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ACORDO DE EMPRESA

Entre:

A TEIMOC, empresa de TECNOLOGIAS DE INFORMACAO MOC. LDA

Adiante designada por TEIMOC, ou simplesmente Empresa, com sede na Av. 25 de Setembro N°.1383,
Cidade de Maputo, NUIT: 4005001, representada pelo seu Administrador-Delegado, Senhor Carlos
Antonio.

E,

Os Trabalhadores ao seu serviço, representados pelo Secretário do Comité Sindical da Empresa, Senhor
Armando Santos

Considerando que:

1. A produtividade de qualquer empresa é determinada, em boa parte, pelo desempenho dos seus
trabalhadores e pelas relações que estabelecem com a entidade empregadora, sendo factor bastante
importante a valorização do capital humano, resultando na definição dos direitos e deveres das partes;

2. Torna-se imperioso estabelecer os direitos e deveres de ambas as partes no âmbito do


desenvolvimento das suas relações jurídico-laborais de modo a criar um ambiente harmonioso e
adequação das prestações a que estão adstritos;

3. O desempenho, dedicação e colaboração dos trabalhadores depende, dentro de certos limites do


estabelecimento de uma política social e da definição das suas regalias e, bem assim, da indicação
objectiva dos paramentos que regerão a sua vida profissional, desde a sua contratação até à cessação da
relação de trabalho;

4. É do interesse da entidade empregadora o estabelecimento de regras de conduta que respondam,


quer aos objectivos da produção, quer ao bem-estar social dos trabalhadores;

C2 General
5. As partes pretendem que seja formalizada a sua relação jurídico-laboral através da celebração do
presente Acordo de Empresa.

6. É celebrado o presente Acordo de Empresa, abreviadamente denominado por AE ou simplesmente


Acordo, que se regerá pelas cláusulas e condições seguintes:

CAPÍTULO I: ÂMBITO E VIGÊNCIA

CLÁUSULA 1: SUJEITOS
O presente AE é válido e aplicável às relações entre a TEIMOC -TECNOLOGIAS DE INFORMACAO
MOCAMBIQUE e os trabalhadores ao seu serviço e reformados.

CLÁSULA 2 VIGÊNCIA
1. O AE é válido por um período de 12 meses, renovável automaticamente por períodos iguais e
sucessivos, se nenhuma das partes o denunciar.

2. Com antecedência mínima de 90 dias, a parte interessada deverá apresentar, devidamente


fundamentada e por escrito,

a proposta de revisão do AE ou seus anexos, devendo a outra parte responder, também


fundamentando, por escrito, a proposta, nos 30 dias imediatos, contados a partir da data da sua
recepção.

3. Sempre que as partes não acordem prazo diferente, as negociações iniciar-se-ão nos dias seguintes à
recepção da contraproposta, e, deverá a revisão estar concluída, impreterivelmente, até ao termo da
validade do AE ou do anexo objeto de revisão.

4. A revisão dos anexos relativos a retribuições, deverá ter em conta o aumento da produtividade e da
capacidade financeira da empresa, bem como as disposições legais referentes ao salário mínimo
nacional.

C2 General
CAPíTULO II: ADMISSÃO E CARREIRA PROFISSIONAL SECÇÃO I PRINCÍPIOS GERAIS

CLAUSULA 3: ENQUADRAMENTO PROFISSIONAL


1. Os trabalhadores ao serviço da TEIMOC, serão enquadrados de acordo com as funções que cada um
efectivamente exerce, nas categorias profissionais enumeradas e definidas no presente AE e no
Regulamento das Carreiras Profissionais devidamente aprovado e depositado nos órgãos competentes.

2. As categorias profissionais referidas no número anterior e respectivas definições constarão de


documento anexo.

CLASULA 4: GARANTIA DE EXERCÍCIO DE FUNÇÕES


1. O trabalhador deve, em princípio, exercer actividades correspondentes à sua categoria profissional.

2. Pode, porém, a TEIMOC, se o interesse do serviço o exigir, encarregar temporariamente o trabalhador


de tarefas não compreendidas nas suas funções.

SECÇÃO II ADMISSÃO

CLASULA 5: CONDIÇÕES DE ADMISSÃO


1. A TEIMOC pode, sem quaisquer restrições, para além das que resultem da aplicação da lei ou do
presente AE, contratar livremente a força de trabalho de que necessita.

2. Podem ser admitidos como trabalhadores da TEIMOC, os candidatos que satisfaçam,


cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) Ter idade não inferior a 18 anos;

b) Ter como habilitações mínimas a décima segunda classe ou equivalente.

3. A contratação de mão-de-obra nacional e estrangeira pela TEIMOC, carece de consulta prévia ao


Comité Sindical local.

C2 General
4. Todos os trabalhadores da TEIMOC, nacionais e estrangeiros, gozam dos mesmos direitos e estão
sujeitos aos mesmos deveres, independentemente da cor, raça, religião, filiação política, lugar de
nascimento, grau de instrução, e não devem ser discriminados, quer pela Empresa, quer pelos
trabalhadores entre si considerados.

CLÁSULA 6: DURAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO


O contrato de trabalho pode ser celebrado por tempo indeterminado, a prazo certo ou Incerto.

CLASULA 7: CONDIÇÕES DE PREFERÊNCIA


Têm preferência, reunindo as condições gerais de admissão, em igualdade de circunstâncias:

a) Os trabalhadores que tenham estado ao serviço da TEIMOC há pelo menos 2 anos, contratados a
termo, a tempo parcial ou como trabalhadores temporários com boa informação de serviço;

b) Os trabalhadores da TEIMOC incapacitados, mediante confirmação da Junta Nacional de Saúde da


reaquisição de capacidade para o trabalho.

CLAUSULA 8 PERÍODO PROBATÓRIO


1. Os contratos de trabalho podem estar sujeitos aos seguintes períodos probatórios que não
excederão:

a) Noventa dias para os trabalhadores não previstos na alínea seguinte;

b) Cento e oitenta dias para os técnicos do nível médio e superior e os trabalhadores que exerçam
cargos de chefia e de direção.

2. O contrato de trabalho a prazo pode estar sujeito a um período probatório que não excede a:

a) Noventa dias nos contratos a prazo certo com duração superior a um ano, reduzindo-se esse período
a trinta dias nos contratos com prazo compreendido entre seis meses e um ano;

C2 General
b) Quinze dias nos contratos a prazo certo com duração até seis meses;

c) Quinze dias nos contratos a termo incerto quando a sua duração se preveja igual ou superior a
noventa dias.

CLÁSULA 9 PROCESSO INDIVIDUAL


A cada trabalhador corresponderá um só processo individual, onde constarão os actos administrativos
relativos à admissão, habilitações, categorias, funções desempenhadas, comissões de serviço,
retribuições, promoções, licenças, registo de parentes a seu cargo, sanções disciplinares e tudo o mais
que lhe diga pessoalmente respeito

SECÇÃO III: PROGRESSÃO NA CARREIRA PROFISSIONAL

CLÁSULA 10: CARREIRA PROFISSIONAL


Aos trabalhadores é garantida uma carreira profissional definida na base do Manual de Carreiras em
vigor na Empresa.

CLÁSULA 11: PROMOÇÕES


1. Os trabalhadores serão promovidos conforme a política ide carreiras definida no Manual das Carreiras
em vigor iria Empresa.

2. A promoção deverá ter em conta o resultado positivo ida avaliação de desempenho do respectivo
trabalhador.

3. A avaliação de desempenho deverá ser aprovada pelo competente superior hierárquico e com o
parecer do Comité Sindical local.

CLÁUSULA 12: PADRÕES DE DESEMPENHO


A TEIMOC, poderá definir através de um instrumento específico, padrões de desempenho para cada
trabalhador ou grupo jde trabalhadores com base em objectivos a atingir em cada período.

C2 General
CLAUSULA 13: CRITÉRIOS DE ACESSO AS FUNÇÕES TÉCNICAS DE GRAU SUPERIOR
1. O acesso às funções técnicas de grau superior é mediante a realização de um concurso.

2. Após a admissão nas funções técnicas de grau superior o trabalhador deverá realizar um estágio, cuja
duração não deverá exceder 12 (doze) meses, sem prejuízo de o trabalhador ter desde logo, direito à
retribuição correspondente a categoria.

3. Entende-se por função técnica de grau superior o desempenho de tarefas específicas cujo exercício
exija formação académica superior.

4. O período de estágio conta para efeitos de antiguidade.

5. O trabalhador manterá a categoria de origem e a respectiva retribuição, caso não obtenha


classificação necessária para ingressar na função técnica de grau superior por este almejado.

CLAUSULA 14: CRITÉRIOS PARA O PREENCHIMENTO DE VAGAS


1. No preenchimento de vagas criadas no quadro de pessoal da TEIMOC, dar-se-á preferência aos
trabalhadores com funções de nível imediatamente inferior, tendo em conta:

a) A competência profissional;

b) Informação positiva sobre o seu desempenho na anterior categoria;

c) A antiguidade na Empresa.

2. Será igualmente, critério de preferência, o teor dos cursos de formação académica e profissional
relativamente à vaga a ser preenchida.

CLÁUSULA 15: FUNÇÕES DE DIRECÇÃO E DE CHEFIA

C2 General
1. Os trabalhadores nomeados para funções de Direcção ou Chefia cumprirão, o mandato de acordo
com os princípios da gestão corporativa.

2. O desempenho de cargos de direcção e chefia em regime de substituição, interinidade ou em


acumulação de funções, deverá conferir direito a urna retribuição suplementar, nos termos e condições
legalmente estabelecidos.:

3. O trabalhador que seja nomeado para exercício de cargo de chefia ou de confiança auferirá a
remuneração correspondente a esse cargo, mesmo que cesse o desempenho de tais funções, contanto
que, tenha permanecido no cargo pelo menos 5 anos consecutivos ou 8 anos interpolados.

CLÁUSULA 16: SUBSTITUIÇÕES E INTERINIDADE DE FUNÇÕES


1. Entende-se por substituição o exercício de actividades que se verifica enquanto o outro trabalhador
substituído, mantém o direito ao lugar.

2. 0 desempenho de função ou cargo em regime de substituição por período igual ou superior a trinta
dias até dois anos ou em regime de interinidade, dá direito a receber a remuneração dessa ocupação ou
cargo enquanto durar o desempenho, excepto se o trabalhador já auferia uma remuneração superior,
caso em que terá direito a um acréscimo correspondente a 25% do salário base devido pelo cargo.

3. Aplicar-se-á o disposto no número anterior, aos adjuntos ou subchefes sempre que exerçam as
funções de titular por período superior a 90 dias ,e inferior a 180 dias, período passado o qual o
Conselho de Administração deverá nomear o novo titular do cargo.

4. A interinidade ou substituição efectiva-se depois de o trabalhador ser devidamente comunicado por


escrito.

SECÇÃO IV: TRANSFERÊNCIAS

CLÁUSULA 17: TRANSFERÊNCIAS


1. A TEIMOC pode transferir, qualquer trabalhador para outro posto ou local de trabalho, quando
circunstâncias o justifiquem.

C2 General
2. Nas transferências que importem deslocação do trabalhador de uma localidade para outra,
implicando mudança do seu domicílio, procurar-se-á atender às circunstâncias que envolvam a situação
pessoal do trabalhador a transferir, conciliando o interesse de ambas as partes.

3. A transferência para outra localidade distinta do domicílio do trabalhador deve ser comunicada com
antecedência mínima de 60 dias.

4. Sempre que houver lugar a transferência prevista nos números anteriores a TEIMOC custeará o
alojamento e o transporte para o trabalhador e respectivo agregado familiar, assim como outras
despesas decorrentes daquela deslocação, devidamente comprovadas.

5. Se da transferência resultar mudança significativa do seu conteúdo funcional, será garantido ao


trabalhador uma

formação adequada às novas funções que lhe forem cometidas.

6. No caso de encerramento de estabelecimento que provoque a transferência total ou parcial! dos


trabalhadores para outra localidade e não havendo concordância dos mesmos, poder-se-á optar pela
rescisão do contrato, nos termos da lei.

CLÁUSULA 18: TRANSFERÊNCIA POR MOTIVO DE SAÚDE


1. Qualquer trabalhador pode, por motivo de saúde devidamente comprovado, mediante a
apresentação de atestado médico, pedir a transferência para outro posto ou local de trabalho, dentro
da mesma localidade ou para outra localidade.

2. Havendo desacordo entre a entidade empregadora e o trabalhador, qualquer das partes pode
recorrer à Junta Nacional de Saúde, se não estiver em serviço a Junta médica da TEIMOC.

CLÁUSULA 19: PRIORIDADE NO PREENCHIMENTO DE VAGAS POR TRANSFERÊNCIA


Nos pedidos de transferência para preenchimento de vagas, reunidos os requisitos a que se refere a
cláusula 14, atender-se-á a seguinte ordem:

C2 General
a) Razões de saúde do trabalhador ou de qualquer membro do seu agregado familiar devidamente
comprovadas pela Junta Nacional de Saúde;

b) Residência do agregado familiar do trabalhador, a seu cargo, na localidade para onde a transferência
é solicitada;

c) Exercício da actividade profissional por parte do cônjuge na localidade solicitada e sem possibilidade
de transferência daquele;

d) Residência dos ascendentes de primeiro grau do trabalhador ou do seu cônjuge na localidade para
onde pretende transferir-se ou

e) Necessidade de continuar os estudos.

CLAUSULA 20: TRANSFERÊNCIA ENTRE GRUPOS OCUPACIONAIS


1. A TEIMOC pode transferir qualquer trabalhador de um grupo para outro.

2. Da transferência não pode resultar a diminuição do salário nem das condições de acesso a qualquer
direito.

CAPÍTULO III: DIREITOS, DEVERES E GARANTIAS

CLAUSULA 21: DIREITOS DOS TRABALHADORES


Aos trabalhadores, em geral] são garantidos os direitos consignados na lei e nas demais normas internas
da TEIMOC.

CLÁUSULA 22: DEVERES DOS TRABALHADORES


Para além dos deveres previstos rio artigo 58 da Lei do Trabalho em vigor, também constituem deveres
dos^ trabalhadores, nomeadamente:

C2 General
a) Exercer de forma idónea, diligente, assídua, pontual e conscienciosamente as suas funções, segundo
as normas e instruções recebidas e com observância das regras legais e usuais da deontologia da
profissão e das relações de trabalho;

b) Respeitar e tratar com urbanidade e lealdade os superiores hierárquicos, os colegas de trabalho e as


demais pessoas com as quais se relacione no desempenho da sua actividade;

c) Guardar sigilo profissional;

d) Velar pela conservação dos bens relacionados com o seu trabalho;

e) Não praticar qualquer acto susceptível de prejudicar a TEIMOC;

f) Não exercer quaisquer actividades que directa ou indirectamente possam concorrer com as
actividades da TEIMOC sem prévia autorização;

g) Cumprir com todas as obrigações decorrentes da lei, deste AE, dos regulamentos e instruções da
TEIMOC; e

h) Informar o superior hierárquico das deficiências detectadas e que possam afectar o normal
funcionamento dos serviços.

CLÁUSULA 23: SALVAGUARDA DA RESPONSABILIDADE DO TRABALHADOR


O trabalhador pode, para salvaguardar a sua responsabilidade, requerer por escrito que as instruções
sejam confirmadas, também por escrito, nos casos seguintes:

a) Quando haja motivo para duvidar da sua autenticidade;

b) Quando as julgue ilegítimas ou ilegais;

C2 General
c) Quando verifique ou presuma que foram dadas em virtude de qualquer procedimento doloso ou de
errada informação; ou

d) Quando da sua execução possa recear prejuízos que presuma não terem sido previstos. -

CLAUSULA 24: DEVERES DA EMPRESA


1. São deveres da Empresa, designadamente:

a) Proporcionar aos trabalhadores boas condições de higiene, comodidade, salubridade e segurança no


trabalho, especialmente no que diz respeito a ventilação e iluminação dos locais de trabalho, de modo a
reduzir a fadiga e o risco de doenças profissionais ou outras que eventualmente possam ser provocadas
pelo meio ambiente viciado;

b) Adoptar medidas técnico-organizativas que garantam a boa execução do trabalho, com vista ao
aumento da produtividade e da eficiência;

c) Passar aos trabalhadores, quando da cessação do contrato de trabalho ou sempre que o requeiram,
certificados de que conste o tempo de serviço prestado, funções ou cargo exercidos e outras referências
eventualmente solicitadas pelos interessados;

d) Inscrever-se no INSS - Instituto Nacional de Segurança Social e criar um sistema de segurança social
complementar, para garantir a subsistência material dos

seus trabalhadores em caso de acidente, invalidez e velhice, bem como para a sobrevivência das
respectivas famílias em caso de morte ou invalidez, nos termos do seguro de grupo;

e) Assegurar um tratamento especial ao trabalhador em

caso de atingir a idade de reforma, atribuindo títulos

honrosos e outras formas de reconhecimento pela sua

C2 General
contribuição na Empresa;

f) Assegurar o envolvimento da estrutura representativa dos

trabalhadores na análise e decisão sobre questões sócio

profissionais atinentes a vida dos trabalhadores nacionais

e estrangeiros;

g) Assegurar a massificação da prática desportiva dos

trabalhadores nas várias modalidades, bem como a

realização regular de feiras de saúde;

h) Entregar mensalmente aos trabalhadores, documentos em que conste a categoria e todas as


retribuições e descontos efectuados, com a identificação da sua natureza;

i) Garantir aos trabalhadores, indemnização ou pensão em caso de acidente de trabalho ou doença


profissional;

j) Prestar ao Comité Sindical, quando solicitado, informação e esclarecimentos de natureza sócio


profissional;

k) Dar resposta às petições dos trabalhadores, canalizadas através do Comité Sindical, no prazo máximo
de trinta dias de calendário, contados a partir da data da sua apresentação.

2. É vedado a TEIMOC:

C2 General
a) Opor-se por qualquer forma, a que o trabalhador exerça os seus direitos, individualmente ou através
do Sindicato;

b) Despromover o trabalhador ou diminuir a sua retribuição, salvo nos casos previstos na lei;

c) Exercer pressão de qualquer tipo com vista a levar o trabalhador a actuar de forma desfavorável à dos
outros trabalhadores;

d) Opor-se a que o trabalhador consulte o seu processo individual.

CLAUSULA 25: EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE DO ÂMBITO SINDICAL


1. Aos trabalhadores e às organizações sindicais é garantido, nos termos da lei, o exercício de cargos,
funções e actividades sindicais, dentro ou fora da Empresa.

2. A Empresa colocará à disposição do Comité Sindical instalações para o seu funcionamento, além de
assegurar harmonia e um ambiente saudável nas relações jurídico-laborais.

CAPÍTULO IV: PRESTAÇÃO DE TRABALHO

SECÇÃO I: REGIME DE PRESTAÇÃO DE TRABALHO

CLÁUSULA 26: DURAÇÃO DOS CONTRATOS DE TRABALHO


1. O contrato de trabalho pode ser celebrado por tempo indeterminado, a prazo certo ou incerto.

2. A TEIMOC poderá celebrar contratos a prazo certo para acorrer a necessidade de trabalho
temporário, nomeadamente, para a realização de tarefas definidas ou para substituição de
trabalhadores que; se encontrem ausentes por motivos de doença, férias ou outras razões justificadas.

CLÁUSULA 27: PERÍODOS NORMAIS DE TRABALHO


1. Considera-se período normal de trabalho o número de horas de trabalho efectivo a que o trabalhador
se obriga a prestar ao empregador.

C2 General
2. Os horários diários de trabalho serão organizados de modo que não tenham início antes das 7:00
horas.

CLÁUSULA 28: HORÁRIO DE TRABALHO


1. A TEIMOC, após consulta prévia ao Comité Sindical, pode aplicar e alterar os horários de trabalho
estabelecidos, desde que respeite o número legal de horas de trabalho.

2. Conforme a natureza de actividade, os trabalhadores podem estar sujeitos aos seguintes tipos de
horário:

a) Horário normal: o que é fixado e comum à generalidade dos trabalhadores;

b) Horário flexível: aquele em que os períodos fixos, horário de início, intervalo de descanso e termo são
móveis e fixados de acordo com as necessidades de

serviço.

3. O horário de referência, normal é das 8 as 16 horas, com intervalo de 30 minutos para almoço a partir
das 12 horas.

CLAUSULA 29: HORÁRIO DE TRABALHO ESPECIAL


1. Sem prejuízo do que estabelece a cláusula anterior, o horário dos trabalhadores dos serviços
comerciais, dos peritos que desempenham funções predominantemente externas, à excepção dos
colaboradores e do pessoal dos serviços de manutenção e assistências, será fixado segundo as
conveniências de serviço.

2. Os trabalhadores poderão per horário fixado segundo a conveniência de serviço, em regime de


turnos, sem prejuízo do que estabelece a cláusula 26.

CLAUSULA 30: TRABALHO NOCTURNO

C2 General
1.A TEIMOC, ouvido o Comité Sindical local, sempre que se mostrar necessário, pode estabelecer
horários de trabalho por turnos de conformidade com o estabelecido no artigo 92 da Lei do Trabalho.

2.Para efeitos deste AE, considera-se nocturno o trabalho prestado no período que decorre entre as 20
horas de um dia até a hora normal de início do trabalho do dia seguinte.

CLAUSULA 31: HORÁRIO POR TURNOS


1. Sempre que necessário, podem ser estabelecidos horários de trabalho por turnos para além dos
referidos no número 2 da cláusula 28.

2. Os dias de descanso dos trabalhadores deverão coincidir, na medida do possível, com o Sábado e
Domingo.

CLÁUSULA 32: TRABALHO EXTRAORDINÁRIO


1. Considera-se extraordinário o trabalho prestado para além do período diário normal de (trabalho.

2. Não se compreende na noção de trabalho extraordinário, o prestado por trabalhadores isentos de


horário em dia normal de trabalho.

3. O trabalho extraordinário só pode ser prestado quando haja necessidade de fazer face a acréscimos
ocasionais de trabalho ou se verifiquem motivos ponderosos.

4. A prestação de trabalho extraordinário tem de ser prévia e expressamente determinada, e autorizada


pela Empresa, sob pena de não ser exigível o respectivo pagamento.

5. O encerramento do movimento diário fora das horas normais de trabalho, pelos serviços de
tesouraria e contabilidade, só em casos excepcionais poderá ser considerado trabalho extraordinário
remunerado.

6. O trabalhador não deverá' exceder o número de horas extraordinárias permitido pela lei.

CLAUSULA 33: TRABALHO EXCEPCIONAL

C2 General
1. A prestação de trabalho excepcional, isto é, em dia dedescanso semanal ou feriado, para além de
folga, conferedireito a uma compensação, calculada em:

a) Um dia completo, quando a sua duração ultrapassar 5 horas;

b) Meio-dia, quando a sua duração não ultrapassa 5 horas e tenha sido, no mínimo de 2 horas.

2. A folga a que o trabalhador tiver direito, nos termos do número anterior, deverá ser gozada num dos
três dias úteis imediatos, salvo acordo entre a TEIMOC e o trabalhador.

3. Os trabalhadores não poderão, no mesmo dia, prestar trabalho excepcional, em número de horas
superior ao período normal de trabalha, exceptuando casos de força maior.

4. A TEIMOC, organizará um registo do trabalho excepcional, que preveja o visto do trabalhador e a


indicação expressa do respectivo fundamento.

CLÁUSULA 34 ISENÇÃO DE HORÁRIO DE TRABALHO


1. Por isenção de horário de trabalho entende-se toda a prestação de trabalho sem fixação das horas de
início e fim do período de trabalho, pressupondo-se sempre que o número de horas é superior ao da
carga horária normal.

2. Estão isentos de horário de trabalho, os trabalhadores que exerçam cargos de direcção, chefia,
inspecção ou outros cujas funções o justifiquem.

3. Os trabalhadores a quem seja autorizada a isenção de horário têm direito a uma retribuição adicional,
que não deverá ser superior a duas horas.

4. Não terão direito à retribuição adicional a que se refere o número anterior os trabalhadores que
exerçam cargos de direcção e.chefia.

5. A isenção de horário de trabalho não prejudica o direito aos dias de descanso semanal e aos feriados.

C2 General
CAPITULO V: RETRIBUIÇÃO DO TRABALHO

CLAUSULA 35: DEFINIÇÃO DE RETRIBUIÇÃO


1. Considera-se retribuição aquilo a que, nos termos do AE, das normas que regem ou dos usos, o
trabalhador tem direito como contrapartida do seu trabalho.

2. A retribuição compreende a remuneração da base e todas as outras prestações regulares e


periódicas. atribuídas em dinheiro ou em espécie.

CLÁUSULA 36: CLASSIFICAÇÃO DA RETRIBUIÇÃO


1. Para efeitos deste AE entende-se por: a) Retribuição - base: a prevista para cada nível (vide anexo);

b) Retribuição mensal efectiva: a retribuição ilíquida recebida pelo trabalhador.

2.A retribuição, mensal efectiva compreende:

a) A retribuição base;

b) Outras prestações pagas mensalmente, de acordo com normas específicas, e com carácter regular e
permanente.

3.Não se consideram para efeitos do número anterior as

remunerações devidas a título de:

a) Trabalho extraordinário e excepcional;

b) Ajuda de custos e outros abonos, nomeadamente os devidos por acréscimos para falhas, viagens,
deslocações, transportes, alojamento e outros da mesma natureza.

C2 General
c) Prestações a título de benefício social;

CLÁUSULA 37: CÁLCULO DE RETRIBUIÇÃO HORÁRIA E DIÁRIA


1. A retribuição horária é calculada segundo a seguinte fórmula:

(Rb x 12) / (52 x n)

Sendo,

Rb o valor da retribuição base, e na duração do período normal de trabalho semanal.

2. A retribuição diária corresponde ao valor de oito horas.

CLÁUSULA 38: RETRIBUIÇÃO DO TRABALHO EXTRAORDINÁRIO E EXCEPCIONAL


1. O trabalho extraordinário deve ser pago com uma importância correspondente à remuneração do
trabalho normal, acrescida de cinquenta por cento, se prestado até às vinte horas, e de cem por cento,
para além das vinte horas até à hora de início do período normal de trabalho do dia seguinte.

2. O trabalho excepcional, prestado em dia de descanso semanal ou feriado, será retribuído da seguinte
forma:

a) Período diurno: acréscimo de 100% sobre a hora normal;

b) Período nocturno: acréscimo de 125% sobre a hora normal.

CLAUSULA 39: SUBSÍDIO DE FÉRIAS

A TEIMOC pagará aos trabalhadores um subsídio de férias correspondente a 100% da sua retribuição
mensal efectiva.

C2 General
CLÁUSULA 40: 13A RETRIBUIÇÃO

1. A TEIMOC pagará no mês de Dezembro uma "13 a retribuição" aos trabalhadores nos termos
seguintes:

a) 100% da sua retribuição mensal efectiva aos trabalhadores que não tenham sofrido qualquer sanção
disciplinar superior a repreensão registada.

b) 80% da sua remuneração mensal efectiva aos trabalhadores que tenham sido penalizados com as
medidas disciplinares de suspensão e multa previstas nas alíneas c) e d) do n° 1 do artigo 63 da Lei do
Trabalho;

c) 60% da sua remuneração mensal efectiva aos trabalhadores que tenham sofrido a medida disciplinar
de despromoção prevista na alínea e) do n° 1 do artigo 63 da Lei do Trabalho.

CLAUSULA 41: FALHAS DE CAIXA


O risco de falhas de caixa dos trabalhadores que exerçam funções de tesoureiro, caixa ou cobrador, bem
como os que procedam a pagamentos ou recebimentos em dinheiro, será coberto por um subsídio de
falhas.

CLÁUSULA 42: DESPESAS COM DESLOCAÇÕES


1. Os trabalhadores que tenham de se deslocar em serviço para fora da localidade em que se situa o
respectivo local de trabalho, ou para o estrangeiro, terão direito ao pagamento das despesas de
transporte, alimentação, alojamento e a receber ajudas de custo nas condições estabelecidas na
Empresa.

2. Mas deslocações em serviço, conduzindo o trabalhador seu próprio veículo ou qualquer outro,
expressamente autorizado peia Empresa, a TEIMOC, comparticipará com 90% do prémio do respectivo
seguro de "danos próprios".

CLAUSULA 43: SUBSÍDIO DE FUNÇÃO

C2 General
Aos trabalhadores que exerçam, de forma efectiva, funções de direcção ou de chefia, será atribuído um
subsídio de função baseado no grau de complexidade, responsabilidade e nível de exigências do
respectivo posto de trabalho.

CLAUSULA 44: DIUTURNIDADE


A Empresa assegura o pagamento do subsídio de Diuturnidade a todos os trabalhadores nos termos
constantes do Manual de Carreiras Profissionais.

CAPÍTULO VI: SUSPENSÃO DA PRESTAÇÃO DE TRABALHO

SECÇÃO I: DESCANSO SEMANAL, FERIADOS E FÉRIAS

CLÁUSULA 45: DESCANSO SEMANAL


Os dias de descanso semanal, salvo estipulação em contrário na lei e neste AE, são o Sábado e Domingo.

CLÁUSULA 46: FERIADOS


Só se consideram feriados obrigatórios, implicando a interrupção da prestação de serviço, aqueles que a
lei expressamente atribua essa qualificação.

CÁUSULA 47 DURAÇÃO DO PERÍODO DE FÉRIAS


Sem prejuízo do regime legal de compensação de faltas, os trabalhadores têm direito anualmente a
férias remuneradas,. gozadas seguida ou interpoladamente, obedecendo aos critérios estabelecidos no
artigo 99 da Lei do Trabalho.

CLÁUSULA 48: MARCAÇÃO DO PERÍODO DE FÉRIAS


1. As férias serão marcadas em cada ano civil, segundo um plano que assegure o funcionamento dos
serviços e permita, rotativamente, a utilização dos meses mais pretendidos pelos trabalhadores.

2. A marcação do período de férias deve ser feita por acordo entre os trabalhadores do mesmo local de
trabalho e a TEIMOC.

C2 General
3. Na falta de acordo, caberá à TEIMOC a marcação de férias.

4. Os trabalhadores pertencentes ao mesmo agregado familiar, que prestem serviço na TEIMOC, têm
direito a gozar férias simultaneamente.

CLÁUSULA 49 ALTERAÇÃO E INTERRUPÇÃO DE FÉRIAS


Nos casos previstos nos números 1 e 2 do artigo 102 da Lei do Trabalho, o trabalhador reiniciará, após o
feriado ou alta, o gozo do período de férias em falta.

CLÁSULA 50: ACUMULAÇÃO DE FÉRIAS


l. As férias serão gozadas no decurso do ano civil em que vencerem, sendo, no entanto, permitido a sua
acumulação até ao limite de trinta dias, mediante acordo escrito entre a trabalhador e a TEIMOC.

2. O trabalhador só poderá acumular férias, por cada doze meses de trabalho efectivo, até ao máximo
de quinze dias.

3. As férias acumuladas devem ser obrigatoriamente gozadas até ao ano em que se perfizerem sessenta
dias de férias.

CLAUSULA 51: ANTECIPAÇÃO DE FÉRIAS


O trabalhador poderá, mediante pedido devidamente justificado, gozar antecipadamente as férias, até
ao limite de trinta dias, contanto que esteja ao serviço, há pelo menos dois anos, e que seja autorizado
para o efeito.

CLÁUSULA 52: RETRIBUIÇÃO DE FÉRIAS NÃO GOZADAS


1. Se por impedimento prolongado, imputável à TEIMOC, o trabalhador não gozar total ou parcialmente
as férias já vencidas, terá direito à retribuição correspondente a esse período e ao respectivo subsídio.

2. Perde os direitos referidos no número anterior e bem assim o direito a férias, por caducidade, o
trabalhador que não gozar as férias, por motivos da . sua exclusiva responsabilidade, no ano ciyil
subsequente àquele em que adquiriu o direito.

C2 General
CLAUSULA 53: FÉRIAS NO ANO DA CESSAÇÃO DE CONTRATO
Cessando o contrato de trabalho por qualquer motivo, incluindo a morte do trabalhador, a entidade
empregadora pagará a

retribuição e o subsídio correspondente ao período de férias vencidas, se o trabalhador ainda não as


tiver gozado, e bem assim a retribuição e o subsídio de férias proporcionais ao tempo de trabalho
prestado no ano da cessação do contrato.

SECÇÃO II FALTAS

CLÁUSULA 54: DEFINIÇÃO DE FALTAS


1. Considera-se falta, a ausência do trabalhador no local de trabalho e durante o período a que está
obrigado a prestar a sua actividade.

2. As ausências do trabalhador por períodos inferiores ao período normal de trabalho a que está
obrigado, serão adicionadas pelos respectivos tempos para determinação dos períodos normais de
trabalhei diário em falta.

CLÁUSULA 55: TIPOS DE FALTAS


As faltas podem ser justificadas ou injustificadas, nos termos definidos na Lei do Trabalho.

CLÁUSULA 56: FALTAS JUSTIFICADAS


1. São consideradas faltas justificadas, nos termos do artigo 103 da Lei do Trabalho, as seguintes:

a) Cinco dias de calendário, por motivo de casamento;

b) Cinco dias, por motivo de falecimento do cônjuge, pai, mãe, filho, irmão, enteado, avós, padrasto e
madrasta;

C2 General
c) Dois dias, por motivo do falecimento de sogros, tios, primos, sobrinhos, netos, genros, noras e
cunhados;

d) Em caso de impossibilidade de prestar trabalho devido a facto não imputável ao trabalhador,


nomeadamente doença ou acidente;

e) As dadas por trabalhadores como mães ou pais acompanhantes dos seus próprios filhos ou outros
menores sob a sua responsabilidade internados em estabelecimento hospitalar;

f) As dadas por convalescença de mulheres trabalhadoras em caso de aborto antes de sete meses
anteriores ao parto previsível;

g) Outras, prévia ou posteriormente autorizadas pelo empregador, tais como para participação em
actividades desportivas e culturais;

h) Por prática de actos necessários e inadiáveis no exercício de funções em organismos sindicais e em


partidos políticos, mediante autorizarão da entidade empregadora;

i) O tempo indispensável a prática de actos necessários e inadiáveis no exercício de cargos municipais,


nos órgãos estatutários dos sindicatos ou ainda no exercício de funções em associações sindicais;

2. São consideradas injustificadas todas as faltas não previstas no número anterior.

3. As faltas justificadas quando previsíveis, devem ser obrigatoriamente comunicadas ao empregador


com antecedência mínima de dois dias.

CLAUSULA 57: COMUNICAÇÃO E PROVA DE FALTAS


1.As faltas justificadas, quando previsíveis, deverão ser obrigatoriamente comunicadas à TEIMOC com
antecedência mínima de 48 horas.

2.Quando sejam imprevisíveis, as faltas justificadas deverão ser comunicadas à TEIMOC logo que
possível, não podendo exceder o prazo de quarenta e oito horas, sob pena de as referidas faltas serem
consideradas injustificadas.

C2 General
3.Em qualquer caso de falta justificada, a TEIMOC, exigirá ao trabalhador a prova dos actos invocados, se
o entender, efectuar diligências que considere necessárias para confirmar a justificação apresentada.

CLAUSULA 58: EFEITOS DAS FALTAS INJUSTIFICADAS


1. As faltas injustificadas determinam sempre a perda de retribuição, desconto nas férias e na
antiguidade do trabalhador, sem prejuízo do eventual procedimento disciplinar.

2. Sem. prejuízo do disposto no número 2 do artigo 55 do presente AE, serão igualmente consideradas
faltas injustificadas os dias que o trabalhador não comparecer ao

trabalho em virtude de detenção ou prisão preventiva, se for condenado por sentença transitada em
julgado.

3. Por cada dia de falta injustificada o salário será descontado na mesma proporção.

SECÇÃO III: SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

CLÁUSULA 59: SUSPENSÃO POR IMPEDIMENTO RESPEITANTE AO TRABALHADOR


1. A relação individual do trabalho considera-se suspensa nos casos em que o trabalhador esteja
temporariamente impedido de prestar trabalho, por facto que não lhe seja imputável, desde que o
impedimento se prolongue por mais de 15 dias, nomeadamente nos seguintes casos:

a) Durante a prestação do serviço militar obrigatório e cível;

b) Durante o período em que o trabalhador se encontre provisoriamente privado de liberdade ou se,


posteriormente, for isento de procedimento criminal ou absolvido.

2. O tempo de suspensão conta para efeitos de antiguidade, conservando o trabalhador o lugar e


continuando sujeito ao dever de lealdade à Empresa;

C2 General
3. O contrato de trabalho caducará no momento em que se torne certo que o impedimento é definitivo
ou noutros casos previstos na lei.

CLAUSULA 60: REGRESSO DO TRABALHADOR


O trabalhador deverá apresentar-se na Empresa, quando o impedimento cesse, no prazo de 5 dias e, no
caso do serviço militar obrigatório, dentro de 90 dias subsequentes, sob pena de incorrer em faltas
injustificadas.

CLÁUSULA 61: LICENÇA SEM RETRIBUIÇÃO


1. A pedido 'do trabalhador, devidamente fundamentado, a entidade empregadora poderá conceder
licença sem retribuição até ao prazo máximo estabelecido pela lei.

2. Durante esse período cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na medida em que
pressuponham a efectiva prestação de trabalho.

CAPÍTULO VII: BENEFÍCIOS SOCIAIS

SECÇÃO I: PRINCÍPIOS GERAIS

CLÁUSULA 62: ÂMBITO


1. Sem prejuízo do disposto na lei, a TEIMOC reconhece e garante os benefícios sociais constantes do
presente AE aos seus trabalhadores no activo e na situação de reforma, bem assim, aos demais titulares
de pensões e subsídios nele previstos.

2. Nos termos do presente AE, considera-se agregado familiar do trabalhador: .

a) Cônjuges;

b) Filhos, enteados e adoptados;

C2 General
c) Outros dependentes devidamente aprovados pelos Serviços de Recursos Humanos, com o parecer do
respectivo Órgão Sindical local.

CLAUSULA 63: TIPOS DE BENEFÍCIOS SOCIAIS


1. A Empresa garante, entre outros, os seguintes benefícios sociais:

a) Constituição de um seguro de grupo a favor dos trabalhadores efectivos.

b) Pensão de reforma e outras regalias no âmbito do Instituto Nacional de Segurança Social e do Seguro
de Grupo;

c) Assistência médica e medicamentosa;

d) Seguro de acidentes de trabalho no trajecto de casa para o serviço e vice-versa, nas condições
definidas em instrumento regulamentar próprio.

2. Os trabalhadores gozam, ainda, em condições definidas em regulamentos específicos, dos seguintes


benefícios:

a) Garantia do pagamento de Impostos;

b) Assegurar a disponibilização do meio de transporte de casa para o serviço e vice-versa e nos locais
onde as condições não o permitam atribuição de subsídio para o efeito;

c) Garantia da comparticipação na alimentação;

d) Em coordenação com o Comité Sindical local, garantia do estabelecimento entre as partes da


aplicação automática da revisão anual do salário dos trabalhadores no âmbito dos parâmetros do CCT -
Conselho Consultivo do Trabalho;

e) Revisão anual da Pensão complementar da TEIMOC, nos termos dos cálculos atuais do ramo vida;

C2 General
f) Participação nos lucros da Empresa, quando decidido pelos órgãos competentes.

SECÇÃO II: SEGURO DE GRUPO

CLAUSULA 64: PLANO DE PREVIDÊNCIA


Com o objectivo de dar cobertura à obrigação a que a alínea a) do número 1 da cláusula anterior faz.
referência, a EMOSE obriga-se a adequá-Io a favor de todos os trabalhadores nos termos' e condições da
Lei do Trabalho e demais legislação aplicável em vigor no País.

CLÁUSULA 65: ÂMBITO DO SEGURO DE GRUPO


O Seguro de Grupo garante os seguintes valores:

a) Capital seguro por morte;

b) Capital seguro por invalidez total e permanente; c)Renda de invalidez; d) Renda vitalícia.

CLÁUSULA 66: PENSÃO DE REFORMA POR INVALIDEZ TOTAL OU PERMANENTE


1. A pensão de reforma por invalidez total ou permanente é servida mensalmente ao trabalhador antes
de atingir a idade de reforma, enquanto este for vivo.

2. A invalidez total e permanente deverá ser confirmada pela Junta Nacional de Saúde ou junta da
empresa e pode ser

decorrente de:

a) Acidente de Trabalho ou doença profissional comprovada, ou

b) Outras razões.

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3. Os trabalhadores na situação referida na alínea b)- do número precedente deverão ter prestado pelo
menos 20 (vinte) anos de serviço na Empresa para poderem beneficiar de pensão de reforma.

CLAUSULA 67: PENSÃO DE REFORMA POR VELHICE


A pensão de reforma por velhice é servida numa base mensal a todos aqueles trabalhadores que se
encontrem numa das seguintes condições:

a) Ter prestado 30 (trinta) anos completos de serviço na TEIMOC;

b)Ter idade legal de reforma por velhice.

SECÇÃO IV: SUBSÍDIO DE LUTO

CLAUSULA 68: BENEFÍCIOS EM CASO DE MORTE


1. Por morte do trabalhador, a TEIMOC garante ao cônjuge sobrevivo e/ou herdeiros legalmente
habilitados, que sejam dependentes do falecido, o pagamento de um subsídio de luto por um período
de seis meses consecutivos, equivalente à remuneração que o trabalhador auferia na data do
falecimento, com efeito a contar do mês seguinte ao da ocorrência da morte.

2.Em caso de morte de um trabalhador ou de .um reformado, a Empresa garante:

a) A aquisição de uma urna;

b) A aquisição de uma coroa de flores.

3.Sempre que possível, apoiar com um meio de transporte aos familiares do falecido, no dia do funeral,
quando tenha lugar a uma distância não superiora 30 km da Empresa.

SECÇÃO V: ASSISTÊNCIA MÉDICA E MEDICAMENTOSA

C2 General
CLÁUSULA 69: LIMITE DE ASSISTÊNCIA
1. A entidade empregadora garante aos seus trabalhadores e respectivos agregados familiares no activo
e na situação de - reforma, nos termos e condições estabelecidas nas normas internas, uma assistência
financeira que cubra as despesas de internamento hospitalar e assistência médica e medicamentosa, de
óculos e próteses, até ao limite de 12 salários por ano, por trabalhador, não podendo, em nenhum caso,
exceder 1.000,000,00MT (um milhão de meticais).

2. A TEIMOC assegura igualmente a assistência médica e medicamentosa ambulatória aos seus


trabalhadores e respectivos agregados familiares, conforme os limites estabelecidos nos termos do
regulamento sobre a matéria.

SECÇÃO VI: OUTRAS REGALIAS

CLÁUSULA 70: PROTECÇÃO SOCIAL DO TRABALHADOR REFORMADO


É da responsabilidade dos Serviços de Recursos Humanos, a articulação de todos os mecanismos, com
vista a passagem do trabalhador à qualidade de reformado.

CLAUSULA 71: (COMUNICAÇÃO)


1. A comunicação da passagem à situação de reforma, deverá ser entregue ao colaborador, com uma
antecedência mínima de 12 meses.

2. A Entrega ao colaborador, da comunicação de passagem à situação de reformado, deverá ser feita


com conhecimento do representante dos trabalhadores na unidade orgânica em que aquele estiver
afecto, nos seguintes moldes:

2.1. Na Sede:

a) Trabalhadores em geral - pelo Director dos Serviços Administrativos;

b) Chefes de Secção e Chefes de Serviços - pelo Director dos Serviços, onde o trabalhador se encontra
afecto;

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c) Directores e Gerentes - pelo Administrador Delegado;

d) Membros do CA - pelo Presidente do Conselho de Administração;

2.2. Nas Dependências: Pelo Gerente da Dependência

CLAUSULA 72: (DIPLOMA DE HONRA)


Aos Trabalhadores reformados, a TEIMOC, garantirá a emissão de diplomas de honra, bem como a
compilação de dados biográficos, nos termos das alíneas a) e b) deste artigo;

a) O diploma de honra do 1° grau será atribuído aos trabalhadores que não tenham sofrido nenhuma
sanção disciplinar ao longo da sua carreira;

b) O Diploma de honra do ,2o grau, será atribuído aos trabalhadores que não tenham sofrido sanção
disciplinar superior a Repreensão Registada.

CLAUSULA 73: (CONFRATERNIZAÇÃO DE DESPEDIDA)


1. A Empresa através da Direcção dos Serviços Administrativos, como forma de valorizar o colaborador,
deverá proporcionar semestralmente, um momento de confraternização aos reformandos, devendo
participar no evento todos os colegas directos do reformado.

2. No acto da homenagem o reformado poderá fazer-se acompanhar do seu cônjuge ou, na ausência
deste, por outro representante da família.

3. No acto da homenagem o reformado poderá fazer-se acompanhar do seu cônjuge ou representante.

4. Como reconhecimento, da dedicação e empenho do trabalhador a Empresa oferecerá ao


homenageado, uma recordação de valor não superior a cinco salários mínimos.

5. Ouvido o Conselho de Administração, a Empresa poderá promover o trabalhador por mérito para uma
ou mais categorias imediatamente superiores.

C2 General
CLAUSULA 74: (PROTECÇÃO)
Não obstante a aquisição da qualidade de reformado, a TEIMOC, deverá garantir a protecção e
manutenção dos direitos adquiridos dos colaboradores reformados.

CLÁUSULA 75: CONDIÇÕES ESPECIAIS EM SEGUROS PRÓPRIOS


Os trabalhadores da TEIMOC, mesmo em situação de reforma, beneficiam de desconto correspondente
a verba de "ENCARGOS" em todos os seguros em nome próprio.

CAPITULO VIII: FORMAÇÃO PROFISSIONAL

CLAUSULA 76: PRINCÍPIO GERAL


A EMOSE proporcionará aos trabalhadores, com a participação activa destes, meios apropriados de
formação académica e profissional, nos termos a serem estabelecidos pelo Conselho de Administração.

CLÁUSULA 77: APERFEIÇOAMENTO E RECONVERSÃO PROFISSIONAL


1. Aos trabalhadores será proporcionada a sua participação em acções de formação específica com vista
ao seu aperfeiçoamento ou sua reconversão.

2. Dos encargos será exigido reembolso ao trabalhador que abandone o quadro de pessoal da EMOSE,
nos termos estabelecidos no regulamento de acesso à formação.

CAPITULO IX: REGIME DISCIPLINAR

CLAUSULA 78: PODER DISCIPLINAR


A EMOSE tem poder disciplinar sobre os trabalhadores que se encontrem ao seu serviço, o qual é
exercido mediante processo disciplinar, salvo nos casos de admoestação verbal e repreensão registada.

CLÁUSULA 79: INFRACÇÃO DISCIPLINAR

C2 General
1. Considerasse infracção disciplinar a violação com culpa, pelo trabalhador, dos deveres que lhe são
impostos por lei, por este AE, por regulamento interno da Empresa ou pelo contrato individual de
trabalho.

2. A TEIMOC poderá rescindir, com justa causa, um ou mais contratos de trabalho quando o
desempenho do trabalhador, apurado segundo os critérios de avaliação anual e/ou padrões de
desempenho fixados nos termos da Cláusula 12 do presente AE, seja negativo.

CLÁUSULA 80 PROCESSO DISCIPLINAR


A aplicação das sanções previstas nas alíneas c), d), e) e f) do n°. 1 artigo 63 da Lei do Trabalho será
obrigatoriamente precedida de processo disciplinar instaurado de acordo com as normas de
procedimento disciplinar.

CLÁUSULA 81: PRESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR


1. O procedimento disciplinar prescreve ao fim de seis meses a contar da data da ocorrência da
infracção ou cessação do contrato.de trabalho.

2. Sob pena de caducidade, p processo disciplinar deve iniciar nos 60 dias subsequentes à data em que a
TEIMOC ou superior hierárquico com competência disciplinar tiver conhecimento da infracção e do
presumível infractor.

CLAUSULA 82: SANÇÕES DISCIPLINARES


A TEIMOC apenas poderá aplicar as sanções disciplinares tipificadas na lei e nos termos nela previstos.

CAPÍTULO X: DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

CLÁUSULA 83: GRUPO DE TRABALHO


1. As partes acordam em constituir um grupo de trabalho com a participação dos respectivos
representantes com os seguintes objectivos:

a) Acompanhar e analisar eventuais problemas decorrentes da aplicação do presente AE;

C2 General
b) Interpretar as disposições deste AE e integrar as suas lacunas.

2. O grupo de trabalho será composto por dois membros de cada parte e mais um eleito por
unanimidade pelos quatro, que será o presidente.

3. As deliberações serão tomadas por maioria e, quanto à integração de lacunas, por unanimidade,
considerando-se, para todos os efeitos, como regulamentação deste AE e serão depositados e
duplicados nos termos da lei.

4. O referido Grupo de Trabalho deverá estar constituído no prazo de 15 dias a partir da data da entrada
em vigor deste AE e manter-se-á em funções até às negociações para a sua revisão.

CLÁUSULA 84: PRINCÍPIO DE BOA FÉ


A TEIMOC e os representantes dos trabalhadores, sua associação ou organismo sindical, obrigam-se a
respeitar, no processo de negociação, os princípios da boa fé, fornecendo à contraparte a informação
necessária, credível e adequada ao bom andamento das negociações e não pondo em causa as matérias
já acordadas.

CLAUSULA 85: RESOLUÇÕES DE DIFERENDOS


Os diferendos que eventualmente surgirem da aplicação do presente AE serão resolvidos por mediação
ou arbitragem, sendo a respectiva decisão vinculativa para as partes.

CLAUSULA 86: CASOS OMISSOS


Em tudo o que não estiver regulado no presente AE, aplicar-se-á a legislação em vigor e os regulamentos
internos da TEIMOC.

CLÁUSULA 87: ENTRADA |EM VIGOR


O presente AE entra em vigor 15 dias após a sua entrega, para efeitos de depósito nos órgãos
competentes.

Maputo, 23 de Novembro de 2023

TEIMOC-TECNOLOGIAS DE INFORMACAO MOC

C2 General
O REPRESENTANTE DOS TRABALHADORES

(Armando Santos) Administrador Delegado

Secretário do Comité Sindical

C2 General

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