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OT – 03/03 – 03
Hipótese
Em 1 de Março de 2015 iniciou a sua vigência uma convenção coletiva celebrada entre
a Atlas, Lda. e o sindicato Y, que incluía, entre outras, as seguintes três disposições:
a) Considera-se justificada a falta dada por ocasião do aniversário do casamento do
trabalhador (art.249º segs);
b) É excluído o período experimental art.111º, segs);
c) A perda de retribuição por motivo de faltas pode ser substituída por renúncia a
dia de férias, em igual numero, mediante declaração expressa do trabalhador
comunicada ao empregador (cfr. Arts.237º, 238º e 257º).
Resposta:
Art.3º, nº1 – se a norma legal não for imperativa, prevalece a solução constante do
instrumento de regulamentação coletiva (IRCT). Está é a REGRA.
Esta regra tem uma EXCEÇÃO: nº2 – se for uma portaria de condições de trabalho
não se aplica IRCT. Nunca pode ser afastado por isso (portaria de condições).
Em determinadas matérias do nº3, não basta que a norma legal imperativa seja
afastada. É preciso que o IRCT seja num sentido mais favorável ao trabalhador.
Solução:
a) O objetivo era o trabalhador poder faltar no seu dia de anos e não perder a sua
retribuição mediante falta justificada. Pode esta clausula aplicar-se? Prevalece a
cláusula ou a norma legal? Temos que ver se a norma legal é imperativa. Esta
cláusula não esta na lista das faltas justificadas no art.249º do CT. A empresa ao
autorizar as faltas, dá como aceite esta cláusula. Esta situação não esta prevista no
art.249º. Esta cláusula é nula, porque contraria uma norma legal de caráter
imperativo.
reduzida por IRCT, mas diz que se pode excluir por acordo escrito. Não se aplica a
cláusula do nº5, porque pode ser reduzida, mas não pode ser inexistente. Na relação
individual, podem excluir. Acordo escrito permite reduzir e excluir. Acordo escrito é
o único que permite excluir. Por isso, neste caso estamos a violar o regime
imperativo da norma legal. O IRCT só pode reduzir.
Prática – 04/03 – 04
Contrato de trabalho
Exemplo 1: imagem que há uma empresa que contrata uma telefonista. Este vai atender
todos os telefones que tocarem entre as 14h e as 18h.Vais trabalhar no gabinete X. No
final do mês pago-te 1000€. Isto tudo é de segunda à sexta feira. Ela chega e o telefone
nunca toca. Ela nunca atendeu o telefone. No resto dos dias trabalha. O empregador
pode lhe cortar aquele dia que não houve telefonemas? Não, porque ela esteve a
cumprir o seu trabalho. Ela disponibilizou-se. Cumpriu o seu contrato.
Exemplo 2: um carro avaria. Vai para a oficina e o mecânico diz que consegue arranjar o
carro desde as 9h ate as 18h. Ele trabalha realmente o dia inteiro no carro mas não o
conseguiu arranjar. O empregador paga ou não? Não, porque o trabalhador não se
comprometeu a disponibilizar-se, ele comprometeu-se a arranjar o carro, ele não
apresentou o resultado, o que nos queremos é o resultado. O risco corre por conta do
trabalhador.
Art.12º - presunções
OT – 09/03 – 05
Hipótese:
Em 1 de Março de 2018 iniciou a sua vigência uma convenção coletiva celebrada entre
a Albatroz, Lda. e o sindicato Y, que incluía, entre outras, as seguintes duas disposições:
Resposta:
A norma não é imperativa. Mas esta no nº3? Não, por isso prevalece o
IRCT.
Resposta:
Sim ou não? Não porque o António não tem um contrato de trabalho com a Albatroz.
Art.497º. Ele não esta sindicalizado. Esta norma pressupõe a existência de um trabalhar
(com contrato de trabalho subordinado). O António vai trabalhar para a Albatroz mas
vai trabalhar com um contrato de prestação de serviços. Mas como sabemos isso? O que
distingue um contrato do outro? A existência ou não de subordinação jurídica. Se
houver temos contrato de trabalho, se não houver temos prestação de serviços.
Como vemos se há subordinação jurídica? Através de factos, como por exemplo haver
um horário de trabalho dado pelo empregador. No nosso caso ele não tem que cumprir
nenhum horário;
Um local de trabalho. Ele não tem local de trabalho, devia ser nas instalações do
trabalhador.