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Aula 05

SEFAZ-MT (Fiscal de Tributos Estaduais)


Legislação Tributária Estadual - parte II -
2023 (Pós-Edital)

Autor:
Eduardo Da Rocha

15 de Março de 2023

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Eduardo Da Rocha
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Sumário

1. Incidência .................................................................................................................................................... 3

2. Não Incidência .......................................................................................................................................... 11

3. Benefícios Fiscais ....................................................................................................................................... 20

4. Suspensão ................................................................................................................................................. 29

5. Momento ................................................................................................................................................... 32

6. Local da Operação e da Prestação ......................................................................................................... 45

Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 51

Lista de Questões .............................................................................................................................................. 76

Gabarito ........................................................................................................................................................... 87

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Eduardo Da Rocha
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INTRODUÇÃO
Fala, pessoal! Como é bom estar com vocês novamente! Hoje finalmente entraremos na parte específica da
legislação do Mato Grosso.

O edital contemplou tanto a lei 7.098/98, que trata do ICMS no Estado do MT, como o RICMS-MT (Decreto
2.212/14). Entretanto, muito dispositivos da lei se repetem no RICMS-MT e, por isso, não se faz necessário
o estudo em duplicidade. Diante disso, focarei na lei 7.098/98 com suas alterações introduzidas até a lei
11.992/22, mas sempre que necessário trarei dispositivos do RICMS-MT.

Sempre que você vir um dispositivo sem referências, se tratará da lei. Quando quiser trazer dispositivo do
Decreto, trarei a expressão "RICMS-MT" antes do texto, ok? Veja:

RICMS-MT. Art. 2° O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e


sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação – ICMS incide sobre: (cf. caput do art. 2° da Lei n° 7.098/98)

Acima, temos o art. 2º do RICMS-MT, por conta da expressão que antecede o texto normativo. Agora
compare:

Art. 1º O imposto incide sobre:

I – operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive fornecimento de


alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;

Acima não temos menção ao RICMS-MT e por isso estamos nos referindo à lei 7.098/98.

Ressalto a importância de possuirmos muito bem sedimentados os conceitos das aulas anteriores.
Compreender a lei Kandir e as disposições constitucionais é de extrema importância para o
prosseguimento do curso. Você verá que nessa aula diversos dispositivos são simples cópias da lei Kandir.
Peguei pesado na aula anterior justamente para ficarmos mais confortáveis nesse momento. Nesses casos
em que o regulamento se limitar a copiar a lei Kandir, me resumirei a listar os dispositivos para que você
revise o assunto já estudado. Isso tem por fundamento não fazer um curso com explicações repetitivas.
Caso possua dúvidas volte nas aulas anteriores e faça perguntas no fórum!

“Simbora!”

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1. Incidência

Art. 1º O imposto incide sobre:

I – operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive fornecimento de


alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;

II – prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer


via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores;

III – prestações onerosas de serviços de comunicação por qualquer meio, inclusive a


geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação
de comunicação de qualquer natureza;

IV – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na


competência tributária dos Municípios;

V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre


serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável
expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual.

§ 4º Na hipótese do inciso I do caput, no que pertine à energia elétrica, o imposto incide


inclusive sobre a produção, extração, geração, transmissão, transporte, distribuição,
fornecimento ou qualquer outra forma de intervenção onerosa, ocorrida até a sua
destinação ao consumo final.

§ 1º O imposto incide também:

I – sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou


jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua
finalidade;

II - sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

III - sobre a entrada, no território do Estado, de petróleo, inclusive lubrificantes e


combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não
destinados à comercialização ou à industrialização e decorrente de operações
interestaduais;

§ 5º A caracterização do fato gerador independe da natureza jurídica da operação ou


prestação que o constitua.

Reparem que todos os dispositivos elencados já foram por nós estudados. Como afirmado, não se pretende
repetir toda a explanação do conteúdo. Focarei naquilo que for novidade, ok?

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RICMS-MT. Art. 2° O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e


sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação – ICMS incide sobre: (cf. caput do art. 2° da Lei n° 7.098/98)

V – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre


serviços, de competência dos Municípios, com indicação expressa de incidência do
ICMS, como definido na lista anexa à Lei Complementar (federal) n° 116, de 31 de julho
de 2003, e alterações, a saber:

a) fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador do serviço, fora do local da


prestação do serviço, nos casos de:

1) execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção


civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem,
perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação,
concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos;

2) reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres;

b) fornecimento de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, revestimentos de parede,


vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres e demais materiais, pelo prestador de
serviço, na respectiva colocação ou instalação;

c) fornecimento de alimentação em hotéis, apart-service condominiais, flat, apart-hotéis,


hotéis residência, residence-service, suite service, hotelaria marítima, motéis, pensões e
congêneres, bem como em ocupação por temporada, desde que o respectivo valor não
esteja incluído no preço da diária ou mensalidade;

d) fornecimento de peças e partes empregadas pelo prestador de serviço, nos casos de


lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração,
blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos,
motores, elevadores ou de qualquer objeto;

e) fornecimento de peças e partes no recondicionamento de motores;

f) fornecimento de alimentos e bebidas, nos serviços de organização de festas e


recepções, bem como de bufê;

g) fornecimento de material, pelo prestador de serviço, na instalação e montagem de


aparelhos, máquinas e equipamentos, inclusive na montagem industrial prestada ao
usuário final;

h) fornecimento de material, exceto aviamento, pelo prestador de serviço de alfaiataria


ou de costura, ainda que a prestação de serviço se faça diretamente ao usuário final;

i) fornecimento de material, pelo prestador de serviço, nos serviços de ourivesaria e


lapidação;

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j) fornecimento de material, pelo prestador de serviço, nos casos de paisagismo,


jardinagem e decoração.

Conforme já havíamos estudado, se o serviço estiver expresso na LC 116/03 sem ressalvas, haverá
incidência do ISS sobre mercadoria e serviços. Já se o serviço estiver previsto na LC 116/03 com ressalvas,
incidirá ISS sobre o serviço e ICMS sobre a mercadoria.

O Regulamento foi além da lei, trazendo os casos de "M+S" previstos na LC 116/03 em que se permite a
cobrança do ICMS sobre a mercadoria, todos elencados no art. 2º, V, do RICMS-MT acima trazido.

Desta forma, a título de exemplo, caso haja fornecimento de peças e partes no recondicionamento de
motores, incidirá ICMS sobre as peças e ISS sobre o serviço (art. 2º, V, e).

Obs: a LC 116/03 não faz ressalva que permita a cobrança sobre mercadorias no serviço de paisagismo,
decoração e jardinagem, porém a legislação mato-grossense assim o fez (art. 2º, V, j).

Art. 1º § 2º Para fins do disposto no inciso III do caput consideram-se, também, como
prestações onerosas de serviços de comunicação:

I – serviços de provimento de acesso à Internet, de transmissão de dados e de


informações, adesão, acesso, disponibilização, ativação, habilitação, assinatura,
facilidades, bem como os demais serviços de valor adicionado, ou quaisquer outros que
aperfeiçoem ou acrescentem novas utilidades ao serviço de comunicação, ou que sejam
exigidos como condição à sua prestação, ainda que preparatórios, independentemente
da tecnologia utilizada ou da denominação que lhes seja dada; (Declarada a
inconstitucionalidade das expressões tachadas, pelo STF, na ADI 1.945, cuja ata de
julgamento foi publicada no DOU de 02.03.21, Seção 1, p. 1, quanto aos efeitos, vide
modulação)

II – serviços prestados em regime de concorrência econômica por empresas públicas e


sociedades de economia mista, bem como o serviço de telegramas, telefax e outros
serviços, ainda que prestados pelos correios, suas agências franqueadas e congêneres;

III – serviços relativos à ligação telefônica internacional, quando o tomador estiver no


território nacional;

IV – serviços de comunicação visual ou sonora;

V – serviços a destinatário no exterior, desde que o resultado ocorra no território


nacional;

VI – serviços de disponibilização a outros prestadores de serviço de comunicação ou a


usuário final, de redes, de infraestrutura de meios de comunicação e de equipamentos
inerentes ao serviço;

VII – serviços de rastreamento ou localização de bens ou pessoas.

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§ 3º Sobre a parcela da prestação onerosa de serviços de comunicação, de que tratam o


inciso III do caput e o parágrafo anterior, o imposto incide ainda que o serviço tenha se
iniciado no exterior ou fora do território do Estado.

§ 6º Para fins do disposto no inciso V do § 2º, será observado o que segue:

I – incluem-se na hipótese do inciso II, do § 1º também as prestações de serviços de


comunicação realizadas no exterior;

II – considera-se verificado no país o resultado do serviço de comunicação, quando ao


menos uma das pessoas alcançadas pelo serviço de comunicação esteja domiciliada ou
estabelecida no território nacional, salvo na hipótese em que o destinatário e o prestador
estejam localizados no exterior.

A lei do Mato Grosso se dispôs a elencar aquilo que entende como prestação de serviço de comunicação,
por muitas vezes excedendo a sua competência tributária ao classificar algumas situações não tributadas
como tributadas.

Um belo exemplo é o inciso I do § 2º acima transcrito, que tem origem no convênio CONFAZ 69/98,
alterado pelos convênios 90/2013 e 121/17, o qual inclui meros serviços preparatórios para a prestação de
serviço de comunicação no campo de incidência do imposto.

O STJ e o STF já tinham se manifestado sobre a não incidência do ICMS sobre a habilitação de aparelhos
para o uso do serviço de telefonia móvel (celular) no Recurso Extraordinário 572.020. Com a ADI 1.945, a
habilitação e demais serviços preparatórios foram retirados da lei mato-grossense.

A ação teve origem em litígio entre a Telebrasília Celular S/A (atual Vivo) e o governo do Distrito Federal
(GDF). A empresa contestou a cobrança do tributo, mas perdeu a demanda no Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Recorreu ao STJ, onde teve pronunciamento favorável. A Segunda
Turma do STJ entendeu que a habilitação de celular constitui serviço meramente preparatório ao de
telecomunicação, por isso não está sujeita à tributação de ICMS, ao contrário do serviço de
telecomunicação propriamente dito, este sim inserido no conceito de comunicação. No RE 572.020, o STF
se posicionou de maneira contrária ao disposto no convênio.

A interpretação conjunta dos arts. 2º, III, e 12, VI, da Lei Complementar 87/96 (Lei Kandir) leva
ao entendimento de que o ICMS somente pode incidir sobre os serviços de comunicação
propriamente ditos, no momento em que são prestados, ou seja, apenas pode incidir sobre a
atividade-fim, que é o serviço de comunicação, e não sobre a atividade-meio ou intermediária
como são aquelas constantes na Cláusula Primeira do Convênio ICMS nº 69/98. Tais serviços
configuram, apenas, meios de viabilidade ou de acesso aos serviços de comunicação, et por
cause, estão fora da incidência tributária do ICMS.

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Posteriormente, ao apreciar a matéria através do RE 912.888 afirmou a legitimidade da cobrança sobre a


assinatura básica, fixando a seguinte tese:

O ICMS incide sobre a tarifa de assinatura básica mensal cobrada pelas prestadoras de serviços
de telefonia, independentemente da franquia de minutos concedida ou não ao usuário.

Ora, pessoal, mais uma vez afirmo: sua prova é de legislação! É sempre bom saber o que o Supremo pensa
do assunto (é até uma maneira de gravar a matéria) mas a não ser que a questão expressamente peça o
contrário, vá pela legislação!

Além do caso prático acima mostrado chamo atenção a outros 3 dispositivos que podem gerar dúvidas:

1) Inciso III (ligação telefônica internacional, quando o tomador estiver no território nacional) – é a famosa
ligação a cobrar realizada por exemplo na Inglaterra para um número no MT.

2) Inciso V (serviços a destinatário no exterior, com resultado no MT) – quando por exemplo um mato-
grossense contrata uma empresa para realizar cobranças de débitos de clientes espanhóis. Verifica-se o
resultado (pagamento) no Brasil e de acordo com nossa legislação há incidência, apesar de ser uma clara
exportação de serviço abarcado pela imunidade constitucional.

3) Inciso VII (serviços de rastreamento ou localização de bens ou pessoas) – são os famosos GPS. Pense
bem antes de você instalar uma tornozeleira eletrônica no seu marido/esposa pois vai incidir ICMS.

Art. 1º O imposto incide sobre:

IV - sobre a entrada no estabelecimento de contribuinte de bem ou mercadoria


destinada a uso, consumo ou ativo permanente;

IV-A - sobre a operação, realizada por remetente de outra unidade federada, que destinar
bem ou mercadoria a consumidor final, não contribuinte do imposto, localizado no
território mato-grossense;

V - sobre a utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em


outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente;

V-A - sobre a prestação de serviço, iniciada em outra unidade federada, destinada a


consumidor final, não contribuinte do imposto, localizado no território mato-grossense;

Lembra dos dispositivos acima? Isso mesmo, é o DIFAL! Perceba que nossa legislação se encontra
atualizada de acordo com a EC 87/15 uma vez que já prevê a incidência quando em operações e prestações
interestaduais destinadas a não contribuintes.

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Precisamos ter em mente que sempre que, em uma operação interestadual, a mercadoria ou o serviço for
destinado a consumidor final (não for para industrialização ou comercialização – operações subsequentes),
haverá incidência do ICMS na entrada/utilização do serviço e consequente recolhimento do diferencial de
alíquota nos ditames da EC 87/15. O cálculo desse DIFAL foi por nós visto na Aula 00.

Vamos relembrar o DIFAL?

Alíquota
Interestadual para a
Destinatário não origem
contribuinte do
ICMS Há partilha do
Pós EC 87 Diferencial de
Alíquota
(venda
interestadual a
consumidor final)
Alíquota
Interestadual
Destinatário para a origem
contribuinte do
ICMS Não há partilha
do Diferencial de
Alíquota

Destinatário não
contribuinte do Remetente
Responsável pelo ICMS
recolhimento do
DIFAL
Destinatário
contribuinte do Destinatário
ICMS

“Mas professor, ainda temos a repartição do DIFAL? Não terminava em 2019 com 100% para o destino?”
Hoje não temos a repartição do DIFAL, querido aluno. “Então pra que saber isso, professor?” Lembre-se
que você vai fiscalizar anos anteriores e por isso deve saber que no ano de 2018, por exemplo, tínhamos a
repartição do DIFAL em 80% para o Estado de destino e 20% para o Estado de origem. Como você pode
autuar um contribuinte se não souber isso? Por isso afirmo que é sim possível que uma questão sobre
DIFAL verse sobre um acontecimento em anos anteriores.

Art. 1º O imposto incide sobre:

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VI - sobre as operações com programa de computador - software -, ainda que realizadas


por transferência eletrônica de dados. (Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo
pelo STF na ADI 1.945, cuja ata de julgamento foi publicada no DOU de 02.03.21, Seção
1, p. 1, quanto aos efeitos, vide modulação)

Existia uma discussão doutrinária quanto a incidência de ICMS ou ISS sobre softwares. A lei mato-grossense
inicialmente limitou-se a afirmar a incidência sobre esse tipo produto, sem fazer qualquer ressalva. Ocorre
que o STJ exarou o seguinte entendimento:

Os programas de computação, feitos por empresas em larga escala e de maneira uniforme são
mercadorias de livre comercialização no mercado passíveis de incidência do ICMS. Já os
programas elaborados especialmente para certo usuário exprimem verdadeira prestação de
serviço sujeita a ISS.

No mesmo sentido, o Supremo Tribunal Federal, inicialmente, através do Recurso Extraordinário nº


176.626, firmou o entendimento de que o licenciamento de software não customizado (software de
prateleira) é operação de venda mercantil, submetida à incidência do ICMS.

Já a Lei Complementar 116/2003 adota o conceito de software como prestação de serviço sem fazer
qualquer ressalva quanto à incidência do ICMS nem mesmo quanto a se tratar de software de encomenda
ou de prateleira.

Hoje, a própria legislação do ICMS do Mato Grosso já taxou e reconhece a inconstitucionalidade do


dispositivo, por força da Ação Direta de Inconstitucionalidade 1945, de relatoria da ministra Cármen Lúcia.
Na ADI em questão o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) argumentava a inconstitucionalidade de
dispositivos da Lei estadual 7.098/1998 de Mato Grosso, que consolidam normas referentes ao ICMS, por
bitributação e invasão da competência municipal, já que o estado fez incidir o tributo sobre operações com
programas de computador. A maioria dos ministros (Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa
Weber, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio e Luiz Fux) acompanhou a conclusão do ministro Dias Toffoli,
para quem a elaboração de softwares é um serviço que resulta do esforço humano. No voto apresentado
em novembro de 2020, Toffoli entendeu que tanto no fornecimento personalizado por meio do comércio
eletrônico direto quanto no licenciamento ou na cessão de direito de uso está clara a obrigação de fazer
na confecção do programa de computador, no esforço intelectual e, ainda, nos demais serviços prestados
ao usuário.

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O Convênio ICMS 181/2015 autoriza a cobrança do imposto nas operações com software, jogos
eletrônicos, aplicativos e congêneres, inclusive os disponibilizados por download. O acordo
estabelece ainda que a carga tributária decorrente dessa cobrança deve corresponder a, no
mínimo, 5% do valor da operação.

Por fim, vejamos o § 7° do art. 2º do RICMS-MT.

RICMS-MT. Art. 2º. § 7° O imposto incide também sobre a ulterior transmissão de


propriedade de mercadoria que, tendo transitado pelo estabelecimento transmitente,
deste tenha saído sem pagamento do imposto em decorrência de operações não
tributadas.

Não é porque a mercadoria saiu do estabelecimento sem pagamento do imposto que uma posterior saída
tributada também assim será. Um caso típico é a não incidência no aluguel. Em que pese essa não
incidência, se, posteriormente, a mercadoria locada for vendida, haverá incidência do imposto.

Exemplo 113) Empresa A possui caminhões para vendas, porém aluga por um mês para a empresa B (não
houve incidência do imposto por se tratar de locação). Depois de um mês, B decide comprar esse caminhão
de A (ulterior transmissão). Essa transmissão de propriedade sofre a incidência do ICMS.

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2. Não Incidência

Art. 4º O imposto não incide sobre:

I - operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;

III - operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive


lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à
industrialização ou à comercialização;

IV – operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento
cambial;

V - operações, efetuadas por estabelecimento prestador de serviços, relativas a


mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas pelo próprio autor da
saída, na prestação de serviço de qualquer natureza, definido em lei complementar como
sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, ressalvadas as
hipóteses previstas na referida lei;

VII - operações vinculadas à alienação fiduciária em garantia, inclusive aquelas efetuadas


pelo credor em decorrência do inadimplemento do devedor;

IX - operações de qualquer natureza decorrentes da transferência de bens móveis


salvados de sinistro para companhias seguradoras;

XVI - operações com fonogramas e videofonogramas musicais, produzidos no Brasil,


contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos
digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de
leitura a laser.

§ 1º Para efeitos do inciso I, não se consideram livros:

I - aqueles em branco ou simplesmente pautados, bem como os riscados para


escrituração de qualquer natureza;

II - aqueles pautados de uso comercial;

III - as agendas e todos os livros deste tipo;

IV - os catálogos, lista e outros impressos que contenham propaganda comercial;

V - o texto e/ou informação que não for diretamente acessível aos sentidos humanos,
tais como a informação magnética ou óptica, acondicionada, transmitida e/ou veiculada
sob qualquer meio.
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§ 4º A não incidência prevista no inciso I do parágrafo anterior não se aplica à remessa


subseqüente, dentro do território nacional, para destinatário da mesma natureza.

RICMS-MT. Art. 5° O imposto não incide sobre:

VIII – operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, compreendendo:

a) a transmissão do domínio feita pelo devedor em favor do credor fiduciário;

b) a transferência da posse, em favor do credor fiduciário, decorrente da inadimplência


do devedor;

c) a transmissão do domínio do credor para o devedor, em virtude da extinção, pelo


pagamento, da garantia;

§ 4° Para os fins do disposto no inciso I do § 3° deste artigo, entende-se como empresa


comercial exportadora as empresas comerciais que realizarem operações mercantis de
exportação, inscritas no Cadastro de Exportadores e Importadores da Secretaria de
Comércio Exterior - SECEX, da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos
Internacionais (SECINT), do Ministério da Economia. (cf. parágrafo único da cláusula
primeira do Convênio ICMS 84/2009, com nova redação dada pelo Convênio ICMS
n° 170/2021 - efeitos a partir de 1°/12/2021)

§ 12 A não incidência prevista no inciso IV do caput deste artigo somente se aplica às


aquisições efetuadas pelo Banco Central do Brasil ou por instituições por ele autorizadas,
quando devidamente comprovadas por meio de uma das vias da Nota Fiscal emitida pela
destinatária.

Já havia avisado da importância das aulas iniciais! Olha quanto tempo quem está craque está
economizando com diversos dispositivos que já foram vistos. Entretanto, gostaria de chamar atenção para
os §§ 1º e 4º. Nunca podemos esquecer o que é considerado livro e o que não é! Preste bem atenção pois
nossa legislação trouxe alguns dispositivos a mais do que foi trazido na aula sobre lei Kandir, mostrado
abaixo. Repare também que para gozar da não incidência a remessa feita às exportadoras ou
estabelecimentos da mesma empresa deve posteriormente seguir para o exterior sem “enrolação” no país.
Em outras palavras, a saída do estabelecimento para exportadora ocorre com não incidência, mas se a
exportadora remeter para outro local no mercado interno que não diretamente para o exterior teremos
ICMS nessa operação.

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Em branco

Simplesmente
Pautados

Riscados para
escrituração

Pautados de uso
comercial
Não são considerados
livros
Agendas

Catálogos e listas

Impressos com
propaganda comercial

Texto/Informação não
diretamente acessível
aos sentidos humanos

Passemos agora a alguns dispositivos que merecem atenção especial.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos


primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços;

§ 3º Equipara-se às operações de que trata o inciso II do caput a saída de mercadoria


realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a:

I - empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da


mesma empresa;

II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.

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RICMS-MT. Art. 5°. § 9° A não incidência prevista no inciso II do caput deste artigo
estende-se, ainda, à prestação de serviço de transporte referente ao trajeto nacional
até o porto de embarque para o exterior ou entre o local de embarque e desembarque
localizados no território brasileiro, na forma definida no § 1° do artigo 133 do Anexo IV
deste regulamento. (v. inciso I do art. 2° da Lei n° 10.978/2019 - efeitos a partir de 1° de
fevereiro de 2020)

§ 10 O disposto no § 9° deste artigo não alcança a prestação de serviço de transporte de


bens e mercadorias cujas remessas forem promovidas por contribuintes mato-
grossenses com destino a estabelecimento exportador, também deste Estado, hipótese
em que a correspondente prestação de serviço será tributada na forma disciplinada
neste regulamento e na legislação complementar.

Temos dispositivos repetidos da lei Kandir, afirmando não haver incidência do ICMS nas exportações e nas
saídas equiparadas para comerciais exportadoras, armazéns alfandegados ou entrepostos aduaneiros.

Entretanto, temos duas novidades importantes, nos §§ 9° e 10. Segundos eles, não incide ICMS no
transporte de mercadorias até o porto para embarque para o exterior. Porém, há incidência no transporte
para estabelecimento exportador. Resumindo:

- saída de estabelecimento A para exportadora: ICMS sobre transporte e não incidência sobre mercadoria.
Mas ainda que haja incidência, o RICMS-MT concedeu isenção no transporte para exportação, como
veremos adiante no art. 5º-A.

- saída de estabelecimento A para o porto: Não incidência sobre transporte e mercadoria.

RICMS-MT. Art. 5°-A Fica equiparada à exportação, para os efeitos fiscais previstos na
legislação vigente, a saída de produtos destinada ao uso ou consumo de bordo, em
embarcações ou aeronaves exclusivamente em tráfego internacional com destino ao
exterior. (cf. Convênio ICM 12/75 e alteração - efeitos a partir de 1° de junho de 2021)

§ 1° A equiparação de que trata este artigo condiciona-se a que ocorra:

I - a confirmação do uso ou do consumo de bordo nos termos previstos neste artigo;

II - o abastecimento de combustível ou lubrificante ou a entrega do produto


exclusivamente em zona primária alfandegada ou área de porto organizado alfandegado.

§ 2° Não se exigirá o estorno do crédito previsto no artigo 123, inciso I, das disposições
permanentes, relativo à entrada das mercadorias, ou dos respectivos insumos, objeto das
saídas a que se refere este artigo.

§ 3° O disposto neste artigo aplica-se aos fornecimentos efetuados nas condições


indicadas, qualquer que seja a finalidade do produto a bordo, podendo este destinar-se
ao consumo da tripulação ou passageiros, ao uso ou consumo durável da própria
embarcação ou aeronave, bem como à sua conservação ou manutenção.

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§ 4° Para fins da aplicação da não incidência de que trata este artigo, o estabelecimento
remetente deverá:

I - emitir Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, contendo, além dos requisitos exigidos
pela legislação, a indicação de Código Fiscal de Operações e Prestações - CFOP - específico
para a operação de saída de produtos destinada ao uso ou consumo de bordo, em
embarcações ou aeronaves exclusivamente em tráfego internacional com destino ao
exterior;

II - registrar a Declaração Única de Exportação - DU-E - para o correspondente despacho


aduaneiro da operação junto à Receita Federal do Brasil - RFB;

III - indicar, no campo de dados adicionais, a expressão "Procedimento previsto no


Convênio ICM 12/75".

§ 5° Considera-se não confirmada a operação de uso ou consumo de bordo nos termos


previstos neste artigo a falta de registro do evento de averbação na NF-e de que trata o
inciso I do § 4° deste preceito após o prazo de 60 (sessenta) dias, contados da sua
emissão.

§ 6° Na hipótese de não confirmação da operação, nos termos deste artigo, o


estabelecimento remetente fica obrigado ao recolhimento do ICMS devido,
monetariamente atualizado, com o acréscimo de juros de mora e de multa de mora ou
penalidade, conforme efetuado o pagamento antes ou depois do lançamento de ofício,
calculados a partir da data do vencimento do imposto correspondente à aludida
operação.

Sabe aqueles navios de cruzeiro enormes de bandeira estrangeira que ficam parados em Santos ou
no Rio de Janeiro? Se uma empresa do Mato Grosso efetuar uma venda de produtos para esses
navios, qualquer que seja a finalidade desses produtos, não haverá incidência do ICMS. Entende-se
que trata de uma exportação e, cumprindo-se os requisitos, como por exemplo a comprovação de
embarque da mercadoria, não há que se falar em ICMS.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

VIII - operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem


arrendado ao arrendatário;

RICMS-MT. Art. 5° O imposto não incide sobre:

IX – a saída de bem em decorrência de arrendamento mercantil, não compreendida a


venda do bem arrendado ao arrendatário, desde que contratado por escrito;

Conforme já estudamos, o ICMS não incide no arrendamento mercantil, exceto na venda do bem
arrendado ao arrendatário. Ocorre que o RICMS-MT incluiu uma condição para a não incidência: deve
haver contrato por escrito.

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Art. 4º O imposto não incide sobre:

VI - operações de qualquer natureza decorrentes da transferência de propriedade de


estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie, ou, ainda, efetuadas em
razão de mudança de endereço;

No estudo da lei Kandir havíamos comentado sobre a não incidência sobre o trespasse, lembram? Mas
nossa lei foi além ao considerar a mudança de endereço também como hipótese de não incidência. Por isso
fique atento: mesmo que você não transfira a propriedade do estabelecimento para terceiros (continuando
como dono e apenas mudando de endereço), não teremos a incidência do ICMS.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

X - saída interna de mercadoria destinada a armazém-geral ou depósito fechado do


próprio contribuinte, para depósito em nome do remetente, bem como o respectivo
retorno ao estabelecimento depositante;

Você sabe a diferença entre um armazém geral e um depósito fechado? Armazém geral é um local que
armazena mercadorias de diversos clientes, que alugam o espaço para estocar seu material. O depósito
fechado é um local da própria empresa que serve para estocar suas mercadorias.

Tanto o envio de mercadorias para o depósito fechado ou armazém geral no MT quanto o seu retorno para
o estabelecimento depositante também localizado no MT são hipóteses de não incidência na lei 7.098/98.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

XI - saída interna de mercadoria, pertencente a terceiro, de estabelecimento de empresa


de transporte, ou de depósito por conta e ordem desta, ressalvado o disposto no inciso II
do artigo 2º;

Esse é o típico dispositivo que podemos ir direto a um exemplo.

Exemplo 114) A empresa CRF, localizada em Cuiabá, vendeu 10.000 fichas de poker para um cliente. Para
fazer a entrega contratou a transportadora da mesma cidade conhecida como QUEBRATUDO, que no dia
12 de junho recolheu as fichas de poker e levou para seu estabelecimento. A QUEBRATUDO, para conter
despesas, aguardou outras mercadorias se juntarem às fichas de poker para então no dia 15 de junho
iniciar o transporte para Cáceres-MT. A saída das fichas de poker, que é uma mercadoria de terceiro e não
da transportadora, é caso de não incidência. Repare que o ICMS referente à circulação da mercadoria é
devido pela própria CRF e não pela QUEBRATUDO. A transportadora irá recolher o ICMS referente ao
transporte, mas não da saída de mercadoria do seu estabelecimento.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

XII - prestações de serviços de transporte de passageiros, com características de


transporte urbano ocorridas entre os Municípios de Cuiabá e Várzea Grande e região
metropolitana.
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RICMS-MT. Art. 5º. § 15 O benefício previsto no inciso XVIII do caput deste artigo
produzirá efeitos até 31 de dezembro de 2032. (cf. Convênio ICMS 190/2017 - v. Convênio
ICMS 37/89)

Retirou-se do campo de incidência do ICMS, até 2032, o transporte de passageiros que, apesar de ser
intermunicipal, possui características de municipais. É o caso do transporte dentro da região metropolitana
de Cuiabá e entre Cuiabá e Várzea grande, distantes apenas 7,5 Km.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

XIII – serviços prestados a destinatários no exterior, ressalvadas as hipóteses previstas


no inciso V, do § 2º do Art. 2º;

§ 5º Não se considera serviço prestado a destinatário no exterior aquele cujos resultados


se verifiquem no território nacional.

Já estamos carecas de saber que a exportação é caso de imunidade constitucional no que tange ao ICMS,
certo? Entretanto, como já vimos durante quando por exemplo um mato-grossense contrata uma empresa
para realizar cobranças de débitos de clientes espanhóis. Verifica-se o resultado (pagamento) no Brasil e de
acordo com nossa legislação há incidência, apesar de ser uma clara exportação de serviço abarcado pela
imunidade constitucional.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

XIV – prestações de serviço de comunicação, nas modalidades de radiodifusão sonora e


de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

Relembre: apenas a prestação onerosa de serviço de comunicação está sujeita ao ICMS.

Art. 4º. § 2º Relativamente ao papel, cessará a não incidência prevista no inciso I do


caput quando a mercadoria for consumida ou utilizada em finalidade diversa daquelas
nele indicadas, ou encontrada em poder de pessoas diferentes de empresas
jornalísticas, editoras ou impressoras de livros e periódicos, bem como dos
importadores, arrematantes ou fabricantes, ou de estabelecimentos distribuidores do
fabricante do produto ou, ainda, quando encontrada em trânsito desacobertada de
documento fiscal.

A não incidência concedida para o papel se dá apenas para ser usado na impressão de livros, jornais e
periódicos e qualquer coisa diferente disso deverá ser tributado normalmente. É por isso que também se
sujeitará ao ICMS o papel que for encontrado em local diferente de empresas que fabricam periódicos,
jornais e livros ou sejam responsáveis pela importação, arrematação ou fabricação para serem utilizados na
impressão citada. Da mesma forma, perde o benefício da não incidência o papel, ainda que destinado a
impressão de livros, jornais e periódicos, que for encontrado sem documentação fiscal idônea.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

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XV - saídas internas de material de uso e consumo e de bem do ativo imobilizado com


destino a outro estabelecimento do mesmo titular, ressalvado, quanto ao
aproveitamento de crédito, o disposto no § 4º-B do art. 25;

Em que pese a regra geral de incidência de ICMS entre estabelecimentos do mesmo titular (contrariando o
STF), nossa legislação entende pela não incidência quando se tratar de material de uso e consumo e de
bens do ativo permanente. Assim, teremos incidência entre estabelecimentos do mesmo titular apenas
quando a mercadoria se destinar a industrialização ou comercialização.

RICMS-MT. Art. 5° O imposto não incide sobre:

VI – as saídas de impressos personalizados, promovidas por estabelecimento gráfico a


usuário final, como definidas no Convênio ICM 11/82; (cf. Convênio ICM 11/82)

Por muitos anos os impressos personalizados foram alvo de controvérsias. Enquanto os Estados afirmavam
incidir ICMS nas operações com essas mercadorias, os Municípios sustentavam a incidência do ISS. Hoje
temos um item específico da LC 116/03, introduzido pela LC 157/2016, que versa com mais detalhes sobre
o assunto.

Para o nosso estudo da legislação e para nossa prova temos que, se o impresso for personalizado para
usuário final (não seja para comercialização ou industrialização), incidirá ISS e por isso o RICMS fez a
previsão da não incidência.

Preste bastante atenção aos casos em que o impresso for ser utilizado em uma futura comercialização, pois
não se enquadrarão na não incidência. A impressão e circulação de uma bula de remédio se sujeitará ao
ICMS, uma vez que irá se incorporar ao medicamento que será vendido. A caixa do remédio segue a
mesma ideia: fará parte da mercadoria que será vendida posteriormente.

Exemplo 115) A Dra. Nath, famosa pediatra cuiabana, mandou uma gráfica confeccionar 100 receituários
personalizados com seu nome, CRM, logomarca e endereço. Por se tratar de impresso personalizado a
usuário final não houve a incidência do ICMS.

RICMS-MT. Art. 5° O imposto não incide sobre:

XV - as saídas de máquinas, equipamentos, ferramentas e objetos de uso do


contribuinte, bem como de suas partes e peças, com destino a outros estabelecimentos
para fins de lubrificação, limpeza, revisão, conserto, restauração ou recondicionamento,
ou em razão de empréstimo ou locação, desde que os referidos bens retornem ao
estabelecimento de origem, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados da data de
remessa:

a) nos casos de locação ou de empréstimo, quando a operação estiver identificada


mediante consignação do CFOP específico fixado no Anexo II deste regulamento na
correspondente Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, a qual deverá ser referenciada, para fins de
baixa, na NF-e que acobertar o respectivo retorno ao estabelecimento remetente;

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b) nos demais casos, podendo ser prorrogado, desde que previamente requerido e
justificado pelo sujeito passivo, mediante prova documental inconteste e indicação da
localização atual do bem;

XVI – as saídas, em retorno ao estabelecimento de origem, dos bens mencionados no


inciso XV deste artigo, ressalvadas as hipóteses previstas nos incisos IV e V do artigo 2°,
desde que consignado o CFOP específico na NF-e correspondente, bem como o
referenciamento da NF-e que acobertou a respectiva entrada no estabelecimento;

XVII – a saída do bem e o respectivo retorno, em decorrência de comodato, quando a


operação estiver identificada mediante consignação do CFOP específico, conforme Anexo
II deste regulamento, na correspondente NF-e, devendo ainda, para fins de baixa, ser
observado na NF-e emitida para acobertar o retorno o referenciamento da NF-e que
acobertou a respectiva entrada no estabelecimento;

§ 16 Desde que atendidas as condições fixadas nos respectivos preceitos, admite-se a


prorrogação de prazo para permanência do bem fora do estabelecimento remetente,
quando as saídas forem efetuadas com fins de locação ou de empréstimo, nos termos da
alínea a do inciso XV, bem como para fins de comodato, nos termos do inciso XVII, ambos
do caput deste artigo.

Não incide ICMS nas saídas e retornos de máquinas, equipamentos, ferramentas e objetos de uso do
contribuinte, bem como de suas partes e peças, com destino a outros estabelecimentos para fins de
lubrificação, limpeza, revisão, conserto, restauração ou recondicionamento, ou em razão de empréstimo,
locação ou comodato. Entretanto, exige-se que a mercadoria retorne ao estabelecimento de origem em
120 dias, podendo esse prazo ser prorrogado.

RICMS-MT. Art. 5°. § 14 A não incidência não dispensa o sujeito passivo do


cumprimento das obrigações acessórias e, quando depender do cumprimento de
determinada condição, o não atendimento tornará exigível o imposto, o qual será
considerado devido com correção monetária e demais acréscimos legais, inclusive multas,
desde o momento em que ocorreu a operação ou prestação. (cf. § 1° do artigo 35 c/c o §
2° do art. 5° da Lei n° 7.098/98)

Tanto a isenção quanto a não incidência não tem o condão de dispensar as obrigações acessórias, que
devem continuar sendo cumpridas. Caso não sejam cumpridas, o imposto passa a ser devido com
acréscimos e multa.

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3. Benefícios Fiscais

Benefícios fiscais consistem na redução ou eliminação, ainda que indiretamente, do ônus tributário.

Apesar de ser um tópico bastante importante para nossa prova, a lei 7.098/98 foi bastante econômica no
assunto, trazendo poucas novidades ao nosso estudo. Vejamos:

Art. 5º Os benefícios fiscais serão concedidos ou revogados na forma e atendendo às


disposições estabelecidas no artigo 155, § 2º, inciso XII, alínea g, da Constituição
Federal.

Como já sabemos, qualquer benefício fiscal deve ser concedido mediante convênio. Entretanto, para que
esse convênio seja internalizado na legislação estadual, deve-se editar um Decreto do Chefe do Executivo
para que realmente o benefício aprovado pelo CONFAZ passe a produzir efeitos dentro do território mato-
grossense.

Art. 5º § 1º Os benefícios fiscais não dispensam o contribuinte do cumprimento das


obrigações acessórias.

Uma coisa é a dispensa legal do recolhimento do tributo dado pela isenção; outra totalmente diferente é o
cumprimento das obrigações acessórias. Os contribuintes devem escriturar e emitir documentos fiscais
mesmo que esteja sujeito à isenção na operação ou prestação.

Exemplo 116) A empresa PLANTEX vende mudas de plantas não ornamentais, que, para fins didáticos, no
Estado do MT possui isenção. Entretanto, no curso de uma fiscalização volante, o Auditor Dimulé abordou
um caminhão da empresa e pediu a nota fiscal das mercadorias. O caminhoneiro advertiu o fiscal:
“Parceiro, esse produto é isento. Não preciso emitir nota”. Obviamente que Dimulé não caiu nessa e
autuou a empresa por falta de regular emissão da nota uma vez que o benefício para a obrigação principal
não exclui a necessidade do cumprimento das obrigações acessórias.

Art. 5º § 2º Quando o reconhecimento do benefício fiscal depender de requisito a ser


preenchido e não sendo este satisfeito, o imposto será considerado devido no
momento da ocorrência da respectiva operação ou prestação.

Se um determinado benefício necessitar de uma condição para ser implementado e essa condição não for
satisfeita o ICMS será devido no próprio momento em que ocorreu a operação ou prestação. Significa
dizer que se o benefício está sob condição suspensiva ele ainda não pode ser exercido! Se ele não pode ser
exercido, incidirá ICMS normalmente no momento da ocorrência da operação até́ que a condição seja
realizada e passe a incidir o benefício.

Exemplo 117) O Estado do Mato Grosso editou uma lei concedendo um benefício fiscal (autorizado pelo
CONFAZ) com a seguinte redação:

“Art. 1º. Será concedido um crédito presumido de 20% para serviços de transporte interestadual para os
contribuintes que se cadastrarem e estejam em dia com a Fazenda no momento do cadastro”.

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Ora, trata-se de um benefício sob condição suspensiva uma vez que o contribuinte só terá direito ao
benefício a partir do momento que se cadastrar e até́ lá o imposto será considerado devido no momento
em que ocorreu a operação ou prestação.

Art. 5º § 3º Salvo disposição em contrário, o benefício concedido para determinada


operação não alcança a correspondente prestação de serviço com ela relacionada.

Sempre que for concedida uma isenção para determinada mercadoria não se pode estender esse benefício
para o seu transporte de maneira automática. Então, se for instituída isenção para tomates, por exemplo, o
transporte dos mesmos não se transformará automaticamente em isento: é preciso que seja concedida
expressamente a isenção também para o transporte.

Art. 5º § 4º Observado o disposto no Parágrafo único do Art. 24 e nos Arts. 35-A e 35-B,
não se reconhecerão isenção, crédito, redução de base de cálculo, outras desonerações
integrais ou parciais, ou qualquer outro benefício fiscal à operação ou prestação de
serviço irregular ou que não estiver acobertada por documento fiscal idôneo e regular.

Respeitada a não cumulatividade prevista no art. 24, o benefício fiscal será perdido se a operação ou a
prestação não estiver “toda certinha”, ou seja, com documento fiscal idôneo acobertando a operação.
“Prof. mas o que seria um documento fiscal inidôneo/idôneo?” Veremos mais à frente no curso, mas já
adianto que estão elencados no art. 35-B.

Pessoal, para finalizarmos esse tópico vejamos agora algumas isenções trazidas dentro da lei 7.098/98.

Art. 5º-A Ficam isentas do ICMS as prestações de serviço de transporte executadas


dentro do território nacional, exclusivamente, nas operações que destinem ao exterior
mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados e semi-elaborados.

§ 1º O disposto neste artigo se aplica também às remessas de mercadorias inclusive


produtos primários e produtos industrializados e semi-elaborados em operação
equiparada à exportação, ainda que arrolada em qualquer dos incisos do § 3º do artigo
4º.

Com o advento da Emenda Constitucional 42/03 todas as exportações se tornaram imunes. Entretanto o
que falar do transporte dessas mercadorias dentro do “corredor de exportação”, ou seja, da fabricação até
a saída do território nacional?

Algumas legislações são silentes a respeito desse assunto, mas acertadamente nossa lei desonerou do
imposto as prestações de transporte. O intuito do constituinte derivado ao retirar a exportação da
incidência do imposto era justamente desonerar nosso produto e torná-lo mais competitivo no exterior,
não fazendo sentido onerar o transporte dos mesmos.

Art. 5º- B Ficam isentas do ICMS:

I - as operações de aquisição de combustível destinados ao abastecimento de veículos


de transporte coletivo urbano na Região Metropolitana;
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II - a energia elétrica destinada à alimentação dos trens do Veículo Leve sobre Trilhos ou
aos ônibus e estações do sistema Bus Rapid Transit - BRT.

§ 1º A isenção de que trata o inciso I do caput somente se processará quando o


combustível for adquirido diretamente da distribuidora nacional, no atacado, e segundo
os critérios e prestação de contas previstos em regulamento.

§ 2º A isenção de que trata o inciso II do caput se refere à energia elétrica para a


movimentação dos veículos, bem como da parte comum das estações do VLT.

Temos mais 2 isenções de ICMS descritas no art. 5º.

A primeira visa baratear o curso do transporte coletivo urbano na Região Metropolitana ao desonerar a
aquisição de combustível diretamente de distribuidora nacional no atacado.

A segunda, no mesmo sentido da primeira, refere-se à aquisição de energia elétrica para movimentação
dos VLT’s e de suas estações e para os ônibus e estações do BRT..

Art. 5º-C Ficam isentas do pagamento do diferencial de alíquota as operações de


aquisição de ônibus novos para compor as frotas das empresas de transporte coletivo
urbano.

Parágrafo único. A isenção de que trata o caput será condicionada à permanência do


veículo na frota operante por, pelo menos, 03 (três) anos, sendo que, em caso de
revenda, será cobrado o diferencial da alíquota, devidamente corrigido, acrescido de
juros e multa.

Nossa última isenção na lei é bem simples e trata da desoneração do DIFAL na aquisição de veículos novos
para a frota de empresas de transporte coletivo urbano, desde que esse veículo opere por pelo menos 3
anos no MT. Caso ele seja vendido antes disso o DIFAL será cobrado de maneira retroativa à data da
entrada no estabelecimento, com correções, multa e juros.

Para quem não lembra o DIFAL é cobrado quando de uma operação interestadual para consumo final, ou
seja, não objeto de revenda ou industrialização.

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Transporte de mercadorias no canal


de exportação

Aquisição de combustível
no atacado de distribuidora
nacional para abastecer
veículos de transporte
Isenções na Lei coletivo urbano na RM
7.098/98

Aquisição de Energia
Elétrica para VLT e ônibus e
estações do BRT

DIFAL na aquisição de
ônibus novos por empresa
de transporte coletivo
urbano

RICMS-MT. Art. 12 Os benefícios fiscais serão concedidos ou revogados na forma e


atendendo às disposições estabelecidas no artigo 155, § 2°, inciso XII, alínea g, da
Constituição Federal. (cf. caput do art. 5° da Lei n° 7.098/98)

§ 1° Ressalvada disposição em contrário, para os fins deste regulamento, nas referências


nele efetuadas a "benefícios fiscais" estão compreendidas as seguintes espécies:

I - isenção;

II - redução da base de cálculo;

III - manutenção de crédito;

IV - devolução do imposto;

V - crédito outorgado ou crédito presumido;

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VI - dedução de imposto apurado;

VII - dispensa do pagamento;

VIII - dilação do prazo para pagamento do imposto, inclusive o devido por substituição
tributária, em prazo superior ao estabelecido no Convênio ICM 38/88, de 21 de outubro
de 1988, e em outros acordos celebrados no âmbito do CONFAZ;

IX - antecipação dos prazos para apropriação do crédito do ICMS, correspondente à


entrada de mercadoria ou bem e ao uso de serviço, previstos nos artigos 20 e 33 da Lei
Complementar Federal n° 87, de 13 de setembro de 1996;

X - financiamento do imposto;

XI - crédito para investimento;

XII - remissão;

XIII - anistia;

XIV - moratória;

XV - transação;

XVI - parcelamento em prazo superior ao estabelecido no Convênio ICM 24/75, de 5 de


novembro de 1975, e em outros acordos celebrados no âmbito do CONFAZ;

XVII - outro benefício ou incentivo, sob qualquer forma, condição ou denominação, do


qual resulte, direta ou indiretamente, a exoneração, dispensa, redução, eliminação,
total ou parcial, do ônus do imposto devido na respectiva operação ou prestação,
mesmo que o cumprimento da obrigação vincule-se à realização de operação ou
prestação posterior ou, ainda, a qualquer outro evento futuro.

§ 2° Para os fins da legislação tributária mato-grossense, inclusive para fins de


cumprimento de condições de fruição e de obrigações acessórias, não será tratado como
"benefício fiscal" o diferimento do imposto, exceto quando expressamente assim
considerado.

Como já estudamos, benefícios fiscais de ICMS só podem ser concedidos se autorizados pela LC 24/75. Essa
lei elenca o que é considerado benefício fiscal de ICMS, porém o RICMS resolveu detalhar muito mais,
enumerando 16 incisos do que considera benefício fiscal do ICMS. Sugiro a memorização de todos eles e,
além disso, saber que diferimento não é benefício fiscal, uma vez que apenas posterga o recolhimento para
etapas posteriores da cadeia. Entretanto, pode a lei, em situações especiais, expressamente prever o
diferimento como benefício fiscal.

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isenção

redução de base de cálculo

manutenção de crédito

devolução do imposto

crédito outorgado ou crédito presumido

dedução de imposto apurado

dispensa do pagamento
Benefícios Fiscais de ICMS -

dilação do prazo para pagamento do imposto, inclusive o


devido por substituição tributária, em prazo superior ao
estabelecido no CONFAZ
RICMS

antecipação dos prazos para apropriação do crédito do ICMS,


correspondente à entrada de mercadoria ou bem e ao uso de
serviço

financiamento do imposto

crédito para investimento

remissão

anistia

moratória

transação

parcelamento em prazo superior ao estabelecido no CONFAZ

outro benefício ou incentivo, sob qualquer forma, condição ou denominação, do


qual resulte, direta ou indiretamente, a exoneração, dispensa, redução,
eliminação, total ou parcial, do ônus do imposto
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RICMS-MT. Art. 14 Ressalvada disposição expressa em contrário, a fruição de todo e


qualquer benefício fiscal previsto neste regulamento ou na legislação tributária estadual,
além do atendimento às demais exigências estabelecidas no ato ou dispositivo que o
disciplina, fica condicionada:

I - ao pagamento do tributo no prazo e na forma fixados na legislação tributária;

II - ao registro do valor do benefício fiscal fruído, em cada mês, no campo próprio da


Escrituração Fiscal Digital - EFD do estabelecimento beneficiário, quando obrigado,
observado o disposto em normas complementares editadas pela Secretaria de Estado de
Fazenda;

III - à manutenção da regularidade fiscal pelo beneficiário;

IV - à utilização do documento fiscal eletrônico pertinente para acobertar a operação ou


prestação;

V - à regularidade e idoneidade da operação ou prestação;

VI - ao credenciamento para uso do Domicílio Tributário Eletrônico - DT-e, nos termos


da legislação específica.

§ 1° A falta de regularidade fiscal implicará a suspensão do direito à fruição do benefício


fiscal, caso o contribuinte, após ser notificado para regularização, não o fizer no prazo
de 30 (trinta) dias.

§ 1°-A Para fins de comprovação da regularidade fiscal, exigida no inciso III do caput deste
artigo, o beneficiário deverá, além do cumprimento dos demais incisos do caput:

I - efetivar os recolhimentos das contribuições aos Fundos Estaduais, conforme disposto


na legislação;

II - entregar a Escrituração Fiscal Digital - EFD do seu estabelecimento, contendo todas as


suas operações e prestações do período de referência, no prazo estabelecido na
legislação;

III - estar com a inscrição estadual regular no cadastro de contribuintes, conforme


disposto em portaria do Secretário de Estado de Fazenda.

§ 2° O contribuinte perderá o direito de fruir, em razão da suspensão do benefício fiscal,


a partir do 1° (primeiro) dia do mês seguinte ao que vencer o prazo estabelecido no § 1°
deste artigo.

§ 3° Havendo o restabelecimento da regularidade fiscal, o contribuinte somente voltará


a usufruir o benefício fiscal a partir do 1° (primeiro) dia do mês seguinte ao da
respectiva regularização;

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Para gozar de benefícios fiscais, o contribuinte deve respeitar alguns requisitos, que serão abaixo
esquematizados.

Um desses requisitos é a regularidade fiscal. Caso o contribuinte esteja irregular, o Fisco o notificará para
que a regularização seja feita em 30 dias. Caso isso não seja feito, o contribuinte deixa de poder gozar do
benefício a partir do 1º dia do mês seguinte ao que vencer o prazo. Assim, se o prazo vencer dia 10 de maio
de 2023, não poderá usufruir do benefício a partir de 1º e junho de 2023. Caso posteriormente haja a
regularização, o contribuinte poderá usufruir do benefício também a partir do 1º dia do mês subsequente.

RICMS-MT. Art. 14 § 4° Excepcionalmente, quando houver previsão nos dispositivos


específicos, para fins de fruição do benefício fiscal:

I - a falta de pagamento integral do imposto apurado no período, até o último dia útil
do mês do vencimento, implicará a redução de 20% (vinte por cento) do valor do
benefício fiscal, devendo o respectivo valor ser acrescentado a débito na escrituração
fiscal do mês subsequente, sem prejuízo do recolhimento dos acréscimos legais, quando
o imposto for pago após a data de vencimento;

II - o pagamento integral do imposto efetuado entre a data de vencimento e até o último


dia útil de cada mês implicará a incidência dos acréscimos legais, mantida a aplicação
integral do benefício fiscal;

III - a redução do benefício fiscal abrange exclusivamente os períodos de referência em


que houver atraso no pagamento.

De forma excepcional, o Fisco pode suspender parcialmente o benefício, o reduzindo em 20% caso haja
falta de pagamento integral do imposto apurado no período fiscal até o último dia do mês de vencimento.
Suponha então que no mês de maio de 2023 o contribuinte tenha apurado um saldo devedor de ICMS de
R$ 10.000 e que o prazo para pagamento seja dia 10 de junho de 2023. Caso o pagamento não seja feito
até o dia 30 de junho, poderá o Fisco reduzir, referente ao mês de maio, 20% do benefício fiscal.

Se o pagamento for feito em atraso, porém dentro do mês de junho, o benefício é mantido integralmente,
porém, por razões óbvias, haverá incidência de multas e acréscimos pelo atraso.

RICMS-MT. Art. 14 § 5° A fruição dos benefícios fiscais poderá ser condicionada à opção
pelo regime de substituição tributária com encerramento da cadeia tributária mediante
utilização do Regime Optativo de Tributação da Substituição Tributária, com expressa
renúncia à repetição de indébito na hipótese em que a operação efetiva for realizada
por valor inferior ao que serviu de base de cálculo do ICMS devido pelo aludido regime,
bem como na dispensa de pagamento do imposto correspondente à complementação
do ICMS retido por substituição tributária, nos casos em que o preço praticado na
operação a consumidor final for superior à base de cálculo utilizada para o cálculo do
débito de responsabilidade por substituição tributária.

Como vimos na lei Kandir, o ICMS pode ser exigido por substituição. Uma das modalidades é a ST
progressiva, em que se antecipa o recolhimento de um futuro fato gerador.

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Conforme decisão do STF, caso o FG presumido ocorra por um valor inferior àquele que serviu de BC, o
substituído tem direito à restituição do valor pago a maior. Assim, se A vender mercadorias para B e
recolher por substituição tributária R$ 1.000 por calcular uma BC ST de R$ 10.000 e posteriormente a futura
saída de B ocorrer por um valor de R$ 8.000, sendo devido um ICMS de R$ 700, B tem direito à restituição
do ICMS pago a maior. Sim, B (e não A). Pois apesar de A ter entregado aos cofres públicos o ICMS ST, foi B
quem arcou com o ônus, pois A cobrou o valor de B.

Ocorre que, assim como o substituído tem direito à restituição quando a BC presumida for maior que a
efetiva, o Estado também pode exigir a complementação do imposto quando a BC presumida for menor
que a real.

Opcionalmente, pode o contribuinte e o Fisco acordarem pela definitividade da BC, ou seja, assinarem um
acordo em que o substituído abre mão das restituições e o Estado abre mão das complementações.

Expliquei tudo isso apenas para dizer que o Estado pode conceder benefícios fiscais com a condição de o
contribuinte aderir à definitividade da base de cálculo.

RICMS-MT. Art. 14 § 6° Na hipótese de fruição de benefício fiscal sem atendimento ao


disposto neste artigo, o contribuinte ficará sujeito ao lançamento de ofício para
exigência do crédito tributário.

Uma vez desrespeitadas as regras para fruição do benefício fiscal, o Fisco poderá lançar o ICMS de ofício e
exigir o seu pagamento.

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4. Suspensão

RICMS- MT. Art. 20 Ocorre a suspensão nos casos em que a incidência do imposto fique
condicionada a evento futuro.

Na suspensão a cobrança do imposto fica condicionada a um evento futuro. Ao se realizar a operação não
ocorre o débito do imposto, porém caso um determinado evento futuro descrito na legislação não se
realize o imposto da operação passa a ser devido inclusive com os acréscimos legais.

RICMS- MT. Art. 21 Fica suspenso o lançamento do imposto:

I – nas saídas de mercadorias remetidas pelo estabelecimento de produtores para


estabelecimento de cooperativa de que faça parte, situada neste Estado;

II – nas saídas de mercadorias remetidas pelo estabelecimento de cooperativa de


produtores, para estabelecimento deste Estado, da própria cooperativa, de cooperativa
central ou de federação de que a cooperativa remetente faça parte;

§ 1° O imposto devido pelas saídas mencionadas nos incisos I e II do caput deste artigo
será recolhido pelo destinatário quando da saída subsequente, esteja esta sujeita ou
não ao pagamento do tributo.

Um associado de cooperativa fica substituído pela sua cooperativa sempre que com ela transacionar. Se
um cooperado vende leite para sua cooperativa, apesar de ser o contribuinte por dar saída na mercadoria,
não deverá recolher o ICMS, ficando essa responsabilidade de lançamento e recolhimento transferida para
a cooperativa. “Mas quando, Da Rocha? Na entrada na cooperativa?”. Não. Em dois momentos: na saída
que a cooperativa fizer para fora do Estado ou quando da saída para fora do eixo cooperativado, ainda que
essas saídas ocorram com desoneração do imposto. Por eixo cooperativado entende-se qualquer outro
estabelecimento da cooperativa, cooperativa central ou federação de cooperativa que se faça parte.

Exemplo 118) Seu Joaquim, famoso produtor de caju em sua fazenda no interior do Estado do Mato
Grosso, remete 2 toneladas da fruta para sua cooperativa localizada em Cuiabá-MT. A cooperativa por sua
vez recebe o caju e envia para uma cooperativa central, que remete os cajus para uma federação de
cooperativa, que finalmente vende a mercadoria para o mercado DORUSO. No envio do produtor para a
cooperativa não há recolhimento do ICMS, uma vez que ele fica suspenso até uma futura saída para fora
do eixo cooperativado. Tal saída se dá com a venda da mercadoria para o mercado e, nesse momento,
deverá ser recolhido o ICMS.

RICMS- MT. Art. 21 Fica suspenso o lançamento do imposto:

III – nas saídas interestaduais de bens integrados ao ativo imobilizado, bem como de
moldes, matrizes, gabaritos, padrões, chapelonas, modelos e estampas, para
fornecimento de serviços fora do estabelecimento, ou com destino a outro
estabelecimento inscrito como contribuinte, para serem utilizados na elaboração de
produtos encomendados pelo remetente e desde que devam retornar ao

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estabelecimento de origem no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da saída


efetiva. (cf. caput da cláusula terceira do Convênio ICMS 19/91)

§ 2° A suspensão prevista no inciso III do caput deste artigo compreende, também, a


saída da mercadoria promovida pelo destinatário em retorno ao estabelecimento de
origem no prazo indicado.

§ 3° Decorrido o prazo de que trata o inciso III do caput deste artigo sem que ocorra o
retorno da mercadoria, será exigido o imposto devido por ocasião da saída, sujeitando-se
o recolhimento espontâneo à correção monetária e demais acréscimos legais.

Também ocorre suspensão do ICMS na saída e no retorno de ativo imobilizado ou moldes, matrizes,
gabaritos, padrões, chapelonas, modelos e estampas, para fornecimento de serviços fora do
estabelecimento, ou com destino a outro estabelecimento inscrito como contribuinte para serem
utilizados na elaboração de produtos encomendados pelo remetente.

Entretanto, a suspensão é condicionada ao retorno ao estabelecimento de origem em 180 dias. Caso o


prazo não seja cumprido, o ICMS da saída passa a ser devido, com devidos acréscimos legais.

Abaixo trago alguns procedimentos formais para a fruição da suspensão, porém possuem pouca relevância
para fins de prova. Apenas leia rapidamente.

RICMS- MT. Art. 21. § 4° Para fins da fruição da suspensão do imposto nas hipóteses
previstas neste artigo, a Nota Fiscal emitida para acobertar o retorno da mercadoria ao
estabelecimento de origem deverá conter os dados identificativos da Nota Fiscal que
acobertou a remessa da mercadoria ao estabelecimento destinatário.

§ 5° Quando o estabelecimento destinatário estiver obrigado à emissão de Nota Fiscal


Eletrônica – NF-e de que tratam os artigos 325 a 335, para atendimento ao disposto no §
4° deste artigo, deverá ser observado pelo usuário emitente do aludido documento fiscal
o que segue:

I – para consignação dos dados identificativos da Nota Fiscal de origem, deverão ser
utilizados, obrigatoriamente, os campos próprios da NF-e, adequados os requisitos às
disposições contidas no “Manual de Orientação do Contribuinte”, divulgado por Ato
COTEPE;

II – quando a mercadoria for entregue ou retirada em local diverso do estabelecimento


do adquirente ou do remetente, conforme o caso, essa circunstância, bem como o local
de entrega ou de retirada, deverão ser consignados, expressamente, nos campos
específicos da NF-e;

III – a consignação dos dados identificativos das Notas Fiscais referenciadas, bem como o
registro do local de efetiva entrega ou retirada da mercadoria no campo “Informações
Complementares” da NF-e, ou em qualquer outro que não o especificado para a
respectiva finalidade, no “Manual de Orientação do Contribuinte”, divulgado por Ato
COTEPE, não suprem as exigências contidas neste capítulo, nem excluem a solidariedade

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entre os estabelecimentos participantes da operação e/ou respectiva prestação de


serviço de transporte.

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5. Momento

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro


estabelecimento do mesmo titular;

II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer


estabelecimento;

III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em


depósito fechado;

IV - da transmissão da propriedade da mercadoria, ou de título que a represente,


quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente;

V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de


qualquer natureza;

VI - do ato final do transporte iniciado no exterior;

VII - da prestação onerosa de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a


geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação
de comunicação de qualquer natureza;

§ 1º Na hipótese do inciso VII, quando o serviço for prestado mediante pagamento em


ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto quando
do fornecimento desses instrumentos ao usuário.

VIII - do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços:

a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de


incidência do ICMS, como definido na lei complementar aplicável;

IX - do desembaraço aduaneiro das mercadorias ou bens importados do exterior;

§ 2º Na hipótese do inciso IX, a entrega, pelo depositário, após o desembaraço aduaneiro,


de bem ou mercadoria importada do exterior deverá ser autorizada pelo órgão
responsável pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do
comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo
disposição em contrário.

§ 9º Na hipótese de entrega da mercadoria ou bem importados do exterior antes do


desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento, devendo

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a autoridade responsável exigir, salvo disposição em contrário, a comprovação do


pagamento do imposto.

X - do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior;

XI - da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do exterior


apreendidos ou abandonados;

XII - da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e


gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não
destinados à comercialização ou à industrialização;

Assim como no capítulo anterior, a lei trouxe diversos dispositivos com o mesmo teor daqueles já estudos
na lei Kandir. Como já estamos craques temos tranquilidade para seguirmos adiante após essa revisão, mas
não sem antes pontuar alguns dispositivos que merecem atenção.

§ 6º Para os efeitos do disposto no inciso I, considera-se saída do estabelecimento a


mercadoria que:

I - constar do seu estoque final na data do encerramento da atividade;

De acordo com o inciso I do art. 3º (e também de acordo com a LK) teremos incidência do ICMS na saída de
mercadorias do estabelecimento, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular.

Fica muito fácil entender o que é uma “saída” do estabelecimento, certo? A transferência e a venda são
saídas bem comuns no dia a dia. Entretanto temos algumas situações em que consideramos saídas fictícias
e, portanto, com incidência do ICMS. A primeira delas ocorre no encerramento das atividades da empresa,
hipótese em que o contribuinte pode vender as mercadorias de seu estoque ou não. No caso de venda o
fato gerador ocorrerá, em regra, quando da saída da mercadoria do estabelecimento. Caso não venda, a
mercadoria em estoque é considerada posta em circulação no encerramento das atividades do
contribuinte e o ICMS devido. Cuidado para não confundir com a venda do estabelecimento de um dono
para outro (trespasse), hipótese em que o ICMS não é devido conforme veremos em capítulo específico.

Exemplo 119) Sr. Arthur possuía um mercado em seu bairro que não andava bem das pernas. Durante os 3
últimos dias do mês de agosto havia vendido apenas 10 desodorantes, 5 canetas, 100 gramas de presunto
e 300 gramas de queijo. A operadora do caixa, muito esperta e estudante de legislação, contava um por um
cada fato gerador que ocorria a cada venda (saída do estabelecimento) nesses 3 dias. O que a operadora
não sabia era que seria despedida no último dia do mês pois o Sr. Arthur havia decidido fechar o
estabelecimento para estudar para concurso. Ao contar o estoque o Senhor Arthur percebeu que estavam
encalhados 15 desodorantes e 300 canetas. Mesmo essas mercadorias não tendo saído efetivamente do
estabelecimento ocorrerá fato gerador do ICMS em cada uma delas uma vez que o estabelecimento
encerrou as atividades e elas encontravam-se em estoque.

Antes de passarmos ao próximo dispositivo gostaria que você entendesse comigo a lógica dessa saída
fictícia. Pergunto eu: se um supermercado fecha as portas com mercadorias em estoque você acha mesmo
que ele irá jogar essas mercadorias foram? Não! Irá vender, provavelmente. Presumindo isso é que as
legislações estaduais entendem por bem considerar como saída fictícia.
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§ 6º Para os efeitos do disposto no inciso I, considera-se saída do estabelecimento a


mercadoria que:

II - nele tenha entrado desacobertada de documentação fiscal, ou acompanhada de


documento fiscal inidôneo ou, ainda, quando sua entrada não tenha sido regularmente
escriturada;

Se determinada mercadoria entrou no estabelecimento sem ser escriturada, sem documento fiscal ou com
nota fiscal inidônea é muito provável que o contribuinte realize uma futura venda sem emissão de
documento fiscal e consequentemente sem recolhimento de ICMS. Por isso, se um Fiscal se deparar com
essa situação deverá considerar que toda essa mercadoria saiu do estabelecimento ficticiamente,
cobrando-se o ICMS devido.

§ 6º Para os efeitos do disposto no inciso I, considera-se saída do estabelecimento a


mercadoria que:

III - adquirida para industrialização ou comercialização ou por ele produzida, for


destinada ao seu uso ou consumo.

Caso um contribuinte adquira mercadoria para industrialização ou comercialização e posteriormente


resolva consumi-la ou integrá-la ao ativo permanente haverá incidência de ICMS uma vez essas operações
são equiparadas à saída.

Exemplo 120) O mercado DIBAIRRO adquiriu 1.000 kg de feijão para revenda por R$ 5/Kg. Por ocasião da
entrada dessa mercadoria no estabelecimento o mercado se creditou de R$ 900 (18% x 1.000 x R$ 5).
Posteriormente o mercado decidiu utilizar essas mercadorias para realizar uma feijoada de
confraternização (consumo) e por isso considerou-se que essa mercadoria saiu do mercadinho
ficticiamente, gerando um débito de R$ 900 (18% x 1.000 x R$ 5). Um crédito de R$ 900 com um débito de
saída de R$ 900 fica com um saldo ZERO a recolher. Obs: aprendemos regras de creditamento na lei Kandir,
mas também veremos na legislação do nosso Estado.

§ 6°-A Para fins do disposto no inciso I, considera-se, ainda, ocorrida a saída dentro do
território do Estado, quando:

I – a mercadoria for remetida por estabelecimento deste Estado, com destino a outra
unidade da Federação, sem que haja comprovação da saída do território mato-
grossense;

Imagine que um contribuinte mato-grossense indique na nota fiscal que o destino de uma mercadoria é
Pernambuco, mas venda efetivamente para um destinatário no próprio MT. Perceba que a alíquota da
operação descrita na nota é de 12%, mas a operação que realmente ocorreu foi interna, ou seja, deveria
respeitar a alíquota do MT (17%). Se o valor da operação foi de R$ 10.000 ele irá recolher para o MT
apenas R$ 1.200 (12% x R$ 1.000) ao invés de recolher R$ 1.700 (17% x R$ 1.000).

§ 6°-A Para fins do disposto no inciso I, considera-se, ainda, ocorrida a saída dentro do
território do Estado, quando:
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II – houver entrada de mercadoria no Estado de Mato Grosso, para simples trânsito,


acobertada por documento fiscal em que remetente e destinatário estejam localizados
em outras unidades da Federação, sem que seja comprovada a respectiva saída do
território mato-grossense.

Por muitas vezes uma mercadoria vem de outro Estado e apenas passa pelo MT, sem efetuar vendas ou
entregas. É o que chamamos de “trânsito”. Pensem comigo: existe algum imposto a ser pago por um
caminhoneiro que vem do Rio Grande do Sul, passa pelo Mato Grosso e faz a entrega em Belém-PA? Não!
Entretanto essa saída deve ser comprovada uma vez que se pode simular o trânsito, mas a mercadoria ficar
dentro do MT, sem chegar a Belém-PA. Caso seja verificado que essa mercadoria entrou no estado dizendo
ser trânsito, mas não seja comprovada a saída para o destino final em outro Estado o Auditor em Mato
Grosso deverá cobrar o ICMS.

“Mas Da Rocha, por que algum contribuinte faria isso?” Imagine que no PA tenhamos uma isenção para
essa mercadoria que não existe no MT. Concorda que na venda no PA não haverá ICMS a recolher e na
venda no MT haverá ICMS? Então se o contribuinte emitir uma nota fiscal simulando uma venda para um
destinatário no PA, mas vender no MT estará sonegando, certo?

Veja esse exemplo:

Exemplo 121) A transportadora RAPIDEX saiu de Curitiba-PR para entrega de 100% da mercadoria
transportada em Belém-PA, mas ao ingressar no Estado do MT não passou pelo Posto Fiscal. Foi abordado
dois dias depois pelo Auditor, que verificou a mercadoria e chegou à conclusão de que a mercadoria estava
sendo vendida dentro do MT e não iria para Belém conforme estava descrito na NF. Cobrou-se então o
ICMS para o MT sob alíquota interna desse Estado.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

XIII - da entrada no estabelecimento de contribuinte de bem ou mercadoria, adquirida de


outro Estado, destinada a uso, consumo ou ativo permanente;

XIV - da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro
Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente, alcançada pela
incidência do imposto;

Os estabelecimentos contribuintes efetuam, em sua maioria, operações de venda, de saída de mercadoria.


Entretanto, precisam também adquirir mercadorias para se manterem. São exemplos: o sabão que o
mercado adquire para a limpeza de seu chão, os uniformes que uma loja de roupa adquire para utilização
de seus usuários, um aparelho telefônico que uma loja de departamento adquire para atender seus
clientes etc.

Quando se trata de mercadorias que darão posterior saída, é realizado o cotejo entre o crédito da entrada
e o débito da posterior saída (não há DIFAL).

Já nos casos em que essas mercadorias adquiridas forem utilizadas pelo próprio estabelecimento
contribuinte não haverá posterior saída. Assim, eles são tratados como consumidores finais e deve-se

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recolher o diferencial de alíquota, sendo o momento eleito a entrada no estabelecimento ou a utilização


do serviço!

Exemplo 122) A contribuinte DIBOB, localizada em Cuiabá-MT, adquiriu 103 computadores de um


atacadista localizado em Manaus-AM. Do total de computadores, 100 serão revendidos e 3 serão utilizados
nos caixas da loja (ativo permanente). Preste atenção pois o tratamento dado aos computadores será
diferente. Sobre os 100 para revenda se utilizará a sistemática de débito e crédito. Sobre os outros 3 será
recolhido o diferencial de alíquota sem partilha (pois a DIBOB é contribuinte) para o MT. Supondo:

- 18% a alíquota interna no MT;

- R$ 1.000 o preço de cada computador comprado pela DIBOB;

- R$ 2.000 o preço de venda efetuado pela DIBOB de cada computador a consumidores no MT.

Teremos:

Cálculo do ICMS nas operações com os computadores para revenda:

1) Na saída interestadual: ICMS devido à AM = 12% x R$ 100.000 (100 computadores x R$ 1.000) = R$


12.000.

2) Na entrada na Loja DIBOB: Crédito de R$ 12.000.

3) Na posterior venda pela DIBOB: Débito de R$ 36.000 (18% x R$ 2.000 x 100) = R$ 36.000.

4) Na data de apuração:

Débitos totais = R$ 36.000

Créditos totais = R$ 12.000

Imposto a recolher = R$ 36.000 – R$ 12.000 = R$ 24.000

Cálculo do ICMS nas operações com computadores para ativo fixo:

1) Na saída interestadual: ICMS devido à AM = 12% x R$ 3.000 (3 computadores x R$ 1.000) = R$ 360.

2) Diferencial de alíquota devido na entrada (não haverá posterior saída): (18%-12%) x R$ 3.000 = R$ 180.

Obs: apesar de ter descrito exemplo com mercadorias, o transporte dessas mercadorias que não estarão
sujeitas a operações ou prestações subsequente também se sujeitam ao DIFAL, conforme o inciso XII acima
transcrito.

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Obs 2: O cálculo do DIFAL no MT não é feito da forma simplória como realizado acima. Demonstrarei na
aula de BC exatamente como ele é feito. Não se preocupe por enquanto pois o objetivo não é o cálculo e
sim demonstrar quando ocorre o DIFAL.

Acabamos de ver que o momento do DIFAL para contribuintes será a entrada no estabelecimento no Mato
Grosso. E se o adquirente mato-grossense de operação interestadual for não contribuinte? O momento
será a entrada? Não.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

XIII-A - da saída do bem ou mercadoria do estabelecimento de contribuinte localizado em


outra unidade federada, com destino a consumidor final, não contribuinte do imposto,
localizado neste Estado;

XIV-A - do início da prestação de serviço em outra unidade federada, destinado a


consumidor final, não contribuinte do imposto, localizado no território mato-grossense;

Por força da EC 87/2015 sabemos que sobre as mercadorias e serviços (incluindo de transporte) destinados
a não contribuintes deve incidir o diferencial de alíquota. Na lei mato-grossense o momento eleito foi o do
início da prestação do serviço e da saída, ainda no estabelecimento do contribuinte em outro Estado.
Isso é muito importante! O momento não é a entrada no território do Estado do MT, mas sim a própria
saída da mercadoria do estabelecimento de contribuinte localizado em outra Unidade da Federação.

Destinatário não Saída do


Estabelecimento
contribuinte do Remetente ou início
Momento ICMS da prestação
do DIFAL
Destinatário
Entrada ou
contribuinte do
utilização
ICMS

Antes de passarmos a algumas novidades trazidas na legislação você precisa saber o que é uma
antecipação tributária. Primeiramente é importantíssimo dizer que a antecipação não se confunde com a
substituição que estudamos em aulas anteriores.

Na substituição tributária temos um responsável, eleito pela lei, que não se confunde com a pessoa que
praticou o fato gerador. Há uma substituição no polo passivo da obrigação para a cadeia tributária.

Na antecipação tributária pura e simples o polo passivo continua sendo a mesma pessoa que pratica o fato
gerador, porém cobra-se o imposto antes da ocorrência do fato gerador. O próprio adquirente paga seu
imposto sem substituir qualquer outro contribuinte. Veja:

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Exemplo 123) A Loja DIBOB, localizada no MT, adquire 100 computadores para revenda de um atacadista
localizado em Jacupiranga-SP, tendo o preço de venda totalizado R$ 50.000. Posteriormente, a DIBOB
vende os 100 computadores por R$ 70.000 a um cliente localizado no próprio MT. Em uma operação
normal (sem antecipação) teríamos a seguinte contabilidade:

1) Na saída interestadual: ICMS devido à SP = 7% x R$ 50.000 = R$ 3.500.

2) Na entrada na Loja DIBOB: Crédito de R$ 3.500.

3) Na posterior venda pela DIBOB: Débito de R$ 12.600 (18% x 70.000 = R$ 12.600, supondo 18% a
alíquota interna para computadores).

4) Na data de apuração:

Débitos totais = R$ 12.600

Créditos totais = R$ 3.500

Imposto a recolher = R$ 12.600 – R$ 3.500 = R$ 9.100.

Exemplo 124) A Loja DIBOB, localizada no MT, adquire 100 computadores para revenda de um atacadista
localizado em Jacupiranga-SP, tendo o preço de venda totalizado R$ 50.000. Suponha que computadores
estejam sujeitos a antecipação tributária com uma Margem de Valor Agregado de 30%. O fato gerador até
agora ocorrido foi apenas um: a saída interestadual de SP para o MT. Posteriormente, quando a DIBOB for
efetuar a venda para seu cliente em Cuiabá, ocorrerá outro fato gerador. No caso de antecipação
tributária, a legislação antecipa o fato gerador que seria somente na saída por ocasião da venda para o
momento da entrada no Estado. Assim, a DIBOB fica obrigada a recolher o imposto da venda futura já na
entrada da mercadoria (os Estados que possuem postos fiscais fazem ali essa cobrança do chamado de
“ICMS-fronteira”). Mas como nesse caso iremos saber o valor de venda futura? O Decreto traz diversas
possibilidades. Uma delas é similar ao que vimos para a substituição tributária onde se prevê uma MVA
para tentar “adivinhar” a BC. Veja:

1) Na saída interestadual: ICMS devido à SP = 7% x R$ 50.000 = R$ 3.500.

2) Na entrada no Estado:

Créditos totais = R$ 3.500.

Débitos totais = BCentrada x (1 + MVA) x Alíquota = 50.000 x 1,3 x 18% = R$ 11.700.

ICMS a recolher por antecipação: R$ 11.700 – R$ 3.500 = R$ 8.200.

Atenção: Nos casos de antecipação que mostrei, o responsável pelo recolhimento é a própria DIBOB! Não
há substituição!

Entenderam a antecipação? Então agora temos condições de ver alguns dispositivos trazidos pela nossa
legislação e não previstos na lei Kandir.

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Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

XV - da entrada da mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente, ou em outro


por ele indicado, para efeito de exigência do imposto por substituição tributária.

§ 3º Poderá ser exigido o pagamento antecipado do imposto, conforme disposto na


legislação tributária, relativamente a determinadas operações, prestações, atividades
ou categorias de contribuintes.

§ 4º A antecipação do recolhimento de que trata o parágrafo anterior poderá ser exigida


na entrada de mercadorias no território mato-grossense, inclusive quando se tratar de
mercadoria a vender no Estado sem destinatário certo.

§ 5º O recolhimento será exigido, ainda, na entrada do território mato-grossense de


mercadoria ou bem cujo pagamento do imposto já deveria ter sido efetuado, conforme
previsto na legislação tributária.

Tanto a entrada de mercadorias sujeitas ao regime de antecipação quanto sujeitas ao regime de


substituição tributária sofrem a incidência do ICMS.

Será a própria legislação que irá definir quais mercadorias ou até mesmo qual categoria de contribuintes
está sujeito a esses regimes (Exemplo: atacadistas do ramo moveleiro podem ser obrigados a se sujeitarem
à antecipação).

A antecipação tributária pode ser exigida inclusive quando uma mercadoria cruza a fronteira para um
destinatário incerto. Você concorda comigo que se um caminhão cruza a fronteira no MT para vender
mercadorias a quem ele ainda nem sabe quem é torna-se mais prudente que se faça a cobrança logo na
entrada no MT? Ora, se o destinatário não é conhecido a cobrança posteriormente não fica bem mais
difícil?

Art. 3º § 7º Nas hipóteses de que tratam o inciso III do caput e os §§ 2º, 3º e 6º do Art. 2º,
considera-se também ocorrido o fato gerador, no momento:

I - da prestação onerosa de serviços adicionais às hipóteses elencadas no inciso III do


artigo 2º, tais como os cobrados a título de acesso, adesão, ativação, habilitação,
disponibilidade, assinatura, utilização, serviços suplementares e outras facilidades que
otimizem ou agilizem o processo de comunicação, independentemente da denominação
que lhes seja dada;

II - da recepção da comunicação e/ou do respectivo sinal de som, imagem e dados,


isolada ou conjuntamente, e/ou sinais de qualquer espécie ou natureza, por meio de
satélite orbital e/ou áudiofrequência terrestre e/ou sinais eletromagnéticos ou não, de
qualquer espécie ou natureza, quando o prestador do serviço de comunicação estiver
localizado no exterior e/ou em outra unidade da Federação.

IV – do recebimento pelo destinatário ou beneficiário, no território nacional, de serviço


de comunicação prestado ou iniciado no exterior;
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V – do recebimento pelo beneficiário, no território nacional, de serviço de comunicação


prestado a destinatário no exterior, na hipótese prevista no inciso V, do § 2º, do Art. 2º.

Discutimos bastante a incidência sobre a prestação onerosa do serviço de comunicação, não é? Falamos a
respeito da diferença entre o pensamento do STF a da nossa legislação, que afirma haver incidência
inclusive nos atos preparatórios para o serviço de comunicação propriamente dito, como por exemplo nos
valores cobrados a título de habilitação, os quais foram declarados inconstitucionais. Nesse sentido o inciso
I do § 7º acima transcrito traz o momento da ocorrência do fato gerador no próprio instante da prestação
de serviços adicionais. Em que pese o inciso I do § 2º do art. 1º ter tachado os serviços acessórios, o
momento do inciso I do § 7º se manteve como letra morta.

Adicionalmente, também teremos como momento o da recepção do sinal de som, imagem e dados,
conforme o inciso II.

Nos casos dos incisos IV e V temos o momento para a importação de serviços de comunicação.

Art. 3º § 7º Nas hipóteses de que tratam o inciso III do caput e os §§ 2º, 3º e 6º do Art. 2º,
considera-se também ocorrido o fato gerador, no momento:

III – da disponibilização dos créditos passíveis de utilização em terminal de uso


particular, observado o disposto no § 10º, deste artigo;

§ 10 Para fins do disposto no inciso III, do § 7º deste artigo, a disponibilização dos


créditos ocorre no momento de seu reconhecimento ou ativação pela empresa de
telecomunicação, que possibilite o seu consumo no terminal.

A partir de 2009, alguns anos após o boom dos aparelhos celulares, a lei 9.226/09 introduziu no inciso III
um novo momento: o do fornecimento de créditos para utilização em celulares. O ICMS passa a ser devido
quando os créditos são ativados de maneira que possibilite o seu uso. Na prática: se colocou R$ 50 de
crédito no celular o ICMS passa ser devido não quando as ligações forem feitas, mas sim quando essas
ligações passarem a poder serem feitas.

Art. 3º § 8º No que pertine à energia elétrica, considera-se também ocorrido o fato


gerador:

I - na hipótese do inciso I do caput, no momento em que ocorrer a produção, extração,


geração, transmissão, transporte, distribuição, fornecimento ou qualquer outra forma
de intervenção onerosa, ocorrida até a sua destinação ao consumo final;

II - na hipótese do inciso XII do caput, no momento da entrada no território mato-


grossense da energia elétrica produzida, extraída, gerada, transmitida, transportada,
distribuída, fornecida ou que tiver sofrido qualquer intervenção onerosa no território
mato-grossense, quando não destinada à comercialização ou à industrialização.

Como sabemos a energia elétrica é considerada mercadoria para fins de tributação pelo ICMS. Temos
então dois momentos trazidos por nossa legislação.

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O primeiro deles ocorre em uma operação interna, ou seja, quando remetente e destinatário da energia
elétrica estão dentro do Estado do Mato Grosso. Nesses casos o momento será o da produção, extração,
geração, transmissão, transporte, distribuição, fornecimento ou qualquer outra forma de intervenção
onerosa que ocorra até a entrega ao usuário final.

O segundo trata de operações interestaduais “chegando” em Mato Grosso para consumo, hipótese em que
o momento será a entrada no Estado mato-grossense.

Exemplo 125) Contribuinte do Estado do Mato Grosso do Sul remete energia elétrica para o Estado do MT.
A saída do Estado do MS, como sabemos, goza de imunidade constitucional. Já a entrada no MT pode ser
dar sob duas formas:

1) para consumo, hipótese que ao cruzar a fronteira dos Estados ocorre o momento do fato gerador.

2) para industrialização ou comercialização, hipótese em que não teremos incidência ao cruzar o Estado.

RICMS-MT. Art. 3º. § 13 Ressalvada disposição expressa em contrário, inclui-se, também,


na hipótese do inciso I do caput deste artigo, a saída de mercadoria de estabelecimento
extrator, produtor ou gerador, para qualquer outro estabelecimento, de idêntica
titularidade ou não, localizado na mesma área ou em área contínua ou diversa,
destinada ao consumo ou à utilização em processo de tratamento ou de
industrialização, ainda que as atividades sejam integradas.

Vimos que a operação de circulação de mercadorias, ainda que entre estabelecimento do mesmo titular é
fato gerador do ICMS, certo? O dispositivo acima vem reforçar que ainda que essa circulação se dê entre
estabelecimentos, do mesmo titular ou não, que se localizem em área contígua ou diversa, e mesmo que as
atividades sejam integradas ocorre o fato gerador do ICMS na saída do estabelecimento. Veja:

Exemplo 126) A fábrica de cachaça DABOA percebeu ser mais rentável verticalizar sua produção. Para isso,
ao invés de adquirir cana de açúcar de outros produtores, resolveu comprar uma fazenda para fazer sua
própria plantação. Ao enviar a cana de sua fazenda para a fábrica, incidirá ICMS normalmente, mesmo que
a fábrica se localize em área adjacente à fazenda.

RICMS-MT. Art. 3º. § 14 São irrelevantes para a caracterização do fato gerador:

I – o título jurídico pelo qual a mercadoria, saída ou consumida no estabelecimento,


tenha estado na posse do respectivo titular;

II – o título jurídico pelo qual o bem, utilizado para a prestação do serviço, tenha estado
na posse do prestador;

III – a validade jurídica do ato praticado; (cf. inciso I do art. 118 do CTN)

IV – os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. (cf. inciso II do art. 118 do CTN)

Pessoal, se um ato abstrato descrito em lei como fato gerador do ICMS ocorrer no mundo real, não há que
se preocupar com outros pontos: teremos a ocorrência do FG. Desta forma, se houver a circulação de
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mercadoria, por exemplo, não precisamos nos preocupar com mais nada para afirmarmos que está
instaurada a relação jurídico-tributária entre o sujeito ativo (Estado) e o sujeito passivo (contribuinte ou
responsável). “Mas Da Rocha, e se o contribuinte não estiver inscrito no Cadastro de Contribuintes? E se a
circulação da mercadoria tiver sido feita com descumprimento da legislação? E se a circulação da
mercadoria não possuir validade jurídica?” Nada disso importa, teremos caracterizada a ocorrência do fato
gerador.

RICMS-MT. Art. 4° Para os efeitos da aplicação da legislação do imposto:

I – considera-se saída do estabelecimento:

a) de quem promover o abate, a saída da carne e de todo o produto da matança do


gado abatido em matadouro, público ou particular, não pertencente ao abatedor;

As partes do gado abatido em matadouros públicos ou particulares de terceiros são consideradas saídas do
estabelecimento que remeteu o gado para o abate e não do matadouro.

RICMS-MT. Art. 4° Para os efeitos da aplicação da legislação do imposto:

I – considera-se saída do estabelecimento:

b) do importador, do arrematante ou do adquirente em licitação promovida pelo Poder


Público, neste Estado, a mercadoria saída de repartição aduaneira com destino a
estabelecimento diverso daquele que a tiver importado, arrematado ou adquirido,
observado o disposto no § 1° deste artigo;

§ 1° Para efeito do disposto na alínea b do inciso I do caput deste artigo, não se considera
diverso outro estabelecimento de que seja titular o importador, o arrematante ou o
adquirente, desde que situado neste Estado.

A mercadoria importada ou arrematada que tiver como destino estabelecimento diverso do importador ou
do arrematante será considerada entrada e saída no estabelecimento do importador/arrematante.
Trazendo um pouco para prática, se A importa mercadoria e manda entregar diretamente em B,
consideramos que a mercadoria entrou simbolicamente em A e depois saiu para B.

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RICMS-MT. Art. 4° Para os efeitos da aplicação da legislação do imposto:

II – considera-se, ainda:

a) devolução de mercadoria, a operação que tenha por objeto anular todos os efeitos de
uma operação anterior;

b) transferência, a operação de que decorra a saída de mercadoria ou bem de um


estabelecimento com destino a outro, pertencente ao mesmo titular;

c) industrialização, qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o


acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou o aperfeiçoe para consumo,
tal como:

1) a que, executada sobre matéria-prima ou produto intermediário, resulte na obtenção


de espécie nova (transformação);

2) a que importe em modificação, aperfeiçoamento ou, de qualquer forma, alteração do


funcionamento, da utilização, do acabamento ou da aparência do produto
(beneficiamento);

3) a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo


produto ou unidade autônoma (montagem);
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4) a que importe em alteração da apresentação do produto pela colocação de


embalagem, ainda que em substituição à original, salvo quando a embalagem aplicada
destinar-se apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou
reacondicionamento);

5) a que, executada sobre o produto usado ou partes remanescentes de produto


deteriorado ou inutilizado, o renove ou restaure para utilização (renovação ou
recondicionamento);

d) em estado natural, o produto tal como se encontra na natureza, que não tenha sido
submetido a nenhum processo de industrialização referido na alínea c deste inciso, não
perdendo essa condição o que apenas tiver sido submetido a resfriamento,
congelamento, secagem natural, acondicionamento rudimentar ou que, para ser
comercializado, dependa necessariamente de beneficiamento ou acondicionamento;

§ 2° Relativamente ao disposto na alínea c do inciso II do caput deste artigo, não perde a


natureza de primário o produto que apenas tiver sido submetido a processo de
beneficiamento, acondicionamento ou reacondicionamento.

Em relação à devolução e transferência, não vejo dificuldades em entender. Entretanto quando estivermos
falando sobre industrialização é importante tomarmos cuidado.

Perceba que no item 4 é trazido um reAcondicionamento (repare no "A", que coloquei em maiúsculo).
Trata-se de uma substituição da embalagem da mercadoria. Já o item 5 não possui o "A", sendo o
recondicionamento, ato de renovar ou restaurar um produto.

RICMS-MT. Art. 4° III – não se considera prestação de serviço o transporte realizado em


veículo próprio, assim entendido aquele registrado em nome do remetente ou
destinatário constante da Nota Fiscal.

§ 3° A exclusão prevista no inciso III do caput deste artigo alcança, ainda, o transporte
realizado em veículo operado em regime de locação, inclusive arrendamento mercantil,
ou outra forma similar. (v. parágrafo único do art. 10 do Convênio SINIEF 6/89, alterado
pelo Ajuste SINIEF 14/89)

O ICMS incide sobre a prestação de serviço de transporte e não sobre o “transporte”. Se você pegar um
controle de televisão e levar para a casa de um amigo, estará transportando o controle, mas não estará
prestando um serviço de transporte, pois ninguém, presta serviço a si mesmo.

Desta forma, o transporte efetuado em veículo próprio não é hipótese de incidência do ICMS,
considerando-se como próprio o veículo alugado ou arrendado.

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6. Local da Operação e da Prestação

Art. 23 O local da operação ou da prestação, para efeito de cobrança do imposto e


definição do estabelecimento responsável, é:

I - tratando-se de bem ou mercadoria:

a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato gerador;

b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou


quando acompanhada de documentação fiscal inidônea;

c) o do estabelecimento que transfira sua propriedade, ou o título que a represente,


quando por ele adquirida no País e que por ele não tenha transitado;

d) o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física, quando importada do exterior;

e) o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido, na hipótese prevista na alínea


anterior;

f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria ou bem


importados do exterior e apreendidos ou abandonados;

g) aquele onde estiver estabelecido ou domiciliado o contribuinte adquirente ou


consumidor final, nas operações interestaduais com energia elétrica e petróleo,
lubrificantes e combustíveis dele derivados, quando não destinados à industrialização
ou à comercialização;

h) aquele, no território mato-grossense, onde o ouro tenha sido extraído, quando não
considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial;

§ 2º Para os efeitos da alínea h do inciso I, o ouro, quando definido como ativo financeiro
ou instrumento cambial, deve ter sua origem identificada.

i) o do desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e


moluscos;

II - tratando-se de prestação de serviço de transporte:

a) aquele onde tenha início a prestação;

b) aquele onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de


documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação fiscal inidônea;

III - ressalvado o disposto no § 5º deste artigo, tratando-se de prestação onerosa de


serviço de comunicação:

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a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, assim


entendido o da geração, emissão, transmissão e retransmissão, repetição, ampliação e
recepção;

b) o do estabelecimento da concessionária ou da permissionária que forneça ficha,


cartão, ou assemelhados com que o serviço é pago;

d) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, quando prestado por meio


de satélite;

e) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos.

IV - tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o do estabelecimento ou


do domicílio do destinatário.

§ 1º O disposto na alínea c do inciso I não se aplica às mercadorias recebidas em regime


de depósito de contribuinte de Estado que não o do depositário.

§ 4º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para depósito fechado
do próprio contribuinte, neste Estado, a posterior saída considerar-se-á ocorrida no
estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao estabelecimento remetente.

§ 5º Ressalvado o disposto no §7º deste artigo, na hipótese do inciso III do caput,


tratando-se de serviços não medidos, que envolvam localidades situadas em diferentes
unidades da Federação e cujo preço seja cobrado por períodos definidos, o imposto
devido será recolhido em partes iguais para as unidades da Federação onde estiverem
localizados o prestador e o tomador.

§ 6º Ressalvado o disposto no parágrafo anterior, quando o prestador de serviço de


comunicação estiver localizado fora do território mato-grossense, será considerado
como local o da recepção do respectivo sinal.

Exceto o § 6º, todos os dispositivos já foram vistos no estudo da lei Kandir: apenas relembre-os.

O § 6º tentar “puxar sardinha” para o MT ao passo que afirma que, em se tratando de serviços medidos, se
o prestador do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem não estiver no Estado do MT o local
passar a ser o da recepção do sinal no MT.

§ 7º Ainda nas hipóteses do inciso III do caput, será observado o que segue:

I – considera-se, também, local da prestação de serviço:

a) o do estabelecimento ou domicílio do tomador, inclusive nas hipóteses de serviço de


provimento de acesso à Internet e de serviço prestado por meio de satélite;

b) o do estabelecimento do prestador de serviço localizado no Estado onde o terminal


estiver instalado ou habilitado, tratando-se de serviços de telefonia;

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c) o do estabelecimento do domicílio do beneficiário, no território nacional, na hipótese


prevista no inciso V do § 2º do Art.2º;

III – quando o serviço de comunicação de dados for prestado a mais de um


estabelecimento ou domicílio do tomador, considera-se como local da prestação cada
um daqueles alcançados pelo serviço, sendo o imposto atribuído a cada unidade
federada, proporcionalmente ao número de estabelecimentos ou domicílios;

IV – quando o serviço de comunicação visual for prestado a tomador estabelecido ou


domiciliado em mais de uma unidade da Federação alcançada pelo serviço, considera-se
como local da prestação cada um desses locais, sendo o imposto atribuído a cada
unidade federada proporcionalmente ao número de estabelecimentos ou domicílios.

§ 8º Para fins de determinação do local da prestação, nas hipóteses tratadas no inciso V


do § 2º do Art.2º e na alínea c do inciso I do § 7º deste artigo, entende-se como local da
ocorrência do resultado da prestação de serviço de comunicação, aquele onde se
verificar a utilização do serviço pelo tomador.

O art. 7º traz outras definições de local como o domicílio do tomador quando da prestação do serviço de
provimento de acesso à internet. Quando um serviço de comunicação de dados tiver como tomador mais
de um Estado será repartido de maneira proporcional ao número de estabelecimentos ou domicílios.
Assim, se o serviço tiver como destinatário 5 estabelecimentos no MT, 3 em SP e 2 no MS, 50% do imposto
da operação irá para o MT (5 estabelecimentos tomadores de um total de 10), valendo o mesmo para o
serviço de comunicação visual.

Também será considerado local da operação o do prestador dentro do MT quando o terminal estiver
instalado (telefone fixo) ou habilitado (celular) nesse Estado.

Além disso temos como local o do estabelecimento beneficiário de um uma prestação de serviço de
comunicação para o exterior que tenha resultado no país.

Art. 23 O local da operação ou da prestação, para efeito de cobrança do imposto e


definição do estabelecimento responsável, é:

I - tratando-se de bem ou mercadoria:

j) o do estabelecimento destinatário da mercadoria ou bem, na hipótese do inciso XIII do


artigo 3º, para efeitos do § 3º do artigo 6º.

k) o do estabelecimento localizado em outra unidade federada que remeter bem ou


mercadoria a consumidor final deste Estado, não contribuinte do imposto.

II - tratando-se de prestação de serviço de transporte:

c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese do inciso XIV do artigo 3º,


para efeitos do § 3º do artigo 6º.

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d) o do início da prestação de serviço, em outra unidade federada, quando destinado a


consumidor final deste Estado, não contribuinte do imposto;

III - ressalvado o disposto no § 5º deste artigo, tratando-se de prestação onerosa de


serviço de comunicação:

c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese do inciso XIV do artigo 3º,


para os efeitos do § 3º do artigo 6º;

c-1) o do início da prestação de serviço, em outra unidade federada, quando destinado a


consumidor final deste Estado, não contribuinte do imposto;

Como sabemos, quando o destinatário em operação ou prestação interestadual for consumidor final não
contribuinte, a responsabilidade pelo DIFAL será do remetente e por isso o local da operação eleito é onde
tenha início a prestação do serviço em outro Estado ou, em se tratando de mercadoria, o do
estabelecimento remetente da mesma localizado lá no outro Estado.

Já nos casos em que o destinatário é contribuinte ele mesmo será o responsável pelo recolhimento do
DIFAL e por isso a eleição de seu estabelecimento para o local da operação.

Destinatário não
contribuinte do Remetente
Responsável pelo ICMS
recolhimento do
DIFAL Destinatário
contribuinte do Destinatário
ICMS

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Destinatário não Estabelecimento


remetente, em outra UF
contribuinte do ou local do início da
ICMS prestação do serviço
Local no DIFAL
Destinatário
Estabelecimento
contribuinte do
do Destinatário
ICMS

RICMS-MT. Art. 71. § 4° Presume-se interna a operação quando o contribuinte não


comprovar a saída da mercadoria do território mato-grossense com destino a outro
Estado ou ao Distrito Federal, ou a sua efetiva exportação.

Se o contribuinte emitir um documento fiscal de mercadoria destinada ao exterior ou a outro Estado, deve
demonstrar que efetivamente a mercadoria saiu do Estado e, nos casos em que isso não for feito,
presume-se que a mercadoria foi internalizada, ou seja, comercializada dentro do território do Mato
Grosso.

RICMS-MT. Art. 71. § 5° Na remessa de vasilhame, recipiente ou embalagem vazia,


inclusive sacaria e assemelhados, para retorno com mercadoria, considera-se local de
início da prestação do serviço de transporte, na remessa e no retorno, aquele onde tiver
início cada uma dessas prestações.

Dispositivo simples, que reafirma o local da operação na prestação de serviços de transporte como sendo
onde iniciar a prestação.

Art. 23. § 3º Para efeito desta lei, estabelecimento é o local, privado ou público,
edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas
atividades em caráter temporário ou permanente, bem como onde se encontrem
armazenadas mercadorias, observado, ainda, o seguinte:

I - na impossibilidade de determinação do estabelecimento, considera-se como tal o


local em que tenha sido efetuada a operação ou prestação, encontrada a mercadoria ou
constatada a prestação;

II - é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular;

III - considera-se também estabelecimento autônomo o veículo usado no comércio


ambulante e na captura de pescado;

IV - respondem pelo crédito tributário todos os estabelecimentos do mesmo titular.

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Mais uma cópia literal da lei Kandir...vamos relembrar e seguir!

Art. 23. § 7º Ainda nas hipóteses do inciso III do caput, será observado o que segue:

II – considera-se, ainda, estabelecimento prestador de serviço de comunicação, o local


de ponto de presença onde o contribuinte desenvolva a atividade de modo permanente
ou temporário, sendo irrelevante a utilização de rede própria ou de terceiros;

Por fim, não importa se o prestador de serviço de comunicação tem rede própria para prestar os serviços
ou é a rede pertence a terceiros (alugada por exemplo): o local, quando a legislação assim afirmar, será o
da prestação do serviço.

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QUESTÕES COMENTADAS

01. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) Julgue o seguinte item:

Na hipótese de prestação onerosa de serviços de comunicação, quando o serviço for prestado


mediante pagamento em ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do
==22dd0==

ICMS quando da utilização desses instrumentos pelo usuário.

Comentários:

Falso. No serviço de comunicações onerosas mediante ficha o momento é o do fornecimento da


ficha ou emissão para o usuário e não no momento da utilização do serviço.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

VII - da prestação onerosa de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a


geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação
de comunicação de qualquer natureza;

§ 1º Na hipótese do inciso VII, quando o serviço for prestado mediante pagamento em


ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto quando
do fornecimento desses instrumentos ao usuário.

02. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) Indique, nas opções a seguir, aquela que, de acordo com a
legislação mato-grossense, relativas ao Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e sobre a
prestação de serviços de sua competência (ICMS), não configura o momento em que se
considera ocorrido o fato gerador.

a) Entrada, no território do Mato Grosso, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis


líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, oriundos de outra unidade da Federação,
quando não destinados à comercialização ou à industrialização.

b) Desembaraço de mercadoria importada do exterior.

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c) Ato final da prestação de serviço de transporte intermunicipal.

d) Saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte para outro estabelecimento do mesmo


titular.

e) Transmissão da propriedade de título que represente a mercadoria, quando esta não tiver
transitado pelo estabelecimento do transmitente.

Comentários:

(a), (b), (d) e (e) Corretos. São transcrições de incisos explicados durante a aula. Veja:

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro


estabelecimento do mesmo titular; (letra d)

IV - da transmissão da propriedade da mercadoria, ou de título que a represente,


quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; (letra e)

IV - do desembaraço aduaneiro das mercadorias ou bens importados do exterior; (letra


b)

XII - da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e


gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não
destinados à comercialização ou à industrialização; (letra a)

(c) Falso. Na prestação de serviço de transporte intermunicipal o momento é o início da prestação!


Será no ato final do transporte se iniciado no exterior.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de


qualquer natureza;

Gabarito: Letra C.

03. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) De acordo com a legislação de Mato Grosso, relativas ao


imposto sobre a circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de sua competência
(ICMS), as assertivas a seguir são verdadeiras, exceto a de que

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a) o imposto não incide na venda do bem arrendado ao arrendatário, efetuada pela empresa de
arrendamento mercantil.

b) em regra o veículo usado no comércio ambulante é considerado estabelecimento autônomo.

c) o imposto não incide sobre operações decorrentes de transferência de propriedade de


estabelecimento comercial.

d) a isenção não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias.

e) nos casos de prestação de serviço de transporte acompanhada de documentação inidônea, para


efeito de cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, o local da operação é
o local onde se encontre o transportador.

Comentários:

(a) Falso. Já achamos nossa resposta. Vimos durante a aula que o ICMS realmente não incide em
operações de arrendamento mercantil (leasing) porém incide na venda do bem ao arrendatário.

(b) Correto.

Art. 3º. III - considera-se também estabelecimento autônomo o veículo usado no


comércio ambulante e na captura de pescado;

(c) Correto.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

VI - operações de qualquer natureza decorrentes da transferência de propriedade de


estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie, ou, ainda, efetuadas em
razão de mudança de endereço;

(d) Correto. A isenção em nada se relaciona com o cumprimento de obrigações acessórias. Não é
porque uma operação é isenta que ela não precisa ser escriturada, por exemplo.

§ 1º Os benefícios fiscais não dispensam o contribuinte do cumprimento das obrigações


acessórias.

(e) Correto.

Art. 23 O local da operação ou da prestação, para efeito de cobrança do imposto e


definição do estabelecimento responsável, é:

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II - tratando-se de prestação de serviço de transporte:

b) aquele onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de


documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação fiscal inidônea;

Gabarito: Letra A.

04. (Inédita) A fábrica de bolas de futevôlei SHARK, de Mato Grosso, realizou em um


determinado mês as seguintes operações:

I – Transferência de 500 bolas para Armazém Geral em Cuiabá-MT.

II – Venda de 100 bolas para uma escolinha do bairro de Icaraí, em Niterói-RJ.

III – Doação de 30 bolas para a Igreja Matriz para utilização em um projeto de futevôlei com
crianças carentes.

Nos termos da legislação mato-grossense, ocorreu a incidência do ICMS em:

a) I, II e III.

b) II e III, apenas.

c) III, apenas.

d) I, apenas.

e) II, apenas.

Comentários:

(I) Não incidência. Não incide ICMS na saída para AG dentro do Estado.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

X - saída interna de mercadoria destinada a armazém-geral ou depósito fechado do


próprio contribuinte, para depósito em nome do remetente, bem como o respectivo
retorno ao estabelecimento depositante;

(II) Incidência. Ocorreu uma operação interestadual de venda de bolas para um consumidor final,
que é tributada normalmente. Relembre-se ainda que nesse caso ocorrerá o diferencial de
alíquota.
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(III) Incidência. A doação é tributada normalmente por ser uma circulação de mercadoria. Não
importa se é para uma igreja ou para uma loja revendedora. Entretanto, a legislação pode
conceder isenções assim como faz com qualquer outro tipo de circulação (desde que autorizado
pelo CONFAZ).

Gabarito: Letra B.

05. (Inédita) A fábrica de bolas de futevôlei SHARK, de Cuiabá-MT, realizou em um determinado


mês as seguintes operações:

I – Transferência de 1.000 bolas para sua filial em Cáceres-MT.

II – Exportação de 4.000 bolas para revendedora em Miami Beach (EUA).

III – Emprestou 3.000 bolas para uma outra fábrica que havia perdido toda sua produção por
conta de um incêndio.

IV – Adquiriu em leilão 10.000 Kg de couro sintético importado e apreendido para utilizar como
insumo na fabricação.

Nos termos da legislação mato-grossense, ocorreu a incidência do ICMS em:

a) I, III e IV, apenas.

b) I, II e III, apenas.

c) III, apenas.

d) IV, apenas.

e) III e IV, apenas.

Comentários:

(I) Incidência. É irrelevante a operação ser realizada entre estabelecimentos do mesmo titular e,
por isso, há incidência nessa circulação de mercadoria.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro


estabelecimento do mesmo titular;

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(II) Imunidade (não incidência constitucionalmente qualificada). Com o advento da EC 42/03 toda
exportação se tornou imune.

(III) Incidência. O empréstimo é tributado normalmente por ser uma circulação de mercadoria sem
previsão de não incidência.

(IV) Incidência. Ao adquirir mercadoria importada e apreendida ocorre o fato gerador, sendo o
adquirente o contribuinte.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

VII - da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do exterior


apreendidos ou abandonados;

Gabarito: Letra A.

06. (Inédita) A fábrica de bolas de futevôlei SHARK, de Cuiabá-MT, realizou em um determinado


mês as seguintes operações:

I - Transferência de 1.000 bolas para um depósito fechado localizado em Corumbá-MS.

II – Retorno de 1.000 bolas de um depósito fechado em Cáceres-MT.

III – Retorno das 1.000 bolas do depósito fechado de Corumbá-MS.

IV – Saída do depósito fechado de Cáceres-MT por venda a contribuinte de Sinop-MT.

V - Saída do depósito fechado de Corumbá-MS por venda a contribuinte de Mato Grosso.

O local da operação é o estabelecimento da fábrica em Cuiabá nas situações:

a) I e II, apenas.

b) I, II, e III, apenas.

c) I e IV, apenas.

d) I, apenas.

e) V, apenas.

Comentários:
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(I) Local é o estabelecimento da fábrica em Cuiabá. Repare que, como a mercadoria está saindo
para o MS, ocorrerá incidência do ICMS. Caso fosse uma saída para um depósito fechado localizado
dentro do Estado, não haveria incidência do ICMS.

§ 4º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para depósito fechado
do próprio contribuinte, neste Estado, a posterior saída considerar-se-á ocorrida no
estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao estabelecimento remetente.

Veja que se a mercadoria que foi para o depósito dentro do MT der saída pra qualquer outro lugar
que não seja a volta para o próprio contribuinte, o local do fato gerador considerado será o do
próprio contribuinte (o estabelecimento da fábrica, no nosso exemplo).

(II) Local é o depósito pois a mercadoria está retornando para o remetente.

(III) Local é o depósito pois está localizado em outro Estado e, mesmo que estivesse no mesmo
Estado, a mercadoria está retornando para o remetente.

(IV) Local é a própria fábrica pois o depósito está localizado em MT e a mercadoria está saindo
para destinatário diverso do remetente (não é retorno).

(V) Local é o depósito pois além de estar localizado em outro Estado, não se trata de um retorno.

Gabarito: Letra C.

07. (Inédita) O restaurante PODRONIS, localizado em Mato Grosso, praticou diversas operações
em um determinado mês. Assinale a alternativa que não caracteriza incidência do ICMS:

a) Fornecimento de café importado ao Sr. Dimulé.

b) Fornecimento de whisky, cujo imposto havia sido recolhido por Substituição Tributária, ao Sr.
Dimulé.

c) Fornecimento de camarão ao Sr. Dimulé.

d) Fornecimento de cerveja, cujo imposto não havia sido recolhido por Substituição Tributária,
para o Sr. Dimulé.

e) em todas as opções incide o ICMS.

Comentários:

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O fornecimento de bebidas e alimentação em bares e similares é um fato gerador clássico. Assim,


fica bem fácil de saber que as alternativas (a), (b), (c) e (d) possuem a incidência do ICMS. O que
pode gerar dúvida é quanto a Substituição Tributária que já estudamos. Você precisa ter em mente
que o fato de a mercadoria estar sujeita ou não à ST não altera a condição de incidência do
imposto. O fato gerador continua o mesmo; a diferença é que o imposto foi recolhido por um
terceiro. Assim, não é porque o ICMS sobre o fornecimento do whisky foi recolhido antes mesmo
do fornecimento que este fornecimento deixa de sofrer incidência!

Gabarito: Letra E.

08. (Inédita) A Transportadora QUEBRATUDO, domiciliada em Pernambuco, realizou diversas


operações e prestações em determinado mês. Assinale a alternativa em que o ICMS deve ser
recolhido ao Estado do Mato Grosso.

a) Prestação de serviço de Transporte de Quito, Equador, até Cáceres-MT.

b) Prestação de serviço de transporte de Sinop-MT até Buenos Aires, Argentina.

c) Prestação de serviço de transporte entre dois bairros de Cuiabá-MT.

d) Compra de 10.000 litros de diesel de Sinop-MT.

e) Transporte de 10 milhões de reais de Rio Branco-AC a Cuiabá-MT, tendo parado para descansar
por 2 dias em Brasília.

Comentários:

Antes de iniciar a resolução da questão propriamente dita, precisamos saber que existe hoje uma
grande discussão a respeito do transporte internacional. Nossa Constituição estabeleceu como fato
gerador o serviço de transporte interestadual e intermunicipal.

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de


transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior;

Existem correntes que tratam o serviço de transporte iniciado fora do país e aqui terminado como
uma importação de serviço que estaria sujeita a expressão “prestações (que) se iniciem no
exterior”. Esses entendem que o serviço de transporte iniciado no exterior deve ser tributado.

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Outra corrente entende que se a CF quisesse tributar tal serviço o teria feito de maneira expressa e
que a expressão “prestações (que) se iniciem no exterior” se refere apenas às prestações de
serviço de comunicação.

Tal discussão não será abordada na sua prova. “Pô, professor, por que então falar disso?”. Para
que você não ache estranho o que toda legislação afirma:

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

VI - do ato final do transporte iniciado no exterior;

Alguns alunos fazem o seguinte questionamento: “Mas o serviço de transporte tributado não é só
o interestadual e o intermunicipal?”. Sim, dependendo da pergunta do examinador.

Não pretendo em hipótese alguma entrar nessa discussão. Para sua prova você deve considerar
que:

1) se o examinador lhe perguntar de maneira direta se incide ICMS sobre transporte internacional
a resposta deve ser não.

2) se o examinador lhe perguntar se incide ICMS no ato final de transporte iniciado no exterior a
resposta deve ser sim.

Voltemos à questão:

(a) Correto. Não importa onde é domiciliada a transportadora (Pernambuco no caso). O que
importa, para transporte iniciado no exterior, é o local onde o serviço terminou, que no caso é
Cáceres-MT.

(b) Não incidência. Não há que se falar em ICMS em um serviço de “exportação” de transporte.

(c) Não Incidência. Não incide ICMS sobre transportes dentro de Cuiabá (intramunicipal).

(d) Incidência, porém o ICMS deve ser recolhido para Pernambuco uma vez que a entrada do
diesel se deu naquele Estado.

(e) Incidência, porém o ICMS é devido ao Acre, Estado onde se iniciou a prestação do serviço.

Art. 23 O local da operação ou da prestação, para efeito de cobrança do imposto e


definição do estabelecimento responsável, é:

II - tratando-se de prestação de serviço de transporte:

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a) aquele onde tenha início a prestação;

Gabarito: Letra A.

09. (Inédita) A empresa alagoana TELTEL presta serviços de comunicação via satélite e cobra por
tempo de utilização. A cada minuto utilizado é cobrado R$ 1. Em determinado mês prestou
serviços para 3 usuários, localizados em Cuiabá-MT, Recife-PE e Corumbá-MS, cujas faturas
foram de R$ 100.000, R$ 200.000 e R$ 300.000, respectivamente. Supondo-se a alíquota interna
de Alagoas de 35% e a alíquota de 25% para os demais Estados, assinale a alternativa que
correta.

a) o Imposto é devido a AL e é calculado pela alíquota interestadual.

b) o Imposto é devido a AL e é calculado pela alíquota interna de 35%.

c) o Imposto é a MT (R$ 25.000), PE (R$ 50.000) e MS (R$75.000).

d) em cada uma das 3 operações o Imposto é partilhado entre AL e o Estado de destino.

e) o Imposto é devido à MT (R$ 35.000), PE (R$ 70.000) e MS (R$105.000).

Comentários:

O mais importante da questão é identificar que o serviço é prestado via satélite e é medido (não se
trata de um serviço não medido uma vez que se cobra por minuto). Identificadas essas
características vejamos o que diz nossa lei.

Art. 23 O local da operação ou da prestação, para efeito de cobrança do imposto e


definição do estabelecimento responsável, é:

III - ressalvado o disposto no § 5º deste artigo, tratando-se de prestação onerosa de


serviço de comunicação:

d) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, quando prestado por meio


de satélite;

O local da operação, quando prestado nas características citadas acima, é o domicílio do tomador
e, portanto, sujeita-se a alíquota interna do próprio tomador.

Na questão em tela os tomadores estão localizados em MT, PE e MS. De posse dessa informação
podemos eliminar as alternativas (a), (b) e (d) pois não cabe ICMS a MT.

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Como as alíquotas internas hipotéticas desses Estados são de 25%, vamos aos cálculos.

ICMSMT = 25% x 100.000 = R$ 25.000

ICMSPE = 25% x 200.000 = R$ 50.000

ICMSMS = 25% x 300.000 = R$ 75.000.

Gabarito: Letra C.

10. (SEFIN-RO/FJPF/2010/Adaptada) De acordo com a legislação do Mato Grosso, o ICMS não


incide sobre:

a) as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de


pessoas, bens, mercadorias ou valores.

b) as operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e


bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares.

c) as prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a


emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e ampliação de qualquer
natureza.

d) o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços,


de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à
incidência do imposto estadual.

e) a entrada, no território do Estado, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e


gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando destinados à comercialização ou à
industrialização.

Comentários:

Todas as opções trazem hipóteses de incidência na legislação, exceto a letra (e) que traz uma não
incidência expressamente prevista.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

III - operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive


lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à
industrialização ou à comercialização;

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Gabarito: Letra E.

11. (SEFIN-RO/FCC/2010) Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento

a) do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na competência


tributária dos Municípios e sem indicação expressa de incidência do imposto de competência
estadual, como definido na lei complementar aplicável.

b) do ato final do transporte com término no exterior.

c) da aquisição em licitação pública de mercadorias importadas do exterior e apreendidas ou


abandonadas, excetuados os bens adquiridos nessas mesmas circunstâncias.

d) da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro


estabelecimento do mesmo titular.

e) da entrada na repartição aduaneira das mercadorias ou bens importados do exterior.

Comentários:

(a) Falso. Examinador trocou a palavra “COM” por “SEM”. Para ter incidência do ICMS sobre as
mercadorias fornecidas juntamente com serviços previstos na LC 116/03 deve haver indicação
expressa.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

VIII - do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços:

a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de


incidência do ICMS, como definido na lei complementar aplicável;

(b) Falso. Examinador trocou novamente as palavras. O correto seria do ato final do transporte
iniciado no exterior.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

VI - do ato final do transporte iniciado no exterior;

(c) Falso. Não existe essa exceção que o examinador inventou.

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Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

VII - da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do exterior


apreendidos ou abandonados;

(d) Correto.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro


estabelecimento do mesmo titular;

(e) Falso. O momento do fato gerador não é a entrada na repartição aduaneira, mas sim o
desembaraço.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

IV - do desembaraço aduaneiro das mercadorias ou bens importados do exterior;

Gabarito: Letra D.

12. (SEFIN-RO/FCC/2010/Adaptada) O ICMS

I. não incide sobre operações com livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão.

II. não incide sobre operações com ouro.

III. não incide sobre operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de
propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) I e III.

c) II.

d) II e III.

e) III.

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Comentários:

(I) e (III) Corretos.

(II) Falso. Não podemos generalizar pois o ouro só terá não incidência quando for ativo financeiro
ou instrumento cambial; quando for mercadoria sofrerá a incidência normalmente.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

I - operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;

IV – operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento
cambial;

VI - operações de qualquer natureza decorrentes da transferência de propriedade de


estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie, ou, ainda, efetuadas em
razão de mudança de endereço;

Gabarito: Letra B.

13. (SEFIN-RO/FCC/2010) O ICMS incide sobre

a) a prestação de serviço de transporte interestadual e intramunicipal, por qualquer via, de


pessoas, bens, mercadorias ou valores.

b) a prestação de serviço de transporte intermunicipal e intramunicipal, por qualquer via, de


pessoas, bens, mercadorias ou valores.

c) a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do imposto, exceto a destinada ao ativo fixo do estabelecimento
importador.

d) a entrada, no território do Estado, de petróleo, inclusive lubrificante e combustível líquido e


gasoso dele derivados, e de energia elétrica, quando destinados à comercialização ou à
industrialização, decorrentes de operações interestaduais.

e) a prestação onerosa de serviço de comunicação, por qualquer meio.

Comentários:

(a) e (b) Falsos. Já estamos cansados de saber que o ICMS não incide sobre transporte
intramunicipal.
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(c) Falso. Também já debatemos esse item diversas vezes. Importou mercadoria? Se lascou, não
importa que seja para o ativo fixo.

(d) Falso. Não incide o ICMS na entrada dessas mercadorias se forem destinadas à comercialização
ou industrialização.

(e) Correto.

Art. 1º O imposto incide sobre:

I – operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive fornecimento de


alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;

II – prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer


via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores;

III – prestações onerosas de serviços de comunicação por qualquer meio, inclusive a


geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação
de comunicação de qualquer natureza;

Gabarito: Letra E.

14. (SEFAZ-PE/FCC/2014/Adaptada) Considere as situações a seguir:

I. A Fábrica de Instrumentos Musicais Nando Cordel, de Cuiabá, arremata em leilão promovido


pela Secretaria da Receita Federal, em Salvador − BA, um lote de guitarras havaianas que haviam
sido apreendidas por aquele órgão por ingresso clandestino no país.

II. Empresa pesqueira de Cáceres-MT, após efetuar pesca em alto mar, desembarca pescados em
Natal-RN.

III. Michael Sullivan, pessoa física, domiciliado em Cuiabá, importa um piano da Alemanha e
promove o desembaraço no porto de Aratu − Bahia.

IV. A Fábrica de Instrumentos Musicais Nando Cordel, de Sinop-MT, emite nota fiscal referente à
transmissão da propriedade de um lote de atabaques que mantinha depositado em armazém-
geral de São Paulo − SP.

V. Mercadoria interceptada em território do Mato Grosso sem estar acompanhada de


documento fiscal, tendo a mesma saído de estabelecimento sediado no Município de Fortaleza −
CE.

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Não havendo previsão específica de desoneração na legislação, implica a obrigação de pagar


ICMS ao Estado de Mato Grosso APENAS o que consta em

a) III e V.

b) I, III e IV.

c) I, II, IV e V.

d) II, III e IV.

e) V.

Comentários:

(I) Como a licitação foi realizada na BA, o ICMS é devido àquele Estado.

Art. 23 O local da operação ou da prestação, para efeito de cobrança do imposto e


definição do estabelecimento responsável, é:

I - tratando-se de bem ou mercadoria:

f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria ou bem


importados do exterior e apreendidos ou abandonados;

(II) O local da operação é o do desembarque do pescado, ou seja, Natal.

Art. 23 O local da operação ou da prestação, para efeito de cobrança do imposto e


definição do estabelecimento responsável, é:

I - tratando-se de bem ou mercadoria:

i) o do desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e


moluscos;

(III) Preste atenção! O Momento é o desembaraço na Bahia, mas o local da operação é o domicílio
do adquirente, ou seja, Mato Grosso.

Art. 23 O local da operação ou da prestação, para efeito de cobrança do imposto e


definição do estabelecimento responsável, é:

I - tratando-se de bem ou mercadoria:

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d) o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física, quando importada do exterior;


e) o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido, na hipótese prevista na alínea
anterior;

(IV) Por se localizar em outro Estado, o local da operação é o do armazém geral em SP. Se o
armazém estivesse localizado no Mato Grosso o local seria o estabelecimento da fábrica.

Art. 23. § 4º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para depósito
fechado do próprio contribuinte, neste Estado, a posterior saída considerar-se-á
ocorrida no estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao estabelecimento
remetente.

(V) Toda vez que uma mercadoria for encontrada em situação irregular pela falta de
documentação fiscal ou quando com documento fiscal inidôneo o local da operação será onde ela
se encontrar. Por isso o ICMS é devido ao Mato Grosso.

Art. 23 O local da operação ou da prestação, para efeito de cobrança do imposto e


definição do estabelecimento responsável, é:

I - tratando-se de bem ou mercadoria:

b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou


quando acompanhada de documentação fiscal inidônea;

Gabarito: Letra A.

15. (SEFIN-RO/FGV/2018/Adaptada) As opções a seguir apresentam hipóteses de incidência do


Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), de acordo com a Lei
Estadual mato-grossense, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal de pessoas, bens,


mercadorias ou valores, por qualquer via.

b) Entrada de bem ou mercadoria importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade.

c) Prestação de serviços, recebidos por contribuintes do imposto, cuja prestação se tenha iniciado
em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente.

d) Operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de


estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie, em virtude de aquisição de
estabelecimento.

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e) Prestação de serviços no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.

Comentários:

A única alternativa que não traz uma incidência é a letra (D), hipótese expressa de não incidência
na lei mato-grossense.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

VI - operações de qualquer natureza decorrentes da transferência de propriedade de


estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie, ou, ainda, efetuadas em
razão de mudança de endereço;

Gabarito: Letra D.

16. (SEFIN-RO/FGV/2018) Na entrega de mercadoria importada do exterior, considera-se


ocorrido o fato gerador do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços
(ICMS), o momento em que se dá

a) o desembaraço aduaneiro.

b) a entrada da mercadoria no estabelecimento do destinatário.

c) a saída da mercadoria do exterior.

d) a aquisição da mercadoria, ainda que a mercadoria não seja entregue corretamente.

e) a entrega da declaração de importação pelo estabelecimento adquirente.

Comentários:

Questão nível facílimo. Na importação o momento se dá no desembaraço aduaneiro. Favor não


confundir com o local da operação, que é onde ocorrer a entrada física.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

IV - do desembaraço aduaneiro das mercadorias ou bens importados do exterior;

Gabarito: Letra A.

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17. (PGE-TO/FCC/2018) A figura do “estabelecimento” é elemento essencial na legislação do


ICMS. De acordo com a legislação mato-grossense, o

a) local em que tenha sido efetuada a operação de circulação de mercadorias pode ser
considerado estabelecimento, desde que este local não seja público, mas seja edificado.

b) local poderá ser considerado estabelecimento, desde que nele não se exerçam atividades em
caráter apenas temporário.

c) veículo será considerado estabelecimento, quando utilizado na captura de pescado, ainda que
em vias fluviais.

d) local não será considerado estabelecimento, se for público e não edificado.

e) veículo será considerado estabelecimento interestadual de depósito fechado, quando prestar


serviço de transporte interestadual de gado bovino ou suíno, confinado em jornadas de longa
duração, nos termos fixados em decreto.

Comentários:

Saber a definição de estabelecimento é essencial. O estabelecimento pode ser público ou privado,


edificado ou não (letras A e D falsas), cujas atividades sejam exercidas de maneira temporária ou
não (letra B falsa). A letra E não tem pé nem cabeça: o veículo não é considerado estabelecimento
interestadual.

Com isso temos a letra C como correta. Veja:

§ 3º Para efeito desta lei, estabelecimento é o local, privado ou público, edificado ou


não, próprio ou de terceiro, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades
em caráter temporário ou permanente, bem como onde se encontrem armazenadas
mercadorias, observado, ainda, o seguinte:

I - na impossibilidade de determinação do estabelecimento, considera-se como tal o


local em que tenha sido efetuada a operação ou prestação, encontrada a mercadoria ou
constatada a prestação;

II - é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular;

III - considera-se também estabelecimento autônomo o veículo usado no comércio


ambulante e na captura de pescado;

IV - respondem pelo crédito tributário todos os estabelecimentos do mesmo titular.

Gabarito: Letra C.
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18. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Conforme a Lei mato-grossense, para fins de tributação pelo ICMS,
estabelecimento

a) é um ente autônomo, responsável pela escrituração e apuração do imposto devido.

b) pode ser um veículo, se utilizado no transporte de funcionários da empresa, nos limites do


município.

c) é o local ou ambiente seguro, em que pessoas realizam negócios, que pode estar hospedado em
um servidor local, nas nuvens ou em outro país.

d) é quem apura o imposto e responde pelo crédito tributário.

e) é um local, que pode ser público ou privado, edificado ou não, onde pessoas, físicas ou jurídicas,
exerçam suas atividades, ou onde se encontrem mercadorias.

Comentários:

Outra questão sobre estabelecimento. Fácil, não é? É só lembrar da definição de estabelecimento


trazida na questão acima.

Gabarito: Letra E.

19. (SEFAZ-RJ/FGV/2009/Adaptada) Assinale a alternativa que indique a hipótese de não-incidência do


ICMS que não é definida pela lei do ICMS do MT.

a) operação com mercadoria destinada a depósito fechado, do próprio contribuinte, localizado no Estado
do Mato Grosso, bem assim a operação de retorno, ao estabelecimento depositante.

b) operação de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário.

c) operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor
em decorrência do inadimplemento do devedor.

d) prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de


recepção livre e gratuita.

e) Operação com bens móveis salvados de sinistro em venda por empresa seguradora.

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Comentários:

Art. 4º O imposto não incide sobre:

VI - saídas de mercadorias ou bens:

X - saída interna de mercadoria destinada a armazém-geral ou depósito fechado do


próprio contribuinte, para depósito em nome do remetente, bem como o respectivo
retorno ao estabelecimento depositante; (letra a)

VIII - operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem


arrendado ao arrendatário; (letra b)

VII - operações vinculadas à alienação fiduciária em garantia, inclusive aquelas efetuadas


pelo credor em decorrência do inadimplemento do devedor; (letra c)

XIV – prestações de serviço de comunicação, nas modalidades de radiodifusão sonora e


de sons e imagens de recepção livre e gratuita. (letra d)

Já a letra (e) é uma pegadinha maldosa e é o nosso gabarito.... Repare que o ICMS, segundo a letra da lei,
não incide na saída de bens salvados de sinistro “PARA” as seguradoras e não “DAS” seguradoras.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

IX - operações de qualquer natureza decorrentes da transferência de bens móveis


salvados de sinistro para companhias seguradoras;

Gabarito: Letra E.

20. (ISS Foz do Iguaçu/FUNDATEC/2018/Adaptada) Na entrada de mercadoria importada do exterior, em


relação ao desembaraço aduaneiro, podemos dizer que:

a) É legítima a cobrança do ICMS.

b) Não há incidência do ICMS.

c) Há incidência do ISS.

d) É legítima a cobrança do ISS.

Comentários:

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A importação de mercadorias é fato gerador do ICMS e o momento da ocorrência do fato gerador é, em


regra, o do desembaraço aduaneiro.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

IX - do desembaraço aduaneiro das mercadorias ou bens importados do exterior;

§ 2º Na hipótese do inciso IX, a entrega, pelo depositário, após o desembaraço aduaneiro,


de bem ou mercadoria importada do exterior deverá ser autorizada pelo órgão
responsável pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do
comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo
disposição em contrário.

§ 9º Na hipótese de entrega da mercadoria ou bem importados do exterior antes do


desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento, devendo
a autoridade responsável exigir, salvo disposição em contrário, a comprovação do
pagamento do imposto.

Gabarito: Letra A.

21. (SEFAZ-AL/CESPE/2020) Acerca de ICMS, julgue o item a seguir.

É possível a cobrança de ICMS sobre as importações de bens realizadas por pessoas físicas e pessoas
jurídicas não contribuintes habituais do referido imposto, estando a tributação condicionada à edição de
lei complementar estabelecendo normas gerais e de leis estaduais, reveladoras do exercício da
competência tributária.

Comentários:

Perfeito! Importou se lascou. O ICMS tem suas regras gerais descritas na lei complementar 87/96 (Lei
Kandir). A competência tributária para instituir o ICMS é concedida através da CF/88 e revela-se quando o
Estado institui o imposto através de edição de lei estadual. Lembre-se: a CF/88 atribui competência, mas
não institui o ICMS dentro do Estado.

Gabarito: Verdadeiro.

22. (SEFAZ-AL/CESPE/2020) Acerca de ICMS, julgue o item a seguir.

O ICMS incide sobre o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao ISS, de
competência dos municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência
do imposto estadual.

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Comentários:

Afirmação correta. Quando a LC 116/03 assim permitir haverá tributação do ICMS sobre o valor da
mercadoria, tributando-se o valor do serviço pelo ISS.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

VIII - do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços:

a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de


incidência do ICMS, como definido na lei complementar aplicável;

Gabarito: Verdadeiro.

23. (CLDF/CESPE/2018) Relativamente à mercadoria importada do exterior, por via marítima, com
destino a importador domiciliado no Distrito Federal, e regularmente desembaraçada em repartição
aduaneira localizada em Estado litorâneo, a Lei Complementar federal nº 87/96 estabelece que se
considera

a) ocorrido o fato gerador do imposto incidente na operação de importação, relativamente àquela


mercadoria, no momento de sua entrada no território do Distrito Federal.

b) ocorrido o fato gerador do imposto incidente na operação de importação, no momento de sua aquisição
em licitação pública, sempre que, posteriormente ao desembaraço aduaneiro regular, ela for apreendida
por transporte desacompanhado de documentação fiscal, em seu transporte rumo ao Distrito Federal.

c) como local da operação, para os efeitos da cobrança do imposto incidente na operação de importação e
definição do estabelecimento responsável, aquele em que se localiza a repartição aduaneira em que se
efetuou o desembaraço aduaneiro.

d) ocorrido o fato gerador do imposto incidente na operação de importação, relativamente àquela


mercadoria, no momento de sua saída do território do Estado litorâneo em que ocorreu o desembaraço
aduaneiro.

e) como local da operação, para os efeitos da cobrança do imposto incidente na operação de importação e
definição do estabelecimento responsável, aquele do domicílio do adquirente, quando não estabelecido.

Comentários:

Na importação o momento da ocorrência do fato gerador é, em regra, o desembaraço aduaneiro. Já o local


é o estabelecimento do adquirente ou o domicílio do adquirente, quando não estabelecido.

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(a) e (d) Falsos. O momento da ocorrência do FG não é o da entrada no DF e nem a saída do Estado
litorâneo, mas sim o do desembaraço aduaneiro.

(b) Falso. Como houve o desembaraço aduaneiro este será o momento, a não ser que a mercadoria seja
entregue ao destinatário antes desse momento, hipótese em que o momento da ocorrência do FG será
adiantado para o da entrega. Se a mercadoria posteriormente licitada teremos um novo fato gerador
arrematação em leilão público) mas esse FG não será o FG da importação.

(c) Falso. O local não tem relação com a repartição aduaneira.

(e) Correto. O local é o domicílio do adquirente quando não estabelecido.

Gabarito: Letra E.

24. (CLDF/CESPE/2018) De acordo com a Constituição Federal, com a Lei Complementar nº 87/1996 e
com a Lei Complementar nº 116/2003, a prestação, não onerosa, de serviços de comunicação

a) não dá ensejo à exigência do ISSQN, mas dá ensejo à do ICMS.

b) não dá ensejo à exigência do ICMS, nem do ISSQN.

c) dá ensejo à exigência do ISSQN, do IOF e do IPI.

d) não dá ensejo à exigência do ICMS, mas dá ensejo à do ISSQN.

e) dá ensejo à exigência tanto do ICMS, como do ISSQN.

Comentários:

Apenas a prestação onerosa do serviço de comunicação, seja ele municipal ou interestadual, figura como
hipótese de incidência do ICMS.

Aos municípios não foi concedida a competência tributária para a instituição de imposto sobre a prestação
de serviço de comunicação, seja ele oneroso ou gratuito. Desta forma, a prestação gratuita desse tipo de
serviço não encontra abrigo nem na competência estadual e tampouco na competência municipal.

Gabarito: Letra B.

25. (CELESC/FEPESE/2018) A respeito dos conhecimentos sobre o Imposto Sobre Circulação de


Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte e de Comunicação (ICMS), previsto na Lei
Complementar Federal nº 87/96, é correto afirmar:

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a) O ICMS não incide sobre a energia elétrica, pois ela não é considerada uma mercadoria.

b) Não há incidência de ICMS sobre o fornecimento de alimentação e bebidas a clientes em bares e


restaurantes, pois não há circulação de mercadorias (saída do estabelecimento).

c) Um barco de pesca de Porto Belo (SC) capturou um cardume de sardinhas em águas do Estado de São
Paulo. Ao retornar, o barco desembarcou os peixes no porto de Rio Grande (RS). Nesse caso, o ICMS
relativo aos pescados é devido ao Estado de São Paulo.

d) É contribuinte de ICMS a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial,
importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade.

e) O montante do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) integra a base de cálculo do ICMS na venda
de indústria de Pernambuco (contribuinte de ICMS) para estabelecimento comercial em Santa Catarina
(contribuinte de ICMS) de mercadoria destinada à comercialização.

Comentários:

(a) Falso. A energia elétrica é considerada mercadoria para fins de ICMS.

(b) Falso. Incidência clássica!

Art. 1º O imposto incide sobre:

I – operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive fornecimento de


alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;

(c) Falso. Não importa onde o peixe foi pescado, o local da operação é o do desembarque dos peixes que
no caso é o RS.

Art. 23 O local da operação ou da prestação, para efeito de cobrança do imposto e


definição do estabelecimento responsável, é:

I - tratando-se de bem ou mercadoria:

i) o do desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e


moluscos;

(d) Correto. Importou, se lascou!

(e) Falso. Trata-se de uma: (i) operação entre contribuintes, (ii) para comercialização e (iii) em que há fato
gerador do ICMS e do IPI. Como os 3 requisitos estudados na lei Kandir foram cumpridos o IPI não integrará
a BC do ICMS.

Gabarito: Letra D.

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LISTA DE QUESTÕES
01. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) Julgue o seguinte item:

Na hipótese de prestação onerosa de serviços de comunicação, quando o serviço for prestado


mediante pagamento em ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do
ICMS quando da utilização desses instrumentos pelo usuário.

02. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) Indique, nas opções a seguir, aquela que, de acordo com a
legislação mato-grossense, relativas ao Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e sobre a
prestação de serviços de sua competência (ICMS), não configura o momento em que se
considera ocorrido o fato gerador.

a) Entrada, no território do Mato Grosso, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis


líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, oriundos de outra unidade da Federação,
quando não destinados à comercialização ou à industrialização.

b) Desembaraço de mercadoria importada do exterior.

c) Ato final da prestação de serviço de transporte intermunicipal.

d) Saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte para outro estabelecimento do mesmo


titular.

e) Transmissão da propriedade de título que represente a mercadoria, quando esta não tiver
transitado pelo estabelecimento do transmitente.

03. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) De acordo com a legislação de Mato Grosso, relativas ao


imposto sobre a circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de sua competência
(ICMS), as assertivas a seguir são verdadeiras, exceto a de que

a) o imposto não incide na venda do bem arrendado ao arrendatário, efetuada pela empresa de
arrendamento mercantil.

b) em regra o veículo usado no comércio ambulante é considerado estabelecimento autônomo.

c) o imposto não incide sobre operações decorrentes de transferência de propriedade de


estabelecimento comercial.

d) a isenção não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias.


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e) nos casos de prestação de serviço de transporte acompanhada de documentação inidônea, para


efeito de cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, o local da operação é
o local onde se encontre o transportador.

04. (Inédita) A fábrica de bolas de futevôlei SHARK, de Mato Grosso, realizou em um


determinado mês as seguintes operações:

I – Transferência de 500 bolas para Armazém Geral em Cuiabá-MT.

II – Venda de 100 bolas para uma escolinha do bairro de Icaraí, em Niterói-RJ.

III – Doação de 30 bolas para a Igreja Matriz para utilização em um projeto de futevôlei com
crianças carentes.

Nos termos da legislação mato-grossense, ocorreu a incidência do ICMS em:

a) I, II e III.

b) II e III, apenas.

c) III, apenas.

d) I, apenas.

e) II, apenas.

05. (Inédita) A fábrica de bolas de futevôlei SHARK, de Cuiabá-MT, realizou em um determinado


mês as seguintes operações:

I – Transferência de 1.000 bolas para sua filial em Cáceres-MT.

II – Exportação de 4.000 bolas para revendedora em Miami Beach (EUA).

III – Emprestou 3.000 bolas para uma outra fábrica que havia perdido toda sua produção por
conta de um incêndio.

IV – Adquiriu em leilão 10.000 Kg de couro sintético importado e apreendido para utilizar como
insumo na fabricação.

Nos termos da legislação mato-grossense, ocorreu a incidência do ICMS em:

a) I, III e IV, apenas.


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b) I, II e III, apenas.

c) III, apenas.

d) IV, apenas.

e) III e IV, apenas.

06. (Inédita) A fábrica de bolas de futevôlei SHARK, de Cuiabá-MT, realizou em um determinado


mês as seguintes operações:

I - Transferência de 1.000 bolas para um depósito fechado localizado em Corumbá-MS.

II – Retorno de 1.000 bolas de um depósito fechado em Cáceres-MT.

III – Retorno das 1.000 bolas do depósito fechado de Corumbá-MS.

IV – Saída do depósito fechado de Cáceres-MT por venda a contribuinte de Sinop-MT.

V - Saída do depósito fechado de Corumbá-MS por venda a contribuinte de Mato Grosso.

O local da operação é o estabelecimento da fábrica em Cuiabá nas situações:

a) I e II, apenas.

b) I, II, e III, apenas.

c) I e IV, apenas.

d) I, apenas.

e) V, apenas.

07. (Inédita) O restaurante PODRONIS, localizado em Mato Grosso, praticou diversas operações
em um determinado mês. Assinale a alternativa que não caracteriza incidência do ICMS:

a) Fornecimento de café importado ao Sr. Dimulé.

b) Fornecimento de whisky, cujo imposto havia sido recolhido por Substituição Tributária, ao Sr.
Dimulé.

c) Fornecimento de camarão ao Sr. Dimulé.


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d) Fornecimento de cerveja, cujo imposto não havia sido recolhido por Substituição Tributária,
para o Sr. Dimulé.

e) em todas as opções incide o ICMS.

08. (Inédita) A Transportadora QUEBRATUDO, domiciliada em Pernambuco, realizou diversas


operações e prestações em determinado mês. Assinale a alternativa em que o ICMS deve ser
recolhido ao Estado do Mato Grosso.

a) Prestação de serviço de Transporte de Quito, Equador, até Cáceres-MT.

b) Prestação de serviço de transporte de Sinop-MT até Buenos Aires, Argentina.

c) Prestação de serviço de transporte entre dois bairros de Cuiabá-MT.

d) Compra de 10.000 litros de diesel de Sinop-MT.

e) Transporte de 10 milhões de reais de Rio Branco-AC a Cuiabá-MT, tendo parado para descansar
por 2 dias em Brasília.

09. (Inédita) A empresa alagoana TELTEL presta serviços de comunicação via satélite e cobra por
tempo de utilização. A cada minuto utilizado é cobrado R$ 1. Em determinado mês prestou
serviços para 3 usuários, localizados em Cuiabá-MT, Recife-PE e Corumbá-MS, cujas faturas
foram de R$ 100.000, R$ 200.000 e R$ 300.000, respectivamente. Supondo-se a alíquota interna
de Alagoas de 35% e a alíquota de 25% para os demais Estados, assinale a alternativa que
correta.

a) o Imposto é devido a AL e é calculado pela alíquota interestadual.

b) o Imposto é devido a AL e é calculado pela alíquota interna de 35%.

c) o Imposto é a MT (R$ 25.000), PE (R$ 50.000) e MS (R$75.000).

d) em cada uma das 3 operações o Imposto é partilhado entre AL e o Estado de destino.

e) o Imposto é devido à MT (R$ 35.000), PE (R$ 70.000) e MS (R$105.000).

10. (SEFIN-RO/FJPF/2010/Adaptada) De acordo com a legislação do Mato Grosso, o ICMS não


incide sobre:

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a) as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de


pessoas, bens, mercadorias ou valores.

b) as operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e


bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares.

c) as prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a


emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e ampliação de qualquer
natureza.

d) o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços,


de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à
incidência do imposto estadual.

e) a entrada, no território do Estado, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e


gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando destinados à comercialização ou à
industrialização.

11. (SEFIN-RO/FCC/2010) Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento

a) do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na competência


tributária dos Municípios e sem indicação expressa de incidência do imposto de competência
estadual, como definido na lei complementar aplicável.

b) do ato final do transporte com término no exterior.

c) da aquisição em licitação pública de mercadorias importadas do exterior e apreendidas ou


abandonadas, excetuados os bens adquiridos nessas mesmas circunstâncias.

d) da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro


estabelecimento do mesmo titular.

e) da entrada na repartição aduaneira das mercadorias ou bens importados do exterior.

12. (SEFIN-RO/FCC/2010/Adaptada) O ICMS

I. não incide sobre operações com livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão.

II. não incide sobre operações com ouro.

III. não incide sobre operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de
propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie.
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Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) I e III.

c) II.

d) II e III.

e) III.

13. (SEFIN-RO/FCC/2010) O ICMS incide sobre

a) a prestação de serviço de transporte interestadual e intramunicipal, por qualquer via, de


pessoas, bens, mercadorias ou valores.

b) a prestação de serviço de transporte intermunicipal e intramunicipal, por qualquer via, de


pessoas, bens, mercadorias ou valores.

c) a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do imposto, exceto a destinada ao ativo fixo do estabelecimento
importador.

d) a entrada, no território do Estado, de petróleo, inclusive lubrificante e combustível líquido e


gasoso dele derivados, e de energia elétrica, quando destinados à comercialização ou à
industrialização, decorrentes de operações interestaduais.

e) a prestação onerosa de serviço de comunicação, por qualquer meio.

14. (SEFAZ-PE/FCC/2014/Adaptada) Considere as situações a seguir:

I. A Fábrica de Instrumentos Musicais Nando Cordel, de Cuiabá, arremata em leilão promovido


pela Secretaria da Receita Federal, em Salvador − BA, um lote de guitarras havaianas que haviam
sido apreendidas por aquele órgão por ingresso clandestino no país.

II. Empresa pesqueira de Cáceres-MT, após efetuar pesca em alto mar, desembarca pescados em
Natal-RN.

III. Michael Sullivan, pessoa física, domiciliado em Cuiabá, importa um piano da Alemanha e
promove o desembaraço no porto de Aratu − Bahia.

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IV. A Fábrica de Instrumentos Musicais Nando Cordel, de Sinop-MT, emite nota fiscal referente à
transmissão da propriedade de um lote de atabaques que mantinha depositado em armazém-
geral de São Paulo − SP.

V. Mercadoria interceptada em território do Mato Grosso sem estar acompanhada de


documento fiscal, tendo a mesma saído de estabelecimento sediado no Município de Fortaleza −
CE.

Não havendo previsão específica de desoneração na legislação, implica a obrigação de pagar


ICMS ao Estado de Mato Grosso APENAS o que consta em

a) III e V.

b) I, III e IV.

c) I, II, IV e V.

d) II, III e IV.

e) V.

15. (SEFIN-RO/FGV/2018/Adaptada) As opções a seguir apresentam hipóteses de incidência do


Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), de acordo com a Lei
Estadual mato-grossense, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal de pessoas, bens,


mercadorias ou valores, por qualquer via.

b) Entrada de bem ou mercadoria importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade.

c) Prestação de serviços, recebidos por contribuintes do imposto, cuja prestação se tenha iniciado
em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente.

d) Operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de


estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie, em virtude de aquisição de
estabelecimento.

e) Prestação de serviços no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.

16. (SEFIN-RO/FGV/2018) Na entrega de mercadoria importada do exterior, considera-se


ocorrido o fato gerador do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços
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(ICMS), o momento em que se dá

a) o desembaraço aduaneiro.

b) a entrada da mercadoria no estabelecimento do destinatário.

c) a saída da mercadoria do exterior.

d) a aquisição da mercadoria, ainda que a mercadoria não seja entregue corretamente.

e) a entrega da declaração de importação pelo estabelecimento adquirente.

17. (PGE-TO/FCC/2018) A figura do “estabelecimento” é elemento essencial na legislação do


ICMS. De acordo com a legislação mato-grossense, o

a) local em que tenha sido efetuada a operação de circulação de mercadorias pode ser
considerado estabelecimento, desde que este local não seja público, mas seja edificado.

b) local poderá ser considerado estabelecimento, desde que nele não se exerçam atividades em
caráter apenas temporário.

c) veículo será considerado estabelecimento, quando utilizado na captura de pescado, ainda que
em vias fluviais.

d) local não será considerado estabelecimento, se for público e não edificado.

e) veículo será considerado estabelecimento interestadual de depósito fechado, quando prestar


serviço de transporte interestadual de gado bovino ou suíno, confinado em jornadas de longa
duração, nos termos fixados em decreto.

18. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Conforme a Lei mato-grossense, para fins de tributação pelo ICMS,
estabelecimento

a) é um ente autônomo, responsável pela escrituração e apuração do imposto devido.

b) pode ser um veículo, se utilizado no transporte de funcionários da empresa, nos limites do


município.

c) é o local ou ambiente seguro, em que pessoas realizam negócios, que pode estar hospedado em
um servidor local, nas nuvens ou em outro país.

d) é quem apura o imposto e responde pelo crédito tributário.


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e) é um local, que pode ser público ou privado, edificado ou não, onde pessoas, físicas ou jurídicas,
exerçam suas atividades, ou onde se encontrem mercadorias.

19. (SEFAZ-RJ/FGV/2009/Adaptada) Assinale a alternativa que indique a hipótese de não-incidência do


ICMS que não é definida pela lei do ICMS do MT.

a) operação com mercadoria destinada a depósito fechado, do próprio contribuinte, localizado no Estado
do Mato Grosso, bem assim a operação de retorno, ao estabelecimento depositante.

b) operação de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário.

c) operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor
em decorrência do inadimplemento do devedor.

d) prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de


recepção livre e gratuita.

e) Operação com bens móveis salvados de sinistro em venda por empresa seguradora.

20. (ISS Foz do Iguaçu/FUNDATEC/2018/Adaptada) Na entrada de mercadoria importada do exterior, em


relação ao desembaraço aduaneiro, podemos dizer que:

a) É legítima a cobrança do ICMS.

b) Não há incidência do ICMS.

c) Há incidência do ISS.

d) É legítima a cobrança do ISS.

21. (SEFAZ-AL/CESPE/2020) Acerca de ICMS, julgue o item a seguir.

É possível a cobrança de ICMS sobre as importações de bens realizadas por pessoas físicas e pessoas
jurídicas não contribuintes habituais do referido imposto, estando a tributação condicionada à edição de
lei complementar estabelecendo normas gerais e de leis estaduais, reveladoras do exercício da
competência tributária.

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22. (SEFAZ-AL/CESPE/2020) Acerca de ICMS, julgue o item a seguir.

O ICMS incide sobre o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao ISS, de
competência dos municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência
do imposto estadual.

23. (CLDF/CESPE/2018) Relativamente à mercadoria importada do exterior, por via marítima, com
destino a importador domiciliado no Distrito Federal, e regularmente desembaraçada em repartição
aduaneira localizada em Estado litorâneo, a Lei Complementar federal nº 87/96 estabelece que se
considera

a) ocorrido o fato gerador do imposto incidente na operação de importação, relativamente àquela


mercadoria, no momento de sua entrada no território do Distrito Federal.

b) ocorrido o fato gerador do imposto incidente na operação de importação, no momento de sua aquisição
em licitação pública, sempre que, posteriormente ao desembaraço aduaneiro regular, ela for apreendida
por transporte desacompanhado de documentação fiscal, em seu transporte rumo ao Distrito Federal.

c) como local da operação, para os efeitos da cobrança do imposto incidente na operação de importação e
definição do estabelecimento responsável, aquele em que se localiza a repartição aduaneira em que se
efetuou o desembaraço aduaneiro.

d) ocorrido o fato gerador do imposto incidente na operação de importação, relativamente àquela


mercadoria, no momento de sua saída do território do Estado litorâneo em que ocorreu o desembaraço
aduaneiro.

e) como local da operação, para os efeitos da cobrança do imposto incidente na operação de importação e
definição do estabelecimento responsável, aquele do domicílio do adquirente, quando não estabelecido.

24. (CLDF/CESPE/2018) De acordo com a Constituição Federal, com a Lei Complementar nº 87/1996 e
com a Lei Complementar nº 116/2003, a prestação, não onerosa, de serviços de comunicação

a) não dá ensejo à exigência do ISSQN, mas dá ensejo à do ICMS.

b) não dá ensejo à exigência do ICMS, nem do ISSQN.

c) dá ensejo à exigência do ISSQN, do IOF e do IPI.

d) não dá ensejo à exigência do ICMS, mas dá ensejo à do ISSQN.

e) dá ensejo à exigência tanto do ICMS, como do ISSQN.

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25. (CELESC/FEPESE/2018) A respeito dos conhecimentos sobre o Imposto Sobre Circulação de


Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte e de Comunicação (ICMS), previsto na Lei
Complementar Federal nº 87/96, é correto afirmar:

a) O ICMS não incide sobre a energia elétrica, pois ela não é considerada uma mercadoria.

b) Não há incidência de ICMS sobre o fornecimento de alimentação e bebidas a clientes em bares e


restaurantes, pois não há circulação de mercadorias (saída do estabelecimento).

c) Um barco de pesca de Porto Belo (SC) capturou um cardume de sardinhas em águas do Estado de São
Paulo. Ao retornar, o barco desembarcou os peixes no porto de Rio Grande (RS). Nesse caso, o ICMS
relativo aos pescados é devido ao Estado de São Paulo.

d) É contribuinte de ICMS a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial,
importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade.

e) O montante do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) integra a base de cálculo do ICMS na venda
de indústria de Pernambuco (contribuinte de ICMS) para estabelecimento comercial em Santa Catarina
(contribuinte de ICMS) de mercadoria destinada à comercialização.

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GABARITO

1. F 11. D 21. V
2. C 12. B 22. V
3. A 13. E 23. E
4. B 14. A 24. B
5. A 15. D 25. D
6. C 16. A
7. E 17. C
8. A 18. E
9. C 19. E
10. E 20. A

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