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O que é a empregabilidade?

O termo surgiu na última década e pode ser definido


como a qualidade que certa pessoa possui para estar
adequada às exigências do mercado de trabalho.
Por outras palavras, quanto mais as suas habilidades
se aproximarem do perfil profissional exigido pelos
novos tempos, maiores serão as oportunidades no
mercado de trabalho; ou seja, maior será a sua
empregabilidade.
A tendência deste início de século não é ter um
emprego para toda a vida, mas sim, tornar-se
empregável para toda a vida.
Todas as pessoas devem concentrar-se no constante
desenvolvimento das suas habilidades/capacidades.
Deixar de estar atualizado em termos de
empregabilidade é simplesmente ficar parado.
Podemos perder
empregabilidade se:
 Parar de estudar/formar;
 Parar de se atualizar, isto é, não ler, não
ver TV, não ir ao teatro/cinema, não
navegar na Internet, não conversar com
colegas/amigos;
 Achar que está bem instalado e se
acomodar ao lugar;
 Parar de ler anúncios de emprego
perdendo interesse por eles;
 Fechar-se deixando de conhecer novas
pessoas, convivendo sempre com as
mesmas;
 Começar a sentir rotina, repetindo
sempre as mesmas coisas, sentindo
frustração;
 Ir adiando para o ano seguinte projetos
antigos.
 etc…
Função Pessoal –
Legislação Laboral
Introdução
A legislação laboral surgiu e desenvolveu-se como

uma reação às condições de debilidade

contratual de uma das partes ( o trabalhador).

➢ Diferente natureza das necessidades que levam

cada um a contratar:

Trabalhador subsistência própria e familiar

Empregador preenchimento de uma

organização de trabalho
Antes do aparecimento da Legislação Laboral, o

contrato de trabalho era regulado pelo regime geral dos

contratos. O resultado era a subordinação e

correspondente estatuto de “poder” ou “autoridade”

do empregador.

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O Direito do Trabalho

Direito de proteção do Trabalhador

Limitação à autonomia privada


individual ( Empregador)

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A prestação de trabalho com as
características próprias têm um
título jurídico próprio

O contrato de trabalho

É através dele que uma pessoa se obriga,


mediante retribuição, a prestar a sua atividade a
direção delas

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Contrato Individual de Trabalho
O contrato de trabalho é um acordo
de vontade entre duas partes:

O empregador;

O trabalhador.
Contrato Individual de Trabalho

O trabalhador compromete-se a:
 Prestar a sua atividade no local e durante
o período acordado;
 Respeitar as orientações dadas pelo
empregador;
 Cumprir as normas de segurança e
higiene no seu trabalho.
Contrato Individual de Trabalho
O empregador compromete-se a:
 Dar as orientações necessárias ao
trabalhador;
 Pagar uma remuneração, cujo montante
mínimo vem fixado na lei;
 Proporcionar as condições para o
desenvolvimento de um trabalho digno;
 Inscrever o trabalhador no sistema de
Segurança Social.
Indicações Obrigatórias no Contrato de
Trabalho
 Nome (quando se trata de pessoa singular) ou
denominação (quando se trata de pessoa coletiva
ou sociedade);
 Residência ou sede do dador e do prestador de
trabalho;
 Categoria profissional ou funções ajustadas;
 Retribuição do trabalhador;
 Local de trabalho:
− Horário de trabalho;
− Data de início de trabalho;
− Prazo estipulado com indicação de motivo justificativo;
− Data de celebração.
Tipos de Contrato de Trabalho

 Contrato de Trabalho Sem Termo


 Contrato de Trabalho a Termo
Contrato de Trabalho Sem Termo
Não tem uma duração previamente fixada pelas partes. Pode
durar indeterminadamente. Só cessa nos termos da lei, ou
seja, por:

 Caducidade;
 Revogação por acordo das partes;
 Despedimento promovido pela entidade empregadora (com
justa causa);
 Rescisão, com ou sem justa causa, por iniciativa do
trabalhador;
 Rescisão por qualquer das partes durante o período
experimental;
 Extinção de postos de trabalho por causas objetivas;
 Inadaptação do trabalhador ao posto de trabalho.
Contrato de Trabalho a Termo
A celebração de contrato a termo (contrato a
prazo), só é admitida nos seguintes casos:
 Substituição temporária de trabalhadores;
 Acréscimo temporário ou excecional da atividade
da empresa;
 Atividades sazonais;
 Execução de uma tarefa ocasional ou serviço
determinado, inteiramente definido e não
duradouro;
 Lançamento de uma nova atividade de duração
incerta;
Contrato de Trabalho a Termo
 Execução de trabalho de construção civil e análogos;
 Desenvolvimento de projetos não inseridos na
atividade corrente da entidade
 empregadora;
 Contratação de trabalhadores à procura de primeiro
emprego ou de desempregados de longa duração ou
noutras situações previstas em legislação especial de
política de emprego.
 No caso de contratos a prazo sujeito a renovação,
esta não poderá efetuar-se para além de duas vezes e
a duração do contrato terá limite, em tal situação, de
três anos consecutivos.
Direitos e obrigações das partes
envolvidas no contrato: o princípio da
mútua colaboração entre as partes

 O empregador e o trabalhador
devem proceder de boa fé no exercício
dos seus direitos e no cumprimento
das respetivas obrigações.
Trabalhador

Trabalhador
 É o sujeito do contrato de trabalho que
se obriga a prestar, ele próprio, a sua
atividade e num estado de dependência.
Deveres do Trabalhador
O trabalhador obriga-se a:
 Exercer um determinado género de atividade
correspondente à categoria profissional para que foi
contratado. Excecionalmente, a entidade patronal pode
encarregar o trabalhador de serviços não compreendidos no
objeto do contrato de trabalho;

 Exercer a sua atividade com zelo e de uma forma cuidada,


empregando todas as suas capacidades e aptidões;
Deveres do Trabalhador
O trabalhador obriga-se a:
 Comparecer nas horas e locais previamente
definidos, para exercer o seu trabalho;
 Ser assíduo e estar disponível para o serviço;
 Ser leal à entidade patronal;
 Tratar com respeito a entidade patronal, os
superiores hierárquicos, os companheiros de
trabalho;
 Cumprir as normas de segurança e higiene no
trabalho.
Direitos do Trabalhador
 Retribuição do trabalho, segundo a
quantidade, natureza e qualidade;
 Prestação de trabalho em condições de
higiene e segurança;
 Limite máximo de jornada de trabalho
legalmente fixado;
Direitos do Trabalhador

 Descanso semanal e férias periodicamente


pagas;

 Liberdade sindical;

 Segurança no emprego, sendo proibidos os


despedimentos sem justa causa.
Entidade Patronal

Após contratar os trabalhadores e durante a


vigência do contrato a entidade patronal
tem sobre os trabalhadores o poder de
autoridade e de direção, que se
consubstanciam em:

 Atribuir ao trabalhador um certo posto de


trabalho e funções que se enquadrem na
categoria para que foi contratado;
Entidade Patronal

 Definir os termos em que deve ser prestado o


trabalho, dentro dos limites decorrentes do
contrato e das normas que o regem;

 Indicar as normas de organização e disciplina do


trabalho;

 Exercer o poder de disciplina.


Deveres da Entidade Patronal
 Pagar ao trabalhador a retribuição;

 Tratar com respeito o trabalhador, nunca

esquecendo a sua dignidade como pessoa

humana;

 Proporcionar-lhe boas condições de trabalho,

tanto do ponto de vista físico como moral;


Deveres da Entidade Patronal
 Indemnizar-lhe dos prejuízos resultantes de

acidentes de trabalho e das doenças profissionais;

 Cumprir todas as demais obrigações decorrentes

do contrato de trabalho e das normas que o

regem.
Outros elementos
 A Remuneração Mínima Mensal (RMM), garantida

por lei, é atualizada todos os anos.

 Duração máxima de trabalho: 40 horas semanais /

8 horas diárias

 Descanso semanal: 1 x semana obrigatório (+ 1

dia generalizado)
Outros elementos
 Trabalho suplementar: limite = 2 horas
diárias = 200 horas anuais (com direito a
remuneração especial ou a compensação)
 Remuneração especial mínima/trabalho
extraordinário:
− 1.ª hora de trabalho = + 50% sobre o valor do contrato
de trabalho
− 2.ª hora e seguintes = + 75% sobre o valor hora do
contrato de trabalho
− Em descanso semanal ou feriados = + 100% sobre o
valor hora do contrato de trabalho
Na atualidade
 O trabalho suplementar deve ser retribuído com
acréscimo, agora reduzido a metade:

 25% pela primeira hora ou fração e 37,5 % por hora


ou fração subsequente, em dia útil e 50 % por cada
hora ou fração, em dia de descanso semanal,
obrigatório, complementar ou em feriado.
Na atualidade
 O trabalhador tem sempre direito a um dia de
descanso semanal obrigatório, que só pode deixar
de ser o domingo nalgumas empresas ou setores,
sem prejuízo do descanso semanal complementar
previsto nas convenções coletivas de trabalho.
Outros Elementos
 Tempo de compensação (empresa com
mais de 10 trabalhadores) = 1 dia de
trabalho dia/semanal ou outros dias e
feriados = 25% das horas de trabalho
suplementares;
 Férias = 22 dias úteis remunerados
Outros Elementos
 Faltas justificadas com direito a
remuneração:
− 11 dias por casamento
− 5 dias por falecimento de familiares (ascendentes
ou descendentes em linha reta) ou 2 dias por
familiares da linha colateral)
− Provas escolares = 4 dias por disciplina e por ano
letivo;
− Doença ou acidente de trabalho
− Autorização da entidade patronal
Outros Elementos

Faltas injustificadas constituem violação do


dever de assiduidade e determinam perda da
retribuição correspondente ao período de ausência,
o qual será descontado na antiguidade do
trabalhador, podendo levar a processo disciplinar
com vista ao despedimento.
Licença PARENTAL
 Inicial - Atribuído ao pai e à mãe, por
nascimento de filho. Só pode ser atribuído
ao pai, se a mãe não o requerer e exercer
atividade profissional.
 É concedido até 120 ou 150 dias seguidos,
de acordo com opção do pai e da mãe. O
período depois do parto pode ser partilhado
por ambos, sendo obrigatório a mãe gozar
as primeiras 6 semanas (42 dias).
PARENTAL
 A estes períodos acrescem 30 dias por motivo de:
- Nascimento de gémeos (por cada criança nascida
com vida);
- Partilha da licença, se o pai e a mãe gozarem, em
exclusivo, um período de 30 dias consecutivos ou
dois períodos de 15 dias consecutivos, após o gozo
obrigatório das 6 semanas da mãe.
 Os 30 dias de acréscimo podem ser gozados pelo
pai ou pela mãe, ou repartidos por ambos.
 Cessação do contrato de trabalho a
termo certo
 − 8 dias de aviso antes do fim do
contrato
Caducidade
 Cessação do contrato de trabalho a
termo incerto
 − 7 dias de pré-aviso (contrato com
duração até 6 meses)
 − 30 dias de pré-aviso (contratos com
duração de 6 meses a dois anos)
 − 60 dias de pré-aviso (contratos de
duração superior a dois anos)
Caducidade
 Direitos do trabalhador caso ocorra a
cessação do contrato
 − Salário do mês de despedimento
 − Férias não gozadas e respectivo
subsídio
 − Férias, subsídio de férias e natal
correspondente aos meses de trabalho
nesse ano;
 − Certificado de trabalho
 Motivos da cessação do contrato
− Abandono do trabalho (faltas iguais ou
superiores a 15 dias)
• Acidentes de Trabalho
− No local de trabalho
− Fora do local de trabalho na execução de
serviços determinados pela entidade
patronal
− Na ida para o local de trabalho ou no
regresso
Acidentes de Trabalho
 O seguro de acidentes de trabalho é um direito
do trabalhador e uma obrigação da entidade
patronal.
 Em caso de acidente, o trabalhador deverá dirigir-se ou
ser conduzido ao hospital ou unidade de saúde mais
próxima, devendo ser informado do número da apólice
da Companhia Seguradora.
 No caso de não possuir o número da apólice, deve
indicar no registo hospitalar, tratar-se de acidente de
trabalho.
Acidentes de Trabalho
 Compete à entidade patronal, participar o acidente à companhia de
seguros e informar o trabalhador das condições auferidas enquanto
segurado.
 Em função da gravidade do acidente, no caso do trabalhador ficar
impossibilitado de comparecer no local de trabalho e durante o
período em que durar o impedimento, a companhia de seguros
assegurará a 100% a remuneração do trabalhador.
 No caso de o trabalhador detetar a inexistência de seguro de
acidentes de trabalho deverá comunicar o facto à ACT.

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