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Contrato Coletivo de Trabalho

TÍTULO I CAPÍTULO II
CLAUSULADO GERAL Admissão, classificação
e carreira profissional

CAPÍTULO I Cláusula 3ª - Condições gerais de admissão


Área, âmbito e vigência
1 - Antes da admissão na empresa ou se a urgência da
admissão o justificar, nos 15 dias seguintes, os traba-
Cláusula 1ª - Área e âmbito lhadores serão submetidos a exame de saúde destinado
a verificar da sua aptidão física e psíquica para o exer-
1 - O presente CCT obriga, por um lado, as empresas cício das funções correspondentes à atividade em vista
singulares ou coletivas que, no território do continente, para o respetivo contrato.
se dedicam à atividade da construção civil, obras públi-
cas e serviços relacionados com a atividade da constru- 2 - Só podem ser admitidos os trabalhadores que satis-
ção e estejam filiadas nas associações de empregado- façam as seguintes condições gerais:
res outorgantes e, por outro lado, os trabalhadores ao
seu serviço das categorias profissionais nele previstas a) Terem idade não inferior a 16 anos;
e constantes do anexo III, representados pelas associa- b) Possuírem a escolaridade mínima obrigatória legal-
ções sindicais signatárias. mente imposta, nos seguintes termos:

2 - As partes outorgantes vinculam-se a requerer ao


Data de Nascimento Anos de Escolaridade
ministério responsável pela área laboral, no momento
do depósito do presente contrato, a sua aplicação, com Anterior a 01/01/1967 4 anos
efeitos a partir da sua entrada em vigor, às empresas e
Entre 01/01/1967 e 31/12/1980 6 anos
aos trabalhadores da construção civil e obras públicas
Posterior a 31/12/1980 9 anos
não filiados nos organismos outorgantes.
Ano Letivo 2009/2010 12 anos
3 - O presente CCT abrange 7600 empregadores e 170 000
trabalhadores.
c) Possuírem as habilitações estabelecidas na presente
regulamentação para o exercício da profissão;
Cláusula 2ª - Vigência d) Possuírem certificados de aptidão profissional, car-
teira ou cédula, devidamente atualizada, sempre que
1 - O presente CCT entra em vigor no dia 1 do mês se- o exercício da profissão esteja legalmente condicio-
guinte ao da sua publicação no Boletim do Trabalho e nado com essa exigência.
Emprego, salvo quanto à matéria referente à tabela sala-
rial, que produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2019. 3 - Sem prejuízo das disposições relativas ao trabalho
de menores consignadas na cláusula 68ª, a escolaridade
2 - O CCT será válido pelo prazo mínimo de um ano, mínima ou as habilitações referidas nas alíneas b) e c)
renovando-se sucessivamente por iguais períodos, en- do número anterior serão dispensadas:
quanto não for denunciado por qualquer das partes.
a) Aos trabalhadores que à data da entrada em vigor do
presente CCT estejam ao serviço de empresas por
ele abrangidas;

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b) Aos trabalhadores que demonstrem já ter desempe- a indicação do período normal de trabalho diário e
nhado funções correspondentes às de qualquer das semanal com referência comparativa ao trabalho a
profissões previstas nos anexos ao presente contra- tempo completo.
to.
5 - O contrato de trabalho será elaborado em duplica-
4 - O contrato de trabalho será obrigatoriamente escrito do, destinando-se um exemplar ao empregador e outro
e assinado por ambas as partes, devendo dele constar: ao trabalhador. Tratando-se de trabalhador estrangeiro,
aplicar-se-ão as disposições específicas constantes na
a) Identificação das partes, nomeadamente, sendo so- cláusula 63ª.
ciedade, a existência de uma relação de coligação
societária, de participações recíprocas, de domínio 6 - No ato de admissão, deverão ainda ser fornecidos
ou de grupo; aos trabalhadores os seguintes documentos:
b) O local de trabalho ou, não havendo um fixo ou pre-
dominante, a indicação de que o trabalho é prestado a) Regulamento interno, se o houver;
em várias localizações; b) Outros regulamentos específicos da empresa, tais
c) A sede ou o domicílio do empregador; como regulamento de segurança, regulamento de
d) A categoria do trabalhador, incluindo a respetiva regalias sociais e outros, caso existam.
classe, escalão ou grau, e a caracterização sumária
do seu conteúdo; 7 - No ato da admissão, será ainda prestada informação
e) A data de celebração do contrato e a do início dos ao trabalhador relativamente:
seus efeitos;
f) A duração das férias ou, se não for possível conhe- a) Aos riscos para a segurança e saúde, bem como as
cer essa duração, os critérios para a sua determina- medidas de proteção e de prevenção e a forma como
ção; se aplicam, relativos, quer ao posto de trabalho ou
g) Os prazos de aviso prévio a observar pelo emprega- função, quer, em geral, à empresa, estabelecimento
dor e pelo trabalhador para a cessação do contrato ou serviço;
ou, se não for possível conhecer essa duração, os b) As medidas e as instruções a adotar em caso de pe-
critérios para a sua determinação; rigo grave e iminente;
h) O valor e a periodicidade da retribuição; c) As medidas de primeiros socorros, de combate a in-
i) O período normal de trabalho diário e semanal, es- cêndios e de evacuação dos trabalhadores em caso
pecificando os casos em que é definido em termos de sinistro, bem como os trabalhadores ou serviços
médios; encarregados de as pôr em prática.
j) O instrumento de regulamentação coletiva de traba-
lho aplicável; 8 - Nas empresas com mais de cinquenta trabalhadores,
l) Dispensa do período experimental, se a houver; os empregadores deverão, em igualdade de qualifica-
m) O número da apólice de seguro de acidentes de tra- ção, dar preferência à admissão de trabalhadores com
balho e a identificação da entidade seguradora; capacidade de trabalho reduzida, com deficiência ou
n) O número de identificação da segurança social do doença crónica, caso existam postos de trabalho que a
empregador; possibilitem.
o) Condições específicas da prestação de trabalho, se
as houver; 9 - Para o preenchimento de postos de trabalho, o em-
p) Tratando-se de contrato de trabalho a termo, a in- pregador deverá dar preferência aos trabalhadores que
dicação do motivo justificativo, bem como da data na empresa já prestem serviço e possuam as qualifica-
da respetiva cessação, no caso de termo certo, ou da ções requeridas.
sua duração previsível, no caso de termo incerto;
q) Tratando-se de contrato de trabalho a tempo parcial,

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Cláusula 4ª - Classificação profissional CAPÍTULO III


1 - Os profissionais abrangidos pelo presente contrato
Prestação do trabalho
serão obrigatoriamente classificados, segundo as fun-
ções desempenhadas, numa das categorias profissionais
constantes do Anexo II. SECÇÃO I
Duração do trabalho
2 - Compete à comissão paritária, e a pedido das asso-
ciações sindicais ou de empregadores, deliberar sobre a
criação de novas profissões ou categorias profissionais, Cláusula 8ª - Duração e organização do tem-
que passarão a fazer parte integrante do presente con- po de trabalho
trato, após publicação no “Boletim do Trabalho e Em-
prego”, igualmente lhe competindo definir as respetivas 1 - O período normal de trabalho terá a duração máxima
funções e enquadramentos. de 8 horas por dia e de 40 horas por semana, distribuído
por cinco dias consecutivos.

Cláusula 5ª - Condições gerais de acesso 2 - Para os profissionais administrativos, técnicos de de-


senho, cobradores e telefonistas, o período normal de
Para efeitos de promoção a categorias superiores, en- trabalho semanal é de 37,5 horas.
tende-se como «serviço efetivo na categoria» todo o pe-
ríodo de tempo, seguido ou interpolado, em que houve 3 - A criação de horários desfasados no período normal
efetiva prestação de trabalho naquela categoria, inde- de trabalho semanal previsto no número anterior, deverá
pendentemente da empresa em que tenha sido prestado obedecer aos seguintes parâmetros:
e desde que devidamente comprovado, sendo pois de
excluir os períodos de tempo correspondentes a eventu- a) Dois períodos fixos distribuídos no período normal
ais suspensões do contrato de trabalho. de trabalho diário a que o trabalhador está obrigado,
de segunda a sexta-feira;
b) As horas complementares aos períodos fixos serão
Cláusula 6ª - Carreira profissional preenchidas entre as 8 horas e 30 minutos e as 19
horas.
A carreira profissional dos trabalhadores abrangidos
pelo presente CCT é regulamentada no Anexo I. 4 - Por acordo, o empregador e os trabalhadores podem
definir o período normal de trabalho em termos médios,
nos termos da legislação em vigor, sendo a duração mé-
Cláusula 7ª - Enquadramento dia do trabalho apurada por referência a 8 meses, tendo
em conta que:
As profissões e categorias previstas são enquadradas
nos níveis de retribuição constantes do Anexo III. a) As horas de trabalho prestado em regime de alar-
gamento do período normal de trabalho, de acordo
com o disposto no presente número, serão compen-
sadas com a redução daquele período em igual nú-
mero de horas, não podendo ser superior a 2 horas
nas semanas em que a duração do trabalho seja infe-
rior a 40 horas, ou então por redução em meios-dias
ou dias inteiros, sem prejuízo do direito ao subsídio
de refeição;

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b) Se a média das horas de trabalho semanal presta- 10 - Sem prejuízo da laboração normal, as empresas de-
das no período de referência, for inferior ao perío- vem conceder, no primeiro período de trabalho diário, o
do normal de trabalho previsto nos n.os 1 e 2, por tempo mínimo necessário à tomada de uma refeição li-
razões imputáveis ao empregador, será saldado em geira, normalmente designada por «bucha», em moldes
favor do trabalhador o período de horas de trabalho a regulamentar pelo empregador.
não prestado;
c) Durante o período de prestação de trabalho no regi-
me de adaptabilidade disposto no presente número, Cláusula 9ª - Banco de horas
o trabalhador pode solicitar a utilização da totali-
dade ou parte do crédito de horas já constituído, 1 - Por acordo escrito entre o empregador e o trabalha-
conforme as suas necessidades e por acordo com o dor, pode ser instituído um regime de banco de horas,
empregador; em que a organização do tempo de trabalho obedece ao
d) Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador e disposto nos números seguintes.
o empregador têm o direito de receber, com base
no valor da hora normal, o montante resultante do 2 - A necessidade de prestação de trabalho em acrésci-
crédito de horas que, respetivamente, exista a seu mo é comunicada pelo empregador ao trabalhador com
favor. uma antecedência mínima de cinco dias, salvo se outra
for acordada ou em caso de força maior.
5 - Compete ao empregador estabelecer os horários de
trabalho, bem como eventuais alterações aos mesmos, 3 - O período normal de trabalho pode ser aumentado
nos termos da legislação em vigor e da presente regu- até 2 horas diárias e 50 horas semanais, tendo o acrésci-
lamentação. mo por limite 180 horas por ano.

6 - Em todos os locais de trabalho deve ser afixado, em 4 - A compensação do trabalho prestado em acréscimo é
lugar bem visível, um mapa de horário de trabalho ela- feita mediante a redução equivalente do tempo de traba-
borado pelo empregador. lho, a utilizar no decurso do mesmo ano civil, devendo
o empregador avisar o trabalhador com cinco dias de
7 - O empregador deve manter um registo que permita antecedência, salvo caso de força maior devidamente
apurar o número de horas de trabalho prestadas pelo tra- justificado.
balhador, por dia e por semana, com indicação da hora
de início e termo do trabalho, o qual, em caso de pres- 5 - A utilização da redução do tempo de trabalho para
tação de trabalho em regime de adaptabilidade, deverá compensar o trabalho prestado em acréscimo pode ser
conter indicação expressa de tal facto. requerida pelo trabalhador ao empregador, por escrito,
com uma antecedência mínima de cinco dias.
8 - O período de trabalho diário deve ser interrompi-
do, em regra, sem prejuízo do número seguinte, por um 6 - O empregador só pode recusar o pedido de utilização
período de descanso que não poderá ser inferior a uma da redução do tempo de trabalho referido no número
hora nem superior a duas, de modo a que os trabalhado- anterior, por motivo de força maior devidamente justi-
res não prestem mais de cinco horas de trabalho conse- ficado.
cutivo, ou quatro horas e meia, tratando-se de trabalha-
dores menores ou motoristas de pesados. 7 - Na impossibilidade de utilização da redução do tem-
po de trabalho no ano civil a que respeita, pode sê-lo até
9 - Salvo tratando-se de trabalhadores menores ou mo- ao termo do 1.º trimestre do ano civil seguinte ou ser
toristas de pesados, a prestação de trabalho poderá ser retribuída com acréscimo de 100 %.
alargada até seis horas consecutivas e o intervalo de
descanso diário ser reduzido a meia hora.

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Cláusula 10ª - Isenção de horário de trabalho noturno e trabalho por turnos.

1 - Por acordo escrito, pode ser isento de horário de tra- 6 - O acordo de isenção de horário de trabalho cessará
balho o trabalhador que se encontre numa das seguintes nos precisos termos e condições em que deixarem de
situações: subsistir os fundamentos que lhe deram origem, caso
em que o mesmo poderá cessar mediante comunicação
a) Exercício de cargos de administração, de direção, escrita dirigida ao outro contraente, com uma antece-
de chefia, de chefias intermédias, de confiança, de dência não inferior a 30 dias.
fiscalização ou de apoio aos titulares desses cargos;
b) Execução de trabalhos preparatórios ou comple-
mentares que, pela sua natureza, só possam ser Cláusula 11ª - Trabalho suplementar
efetuados fora dos limites dos horários normais de
trabalho; 1 - Considera-se trabalho suplementar todo aquele que é
c) Exercício regular da atividade fora do estabeleci- prestado fora do horário de trabalho.
mento, sem controlo imediato da hierarquia;
d) Exercício da atividade de vigilância, de transporte e 2 - Considera-se ainda trabalho suplementar:
de vendas.
a) Nos casos de isenção de horário de trabalho esta-
2 - A isenção de horário de trabalho pode compreender belecida na alínea a), do n.º 2 da cláusula anterior,
as seguintes modalidades: o trabalho prestado nos dias de descanso semanal,
obrigatório ou complementar e feriados;
a) Não sujeição aos limites máximos dos períodos nor- b) Nos casos de isenção de horário de trabalho estabe-
mais de trabalho; lecida na alínea b), do n.º 2 da cláusula anterior, o
b) Possibilidade de alargamento da prestação a um de- trabalho que seja prestado fora desse período;
terminado número de horas, por dia ou por semana; c) Nos casos de isenção de horário de trabalho estabe-
c) A observância dos períodos normais de trabalho lecida na alínea c), do n.º 2 da cláusula anterior, o
acordados. trabalho prestado que exceda a duração do período
normal de trabalho diário ou semanal.
3 - O trabalhador abrangido pela isenção de horário de
trabalho tem direito a uma retribuição especial corres- 3 - Não se compreende na noção de trabalho suplemen-
pondente a: tar:

a) 22% da retribuição base, tratando-se das modalida- a) O trabalho prestado para compensar suspensões de
des previstas nas alíneas a) e b) do número anterior; atividade, independentemente da causa, de duração
b) Duas horas de trabalho suplementar por semana, não superior a 48 horas seguidas ou interpoladas por
tratando-se da modalidade prevista na alínea c) do um dia de descanso ou feriado, quando haja acordo
número anterior. entre o empregador e os trabalhadores;
b) A tolerância de quinze minutos para as transações,
4 - A retribuição especial devida em caso de isenção de operações e serviços começados e não acabados na
horário de trabalho é considerada para efeito de férias, hora estabelecida para o termo do período normal
subsídio de férias e subsídio de Natal, estando igual- de trabalho diário, não sendo, porém, de admitir que
mente sujeita a todos os impostos e descontos legais. tal tolerância deixe de revestir caráter excecional,
devendo o acréscimo de trabalho ser pago como
5 - A retribuição especial devida em caso de isenção de retribuição normal quando perfizer quatro horas ou
horário de trabalho, não é considerada para efeitos de no termo do ano civil ou, por troca, mediante acor-
cálculo de pagamento de trabalho suplementar, trabalho do, para compensar atrasos diários que não podem

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exceder a tolerância diária prevista nem as quatro d) Os pais que hajam gozado licença de paternidade
horas mensais; nos casos de incapacidade física ou psíquica da
c) A formação profissional, ainda que realizada fora do mãe, morte da mãe ou decisão conjunta dos pais até
horário de trabalho. os filhos perfazerem os 12 meses;
e) Os trabalhadores estudantes, exceto nas situações
4 - O trabalho suplementar pode ser prestado quando as previstas no n. º 5 da cláusula 11ª.
empresas tenham de fazer face a acréscimos eventuais e
transitórios de trabalho, que não justifiquem a admissão 3 - É proibida a prestação de trabalho suplementar por
de trabalhadores com caráter permanente ou em regime trabalhadores menores.
de contrato a termo, observando-se, no entanto, o des-
canso intercorrente de onze horas entre as jornadas.
Cláusula 13ª - Número máximo de horas de
5 - O trabalho suplementar pode ainda ser prestado em trabalho suplementar
casos de força maior ou quando se torne indispensável
para prevenir ou reparar prejuízos graves para a empre- 1 - O trabalho suplementar fica sujeito, por trabalhador,
sa, bem como para assegurar o cumprimento de prazos aos seguintes limites:
contratualmente estabelecidos para conclusão de obras
ou fases das mesmas. a) Duzentas horas de trabalho por ano;
b) Duas horas por dia normal de trabalho;
6 - A prestação de trabalho suplementar tem de ser pré- c) Um número de horas igual ao período normal de
via e expressamente determinada pelo empregador, sob trabalho nos dias de descanso semanal, obrigatório
pena de não ser exigível o respetivo pagamento. ou complementar, e nos feriados.

7 - O empregador deve registar o trabalho suplemen- 2 - A prestação de trabalho suplementar prevista no n.º
tar em suporte documental adequado, nos termos legal- 5 da cláusula 11ª, não fica sujeita aos limites do núme-
mente previstos. ro anterior, não devendo, contudo, a duração média do
trabalho semanal exceder 48 horas num período de re-
ferência de 12 meses. No cálculo da média, os dias de
Cláusula 12ª - Obrigatoriedade e dispensa férias são subtraídos ao período de referência em que
da prestação de trabalho são gozados.
suplementar
3 - Os dias de ausência por doença, bem como os dias
1 - Os trabalhadores estão obrigados à prestação de de licença por maternidade e paternidade e de licença
trabalho suplementar, salvo quando, havendo motivos especial do pai ou da mãe para assistência a pessoa com
atendíveis, devidamente comprovados, nomeadamente deficiência e a doente crónico são considerados, para
assistência inadiável ao agregado familiar, expressa- efeitos do número anterior, com base no correspondente
mente solicitem a sua dispensa. período normal de trabalho.

2 - Não estão sujeitos à obrigação estabelecida no nú- 4 - O limite anual de horas de trabalho suplementar apli-
mero anterior: cável a trabalhador a tempo parcial é de 80 horas por
ano ou o correspondente à proporção entre o período
a) Os trabalhadores com deficiências ou com doença normal de trabalho e o de trabalhador a tempo completo
crónica; em situação comparável, quando superior.
b) As trabalhadoras grávidas;
c) As trabalhadoras e os trabalhadores com filhos de 5 - Mediante acordo escrito, o limite referido no número
idade inferior a 12 meses; anterior pode ser elevado até 200 horas por ano.

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Cláusula 14ª - Retribuição do trabalho complementar ou feriado obrigatório;


suplementar rh - Remuneração horária;
n - Número de horas trabalhadas.
1 - O trabalho suplementar prestado em dia normal de
trabalho será remunerado com os seguintes acréscimos 6 - Independentemente do número de horas que o traba-
mínimos: lhador venha a prestar, a respetiva retribuição não pode-
rá, todavia, ser inferior à correspondente a quatro horas,
a) 50% da retribuição base horária na primeira hora; calculadas nos termos do número anterior.
b) 75% da retribuição base horária nas horas ou frac-
ções subsequentes. 7 - Quando o período de trabalho prestado nos termos
do n.º 5 desta cláusula seja igual ou superior a cinco
2 - Sempre que o trabalhador haja de prestar trabalho horas, os trabalhadores têm direito ao fornecimento gra-
suplementar em dia normal de trabalho, fora dos casos tuito de uma refeição.
de prolongamento ou antecipação do seu período de tra-
balho, terá direito:
Cláusula 15ª - Descanso compensatório
a) Ao pagamento integral das despesas de transporte
de ida e volta ou a que lhe sejam assegurados trans- 1 - A prestação de trabalho suplementar em dia útil, em
portes, quando não seja possível o recurso aos trans- dia de descanso semanal complementar ou em dia feria-
portes públicos; do, confere aos trabalhadores o direito a um descanso
b) Ao pagamento, como trabalho suplementar, do tem- compensatório remunerado, correspondente a 25% das
po gasto na viagem de ida e volta, não contando, horas de trabalho suplementar realizado.
porém, para o cômputo dos limites máximos diários
ou anuais estabelecidos na cláusula 13ª. 2 - O descanso compensatório vence-se quando perfizer
um número de horas igual ao período normal de traba-
3 - No caso de o trabalho suplementar se suceder ime- lho diário e deve ser gozado num dos 30 dias seguintes.
diatamente a seguir ao período normal e desde que se
pressuponha que aquele venha a ter uma duração igual 3 - Quando o descanso compensatório for devido por
ou superior a uma hora e trinta minutos, o trabalhador trabalho suplementar não prestado em dias de descanso
terá direito a uma interrupção de quinze minutos entre o semanal, obrigatório ou complementar, pode o mesmo,
horário normal e suplementar, que será remunerada nos por acordo entre o empregador e o trabalhador, ser subs-
termos do n.º 1 da presente cláusula. tituído por prestação de trabalho remunerado com um
acréscimo não inferior a 100%.
4 - Sempre que a prestação de trabalho suplementar ex-
ceda no mesmo dia três horas seguidas, o trabalhador 4 - Nas microempresas e nas pequenas empresas, o des-
terá direito a uma refeição integralmente custeada pelo canso compensatório previsto no n.º 1 pode ser substi-
empregador. tuído mediante acordo, por prestação de trabalho remu-
nerado com um acréscimo não inferior a 100% ou, na
5 - O trabalho prestado em dia de descanso semanal, falta de acordo, gozado quando perfizer um número de
descanso semanal complementar ou feriado obrigatório, horas igual ao período normal de trabalho diário nos 90
será remunerado de acordo com a seguinte fórmula: dias seguintes.

R = (rh x n) x 2 5 - Sempre que a prestação de trabalho suplementar


sendo: prestado em dia normal de trabalho exceda seis horas
R - Remuneração do trabalho prestado em dia seguidas, o trabalhador terá o direito de descansar num
de descanso semanal, descanso semanal dos três dias subsequentes, a designar por acordo entre

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as partes, sem perda de remuneração. re ao trabalhador o direito ao seguinte complemento de


retribuição, o qual deixará de ser devido sempre que se
6 - Os trabalhadores que tenham trabalhado no dia de suspenda a prestação de trabalho em tal regime:
descanso semanal obrigatório, têm direito a um dia de
descanso completo, sem perda de remuneração, num a) Em regime de dois turnos, em que apenas um seja
dos três dias seguintes. total ou parcialmente noturno, acréscimo de 25%
sobre a retribuição mensal;
7 - Na falta de acordo, o dia de descanso compensatório b) Em regime de três turnos, ou de dois turnos total ou
será fixado pelo empregador. parcialmente noturnos, acréscimo de 35% sobre a
retribuição mensal.

Cláusula 16ª - Trabalho noturno 4 - O complemento de retribuição imposto no número


anterior inclui o acréscimo de retribuição pelo trabalho
1 - Considera-se noturno o trabalho prestado no período noturno prestado em regime de turnos.
que decorre entre as 22 horas de um dia e as 7 horas do
dia seguinte. 5 - O subsídio de turno é considerado para efeitos de
retribuição do período de férias e respetivo subsídio,
2 - Sem prejuízo dos acréscimos devidos por força da sempre que se verifiquem, pelo menos, 120 dias de tra-
cláusula 14.ª, a retribuição do trabalho suplementar no- balho efetivo, seguidos ou interpolados, nos 12 meses
turno será superior em 30% à retribuição base a que dá imediatamente anteriores ao gozo das férias.
direito o trabalho equivalente prestado durante o dia.
6 - O empregador deve organizar um registo separado
3 - A retribuição do trabalho normal noturno será supe- dos trabalhadores incluídos em cada turno.
rior em 45% à retribuição base a que dá direito o tra-
balho equivalente prestado durante o dia, nas horas de
trabalho que sejam prestadas no período previsto no n.º Cláusula 18ª - Funções de vigilância
1 da presente cláusula.
1 - As funções de vigilância serão desempenhadas, em
4 - O acréscimo retributivo previsto no número anterior princípio, por trabalhadores com a categoria de guarda.
não é devido quando no momento da contratação do
trabalhador a retribuição tenha sido estabelecida aten- 2 - Nos locais de trabalho onde não se justifique a per-
dendo à circunstância de o trabalho dever ser prestado manência de um guarda, as funções de vigilância fora
exclusivamente em período noturno. do período normal de trabalho poderão ser exercidas
por trabalhadores que durante o período normal exer-
çam outras funções, desde que estes deem o seu acordo
Cláusula 17ª - Trabalho em regime de turnos por escrito e lhes sejam fornecidas instalações para o
efeito, bem como um acréscimo de 40% sobre a sua re-
1 - Apenas é considerado trabalho em regime de turnos tribuição base.
o prestado em turnos rotativos, em que o trabalhador
está sujeito às correspondentes variações de horário de 3 - O disposto no número anterior é aplicável aos guar-
trabalho. das a quem sejam fornecidas instalações no local de tra-
balho e que fora do respetivo período normal também
2 - Os trabalhadores só poderão mudar de turno após o exerçam funções de vigilância.
período de descanso semanal.
4 - A vigilância resultante da permanência não obrigató-
3 - A prestação de trabalho em regime de turnos confe- ria prevista nos dois números anteriores, mesmo duran-

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te os dias de descanso semanal, descanso semanal com- Cláusula 20ª - Prestação temporária de funções
plementar e feriados, não confere direito a remuneração não compreendidas no objeto do
para além dos 40% constantes no n.º 2. contrato de trabalho

5 - O direito ao alojamento e ao acréscimo de remu- 1 - O trabalhador pode ser temporariamente incumbido


neração cessa com o termo das funções de vigilância de funções não compreendidas no objeto do contrato,
atribuídas. desde que tenha capacidade para as desempenhar e as
mesmas não impliquem diminuição da retribuição, nem
modificação substancial da posição do trabalhador.
SECÇÃO II
2 - O desempenho temporário de funções, a que se refe-
Objeto do contrato de trabalho
re o número anterior, só terá lugar, se no local de traba-
lho se verificar a impossibilidade de afetar o trabalhador
para a execução de tarefas correspondentes ao objeto do
Cláusula 19ª - Funções compreendidas
seu contrato, ou quando o interesse da empresa o exija.
no objeto do contrato
de trabalho
3 - Quando às funções temporariamente prestadas nos
termos dos números anteriores corresponder uma remu-
1 - O trabalhador deve exercer a atividade correspon-
neração mais favorável, o trabalhador terá direito a essa
dente à categoria profissional para que foi contratado.
remuneração e mantê-la-á definitivamente se a presta-
ção durar mais de 180 dias seguidos ou interpolados em
2 - A categoria profissional contratada compreende as
cada ano, contados a partir do início de cada prestação.
funções que lhe sejam afins ou funcionalmente ligadas,
para as quais o trabalhador detenha qualificação profis-
4 - A prestação temporária de funções não compreen-
sional adequada e que não impliquem desvalorização
didas no objeto de trabalho deve ser justificada, com
profissional.
indicação do tempo previsível.

3 - Consideram-se afins ou funcionalmente ligadas, de-


signadamente, as atividades compreendidas no mesmo
Cláusula 21ª - Mudança de categoria
grupo ou carreira profissional.

O trabalhador só pode ser colocado em categoria infe-


4 - O disposto nos n.os 2 e 3 confere ao trabalhador, sem-
rior àquela para que foi contratado ou a que foi promo-
pre que o exercício das funções afins ou funcionalmente
vido quando tal mudança decorra de:
ligadas exigir especiais qualificações, o direito a forma-
ção profissional nos termos legalmente previstos.
a) Necessidades prementes da empresa ou por estrita
necessidade do trabalhador, que seja por este aceite
5 - No caso em que às funções afins ou funcionalmente
e autorizada pela Autoridade para as Condições do
ligadas, previstas nos n.os 2 e 3, corresponder retribuição
Trabalho;
mais elevada, o trabalhador terá direito a esta e, após
b) Incapacidade física ou psíquica permanente e defi-
seis meses de exercício dessas funções, terá direito a
nitiva do trabalhador, que se mostre pacificamente
reclassificação, a qual só poderá ocorrer mediante o seu
aceite e autorizada pela Autoridade para as Condi-
acordo.
ções do Trabalho ou judicialmente verificada, que o
impossibilite do desempenho das funções que inte-
gram o seu posto de trabalho.

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Contrato Coletivo de Trabalho

Cláusula 22ª - Substituições temporárias 4 - O empregador que pretenda, nos termos do n.º 1, ce-
der um trabalhador a outra empresa, associada ou não,
1 - Sempre que um trabalhador substitua outro de cate- com ou sem representantes legais comuns, entregará
goria e retribuição superiores, terá o direito de receber àquele documento assinado pelas duas empresas inte-
uma remuneração correspondente à categoria do substi- ressadas, do qual conste:
tuído, durante o tempo que essa substituição durar.
a) Identificação, assinaturas e domicílio ou sede das
2 - Se a substituição durar mais de um ano, o substituto partes;
manterá o direito à retribuição quando finda a substitui- b) Identificação do trabalhador cedido;
ção, regressar à sua anterior função, salvo tratando-se c) Indicação da atividade a prestar pelo trabalhador;
de substituições em cargos de chefia. d) Local de trabalho onde o trabalhador prestará servi-
ço;
3 - Terminado o impedimento do trabalhador substituído e) Condições especiais em que o trabalhador é cedido,
e se nos 30 dias subsequentes ao termo do impedimento se as houver;
não se verificar o seu regresso ao lugar, o trabalhador f) Salvaguarda de todos os direitos, regalias e garan-
que durante mais de um ano o tiver substituído será pro- tias do trabalhador;
movido à categoria profissional daquele, com efeitos g) Responsabilização solidária do empregador a quem
desde a data em que houver tido lugar a substituição. é cedido o trabalhador pelos créditos deste;
h) Data do seu início e indicação do tempo previsível
da respetiva duração.
Cláusula 23ª - Cedência ocasional
de trabalhadores 5 - Do acordo de cedência ocasional celebrado entre a
empresa cedente e cessionária deverá constar ainda a
1 - A cedência ocasional de trabalhadores consiste na declaração de concordância do trabalhador cedido.
disponibilização temporária e eventual do trabalhador
do quadro de pessoal próprio de um empregador para 6 - O documento a que se refere o n.º 4 da presente cláu-
outra empresa, a cujo poder de direção o trabalhador sula será entregue com a antecedência de:
fica sujeito, sem prejuízo da manutenção do vínculo
contratual inicial. a) Três dias úteis, no caso de o novo local de trabalho
permitir o regresso diário à residência habitual do
2 - A cedência ocasional de um trabalhador de uma em- trabalhador;
presa para outra só será permitida desde que: b) Duas semanas, quando não permitir tal regresso.

a) Não implique mudança de empregador e não deter-


mine diminuição de direitos, regalias e garantias; Cláusula 24ª - Cedência definitiva
b) Se constate que não há para aquele trabalhador, na de trabalhadores
empresa cedente, trabalho da sua categoria profis-
sional; 1 - A cedência definitiva do trabalhador de um empre-
c) O trabalhador cedido esteja vinculado à empresa gador para outro só é permitida se à respetiva proposta,
cedente mediante contrato de trabalho sem termo, apresentada com a antecedência mínima de 15 dias, der
excetuando tratando-se de contrato de trabalho a o trabalhador o seu acordo por escrito e não determinar
termo justificado ao abrigo do n.º 1, da cláusula 54ª; diminuição dos direitos, regalias e garantias estipuladas
d) O trabalhador concorde com a cedência. na lei e neste contrato, nomeadamente os decorrentes da
antiguidade, que será sempre contada a partir da data de
3 - O trabalhador cedido regressará à empresa cedente admissão ao serviço da cedente.
logo que cesse a causa que motivou a cedência.

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Contrato Coletivo de Trabalho

2 - Apenas existe cedência definitiva do trabalhador, nos c) Encarregado-geral (CCOP);


termos do número anterior, quando esta conste de do- d) Técnico oficial de contas;
cumento escrito, assinado pela entidade cedente e pela e) Analista informático de sistemas.
cessionária, do qual será obrigatoriamente fornecida
cópia ao trabalhador, e cedência essa que não confere a
este, por si só, direito a indemnização por despedimento
CAPÍTULO IV
pago pelo empregador cedente.
Local de trabalho
3 - O documento referido no número anterior conterá
obrigatoriamente:
Cláusula 26ª - Local habitual de trabalho
a) A identificação, remuneração, categoria e antiguida-
de do trabalhador; 1 - Por local habitual de trabalho entende-se o lugar
b) Local de trabalho onde o trabalhador prestará servi- onde deve ser realizada a prestação, de acordo com o
ço ou, se for caso disso, o caráter não fixo do mes- estipulado no contrato ou o lugar resultante de transfe-
mo; rência definitiva do trabalhador.
c) Condições especiais em que o trabalhador é cedido,
se as houver; 2 - Na falta de indicação expressa, considera-se local
d) Salvaguarda de todos os direitos, regalias e garan- habitual de trabalho o que resultar da natureza da ati-
tias do trabalhador, incluindo as decorrentes da an- vidade do trabalhador e da necessidade da empresa que
tiguidade; tenha levado à sua admissão, desde que esta última fos-
e) Responsabilização solidária do empregador a quem se ou devesse ser conhecida pelo trabalhador.
é cedido o trabalhador pelos créditos deste sobre a
cedente, vencidos nos 12 meses anteriores à cedên- 3 - O local habitual de trabalho determinado nos termos
cia. dos números anteriores, poderá ser:

4 - No prazo de sete dias a contar do início da presta- a) Local habitual de trabalho fixo;
ção do trabalho junto da entidade cessionária, pode o b) Local habitual de trabalho não fixo, exercendo o tra-
trabalhador reassumir o seu cargo ao serviço da entida- balhador a sua atividade indistintamente em diver-
de cedente, revogando o acordo referido no n.º 1 desta sos lugares ou obras.
cláusula.

5 - O disposto na presente cláusula não prejudica a fa- Cláusula 27ª - Trabalhadores com local
culdade de o empregador admitir o trabalhador nos ter- de trabalho não fixo
mos de outras disposições aplicáveis deste contrato.
1 - Os trabalhadores com local de trabalho não fixo têm
direito, nos termos a acordar com o empregador, no
Cláusula 25ª - Comissão de Serviços momento da admissão ou posteriormente a esta, ao pa-
gamento das seguintes despesas diretamente impostas
Para além das situações previstas na legislação em vi- pelo exercício da atividade:
gor, podem ser exercidas em regime de comissão de ser-
viço as funções correspondentes às seguintes categorias a) Despesas com transporte;
profissionais: b) Despesas com alimentação;
c) Despesas de alojamento.
a) Diretor de Serviço;
b) Técnico de grau III; 2 - As despesas com alimentação e alojamento poderão

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ser custeadas através da atribuição de ajudas de custo, lecido para as transferências com regresso diário à re-
nos termos e com os condicionalismos previstos na lei. sidência.

5 - Salvo motivo imprevisível, a decisão de transferên-


Cláusula 28ª - Deslocações inerentes às funções cia temporária de local de trabalho tem de ser comuni-
cada ao trabalhador com vinte e quatro horas de ante-
1 - O trabalhador encontra-se adstrito às deslocações cedência.
inerentes às suas funções ou indispensáveis à sua for-
mação profissional.
Cláusula 30ª - Transferência temporária com
2 - O empregador tem que custear as despesas do traba- regresso diário à residência
lhador impostas pelas deslocações, podendo haver lugar
ao pagamento de ajudas de custos para as despesas com 1 - Os trabalhadores transferidos temporariamente com
alimentação e alojamento, nos termos e com os condi- regresso diário à residência, terão direito a que:
cionalismos previstos na lei.
a) Lhes seja fornecido ou pago meio de transporte de
ida e volta, na parte que vá além do percurso usual
Cláusula 29ª - Transferência temporária entre a sua residência e o local habitual de trabalho;
de trabalhadores com local b) Lhes seja fornecido ou pago almoço, jantar ou am-
de trabalho fixo bos, consoante as horas ocupadas, podendo tais des-
pesas ser custeadas através do pagamento de ajudas
1 - Designa-se por transferência temporária a realiza- de custo, nos termos e com os condicionalismos
ção, a título transitório, das atividades inerentes a um previstos na lei;
posto de trabalho, fora do local habitual de prestação c) Lhes seja pago ao valor da hora normal o tempo
do mesmo, que pressuponha a manutenção do respetivo gasto nas viagens de ida e volta entre o local da
posto no local de trabalho fixo de origem, para o qual o prestação e a residência do trabalhador, na parte em
trabalhador regressa finda a transferência. que exceda o tempo habitualmente gasto entre o lo-
cal habitual de trabalho e a referida residência.
2 - Por estipulação contratual, inicial ou posterior, o em-
pregador pode, quando o interesse da empresa o exija, 2 - Na aplicação do disposto na alínea b) do número an-
transferir temporariamente o trabalhador para outro lo- terior, devem as partes proceder segundo os princípios
cal de trabalho. de boa-fé e as regras do senso comum, tendo em conta,
no caso do pagamento da refeição, os preços correntes
3 - Consideram-se transferências temporárias com re- no tempo e local em que a despesa se efetue, podendo o
gresso diário à residência aquelas em que o período de empregador exigir documento comprovativo da despesa
tempo despendido, incluindo a prestação de trabalho e feita.
as viagens impostas pela transferência, não ultrapasse
em mais de duas horas o período normal de trabalho, 3 - Os trabalhadores deverão ser dispensados das trans-
acrescido do tempo consumido nas viagens habituais. ferências temporárias referidas nesta cláusula nos ter-
mos previstos na lei e no presente contrato para a dis-
4 - Consideram-se transferências temporárias sem re- pensa de trabalho suplementar.
gresso diário à residência as que, por excederem o li-
mite de duas horas previsto no número anterior, não
permitam a ida diária do trabalhador ao local onde ha-
bitualmente pernoita, salvo se este optar pelo respetivo
regresso, caso em que será aplicável o regime estabe-

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Cláusula 31ª - Transferências temporárias sem acordo deverá constar:


regresso diário à residência
a) Duração previsível do período de trabalho a prestar
1 - Nas transferências temporárias sem regresso diário à no estrangeiro;
residência, os trabalhadores deslocados terão direito a: b) Moeda em que será efetuada a retribuição e respeti-
vo lugar de pagamento;
a) Pagamento ou fornecimento integral da alimentação c) Condições de eventual repatriamento;
e alojamento, podendo tais despesas ser custeadas d) Acessos a cuidados de saúde.
através do pagamento de ajudas de custo, nos ter-
mos e com os condicionalismos previstos na lei; 3 - No caso de destacamento para o estrangeiro, o em-
b) Transporte gratuito assegurado pelo empregador ou pregador deve comunicar, com cinco dias de antecedên-
pagamento integral das despesas de transporte de cia, à Autoridade para as Condições do Trabalho:
ida e volta: no início e no termo da transferência
temporária; no início e no termo dos períodos de a) A identidade dos trabalhadores a destacar;
férias gozados durante a manutenção da mesma; por b) O utilizador, se for o caso;
cada duas semanas de duração da transferência tem- c) O local de trabalho;
porária; d) O início e o termo previsíveis da deslocação.
c) Pagamento de um subsídio correspondente a 25%
da retribuição base.
Cláusula 33ª - Doença do trabalhador
2 - Na aplicação do direito conferido na alínea a) do
número anterior, deve igualmente atender-se aos princí- 1 - Registando-se uma situação de doença cuja duração
pios consignados no n.º 2 da cláusula 30ª. se prevê superior a dois dias, o trabalhador terá direito
ao pagamento ou fornecimento de transporte de regres-
3 - O subsídio referido na alínea c) do n.º 1 é calculado so à sua residência.
em função do número de dias consecutivos que durar a
transferência temporária, com exclusão nos períodos de 2 - Prevendo-se um período de doença igual ou inferior
férias gozados durante a sua permanência. a dois dias, o trabalhador permanecerá no local de tra-
balho, cessando todos os direitos, deveres e garantias
4 - O trabalhador deverá ser dispensado da transferência das partes, na medida em que pressuponham a efetiva
temporária prevista nesta cláusula nos termos previstos prestação de trabalho, sendo no entanto assegurada pelo
na lei e no presente contrato para a dispensa da presta- empregador, durante o período de inatividade, a manu-
ção de trabalho suplementar. tenção das condições previamente estabelecidas no que
concerne a alojamento e alimentação.

Cláusula 32ª - Transferências temporárias 3 - Por solicitação do trabalhador, e prevendo-se uma


para fora do continente/país recuperação no prazo de oito dias, poderá o trabalhador
permanecer no local de trabalho, dentro dos condiciona-
1 - As normas reguladoras das transferências tempo- lismos previstos no número anterior.
rárias para fora do continente serão sempre objeto de
acordo escrito entre o trabalhador e o empregador, po-
dendo haver lugar ao pagamento de ajudas de custos Cláusula 34ª - Falecimento do trabalhador
para as despesas com alimentação e alojamento. transferido temporariamente

2 - Tratando-se de transferência temporária para o es- No caso de falecimento do trabalhador transferido


trangeiro, por período superior a um mês, do texto do temporariamente, o empregador suportará as despesas

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decorrentes da transferência do corpo para o local da Cláusula 36ª-A - Ajudas de custo


residência habitual.
Na atribuição de ajudas de custo por parte do empre-
gador, prevista nas cláusulas 27ª, 28ª, 30ª, 31ª e 32ª, o
Cláusula 35ª - Ocorrência de períodos limite de isenção de contribuições para a segurança so-
de inatividade durante a cial, dos valores pagos pelo empregador a esse título, é
transferência temporária acrescido até 50%, sobre o limite previsto no Código do
IRS, desde que tal acréscimo resulte da aplicação, por
Sem prejuízo da possibilidade que o empregador dis- parte do empregador, de um mesmo critério, relativa-
põe de fazer cessar a transferência temporária, o regime mente aos trabalhadores abrangidos pelo presente CCT.
previsto na cláusula 31ª subsiste enquanto esta perdurar,
independentemente de durante a referida transferência
ocorrerem períodos de inatividade.
CAPÍTULO V
Retribuição do trabalho
Cláusula 36ª - Transferência definitiva
dos trabalhadores com local
de trabalho fixo Cláusula 37ª - Noção de retribuição

1 - Para além de outras situações previstas no contrato 1 - A retribuição mensal integra o que, nos termos da lei
de trabalho, o empregador pode transferir o trabalhador e do presente contrato, o trabalhador tem o direito de
para outro local de trabalho, a título definitivo, nas se- receber como contrapartida do seu trabalho.
guintes situações:
2 - A retribuição mensal engloba a retribuição base e to-
a) As transferências motivadas pela mudança ou por das as outras prestações regulares e periódicas, nomea-
encerramento total ou parcial do estabelecimento ou damente a retribuição especial por isenção de horário de
obra; trabalho e o complemento de retribuição pela prestação
b) Transferência motivada por interesse do emprega- de trabalho em regime de turnos.
dor ou do trabalhador nas situações previstas na le-
gislação em vigor e no contrato de trabalho. 3 - Considera-se retribuição mínima as constantes do
anexo III do presente contrato.
2 - As condições da transferência prevista na alínea b)
do n.º 1 devem constar de documento assinado por am- 4 - Considera-se retribuição base a retribuição mínima
bas as partes. efetivamente paga por cada empregador quando supe-
rior aos valores da tabela.
3 - O empregador deve custear as despesas do trabalha-
dor impostas pela transferência motivada pela mudança 5 - Até prova em contrário, presume-se constituir retri-
ou por encerramento total ou parcial do estabelecimen- buição toda e qualquer outra prestação do empregador
to ou obra ou por interesse da empresa, decorrentes do ao trabalhador.
acréscimo de custos de transporte, alimentação e resul-
tantes de mudança de residência.
Cláusula 38ª - Retribuição horária
4 - Salvo motivo imprevisível, a decisão de transferên-
cia definitiva de local de trabalho tem de ser comunica- O valor da remuneração horária será calculado segundo
da ao trabalhador com 10 dias de antecedência. a seguinte fórmula:

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Cláusula 41ª - Subsídio de Natal


Rb x 12
52 x n 1 - Todos os trabalhadores têm direito a um subsídio
de Natal de valor igual a um mês de retribuição base,
em que Rb é o valor da remuneração base sendo contudo proporcional ao tempo de serviço efetivo
e prestado no ano a que se reporta.
n o período normal de trabalho semanal.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, serão
tidos em conta, para atribuição do subsídio, os dias de
Cláusula 39ª - Documento a entregar não prestação de trabalho por motivo de falecimento de
ao trabalhador no ato parentes ou afins, casamento, parto, de licença parental
do pagamento exclusiva e obrigatória do pai e ainda pelo crédito de
horas de membro da direção de associação sindical.
No ato do pagamento da retribuição, o empregador deve
entregar ao trabalhador documento do qual conste: 3 - No caso de faltas motivadas por doença subsidiada
até 30 dias por ano, o empregador pagará ao trabalhador
a) A identificação do empregador, nome completo do o complemento da prestação compensatória paga a títu-
trabalhador e a categoria profissional deste; lo de subsí- dio de Natal pela Segurança Social.
b) Número de inscrição na segurança social do traba-
lhador; 4 - Na determinação do ano a que o subsídio respeita,
c) Período a que respeita a retribuição, descriminando podem as empresas considerar o período compreendido
a retribuição base e demais prestações; entre 1 de novembro do ano anterior e 31 de outubro do
d) Indicação do montante ilíquido e de todos os des- ano do respetivo processamento.
contos e deduções efetuados, bem como o montante
líquido a receber; 5 - O subsídio de Natal será pago até 15 de dezembro
e) Identificação da companhia seguradora para a qual de cada ano, salvo no caso da cessação do contrato de
tenha sido transferido o risco relativo a acidentes de trabalho, em que o pagamento se efetuará na data da
trabalho. cessação referida.

6 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, por


Cláusula 40ª - Abono para falhas acordo escrito entre o empregador e o trabalhador, o
pagamento do subsídio de Natal poderá ser fracionado.
1 - Os trabalhadores que exerçam funções de pagamen-
to ou recebimento têm direito, enquanto se mantiverem
classificados nas profissões a que correspondam essas Cláusula 42ª - Subsídio de refeição
funções, a um abono mensal para falhas de 5% sobre a
retribuição mínima estipulada para o nível VII. 1 - Os trabalhadores abrangidos pelo presente contrato
coletivo terão direito, por dia de trabalho efetivamente
2 - Sempre que os trabalhadores referidos no número prestado, a um subsídio de refeição no valor de 5,90 €,
anterior sejam substituídos nas funções citadas, por pe- que será devido a partir da data de entrada em vigor do
ríodos iguais ou superiores a 15 dias, o substituto terá presente CCT.
direito ao abono para falhas na proporção do tempo de
substituição. 2 - Não terão direito ao subsídio de refeição correspon-
dente ao período de uma semana os trabalhadores que
no decurso da mesma hajam faltado injustificadamente.

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3 - O valor do subsídio referido no número 1 não será


considerado no período de férias, bem como para o cál-
culo dos subsídios de férias e de Natal. Cláusula 43ª - Utilização de viatura própria

4 - O subsídio de refeição previsto nesta cláusula não é Aos trabalhadores que, mediante acordo prévio, se des-
devido aos trabalhadores ao serviço do empregador que loquem em viatura própria ao serviço da empresa, será
forneçam integralmente refeições ou nelas compartici- pago, por cada quilómetro percorrido e conforme a na-
pem com montantes não inferiores aos valores mencio- tureza do veículo, a percentagem que se indica do preço
nados no número 1. em vigor do litro da gasolina sem chumbo 98:

5 - Para efeitos dos números 1, 2 e 6, o direito ao sub- - Automóveis ligeiros 20%


sídio de refeição efetiva-se com a prestação de traba- - Motociclos 10%
lho nos dois períodos normais de laboração diária, ou - Bicicletas motorizadas 8%.
no período convencionado nos contratos de trabalho a
tempo parcial, e desde que não se registe, num dia, uma
ausência superior a 25 % do período de trabalho diário.
CAPÍTULO VI
6 - Os trabalhadores a tempo parcial têm direito ao pa- Suspensão da prestação do trabalho
gamento integral do subsídio de refeição, nos mesmos
termos aplicáveis aos trabalhadores a tempo inteiro,
quando a prestação de trabalho diária seja igual ou su- SECÇÃO I
perior a cinco horas ou, sendo a prestação de trabalho
Descanso semanal e feriados
diária inferior a cinco horas, à proporção do respetivo
período normal de trabalho semanal.
Cláusula 44ª - Descanso semanal
7 - As dispensas para consultas pré-natais, preparação
para o parto, amamentação e aleitação, não implicam
1 - Em princípio, o dia de descanso semanal será ao
perda do subsídio de refeição.
domingo, sendo o sábado considerado dia de descanso
semanal complementar.
8 - Sempre que a natureza, localização e duração das
obras e o número de trabalhadores que nelas trabalhem
2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1 da cláusula 8.ª, o
o justifiquem, deverá ser previsto um local coberto e
descanso semanal poderá não coincidir com o sábado e
abrigado das intempéries, dotado de água potável e dis-
o domingo, nas seguintes situações:
pondo de mesas e bancos, onde o pessoal possa preparar
e tomar as suas refeições.
a) Aos trabalhadores necessários para assegurar a con-
tinuidade dos serviços que não possam ser inter-
9 - Tratando-se de obras que ocupem mais de 50 traba-
rompidos;
lhadores por período superior a seis meses, quando a sua
b) Ao pessoal dos serviços de limpeza ou encarregados
natureza e localização o justifiquem, deverão ser monta-
de outros trabalhos preparatórios e complementares
das cozinhas com chaminés, dispondo de pia e dotadas
que devam necessariamente ser efetuados no dia de
de água potável, e refeitórios com mesas e bancos, sepa-
descanso dos restantes trabalhadores;
rados das primeiras, mas ficando-lhes contíguos.
c) Aos guardas e porteiros;
d) Aos trabalhadores que exerçam atividade em expo-
10 - As construções a que se referem os números ante-
sições e feiras;
riores, que poderão ser desmontáveis, devem satisfazer
e) Aos trabalhadores que exerçam a atividade de ven-
as condições expressas nas disposições legais em vigor.
dedores e promotores de vendas;

CCT / 16 Versão: 2019/07/29


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f) Trabalhadores em regime de turnos.

3 - Sempre que possível, o empregador deve proporcio- Cláusula 46ª - Véspera de Natal
nar aos trabalhadores que pertençam ao mesmo agrega-
do familiar o descanso semanal e o descanso semanal A véspera de Natal (24 de dezembro), será dia de não
complementar nos mesmos dias. prestação de trabalho para todos os trabalhadores, sem
perda de remuneração.
4 - Aos trabalhadores em regime de turnos será assegu-
rado, no mínimo de seis em seis semanas, o descanso
semanal coincidente com o Sábado e o Domingo. SECÇÃO II
Faltas
Cláusula 45ª - Feriados

Cláusula 47ª - Faltas


1 - São feriados obrigatórios os seguintes:
1 de janeiro;
1 - Para além das faltas justificadas previstas na lei, con-
Sexta-feira Santa;
sideram-se ainda como faltas justificadas e sem perda
Domingo de Páscoa;
de retribuição, as originadas pela necessidade de dádiva
25 de abril;
de sangue, pelo tempo tido como indispensável.
1 de maio;
Corpo de Deus (Festa móvel);
2 - Sem prejuízo dos efeitos disciplinares, tratando-se
10 de junho;
de faltas injustificadas a um ou meio período normal
15 de agosto;
de trabalho diário, o período de ausência a considerar
5 de outubro;
para efeitos de perda de retribuição, abrangerá os dias
1 de novembro;
ou meios dias de descanso ou feriados imediatamente
1 de dezembro;
anteriores ou posteriores ao dia ou dias de faltas.
8 de dezembro;
25 de dezembro.

Cláusula 48ª - Suspensão do contrato


2 - O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser observado
por motivo de impedimento
em outro dia com significado local no período da Pás-
prolongado
coa.

1 - Quando o trabalhador esteja temporariamente im-


3 - Para além dos feriados estabelecidos no n.º 1, obser-
pedido por facto que não lhe seja imputável, nomeada-
var-se-á também a terça-feira de Carnaval e o feriado
mente doença ou acidente, e o impedimento se prolon-
municipal ou, na sua falta, o feriado da capital do dis-
gue por mais de um mês, cessam os direitos e garantias
trito.
das partes, na medida em que pressuponham a efetiva
prestação de trabalho.
4 - Nas empresas com locais de trabalho dispersos por
mais de um concelho, poderá a empresa, caso exista
2 - O tempo de suspensão conta para efeitos de anti-
acordo entre esta e a maioria dos trabalhadores de cada
guidade, conservando o trabalhador o direito ao lugar
local de trabalho, adotar genericamente o feriado mu-
e continuando obrigado a guardar lealdade ao empre-
nicipal da localidade em que se situa a respetiva sede.
gador.

3 - O disposto no n.º 1 começará a observar-se mesmo

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antes de expirado o prazo de um mês, a partir do mo- adoção e licença parental complementar em qualquer
mento em que haja a certeza ou se preveja com segu- das suas modalidades, bem como as faltas dadas por
rança que o impedimento terá duração superior àquele trabalhadores legalmente eleitos para as estruturas de
prazo. representação coletiva ou representação nos domínios
da segurança e saúde no trabalho, não afetam o aumento
4 - O contrato caducará, porém, no momento em que se da duração do período anual de férias previsto no n.º 2.
torne certo que o impedimento é definitivo.
5 - Para efeitos da aquisição do bónus de férias previsto
5 - No dia imediato ao da cessação do impedimento, no n.º 2, só será considerada a assiduidade registada no
o trabalhador deve apresentar-se ao empregador, para ano civil subsequente ao ano da admissão, excetuando
retomar a atividade, sob pena de incorrer em faltas in- as admissões ocorridas no dia 1 de janeiro.
justificadas, salvo se existirem motivos atendíveis que
impeçam a comparência do trabalhador no prazo con- 6 - No ano da contratação, o trabalhador tem direito,
siderado. após seis meses completos de execução do contrato, a
gozar 2 dias úteis de férias por cada mês de duração do
contrato nesse ano, até ao máximo de 20 dias úteis.
SECÇÃO III
7 - No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de
Férias decorrido o prazo referido no número anterior ou antes
de gozado o direito a férias, pode o trabalhador usufruí-
lo até 30 de junho do ano civil subsequente.
Cláusula 49ª - Duração do período de férias
8 - Da aplicação do disposto nos nºs 6 e 7 não pode
1 - O período anual de férias tem a duração mínima de
resultar para o trabalhador o direito ao gozo de um pe-
22 dias úteis.
ríodo de férias, no mesmo ano civil, superior a 30 dias
úteis.
2 - A duração do período de férias é aumentada no caso
de o trabalhador não ter faltado ou na eventualidade de
9 - No caso de a duração do contrato de trabalho ser in-
ter apenas faltas justificadas, no ano a que as férias se
ferior a seis meses, o trabalhador tem o direito de gozar
reportam, nos seguintes termos:
2 dias úteis de férias por cada mês completo de duração
do contrato, contando-se para o efeito todos os dias, se-
a) Três dias de férias, até ao máximo de uma falta ou
guidos ou interpolados, de prestação de trabalho.
dois meios dias de faltas;
b) Dois dias de férias, até duas faltas ou quatro meios
10 - Aos efeitos da suspensão do contrato de trabalho
dias de faltas;
por impedimento prolongado, respeitante ao trabalha-
c) Um dia de férias, até ao máximo de três faltas ou
dor, sobre o direito a férias, aplica-se a legislação em
seis meios dias de faltas.
vigor.

3 - Para efeitos do número anterior, são equiparadas às


11 - Aos efeitos da cessação do contrato de trabalho,
faltas os dias de suspensão do contrato de trabalho por
sobre o direito a férias, aplica-se a legislação em vigor.
facto respeitante ao trabalhador.

12 - Em caso de cessação de contrato no ano civil sub-


4 - Somente as ausências ao serviço motivadas pelo
sequente ao da admissão ou cuja duração não seja su-
gozo de licença em situação de risco clínico durante
perior a 12 meses, será atribuído um período de férias
a gravidez, licença por interrupção da gravidez, licen-
proporcional ao da duração do vínculo.
ça parental em qualquer das modalidades, licença por

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13 - Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis exceder cinco dias úteis consecutivos.
compreende os dias de semana de segunda a sexta-feira,
com exclusão dos feriados. 2 - Salvo o disposto no número seguinte, o encerramen-
to da empresa ou estabelecimento, não prejudica o gozo
14 - O trabalhador pode renunciar parcialmente ao di- efetivo do período efetivo de férias a que o trabalhador
reito a férias, recebendo a retribuição e o subsídio res- tenha direito.
petivos, sem prejuízo de ser assegurado o gozo efetivo
de 20 dias úteis de férias. 3 - Os trabalhadores que tenham direito a um período
de férias superior ao do encerramento, podem optar por
receber a retribuição e o subsídio de férias correspon-
Cláusula 50ª - Marcação do período de férias dentes à diferença, sem prejuízo de ser sempre salva-
guardado o gozo efetivo de 20 dias úteis de férias, ou
1 - O período de férias é marcado por acordo entre o por gozar, no todo ou em parte, o período excedente de
empregador e o trabalhador. férias prévia ou posteriormente ao encerramento.

2 - Na falta de acordo, cabe ao empregador marcar as fé-


rias, podendo fazê-lo entre o período que decorre entre Cláusula 52ª - Cumulação de férias
1 de maio e 31 de outubro.
Para além das situações previstas na legislação apli-
3 - Tratando-se de pequenas, médias e grandes empre- cável, terão ainda o direito de acumular férias de dois
sas, metade do período anual de férias poderá ser mar- anos, os trabalhadores estrangeiros que pretendam go-
cado unilateralmente pelo empregador fora do período zá-las no país de origem.
previsto no número anterior.

4 - O mapa de férias, com indicação do início e termo Cláusula 53ª - Retribuição durante as férias
dos períodos de férias de cada trabalhador, deve ser ela-
borado até 15 de abril de cada ano e afixado nos locais 1 - A retribuição correspondente ao período de férias
de trabalho entre essa data e 31 de outubro. não pode ser inferior à que os trabalhadores receberiam
se estivessem em serviço efetivo.

Cláusula 51ª - Encerramento da empresa ou 2 - Além da retribuição mencionada no número ante-


estabelecimento rior, os trabalhadores têm direito a um subsídio de férias
de montante equivalente à retribuição mensal, que será
1 - O empregador pode encerrar, total ou parcialmente, pago antes do início de um período mínimo de 15 dias
a empresa ou estabelecimento nos seguintes termos: úteis consecutivos de férias e proporcionalmente no
caso de gozo interpolado de férias, salvo acordo escrito
a) Até 15 dias consecutivos, entre 1 de maio e 31 de em contrário, que poderá prever o pagamento fraciona-
outubro; do do subsídio de férias.
b) Por período superior a 15 dias consecutivos ou fora
do período entre 1 de maio e 31 de outubro, median- 3 - O acréscimo da duração do período de férias refe-
te parecer favorável da comissão de trabalhadores rido no número 2 da cláusula 49.ª, não releva, em caso
ou, no caso da sua não existência, com a aceitação algum, para o cálculo do montante do subsídio de férias.
maioritária dos trabalhadores abrangidos;
c) Por período superior a 15 dias consecutivos entre 4 - A redução do período de férias, nos casos em que
1 de maio e 31 de outubro, quando a natureza da esta seja legalmente possível, não implica redução cor-
atividade assim o exigir; respondente no subsídio de férias.
d) Durante as férias escolares do Natal, não podendo
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partes poderão definir que o local de trabalho é não fixo.

3 - Considera-se sem termo o contrato em que falte a


CAPÍTULO VII
redução a escrito, a assinatura das partes, o nome ou de-
Contratos a termo nominação ou, simultaneamente, as datas da celebração
do contrato e de início do trabalho, bem como aquele
em que se omitam ou sejam insuficientes a referência
Cláusula 54ª - Admissibilidade de celebração exigida no n.º 1 da presente cláusula.
de contratos a termo

1 - O contrato de trabalho a termo pode ser celebrado Cláusula 56ª - Período experimental
para a execução, direção ou fiscalização de trabalhos
de construção civil, obras públicas, montagens e re- Nos contratos de trabalho a termo, o período experi-
parações industriais, em regime de empreitada ou em mental tem a seguinte duração:
administração direta, nas obras a cargo do empregador,
incluindo os respetivos projetos e propostas bem como a) Trinta dias para contratos de duração igual ou supe-
outras atividades complementares de controlo e acom- rior a seis meses;
panhamento, nomeadamente de natureza técnica ou ad- b) Quinze dias nos contratos a termo certo de duração
ministrativa, sem prejuízo de outras situações previstas inferior a seis meses e nos contratos a termo incerto
na lei ou em contrato de trabalho. cuja duração se preveja não vir a ser superior àquele
limite.
2 - É admitida a celebração de contrato por prazo infe-
rior a seis meses nos casos referidos no número anterior.
Cláusula 57ª - Duração e renovação
3 - Desde que o contrato seja justificado ao abrigo do n.º dos contratos a termo certo
1 da presente cláusula, podem ser celebrados contratos
a termo certo, tendo em vista o desempenho da ativida- 1 - O contrato de trabalho a termo certo pode ser reno-
de do trabalhador em diversas obras a cargo do empre- vado até três vezes e a sua duração não pode exceder
gador, desde que o trabalhador em causa permaneça em três anos, exceto nos casos previstos nas alíneas a) e b)
cada obra por períodos que não ultrapassem oito meses do nº 1 do artigo 148º do Código do Trabalho.
consecutivos, sem necessidade de estabelecer relação
entre a justificação invocada e o termo estipulado e, 2 - O contrato a termo incerto não pode ter duração su-
bem assim, sem necessidade de identificação concreta perior a seis anos.
das obras.
3 - A renovação de contrato de trabalho a termo certo
está sujeita à verificação dos fundamentos que justifi-
Cláusula 55ª - Formalidades caram a sua celebração, bem como à forma escrita, no
caso de as partes estipularem prazo diferente do inicial
1 - Para além das formalidades expressas na cláusula 3ª, ou renovado, considerando-se como um único contrato
deve constar do contrato a indicação do motivo justifi- aquele que seja objeto de renovação.
cativo da aposição do termo, com menção expressa dos
factos que o integram, devendo estabelecer-se a relação
entre a justificação invocada e o termo estipulado, com Cláusula 58ª - Contratos sucessivos
exceção do previsto no n.º 3 da cláusula anterior.
1 - A cessação, por motivo não imputável ao trabalha-
2 - Tratando-se de contrato de trabalho a termo certo, as dor, de contrato de trabalho a termo, impede nova ad-

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missão ou afetação de trabalhador através de contrato


a termo ou de trabalho temporário cuja execução se
concretize para o mesmo posto de trabalho ou ainda de Cláusula 61ª - Comunicação
contrato de prestação de serviços para o mesmo objeto,
celebrado com o mesmo empregador ou sociedade que 1 - Nos termos da lei, o empregador deve comunicar à
com este se encontre em relação de domínio ou de gru- Autoridade para as Condições do Trabalho a celebra-
po, ou mantenha estruturas organizativas comuns, antes ção, com indicação do respetivo fundamento e a cessa-
de decorrido um período de tempo equivalente a um ter- ção dos contratos a termo.
ço de duração do contrato incluindo as suas renovações.
2 - O empregador deve comunicar a celebração de con-
2 - Para além das situações previstas na lei, não é apli- trato de trabalho a termo, com indicação do respetivo
cável o princípio previsto no número anterior nos se- motivo justificativo, bem como a cessação do mesmo
guintes casos: à comissão de trabalhadores e à associação sindical em
que o trabalhador esteja filiado, no prazo de cinco dias
a) Nova ausência do trabalhador substituído ou a au- úteis.
sência de outro trabalhador;
b) Execução, direção e fiscalização de trabalhos de
construção civil, obras públicas, montagens e repa-
CAPÍTULO VIII
rações industriais, em regime de empreitada ou em
administração direta, incluindo os respetivos proje- Proteção da Parentalidade
tos e outras atividades complementares de contro-
lo e acompanhamento, nomeadamente de natureza
técnica ou administrativa, desde que as sucessivas Cláusula 62ª - Proteção da parentalidade
contratações não ultrapassem o período de três
anos, no caso de sucessivos contratos a termo certo O empregador deve dar cumprimento ao regime de pro-
ou a termo certo e incerto, ou o período de seis anos, teção da parentalidade, nos termos e condições previs-
no caso de sucessivos contratos a termo incerto. tos na lei.

Cláusula 59ª - Caducidade do contrato a termo CAPÍTULO IX


certo
Trabalho de estrangeiros ou apátridas
O contrato caduca no termo do prazo estipulado, desde
que o empregador ou o trabalhador comunique, por for-
ma escrita, com a antecedência mínima de, respetiva- Cláusula 63ª - Condições prévias
mente, 15 ou 8 dias consecutivos, a vontade de o fazer de contratação
cessar.
A celebração de contrato de trabalho com cidadão es-
trangeiro ou apátrida só é admissível se o mesmo for ti-
Cláusula 60ª - Compensação por caducidade tular de documento comprovativo do cumprimento das
de contrato a termo obrigações legais relativas à entrada, permanência ou
residência em Portugal, sem prejuízo de outros requisi-
A caducidade do contrato a termo que decorra de de- tos legais aplicáveis, nomeadamente no que se refere à
claração do empregador confere ao trabalhador direito forma e conteúdo do contrato de trabalho.
a uma compensação, nos termos legalmente estabele-
cidos.

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Condições do Trabalho, na forma legalmente prevista:

Cláusula 64ª - Formalidades a) A celebração de contrato de trabalho com trabalha-


dor estrangeiro ou apátrida, antes do início da sua
1 - Para além dos elementos previstos na cláusula 3ª, o execução;
contrato de trabalho celebrado com cidadão estrangeiro b) A cessação de contrato, nos 15 dias posteriores.
ou apátrida, está sujeito à forma escrita, devendo ser ce-
lebrado em duplicado e conter as seguintes indicações: 2 - O disposto no número anterior não é aplicável a con-
trato de trabalho de cidadão nacional de país membro
a) Identificação, assinaturas e domicílio ou sede das do Espaço Económico Europeu ou de outro Estado, que
partes; consagre a igualdade de tratamento com cidadão nacio-
b) Referência ao visto de trabalho ou ao título de au- nal em matéria de livre exercício de atividade profis-
torização de residência ou permanência do trabalha- sional.
dor em território português;
c) A atividade do empregador;
d) Atividade contratada e retribuição do trabalhador;
CAPÍTULO X
e) Local e período normal de trabalho;
f) Valor, periodicidade e forma de pagamento da retri- Trabalho de menores
buição;
g) Datas da celebração do contrato e do início da pres-
tação da atividade. Cláusula 66ª - Princípios gerais

2 - Em anexo ao contrato deve ainda constar a identi- 1 - O empregador deve proporcionar ao menor condi-
ficação e domicílio da pessoa ou pessoas beneficiárias ções de trabalho adequadas à respetiva idade, que pro-
de pensão em caso de morte resultante de acidente de tejam a sua segurança, saúde, desenvolvimento físico,
trabalho ou doença profissional. psíquico e moral, bem como a sua educação e formação,
respeitando a legislação em vigor relativa às atividades,
3 - O exemplar do contrato que ficar com o empregador processos e condições de trabalho condicionados e proi-
deve ter apensos documentos comprovativos do cum- bidos a menores.
primento das obrigações legais relativas à entrada e à
permanência ou residência do cidadão estrangeiro ou 2 - O empregador deve avaliar os riscos relacionados
apátrida em Portugal, sendo apensas cópias dos mesmos com o trabalho antes de o menor começar a trabalhar e
documentos ao outro exemplar. sempre que haja qualquer alteração importante das con-
dições de trabalho, nos termos da lei aplicável.
4 - O disposto na presente cláusula não é aplicável a
contrato de trabalho de cidadão nacional de país mem-
bro do Espaço Económico Europeu ou de outro Estado, Cláusula 67ª - Celebração do contrato
que consagre a igualdade de tratamento com cidadão de trabalho
nacional em matéria de livre exercício de atividade pro-
fissional, sem prejuízo do cumprimento das regras do 1 - É válido o contrato de trabalho celebrado diretamen-
ingresso e permanência de estrangeiros em Portugal. te com o menor que tenha completado 16 anos de ida-
de, concluído a escolaridade obrigatória e disponha de
capacidades físicas e psíquicas adequadas ao posto de
Cláusula 65ª - Comunicação da celebração e trabalho, salvo oposição escrita dos seus representantes
cessação dos contratos legais.

1 - O empregador deve comunicar à Autoridade para as


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2 - O contrato celebrado diretamente com menor que exames de saúde, nomeadamente:


não tenha concluído a escolaridade obrigatória só é vá-
lido mediante a autorização escrita dos seus represen- a) Exame de saúde que certifique a adequação da sua
tantes legais. capacidade física e psíquica ao exercício das fun-
ções, a realizar antes do início da prestação do tra-
balho, ou nos 15 dias subsequentes à admissão se
Cláusula 68ª - Admissão de trabalhadores esta for urgente e com o consentimento dos repre-
menores sem escolaridade sentantes legais do menor;
obrigatória ou sem qualificação b) Exame de saúde anual, para que do exercício da ati-
profissional vidade profissional não resulte prejuízo para a sua
saúde e para o seu desenvolvimento físico e psíqui-
1 - O menor com idade igual ou superior a 16 anos que co.
não tenha concluído a escolaridade obrigatória ou não
possua qualificação profissional, pode ser admitido a
prestar trabalho, desde que se verifiquem cumulativa-
CAPÍTULO XI
mente as seguintes condições:
Trabalhadores estudantes
a) Frequente modalidade de educação ou formação
que confira, consoante o caso, a escolaridade obri-
gatória, qualificação profissional, ou ambas, nomea- Cláusula 71ª - Trabalhador estudante
damente em centros novas oportunidades, exceto no
caso em que o menor apenas preste trabalho durante 1 - Considera-se trabalhador-estudante o trabalha-
as férias escolares; dor que frequenta qualquer nível de educação escolar,
b) No caso previsto no número anterior, o menor be- bem como curso de pós-graduação, mestrado ou dou-
neficia do estatuto de trabalhador-estudante, tendo toramento em instituição de ensino, ou ainda curso de
a dispensa ao trabalho para frequência de aulas com formação profissional ou programa de ocupação tem-
duração em dobro da prevista no n.º 3 do artigo 90º porária de jovens com duração igual ou superior a seis
do Código do Trabalho. meses.

2 - O empregador comunicará à Autoridade para as 2 - Os deveres e os direitos dos trabalhadores-estudan-


Condições do Trabalho, nos oito dias subsequentes, a tes são os consignados na lei em vigor.
admissão de menores efetuada nos termos do número
anterior.
CAPÍTULO XII
Cláusula 69ª - Descanso diário Formação Profissional

O horário de trabalho do menor deve assegurar um des-


canso diário mínimo de doze horas consecutivas entre Cláusula 72ª - Princípios gerais
os períodos de trabalho de dois dias sucessivos.
1 - O empregador deve assegurar a cada trabalhador o
direito individual à formação, através de um número
Cláusula 70ª - Proteção da segurança e saúde mínimo anual de horas de formação, mediante ações de-
do menor senvolvidas na empresa ou a concessão de tempo para
frequência de formação por iniciativa do trabalhador, de
Sem prejuízo das obrigações estabelecidas em disposi- acordo com a legislação em vigor aplicável.
ções especiais, o empregador deve submeter o menor a
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em vigor aplicável.
2 - O trabalhador deve comparecer e participar de modo
diligente nas ações de formação profissional que lhe se- 2 - Através dos serviços mencionados no número an-
jam proporcionadas. terior, devem ser tomadas as providências necessárias
para prevenir os riscos profissionais e promover a saúde
dos trabalhadores, garantindo-se, entre outras legalmen-
te consignadas, as seguintes medidas:
CAPÍTULO XIII
Cessação do contrato de trabalho a) Identificação, avaliação e controlo, com o conse-
quente registo, dos riscos para a segurança e saúde
nos locais de trabalho incluindo dos riscos resultan-
Cláusula 73ª - Indemnização por cessação do tes da exposição a agentes químicos, físicos e bioló-
contrato de trabalho gicos;
b) Promoção e vigilância da saúde, bem como a orga-
1 - O montante da indemnização é de 30 dias de retri- nização e manutenção dos registos clínicos e outros
buição base, por cada ano completo de antiguidade, sen- elementos informativos de saúde relativos a cada
do proporcional em caso de fração de ano, nas seguintes trabalhador;
situações de cessação contratual: c) Elaboração de relatórios sobre acidentes de trabalho
que tenham ocasionado ausência por incapacidade
a) Resolução do contrato de trabalho, incluindo os ce- superior a três dias;
lebrados a termo, por iniciativa do trabalhador com d) Informação e formação sobre os riscos para a segu-
invocação de justa causa, aceite pelo empregador ou rança e saúde, bem como sobre as medidas de pre-
declarada judicialmente; venção e de proteção;
b) Despedimento declarado ilícito; e) Organização, implementação e controlo da utiliza-
c) Em caso de procedência da oposição do empregador ção dos meios destinados à prevenção e proteção,
à reintegração do trabalhador. coletiva e individual, e coordenação das medidas a
adotar em caso de emergência e de perigo grave e
2 - Nas situações previstas nas alíneas do número ante- iminente, bem como organização para minimizar as
rior, o montante da indemnização não pode ser inferior consequências dos acidentes;
a três meses da retribuição base. f) Afixação da sinalização de segurança nos locais de
trabalho;
g) Fornecer o vestuário especial e demais equipamen-
CAPÍTULO XIV to de proteção individual adequado à execução das
tarefas cometidas aos trabalhadores quando a natu-
Segurança e saúde no trabalho reza particular do trabalho a prestar o exija, sendo
encargo do empregador a substituição por deteriora-
ção desse vestuário e demais equipamento, por ele
Cláusula 74ª - Organização de serviços fornecidos, ocasionada, sem culpa do trabalhador,
e obrigações gerais por acidente ou uso normal, mas inerente à ativida-
do empregador de prestada;
h) Dotar, na medida do possível, os locais de trabalho
1 - Independentemente do número de trabalhadores que de vestiários, lavabos, chuveiros e equipamento sa-
se encontrem ao seu serviço, o empregador deve organi- nitário, tendo em atenção as normas de higiene sa-
zar serviços de segurança e saúde, visando a prevenção nitária em vigor.
de riscos profissionais e a promoção da saúde dos tra-
balhadores, de acordo com o estabelecido na legislação 3 - Os representantes dos trabalhadores ou, na sua falta,

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os próprios trabalhadores, devem ser consultados, por segurança e saúde no local de trabalho;
escrito, sobre as matérias legalmente consignadas no e) Colaborar com o empregador em matéria de segu-
domínio da segurança e saúde no trabalho, nos seguin- rança e saúde no trabalho e comunicar prontamente
tes termos: ao superior hierárquico ou aos trabalhadores que
desempenhem funções específicas nos domínios da
a) A consulta deve ser realizada duas vezes por ano e segurança e saúde no local de trabalho, qualquer de-
registada em livro próprio organizado pelo empre- ficiência existente.
gador;
b) O parecer dos representantes dos trabalhadores ou,
na sua falta, dos próprios trabalhadores, deve ser Cláusula 76ª - Medidas de segurança e proteção
emitido por escrito no prazo de 15 dias;
c) Decorrido o prazo referido na alínea anterior sem 1 - No desenvolvimento dos trabalhos devem ser obser-
que o parecer tenha sido entregue ao empregador, vados os preceitos legais gerais, assim como as prescri-
considera-se satisfeita a exigência da consulta. ções específicas para o setor, no que se refere à seguran-
ça e saúde no trabalho.
4 - Os profissionais que integram os serviços de segu-
rança e saúde do trabalho exercem as respetivas ativida- 2 - Os trabalhos têm de decorrer em condições de se-
des com autonomia técnica relativamente ao emprega- gurança adequadas, devendo as situações de risco ser
dor e aos trabalhadores. avaliadas, durante as fases de projeto e planeamento,
tendo em vista a integração de medidas de prevenção,
por forma a otimizar os índices de segurança nas fases
Cláusula 75ª - Obrigações gerais de execução e exploração.
do trabalhador
3 – Os riscos remanescentes das medidas implementa-
Constituem obrigações dos trabalhadores, de entre ou- das de acordo com o número anterior, devem ser avalia-
tras previstas na lei: dos e consequentemente adotadas as medidas adequa-
das para prevenir tais riscos.
a) Cumprir as prescrições de segurança e saúde no tra-
balho estabelecidas nas disposições legais em vigor 4 - As medidas de segurança adotadas deverão privile-
aplicáveis, bem como as instruções determinadas giar a proteção coletiva face à individual e responder
com esse fim pelo empregador; adequadamente aos riscos específicos que ocorram nas
b) Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela diferentes fases de execução dos trabalhos, exceto nos
segurança de terceiros que possam ser afetados pe- casos de impossibilidade técnica.
las suas ações ou omissões no trabalho;
c) Utilizar corretamente, e segundo as instruções 5 - O estado de conservação e operacionalidade dos sis-
transmitidas pelo empregador, máquinas, aparelhos, temas de proteção deve ser garantido, mediante contro-
instrumentos, substâncias perigosas e outros equi- lo periódico.
pamentos e meios postos à sua disposição, desig-
nadamente os equipamentos de proteção coletiva e 6 - Nos trabalhos que envolvam riscos especiais, dever-
individual, bem como cumprir os procedimentos de se-á proporcionar informação e formação específica,
trabalho estabelecidos; bem como adotar os respetivos procedimentos de se-
d) Adotar as medidas e instruções estabelecidas para gurança.
os casos de perigo grave e iminente, quando não
seja possível estabelecer contato imediato com o
superior hierárquico ou com os trabalhadores que
desempenhem funções específicas nos domínios da

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quentemente com as capacidades intelectuais e psico-


motoras diminuídas, que ponham em causa interesses
Cláusula 77ª - Representantes de prevenção e proteção da segurança, saúde e bem-
dos trabalhadores para a estar do próprio, do empregador e de terceiros, o traba-
segurança e saúde no trabalho lhador que, submetido a exame de pesquisa de álcool no
ar expirado (teste de sopro), apresente uma TAS igual
1 - Os representantes dos trabalhadores para a seguran- ou superior aquela prevista no número anterior, ou daí
ça e saúde no trabalho são eleitos nos termos previstos resultante, considerando-se, assim, que não reúne con-
na lei em vigor aplicável. dições para a prestação do trabalho.

2 - Pode ser criada uma comissão de segurança e saúde 4 - O estabelecimento de medidas de controlo de alco-
no trabalho de composição paritária. olemia, será sempre precedido de ações de informação
e sensibilização promovidas pelo empregador e, caso
3 - Os representantes dos trabalhadores não poderão ex- estejam legalmente eleitos, organizadas conjuntamente
ceder: com os representantes dos trabalhadores nos domínios
da segurança e saúde no trabalho.
a) Empresas com menos de 51 trabalhadores – um re-
presentante; 5 - O controlo de alcoolemia será efetuado:
b) Empresas de 51 a 150 trabalhadores – dois repre-
sentantes; a) Com caráter aleatório, entre os trabalhadores que
c) Empresas de 151 a 300 trabalhadores – três repre- prestem serviço nos estaleiros de obra ou de apoio,
sentantes; em oficinas, na condução de viaturas na via pública
d) Empresas de 301 a 500 trabalhadores – quatro re- e em demais frentes de trabalho em que possa estar
presentantes; em causa o risco para a saúde e segurança do traba-
e) Empresas de 501 a 1000 trabalhadores – cinco re- lhador ou de terceiros;
presentantes; b) Aos trabalhadores que indiciem estado de embria-
f) Empresas de 1001 a 1500 trabalhadores – seis re- guez;
presentantes; c) Após acidente de trabalho;
g) Empresas com mais de 1500 trabalhadores – sete d) Em local reservado, sem a presença de terceiros.
representantes.
6 - O equipamento de medida de concentração de álcool
deverá ser constituído por um analisador quantitativo
Cláusula 78ª - Prevenção e controlo com as características exigidas por lei, devidamente
de alcoolemia aferido e certificado, e por bucais higienizados de uti-
lização individual.
1 - Não é permitida a realização de qualquer trabalho
sob o efeito do álcool, designadamente a condução de 7 - Os exames de pesquisa de álcool no ar expirado (teste
máquinas, trabalhos em altura e trabalhos em valas. de sopro), serão inseridos no âmbito da organização da
segurança e saúde no trabalho, estando sujeitos a sigilo.
2 - Para efeitos de aplicação da presente cláusula, en- No caso de o médico do trabalho não participar direta-
tende-se por “Taxa de Alcoolemia no Sangue”(TAS) a mente na execução dos exames, os serviços de saúde
concentração de álcool igual ou superior a 0,5 g por litro deverão ter conhecimento prévio da realização dos mes-
de sangue, ou outra que venha a ser fixada em virtude mos, nomeadamente tendo em vista o consignado no n.º
de revisão legal. 14 da presente cláusula, salvo impossibilidade prática
de o fazer, atendendo à urgência da sua realização, em
3 - Considera-se estar sob o efeito do álcool e conse- virtude de os mesmos se justificarem pela necessidade

CCT / 26 Versão: 2019/07/29


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com as alterações do BTE n.º 28 de 29 de julho de 2019
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de salvaguardar a proteção da saúde do próprio traba- nas condições referidas no n.º 3, deverá ser imediata-
lhador ou de terceiros, situação em que a sua realização mente impedido de prestar serviço durante o restante
e o respetivo resultado deverá ser comunicada poste- período de trabalho diário, com a correspondente perda
riormente ao serviço de saúde no trabalho, para registo da remuneração.
e arquivo no processo clínico do trabalhador.
14 - O trabalhador que apresente TAS igual ou supe-
8 - Os resultados dos testes serão registados e arquiva- rior à prevista no n.º 2 da presente cláusula, deverá ser
dos no processo clínico do trabalhador, sendo-lhe entre- alvo de aconselhamento médico por parte do serviço de
gue cópia, emitindo os serviços de segurança e saúde medicina do trabalho, não se podendo recusar a exame
um documento, dirigido aos serviços competentes do médico do trabalho para avaliação e encaminhamento
empregador, para arquivo no processo individual do da sua situação.
trabalhador, mencionando apenas o facto de o mesmo
reunir ou não condições para a prestação de trabalho. 15 - A TAS prevista no n.º 2 poderá ser alterada para va-
lor inferior desde que seja previamente determinada no
9 - Ao trabalhador sujeito a exame, é sempre possível Plano de Segurança e Saúde em projeto e quando, nas
requerer a assistência de uma testemunha, dispondo frentes de trabalho inseridas em unidades em laboração,
de quinze minutos para o efeito, não podendo contudo o Dono de Obra, em função da análise de risco, tenha
deixar de se efetuar o teste caso não seja viável a sua estipulado e pratique com os seus colaboradores, valor
apresentação. igualmente inferior.

10 - Assiste sempre ao trabalhador submetido ao teste, 16 - As partes outorgantes do presente CCT constituirão
o direito à contraprova, realizando-se, neste caso, um uma comissão de acompanhamento permanente para
segundo exame nos dez minutos imediatamente subse- fiscalizar a aplicabilidade das matérias que integram
quentes ao primeiro. a presente cláusula, constituída por seis membros, de-
signados pelos representantes que integram a comissão
11 - A realização do teste de alcoolemia, de acordo com paritária, três em representação de cada uma das partes.
os requisitos de aplicação consignados na presente cláu-
sula, é obrigatória para todos os trabalhadores indicados 17 - Sempre que as empresas desenvolvam ações de
nos termos do n.º 5 da presente cláusula, sendo que em prevenção e controlo de alcoolemia de acordo com as
caso de recusa, o trabalhador será impedido de prestar disposições previstas na presente cláusula, não se torna
serviço durante o restante período de trabalho diário, necessária a elaboração de regulamento interno para o
com a correspondente perda da remuneração, ficando efeito.
sujeito ao poder disciplinar do empregador.

12 - O trabalhador que, na sequência da realização do


CAPÍTULO XV
exame de pesquisa de álcool no ar expirado (teste de
sopro), não reúna as condições para a prestação do tra- Igualdade de tratamento
balho, em virtude de colocar em causa interesses de e não discriminação
prevenção e proteção da segurança, saúde e bem-estar
do próprio, do empregador e de terceiros, conforme o
previsto no n.º 3, ficará sujeito ao poder disciplinar da Cláusula 79ª - Igualdade de tratamento e não
empresa, sendo a sanção a aplicar graduada de acordo discriminação
com a perigosidade e a reincidência do ato.
1 - Todos os trabalhadores têm direito à igualdade de
13 - Sem prejuízo do disposto no número anterior e oportunidades e de tratamento no que se refere ao aces-
como medida cautelar, caso o trabalhador se encontre so ao emprego, à formação e promoção profissionais e

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às condições de trabalho.
CAPÍTULO XVII
2 - O empregador não pode praticar qualquer discrimi-
nação, direta ou indireta, baseada, nomeadamente, na Interpretação, integração e aplicação
ascendência, idade, sexo, orientação sexual, estado ci- do contrato
vil, situação familiar, património genético, capacidade
de trabalho reduzida, deficiência ou doença crónica,
nacionalidade, origem étnica, religião, convicções po- Cláusula 82ª - Comissão paritária
líticas ou ideológicas e filiação sindical.
1 - As partes outorgantes constituirão uma comissão
paritária, composta de oito membros, quatro em re-
CAPÍTULO XVI presentação de cada uma delas, com competência para
interpretar as disposições deste contrato, integrar casos
Ferramentas e outros instrumentos omissos e alterar matéria vigente, nos termos da decla-
de trabalho ração relativa à comissão paritária, publicada juntamen-
te ao presente CCT.

Cláusula 80ª - Utilização de ferramentas 2 - Cada uma das partes pode fazer-se acompanhar de
assessores.
1 - O empregador obriga-se a colocar à disposição dos
trabalhadores as ferramentas indispensáveis ao exercí- 3 - Para efeito da respetiva constituição, cada uma das
cio das respetivas funções. partes indicará à outra e ao ministério responsável pela
área laboral, no prazo de 30 dias, após a publicação des-
2 - O trabalhador obriga-se a manter em bom estado te contrato, a identificação dos seus representantes.
de conservação a ferramenta que lhe foi atribuída, res-
peitando os prazos de durabilidade estabelecidos pela 4 - A substituição de representantes é lícita a todo o tem-
empresa, sendo que qualquer dano que não resulte da po, mas só produz efeitos 15 dias após as comunicações
normal utilização da mesma, ou perda, será da sua res- referidas no número anterior.
ponsabilidade.
5 - No primeiro dia de reunião, as partes estipularão o
regimento interno da comissão, observando-se, todavia,
Cláusula 81ª - Devolução de ferramentas e as seguintes regras:
outros instrumentos de trabalho
a) As resoluções serão tomadas por acordo das partes,
Cessando o contrato, o trabalhador deve devolver ime- sendo enviadas ao ministério responsável pela área
diatamente ao empregador os instrumentos de trabalho laboral para publicação nos prazos seguintes:
e quaisquer outros objetos que sejam pertença deste, Matéria relativa a interpretação de disposições vi-
sob pena de incorrer em responsabilidade civil pelos gentes e integração de casos omissos - imediata-
danos causados. mente após o seu acordo;
Matéria relativa à alteração de matéria vigente - jun-
tamente com o próximo CCT (revisão geral).
b) Essas resoluções, uma vez publicadas, terão efeito a
partir de:
Matéria interpretativa - desde a data de entrada em
vigor do presente CCT;
Matéria integradora - no dia 1 do mês seguinte ao da

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sua publicação; TÍTULO II


Matéria relativa à alteração de matéria vigente - na
data da entrada em vigor do CCT (revisão geral).
Condições específicas de admissão e
carreira profissional

Cláusula 83ª - Sucessão de regulamentação


ANEXO I
A presente revisão revoga a convenção publicada no
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 30, 1ª série, de 15
Condições específicas de admissão
de agosto de 2016, cujas disposições ficam totalmente
revogadas com a entrada em vigor do presente contrato
e são substituídas pelas agora acordadas, entendendo-se CAPÍTULO XVIII
o regime neste constante como globalmente mais favo-
Condições específicas de admissão
rável.

Cláusula 84ª - Disposição transitória SECÇÃO I


Cobradores
Os sindicatos e associações de empregadores decidem
criar uma comissão técnica paritária para estudo e de-
finição de funções e respetivos enquadramentos, a qual Cláusula 85ª - Condições específicas
reunirá mensalmente, após entrada em vigor do presen- de admissão
te CCT, com o objetivo de estabelecer um novo texto
para o Anexo II, devidamente ajustado às profissões 1 - Na categoria profissional de cobrador só podem ser
atualmente existentes no setor. admitidos trabalhadores nas seguintes condições:

a) Terem a idade mínima de 18 anos;


b) Possuírem a escolaridade mínima obrigatória nos ter-
mos previstos na alínea b), do n.º 2, da cláusula 3ª.

2 - As habilitações referidas na alínea b) do número an-


terior não serão exigíveis:

a) Aos trabalhadores que à data da entrada em vigor do


presente CCT desempenhem funções de cobrador;
b) Aos trabalhadores que tenham desempenhado fun-
ções de cobrador;
c) Aos trabalhadores do quadro permanente da empre-
sa que, por motivo de incapacidade física compro-
vada, possam ser reclassificados como cobradores.

Cláusula 86ª - Categorias profissionais e acesso

1 - Os cobradores serão distribuídos pelas categorias


profissionais de 1ª e 2ª.

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2 - Os cobradores de 2ª classe serão obrigatoriamente idade igual ou superior a 18 anos serão classificados em
promovidos à 1ª classe após 5 anos de serviço efetivo categoria superior a praticante.
na categoria.
2 - Os praticantes de caixeiro serão promovidos a cai-
xeiro-ajudante logo que completem 2 anos ao serviço
Cláusula 87ª - Período experimental - efetivo ou 18 anos de idade.
- trabalhadores efetivos
3 - O praticante de armazém será promovido a uma das
O período experimental dos cobradores será de 90 dias. categorias profissionais superiores, compatível com os
serviços desempenhados durante o tempo de prática,
logo que complete 2 anos de serviço efetivo ou 18 anos
SECÇÃO II de idade.

Comércio 4 - Os caixeiros-ajudantes serão promovidos a terceiros-


caixeiros logo que completem 3 anos de serviço efetivo
na categoria.
Cláusula 88ª - Condições específicas
de admissão
5 - O tempo máximo de permanência na categoria de
caixeiro-ajudante previsto no número anterior será re-
1 - Nas categorias profissionais a que se refere a presen-
duzido para dois anos sempre que o trabalhador tiver
te secção só podem ser admitidos trabalhadores com a
prestado um ano de serviço efetivo na categoria de pra-
idade mínima de 16 anos.
ticante.

2 - Como praticantes só poderão ser admitidos trabalha-


6 - Os terceiros-caixeiros e segundos-caixeiros serão
dores com menos de 18 anos de idade.
promovidos à categoria imediatamente superior logo
que completem 4 anos de serviço efetivo em cada uma
3 - As habilitações mínimas para a admissão de traba-
daquelas categorias.
lhadores a que se refere esta secção são a escolaridade
mínima obrigatória nos termos previstos na alínea b),
do n.º 2, da cláusula 3ª.
Cláusula 90ª - Densidades

4 - As habilitações referidas no número anterior não são


1 - É obrigatória a existência de um caixeiro-encarrega-
exigíveis:
do ou de um chefe de secção sempre que o número de
caixeiros e praticantes de caixeiro no estabelecimento
a) Aos trabalhadores que tenham desempenhado as
ou na secção seja igual ou superior a três.
funções que correspondam às de qualquer das pro-
fissões previstas no anexo II;
2 - Os profissionais caixeiros serão classificados segun-
b) Aos trabalhadores do quadro permanente da empre-
do o quadro de densidades constante do anexo IV.
sa que, por motivo de incapacidade física compro-
vada, possam ser reclassificados como caixeiros,
similares ou profissionais de armazém.
Cláusula 91ª - Período experimental -
- trabalhadores efetivos

Cláusula 89ª - Acesso


O período experimental será de:

1 - Os trabalhadores que ingressem na profissão com


- 120 dias para a categoria de vendedor, e para as ca-

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tegorias superiores à de primeiro-caixeiro superiores, a seu pedido e mediante prova prestada no


- 90 dias, para as restantes categorias profissionais. desempenho de funções, ou por proposta da empresa.

3 - O período de estágio do técnico de recuperação é


SECÇÃO III de três anos, findo o qual será promovido a técnico de
recuperação (grau I).
Construção Civil e Obras Públicas
4 - O técnico de recuperação de grau I terá acesso aos
graus superiores, a seu pedido e mediante prova presta-
Cláusula 92ª - Condições específicas
da no desempenho de funções, ou por proposta da em-
de admissão
presa.

1 - Nas categorias profissionais a que se refere esta sec-


ção só poderão ser admitidos trabalhadores de idade não
Cláusula 94ª - Aprendizagem
inferior a:
1 - A aprendizagem far-se-á sob a responsabilidade de
a) 18 anos para todas as categorias profissionais em
um profissional com a categoria de oficial, sempre que
que não haja aprendizagem, salvo para as categorias
as empresas não possuam serviços autónomos para a
de auxiliar menor e praticante de apontador, para as
formação profissional.
quais poderão ser admitidos trabalhadores de idade
não inferior a 16 anos;
2 - A duração da aprendizagem não poderá ultrapassar
b) 16 anos para todas as outras categorias;
três, dois e um ano, conforme os aprendizes forem ad-
mitidos com 16, 17 e 18 ou mais anos de idade, respe-
2 - Só podem ser admitidos como técnicos administrati-
tivamente.
vos de produção, os trabalhadores habilitados com o 9º
ano de escolaridade completo ou equivalente.
3 - Os trabalhadores que forem admitidos como apren-
dizes com 16, 17 e 18 ou mais anos de idade, ingressam
3 - Só podem ser admitidos como técnico de obra esta-
imediata e respetivamente no 1º, 2º, 3º anos de apren-
giário ou técnico de obra, os trabalhadores habilitados
dizagem.
com o respetivo curso ou os que demonstrem já ter de-
sempenhado funções correspondentes às desta profis-
4 - Para efeitos do disposto no n.º 2, contar-se-á o tem-
são.
po de aprendizagem na mesma profissão em empresa
diferente daquela em que se acha o aprendiz, sendo a
4 - Só podem ser admitidos como técnico de recupe-
prova desse tempo de aprendizagem, quando exigida
ração estagiário ou técnico de recuperação, os traba-
pelo empregador, feita através de declaração passada
lhadores habilitados com o respetivo curso ou os que
pelo empregador anterior, a qual poderá ser confirmada
demonstrem já ter desempenhado funções correspon-
pelo novo empregador pelos mapas enviados aos orga-
dentes às dessa profissão.
nismos oficiais.

5 - Deverão igualmente ser tidos em conta, para os efei-


Cláusula 93ª - Estágio
tos do n.º 2, os períodos de frequência dos cursos de es-
colas técnicas ou análogas ou dos centros de aprendiza-
1 - O período de estágio do técnico de obra é de 3 anos,
gem da respetiva profissão oficialmente reconhecidos.
findo o qual será promovido a técnico de obra (grau I).

2 - O técnico de obra de grau I terá acesso aos graus

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Cláusula 95ª - Profissões com aprendizagem c) Assentador de aglomerados de cortiça;


d) Assentador de revestimentos;
Haverá aprendizagem nas categorias profissionais se- e) Condutor manobrador de equipamentos industriais
guintes: nível I e nível II;
f) Enformador de pré-fabricados;
a) Assentador de tacos; g) Entivador;
b) Armador de ferro; h) Espalhador de betuminosos;
c) Assentador de isolamentos térmicos e acústicos; i) Impermeabilizador;
d) Canteiro; j) Marteleiro;
e) Carpinteiro de limpos; l) Mineiro;
f) Carpinteiro de tosco ou cofragem; m) Montador de caixilharias;
g) Cimenteiro; n) Montador de elementos pré-fabricados;
h) Estucador; o) Montador de estores;
i) Fingidor; p) Montador de pré-esforçados;
j) Ladrilhador ou azulejador; q) Sondador;
l) Montador de andaimes; r) Vulcanizador.
m) Montador de material de fibrocimento;
n) Marmoritador; 2 - Haverá três anos de prática nas categorias profissio-
o) Pedreiro; nais seguintes:
p) Pintor;
q) Pintor decorador; a) Caboqueiro ou montante;
r) Trolha ou pedreiro de acabamentos. b) Calceteiro;
c) Condutor manobrador de equipamentos industriais
nível III;
Cláusula 96ª - Praticantes d) Condutor manobrador de equipamento de marcação
de estradas;
1 - Nas categorias profissionais onde não haja aprendi- e) Montador de casas pré-fabricadas;
zagem os trabalhadores ingressarão com a categoria de f) Montador de cofragens;
praticante. g) Tratorista.

2 - Os praticantes de apontador terão 1 ou 2 anos de prá-


tica, consoante tenham sido admitidos com idade igual Cláusula 98ª - Pré-oficialato
ou superior a 18 anos ou com menos de 18 anos.
1 - Os trabalhadores admitidos nos termos da cláusula
3 - Os praticantes não poderão permanecer mais de dois 94ª, completado que seja o respetivo período de apren-
ou três anos nesse escalão, consoante as profissões indi- dizagem, ingressam na categoria de pré-oficial.
cadas na cláusula seguinte.
2 - A duração do pré-oficialato não poderá ultrapassar
quatro, três ou dois anos, consoante os trabalhadores já
Cláusula 97ª - Profissões com prática possuam um, dois ou três anos de aprendizagem, respe-
tivamente.
1 - Haverá dois anos de prática nas categorias profissio-
nais seguintes:
Cláusula 99ª - Formação Profissional
a) Ajustador montador de aparelhagem de elevação;
b) Apontador; A conjugação dos períodos de aprendizagem e pré-

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oficialato consignados nas cláusulas anteriores será SECÇÃO IV


encurtada em dois anos desde que os trabalhadores
Agentes técnicos de arquitetura
frequentem com aproveitamento curso da respetiva es-
pecialidade em Centro Protocolar da Indústria da Cons- e engenharia/construtores civis
trução Civil e Obras Públicas ou outros do mesmo nível
que oficialmente venham a ser criados.
Cláusula 102ª - Condições especiais
de admissão
Cláusula 100ª - Promoções obrigatórias
1 - Só podem ser admitidos como agentes técnicos de
1 - Os auxiliares menores não poderão permanecer nes- arquitetura e engenharia/construtores civis, os trabalha-
sa categoria mais de um ano, findo o qual transitarão dores habilitados com o curso de construtor civil.
para aprendizes, salvo se, entretanto, por terem comple-
tado 18 anos de idade, tiverem passado a serventes. 2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, as em-
presas só poderão admitir agentes técnicos de arquitetu-
2 - Os trabalhadores com a categoria de oficial de 2ª, ra e engenharia /construtores civis portadores da respe-
logo que completem três anos de permanência no exer- tiva carteira profissional.
cício da mesma profissão, serão promovidos a oficial
de 1ª, salvo se o empregador comprovar por escrito a
inaptidão do trabalhador. Cláusula 103ª - Período experimental -
- trabalhadores efetivos
3 - Os trabalhadores com a categoria de chefe de equi-
pa, logo que completem dois anos de permanência no O período experimental dos agentes técnicos de arqui-
exercício da mesma profissão, serão promovidos a ar- tetura e engenharia/construtores civis terá a duração de
vorados, salvo se o empregador comprovar por escrito a 180 dias.
inaptidão de trabalhador.

4 - No caso de o trabalhador não aceitar a prova apre- SECÇÃO V


sentada pelo empregador, nos termos dos números ante- Eletricistas
riores, terá o direito de exigir um exame técnico-profis-
sional, a efetuar no seu posto normal de trabalho.
Cláusula 104ª - Condições específicas
de admissão
Cláusula 101ª - Período experimental -
- trabalhadores efetivos 1 - Nas categorias profissionais a que se refere esta sec-
ção, só poderão ser admitidos trabalhadores com idade
O período experimental para os trabalhadores da cons- mínima de 16 anos.
trução civil terá a seguinte duração:
2 - Terão preferência na admissão como aprendizes e
- 90 dias para auxiliares menores, aprendizes e prati- ajudantes os trabalhadores que frequentem, com apro-
cantes, oficiais de 1ª e 2ª ou equiparados; veitamento, os cursos de eletricidade das escolas téc-
- 180 dias para as categorias superiores. nicas.

3 - Terão preferência na admissão na categoria de pré-


oficial e em categorias superiores os trabalhadores que
tenham completado com aproveitamento um dos cursos

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referidos no n.º 2 da cláusula 106.ª deste contrato. 5 - Os pré-oficiais do 2º ano que ao longo da sua car-
reira não tenham adquirido conhecimentos técnicos que
4 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, as lhes permitam desempenhar a totalidade ou a maioria
empresas só poderão admitir trabalhadores eletricistas das tarefas previstas para o oficial eletricista, poderão
portadores de respetiva habilitação profissional devida- requerer a sua passagem a auxiliar técnico. O emprega-
mente legalizada e atualizada nos averbamentos, salvo dor poderá condicionar essa passagem à efetivação de
no início da aprendizagem. um exame nos moldes previstos na cláusula seguinte.

6 - Os auxiliares técnicos poderão, ao fim de 2 anos na


Cláusula 105ª - Aprendizagem categoria, requerer a sua passagem a oficial eletricista.
O empregador poderá condicionar essa passagem à efe-
A aprendizagem far-se-á sob a responsabilidade de um tivação de um exame nos moldes previstos na cláusula
profissional com a categoria de oficial, sempre que as seguinte.
empresas não possuam serviços autónomos para a for-
mação profissional. 7 - Os auxiliares de montagem poderão, após 5 anos de
efetivo desempenho na função, requerer a sua passagem
a auxiliar técnico. O empregador poderá condicionar
Cláusula 106ª - Promoções e acessos essa passagem à efetivação de um exame nos moldes
previstos na cláusula seguinte.
1 - Os aprendizes serão promovidos a ajudantes após 3
anos de serviço efetivo na profissão. 8 - Os profissionais eletricistas, com escolaridade mí-
nima de 9 anos ou formação profissional ou escolar
2 - Os ajudantes serão promovidos a pré-oficiais logo equivalente, poderão progredir na carreira profissional
que completem 2 anos de serviço efetivo naquela ca- ascendendo à categoria de técnico operacional, grau I a
tegoria ou desde que tenham completado um dos se- seu pedido mediante provas prestadas no desempenho
guintes cursos: curso profissional de uma escola oficial de funções, ou por proposta da empresa.
de ensino técnico profissional da Casa Pia de Lisboa,
do Instituto Técnico Militar dos Pupilos do Exército, 9 - O técnico operacional – grau I – terá acesso a técnico
2º grau de torpedeiros eletricistas da marinha de guer- operacional – grau II – ao fim de 4 anos, ou de 3 anos,
ra portuguesa, escola de marinheiros e mecânicos da caso esteja habilitado com um dos cursos técnicos equi-
marinha mercante portuguesa, cursos de formação pro- valente ao nível do 12º ano de escolaridade.
fissional do ministério responsável pela área laboral e
cursos dos centros protocolares ou cursos equivalentes 10 - O técnico operacional, bem como todos os profis-
promovidos pelas associação de empregadores e sindi- sionais eletricistas, terão acesso à categoria de assisten-
cais outorgantes do presente contrato. te técnico, a seu pedido e mediante provas prestadas no
desempenho de funções, ou por proposta da empresa.
3 - Os pré-oficiais serão promovidos a oficiais logo que
completem 2 anos de serviço naquela categoria, salvo
se o empregador comprovar por escrito a inaptidão do Cláusula 107ª - Exames
trabalhador.
1 - Os exames previstos na cláusula anterior versam ma-
4 - No caso de o trabalhador não aceitar a prova apresen- térias práticas e teóricas consignadas em programas a
tada pelo empregador, nos termos do número anterior, elaborar e divulgados previamente.
terá o direito de exigir um exame técnico-profissional,
nos moldes previstos na cláusula seguinte. 2 - A prestação do exame poderá ser dispensada caso o
empregador reconheça e ateste a aptidão do trabalhador

CCT / 34 Versão: 2019/07/29


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para o desempenho de funções inerentes a categorias duração:


superiores.
- 90 dias, para auxiliares de montagem, aprendizes,
3 - Compete ao empregador, nos 15 dias subsequentes à ajudantes pré-oficiais, auxiliares técnicos e oficiais;
receção do requerimento para exame, informar a comis- - 180 dias, para as categorias superiores.
são paritária prevista na cláusula 82ª.

4 - A comissão paritária, no prazo de 15 dias, comuni- Cláusula 110ª - Graus profissionais


cará o requerimento à comissão de exame já constituí-
da ou que nomeará nesse mesmo prazo e da qual farão Os trabalhadores a que se refere a presente secção serão
parte um representante das associações sindicais; um distribuídos pelos seguintes graus profissionais:
representante das associações de empregadores; um ter-
ceiro elemento escolhido por ambas as partes. a) Assistente técnico:
. GRAU II
5 - Competirá à comissão de exame estruturar os pro- . GRAU I
gramas em que posteriormente se irá basear, para elabo- b) Técnico operacional:
ração das provas teóricas, assim como para a indicação . GRAU II
do trabalho prático a realizar. . GRAU I
c) Encarregado: categoria única
6 - Os exames realizar-se-ão no prazo de 30 dias, de d) Chefe de equipa: categoria única
preferência no local de trabalho ou, caso se mostre e) Oficial principal: categoria única
aconselhável, nos centros de formação profissional da f) Oficial: categoria única
indústria. g) Auxiliar técnico: categoria única
h) Pré-Oficial:
7 - A aprovação no exame determina a promoção à cate- do 2º ano;
goria superior, com efeitos a partir da data da apresenta- do 1º ano.
ção do requerimento para exame. i) Ajudante:
do 2º ano;
8 - A não aprovação no exame determina a impossibi- do 1º ano.
lidade de requerer novo exame antes de decorrido um j) Aprendiz:
ano sobre a data de realização das provas. A promoção à do 3º ano;
categoria superior resultante da aprovação neste último do 2º ano;
exame terá efeitos a partir da data em que o mesmo for do 1º ano.
requerido. l) Auxiliar de Montagens: categoria única.

Cláusula 108ª - Densidades Cláusula 111ª - Garantia especial de segurança

O número total de aprendizes não poderá exceder meta- Sempre que no exercício da sua profissão, o trabalha-
de do total de oficiais. dor eletricista corra o risco de eletrocussão, não poderá
trabalhar sem ser acompanhado por outro trabalhador.

Cláusula 109ª - Período experimental -


- trabalhadores efetivos Cláusula 112ª - Certificados Profissionais

O período experimental dos eletricistas terá a seguinte 1 - Para o exercício da profissão de eletricista nos graus

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com as alterações do BTE n.º 28 de 29 de julho de 2019
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profissionais definidos na cláusula 110.ª, é necessário ao bom prosseguimento dos trabalhos da sua profissão.
certificado profissional.
3 - MONTADOR-REPARADOR DE ELEVADORES -
2 - Os certificados profissionais são emitidos em con- É o trabalhador que instala, conserva, repara, regula e
formidade com as normas legais vigentes, mediante de- ensaia circuitos elétricos de elevadores, monta-cargas,
claração passada pelas empresas, na qual conste um dos escadas rolantes e outros aparelhos similares em fábri-
graus profissionais definidos na cláusula 110ª. ca, oficina ou nos locais de utilização, tais como cir-
cuitos de força motriz de comando, de encravamento,
de chamada, de proteção, de segurança, de alarme, de
Cláusula 113ª - Especialidade do certificado sinalização e de iluminação; interpreta planos de mon-
profissional tagem, esquemas elétricos e outras especificações técni-
cas; monta condutores e efetua as necessárias ligações,
1 - ELETRICISTA BOBINADOR - É o trabalhador que isolamentos e proteções; utiliza aparelhos elétricos de
monta, desmonta repara e ensaia diversos tipos de bo- medida e ensaio; cumpre e faz cumprir o Regulamento
binagem de aparelhos elétricos de corrente contínua e de Segurança de Elevadores Elétricos.
alterna, de baixa e alta tensão, mono e trifásicos, em Poderá por vezes complementarizar o seu trabalho com
fábrica, oficina ou lugar de utilização, tais como gera- a execução de outras tarefas simples mas indispensável
dores transformadores, motores e outros aparelhos elé- ao bom prosseguimento dos trabalhos da sua profissão.
tricos bobinados, efetua os isolamentos necessários, as
ligações e proteções de enrolamentos, monta escovas, 4 - MONTADOR DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE
coletores ou anéis coletores, terminais e arma qualquer ALTA E BAIXA TENSÃO - É o trabalhador que efetua
tipo de núcleo magnético; utiliza aparelhagem de dete- trabalhos de montagem, conservação e reparação de
ção e medida; interpreta esquemas de bobinagem e ou- equipamentos e circuitos elétricos de AT/BT. Execu-
tras especificações técnicas; consulta normalmente lite- ta montagens de equipamentos e instalações de refri-
ratura da especialidade. Pode, se necessário, modificar geração e climatização, máquinas elétricas estáticas e
as características de determinado enrolamento. móveis, aparelhagem de comando, deteção, proteção,
Poderá por vezes complementarizar o seu trabalho com controlo, sinalização, encravamento, corte e manobra,
a execução de outras tarefas simples mas indispensáveis podendo por vezes orientar estas operações. Efetua a
ao bom prosseguimento dos trabalhos da sua profissão. pesquisa e reparação de avarias e afinações nos equi-
pamentos e circuitos elétricos utilizando aparelhagem
2 - MONTADOR-REPARADOR DE APARELHOS DE elétrica de medida e ensaio; lê e interpreta desenhos ou
REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO - É o trabalhador esquemas e especificações técnicas; zela pelo cumpri-
que monta, instala, conserva, repara e ensaia circuitos mento das normas de segurança das instalações elétri-
elétricos de aparelhos de refrigeração e climatização, cas AT/BT. Cumpre e faz cumprir os Regulamentos de
bem como os dispositivos de comando automático, de Segurança aplicáveis à especialidade.
controlo, proteção e segurança de aparelhos elétricos, Poderá por vezes complementarizar o seu trabalho com
tais como queimadores, eletrobomba, unidades de re- a execução de outras tarefas simples mas indispensáveis
frigeração e aquecimento, condensadores, evaporado- ao bom prosseguimento dos trabalhos da sua profissão.
res, compressores, frigoríficos e outros; determina as
posições, coloca os condutores, efetua as necessárias 5 - MONTADOR DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE
ligações, isolamentos e proteções; utiliza aparelhos de BAIXA TENSÃO - É o trabalhador que instala, conserva,
deteção e medida; cumpre e providencia para que sejam repara e ensaia circuitos e aparelhagem elétrica em esta-
cumpridas as normas de segurança das instalações elé- belecimentos industriais, comerciais, particulares ou em
tricas de baixa tensão. outros locais de utilização, tais como circuitos de força
Poderá por vezes complementarizar o seu trabalho com motriz, aquecimentos, de iluminação, de sinalização, de
a execução de outras tarefas simples mas indispensáveis sonorização, de antenas e outros; determina a posição

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de órgãos elétricos, tais como portinholas, caixas de decotar ramos de árvores ou eliminar quaisquer outros
coluna, tubos ou calhas, quadros, caixas de derivação objetos que possam interferir com o traçado; guia fre-
e ligação e de aparelhos elétricos, tais como contado- quentemente a sua atividade por esquemas de traçados
res, disjuntores, contactores, interruptores, tomadas e e utiliza aparelhos de medida para deteção de avarias.
outros; coloca os condutores e efetua as necessárias Poderá por vezes complementarizar o seu trabalho com
ligações, isolamentos e proteções; utiliza aparelhos elé- a execução de outras tarefas simples mas indispensáveis
tricos de deteção e medida e interpretação de esquemas ao bom prosseguimento dos trabalhos da sua profissão.
de circuitos elétricos e outras especificações técnicas;
cumpre e providencia para que sejam cumpridas as nor- 8 - INSTRUMENTISTA (MONTADOR-REPARADOR
mas de segurança das instalações elétricas de baixa ten- DE INSTRUMENTOS DE MEDIDA E CONTROLO
são. INDUSTRIAL) - É o trabalhador que deteta e repara
Poderá por vezes complementarizar o seu trabalho com avarias em circuitos elétricos, eletrónicos, pneumáticos
a execução de outras tarefas simples mas indispensáveis e hidráulicos, com desmontagem, reparação e monta-
ao bom prosseguimento dos trabalhos da sua profissão. gem de aparelhos de regulação, controlo, medida, prote-
ção, manobra, sinalização, alarme, vigilância ou outros;
6 - MONTADOR-REPARADOR DE INSTALAÇÕES realiza ensaios de equipamentos em serviço ou no la-
ELÉTRICAS DE ALTA TENSÃO - É o trabalhador que boratório com verificação das respetivas características,
monta, modifica, conserva, repara e ensaia circuitos e seu funcionamento normal e procede à sua aferição se
aparelhagem elétrica de alta tensão em fábrica, ofici- necessário, interpreta incidentes de exploração; execu-
na, ou lugar de utilização, tais como transformadores, ta relatórios informativos sobre os trabalhos realizados,
disjuntores, seccionadores, para-raios, barramentos interpreta gráficos, tabelas, esquemas e desenhos neces-
isoladores e respetivos circuitos de comando, medida, sários ao exercício da função.
contagem e sinalização; procede às necessárias ligações Poderá por vezes complementarizar o seu trabalho com
de cabos condutores, sua proteção e isolamento; utili- a execução de outras tarefas simples mas indispensáveis
za aparelhos elétricos de deteção e medida; interpreta ao bom prosseguimento dos trabalhos da sua profissão.
esquemas de circuitos elétricos e outras especificações
técnicas; cumpre e faz cumprir o Regulamento de Se-
gurança de subestações e Postos de Transformação e SECÇÃO VI
Seccionamento.
Poderá por vezes complementarizar o seu trabalho com
Enfermeiros
a execução de outras tarefas simples mas indispensáveis
ao bom prosseguimento dos trabalhos da sua profissão.
Cláusula 114ª - Condições específicas
de admissão
7 - MONTADOR DE REDES AT/BT E TELECOMUNI-
CAÇÕES - É o trabalhador que monta, regula, conser-
Nas categorias profissionais de enfermagem só podem
va, repara, ensaia e vigia redes aéreas ou subterrâneas
ser admitidos trabalhadores que possuam carteira pro-
de transporte e distribuição de energia elétrica de alta e
fissional.
baixa tensão, bem como redes de telecomunicações; eri-
ge e estabiliza postes, torres e outros suportes de linhas
elétricas; executa a montagem de caixas de derivação,
Cláusula 115ª - Densidades
juntação ou terminais de cabos em valas, pórticos ou su-
bestações, monta diversa aparelhagem, tal como isola-
Existirá um enfermeiro-coordenador sempre que exis-
dores, para-raios, separadores, fusíveis, amortecedores;
tam mais de três trabalhadores de enfermagem no mes-
sonda as instalações e traçados das redes para verifica-
mo local de trabalho.
ção do estado de conservação do material; orienta a lim-
peza da faixa de proteção das linhas, podendo por vezes

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Cláusula 116ª - Período experimental - na classe e na mesma empresa, salvo se o empregador


- trabalhadores efetivos comprovar por escrito a inaptidão do trabalhador.

O período experimental dos trabalhadores de enferma- 3 - Os operadores de computador de I e II serão promo-


gem terá a duração de 180 dias. vidos ao grau superior logo que completem 3 anos de
serviço no respetivo grau, e na mesma empresa, salvo
se o empregador comprovar por escrito a inaptidão do
SECÇÃO VII trabalhador.

Escritório 4 - Os técnicos administrativos de grau I serão promo-


vidos ao grau superior logo que completem três anos de
serviço no respetivo grau e na mesma empresa, salvo se
Cláusula 117ª - Condições específicas a o empregador comprovar por escrito a inaptidão do
de admissão trabalhador.

1 - Nas categorias profissionais a que se refere a pre-


5 - Para efeitos de promoção dos profissionais referidos
sente secção só poderão ser admitidos trabalhadores nas
no número anterior, será contado o tempo já prestado na
seguintes condições:
categoria profissional.

a) Terem a idade mínima de 17 anos;


6 - No caso de o trabalhador não aceitar a prova apre-
b) Possuírem o 12º ano de escolaridade, exceto o dis-
sentada pelo empregador, nos termos dos nºs 3 e 4, terá
posto nas alíneas seguintes;
o direito de exigir um exame técnico-profissional, a efe-
c) Contabilista - Curso adequado do Ensino Superior;
tuar no seu posto de trabalho.
d) Técnico Oficial de Contas – Inscrição na Câmara
dos Técnicos Oficiais de Contas.
7 - A promoção dos profissionais referidos nas alíneas c)
e d), do n.º 1 da cláusula anterior, rege-se nos mesmos
2 - As habilitações referidas no número anterior não se-
termos da cláusula 166ª.
rão exigíveis:

a) Aos trabalhadores que, exercendo as funções, tran-


Cláusula 119ª - Período experimental -
sitem de empresa abrangida pela convenção;
- trabalhadores efetivos
b) Aos trabalhadores do quadro permanente da empre-
sa que, por motivo de incapacidade física compro-
O período experimental para os trabalhadores de escri-
vada, possam ser reclassificados como trabalhado-
tório terá a seguinte duração:
res de escritório.
- 90 dias para estagiários, escriturários ou equipara-
dos;
Cláusula 118ª - Acessos e promoções - 120 dias para técnico administrativo, técnico de
contabilidade, subchefe de secção e categorias su-
1 - O estágio para escriturário terá a duração máxima de
periores;
três anos, para os trabalhadores admitidos com 17 anos
- 240 dias para técnico oficial de contas.
de idade e dois anos, para os admitidos com a idade
igual ou superior a 18 anos.

2 - Os escriturários de 3ª e 2ª classes serão promovidos


à classe superior logo que completem 3 anos de serviço

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SECÇÃO VIII SECÇÃO X


Fogueiros Hotelaria

Cláusula 120ª - Condições específicas Cláusula 124ª - Condições específicas


de admissão de admissão

1 - Na categoria profissional prevista na presente sec- Nas categorias profissionais a que se refere esta secção,
ção, só poderão ser admitidos trabalhadores de idade só podem ser admitidos trabalhadores nas seguintes
não inferior a 18 anos e com a escolaridade mínima condições:
obrigatória nos termos previstos na alínea b), do n.º 2,
da cláusula 3ª. a) Terem idade mínima de 16 anos;
b) Possuírem carteira profissional ou, caso a não pos-
2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, as em- suam e seja obrigatória para o exercício da respetiva
presas só poderão admitir trabalhadores fogueiros por- profissão, possuírem as habilitações mínimas exigi-
tadores da respetiva carteira profissional. das por lei ou pelo regulamento da carteira profis-
sional.

Cláusula 121ª - Período experimental -


- trabalhadores efetivos Cláusula 125ª - Preferência de admissão

O período experimental dos fogueiros terá a duração de Em igualdade de condições, têm preferência na admis-
90 dias. são:

a) Os diplomados pelas escolas hoteleiras e já titulares


SECÇÃO IX de carteira profissional;
b) Os profissionais titulares de carteira profissional
Garagens que tenham sido aprovados em cursos de aperfeiço-
amento das escolas hoteleiras;
c) Os profissionais munidos da competente carteira
Cláusula 122ª - Condições específicas profissional.
de admissão

Nas categorias profissionais previstas na presente sec- Cláusula 126ª - Aprendizagem


ção, só podem ser admitidos trabalhadores com a idade
mínima de 18 anos e com a escolaridade mínima obri- 1 - Os trabalhadores admitidos com menos de 18 anos
gatória nos termos previstos na alínea b), do n.º 2, da de idade têm um período de aprendizagem de um ano de
cláusula 3.ª. trabalho efetivo; porém, se o período de aprendizagem
findar antes de o trabalhador ter completado 18 anos de
idade, será prolongado até essa data.
Cláusula 123ª - Período experimental -
- trabalhadores efetivos 2 - Os trabalhadores admitidos com mais de 18 anos de
idade só terão de cumprir um período de aprendizagem
O período experimental das categorias previstas nesta de um ano para as categorias de despenseiro e empre-
secção terá a duração de 90 dias. gado de balcão.

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3 - Seja qual for a idade no momento de admissão, o Cláusula 129ª - Densidades


período de aprendizagem para as funções de cozinheiro
será de dois anos. 1 - Nas secções em que haja até dois profissionais, só
pode haver um aprendiz e naquelas em que o número
4 - Não haverá aprendizagem para as categorias de rou- for superior poderá haver um aprendiz por cada três
peiro, lavador e empregado de refeitório, sem prejuízo profissionais.
do disposto no antecedente n.º 1.
2 - Caso exista secção de despensa, o seu trabalho deve-
5 - O aprendiz só poderá mudar de profissão para que rá ser dirigido por trabalhador de categoria não inferior
foi contratado por comum acordo das partes. à de despenseiro.

6 - Para o cômputo dos períodos de aprendizagem, serão


adicionadas as frações de tempo de serviço prestadas Cláusula 130ª - Quadro de densidades
pelo trabalhador nas várias empresas que o contratem
nessa qualidade, desde que superiores a 60 dias e devi-
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
damente comprovadas.
Cozinheiro de 1ª - - - - - - - 1 1 1

Cláusula 127ª - Estágio Cozinheiro de 2ª - 1 1 1 2 2 3 3 3 3


Cozinheiro de 3ª 1 1 2 3 3 4 4 4 6 5
1 - O estágio tem a duração de 12 meses, salvo para os
profissionais com um curso de reciclagem das escolas
NOTA - Havendo mais de 10 cozinheiros, observar-se--
hoteleiras terminado com aproveitamento, em que o pe-
ão, quanto aos que excederem a dezena, as proporções
ríodo de estágio findará com a conclusão do curso.
mínimas neste quadro.

2 - Logo que concluído o período de aprendizagem, o


trabalhador passará automaticamente à categoria de es-
Cláusula 131ª - Período experimental -
tagiário nas funções de cozinheiro, despenseiro e em-
- trabalhadores efetivos
pregado de balcão.
Para a categoria de encarregado de refeitório, ecónomo
3 - Para o cômputo dos períodos de estágio, serão adi-
e para a função de cozinheiro responsável pela confe-
cionadas as frações de tempo de serviço prestadas pelo
ção, o período experimental é de 180 dias, sendo de 90
trabalhador nas várias empresas que o contratem nessa
dias para as restantes categorias profissionais.
qualidade, desde que superiores a 60 dias e devidamen-
te comprovadas.
Cláusula 132ª - Graus profissionais

Cláusula 128ª - Título profissional


Os trabalhadores de hotelaria serão distribuídos pelos
seguintes graus profissionais:
1 - O documento comprovativo da categoria profissio-
nal é a carteira profissional ou o cartão de aprendiz. Cozinheiros:
De 1ª;
2 - Nenhum profissional poderá exercer a sua atividade De 2ª;
sem estar munido de um desses títulos, quando obriga- De 3ª;
tórios para o exercício da profissão. Estagiário;
Aprendiz.

CCT / 40 Versão: 2019/07/29


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Despenseiro e empregado de balcão e ecónomo: de três anos, findo o qual será promovido a técnico de
Categoria única; recuperação (grau I).
Estagiário;
Aprendiz. 2 - O técnico de recuperação de grau I terá acesso aos
graus superiores, a seu pedido e mediante prova presta-
Encarregado de refeitório, empregado de refeitório,
da no desempenho de funções, ou por proposta da em-
lavador e roupeiro:
presa.
Categoria única.

Cláusula 136ª - Aprendizagem


Cláusula 133ª - Direito à alimentação
1 - A aprendizagem far-se-á sob a responsabilidade de
1 - Os trabalhadores de hotelaria têm direito à alimenta-
um profissional com a categoria de oficial, sempre que
ção, cujo valor não é dedutível do salário.
as empresas não possuam serviços autónomos para a
formação profissional.
2 - O direito à alimentação fica salvaguardado e consig-
nado nos precisos termos em que atualmente está con-
2 - A duração da aprendizagem não poderá ultrapassar
sagrado para os trabalhadores de hotelaria ao serviço da
três, dois e um ano, conforme os aprendizes forem ad-
indústria de construção civil e obras públicas.
mitidos, respetivamente, com 16, 17 e 18 ou mais anos
de idade.

SECÇÃO XI 3 - Findo o tempo de aprendizagem, o aprendiz será


Madeiras promovido a praticante.

4 - Para os efeitos do disposto no n.º 2, serão tomados


Cláusula 134ª - Condições específicas em conta os períodos de frequência dos cursos de esco-
de admissão las técnicas ou de centros de formação profissional da
respetiva profissão oficialmente reconhecidos.
1 - Nas categorias profissionais a que se refere a pre-
sente secção, só poderão ser admitidos trabalhadores de
idade não inferior a: Cláusula 137ª - Tirocínio

a) 18 anos para todas as categorias profissionais em 1 - O período de tirocínio do praticante é de seis meses
que não haja aprendizagem; ou dois anos, conforme as profissões constem ou não da
b) 16 anos para todas as outras categorias. cláusula 142ª, findo o qual será promovido a pré-oficial.

2 - Só podem ser admitidos como técnico de recupe- 2 - Igualmente para efeitos do disposto no n.º 1, contar-
ração estagiário ou técnico de recuperação, os traba- se-á o tempo de tirocínio na mesma profissão em em-
lhadores habilitados com o respetivo curso ou os que presa diferente daquela em que se encontra o praticante,
demonstrem já ter desempenhado funções correspon- sendo a prova desse tempo de tirocínio, quando exigida
dentes às dessa profissão. pelo empregador, feita através de declaração passada
pelo empregador anterior, a qual poderá ser confirmada
pelo novo empregador pelos mapas enviados aos orga-
Cláusula 135ª - Estágio nismos oficiais.

1 - O período de estágio do técnico de recuperação é 3 - A idade mínima dos praticantes é de 18 anos, sal-

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vo para os que tenham os cursos referidos no n.º 4 da - 90 dias, para aprendizes, praticantes, pré-oficiais e
cláusula 136ª e para os admitidos em profissões que não oficiais de 1ª e 2ª;
exijam aprendizagem. - 180 dias, para encarregados.

Cláusula 138ª - Densidades Cláusula 142ª - Período de prática de seis meses

Não poderá haver mais de metade de aprendizes em re- As categorias profissionais de embalador e operador de
lação ao número total de trabalhadores do conjunto das máquina de juntar folha, com ou sem guilhotina, admi-
profissões para as quais se prevê a aprendizagem. tem apenas um período de prática de seis meses.

Cláusula 139ª - Promoções obrigatórias SECÇÃO XII


1 - Os praticantes não poderão permanecer nessa cate-
Mármores
goria mais de dois anos, findos os quais serão promovi-
dos a pré-oficiais.
Cláusula 143ª - Quadros e acessos
2 - Os trabalhadores com a categoria de pré-oficial, que
1 - A aprendizagem só existe para as categorias profis-
completem dois anos de permanência na mesma empre-
sionais de canteiro, polidor manual e polidor maquinis-
sa no exercício da mesma profissão, serão promovidos
ta.
a oficial de 2ª, salvo se o empregador comprovar por
escrito a inaptidão do trabalhador.
2 - A aprendizagem terá a duração de três anos para a
categoria de canteiro e de dois anos para as de polidor
3 - No caso de o trabalhador não aceitar a prova apresen-
manual e polidor maquinista.
tada pelo empregador, nos termos do número anterior,
terá o direito de exigir um exame técnico-profissional, a
efetuar no seu posto de trabalho.
Cláusula 144ª - Categorias profissionais

Dividem-se em duas categorias (1ª e 2ª), os trabalhado-


Cláusula 140ª - Categorias profissionais
res das profissões definidas no anexo II, com exceção
das de brigador/operador de britaria, canteiro, canteiro-
Os encarregados e os oficiais terão as seguintes catego-
assentador, carregador de fogo, selecionador e serrador.
rias profissionais:

a) Encarregados - categoria única;


Cláusula 145ª - Período experimental -
b) Oficiais de 1ª, de 2ª, pré-oficial, praticante e apren-
- trabalhadores efetivos
diz.

O período experimental das categorias previstas nesta


secção terá a duração seguinte:
Cláusula 141ª - Período experimental -
- trabalhadores efetivos
- 90 dias para aprendizes e praticantes, oficiais de 1ª,
2ª ou equiparados;
O período experimental para os trabalhadores de madei-
- 180 dias para categorias superiores.
ras terá a seguinte duração:

CCT / 42 Versão: 2019/07/29


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Cláusula 146ª - Promoções obrigatórias 3 - Só podem ser admitidos como técnico de recupe-
ração estagiário ou técnico de recuperação, os traba-
1 - Os trabalhadores com a categoria de oficial de 2ª, lhadores habilitados com o respetivo curso ou os que
logo que completem quatro anos de permanência no demonstrem já ter desempenhado funções correspon-
exercício da mesma profissão, serão promovidos a ofi- dentes às dessa profissão.
cial de 1ª, salvo se o empregador comprovar por escrito
a inaptidão do trabalhador. 4 - Só podem ser admitidos como técnico de gás, os
trabalhadores habilitados com formação escolar míni-
2 - Os trabalhadores com a categoria de praticante de ma ao nível de 12º ano de escolaridade, que tenham
britador/operador de britadeira, ascenderão à categoria frequentado, com aproveitamento, cursos de formação
respetiva ao fim de dois anos de prática, salvo se o em- adequados à especialidade e que possuam a respetiva
pregador comprovar por escrito a inaptidão do traba- licença, emitida por um dos organismos reconhecidos
lhador. pela DGE.

3 - No caso de o trabalhador não aceitar a prova apre- 5 - Só podem ser admitidos como instalador de redes de
sentada pelo empregador, nos termos dos números ante- gás os trabalhadores habilitados com formação escolar
riores, terá o direito de exigir um exame técnico-profis- mínima ao nível do 9º ano de escolaridade, que tenham
sional, a efetuar no seu posto normal de trabalho. frequentado, com aproveitamento, cursos de formação
adequados à especialidade e que possuam a respetiva
licença, emitida por um dos organismos reconhecidos
SECÇÃO XIII pela DGE.

Metalúrgicos 6 - Só podem ser admitidos como técnico de refrige-


ração e climatização os trabalhadores habilitados com
formação escolar mínima ao nível de 12.º ano de esco-
Cláusula 147ª - Condições específicas laridade.
de admissão

1 - Nas categorias profissionais a que se refere esta sec-


Cláusula 148ª - Aprendizagem
ção só poderão ser admitidos trabalhadores com escola-
ridade mínima obrigatória nos termos previstos na alí-
1 - A aprendizagem far-se-á sob a responsabilidade de
nea b) do n.º 2 da cláusula 3.ª e de idade não inferior a:
um profissional, com a categoria de oficial, de reconhe-
cida capacidade técnica e valor moral, sempre que as
a) 18 anos, para todas as categorias profissionais em
empresas não possuam serviços autónomos para a for-
que não haja aprendizagem;
mação profissional.
b) 16 anos, para todas as outras categorias.
2 - A duração da aprendizagem não poderá ultrapassar
2 - Serão diretamente admitidos na categoria imediata-
três, dois ou um ano, conforme os aprendizes forem ad-
mente superior a aprendiz:
mitidos, respetivamente com 16, 17 e 18 ou mais anos
de idade.
a) Os trabalhadores com os cursos de escolas técnicas
ou outros equivalentes oficialmente reconhecidos;
3 - Findo o tempo de aprendizagem, os aprendizes serão
b) Os trabalhadores com 18 ou mais anos de idade, que
promovidos à categoria imediatamente superior.
possuam cursos de centros de formação profissional
da respetiva profissão oficialmente reconhecidos.
4 - Para os efeitos do disposto no n.º 2, deverão ser to-
mados em conta os períodos de frequência dos cursos

LEGISLAÇÃO/CONSTRUÇÃO/AECOPS
Versão: 2019/07/29
Publicado no BTE n.º 26 de 15 de julho de 2017, CCT / 43
com as alterações do BTE n.º 28 de 29 de julho de 2019
Contrato Coletivo de Trabalho

de escolas técnicas ou de centros de formação profis- inaptidão do trabalhador.


sional da respetiva profissão oficialmente reconhecidos.
3 - No caso de o trabalhador não aceitar a prova apresen-
5 - Igualmente para os efeitos do disposto no n.º 2, tada pelo empregador, nos termos do número anterior,
contar-se-á o tempo de aprendizagem na mesma profis- terá o direito a exigir um exame técnico-profissional, a
são em empresa diferente daquela em que se encontra o efetuar no seu posto normal de trabalho.
aprendiz, sendo a prova desse tempo de aprendizagem,
quando exigida pelo empregador, feita através de decla-
ração passada pelo empregador anterior, a qual poderá Cláusula 152ª - Densidades
ser confirmada pelo novo empregador pelos mapas en-
viados aos organismos oficiais. O número total de aprendizes não poderá exceder meta-
de do total de oficiais.

Cláusula 149ª – Profissões sem aprendizagem


Cláusula 153ª - Período experimental -
Não haverá aprendizagem nas seguintes categorias pro- - trabalhadores efetivos
fissionais:
O período experimental dos trabalhadores metalúrgicos
- Agentes de métodos; terá a seguinte duração:
- Encarregado;
- Chefe de equipa. - 90 dias, para aprendizes e praticantes, oficiais de 1ª,
2ª e 3ª ou equiparados;
- 180 dias, para categorias superiores.
Cláusula 150ª - Estágio

1 - O período de estágio do técnico de recuperação é SECÇÃO XIV


de três anos, findo o qual será promovido a técnico de
recuperação (grau I).
Porteiros, contínuos e paquetes

2 - O técnico de recuperação de grau I terá acesso aos


Cláusula 154ª - Condições específicas
graus superiores, a seu pedido e mediante prova presta-
de admissão
da no desempenho de funções, ou por proposta da em-
presa.
Nas categorias profissionais a que se refere a presente
secção, só poderão ser admitidos trabalhadores de idade
não inferior:
Cláusula 151ª - Promoções obrigatórias

a) 16 anos, para a categoria de paquete;


1 - Os praticantes não poderão permanecer nessa cate-
b) 18 anos, para as restantes categorias.
goria mais de dois anos. Findos estes, transitarão para
oficiais de 3ª.

Cláusula 155ª - Acessos


2 - Os trabalhadores com a categoria de oficial de 3ª
ou de 2ª que completem, respetivamente, dois ou três
Os paquetes que completem 18 anos de idade serão pro-
anos de permanência na mesma empresa no exercício
movidos a contínuos.
da mesma profissão, serão promovidos à categoria ime-
diata, salvo se o empregador comprovar por escrito a

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com as alterações do BTE n.º 28 de 29 de julho de 2019
Contrato Coletivo de Trabalho

Cláusula 156ª - Período experimental - Cláusula 158ª - Estágio


- trabalhadores efetivos
1 - Na categoria de auxiliar de laboratório, a duração
A admissão na empresa dos trabalhadores previstos nes- máxima do estágio é de um ano.
ta secção será sempre feita a título experimental durante
os primeiros 90 dias. 2 - Na categoria de analista, a duração máxima do está-
gio é de dois anos.

SECÇÃO XV
Cláusula 159ª - Promoções obrigatórias
Químicos
1 - Os trabalhadores com a categoria de analista de 2ª
que completem três anos de permanência na mesma em-
Cláusula 157ª - Condições específicas
presa no exercício da mesma profissão, serão promovi-
de admissão
dos a analistas de 1ª, salvo se o empregador comprovar
por escrito a inaptidão do trabalhador.
1 - Nas categorias profissionais a que se refere a presen-
te secção, só podem ser admitidos trabalhadores com a
2 - No caso de o trabalhador não aceitar a prova apresen-
idade mínima de 16 anos.
tada pelo empregador, nos termos do número anterior,
terá o direito de exigir um exame técnico-profissional, a
2 - As habilitações mínimas para a admissão dos traba-
efetuar no seu posto normal de trabalho.
lhadores a que se refere esta secção são:

a) Para a categoria de auxiliar de laboratório, a esco-


Cláusula 160ª - Período experimental - traba-
laridade mínima obrigatória nos termos previstos na
lhadores efetivo
alínea b), do n.º 2, da cláusula 3ª;
b) Para as categorias de analista principal, o curso
O período experimental dos trabalhadores químicos
completo das escolas industriais adequado às fun-
será de:
ções a desempenhar.
a) 90 dias, para o auxiliar de laboratório e analistas;
3 - As habilitações referidas no número anterior não se-
b) 120 dias, para o analista principal.
rão exigíveis:

a) Aos trabalhadores que à data da entrada em vigor


Cláusula 161ª - Graus profissionais
do presente CCT desempenhem funções descritas
no anexo II para os trabalhadores químicos;
Os trabalhadores químicos poderão ser distribuídos pe-
b) Aos trabalhadores que tenham desempenhado fun-
los seguintes graus profissionais:
ções descritas no anexo II para os trabalhadores quí-
micos; Analista principal:
c) Aos trabalhadores do quadro permanente da em- Classe única.
presa que, por motivo de incapacidade física com- Analista:
provada, possam ser reclassificados numa das cate- De 1ª classe;
gorias constantes do anexo II para os trabalhadores De 2ª classe;
químicos. Estagiário.

Auxiliar de laboratório:
Estagiário.

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SECÇÃO XVI 180 dias, salvo para o pessoal de direção ou chefia e


quadros superiores, que será de 240 dias.
Rodoviários

Cláusula 166ª - Graus profissionais


Cláusula 162ª - Condições específicas
de admissão
1 - Os profissionais referidos nesta secção distribuem-
se por três graus, em que o primeiro será desdobrado
As condições mínimas de admissão para o exercício das
em dois escalões (I-A e I-B), apenas diferenciados pelos
funções inerentes à categoria de motorista são:
vencimentos (o escalão I-B seguindo-se ao escalão I-A).

a) Possuírem as habilitações exigidas por lei;


2 - Os licenciados não poderão ser admitidos no escalão
b) Possuírem a carta de condução.
I-A; os bacharéis poderão ser admitidos nos escalões
I-A e I-B.

Cláusula 163ª - Período experimental -


3 - Os graus I-A e I-B podem ser considerados período
- trabalhadores efetivos
de estágio em complemento da formação académica.

O período experimental dos motoristas terá a duração


de 90 ou 120 dias, tratando-se, respetivamente, de mo-
torista de ligeiros ou de pesados. SECÇÃO XVIII
Técnicos de desenho

SECÇÃO XVII
Cláusula 167ª - Condições específicas
Técnicos
de admissão

1 - Grupo A - Técnicos de desenho. - Podem ser ad-


Cláusula 164ª - Condições de admissão
mitidos para as categorias de técnicos de desenho os
trabalhadores habilitados com um dos cursos técnicos
1 - Só podem ser admitidos como técnicos os trabalha-
seguintes:
dores habilitados com curso superior respetivo, diplo-
mados por escolas nacionais ou estrangeiras, bem como,
a) Curso do ensino secundário - 12º ano (Mecanotec-
nos casos em que o exercício da atividade se processe a
nia; Eletrotecnia; Radiotecnia/Eletrónica; Cons-
coberto de um título profissional, sejam possuidores do
trução Civil; Equipamento e Interiores/Decoração;
respetivo título, emitido segundo a legislação em vigor.
Introdução às artes plásticas, designa e arquitetura;
Artes Gráficas), que ingressam na categoria de de-
2 - No caso de técnicos possuidores de diplomas pas-
senhador ou de medidor após doze meses de tirocí-
sados por escolas estrangeiras, os mesmos terão de ser
nio;
oficialmente reconhecidos nos termos previstos na le-
b) Cursos de formação profissional que confira o nível
gislação em vigor.
III-UE ou Curso tecnológico - 12º ano, de formação
adequada, ou Curso Técnico da Via Profissionali-
zante/Via Técnico-profissional - 12º ano ou cursos
Cláusula 165ª - Período experimental -
das escolas profissionais (nível III-UE), nomea-
- trabalhadores efetivos
damente: Desenhador de Construção Civil, Dese-
nhador de Construções Mecânicas, Desenhador
O período experimental dos técnicos terá a duração de

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Eletrotécnico, Medidor Orçamentista, Técnico de res;


equipamento, Técnico de design cerâmico/metais, - 180 dias, para desenhadores preparadores de obra,
Técnico de Obras/Edificações e Obras, que ingres- planificadores, medidores orçamentistas, assistentes
sam numa das categorias respetivas após doze me- operacionais e desenhadores projetistas.
ses de tirocínio Grupo VII.

2 - Grupo B - Operador-arquivista. - Para a profissão Cláusula 170ª - Outras disposições


deste grupo, deverá ser dada prioridade a trabalhadores
de outras atividades profissionais já ao serviço da em- A atividade profissional do grupo A – técnicos de de-
presa que reúnam condições, nomeadamente ter a idade senho é identificada no âmbito dos seguintes ramos de
mínima de 18 anos e a escolaridade mínima obrigatória atividade, subdividindo-se estes por especialidades:
nos termos previstos na alínea b), do n.º 2, da cláusula
3ª. a) Ramo de mecânica (mecânica, máquinas, equipa-
mentos mecânicos, tubagens, estruturas metálicas,
3 - As habilitações referidas nos pontos anteriores não instrumentação e controlo, climatização). Aplicação
serão exigíveis: em trabalhos de engenharia e tecnologia mecânicas,
nomeadamente desenho, normalização, medições e
a) Aos trabalhadores que à data da entrada em vigor do orçamentação, planeamento, preparação e assistên-
presente CCT desempenhem funções das categorias cia a trabalhos.
previstas nesta secção; b) Ramo de electrotécnia (eletrotecnia e eletrónica -
b) Aos trabalhadores a quem já tenha sido atribuída equipamentos e instalações elétricas, iluminação,
fora da empresa uma das categorias previstas nesta telefones, sinalização e automatismos elétricos).
secção. Aplicação em trabalhos de engenharia e tecnologias
elétricas e eletrónicas, nomeadamente desenho,
normalização, medições e orçamentação, planea-
Cláusula 168ª - Acessos mento, preparação e assistência a trabalhos.
c) Ramo de construções, arquitetura e topografia
1 - O período máximo de tirocínio é o indicado na alínea (construções civis e industriais, estruturas de be-
a) e b) do n.º 1 da cláusula anterior. tão armado e cofragens, infraestruturas, arquitetu-
ra e urbanismo, topografia, cartografia e geodesia).
2 - Nas categorias com dois graus, os profissionais no Aplicação em trabalhos de arquitetura e engenharia
grau I terão acesso ao grau II, após pelo menos um ano e tecnologia das construções, nomeadamente dese-
de permanência naquele grau, a seu pedido e mediante nho, normalização, medições e orçamentação, le-
provas prestadas no desempenho da função, e ou por vantamentos, planeamento, preparação e assistência
aquisição de formação profissional, ou por proposta da a trabalhos.
empresa. d) Ramo de artes e design (decoração, maqueta, publi-
cidade, desenho gráfico e de exposição). Aplicação
em trabalhos decorativos, de maqueta, de desenho
Cláusula 169ª - Período experimental - de comunicação, gráfico e artístico.
- trabalhadores efetivos

O período experimental das categorias previstas nesta


secção terá a duração seguinte:

- 90 dias, para operadores-arquivistas, tirocinantes,


desenhadores-medidores, desenhadores e medido-

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SECÇÃO XIX seguinte.

Telefonistas
2 - Serão dispensados das exigências referidas no nú-
mero anterior os técnicos de topografia que, à data da
entrada em vigor do presente contrato, desempenhem
Cláusula 171ª - Condições específicas
funções que correspondam a qualquer das categorias
de admissão
previstas nesta secção.

1 - Na categoria profissional de telefonista, só podem


ser admitidos trabalhadores nas seguintes condições:
Cláusula 174ª - Requisitos para o exercício de
funções
a) Terem a idade mínima de 16 anos;
b) Possuírem a escolaridade mínima obrigatória nos
1 - Porta-miras – formação escolar mínima ao nível do
termos previstos na alínea b), do n.º 2, da cláusula
6º ano do ensino básico ou equivalente. Responsabilida-
3ª.
de por transporte de equipamento muito sensível.

2 - As habilitações referidas na alínea b) do número an-


2 - Ajudante de fotogrametrista – formação escolar mí-
terior, não serão exigíveis:
nima ao nível do 9º ano do ensino básico ou equivalen-
te; visão estereoscópica adequada.
a) Aos trabalhadores que à data da entrada em vigor do
presente CCT desempenhem funções de telefonis-
3 - Fotogrametrista auxiliar – formação escolar mínima
tas;
ao nível do 9º ano do ensino básico ou equivalente. Ex-
b) Aos trabalhadores que tenham desempenhado fun-
periência de, pelo menos, dois anos como ajudante de
ções de telefonistas;
fotogrametrista. Visão estereoscópica adequada.
c) Aos trabalhadores do quadro permanente da empre-
sa que, por motivo de incapacidade física compro-
4 - Registador/medidor – formação escolar mínima ao
vada, possam ser reclassificados como telefonistas.
nível do 9º ano do ensino básico ou equivalente. Ex-
periência de pelo menos, três anos como porta-miras.
Responsabilidade por manuseamento e utilização de
Cláusula 172ª - Período experimental -
equipamento muito sensível.
- trabalhadores efetivos

5 - Revisor fotogramétrico – formação escolar mínima


O período experimental de telefonista terá a duração de
ao nível do 9º ano do ensino básico ou equivalente.
90 dias.
Experiência de, pelo menos, um ano na categoria de fo-
togrametrista auxiliar. Visão estereoscópica adequada.

SECÇÃO XX 6 - Técnico auxiliar de topografia – formação escolar


Técnicos de topografia mínima ao nível do 9º ano do ensino básico ou equi-
valente. Experiência profissional de, pelo menos, dois
anos como registador/medidor. Responsabilidade por
Cláusula 173ª - Condições específicas utilização e manuseamento de aparelhagem sensível.
de admissão
7 - Fotogrametrista – formação escolar mínima ao nível
1 - Só podem ser admitidos como técnicos de topogra- do 9º ano do ensino básico ou equivalente. Experiência
fia trabalhadores com a idade mínima de 18 anos, as de, pelo menos, três anos na categoria de fotogrametris-
habilitações e outras exigências previstas na cláusula ta auxiliar. Visão estereoscópica adequada.

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Responsabilidade pela utilização e manuseamento de a duração seguinte:


aparelhagem sensível, designadamente, todo o tipo de
aparelhos restituidores utilizados na fotogrametria. - 90 dias, para porta-miras, registador/medidor, aju-
dantes de fotogrametrista, técnico auxiliar de topo-
8 - Topógrafo – formação escolar mínima ao nível do grafia, fotogrametristas auxiliares e revisores foto-
12º ano da via de ensino ou via profissionalizante ou gramétricos;
formação escolar de nível superior, com conhecimento - 180 dias, para fotogrametristas, topógrafos, geóme-
de topografia. Curso de Cartografia Topografia do Ser- tras, calculadores e cartógrafos.
viço Cartográfico do Exército e antigos cursos de To-
pografia e Agrimensura, ministrados nas ex-colónias.
Responsabilidade pela utilização e manuseamento de SECÇÃO XXI
aparelhagem de grande precisão, com utilização de di-
versos instrumentos óticos e eletrónicos.
Técnicos de Segurança no Trabalho
da Construção
9 - Geómetra – formação escolar específica de nível
superior, nomeadamente dos Institutos Politécnicos, ou
diplomados na mesma área pelo Serviço Cartográfico Cláusula 177ª - Condições específicas
do Exército, bem como por outros organismos reconhe- de admissão
cidos oficialmente, não sendo as referidas habilitações
exigidas aos trabalhadores que desempenhem estas fun- 1 - Podem ser admitidos como técnicos de segurança
ções em 1 de março de 1997. no trabalho no setor da construção os trabalhadores que
reúnam as seguintes condições:

Cláusula 175ª - Promoções e Acessos a) Técnicos Superiores de Segurança no Trabalho:


Serem titulares de Título Profissional ou CAP (Cer-
1 - Os topógrafos distribuem-se por três graus. tificado de Aptidão Profissional) emitido por entida-
de com competência para o efeito,
2 - O grau I é considerado como estágio, que terá a dura- b) Técnicos de Segurança no Trabalho:
ção de três anos, exceto para os profissionais habilitados Serem titulares de Título Profissional ou CAP (Cer-
com o curso superior, que será de dois anos, findo o qual tificado de Aptidão Profissional) emitido por entida-
será promovido a topógrafo de grau II. de com competência para o efeito,

3 - O topógrafo de grau II terá acesso ao grau III, a seu


pedido e mediante prova prestada no desempenho de Cláusula 178ª - Acessos
funções, ou por proposta da empresa.
1 - O período de estágio do técnico de segurança no
4 - O topógrafo de grau III, desde que habilitado com trabalho é de um ano, findo o qual será promovido a
curso superior, ou equiparado, terá acesso à categoria técnico de segurança no trabalho (grau I). Terá acesso
de geómetra, a seu pedido e mediante prova prestada no ao grau II a seu pedido e mediante prova prestada no
desempenho de funções, ou por proposta da empresa. desempenho de funções, ou por proposta da empresa.

2 - O técnico superior de segurança no trabalho, será ad-


Cláusula 176ª - Período experimental - mitido no grau I, considerado como período de estágio
- trabalhadores efetivos com a duração de um ano, em complemento da forma-
ção académica, findo o qual será promovido ao grau II.
O período experimental dos técnicos de topografia terá Terá acesso ao grau III a seu pedido e mediante prova

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prestada no desempenho de funções, ou por proposta da SECÇÃO XXIII


empresa.
Disposições comuns

Cláusula 179ª - Período experimental -traba-


Cláusula 181ª - Exames
lhadores efetivos
Os exames referidos nas cláusulas, destinando-se exclu-
1 - O período experimental dos técnicos superiores de
sivamente a averiguar da aptidão do trabalhador para o
segurança no trabalho terá a duração de 180 dias, salvo
exercício das funções normalmente desempenhadas no
quando ocuparem lugares de direção ou chefia, caso em
seu posto de trabalho, ocorrerão num prazo máximo de
que será de 240 dias.
30 dias a contar do seu requerimento e serão efetuados
por um júri composto por dois elementos: um em repre-
2 - O período experimental do técnico de segurança no
sentação dos trabalhadores, o qual será designado pelo
trabalho e do estagiário de técnico de segurança no tra-
delegado sindical ou, na sua falta, pelo sindicato res-
balho é, respetivamente, de 180 e 90 dias.
petivo, e outro em representação da empresa. Em caso
de desacordo insuperável dos membros do júri, pode-
rão estes solicitar um terceiro elemento ao Centro de
SECÇÃO XXII Formação Profissional mais próximo, com a função de
Profissões Comuns monitor da profissão em causa, que decidirá.

Cláusula 180ª - Períodos Experimentais/ Cláusula 182ª - Lugares de sub-direção


/Profissões Comuns - ou sub-chefia
- trabalhadores efetivos
Nas categorias que integram os grupos I e II do anexo
Os períodos experimentais dos trabalhadores abrangi- III e que envolvem funções de direção ou chefia, podem
dos por esta secção terão a seguinte duração: as empresas criar internamente lugares de subdireção
ou subchefia.
Auxiliar de limpeza e manipulação – 90 dias;
Auxiliar de montagens – 90 dias;
Chefe de departamento – 180 dias; ANEXO II
Chefe de secção – 180 dias;
Definições de funções
Condutor manobrador de equipamentos
industriais – 120 dias;
Diretor de serviços – 240 dias;
A - Cobradores
Guarda – 90 dias;
Jardineiro – 90 dias;
COBRADOR - É o trabalhador que procede, fora dos
Rececionista – 90 dias;
escritórios, a recebimentos, pagamentos e depósitos,
Servente – 90 dias;
considerando-se-lhe equiparado o empregado de servi-
Subchefe de secção – 120 dias.
ços externos que efetua funções análogas relacionadas
com o escritório, nomeadamente de informações e fis-
calização.

CCT / 50 Versão: 2019/07/29


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B – Comércio DISTRIBUIDOR - É o trabalhador que distribui as mer-


cadorias por clientes ou setores de vendas.
AJUDANTE DE FIEL DE ARMAZÉM - O trabalhador
que coadjuva o Fiel de Armazém e o substitui em caso EMBALADOR - É o trabalhador que acondiciona e ou
de impedimento. desembala produtos diversos por métodos manuais ou
mecânicos, com vista à sua expedição ou armazena-
CAIXA DE BALCÃO - É o trabalhador que recebe nu- mento.
merário em pagamento de mercadorias ou serviços no
comércio; verifica as somas devidas; recebe o dinheiro, ENCARREGADO DE ARMAZÉM - É o trabalhador que
passa um recibo ou bilhete, conforme o caso, regista es- dirige outros trabalhadores e toda a atividade de um ar-
tas operações em folhas de caixa e recebe cheques. mazém, responsabilizando-se pelo seu bom funciona-
mento.
CAIXEIRO - É o trabalhador que vende mercadoria
diretamente ao público; fala com o cliente no local de ENCARREGADO-GERAL - É o trabalhador que dirige
venda e informa-se do género de produtos que deseja; e coordena a ação de dois ou mais caixeiros-encarrega-
ajuda o cliente a efetuar a escolha do produto; anuncia dos e ou encarregados de armazém.
o preço, cuida da embalagem do produto ou toma as
medidas necessárias à sua entrega; recebe encomendas, FIEL DE ARMAZÉM - É o trabalhador que superinten-
elabora notas de encomenda, e transmite-as para exe- de nas operações de entrada e saída de mercadorias e ou
cução. É por vezes encarregado de fazer o inventário materiais; executa ou fiscaliza os respetivos documen-
periódico das existências. tos; responsabiliza-se pela arrumação e conservação das
mercadorias e ou materiais; examina a concordância en-
CAIXEIRO-AJUDANTE - É o trabalhador que estagia tre as mercadorias recebidas e as notas de encomenda,
para caixeiro. recibos ou outros documentos e toma nota dos danos e
perdas; orienta e controla a distribuição de mercadorias
CAIXEIRO-ENCARREGADO OU CHEFE DE SEC- pelos setores da empresa, utentes ou clientes; comunica
ÇÃO - É o trabalhador que no estabelecimento ou numa os níveis de “stocks”; promove a elaboração de inventá-
secção do estabelecimento se encontra apto a dirigir o rios e colabora com o superior hierárquico na organiza-
serviço e o pessoal do estabelecimento ou da secção; ção material do armazém.
coordena, dirige e controla o trabalho e as vendas.
INSPETOR DE VENDAS - É o trabalhador que ins-
CHEFE DE COMPRAS - É o trabalhador especialmen- peciona o serviço dos vendedores caixeiros-ajudantes e
te encarregado de apreciar e adquirir os artigos para uso de praça; visita os clientes e informa-se das sua neces-
e venda no estabelecimento. sidades; recebe as reclamações dos clientes, verifica a
ação dos seus inspecionados pelas notas de encomenda,
CHEFE DE VENDAS - É o trabalhador que dirige, co- auscultação da praça, programas cumpridos, etc.
ordena ou controla um ou mais setores de vendas da
empresa. PRATICANTE - É o trabalhador com menos de 18 anos
de idade que no estabelecimento está em regime de
CONFERENTE - É o trabalhador que verifica, controla aprendizagem.
e, eventualmente, regista a entrada e ou saída de merca-
dorias, instrumentos e materiais do armazém. PROMOTOR DE VENDAS - É o trabalhador que, atu-
ando em pontos diretos e indiretos de consumo, procede
DEMONSTRADOR - É o trabalhador que faz demons- no sentido de esclarecer o mercado com o fim específico
trações de artigos em estabelecimentos industriais, em de incrementar as vendas da empresa.
exposições ou no domicílio, antes ou depois da venda.

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PROSPETOR DE VENDAS - É o trabalhador que ve- APONTADOR - É o trabalhador que executa folhas de
rifica as possibilidades do mercado nos seus vários as- ponto e de ordenados e salários da obra, o registo de
petos e preferências, poder aquisitivo e solvabilidade, entradas, consumos e saídas de materiais, ferramentas
estuda os meios eficazes de publicidade de acordo com e máquinas e, bem assim, o registo de quaisquer ou-
as características do público a que os produtos se des- tras operações efetuadas nos estaleiros das obras ou em
tinam, observa os produtos quanto à sua aceitação pelo qualquer estaleiro da empresa.
público e a melhor maneira de os vender. Pode eventu-
almente organizar exposições. ARMADOR DE FERRO - É o trabalhador que, exclu-
siva ou predominantemente, executa e coloca as arma-
VENDEDOR - É o trabalhador que, predominantemente duras para betão armado a partir da leitura do respetivo
fora do estabelecimento, solicita encomendas, promo- desenho em estruturas de pequena dimensão.
ve e vende mercadorias por conta da entidade patronal.
Transmite as encomendas ao escritório central ou de- ARVORADO - É o trabalhador que, possuindo conheci-
legações a que se encontre adstrito e envia relatórios mentos técnicos de mais do que uma profissão comuns
sobre as transações comerciais que efetuou. Pode ser à atividade de construção civil, chefia e coordena em
designado de: pequenas obras, várias equipas da mesma ou diferen-
tes profissões. Na atividade em obra procede à leitura
a) VIAJANTE - Quando exerce a sua atividade numa e interpretação de desenhos e às respetivas marcações,
zona geográfica determinada fora da área definida sendo igualmente responsável pelo aprovisionamento
para o caixeiro de praça; da mesma.
b) PRACISTA - Quando exerce a sua atividade na área
onde está instalada a sede da entidade patronal e ASSENTADOR DE AGLOMERADOS DE CORTIÇA -
concelhos limítrofes; É o trabalhador que, exclusiva ou predominantemente,
c) CAIXEIRO DE MAR - Quando se ocupa do forneci- assenta revestimentos de cortiça e seus derivados.
mento para navios.
ASSENTADOR DE ISOLAMENTOS TÉRMICOS E
VENDEDOR ESPECIALIZADO OU TÉCNICO DE ACÚSTICOS - É o trabalhador que executa a montagem
VENDAS - É o trabalhador que vende mercadorias cujas em edifícios e outras instalações de materiais isolantes
características e ou funcionamento exijam conhecimen- com o fim de regularizar temperaturas e eliminar ruídos.
tos especiais.
ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS - É o trabalha-
dor que assenta revestimentos diversos, tais como pa-
C – Construção civil e obras públicas pel, alcatifas, plásticos e equiparados.

AFAGADOR-ENCERADOR - É o trabalhador que des- ASSENTADOR DE TACOS - É o trabalhador que ex-


basta, afaga, betuma, dá cor, encera, enverniza e limpa clusiva ou predominantemente executa betumilhas e
pavimentos de madeira. assenta tacos (ladrilhos de madeira) em pavimentos.

AJUSTADOR-MONTADOR DE APARELHAGEM DE AUXILIAR MENOR - É o trabalhador sem qualquer es-


ELEVAÇÃO - É o trabalhador que, exclusiva ou predo- pecialização profissional com idade inferior a 18 anos.
minantemente, ajusta e monta peças para obtenção de
dispositivos em geral, utilizados para deslocar cargas, BATEDOR DE MAÇO - É o trabalhador que, exclusi-
mas é especializado na ajustagem e montagem de gruas, va ou predominantemente, ajuda o calceteiro, especial-
guindastes, pontes rolantes, diferenciais outros disposi- mente nos acabamentos de calçadas.
tivos similares, o que requer conhecimentos específicos.
CABOUQUEIRO OU MONTANTE - É o trabalhador

CCT / 52 Versão: 2019/07/29


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que, exclusiva ou predominantemente, realiza traba- de betão armado, incluindo, se necessário, as respetivas
lhos de desmonte e preparação de pedras nas pedreiras cofragens, as armaduras de ferro e manipulação de vi-
e nas obras. bradores. Eventualmente, pode manobrar equipamentos
relacionados com o desempenho da sua função.
CALCETEIRO - É o trabalhador que, exclusiva ou pre-
dominantemente, procede ao revestimento e reparação CONDUTOR MANOBRADOR DE EQUIPAMENTO
de pavimentos, justapondo e assentando paralelepípe- DE MARCAÇÃO DE ESTRADAS - É o trabalhador
dos, cubos ou outros sólidos de pedra, utilizando as fer- que a partir da leitura de desenhos/plantas, determina
ramentas apropriadas para o efeito. os locais a pintar e procede à respetiva pré-marcação.
Pode ainda formar motivos decorativos, por assenta- Conduz e opera o equipamento acionando e regulando
mento e justaposições de pedra, de vária natureza, tais o mesmo, de modo a efetuar corretamente os trabalhos
como: caravelas, flores, etc. Estuda os desenhos e pro- de sinalização horizontal de estradas ou pistas.
cede aos alinhamentos e marcações necessários para en-
quadramento do molde. CONTROLADOR - É o trabalhador que tem a seu cargo
o controlo de rendimento da sua produção e compara-
CANTEIRO - É o trabalhador que, exclusiva ou predo- ção deste com o previsto, devendo saber interpretar de-
minantemente, executa e assenta cantarias nas obras ou senhos e fazer medições em obras.
oficinas.
CONTROLADOR DE QUALIDADE - É o trabalha-
CAPATAZ - É o trabalhador designado de um grupo de dor que dá assistência técnica na oficina às operações
indiferenciados para dirigir os mesmos. de pré-fabricação de elementos de alvenaria ou outros,
realiza inspeções versando sobre a qualidade do traba-
CARPINTEIRO DE LIMPOS - É o trabalhador que lho executado e controla a produtividade atingida; in-
predominantemente trabalha em madeiras, incluindo os terpreta desenhos e outras especificações referentes aos
respetivos acabamentos no banco de oficina ou na obra. elementos de que se ocupa; submete-os a exames minu-
ciosos em determinados momentos do ciclo de fabrico,
CARPINTEIRO DE TOSCO OU COFRAGEM - É o tra- servindo-se de instrumentos de verificação e medida
balhador que, exclusiva ou predominantemente, execu- ou observando a forma de cumprimento das normas de
ta e monta estruturas de madeira em moldes para fundir produção da empresa; regista e transmite superiormente
betão. todas as anomalias constatadas, a fim de se efetivarem
correções ou apurarem responsabilidades.
CARREGADOR-CATALOGADOR - É o trabalhador
que predominantemente colabora no levantamento, ENCARREGADO DE 1ª - É o trabalhador que além
transporte e arrumação de peças fabricadas e cataloga- de possuir conhecimentos técnicos de todas as tarefas
as; procede ao carregamento e descarregamento de via- comuns às profissões do setor, detém conhecimentos
turas e informa das respetivas posições. genéricos de atividades extra construção civil, nome-
adamente sobre instalações especiais. Além das tare-
CHEFE DE EQUIPA - É o profissional que, executan- fas inerentes à categoria de Encarregado de 2ª, exerce
do tarefas da sua especialidade, quando incumbido para o controle de trabalhos a mais e a menos e controla a
tal, chefia um conjunto de trabalhadores da mesma pro- qualidade e quantidade das atividades próprias e de su-
fissão e outros indiferenciados. bempreiteiros.

CHEFE DE OFICINA - É o trabalhador que exerce fun- ENCARREGADO DE 2ª - É o trabalhador que, possuin-
ções de direção e chefia das oficinas da empresa. do conhecimentos de todas as tarefas comuns à ativi-
dade de construção civil, chefia uma frente de trabalho
CIMENTEIRO - É o trabalhador que executa trabalhos ou obra de pequena dimensão e reduzida complexidade

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técnica. No decurso da obra, procede à leitura e inter- que, exclusiva ou predominantemente, executa assen-
pretação de desenhos e às respetivas marcações, bem tamentos de ladrilhos, mosaicos, azulejos ou similares.
como ao aprovisionamento da mesma. Responsabiliza-
se pela organização de estaleiros de obra e pela gestão MARMORITADOR - É o trabalhador que, exclusiva ou
de equipamentos. Controla o fabrico de materiais em predominantemente, executa revestimentos com mar-
obra e a qualidade dos materiais de construção. morite.

ENCARREGADO FISCAL OU VERIFICADOR DE MARTELEIRO - É o trabalhador que, com caráter exclu-


QUALIDADE - É o trabalhador que, mediante caderno sivo, manobra martelos, perfuradoras ou demolidores,
de encargos, verifica a execução da obra. de acordo com especificações verbais ou desenhadas.

ENCARREGADO GERAL - É o trabalhador que, pos- MINEIRO - É o trabalhador que predominantemente re-
suindo conhecimentos técnicos sobre atividades extra e aliza trabalhos de abertura de poços ou galerias.
comuns à atividade de construção civil, chefia uma obra
de grande dimensão e complexidade, ou coordena si- MONTADOR DE ANDAIMES - É o trabalhador qua-
multaneamente várias obras. Além das tarefas inerentes lificado, capaz de efetuar, de forma autónoma e com
à categoria profissional de Encarregado de 1ª, é respon- competência, todos os trabalhos relativos à montagem,
sável pelo planeamento, gestão e controle de obras. modificação e desmontagem de andaimes em tubos me-
tálicos e outros andaimes homologados em estaleiros ou
ENFORMADOR DE PRÉ-FABRICADOS - É o traba- edifícios.
lhador que obtém elementos de alvenaria, tais como Participa na organização do estaleiro e na sua seguran-
paredes, lajes e componentes para escadas por molda- ça.
ção em cofragens metálicas, onde dispõe argamassas, Participa nos trabalhos de medição e de planificação das
tijolos, outros materiais e vários acessórios, segundo as operações para a montagem, a modificação e desmon-
especificações técnicas recebidas. tagem dos andaimes. Controla o equipamento e escolhe
elementos de montagem, tubos e guarnições e outros
ENTIVADOR - É o trabalhador que exclusiva ou pre- elementos auxiliares e materiais. Desenha esboços sim-
dominantemente executa entivações e escoramentos de ples e lê planos de construção. Efetua trabalhos, a fim
terrenos, quer em céu aberto quer em galerias ou poços. de assegurar um apoio e uma ancorarem de andaimes de
trabalhos, de proteção e de suporte. Monta, modifica e
ESPALHADOR DE BETUMINOSOS - É o trabalhador desmonta andaimes de trabalho, de proteção e de supor-
que, exclusiva ou predominantemente, rega ou espalha te, recorrendo a elementos de montagem, tubos e guar-
betuminosos. nições. Monta, modifica e desmonta andaimes “cantile-
ver”, andaimes de teto, suspensos e outros sistemas de
ESTUCADOR - É o trabalhador que trabalha em esbo- andaimes homologados. Monta e desmonta aparelhos
ços, estuques, lambris e respetivos acabamentos. de elevação.
Coloca, fixa e retira revestimentos de proteção nos an-
FINGIDOR - É o trabalhador que, exclusiva ou predo- daimes. Opera e efetua a manutenção dos elementos do
minantemente, imita com tintas madeira ou pedra. andaime, das ferramentas e aparelhos utilizados. Regis-
ta os dados técnicos e relata sobre o desenrolar do traba-
IMPERMEABILIZADOR - É o trabalhador que, exclu- lho e os resultados do mesmo.
siva ou predominantemente, executa trabalhos especia-
lizados de impermeabilização, procedendo também ao MONTADOR DE CAIXILHARIA - É o trabalhador que
fecho das juntas. executa unicamente trabalhos relacionados com a mon-
tagem de caixilhos, janelas e portas em madeira, alu-
LADRILHADOR OU AZULEJADOR - É o trabalhador mínio ou PVC, sem que tenha de proceder a qualquer

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modificação nos elementos, com exceção de pequenos nutenção de infra estruturas ferroviárias, assegurando,
acertos. sempre que necessário, a vigilância da mesma e a pro-
teção dos trabalhos. Dá ainda apoio na operação das
MONTADOR DE CASAS PRÉ-FABRICADAS - É o máquinas pesadas de via. Poderá executar as tarefas de
trabalhador que procede à montagem de casas pré-fa- «piloto de via interdita».
bricadas e aos trabalhos inerentes à sua implantação e
execução integral. OFICIAL PRINCIPAL - É o trabalhador que executa ta-
refas inerentes à sua profissão, a quem se reconhece um
MONTADOR DE COFRAGENS - É o trabalhador que nível de conhecimentos e polivalência superior às exi-
em obra efetua operações de manobra, acerto, aprumo gíveis para o oficial de 1ª, podendo, em obras de peque-
e ajuste de moldes de outros elementos que constituirão na dimensão, ter a seu cargo um ou mais trabalhadores
as cofragens metálicas, de madeira ou mistas recuperá- indiferenciados.
veis e estandardizadas, onde vai ser fundida a alvenaria
de betão, utilizando ferramentas manuais e mecânicas. PEDREIRO - É o trabalhador que, exclusiva ou predo-
minantemente, aparelha pedra em grosso e executa al-
MONTADOR DE ELEMENTOS PRÉ-FABRICADOS venarias de tijolo, pedra ou blocos; pode também fazer
- É o trabalhador que colabora na deposição, nivela, assentamentos de manilhas, tubos ou cantarias, rebocos
apruma, implanta e torna solidários por amarração e be- e outros similares ou complementares.
tumagem os vários elementos pré-fabricados com que
erige edificações, para o que utiliza esteios, níveis, pru- PINTOR - É o trabalhador que, predominantemente,
mos e pilões. prepara e executa qualquer trabalho de pintura em ofici-
na e nas obras, podendo eventualmente assentar vidros.
MONTADOR DE ESTORES - É o trabalhador que, ex-
clusiva ou predominantemente, procede à montagem de PINTOR DECORADOR - É o trabalhador que, exclusi-
estores. va ou predominantemente, executa decorações de tinta
sobre paredes ou tetos de qualquer espécie.
MONTADOR DE MATERIAL DE FIBROCIMENTO -
É o trabalhador que, exclusiva ou predominantemente, SONDADOR - É o trabalhador que, exclusiva ou predo-
independemente ou em grupo, prepara e aplica, quer minantemente, manobra sondas e faz recolha de amos-
tubos quer chapas de fibrocimento, regendo-se pelas tras.
diretrizes que lhe são transmitidas e pela leitura de de-
senhos. Executa os trabalhos inerentes à montagem de TÉCNICO ADMINISTRATIVO DE PRODUÇÃO - É
material de fibrocimento e seus acessórios e orienta o o trabalhador que, para além das tarefas próprias dos
pessoal de serventia. Apontadores, executa outras tarefas, de caráter admi-
nistrativo, que variam consoante a natureza e importân-
MONTADOR DE PRÉ-ESFORÇADOS - É o trabalha- cia da obra ou estabelecimento onde trabalha, nomea-
dor que arma e instala, em construções civis ou obras damente: redige relatórios, cartas e outros documentos
públicas, vigas, asnas e outros elementos estruturais relativos à obra ou estabelecimento, manualmente ou à
de betão armado, aplicando-lhes, por meio de cabos de máquina, dando-lhes o seguimento apropriado; exami-
aço, as tensões previamente especificadas, para o que na a correspondência recebida, classifica-a e compila os
utiliza equipamento apropriado. dados necessários para as respostas; organiza ficheiros
de guias de remessa de materiais, máquinas e ou equi-
OFICIAL DE VIAS FÉRREAS - É o trabalhador que, pamentos, para posterior conferência e classificação
manuseando os equipamentos ligeiros e as ferramentas das respetivas faturas; prepara e codifica elementos de
adequadas, executa, manual ou mecanicamente, todas “input” para tratamento informático; participa na confe-
as tarefas específicas da atividade de construção e ma- rência e análise de “outputs”, podendo elaborar dados

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estatísticos (indicadores de gestão) para informação da utilização dos equipamentos em estaleiro/oficina.


direção; responde pelo preenchimento de formulários
oficiais, para obtenção de licenças exigidas pela obra TRATORISTA - É o trabalhador que, exclusiva ou pre-
(tapumes, ocupações em via pública, tabuletas, liga- dominantemente, conduz e manobra todos os tratores.
ções às redes, etc.) procedendo ao resgate dos respeti-
vos depósitos; findos os trabalhos, efetua as operações TROLHA OU PEDREIRO DE ACABAMENTOS - É o
inerentes ao controlo, manutenção e reparação do equi- trabalhador que, exclusiva ou predominantemente, exe-
pamento administrativo à carga da obra; supervisiona cuta alvenarias de tijolos ou blocos, assentamentos de
na montagem, funcionamento e manutenção das insta- manilhas, tubos, mosaicos, azulejos, rebocos, estuques
lações sociais da obra ou estaleiro, designadamente ca- e outros trabalhos similares ou complementares.
sernas, sanitários, refeitórios e cozinhas, zelando pelo
respetivo equipamento; elabora processos de instrução VIBRADORISTA - É o trabalhador que predominante-
preliminar, no âmbito do exercício do poder disciplinar mente homogeneiza e compacta massas de betão fresco
da empresa. incorporado em elementos constituintes de obras pú-
Para além das tarefas acima descritas, pode coordenar, blicas, transmitindo vibrações ao material por meio de
dirigir e controlar o trabalho dos Apontadores da obra dispositivos mecânicos que maneja. Quando não haja
ou estabelecimento. trabalho da sua especialidade, pode auxiliar outros ofi-
ciais.
TÉCNICO DE OBRA/CONDUTOR DE OBRA - É o tra-
balhador que identifica o projeto, o caderno de encargos VULCANIZADOR - É o trabalhador que tem como
e plano de trabalho da obra e determina a sequência das funções executar, reparar, modificar ou montar peças
diversas fases de construção. Identifica os materiais de em borracha ou materiais afins e, ainda, revestir peças
construção e tem conhecimento das técnicas e da sua metálicas.
aplicação. Organiza o estaleiro, mede os trabalhos rea-
lizados, determina os tempos e orçamenta trabalhos de
construção civil. D – Agente técnico de arquitetura e engenharia/
construtores Civis
TÉCNICO DE OBRA ESTAGIÁRIO - É o trabalhador
que, ao nível da função exigida, faz tirocínio para in- AGENTE TÉCNICO DE ARQUITETURA E ENGE-
gresso na categoria de técnico de obra. A partir de orien- NHARIA/CONSTRUTOR CIVIL - É o trabalhador que
tações dadas, executa trabalhos auxiliares, coadjuvando estuda, projeta, realiza, orienta e fiscaliza trabalhos de
os técnicos. engenharia, arquitetura, construção civil, instalações
técnicas e equipamentos, aplicando conhecimentos te-
TÉCNICO DE RECUPERAÇÃO - É o trabalhador que óricos e práticos da profissão. Pode especializar-se em
identifica os problemas subjacentes à área a restaurar diversas tarefas específicas, tais como: condução e di-
(azularia, cantaria, estuques, pintura mural). Propõe reção de obras; fiscalização e controlo; chefia de esta-
metodologias de intervenção e seu faseamento; identi- leiros; análise de custos e orçamentos; planeamento e
fica materiais e equipamentos e estabelece o respetivo programação; preparação de trabalho; topografia; pro-
orçamento e prazos a cumprir, tendo em vista restaurar jetos e cálculos; assistência e secretariado técnico. Os
e manufaturar, podendo gerir pequenas equipas. trabalhadores construtores civis poderão ser distribuí-
dos pelos seguintes graus profissionais:
TÉCNICO DE RECUPERAÇÃO ESTAGIÁRIO - É o
trabalhador que executa, sob orientação do Técnico de Grau I - É o profissional que executa trabalho técnico
Recuperação, consoante os graus, funções de diferentes de rotina no âmbito da sua formação e habilitação pro-
níveis de dificuldade, quer no que concerne ao conheci- fissional; o seu trabalho é revisto quanto à precisão ade-
mento dos materiais, quer no adestramento manual e de quada e quanto à conformidade com os procedimentos

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prescritos; dá assistência técnica a outros técnicos mais dernos de encargos, orienta os trabalhos numa ou mais
qualificados. obras, interpretando as diretivas e adotando-as aos con-
dicionalismos e circunstâncias próprias de cada obra, de
Grau II - É o profissional que utiliza a técnica corrente harmonia com o projeto e com o programa de realização
para a resolução de problemas; as decisões situam-se, estabelecido; pode colaborar em ações de organização
em regra, dentro da orientação estabelecida pela entida- no âmbito da sua atividade.
de diretiva; pode dirigir e verificar o trabalho de outros
profissionais; o seu trabalho não é normalmente super- AUXILIAR DE MONTAGENS - É o trabalhador que,
visionado em pormenor. para além das tarefas inerentes à categoria de Servente,
colabora com os profissionais Eletricistas, nomeada-
Grau III - É o profissional que executa trabalhos de mente subindo a postes, torres ou pórticos de subesta-
responsabilidade e participa em planeamento e coorde- ções a fim de colocar isoladores, ferragens ou outros
nação; toma decisões de responsabilidade; orienta, pro- acessórios; ajuda na moldagem e montagem de tubos,
grama, controla, organiza, distribui e delineia trabalho. calhas ou esteiras; efetua a pintura das torres; coadjuva
Revê e fiscaliza trabalho e orienta outros profissionais. os Eletricistas Montadores na execução e estabilização
Faz recomendações geralmente revistas quanto ao va- dos postes e torres AT e BT, e na passagem de cabos-
lor dos pareceres, mas aceites quanto ao rigor técnico e guia ou condutores ou cabos de guarda às roldanas. Pro-
exequibilidade; os trabalhos são-lhe entregues com sim- cede à preparação de massa isolante e faz o respetivo
ples indicação do seu objetivo de prioridades relativas e enchimento das caixas subterrâneas; efetua tarefas de
de interferências com outras realizações. Dá indicações desrame e desmatação na faixa de proteção às linhas
em problemas técnicos; responsabiliza-se por outros aéreas; pode proceder a trabalhos menos complexos de
profissionais. desenrolamento.

AUXILIAR TÉCNICO - É o trabalhador que não detém


E – Eletricistas experiência nem conhecimentos técnicos que lhe permi-
tam desempenhar a totalidade ou a maioria das tarefas
AJUDANTE - É o trabalhador que completou a sua previstas para o Oficial Eletricista e, em particular, é o
aprendizagem e coadjuva os trabalhadores de categoria trabalhador que detém como função exclusiva ou pre-
superiores, preparando-se para ascender à categoria de dominante a execução de algumas tarefas com caráter
pré-oficial. repetitivo e para as quais se não exigem grandes conhe-
cimentos técnicos.
APRENDIZ - É o trabalhador que, sob a orientação per-
manente de um oficial, faz a aprendizagem da profissão. CHEFE DE EQUIPA - É o trabalhador que executa e é
responsável pelos trabalhos da sua especialidade sob as
ASSISTENTE TÉCNICO (Grau II e I) - É o trabalha- ordens do encarregado, podendo substituí-lo nas suas
dor que, ao nível exigido de conhecimentos e experiên- ausências, e dirige os trabalhos de um grupo de operá-
cia profissional específica, colabora com profissionais rios eletricistas.
mais qualificados (engenheiros e engenheiros técnicos)
no âmbito da sua especialidade e se ocupa fundamen- ENCARREGADO - É o trabalhador que controla, coor-
talmente de: programação, coordenação e orientação dena e dirige os serviços nos locais de trabalho. Pode, se
de trabalhos de montagem, conservação, ensaio, veri- for caso disso, executar tarefas da sua profissão.
ficação e ajuste de equipamentos ou instalações. No-
meadamente desenvolve esquemas elétricos, elabora OFICIAL - É o trabalhador que executa todos os traba-
nomenclaturas e especificações técnicas dos materiais lhos da sua especialidade e assume a responsabilidade
e equipamentos, podendo controlar a sua aquisição; ela- dessa execução. Pode ser coadjuvado por trabalhadores
bora propostas técnico-comerciais de acordo com os ca- de categorias inferiores.

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OFICIAL PRINCIPAL (critérios para atribuição deste G – Escritório


grau) - Designação exclusivamente utilizável para efei-
tos internos de cada empresa e atribuível aos trabalha- ANALISTA INFORMÁTICO ORGÂNICO - É o traba-
dores a quem se reconheça um nível de conhecimentos, lhador que desenvolve os fluxogramas e outras especi-
de produtividade e de polivalência superiores aos exigí- ficações constantes do manual de análise de sistemas
veis para Oficial Eletricista. e funcional nas aplicações que melhor possam respon-
der aos fins em vista; determina e analisa as alterações
PRÉ-OFICIAL - É o trabalhador que coadjuva os ofi- aos sistemas já em exploração; prepara ordinogramas e
ciais e que executa trabalhos de menor responsabilida- outras especificações, organizando o manual de análise
de. orgânica ou de aplicações. Pode ser incumbido de diri-
gir e coordenar um grupo de programadores. Faz testes
TÉCNICO OPERACIONAL (Grau II e I) - É o trabalha- para verificar a validade de desenvolvimento que fez
dor que, seguindo orientações técnicas superiores, de- aos fluxogramas e é responsável pela validade de cada
senvolve ações de condução, preparação, coordenação aplicação, incumbindo-lhe, portanto, dirigir e analisar
ou fiscalização e controlo de obras ou de trabalhos de os testes executados pelos programadores.
acordo com desenhos ou projeto executivo e programas
de atividades previamente estabelecidos, devendo para ANALISTA INFORMÁTICO DE SISTEMAS - É o tra-
o efeito possuir conhecimentos de eletricidade, tanto balhador que concebe e projeta os sistemas de tratamen-
práticos como teóricos e utilizar tabelas técnicas e ín- to automático da informação que projeta os sistemas
dices de estatística. Pode orientar trabalhos de monta- de tratamento automático da informação que melhor
gem e instalações de sistemas e equipamentos elétricos respondem aos fins em vista; consulta os utilizadores
e eletrónicos, de alta e baixa tensão, regulação, instru- a fim de recolher os elementos necessários; determina
mentação, sinalização, comando e proteção. Pode pro- a rentabilidade do sistema automático da informação,
ceder a verificação e ensaios, bem como participar na examina os dados obtidos, determina qual a informação
elaboração de propostas técnico-comerciais. Cumpre e a ser recolhida, bem como a sua periodicidade, a forma
faz cumprir as normas de segurança das instalações elé- e o ponto do circuito em que deve ser recolhida; prepara
tricas em vigor. os fluxogramas e outras especificações, organizando o
manual de análise de sistemas e funcional. Pode ser in-
cumbido de dirigir e coordenar a instalação de sistemas
F – Enfermeiros de tratamento automático de informação.

AUXILIAR DE ENFERMAGEM - É o trabalhador que, CAIXA - É