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ISS/ISSQN

IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA


LEGISLAÇÃO

 CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ART. 156, III, e §3º;


 EMENDAS CONSTITUCIONAIS: Nº 3 DE 1993 e Nº
37 DE 2002;
 LEI COMPLEMENTAR : 116/2003 e 157/2016;
 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL.
Atividade de pesquisa
 Qual a leis ou leis que regulam o ISS/ISSQN em
Salvador?

 Qual ou quais decretos ou instruções normativas do


ISS/ISSQN do Municípios?
CONCEITO JURÍDICO
 O ISS não se restringe ao serviço, mas a uma
prestação de serviço, de modo personalizado e
incindível e de modo negativo à obrigação de dar
(entrega de coisa móvel ou imóvel a terceiros);
 Compreendendo um negócio jurídico vinculado a
uma “obrigação de fazer” em conformidade com o
direito privado;
 Os Serviços (obrigação de fazer) distinguem-se das
mercadorias (obrigação de dar);
 O ISS implica apenas um “fazer”, mediante esforço
pessoal, ou na utilização de materiais.
COMPETÊNCIA
Art. 156, III da CF, estabelece ser de competência dos
Municípios.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos
sobre:
[...]
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos
no art. 155, II, definidos em lei complementar.

Art. 1º da Lei Complementar 116/03


Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de
competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como
fato gerador a prestação de serviços constantes da lista
anexa, ainda que esses não e constituam como atividade
preponderante do prestador.
SUJEITO

 PASSIVO / CONTRIBUINTE
 É o prestador de serviços
 pode ser uma empresa (banco, hotel) ou profissional autônomo
(médico, advogado, contador, dentista). Com ou sem
estabelecimento físico.
 Definição no Art. 5º LC 116/03
 Contribuinte é o prestador de serviço
NÃO SÃO SUJEITOS PASSIVOS

 A) Os que prestam serviços em relação de emprego;

 Segundo o artigo 3º da CLT, considera-se empregado toda


pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
NÃO SÃO SUJEITOS PASSIVOS

 B) O trabalhador avulso;
 Segundo o artigo 9º, VI do Regulamento Geral da Previdência
Social ( Decreto 6.048/99), o trabalhador avulso é aquele que,
sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou
rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a
intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos
termos da Lei nº 8.630/93, ou do sindicato da categoria, assim
considerados:
NÃO SÃO SUJEITOS PASSIVOS

 a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva,


conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco;
 b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza,
inclusive carvão e minério;
 c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de
navios);
 d) o amarrador de embarcação;
 e) o ensacador de café, cacau, sal e similares;
 f ) o trabalhador na indústria de extração de sal;
 g) o carregador de bagagem em porto;
 h) o prático de barra em porto;
 i ) o guindasteiro; e
 j ) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias
em portos;
NÃO SÃO SUJEITOS PASSIVOS

 C) Os diretores e membros de Conselhos Consultivo


ou Fiscal de Sociedades
 Os diretores têm por atividade representar a companhia e
praticar os atos necessários ao seu funcionamento regular.
 Os membros do Conselho Consultivo opinam sobre matérias
específicas relacionadas à empresa.
 Os membros do Conselho Fiscal têm por competência
fiscalizar os atos dos administradores, analisar os balancetes e
demais demonstrações financeiras.
FATO GERADOR

 É prestação, por empresa ou profissional autônomo,


com ou sem estabelecimento fixo, de serviços
constante na Lista anexa na Lei Complementar
116/03.
 O cálculo do imposto deve considerar o preço do
serviço, e respectivos reajustes contratuais
ASPECTO SUBJETIVO DO FATO GERADOR

 Como o serviços podem ser tributados pelos estados,


segundo Harada, 2008:
 Os serviços incluídos na lista ficam sujeitos apenas ao ISS,
ainda que acompanhados de fornecimento de materiais;
 Serviços de protéticos, de desinfecção
 O fornecimento de mercadorias, com prestação de serviços não
especificados na lista(trabalhos), fica sujeito apenas ao
imposto estadual;
 Instalação de carpetes, de box de banheiros
ASPECTO QUANTITATIVO DO FATO
GERADOR

 Destacam-se a base de cálculo e a alíquota


 Art. 7o da Lei Complementar 116/03
 A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.
 Art. 9º do Decreto 406/68
 São os únicos dispositivos, pertinentes ao ISS, que foram mantido
pela nova lei nacional desse imposto.
 O § 1º deste dispositivo cria exceção a regra geral
com base no preço do serviço, criando a tributação
por alíquota fixa.
ASPECTO QUANTITATIVO DO FATO
GERADOR

 Tributação por alíquotas fixas, o imposto terá um


valor fixo, não podendo incidir sobre o valor do
serviço prestado.
 Função de caráter político-social
 O médico e advogado
NÃO INCIDÊNCIA DO FATO GERADOR
O artigo 2º da LC 116/03, define as
situações em que o ISS não incide:
Art. 2º O imposto não incide sobre:
I – as exportações de serviços para o exterior do País;
II–a prestação de serviços em relação de emprego, dos
trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho
consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem
como dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados;
III– o valor intermediado no mercado de títulos e valores
mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e
acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas
por instituições financeiras.
Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I os
serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique,
ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.
CONCEITOS IMPORTANTE

 PRODUTO INDUSTRIALIZADO
 qualquer produto que tenho sido submetido a operação que lhe
modifique a natureza ou a finalidade ou o aperfeiçoe para o
consumo ou torne matéria prima.
 MERCADORIA
 São coisa móveis objetos do comércio

 SERVIÇOS
 São bens imateriais, de conteúdo econômico, prestados a
terceiro. Definidos em Lei Complementar
LISTA ANEXA A LEI 116/03
 Lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.
 1 – Serviços de informática e congêneres.
 1.01 – Análise e desenvolvimento de sistemas.
 1.02 – Programação.
 1.03 – Processamento de dados e congêneres.
 1.04 – Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos.
 1.03 - Processamento, armazenamento ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos e sistemas de informação, entre outros formatos, e congêneres. (Redação dada pela Lei Complementar nº
157, de 2016)
 1.04 - Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos, independentemente da arquitetura construtiva da máquina em que o programa será executado, incluindo tablets, smartphones e
congêneres. (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
 1.05 – Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação.
 1.06 – Assessoria e consultoria em informática.
 1.07 – Suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados.
 1.08 – Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.
 1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto por meio da internet, respeitada a imunidade de livros, jornais e periódicos (exceto a distribuição de conteúdos pelas prestadoras de
Serviço de Acesso Condicionado, de que trata a Lei no 12.485, de 12 de setembro de 2011, sujeita ao ICMS). (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
 2 – Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza.
 2.01 – Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza.
 3 – Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres.
 3.01 – (VETADO)
 3.02 – Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda.
 3.03 – Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de
eventos ou negócios de qualquer natureza.
 3.04 – Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza.
 3.05 – Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário.
 4 – Serviços de saúde, assistência médica e congêneres.
 4.01 – Medicina e biomedicina.
 4.02 – Análises clínicas, patologia, eletricidade médica, radioterapia, quimioterapia, ultra-sonografia, ressonância magnética, radiologia, tomografia e congêneres.
 4.03 – Hospitais, clínicas, laboratórios, sanatórios, manicômios, casas de saúde, prontos-socorros, ambulatórios e congêneres.
 4.04 – Instrumentação cirúrgica.
 4.05 – Acupuntura.
 4.06 – Enfermagem, inclusive serviços auxiliares.
 4.07 – Serviços farmacêuticos.
 4.08 – Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia.
 4.09 – Terapias de qualquer espécie destinadas ao tratamento físico, orgânico e mental.
 4.10 – Nutrição.
 4.11 – Obstetrícia.
 4.12 – Odontologia.
 4.13 – Ortóptica.
 4.14 – Próteses sob encomenda.
 4.15 – Psicanálise.
 4.16 – Psicologia.
 4.17 – Casas de repouso e de recuperação, creches, asilos e congêneres.
 4.18 – Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres.
 4.19 – Bancos de sangue, leite, pele, olhos, óvulos, sêmen e congêneres.
 4.20 – Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos de qualquer espécie.
 4.21 – Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e congêneres.
 4.22 – Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para prestação de assistência médica, hospitalar, odontológica e congêneres.
 4.23 – Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo operador do plano mediante indicação do beneficiário.
 5 – Serviços de medicina e assistência veterinária e congêneres.
 5.01 – Medicina veterinária e zootecnia.
 5.02 – Hospitais, clínicas, ambulatórios, prontos-socorros e congêneres, na área veterinária.
 5.03 – Laboratórios de análise na área veterinária.
BASE DE CÁLCULO

 Art. 7º A base de cálculo do imposto é o


preço do serviço.
§ 1º Quando os serviços descritos pelo subitem 3.04 da lista
anexa forem prestados no território de mais de um Município,
a base de cálculo será proporcional, conforme o caso, à
extensão da ferrovia, rodovia, dutos e condutos de qualquer
natureza, cabos de qualquer natureza, ou ao número de
postes, existentes em cada Município.
§ 2º Não se incluem na base de cálculo do Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza:
I - O valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços
previstos nos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa a esta
Lei Complementar;
ALÍQUOTA

A tributação do ISS pode ser fixa ou


proporcional, de acordo com as características do
sujeito passivo.
 A tributação fixa relaciona-se a cobrança de um
único valor a profissionais liberais ou por sociedades
que executem serviços de forma pessoal
(Ex:médicos, advogados e contadores).
 A tributação proporcional está adstrita à aplicação de
uma alíquota sobre a receita bruta dos prestadores
de serviços.
ALÍQUOTA – MÁXIMA E MÍNIMA

 Alíquota máxima – 5%. Está definida no Art 8º, II,


da LC 116/03:
 Art. 8º As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza são as seguintes:
 II demais serviços, 5% (cinco por cento).
ALÍQUOTA – MÁXIMA E MÍNIMA
 A Lei Complementar 157/2016, Art. 8 – A, dispôs que a
alíquota mínima é de 2%;
 “Art. 8º-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento).
 § 1º O imposto não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios
tributários ou financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito
presumido ou outorgado, ou sob qualquer outra forma que resulte, direta ou
indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente da aplicação da alíquota
mínima estabelecida no caput, exceto para os serviços a que se referem os subitens
7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa a esta Lei Complementar.
 § 2º É nula a lei ou o ato do Município ou do Distrito Federal que não respeite as
disposições relativas à alíquota mínima previstas neste artigo no caso de serviço
prestado a tomador ou intermediário localizado em Município diverso daquele onde
está localizado o prestador do serviço.
 § 3º A nulidade a que se refere o § 2o deste artigo gera, para o prestador do serviço,
perante o Município ou o Distrito Federal que não respeitar as disposições deste
artigo, o direito à restituição do valor efetivamente pago do Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza calculado sob a égide da lei nula.”
LOCAL ONDE O TRIBUTO É DEVIDO

 Está definido no art. 3º da LC 116/03


 Art. 3º O serviço considera-se prestado e o imposto devido no
local do estabelecimento prestador ou, na falta do
estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas
hipóteses previstas nos incisos I a XXII...
LOCAL ONDE O TRIBUTO É DEVIDO

 A definição de estabelecimento prestador está no


artigo 4º da LC 116/03:
 Art. 4º Considera-se estabelecimento prestador o local onde o
contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de
modo permanente ou temporário, e que configure unidade
econômica ou profissional, sendo irrelevantes para
caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto
de atendimento, sucursal, escritório de representação ou
contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas.
NOTAS GERAIS - ISS

 Responsabilidade tributária – Art. 6 ºda


LC 116/03;
 O sujeito passivo de uma relação tributária pode ser um
contribuinte ou responsável.
 Será contribuinte quando tiver uma relação pessoal e direta
com a relação que constitua o fato gerador, caso contrário
será responsável.
 Ou seja, o responsável integra a relação jurídico-tributária
como devedor de um tributo, sem possuir uma relação
pessoal e direta com o fato gerador.
Atividade de pesquisa

 Quais alíquotas aplicadas no Município de


Camaçari?
 Aportar casos de diferenças de alíquotas e especificar
os serviços.
 Indicar diferenças para a Lei Complementar 116 e a
Lei municipal.
REFERÊNCIAS

 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito


Tributário. São Paulo: Malheiros, 2010.
 PAULSEN, L.; MELO, J. E. S. Impostos Federais,
estaduais e municipais. 11. ed. São Paulo: Saraiva
Educação, 2018.
 SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 3ª
Edição. São Paulo: Siciliano, 2011.

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