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Curso: Direito do Trabalho

 Noções básicas sobre


o novo CT para não
especialistas.

1
Código do Trabalho

Lei N.º 99/2003 de 27 de Agosto de 2003


(entrou em vigor em 1 de Dezembro de 2004).
Reg. Especial Dto. Trabalho Lei N.º 35/2004 de
29 de Julho (entrou em vigor em 28 de Agosto
de 2004).

2
Objectivos/ Pressupostos
1) Iremos tentar destacar as principais
diferenças,
diferenças entre a lei antiga e a nova
lei.
2) Analisar matérias que já cumprimos
e que continua a ser importante
continuarmos a cumprir.

3
Objectivos/ Pressupostos

3) Iremos procurar efectuar a síntese


das implicações práticas que esta
nova lei acarreta.
4) Sempre que possível faremos
transcrição do texto da lei.

4
Objectivos/ Pressupostos

5) Dar uma ideia geral das principais


alterações que teremos de aplicar no
nosso dia a dia.
6) Os artigos/assuntos serão
apresentados pela ordem que se
encontram na lei.
5
Artigo 3.º
Entrada em Vigor

O Código do Trabalho entrou em vigor


no dia 1 de Dezembro de 2003.

Excepto quanto às matérias infra


mencionadas (já regulamentadas e em
vigor desde 28 de Agosto 2004)
•Maternidade e Paternidade (regula o
artigo 52 do CT); 6
• Menores (regula os artigos 55º, 56º,
57º, 60º, 61º do CT);
• Trabalhador Estudante (147 RE)
• Faltas por Assistência à Família;
• Acidentes de Trabalho;
• Salários em Atraso;
• Pluralidade de Infrações;
• Artigo n.º139, n2; (Termo Certo)
7
Artigo 4.º
Princípio do tratamento mais
favorável
1- As normas deste Código podem, sem
prejuízo do disposto do número
seguinte, ser afastadas por instrumento
de regulamentação colectiva de
trabalho, salvo quando delas resultar o
contrário.

8
Artigo 4.º
Princípio do tratamento mais
favorável
2- As normas deste Código não podem ser
afastadas por regulamento de condições
mínimas.
3- As normas deste Código só podem ser
afastadas por contrato de trabalho quando
este estabeleça condições mais favoráveis
para o trabalhador e se delas não resultar o
contrário.
9
Artigo 12.º

Presunção
1- Presume-se que as partes celebraram
um contrato de trabalho sempre que
cumulativamente:
a) O prestador de trabalho esteja
inserido na estrutura organizativa;
organizativa
b) O trabalho seja realizado na empresa
beneficiária da actividade, respeitando
um horário previamente definido;
definido
11
Artigo 12.º
Presunção (Continuação)
c) O prestador de trabalho seja
retribuído em função do tempo
dispendido ou se encontre numa
situação de dependência económica
face ao beneficiário da actividade;

d) Os instrumentos de trabalho sejam


essencialmente fornecidos pelo
beneficiário da actividade;
actividade 12
Artigo 12.º

Presunção ( Continuação)

e) a prestação de trabalho tenha sido


executada por um período, ininterrupto,
superior a 90 dias.

13
Artigo 17.º

Protecção de dados pessoais

3- …O médico,
médico só pode comunicar ao
empregador se o trabalhador está ou
não apto a desempenhar a actividade.
Mais informações só poderão ser
prestadas com autorização escrita do
trabalhador.
Direitos de Personalidade
14
Artigo 28.º

Condições de Trabalho

2- …As diferenciações retributivas não


constituem discriminação se assentes
em critérios objectivos,
objectivos comuns a
homens e mulheres, sendo, admissíveis,
nomeadamente distinções em função do
mérito, produtividade, assiduidade ou
antiguidade dos trabalhadores...
trabalhadores
15
Artigo 35.º
Licença por maternidade
Lei antiga = Lei nova
A trabalhadora tem direito a uma licença
por maternidade de 120 dias
consecutivos,
consecutivos 90 dos quais a seguir ao
parto, podendo os restantes ser
gozados, total ou parcialmente, antes ou
depois do parto. A Reg. Especial trás
novidades sobre esta questão.
16
Artigo 105.º

Denúncia

2- ...Tendo o período exprimental durado


mais de 60 dias,dias para situação de
contratos de efectivos, para denunciar o
contrato, salvo quando acordo escrito
em contrário, o empregador tem de dar
um aviso prévio de 7 dias.
dias

17
Artigo 108.º
Contratos a termo

O período exprimental tem a seguinte


duração:
a) 30 dias para contratos de duração
igual ou superior a 6 meses;
meses

b) 15 dias nos contratos de termo certo


de duração inferior a 6 meses;
meses 18
Artigo 125.º
Formação contínua
2- A formação contínua de activos deve
abranger em cada ano, pelo menos 10% dos
trabalhadores com contrato sem termo de
cada empresa.
empresa
3- Ao Trabalhador deve ser assegurada, no
âmbito da formação contínua, um número
mínimo de 20 horas anuais de formação
certificada.
19
Artigo 125.º
Formação contínua (Continuação)

4- O número mínimo de horas anuais de


formação certificada a que se refere o
número anterior é de 35 horas a partir de
2006.
2006

20
Artigo 129.º

Contrato a Termo / Admissibilidade

1- O contrato de trabalho a termo só


pode ser celebrado para a satisfação das
necessidades temporárias da empresa e
pelo período estritamente necessário à
satisfação dessas necessidades.

21
Artigo 129.º
Admissibilidade
2- Consideram-se, nomeadamente,
nomeadamente
necessidades temporárias da empresa
as seguintes:
a) Substituição directa ou indirecta de
trabalhador ausente ou que, por
qualquer razão, se encontre
temporáriamente impedido de prestar
serviço;
22
Artigo 129.º
Admissibilidade
b) Substituição directa ou indirecta de
trabalhador em relação ao qual esteja
pendente em juízo acção de apreciação
da licitude do despedimento;
c) Substituição directa ou indirecta de
trabalhador em situação de licença sem
retribuição;
retribuição

23
Artigo 129.º
Admissibilidade
d) Substituição de trabalhador a tempo
completo que passe a prestar trabalho a
tempo parcial por período determinado;
e) Actividades sazonais ou outras
actividades cujo ciclo anual de produção
apresente irregularidades decorrentes da
natureza estrutural do respectivo
mercado, incluindo o abastecimento de
matérias-primas;
24
Artigo 129.º

Admissibilidade

f) Acréscimo excepcional de actividade da


empresa;
g) Execução de tarefa ocasional ou
serviço determinado precisamente
definido e não duradouro;

25
Artigo 129.º
Admissibilidade
h) Execução de uma obra,
obra projecto ou outra
actividade definida e temporária, incluindo a
execução, direcção e fiscalização de
trabalhos de construção civil, obras públicas,
montagens e reparações industriais, em
regime de empreitada ou em administração
directa, incluindo os respectivos projectos e
outras actividades complementares de
controlo e acompanhamento.

26
Artigo 129.º
Admissibilidade
3- Além das situações previstas no n.º 1,
pode ser celebrado um contrato a termo
nos seguintes casos:
a) Lançamento de uma nova actividade
de duração incerta, bem como, início de
laboração de uma empresa ou
estabelecimento;

27
Artigo 129.º
Admissibilidade

b) Contratação de trabalhadores à
procura de primeiro emprego ou de
desempregados de longa duração ou
noutras situações previstas em
legislação especial de política de
emprego.

28
Artigo 130.º
Justificação do termo
1- A prova dos factos que justificam a
celebração de contrato a termo cabe ao
empregador.
2- Considera-se sem termo o contrato de
trabalho no qual a estipulação da cláusula
acessória tenha por fim iludir as
disposições que regulam o contrato sem
termo ou o celebrado fora dos casos
previstos no artigo anterior.
anterior
29
Artigo 132.º

Contratos Sucessivos

1- Cessação por motivo não imputável


ao trabalhador. Impede nova admissão a
termo para o mesmo posto de trabalho,
antes de decorrido um terço da duração
do contrato,
contrato incluindo as suas
renovações.

30
Artigo 132.º
Contratos Sucessivos (continuação)
2- O disposto no n.º anterior não é
aplicável nos seguintes casos:
a) Nova ausência de trabalhador
substituído,
substituído quando o contrato de
trabalho a termo tenha sido celebrado
para a sua substituição;
b) Acréscimos excepcionais da
actividade da empresa, após a cessação
do contrato; 31
Artigo 132.º

Contratos Sucessivos (Continuação)

c) Actividades sazonais;
d) Contratação de trabalhadores à
procura de primeiro emprego;
emprego

32
Artigo 133.º

Informações
1- …Comunicar no prazo máximo de 5
dias úteis, quando se trata de
trabalhador filiado em associação
sindical, à respectiva estrutura
representativa a celebração, com
indicação do respectivo fundamento
legal,
legal e a cessação do contrato a termo;

33
Artigo 133.º
Informações

2- O empregador deve comunicar,


comunicar
trimestralmente, à Inspecção-Geral,
Inspecção-Geral a
celebração, e a cessação do contrato a
termo.

34
Artigo 133.º
Informações
3- O empregador deve comunicar no
prazo máximo de 5 dias úteis, à entidade
que tenha competência na área da
igualdade de oportunidades entre
homens e mulheres o motivo da não
renovação de contrato de trabalho a
termo sempre que estiver em causa uma
trabalhadora grávida, puérpera ou
lactante.
lactante
35
Artigo 133.º
Informações

4- O empregador deve afixar informação


relativa à existência de postos de
trabalho permanentes que se encontrem
disponíveis na empresa ou
estabelecimento.

36
Artigo 137.º
Formação
1- O empregador deve proporcionar formação
profissional ao trabalhador sempre que a
duração do contrato, inicial ou com
renovações, exceda 6 meses:
a) Se contrato a termo < 1ano » Formação =
1% (PNT) Período Normal de Trabalho;

37
Artigo 137.º
Formação

b) Se contrato a termo entre 1 e 3 anos »


Formação = 2% PNT;
PNT
C) Se contrato a termo > 3 anos » Formação =
3% PNT;
PNT

38
Artigo 138.º
Taxa social única (cfr art 171 RE)
1- A taxa social única pode ser aumentada
relativamente ao empregador em função do
número de trabalhadores contratados a termo
na empresa e da respectiva duração dos seus
contratos de trabalho, nos termos a definir em
legislação especial;
2- … não se aplica aos trabalhadores à
procura do 1.º emprego.
emprego

39
Artigo 139.º
Duração

O contrato a termo certo não pode


exceder 3 anos,
anos incluindo renovações,
nem ser renovado mais de 2 vezes;

Nova Lei (Acrescenta)


O contrato pode ainda ser objecto de
mais 1 renovação desde que a
respectiva duração não seja inferior a 1
nem superior a 3 anos; 40
Artigo 151.º

Funções desempenhadas
1- O trabalhador deve,
deve em princípio
exercer funções correspondentes à
actividade para que foi contratado.
contratado
2- … compreende funções que lhe sejam
afins ou funcionalmente ligadas,
ligadas para as
quais o trabalhador detenha a
qualificação profissional adequada e que
não impliquem desvalorização
profissional.
profissional 42
Artigo 151.º
Funções desempenhadas

3- …consideram-se afins ou
funcionalmente ligadas,
designadamente, as actividades
compreendidas no mesmo grupo ou
carreira profissional.

43
Artigo 152.º
Efeitos retributivos

A determinação pelo empregador do


exercício, ainda que acessório, das
funções a que se refere o n.º2 do artigo
anterior, a que corresponda uma
retribuição mais elevada, confere ao
trabalhador o direito a esta enquanto tal
exercício se mantiver.
mantiver

44
Artigo 156.º
Interrupções e intervalos
Consideram-se compreendidos no tempo
de trabalho:
trabalho
d) …Os intervalos para refeição em que o
trabalhador tenha de permanecer no
espaço habitual de trabalho ou próximo
dele, adstrito à realização da prestação,
para poder ser chamado a prestar
trabalho normal em caso de necessidade;
45
Artigo 163.º

Limites máximos dos períodos


normais de trabalho

1- O PNT não pode exceder 8 horas por dia


nem 40 horas por semana.
semana
2- Há tolerância de 15 minutos…,
minutos não sendo,
porém, de admitir que tal tolerância deixe de
revestir carácter excepcional...
excepcional

46
Artigo 165.º
Regime especial de adaptabilidade

1- Por acordo, o empregador e os


trabalhadores podem definir o PNT em
termos médios;
médios
3- O PNT diário pode ser aumentado até
ao máximo de 2 horas, sem que a
duração de trabalho semanal exceda 50
horas…
horas
Vide art. 162 CT – Registo de Horas Mensais. Obrigatório.
47
Artigo 166.º
Período de referência

1- A duração média do trabalho deve ser


apurada por referência ao período que
esteja fixado em IRCT aplicável, não
podendo ser superior a 12 meses, ou, na
falta de tal previsão, por referência a
períodos máximos de 4 meses.
meses

49
Artigo 166.º

Período de referência
2- O período de referência de 4 meses
referido no número anterior pode ser
alargado para 6 meses nas seguintes
situações:
j) Caso fortuito ou motivo de força maior;
l) Em caso de acidente ou de risco de
acidente iminente.

50
Artigo 169.º

Duração média do trabalho

1- Sem prejuízo dos limites previstos


nos artigos 163 a 167, a duração média
do trabalho semanal, incluindo trabalho
suplementar, não pode exceder 48
horas,
horas num período de referência de 4
meses.
meses Em IRCT pode atingir 12 meses...

51
Artigo 170.º

Definição do horário de trabalho

1- Compete ao empregador definir os


horários de trabalho…
trabalho
2- Os delegados sindicais devem ser
consultados previamente sobre a
definição e a organização dos horários
de trabalho.
trabalho
52
Artigo 173.º
Alteração do horário de trabalho
2- Todas as alterações do horário de trabalho
devem ser precedidas de consulta aos
trabalhadores afectados, ao delegado sindical,
sindical
ser afixadas na empresa com antecedência de 7
dias e comunicadas à Inspecção geral do
trabalho…
trabalho
4- Exceptua-se do número anterior a alteração do
horário de trabalho cuja duração não exceda
uma semana, não podendo o empregador
recorrer a este regime mais de 3 vezes por ano...
ano

53
Artigo 176.º

Descanso diário

1- É garantido ao trabalhador um período


mínimo de descanso de 11 horas
seguidas entre 2 períodos diários de
trabalho consecutivos.

54
Artigo 179.º

Mapas de horário de trabalho

2- … enviar cópia do mapa de horário de


trabalho à Inspecção- Geral do Trabalho
com a antecedência mínima de 48 horas
relativamente à sua entrada em vigor.

55
Artigo 192.º
Trabalho nocturno

3- Na ausência de fixação por, IRCT,


considera-se trabalho nocturno o
compreendido entre as 22 horas e as 7
horas do dia seguinte.

56
Artigo 197.º
Trabalho suplementar
Não se compreende na noção de trabalho
suplementar:
b) O trabalho prestado para compensar
suspensões de actividade,
actividade
independentemente da causa, de duração
não superior a 48 horas, quando haja acordo
entre empregador e trabalhador;
trabalhador
c) Tolerância de 15 minutos prevista nos
limites à duração do trabalho;
57
Artigo 197.º

Trabalho suplementar

d) A formação profissional, ainda que


realizada fora do horário de trabalho,
desde que não exceda 2 horas diárias.
diárias

58
Artigo 200.º
Limites da duração do trabalho
suplementar
1- O trabalhador fica sujeito aos
seguintes limites:
limites b)
No caso de médias e grandes empresas
150 horas de trabalho por ano;
c) 2 horas por dia normal de trabalho;

59
Artigo 203.º
Casos Especiais
2- Quando o descanso compensatório
for devido por trabalho suplementar não
prestado em dias de descanso semanal,
obrigatório ou complementar,
complementar pode o
mesmo, por acordo entre o empregador
e o trabalhador, ser substituído por
prestação de trabalho remunerado com
um acréscimo não inferior a 100%.

60
Artigo 204.º
Registo
1- O empregador deve possuir um
registo de trabalho suplementar onde,
antes do início da prestação e logo após
o seu termo,
termo são anotadas as horas de
início e termo do trabalho suplementar.
2- O registo das horas de trabalho
suplementar deve ser visado pelo
trabalhador imediatamente a seguir à
sua prestação.
61
Artigo 204.º
Registo
3- Do registo previsto no número anterior
deve constar sempre a indicação expressa
do fundamento da prestação de trabalho
suplementar, além de outros elementos
fixados em legislação especial.
4- No mesmo registo devem ser anotados os
períodos de descanso compensatório
gozados pelo trabalhador.

62
Artigo 204.º
Registo
5- O empregador deve possuir e manter
durante 5 anos a relação nominal dos
trabalhadores que efectuaram trabalho
suplementar, com discriminação do
número de horas prestadas ao abrigo dos
n.ºs 1 ou 2 do artigo 199.º e indicação do
dia em que gozaram o respectivo descanso
compensatório, para fiscalização da
Inspecção-Geral do trabalho.

63
Artigo 204.º
Registo
6- Nos meses de Janeiro e Julho de cada ano
o empregador deve enviar à Inspecção- Geral
do trabalhor relação nominal dos
trabalhadores que prestaram trabalho
suplementar durante o semestre anterior, com
discriminação do número de horas prestadas
ao abrigo dos n.ºs 1 ou 2 do artigo 199.º,
visada pela comissão de trabalhadores ou, na
sua falta, em caso do trabalhador filiado, pelo
respectivo sindicato.

64
Artigo 204.º

Registo

7- A violação do disposto nos n.ºs 1 a 4


confere ao trabalhador,
trabalhador por cada dia em que
tenha desempenhado a sua actividade fora do
horário de trabalho, o direito à retribuição
correspondente ao valor de duas horas de
trabalho suplementar.

65
Artigo 213.º

Duração do período de férias

1- O período anual de férias tem a


duração mínima de 22 dias úteis.
úteis
3- A duração do período de férias é
aumentado no caso do trabalhador não
ter faltado ou ter apenas faltas
justificadas,
justificadas no ano a que as férias se
reportam:
67
Artigo 213.º

Duração do período de férias


a) 3 dias de férias até ao máximo de 1
falta justificada ou 2 meios dias;
dias
b) 2 dias de férias até ao máximo de 2
faltas justificadas ou 4 meios dias;
dias
c) 1 dia de férias até ao máximo de 3
faltas justificadas ou 6 meios dias;
dias

68
Artigo 213.º

Duração do período de férias

5- O trabalhador pode renunciar


parcialmente ao direito a férias,
recebendo a retribuição e o subsídio
respectivo, sem prejuízo de, ser
assegurado o gozo efectivo de 20 dias
úteis de férias.

69
Artigo 214.º

Direito a férias nos contratos de


duração inferior a seis meses

1- O trabalhador admitido com contrato


cuja duração total não atinga seis meses
tem direito a gozar 2 dias úteis por cada
mês completo de duração do contrato.

70
Artigo 217.º

Marcação do período de férias

6- O gozo do período de férias pode ser


interpolado,
interpolado por acordo entre
empregador e trabalhador e desde que
sejam gozados no mínimo, 10 dias úteis
consecutivos.

71
Artigo 218.º

Alteração da marcação do período


de férias
5- Nos casos em que a cessação do
contrato de trabalho esteja sujeita a
aviso prévio,
prévio o empregador pode
determinar que o período de férias seja
antecipado para momento
imediatamente anterior à data prevista
para a cessação do contrato.
72
Artigo 225.º

Faltas Justificadas

a), b), c), d), e), g), h), I), j) igual à actual
legislação.
f) As ausências não superiores a 4
horas, justificadas pelo responsável pela
educação de menor uma vez por
trimestre,
trimestre para deslocação à escola...
escola

73
Artigo 228.º

Comunicação da falta justificada

1- As faltas justificadas, quando


previsíveis, são obrigatoriamente
comunicadas ao empregador com a
antecedência mínima de 5 dias.
dias
2- Quando imprevisíveis,
imprevisíveis as faltas
justificadas são obrigatoriamente
comunicadas ao empregador logo que
possível.
possível
74
Artigo 229.º
Prova da falta justificada
3- A doença pode ser fiscalizada por médico,
médico
mediante requerimento do empregador
dirigido à segurança social.
social
4- No caso de a segurança social não indicar
o médico a que se refere o número anterior no
prazo de 24 horas,
horas o empregador designa o
médico para efectuar a fiscalização, não
podendo este ter qualquer vínculo contratual
anterior ao empregador.
empregador

75
Artigo 229.º
Prova da falta justificada
5- Em caso de desacordo entre os pareceres
médicos referidos nos números anteriores,
pode ser requerida a intervenção de junta
médica.
médica
6- Em caso de incumprimento das obrigações
previstas no artigo anterior, bem como de
oposição,
oposição sem motivo atendível, à
fiscalização referida nos n.ºs 3, 4 e 5, as faltas
são consideradas injustificadas.
injustificadas

76
Artigo 229.º
Prova da falta justificada

7- A apresentação ao empregador de
declaração médica com intuito
fraudulento constitui falsa declaração
para efeitos de justa causa de
despedimento.
despedimento

77
Artigo 231.º

Efeitos das faltas injustificadas


2- Tratando-se de faltas injustificadas a
um ou meio período normal de trabalho
diário, imediatamente anteriores ou
posteriores aos dias ou meios dias de
descanso ou feriados,
feriados considera-se que
o trabalhador praticou uma infracção
grave.
grave
Nota: Agora, com a nova Lei, tais faltas não acarretam perda de retribuição. 78
Artigo 231.º

Efeitos das faltas injustificadas


3- No caso de a apresentação do
trabalhador,
trabalhador para início ou reinício da
prestação de trabalho diário, se verificar
com atraso injustificado superior a 30 ou
60 minutos,
minutos pode o empregador recusar
a aceitação da prestação durante parte
ou todo o período normal de trabalho,
trabalho
respectivamente.
79
Artigo 257.º

Trabalho nocturno

1) O trabalho nocturno deve ser


retribuído com um acréscimo de 25%
relativamente à retribuição do trabalho
equivalente prestado durante o dia.

80
Artigo 258.º

Trabalho suplementar

5- É exigível o pagamento de trabalho


suplementar cuja prestação tenha sido
prévia e expressamente determinada, ou
realizada de modo a não ser previsível a
oposição do empregador.

81
Artigo 295.º
Actuação culposa
1- Quando o acidente tiver sido provocado
pelo empregador,
empregador seu representante ou
entidade por aquele contratada, ou resultar
de falta de observação, por aqueles, das
regras sobre segurança, higiene e saúde no
trabalho, a indemnização abrange a
totalidade dos prejuízos, patrimoniais e não
patrimoniais,
patrimoniais sofridos pelo trabalhador e
seus familiares, nos termos gerais.

84
Artigo 295.º

Actuação culposa

2- O disposto no número anterior não


prejudica a responsabilidade criminal em
que o empregador,
empregador ou seu representante,
tenha incorrido.

85
Artigo 314.º

Mobilidade Funcional
1- O empregador pode, quando o
interesse da empresa o exija, encarregar
temporariamente o trabalhador de
funções não compreendidas na
actividade contratada,
contratada desde que tal não
implique modificação substancial da
posição do trabalhador.

86
Artigo 314.º
Mobilidade Funcional

3- O disposto no n.º1 não pode implicar


diminuição da retribuição,
retribuição tendo o
trabalhador direito a auferir das
vantagens inerentes à actividade
temporariamente desempenhada.
desempenhada

87
Artigo 335.º
Redução ou suspensão
1- O empregador pode reduzir
temporariamente os períodos normais de
trabalho ou suspender os contratos de
trabalho, desde que,
que por motivos de mercado,
estruturais ou tecnológicos, catástrofes ou
outras ocorrências que tenham afectado
gravemente a actividade normal da empresa,
tais medidas se mostrem indispensáveis para
assegurar a viabilidade da empresa e a
manutenção dos postos de trabalho.

88
Artigo 335.º
Redução ou suspensão
2- A redução a que se refere o número
anterior pode assumir as seguintes formas:
formas
a) Interrupção da actividade por um mais
períodos normais de trabalho, diários ou
semanais, podendo abranger, rotativamente,
diferentes grupos de trabalhadores;
b) Diminuição do número de horas
correspondente ao período normal de
trabalho, diário ou semanal.
semanal

89
Artigo 339.º

Duração

1- A redução ou suspensão determinada


por motivos de mercado, estruturais ou
tecnológicos deve ter uma duração
previamente definida, não podendo,
porém, ser superior a seis meses.

90
Artigo 341.º

Direitos do trabalhador

1- Durante o período de redução ou


suspensão constituem direitos do
trabalhador:
a) Auferir retribuição mensal não inferior
à retribuição mínima mensal legalmente
garantida...
(Em 2006: 385,90 €).
91
Artigo 341.º

Direitos do trabalhador

b) Manter todas as regalias sociais e as


prestações da segurança social,
social
calculadas na base da sua retribuição
normal…
c) Exercer actividade remunerada fora
da empresa.

92
Artigo 342.º

Deveres do empregador

2- O empregador não pode admitir novos


trabalhadores ou renovar contratos para
o preenchimento de postos de trabalho
susceptíveis de serem ocupados por
trabalhadores em regime de redução ou
suspensão.

93
Artigo 344.º

Comparticipação na compensação
retributiva

1- A compensação retributiva devida de


cada trabalhador é suportada em 30% do
seu montante pelo empregador e em
70% pela segurança social.
social

94
Artigo 366.º

Sanções disciplinares
1- O empregador pode aplicar, dentro dos
limites fixados no artigo 368.º, as seguintes
sansões disciplinares,
disciplinares independentemente
de outras fixadas em instrumento de
regulamentação colectiva de trabalho e
sem prejuízo dos direitos e garantias
gerais do trabalhador:
a) Repreensão;
95
Artigo 366.º

Sanções disciplinares
b) Repreensão registada;
c) Sansão pecuniária;
d) Perdas de dias de férias;
férias
e) Suspensão do trabalho com perda de
retribuição e de antiguidade;
f)Despedimento sem qualquer
indemnização ou compensação.
96
Artigo 368.º

Limites às sanções disciplinares

1- As sanções pecuniárias aplicadas a


um trabalhador por infracções
praticadas no mesmo dia não podem
exceder um terço da retribuição diária,
diária
e , em cada ano civil, a retribuição
correspondente a 30 dias.

97
Artigo 368.º

Limites às sanções disciplinares

2- A perda de dias de férias não pode pôr


em causa o gozo de 20 dias úteis de
férias.
férias
3- A suspensão do trabalho não pode
exceder por cada infracção 30 dias e, em
cada ano civil, o total de 90 dias.
dias

98
Artigo 371.º

Procedimento

3- Iniciado o procedimento disciplinar,


disciplinar
pode o empregador suspender o
trabalhador,
trabalhador se a presença deste se
mostrar inconveniente, mas não lhe é
lícito suspender o pagamento da
retribuição.

99
Artigo 388.º
Caducidade do contrato a termo

1- O contrato caduca no termo do prazo


estipulado desde que o empregador ou o
trabalhador comunique,
respectivamente, 15 ou 8 dias antes de o
prazo expirar, por forma escrita, a
vontade de o fazer cessar.

100
Artigo 388.º
Caducidade do contrato a termo
2- A caducidade do contrato a termo certo
que decorra de declaração do empregador
confere ao trabalhador o direito a uma
compensação correspondente a 3 ou 2 dias
de retribuição base por cada mês de
duração do vínculo, consoante o contrato
tenha durado por um período que,
respectivamente, não exceda ou seja
superior a 6 meses.
meses
101
Artigo 447.º
Aviso prévio
1- O trabalhador pode denunciar o
contrato independentemente de justa
causa, mediante comunicação escrita
enviada ao empregador com
antecedência mínima de 30 ou 60 dias,
dias
conforme tenha, respectivamente até 2
anos ou mais de 2 anos de antiguidade.
antiguidade

106
Artigo 447.º
Aviso prévio
3- Sendo o contrato a termo, termo o
trabalhador que se pretenda desvincular
antes do decurso do prazo acordado
deve avisar o empregador com a
antecedência mínima de 30 dias,
dias se o
contrato tiver duração igual ou superior
a 6 meses,
meses ou de 15 dias, se for de
duração inferior.
inferior
107
Artigo 448.º
Falta de cumprimento do prazo de
aviso prévio
3- Se o trabalhador não cumprir,
cumprir total ou
parcialmente, o prazo de aviso prévio
estabelecido no artigo anterior, fica
obrigado a pagar ao empregador uma
indemnização de valor igual à retribuição
base e diuturnidades correspondentes
ao período de antecedência (continua)
108
Artigo 448.º
Falta de cumprimento do prazo de
aviso prévio
(continuação) em falta, sem prejuízo da
responsabilidade civil pelos danos
eventualmente causados em virtude da
inobservância do prazo de aviso prévio
ou emergentes da violação de
obrigações assumidas em pacto de
permanência.
109
Artigo 449.º
Não produção de efeitos da
declaração de cessação do contrato
1- A declaração de cessação do contrato
de trabalho por iniciativa do trabalhador,
trabalhador
tanto por resolução como por denúncia,
sem assinatura objecto de
reconhecimento notarial presencial, pode
por este ser revogada por qualquer forma
até ao 7.º dia seguinte à data em que
chega ao poder do empregador.
empregador
110
Artigo 450.º
Abandono do trabalho
1- Considera-se abandono do trabalho a
ausência do trabalhador ao serviço
acompanhada de factos que, com toda a
probabilidade, revelem a intenção de o não
retomar.
retomar
2- Presume-se abandono do trabalho a
ausência do trabalhador ao serviço durante,
pelo menos, 10 dias úteis seguidos,
seguidos sem que
o empregador tenha recebido comunicação
do motivo da ausência.
111
Obrigado.
112

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