e 2 no MS, 50% do imposto
da operação irá para o MT (5 estabelecimentos tomadores de um total de 10), valendo o mesmo para o
serviço de comunicação visual.
Também será considerado local da operação o do prestador dentro do MT quando o terminal estiver
instalado (telefone fixo) ou habilitado (celular) nesse Estado.
Além disso temos como local o do estabelecimento beneficiário de um uma prestação de serviço de
comunicação para o exterior que tenha resultado no país.
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Como sabemos, quando o destinatário em operação ou prestação interestadual for consumidor final não
contribuinte, a responsabilidade pelo DIFAL será do remetente e por isso o local da operação eleito é onde
tenha início a prestação do serviço em outro Estado ou, em se tratando de mercadoria, o do
estabelecimento remetente da mesma localizado lá no outro Estado.
Já nos casos em que o destinatário é contribuinte ele mesmo será o responsável pelo recolhimento do
DIFAL e por isso a eleição de seu estabelecimento para o local da operação.
Destinatário não
contribuinte do Remetente
Responsável pelo ICMS
recolhimento do
DIFAL Destinatário
contribuinte do Destinatário
ICMS
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Se o contribuinte emitir um documento fiscal de mercadoria destinada ao exterior ou a outro Estado, deve
demonstrar que efetivamente a mercadoria saiu do Estado e, nos casos em que isso não for feito,
presume-se que a mercadoria foi internalizada, ou seja, comercializada dentro do território do Mato
Grosso.
Dispositivo simples, que reafirma o local da operação na prestação de serviços de transporte como sendo
onde iniciar a prestação.
Art. 23. § 3º Para efeito desta lei, estabelecimento é o local, privado ou público,
edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas
atividades em caráter temporário ou permanente, bem como onde se encontrem
armazenadas mercadorias, observado, ainda, o seguinte:
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Art. 23. § 7º Ainda nas hipóteses do inciso III do caput, será observado o que segue:
Por fim, não importa se o prestador de serviço de comunicação tem rede própria para prestar os serviços
ou é a rede pertence a terceiros (alugada por exemplo): o local, quando a legislação assim afirmar, será o
da prestação do serviço.
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QUESTÕES COMENTADAS
Comentários:
02. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) Indique, nas opções a seguir, aquela que, de acordo com a
legislação mato-grossense, relativas ao Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e sobre a
prestação de serviços de sua competência (ICMS), não configura o momento em que se
considera ocorrido o fato gerador.
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e) Transmissão da propriedade de título que represente a mercadoria, quando esta não tiver
transitado pelo estabelecimento do transmitente.
Comentários:
(a), (b), (d) e (e) Corretos. São transcrições de incisos explicados durante a aula. Veja:
Gabarito: Letra C.
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a) o imposto não incide na venda do bem arrendado ao arrendatário, efetuada pela empresa de
arrendamento mercantil.
Comentários:
(a) Falso. Já achamos nossa resposta. Vimos durante a aula que o ICMS realmente não incide em
operações de arrendamento mercantil (leasing) porém incide na venda do bem ao arrendatário.
(b) Correto.
(c) Correto.
(d) Correto. A isenção em nada se relaciona com o cumprimento de obrigações acessórias. Não é
porque uma operação é isenta que ela não precisa ser escriturada, por exemplo.
(e) Correto.
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Gabarito: Letra A.
III – Doação de 30 bolas para a Igreja Matriz para utilização em um projeto de futevôlei com
crianças carentes.
a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) III, apenas.
d) I, apenas.
e) II, apenas.
Comentários:
(I) Não incidência. Não incide ICMS na saída para AG dentro do Estado.
(II) Incidência. Ocorreu uma operação interestadual de venda de bolas para um consumidor final,
que é tributada normalmente. Relembre-se ainda que nesse caso ocorrerá o diferencial de
alíquota.
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(III) Incidência. A doação é tributada normalmente por ser uma circulação de mercadoria. Não
importa se é para uma igreja ou para uma loja revendedora. Entretanto, a legislação pode
conceder isenções assim como faz com qualquer outro tipo de circulação (desde que autorizado
pelo CONFAZ).
Gabarito: Letra B.
III – Emprestou 3.000 bolas para uma outra fábrica que havia perdido toda sua produção por
conta de um incêndio.
IV – Adquiriu em leilão 10.000 Kg de couro sintético importado e apreendido para utilizar como
insumo na fabricação.
b) I, II e III, apenas.
c) III, apenas.
d) IV, apenas.
Comentários:
(I) Incidência. É irrelevante a operação ser realizada entre estabelecimentos do mesmo titular e,
por isso, há incidência nessa circulação de mercadoria.
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(II) Imunidade (não incidência constitucionalmente qualificada). Com o advento da EC 42/03 toda
exportação se tornou imune.
(III) Incidência. O empréstimo é tributado normalmente por ser uma circulação de mercadoria sem
previsão de não incidência.
(IV) Incidência. Ao adquirir mercadoria importada e apreendida ocorre o fato gerador, sendo o
adquirente o contribuinte.
Gabarito: Letra A.
a) I e II, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) I, apenas.
e) V, apenas.
Comentários:
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(I) Local é o estabelecimento da fábrica em Cuiabá. Repare que, como a mercadoria está saindo
para o MS, ocorrerá incidência do ICMS. Caso fosse uma saída para um depósito fechado localizado
dentro do Estado, não haveria incidência do ICMS.
§ 4º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para depósito fechado
do próprio contribuinte, neste Estado, a posterior saída considerar-se-á ocorrida no
estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao estabelecimento remetente.
Veja que se a mercadoria que foi para o depósito dentro do MT der saída pra qualquer outro lugar
que não seja a volta para o próprio contribuinte, o local do fato gerador considerado será o do
próprio contribuinte (o estabelecimento da fábrica, no nosso exemplo).
(III) Local é o depósito pois está localizado em outro Estado e, mesmo que estivesse no mesmo
Estado, a mercadoria está retornando para o remetente.
(IV) Local é a própria fábrica pois o depósito está localizado em MT e a mercadoria está saindo
para destinatário diverso do remetente (não é retorno).
(V) Local é o depósito pois além de estar localizado em outro Estado, não se trata de um retorno.
Gabarito: Letra C.
07. (Inédita) O restaurante PODRONIS, localizado em Mato Grosso, praticou diversas operações
em um determinado mês. Assinale a alternativa que não caracteriza incidência do ICMS:
b) Fornecimento de whisky, cujo imposto havia sido recolhido por Substituição Tributária, ao Sr.
Dimulé.
d) Fornecimento de cerveja, cujo imposto não havia sido recolhido por Substituição Tributária,
para o Sr. Dimulé.
Comentários:
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Gabarito: Letra E.
e) Transporte de 10 milhões de reais de Rio Branco-AC a Cuiabá-MT, tendo parado para descansar
por 2 dias em Brasília.
Comentários:
Antes de iniciar a resolução da questão propriamente dita, precisamos saber que existe hoje uma
grande discussão a respeito do transporte internacional. Nossa Constituição estabeleceu como fato
gerador o serviço de transporte interestadual e intermunicipal.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
Existem correntes que tratam o serviço de transporte iniciado fora do país e aqui terminado como
uma importação de serviço que estaria sujeita a expressão “prestações (que) se iniciem no
exterior”. Esses entendem que o serviço de transporte iniciado no exterior deve ser tributado.
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Outra corrente entende que se a CF quisesse tributar tal serviço o teria feito de maneira expressa e
que a expressão “prestações (que) se iniciem no exterior” se refere apenas às prestações de
serviço de comunicação.
Tal discussão não será abordada na sua prova. “Pô, professor, por que então falar disso?”. Para
que você não ache estranho o que toda legislação afirma:
Alguns alunos fazem o seguinte questionamento: “Mas o serviço de transporte tributado não é só
o interestadual e o intermunicipal?”. Sim, dependendo da pergunta do examinador.
Não pretendo em hipótese alguma entrar nessa discussão. Para sua prova você deve considerar
que:
1) se o examinador lhe perguntar de maneira direta se incide ICMS sobre transporte internacional
a resposta deve ser não.
2) se o examinador lhe perguntar se incide ICMS no ato final de transporte iniciado no exterior a
resposta deve ser sim.
Voltemos à questão:
(a) Correto. Não importa onde é domiciliada a transportadora (Pernambuco no caso). O que
importa, para transporte iniciado no exterior, é o local onde o serviço terminou, que no caso é
Cáceres-MT.
(b) Não incidência. Não há que se falar em ICMS em um serviço de “exportação” de transporte.
(c) Não Incidência. Não incide ICMS sobre transportes dentro de Cuiabá (intramunicipal).
(d) Incidência, porém o ICMS deve ser recolhido para Pernambuco uma vez que a entrada do
diesel se deu naquele Estado.
(e) Incidência, porém o ICMS é devido ao Acre, Estado onde se iniciou a prestação do serviço.
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Gabarito: Letra A.
09. (Inédita) A empresa alagoana TELTEL presta serviços de comunicação via satélite e cobra por
tempo de utilização. A cada minuto utilizado é cobrado R$ 1. Em determinado mês prestou
serviços para 3 usuários, localizados em Cuiabá-MT, Recife-PE e Corumbá-MS, cujas faturas
foram de R$ 100.000, R$ 200.000 e R$ 300.000, respectivamente. Supondo-se a alíquota interna
de Alagoas de 35% e a alíquota de 25% para os demais Estados, assinale a alternativa que
correta.
Comentários:
O mais importante da questão é identificar que o serviço é prestado via satélite e é medido (não se
trata de um serviço não medido uma vez que se cobra por minuto). Identificadas essas
características vejamos o que diz nossa lei.
O local da operação, quando prestado nas características citadas acima, é o domicílio do tomador
e, portanto, sujeita-se a alíquota interna do próprio tomador.
Na questão em tela os tomadores estão localizados em MT, PE e MS. De posse dessa informação
podemos eliminar as alternativas (a), (b) e (d) pois não cabe ICMS a MT.
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Como as alíquotas internas hipotéticas desses Estados são de 25%, vamos aos cálculos.
Gabarito: Letra C.
Comentários:
Todas as opções trazem hipóteses de incidência na legislação, exceto a letra (e) que traz uma não
incidência expressamente prevista.
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Gabarito: Letra E.
Comentários:
(a) Falso. Examinador trocou a palavra “COM” por “SEM”. Para ter incidência do ICMS sobre as
mercadorias fornecidas juntamente com serviços previstos na LC 116/03 deve haver indicação
expressa.
(b) Falso. Examinador trocou novamente as palavras. O correto seria do ato final do transporte
iniciado no exterior.
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(d) Correto.
(e) Falso. O momento do fato gerador não é a entrada na repartição aduaneira, mas sim o
desembaraço.
Gabarito: Letra D.
I. não incide sobre operações com livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão.
III. não incide sobre operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de
propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie.
a) I.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
e) III.
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Comentários:
(II) Falso. Não podemos generalizar pois o ouro só terá não incidência quando for ativo financeiro
ou instrumento cambial; quando for mercadoria sofrerá a incidência normalmente.
IV – operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento
cambial;
Gabarito: Letra B.
c) a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do imposto, exceto a destinada ao ativo fixo do estabelecimento
importador.
Comentários:
(a) e (b) Falsos. Já estamos cansados de saber que o ICMS não incide sobre transporte
intramunicipal.
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(c) Falso. Também já debatemos esse item diversas vezes. Importou mercadoria? Se lascou, não
importa que seja para o ativo fixo.
(d) Falso. Não incide o ICMS na entrada dessas mercadorias se forem destinadas à comercialização
ou industrialização.
(e) Correto.
Gabarito: Letra E.
II. Empresa pesqueira de Cáceres-MT, após efetuar pesca em alto mar, desembarca pescados em
Natal-RN.
III. Michael Sullivan, pessoa física, domiciliado em Cuiabá, importa um piano da Alemanha e
promove o desembaraço no porto de Aratu − Bahia.
IV. A Fábrica de Instrumentos Musicais Nando Cordel, de Sinop-MT, emite nota fiscal referente à
transmissão da propriedade de um lote de atabaques que mantinha depositado em armazém-
geral de São Paulo − SP.
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a) III e V.
b) I, III e IV.
c) I, II, IV e V.
e) V.
Comentários:
(I) Como a licitação foi realizada na BA, o ICMS é devido àquele Estado.
(III) Preste atenção! O Momento é o desembaraço na Bahia, mas o local da operação é o domicílio
do adquirente, ou seja, Mato Grosso.
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(IV) Por se localizar em outro Estado, o local da operação é o do armazém geral em SP. Se o
armazém estivesse localizado no Mato Grosso o local seria o estabelecimento da fábrica.
Art. 23. § 4º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para depósito
fechado do próprio contribuinte, neste Estado, a posterior saída considerar-se-á
ocorrida no estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao estabelecimento
remetente.
(V) Toda vez que uma mercadoria for encontrada em situação irregular pela falta de
documentação fiscal ou quando com documento fiscal inidôneo o local da operação será onde ela
se encontrar. Por isso o ICMS é devido ao Mato Grosso.
Gabarito: Letra A.
b) Entrada de bem ou mercadoria importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade.
c) Prestação de serviços, recebidos por contribuintes do imposto, cuja prestação se tenha iniciado
em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente.
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Comentários:
A única alternativa que não traz uma incidência é a letra (D), hipótese expressa de não incidência
na lei mato-grossense.
Gabarito: Letra D.
a) o desembaraço aduaneiro.
Comentários:
Gabarito: Letra A.
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a) local em que tenha sido efetuada a operação de circulação de mercadorias pode ser
considerado estabelecimento, desde que este local não seja público, mas seja edificado.
b) local poderá ser considerado estabelecimento, desde que nele não se exerçam atividades em
caráter apenas temporário.
c) veículo será considerado estabelecimento, quando utilizado na captura de pescado, ainda que
em vias fluviais.
Comentários:
Gabarito: Letra C.
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18. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Conforme a Lei mato-grossense, para fins de tributação pelo ICMS,
estabelecimento
c) é o local ou ambiente seguro, em que pessoas realizam negócios, que pode estar hospedado em
um servidor local, nas nuvens ou em outro país.
e) é um local, que pode ser público ou privado, edificado ou não, onde pessoas, físicas ou jurídicas,
exerçam suas atividades, ou onde se encontrem mercadorias.
Comentários:
Gabarito: Letra E.
a) operação com mercadoria destinada a depósito fechado, do próprio contribuinte, localizado no Estado
do Mato Grosso, bem assim a operação de retorno, ao estabelecimento depositante.
c) operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor
em decorrência do inadimplemento do devedor.
e) Operação com bens móveis salvados de sinistro em venda por empresa seguradora.
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Comentários:
Já a letra (e) é uma pegadinha maldosa e é o nosso gabarito.... Repare que o ICMS, segundo a letra da lei,
não incide na saída de bens salvados de sinistro “PARA” as seguradoras e não “DAS” seguradoras.
Gabarito: Letra E.
c) Há incidência do ISS.
Comentários:
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Gabarito: Letra A.
É possível a cobrança de ICMS sobre as importações de bens realizadas por pessoas físicas e pessoas
jurídicas não contribuintes habituais do referido imposto, estando a tributação condicionada à edição de
lei complementar estabelecendo normas gerais e de leis estaduais, reveladoras do exercício da
competência tributária.
Comentários:
Perfeito! Importou se lascou. O ICMS tem suas regras gerais descritas na lei complementar 87/96 (Lei
Kandir). A competência tributária para instituir o ICMS é concedida através da CF/88 e revela-se quando o
Estado institui o imposto através de edição de lei estadual. Lembre-se: a CF/88 atribui competência, mas
não institui o ICMS dentro do Estado.
Gabarito: Verdadeiro.
O ICMS incide sobre o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao ISS, de
competência dos municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência
do imposto estadual.
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Comentários:
Afirmação correta. Quando a LC 116/03 assim permitir haverá tributação do ICMS sobre o valor da
mercadoria, tributando-se o valor do serviço pelo ISS.
Gabarito: Verdadeiro.
23. (CLDF/CESPE/2018) Relativamente à mercadoria importada do exterior, por via marítima, com
destino a importador domiciliado no Distrito Federal, e regularmente desembaraçada em repartição
aduaneira localizada em Estado litorâneo, a Lei Complementar federal nº 87/96 estabelece que se
considera
b) ocorrido o fato gerador do imposto incidente na operação de importação, no momento de sua aquisição
em licitação pública, sempre que, posteriormente ao desembaraço aduaneiro regular, ela for apreendida
por transporte desacompanhado de documentação fiscal, em seu transporte rumo ao Distrito Federal.
c) como local da operação, para os efeitos da cobrança do imposto incidente na operação de importação e
definição do estabelecimento responsável, aquele em que se localiza a repartição aduaneira em que se
efetuou o desembaraço aduaneiro.
e) como local da operação, para os efeitos da cobrança do imposto incidente na operação de importação e
definição do estabelecimento responsável, aquele do domicílio do adquirente, quando não estabelecido.
Comentários:
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(a) e (d) Falsos. O momento da ocorrência do FG não é o da entrada no DF e nem a saída do Estado
litorâneo, mas sim o do desembaraço aduaneiro.
(b) Falso. Como houve o desembaraço aduaneiro este será o momento, a não ser que a mercadoria seja
entregue ao destinatário antes desse momento, hipótese em que o momento da ocorrência do FG será
adiantado para o da entrega. Se a mercadoria posteriormente licitada teremos um novo fato gerador
arrematação em leilão público) mas esse FG não será o FG da importação.
Gabarito: Letra E.
24. (CLDF/CESPE/2018) De acordo com a Constituição Federal, com a Lei Complementar nº 87/1996 e
com a Lei Complementar nº 116/2003, a prestação, não onerosa, de serviços de comunicação
Comentários:
Apenas a prestação onerosa do serviço de comunicação, seja ele municipal ou interestadual, figura como
hipótese de incidência do ICMS.
Aos municípios não foi concedida a competência tributária para a instituição de imposto sobre a prestação
de serviço de comunicação, seja ele oneroso ou gratuito. Desta forma, a prestação gratuita desse tipo de
serviço não encontra abrigo nem na competência estadual e tampouco na competência municipal.
Gabarito: Letra B.
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a) O ICMS não incide sobre a energia elétrica, pois ela não é considerada uma mercadoria.
c) Um barco de pesca de Porto Belo (SC) capturou um cardume de sardinhas em águas do Estado de São
Paulo. Ao retornar, o barco desembarcou os peixes no porto de Rio Grande (RS). Nesse caso, o ICMS
relativo aos pescados é devido ao Estado de São Paulo.
d) É contribuinte de ICMS a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial,
importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade.
e) O montante do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) integra a base de cálculo do ICMS na venda
de indústria de Pernambuco (contribuinte de ICMS) para estabelecimento comercial em Santa Catarina
(contribuinte de ICMS) de mercadoria destinada à comercialização.
Comentários:
(c) Falso. Não importa onde o peixe foi pescado, o local da operação é o do desembarque dos peixes que
no caso é o RS.
(e) Falso. Trata-se de uma: (i) operação entre contribuintes, (ii) para comercialização e (iii) em que há fato
gerador do ICMS e do IPI. Como os 3 requisitos estudados na lei Kandir foram cumpridos o IPI não integrará
a BC do ICMS.
Gabarito: Letra D.
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LISTA DE QUESTÕES
01. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) Julgue o seguinte item:
02. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) Indique, nas opções a seguir, aquela que, de acordo com a
legislação mato-grossense, relativas ao Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e sobre a
prestação de serviços de sua competência (ICMS), não configura o momento em que se
considera ocorrido o fato gerador.
e) Transmissão da propriedade de título que represente a mercadoria, quando esta não tiver
transitado pelo estabelecimento do transmitente.
a) o imposto não incide na venda do bem arrendado ao arrendatário, efetuada pela empresa de
arrendamento mercantil.
III – Doação de 30 bolas para a Igreja Matriz para utilização em um projeto de futevôlei com
crianças carentes.
a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) III, apenas.
d) I, apenas.
e) II, apenas.
III – Emprestou 3.000 bolas para uma outra fábrica que havia perdido toda sua produção por
conta de um incêndio.
IV – Adquiriu em leilão 10.000 Kg de couro sintético importado e apreendido para utilizar como
insumo na fabricação.
b) I, II e III, apenas.
c) III, apenas.
d) IV, apenas.
a) I e II, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) I, apenas.
e) V, apenas.
07. (Inédita) O restaurante PODRONIS, localizado em Mato Grosso, praticou diversas operações
em um determinado mês. Assinale a alternativa que não caracteriza incidência do ICMS:
b) Fornecimento de whisky, cujo imposto havia sido recolhido por Substituição Tributária, ao Sr.
Dimulé.
d) Fornecimento de cerveja, cujo imposto não havia sido recolhido por Substituição Tributária,
para o Sr. Dimulé.
e) Transporte de 10 milhões de reais de Rio Branco-AC a Cuiabá-MT, tendo parado para descansar
por 2 dias em Brasília.
09. (Inédita) A empresa alagoana TELTEL presta serviços de comunicação via satélite e cobra por
tempo de utilização. A cada minuto utilizado é cobrado R$ 1. Em determinado mês prestou
serviços para 3 usuários, localizados em Cuiabá-MT, Recife-PE e Corumbá-MS, cujas faturas
foram de R$ 100.000, R$ 200.000 e R$ 300.000, respectivamente. Supondo-se a alíquota interna
de Alagoas de 35% e a alíquota de 25% para os demais Estados, assinale a alternativa que
correta.
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I. não incide sobre operações com livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão.
III. não incide sobre operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de
propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie.
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a) I.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
e) III.
c) a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do imposto, exceto a destinada ao ativo fixo do estabelecimento
importador.
II. Empresa pesqueira de Cáceres-MT, após efetuar pesca em alto mar, desembarca pescados em
Natal-RN.
III. Michael Sullivan, pessoa física, domiciliado em Cuiabá, importa um piano da Alemanha e
promove o desembaraço no porto de Aratu − Bahia.
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IV. A Fábrica de Instrumentos Musicais Nando Cordel, de Sinop-MT, emite nota fiscal referente à
transmissão da propriedade de um lote de atabaques que mantinha depositado em armazém-
geral de São Paulo − SP.
a) III e V.
b) I, III e IV.
c) I, II, IV e V.
e) V.
b) Entrada de bem ou mercadoria importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade.
c) Prestação de serviços, recebidos por contribuintes do imposto, cuja prestação se tenha iniciado
em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente.
a) o desembaraço aduaneiro.
a) local em que tenha sido efetuada a operação de circulação de mercadorias pode ser
considerado estabelecimento, desde que este local não seja público, mas seja edificado.
b) local poderá ser considerado estabelecimento, desde que nele não se exerçam atividades em
caráter apenas temporário.
c) veículo será considerado estabelecimento, quando utilizado na captura de pescado, ainda que
em vias fluviais.
18. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Conforme a Lei mato-grossense, para fins de tributação pelo ICMS,
estabelecimento
c) é o local ou ambiente seguro, em que pessoas realizam negócios, que pode estar hospedado em
um servidor local, nas nuvens ou em outro país.
e) é um local, que pode ser público ou privado, edificado ou não, onde pessoas, físicas ou jurídicas,
exerçam suas atividades, ou onde se encontrem mercadorias.
a) operação com mercadoria destinada a depósito fechado, do próprio contribuinte, localizado no Estado
do Mato Grosso, bem assim a operação de retorno, ao estabelecimento depositante.
c) operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor
em decorrência do inadimplemento do devedor.
e) Operação com bens móveis salvados de sinistro em venda por empresa seguradora.
c) Há incidência do ISS.
É possível a cobrança de ICMS sobre as importações de bens realizadas por pessoas físicas e pessoas
jurídicas não contribuintes habituais do referido imposto, estando a tributação condicionada à edição de
lei complementar estabelecendo normas gerais e de leis estaduais, reveladoras do exercício da
competência tributária.
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O ICMS incide sobre o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao ISS, de
competência dos municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência
do imposto estadual.
23. (CLDF/CESPE/2018) Relativamente à mercadoria importada do exterior, por via marítima, com
destino a importador domiciliado no Distrito Federal, e regularmente desembaraçada em repartição
aduaneira localizada em Estado litorâneo, a Lei Complementar federal nº 87/96 estabelece que se
considera
b) ocorrido o fato gerador do imposto incidente na operação de importação, no momento de sua aquisição
em licitação pública, sempre que, posteriormente ao desembaraço aduaneiro regular, ela for apreendida
por transporte desacompanhado de documentação fiscal, em seu transporte rumo ao Distrito Federal.
c) como local da operação, para os efeitos da cobrança do imposto incidente na operação de importação e
definição do estabelecimento responsável, aquele em que se localiza a repartição aduaneira em que se
efetuou o desembaraço aduaneiro.
e) como local da operação, para os efeitos da cobrança do imposto incidente na operação de importação e
definição do estabelecimento responsável, aquele do domicílio do adquirente, quando não estabelecido.
24. (CLDF/CESPE/2018) De acordo com a Constituição Federal, com a Lei Complementar nº 87/1996 e
com a Lei Complementar nº 116/2003, a prestação, não onerosa, de serviços de comunicação
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a) O ICMS não incide sobre a energia elétrica, pois ela não é considerada uma mercadoria.
c) Um barco de pesca de Porto Belo (SC) capturou um cardume de sardinhas em águas do Estado de São
Paulo. Ao retornar, o barco desembarcou os peixes no porto de Rio Grande (RS). Nesse caso, o ICMS
relativo aos pescados é devido ao Estado de São Paulo.
d) É contribuinte de ICMS a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial,
importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade.
e) O montante do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) integra a base de cálculo do ICMS na venda
de indústria de Pernambuco (contribuinte de ICMS) para estabelecimento comercial em Santa Catarina
(contribuinte de ICMS) de mercadoria destinada à comercialização.
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GABARITO
1. F 11. D 21. V
2. C 12. B 22. V
3. A 13. E 23. E
4. B 14. A 24. B
5. A 15. D 25. D
6. C 16. A
7. E 17. C
8. A 18. E
9. C 19. E
10. E 20. A
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