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•Função pessoal
• Conceito
• Objectivos
• Tarefas
• Interacção entre pessoal e organização
•Direito de trabalho
• Conceito e princípios gerais
• Direitos e deveres das partes
•Contrato de trabalho
• Elementos essenciais a um contrato
• Formas de cessação
• Condições de celebração e de caducidade do contrato de trabalho a termo
• Duração e organização do tempo de trabalho: férias e faltas
• Vicissitudes contratuais
O que é a função
pessoal?
Função Pessoal
É a função que se refere ao serviço que o trabalhador vai prestar na
estrutura da empresa ou organização.
2 - A actividade contratada, ainda que determinada por remissão para categoria profissional de
instrumento de regulamentação colectiva de trabalho ou regulamento interno de empresa,
compreende as funções que lhe sejam afins ou funcionalmente ligadas, para as quais o
trabalhador tenha qualificação adequada e que não impliquem desvalorização profissional.
4 - Sempre que o exercício de funções acessórias exigir especial qualificação, o trabalhador tem
direito a formação profissional não inferior a dez horas anuais.
1 - O período normal de trabalho não pode exceder oito horas por dia e quarenta
horas por semana.
2 - O período normal de trabalho diário de trabalhador que preste trabalho
exclusivamente em dias de descanso semanal da generalidade dos trabalhadores da
empresa ou estabelecimento pode ser aumentado até quatro horas diárias, sem
prejuízo do disposto em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho.
3 - Há tolerância de quinze minutos para transacções, operações ou outras tarefas
começadas e não acabadas na hora estabelecida para o termo do período normal de
trabalho diário, tendo tal tolerância carácter excepcional e devendo o acréscimo de
trabalho ser pago ao perfazer quatro horas ou no termo do ano civil.
4 - Os limites máximos do período normal de trabalho podem ser reduzidos por
instrumento de regulamentação colectiva de trabalho, não podendo daí resultar
diminuição da retribuição dos trabalhadores.
5 - Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto neste artigo.
Cessação do Contrato de Trabalho
Artigo 340.º - Modalidades de cessação do contrato de
trabalho
1 - Recebidos os pareceres referidos no n.º 5 do artigo anterior ou decorrido o prazo para o efeito, o
empregador dispõe de 30 dias para proferir a decisão de despedimento, sob pena de caducidade do
direito de aplicar a sanção.
2 - Quando não exista comissão de trabalhadores e o trabalhador não seja representante sindical, o
prazo referido no número anterior conta-se a partir da data da conclusão da última diligência de
instrução.
3 - (Revogado.)
4 - Na decisão são ponderadas as circunstâncias do caso, nomeadamente as referidas no n.º 3 do
artigo 351.º, a adequação do despedimento à culpabilidade do trabalhador e os pareceres dos
representantes dos trabalhadores, não podendo ser invocados factos não constantes da nota de culpa
ou da resposta do trabalhador, salvo se atenuarem a responsabilidade.
5 - A decisão deve ser fundamentada e constar de documento escrito.
6 - A decisão é comunicada, por cópia ou transcrição, ao trabalhador, à comissão de trabalhadores, ou
à associação sindical respectiva, caso aquele seja representante sindical ou na situação a que se
refere o n.º 6 do artigo anterior.
7 - A decisão determina a cessação do contrato logo que chega ao poder do trabalhador ou é dele
conhecida ou, ainda, quando só por culpa do trabalhador não foi por ele oportunamente recebida.
8 - Constitui contraordenação grave, ou muito grave no caso de representante sindical, o
despedimento de trabalhador com violação do disposto nos n.os 1, 2 e 5 a 7.
Nota: Tal despedimento
só pode ocorrer depois da
existência de um
processo disciplinar; é a
sanção mais gravosa que
pode ser aplicada a um
trabalhador.
DESPEDIMENTO COLECTIVO:
1 - No ano da admissão, o trabalhador tem direito a dois dias úteis de férias por cada mês
de duração do contrato, até 20 dias, cujo gozo pode ter lugar após seis meses completos de
execução do contrato.
2 - No caso de o ano civil terminar antes de decorrido o prazo referido no número anterior,
as férias são gozadas até 30 de Junho do ano subsequente.
3 - Da aplicação do disposto nos números anteriores não pode resultar o gozo, no mesmo
ano civil, de mais de 30 dias úteis de férias, sem prejuízo do disposto em instrumento de
regulamentação colectiva de trabalho.
4 - No caso de a duração do contrato de trabalho ser inferior a seis meses, o trabalhador
tem direito a dois dias úteis de férias por cada mês completo de duração do contrato,
contando-se para o efeito todos os dias seguidos ou interpolados de prestação de trabalho.
5 - As férias referidas no número anterior são gozadas imediatamente antes da cessação do
contrato, salvo acordo das partes.
6 - No ano de cessação de impedimento prolongado iniciado em ano anterior, o trabalhador
tem direito a férias nos termos dos n.os 1 e 2.
7 - Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto nos n.os 1, 4, 5 ou 6.
Artigo 240.º - Ano do gozo das férias
1 - É proibido ao empregador:
a) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exerça os seus direitos, bem como
despedi-lo, aplicar-lhe outra sanção, ou tratá-lo desfavoravelmente por causa desse
exercício;
b) Obstar injustificadamente à prestação efectiva de trabalho;
c) Exercer pressão sobre o trabalhador para que actue no sentido de influir
desfavoravelmente nas condições de trabalho dele ou dos companheiros;
d) Diminuir a retribuição, salvo nos casos previstos neste Código ou em instrumento de
regulamentação colectiva de trabalho;
e) Mudar o trabalhador para categoria inferior, salvo nos casos previstos neste Código;
f) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho, salvo nos casos previstos neste
Código ou em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho, ou ainda quando haja
acordo;
g) Ceder trabalhador para utilização de terceiro, salvo nos casos previstos neste Código ou
em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho;
h) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou serviços a ele próprio ou a pessoa por ele
indicada; (…)
(…)
i) Explorar, com fim lucrativo, cantina, refeitório, economato ou outro
estabelecimento directamente relacionado com o trabalho, para
fornecimento de bens ou prestação de serviços aos seus trabalhadores;
j) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mesmo com o seu
acordo, com o propósito de o prejudicar em direito ou garantia decorrente
da antiguidade.
k) Obstar a que o trabalhador exerça outra atividade profissional, salvo com
base em fundamentos objetivos, designadamente segurança e saúde ou sigilo
profissional, ou tratá-lo desfavoravelmente por causa desse exercício.
2 - O disposto na alínea k) do número anterior não isenta o trabalhador do
dever de lealdade previsto na alínea f) do n.º 1 do artigo anterior nem do
disposto em legislação especial quanto a impedimentos e
incompatibilidades.
3 - Constitui contra-ordenação muito grave a violação do disposto neste
artigo.