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Boletim do Trabalho e Emprego, n.

º 47, 22/12/2022

CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL

ARBITRAGEM PARA DEFINIÇÃO DE SERVIÇOS MÍNIMOS

...

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

DESPACHOS/PORTARIAS

...

PORTARIAS DE CONDIÇÕES DE TRABALHO

...

PORTARIAS DE EXTENSÃO

...

CONVENÇÕES COLETIVAS

Contrato coletivo entre a Confederação Nacional designadas por instituições, e os trabalhadores ao seu ser-
das Instituições de Solidariedade - CNIS e a FNE - viço que sejam ou venham a ser membros das associações
Federação Nacional da Educação e outros - Revisão sindicais outorgantes, sendo aplicável em todo o território
global nacional com excepção da Região Autónoma dos Açores.
2- Para cumprimento do disposto na alínea g) do artigo
492.º, conjugado com o artigo 496.º do Código do Trabalho,
refere-se que serão abrangidos por esta convenção 4000 em-
CAPÍTULO I pregadores e 70 000 trabalhadores.

Disposições gerais Cláusula 2.ª

Cláusula 1.ª Vigência e denúncia


1- A presente convenção entra em vigor no 5.º dia posterior
Âmbito de aplicação ao da sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego e
1- A presente convenção regula as relações de trabalho en- terá uma vigência de dois anos, sem prejuízo do disposto no
tre as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) número seguinte.
representadas pela Confederação Nacional das Instituições 2- As tabelas salariais e demais cláusulas de expressão pe-
de Solidariedade - CNIS, doravante também abreviadamente cuniária terão uma vigência de um ano, produzem efeitos a
partir de 1 de janeiro e serão revistas anualmente.

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3- O processo de revisão das tabelas salariais e cláusulas 4- Os trabalhadores com responsabilidades familiares, com
de expressão pecuniária deverá ser iniciado no prazo de 10 capacidade de trabalho reduzida, com deficiência ou doença
meses contados a partir da data de início da respectiva vi- crónica, bem como os que frequentem estabelecimentos de
gência. ensino secundário ou superior, têm preferência na admissão
4- No caso de não haver denúncia, a convenção renova-se, em regime de tempo parcial.
sucessivamente, por períodos de um ano, mantendo-se em 5- Sem prejuízo do disposto nas normas legais aplicáveis,
vigor até ser substituída por outra. a instituição deverá prestar ao trabalhador, por escrito, as
5- A denúncia far-se-á com o envio à contraparte da pro- seguintes informações relativas ao seu contrato de trabalho:
posta de revisão, através de carta registada com aviso de a) Nome ou denominação e domicílio ou sede das partes;
recepção, protocolo ou outro meio que faça prova da sua b) Categoria profissional;
entrega. c) Período normal de trabalho;
6- A contraparte deverá enviar à denunciante uma contra- d) Local de trabalho;
proposta até 30 dias após a recepção da comunicação de de- e) Tipo de contrato e respectivo prazo, quando aplicável;
núncia de revisão, presumindo-se a respectiva aceitação caso f) Retribuição, indicando o montante das prestações aces-
não seja apresentada contraproposta. sórias e complementares;
7- Será considerada como contraproposta a declaração ex- g) Condições particulares de trabalho, quando existam;
pressa da vontade de negociar. h) Duração do período experimental, quando exista;
8- A parte denunciante disporá de até 20 dias para exa- i) Data de início do trabalho;
minar a contraproposta e as negociações iniciar-se-ão, sem j) Indicação do tempo de serviço prestado pelo trabalhador
qualquer dilação, nos primeiros 10 dias úteis a contar do ter- em outras IPSS;
mo do prazo acima referido. k) Justificação clara dos motivos do contrato, quando apli-
9- Havendo denúncia, as partes comprometem-se a iniciar cável;
o processo negocial utilizando as fases processuais que en- l) Indicação do instrumento de regulação colectiva de tra-
tenderem, incluindo a arbitragem voluntária. balho aplicável, quando seja o caso.
Cláusula 3.ª Cláusula 6.ª

Responsabilidade social das instituições Categorias e carreiras profissionais


As instituições devem, na medida do possível, organizar 1- Os trabalhadores abrangidos na presente convenção
a prestação de trabalho de forma a obter o maior grau de serão classificados nas profissões e categorias profissionais
compatibilização entre a vida familiar e a vida profissional constantes do anexo I, tendo em atenção a actividade princi-
dos seus trabalhadores. pal para que sejam contratados.
2- As carreiras profissionais dos trabalhadores abrangi-
Cláusula 4.ª
dos pela presente convenção são regulamentadas no anexo
Objecto do contrato de trabalho II, sendo que a fixação de períodos de exercício profissio-
nal para efeitos de progressão na carreira não impede que
1- Cabe às partes definir a actividade para que o trabalha-
as instituições promovam os seus trabalhadores antes do seu
dor é contratado.
decurso.
2- A definição a que se refere o número anterior pode ser
feita por remissão para uma das categorias profissionais Cláusula 7.ª
constantes do anexo I.
Avaliação do desempenho
Cláusula 5.ª
1- As instituições podem construir um sistema de avalia-
Admissão ção do desempenho dos seus trabalhadores subordinado aos
princípios da justiça, igualdade e imparcialidade.
1- São condições gerais de admissão:
2- A avaliação do desempenho tem por objectivo a melho-
a) Idade mínima não inferior a 16 anos;
ria da qualidade de serviços e da produtividade do trabalho,
b) Escolaridade obrigatória.
devendo ser tomada em linha de conta para efeitos de desen-
2- São condições específicas de admissão as discrimina-
volvimento profissional e de progressão na carreira.
das no anexo II, designadamente a formação profissional
3- As instituições ficam obrigadas a dar adequada publici-
adequada ao posto de trabalho ou a certificação profissional,
dade aos parâmetros a utilizar na avaliação do desempenho
quando exigidas.
e à respectiva valorização, devendo elaborar um plano que,
3- Para o preenchimento de lugares nas instituições e des-
equilibradamente, tenha em conta os interesses e expectati-
de que os trabalhadores reúnam os requisitos necessários
vas quer das instituições quer dos seus trabalhadores.
para o efeito, será dada preferência:
4- O plano de objectivos a que se reporta o número an-
a) Aos trabalhadores já em serviço, a fim de proporcionar a
terior será submetido ao parecer prévio de uma comissão
promoção e melhoria das suas condições de trabalho;
paritária, constituída por quatro membros designados pelas
b) Aos trabalhadores com capacidade de trabalho reduzi-
instituições e eleitos pelos seus trabalhadores.
da, pessoas com deficiência ou doença crónica.

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5- Para o efeito consignado no número anterior, a comis- d) Proporcionar boas condições de trabalho, tanto do ponto
são reúne anualmente até ao dia 31 de março. de vista físico, como moral;
e) Contribuir para a elevação do nível de produtividade do
Cláusula 8.ª
trabalhador, nomeadamente proporcionando-lhe formação
Enquadramento e níveis de qualificação profissional;
f) Respeitar a autonomia técnica do trabalhador que exerça
As profissões previstas na presente convenção são enqua-
actividades cuja regulamentação profissional a exija;
dradas em níveis de qualificação de acordo com o anexo III.
g) Possibilitar o exercício de cargos em organizações re-
Cláusula 9.ª presentativas dos trabalhadores, bem como facilitar o exercí-
cio, nos termos legais, de actividade sindical na instituição;
Período experimental h) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta
1- Durante o período experimental, salvo acordo escrito a protecção da saúde e a segurança do trabalhador, devendo
em contrário, qualquer das partes pode rescindir o contrato indemnizá-lo dos prejuízos resultantes de acidentes de traba-
sem aviso prévio e sem necessidade de invocação de justa lho e doenças profissionais, transferindo a respectiva respon-
causa, não havendo direito a qualquer indemnização. sabilidade para uma seguradora;
2- Tendo o período experimental durado mais de 60 dias, i) Adoptar, no que se refere à higiene, segurança e saúde
para denunciar o contrato nos termos previstos no número no trabalho, as medidas que decorram para a instituição da
anterior a instituição tem de dar um aviso prévio de 7 dias. aplicação das prescrições legais e convencionais vigentes;
3- O período experimental corresponde ao período inicial j) Fornecer ao trabalhador a informação e a formação ade-
de execução do contrato, compreende as acções de formação quadas à prevenção de riscos de acidente e doença e propor-
ministradas pelo empregador ou frequentadas por determina- cionar aos trabalhadores as condições necessárias à realiza-
ção deste, nos termos legais, e tem a seguinte duração: ção do exame médico anual;
a) 90 dias para a generalidade dos trabalhadores; k) Passar ao trabalhador, a pedido deste, e em 10 dias, cer-
b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam cargos de tificado de tempo de serviço, conforme a legislação em vigor.
complexidade técnica, elevado grau de responsabilidade ou
Cláusula 11.ª
que pressuponham uma especial qualificação, bem como os
que desempenhem funções de confiança: Deveres dos trabalhadores
c) 240 dias para trabalhador que exerça cargo de direcção
1- Sem prejuízo de outras obrigações, o trabalhador deve:
ou quadro superior.
a) Observar o disposto no contrato de trabalho e nas dispo-
4- Salvo acordo em contrário, nos contratos a termo o pe-
sições legais e convencionais que o regem;
ríodo experimental tem a seguinte duração:
b) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o empre-
a) 30 dias para os contratos com duração igual ou superior
gador, os superiores hierárquicos, os companheiros de traba-
a seis meses;
lho e as demais pessoas que estejam ou entrem em relação
b) 15 dias nos contratos a termo certo de duração inferior
com a instituição;
a seis meses e nos contratos a termo incerto cuja duração se
c) Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade;
preveja não vir a ser superior àquele limite.
d) Realizar o trabalho com zelo e diligência;
5- A antiguidade do trabalhador conta-se desde o início do
e) Cumprir as ordens e instruções do empregador em tudo
período experimental.
o que respeite à execução e disciplina do trabalho, salvo na
6- A admissão do trabalhador considerar-se-á feita por
medida em que se mostrem contrárias aos seus direitos e ga-
tempo indeterminado, não havendo lugar a período experi-
rantias;
mental, quando o trabalhador haja sido convidado para inte-
f) Guardar lealdade ao empregador, nomeadamente não
grar o quadro de pessoal da instituição, tendo, para isso, com
negociando por conta própria ou alheia em concorrência com
conhecimento prévio da mesma, revogado ou rescindido
ele, nem divulgando informações relativas à instituição ou
qualquer contrato de trabalho anterior.
seus utentes, salvo no cumprimento de obrigação legalmente
instituída;
CAPÍTULO II g) Velar pela conservação e boa utilização dos bens, equi-
pamentos e instrumentos relacionados com o seu trabalho;
Direitos, deveres e garantias das partes h) Contribuir para a optimização da qualidade dos servi-
ços prestados pela instituição e para a melhoria do respectivo
Cláusula 10.ª funcionamento, designadamente participando com empenho
Deveres da entidade patronal
nas acções de formação que lhe forem proporcionadas pela
entidade patronal;
São deveres da entidade patronal: i) Zelar pela sua segurança e saúde, submetendo-se, no-
a) Cumprir o disposto no presente contrato e na legislação meadamente, ao exame médico anual e aos exames médicos,
de trabalho aplicável; ainda que ocasionais, para que seja convocado.
b) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o traba- 2- O dever de obediência a que se refere a alínea e) do
lhador; número anterior respeita tanto às ordens e instruções dadas
c) Pagar pontualmente a retribuição; directamente pelo empregador como às emanadas dos supe-

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riores hierárquicos do trabalhador, dentro dos poderes que do contrato e das normas que o regem, fixar os termos em
por aquele lhes forem atribuídos. que deve ser prestado o trabalho.
3- Às acções de formação profissional prestadas pelas ins-
Cláusula 15.ª
tituições é aplicável:
a) O regime de trabalho suplementar, na parte em que ex- Funções desempenhadas
cedam mais de duas horas o período normal de trabalho;
1- O trabalhador deve, em princípio, exercer funções cor-
b) O disposto nas cláusulas 20.ª e 21.ª, sempre que realiza-
respondentes à actividade para que foi contratado.
das fora do local de trabalho.
2- A actividade contratada, ainda que descrita por remis-
Cláusula 12.ª são para uma das categorias profissionais previstas no anexo
I, compreende as funções que lhe sejam afins ou funcional-
Garantias dos trabalhadores mente ligadas, para as quais o trabalhador detenha a qualifi-
É proibido ao empregador: cação profissional adequada e que não impliquem desvalori-
a) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exer- zação pessoal e profissional.
ça os seus direitos, bem como despedi-lo, aplicar-lhe outras 3- Para efeitos do número anterior, consideram-se afins
sanções ou tratá-lo desfavoravelmente por causa desse exer- ou funcionalmente ligadas, designadamente, as actividades
cício; compreendidas no mesmo grupo ou carreira profissional.
b) Obstar, injustificadamente, à prestação efectiva do tra- 4- Considera-se haver desvalorização profissional sempre
balho; que a actividade que se pretenda qualificar como afim ou
c) Exercer pressão sobre o trabalhador para que actue no funcionalmente ligada exceder em um grau o nível de quali-
sentido de influir desfavoravelmente nas condições de traba- ficação em que o trabalhador se insere.
lho dele ou dos companheiros; 5- O disposto nos números anteriores confere ao trabalha-
d) Diminuir a retribuição, baixar a categoria ou transferir dor, sempre que o exercício das funções acessórias exigir
o trabalhador para outro local de trabalho, salvo nos casos especiais qualificações, o direito a formação profissional não
legal ou convencionalmente previstos; inferior a dez horas anuais.
e) Ceder trabalhadores do quadro de pessoal próprio para 6- As instituições devem procurar atribuir a cada traba-
utilização de terceiros, salvo nos casos especialmente pre- lhador, no âmbito da actividade para que foi contratado, as
vistos; funções mais adequadas às suas aptidões e qualificação pro-
f) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar ser- fissional.
viços fornecidos pelo empregador ou por pessoa por ele in- 7- A determinação pelo empregador do exercício, ainda
dicada; que acessório, das funções referidas no número 2 a que cor-
g) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refei- responda uma retribuição, ou qualquer outra regalia, mais
tórios, economatos ou outros estabelecimentos directamente elevada confere ao trabalhador o direito a estas enquanto tal
relacionados com o trabalho para fornecimento de bens ou exercício se mantiver.
prestação de serviços aos trabalhadores;
Cláusula 16.ª
h) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mes-
mo com o seu acordo, havendo o propósito de o prejudicar Reclassificação profissional
em direitos ou garantias decorrentes da antiguidade.
1- Sempre que haja alteração consistente da actividade
Cláusula 13.ª principal para a qual o trabalhador foi contratado, deverá a
instituição proceder à respectiva reclassificação profissional,
Remissão não podendo daí resultar a baixa de categoria.
Às matérias relativas a férias, ao contrato a termo, ao 2- Presume-se consistente a alteração da actividade prin-
exercício do direito de desenvolver actividade sindical na cipal para a qual o trabalhador foi contratado, sempre que
instituição, ao exercício do direito à greve, à suspensão do decorra um período entre 6 e 12 meses sobre o início da mes-
contrato de trabalho por impedimento respeitante à enti- ma.
dade patronal ou ao trabalhador e à cessação dos contratos 3- A presunção a que se reporta o número anterior pode ser
de trabalho, entre outras não especialmente reguladas nesta ilidida pela instituição, competindo-lhe a prova da natureza
convenção, são aplicáveis as normas legais em vigor a cada transitória da alteração.
momento. 4- A reclassificação produz efeitos por iniciativa da insti-
tuição ou, sendo caso disso, a partir da data de requerimento
CAPÍTULO III do trabalhador interessado nesse sentido.
Cláusula 17.ª
Prestação do trabalho
Local de trabalho
Cláusula 14.ª 1- O trabalhador deve, em princípio, realizar a sua presta-
ção no local de trabalho contratualmente definido.
Poder de direcção
2- Na falta de indicação expressa, considera-se local de
Compete às instituições, dentro dos limites decorrentes trabalho o que resultar da natureza da actividade do traba-

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lhador e da necessidade da instituição que tenha levado à sua entre os trabalhadores e a instituição, observando-se critérios
admissão, desde que aquela fosse ou devesse ser conhecida de razoabilidade.
do trabalhador.
Cláusula 21.ª
Cláusula 18.ª
Deslocações sem regresso diário à residência
Trabalhador com local de trabalho não fixo O trabalhador deslocado sem regresso diário à residência
1- Nos casos em que o trabalhador exerça a sua actividade tem direito:
indistintamente em diversos lugares, terá direito ao paga- a) Ao pagamento ou fornecimento integral da alimentação
mento das despesas e à compensação de todos os encargos e do alojamento;
directamente decorrentes daquela situação, nos termos ex- b) Ao transporte gratuito ou reembolso das despesas de
pressamente acordados com a instituição. transporte realizadas, nos termos previamente acordados
2- Na falta de acordo haverá reembolso das despesas rea- com a instituição;
lizadas impostas directamente pelas deslocações, desde que c) Ao pagamento de um subsídio correspondente a 20 %
comprovadas e observando-se critérios de razoabilidade. da retribuição diária.
3- O tempo normal de deslocação conta para todos os efei-
Cláusula 22.ª
tos como tempo efectivo de serviço.
Cláusula 19.ª Mobilidade geográfica
1- A instituição pode, quando o seu interesse assim o exija,
Deslocações proceder à mudança definitiva do local de trabalho, desde
1- O trabalhador encontra-se adstrito às deslocações ine- que tal não implique prejuízo sério para o trabalhador.
rentes às suas funções ou indispensáveis à sua formação pro- 2- A instituição pode ainda transferir o trabalhador para
fissional. outro local de trabalho, se a alteração resultar da mudança,
2- Designa-se por deslocação a realização transitória da total ou parcial, do estabelecimento onde aquele presta ser-
prestação de trabalho fora do local de trabalho. viço.
3- Consideram-se deslocações com regresso diário à resi- 3- No caso previsto no número anterior, o trabalhador pode
dência aquelas em que o período de tempo despendido, in- resolver o contrato com justa causa se houver prejuízo sério,
cluindo a prestação de trabalho e as viagens impostas pela tendo nesse caso direito à indemnização legalmente prevista.
deslocação, não ultrapasse em mais de duas horas o período 4- A instituição custeará as despesas do trabalhador impos-
normal de trabalho, acrescido do tempo consumido nas via- tas pela transferência, decorrentes do acréscimo dos custos
gens habituais. de deslocação e resultantes da mudança de residência.
4- Consideram-se deslocações sem regresso diário à resi- 5- A transferência do trabalhador entre os serviços ou equi-
dência as não previstas no número anterior, salvo se o tra- pamentos da mesma instituição não afecta a respectiva anti-
balhador optar pelo regresso à residência, caso em que será guidade, contando para todos os efeitos a data de admissão
aplicável o regime estabelecido para as deslocações com re- na mesma.
gresso diário à mesma. 6- Em caso de transferência temporária, a respectiva or-
dem, além da justificação, deve conter o tempo previsível da
Cláusula 20.ª
alteração, que, salvo condições especiais, não pode exceder
Deslocações com regresso diário à residência seis meses.
1- Os trabalhadores deslocados nos termos do número 2 da Cláusula 23.ª
cláusula anterior terão direito:
a) Ao pagamento das despesas de transporte de ida e volta Comissão de serviço
ou à garantia de transporte gratuito fornecido pela institui- 1- Podem ser exercidos em comissão de serviço os cargos
ção, na parte que vá além do percurso usual entre a residên- de administração ou equivalentes, de direcção técnica ou de
cia do trabalhador e o seu local habitual de trabalho; coordenação de equipamentos, bem como as funções de se-
b) Ao fornecimento ou pagamento das refeições, consoan- cretariado pessoal relativamente aos titulares desses cargos e
te as horas ocupadas, podendo a instituição exigir documen- ainda as funções de chefia ou outras cuja natureza pressupo-
to comprovativo da despesa efectuada para efeitos de reem- nha especial relação de confiança com a instituição.
bolso; 2- Gozam de preferência para o exercício dos cargos e fun-
c) Ao pagamento da retribuição equivalente ao período ções previstos no número anterior os trabalhadores já ao ser-
que decorrer entre a saída e o regresso à residência, deduzido viço da instituição, vinculados por contrato de trabalho por
do tempo habitualmente gasto nas viagens de ida e regresso tempo indeterminado ou por contrato de trabalho a termo,
do local de trabalho. com antiguidade mínima de três meses.
2- Os limites máximos do montante do reembolso previsto 3- São directamente aplicáveis ao exercício da actividade
na alínea b) do número anterior serão previamente acordados em comissão de serviço as normas legais em vigor relativas
às formalidades, à cessação e efeitos da cessação da comis-
são de serviço, bem como à contagem de tempo de serviço.

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CAPÍTULO IV semanal exceda cinquenta horas, só não contando para este


limite o trabalho suplementar prestado por motivo de força
Duração do trabalho maior, salvo nas seguintes situações:
a) Pessoal operacional de vigilância, transporte e trata-
Cláusula 24.ª mento de sistemas electrónicos de segurança, designada-
mente quando se trate de guardas ou porteiros;
Período normal de trabalho b) Pessoal cujo trabalho seja acentuadamente intermitente
1- Os limites máximos dos períodos normais de trabalho ou de simples presença;
dos trabalhadores abrangidos pela presente convenção são c) Pessoal que preste serviço em actividades em que se
os seguintes: mostre absolutamente incomportável a sujeição do seu pe-
a) Trinta e cinco horas - Para médicos, psicólogos e soció- ríodo de trabalho a esses limites.
logos, trabalhadores com funções técnicas, enfermeiros, ge- 8- As comissões de trabalhadores ou os delegados sindi-
rontólogos, técnicos superiores de habilitação, reabilitação e cais devem ser consultados previamente sobre organização e
emprego protegido e técnicos de diagnóstico e terapêutica, definição dos mapas de horário de trabalho.
técnicos superiores de animação sócio-cultural, educação so- 9- Nas situações de cessação do contrato de trabalho no
cial e mediação social, bem como para os assistentes sociais: decurso do período de referência, o trabalhador será com-
b) Trinta e seis horas - Para os restantes trabalhadores so- pensado no montante correspondente à diferença de remu-
ciais; neração entre as horas que tenha efectivamente trabalhado
c) Trinta e sete horas - Para os ajudantes de acção directa; naquele mesmo período e aquelas que teria praticado caso o
d) Trinta e oito horas - Para trabalhadores administrativos, seu período normal de trabalho não tivesse sido definido em
trabalhadores de apoio, restantes trabalhadores de habilita- termos médios.
ção, reabilitação e emprego protegido e de diagnóstico e te-
Cláusula 26.ª
rapêutica e auxiliares de educação;
e) Quarenta horas - Para os restantes trabalhadores. Período normal de trabalho dos trabalhadores
2- Poderá ser negociado individualmente, por acordo en- com funções pedagógicas
tre a instituição e o trabalhador, o horário normal semanal 1- Para os trabalhadores com funções pedagógicas o perío-
de quarenta horas, nas carreiras dos trabalhadores de apoio do normal de trabalho semanal é o seguinte:
- ajudantes de acção directa, ajudantes de acção educativa, a) Educador de infância - Trinta e cinco horas, sendo trinta
ajudantes de estabelecimento de apoio a pessoas com defi- horas destinadas a trabalho directo com as crianças e as res-
ciência, ajudantes de ocupação e auxiliares de acção médica tantes a outras actividades, incluindo estas, designadamente,
-, ao que corresponde a retribuição diferenciada estabelecida a preparação daquele trabalho e, ainda, o acompanhamento e
no anexo V. a avaliação individual das crianças, bem como o atendimen-
3- São salvaguardados os períodos normais de trabalho to das famílias;
com menor duração praticados à data da entrada em vigor da b) Professor do 1.º ciclo do ensino básico - Vinte e cinco
presente convenção. horas lectivas semanais e três horas para coordenação;
Cláusula 25.ª c) Professor dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico - Vinte
e duas horas lectivas semanais, mais quatro horas mensais
Fixação do horário de trabalho destinadas a reuniões;
1- Compete às entidades patronais estabelecer os horários d) Professor do ensino secundário - Vinte horas lectivas
de trabalho, dentro dos condicionalismos da lei e do presente semanais mais quatro horas mensais destinadas a reuniões;
contrato. e) Professor do ensino especial - Vinte e duas horas lecti-
2- Na elaboração dos horários de trabalho devem ser pon- vas semanais acrescidas de três horas semanais exclusiva-
deradas as preferências manifestadas pelos trabalhadores. mente destinadas à preparação de aulas.
3- Sempre que tal considerem adequado ao respectivo fun- 2- Para além dos tempos referidos no número anterior, o
cionamento, as instituições deverão desenvolver os horários período normal de trabalho dos trabalhadores com funções
de trabalho em cinco dias semanais, entre segunda-feira e pedagógicas inclui, ainda, as reuniões de avaliação, uma
sexta-feira. reunião trimestral com encarregados de educação e, salvo
4- As instituições ficam obrigadas a elaborar e a afixar no que diz respeito aos educadores de infância, o serviço de
anualmente, em local acessível, o mapa de horário de tra- exames.
balho. Cláusula 27.ª
5- A prestação de trabalho deve ser realizada nos termos
previstos nos mapas de horário de trabalho. Particularidades do regime de organizaçãodo trabalho dos professores
6- O período normal de trabalho pode ser definido em ter- dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário
mos médios, tendo como referência períodos de quatro me- 1- Aos professores dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e
ses. do ensino secundário será assegurado, em cada ano lectivo,
7- O período normal de trabalho diário pode ser aumenta- um período de trabalho lectivo semanal igual àquele que ha-
do até ao limite máximo de duas horas, sem que a duração jam praticado no ano lectivo imediatamente anterior.

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2- O período de trabalho a que se reporta o número ante- 6- Os professores dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do
rior poderá ser reduzido quanto aos professores com número ensino secundário não poderão ter um horário lectivo supe-
de horas de trabalho semanal superior aos mínimos dos pe- rior a trinta e três horas, ainda que leccionem em mais de um
ríodos normais de trabalho definidos, mas o período normal estabelecimento de ensino.
de trabalho semanal assegurado não poderá ser inferior a este 7- O não cumprimento do disposto no número anterior
limite. constitui justa causa de rescisão de contrato quando se dever
3- Quando não for possível assegurar a um destes profes- à prestação de falsas declarações ou à não declaração de acu-
sores o período de trabalho lectivo semanal que tiver desen- mulação pelo professor.
volvido no ano anterior, em consequência, entre outros, da
Cláusula 29.ª
alteração do currículo ou da diminuição das necessidades de
docência de uma disciplina, ser-lhe-á assegurado, se nisso Redução de horário lectivo para professores com funções especiais
manifestar interesse, o mesmo número de horas de trabalho
1- O horário lectivo dos professores referidos nas alíneas
semanal que no ano transacto, sendo as horas excedentes
c) e d) do número 1 da cláusula 26.ª será reduzido num mí-
aplicadas em outras actividades, preferencialmente de natu-
nimo de duas horas semanais, sempre que desempenhem
reza técnico-pedagógica.
funções de direcção de turma ou coordenação pedagógica
4- Salvo acordo em contrário, o horário dos professores,
(delegados de grupo ou disciplina ou outras).
uma vez atribuído, manter-se-á inalterado até à conclusão do
2- As horas de redução referidas no número anterior fa-
ano escolar.
zem parte do horário normal de trabalho, não podendo ser
5- Caso se verifiquem alterações que se repercutam no ho-
consideradas como trabalho suplementar, salvo e na medida
rário lectivo e daí resultar diminuição do número de horas de
em que resultar excedido o limite de vinte e cinco horas se-
trabalho lectivo, o professor deverá completar as suas horas
manais.
de serviço lectivo mediante desempenho de outras activida-
des, definidas pela direcção da instituição, preferencialmente Cláusula 30.ª
de natureza técnico-pedagógica.
6- No preenchimento das necessidades de docência, de- Trabalho a tempo parcial
vem as instituições dar preferência aos professores com ho- 1- Considera-se trabalho a tempo parcial o que correspon-
rário de trabalho a tempo parcial, desde que estes possuam os da a um período normal de trabalho semanal igual ou infe-
requisitos legais exigidos. rior a 75 % do praticado a tempo completo numa situação
comparável.
Cláusula 28.ª
2- O trabalho a tempo parcial pode, salvo estipulação em
Regras quanto à elaboração dos horários dos professores dos 2.º e 3.º contrário, ser prestado em todos ou alguns dias da semana,
ciclos do ensino básico e do ensino secundário sem prejuízo do descanso semanal, devendo o número de
1- A organização do horário dos professores será a que dias de trabalho ser fixado por acordo.
resultar da elaboração dos horários das aulas, tendo-se em 3- Aos trabalhadores em regime de tempo parcial aplicam-
conta as exigências do ensino, as disposições aplicáveis e a -se todos os direitos e regalias previstos na presente conven-
consulta aos professores nos casos de horário incompleto. ção colectiva, ou praticados nas instituições, na proporção do
2- Salvo acordo em contrário, os horários de trabalho dos tempo de trabalho prestado em relação ao tempo completo,
professores a que a presente cláusula se reporta deverão ser incluindo, nomeadamente, a retribuição mensal e as demais
organizados por forma a impedir que os mesmos sejam sujei- prestações de natureza pecuniária.
tos a intervalos sem aulas que excedam uma hora diária, até 4- A retribuição dos trabalhadores em regime de tempo
ao máximo de duas horas semanais. parcial não poderá ser inferior à fracção de regime de traba-
3- Sempre que se mostrem ultrapassados os limites fixados lho em tempo completo correspondente ao período de traba-
no número anterior, considerar-se-á como tempo efectivo de lho ajustado.
serviço o período correspondente aos intervalos registados, Cláusula 31.ª
sendo que o professor deverá nesses períodos desempenhar
outras actividades indicadas pela direcção da instituição, Contratos de trabalho a tempo parcial
preferencialmente de natureza técnico-pedagógica. 1- O contrato de trabalho a tempo parcial deve revestir for-
4- Haverá lugar à redução do horário de trabalho dos pro- ma escrita, ficando cada parte com um exemplar, e conter a
fessores sempre que seja invocada e comprovada a necessi- indicação do período normal de trabalho diário e semanal
dade de cumprimento de imposições legais ou de obrigações com referência comparativa ao trabalho a tempo completo.
voluntariamente contraídas antes do início do ano lectivo, 2- Quando não tenha sido observada a forma escrita, pre-
desde que conhecidas da entidade empregadora, de harmonia sume-se que o contrato foi celebrado por tempo completo.
com as necessidades de serviço. 3- Se faltar no contrato a indicação do período normal de
5- A instituição não poderá impor ao professor um horário trabalho semanal, presume-se que o contrato foi celebrado
normal de trabalho que ocupe os três períodos de aulas (ma- para a duração máxima do período normal de trabalho admi-
nhã, tarde e noite) ou que contenha mais de cinco horas de tida para o contrato a tempo parcial.
aulas seguidas ou de sete interpoladas. 4- O trabalhador a tempo parcial pode passar a trabalhar

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a tempo completo, ou o inverso, a título definitivo ou por 3- Não estão sujeitas à obrigação estabelecida no número
período determinado, mediante acordo escrito com o empre- anterior as seguintes categorias de trabalhadores:
gador. a) Mulheres grávidas ou com filhos com idade inferior a
5- Os trabalhadores em regime de trabalho a tempo parcial 1 ano;
podem exercer actividade profissional noutras empresas ou b) Trabalhador ou trabalhadora com filhos com idade in-
instituições. ferior a 12 anos;
c) Trabalhadora lactante;
Cláusula 32.ª
d) Menores;
Isenção de horário de trabalho e) Trabalhadores-estudantes.
4- O trabalho suplementar só pode ser prestado quando as
1- Por acordo escrito, podem ser isentos de horário de tra-
instituições tenham de fazer face a acréscimos eventuais e
balho os trabalhadores que se encontrem numa das seguintes
transitórios de trabalho que não justifiquem a admissão de
situações:
trabalhador, bem assim como em casos de força maior ou
a) Exercício de cargos de administração, de direcção, de
quando se torne indispensável para a viabilidade da insti-
confiança, de fiscalização ou de apoio aos titulares desses
tuição ou para prevenir ou reparar prejuízos graves para a
cargos, bem como os trabalhadores com funções de chefia;
mesma.
b) Execução de trabalhos preparatórios ou complementa-
5- Quando o trabalhador tiver prestado trabalho suple-
res que, pela sua natureza, só possam ser efectuados fora dos
mentar na sequência do seu período normal de trabalho, não
limites dos horários normais de trabalho;
deverá reiniciar a respectiva actividade antes que tenham de-
c) Exercício regular da actividade fora do estabelecimento,
corrido, pelo menos, onze horas.
sem controlo imediato da hierarquia.
6- A instituição fica obrigada a indemnizar o trabalhador
2- O acordo referido no número anterior deve ser enviado
por todos os encargos decorrentes do trabalho suplementar,
à Autoridade para as Condições de Trabalho.
designadamente dos que resultem de necessidades especiais
3 - Os trabalhadores isentos de horário de trabalho não
de transporte ou de alimentação.
estão sujeitos aos limites máximos dos períodos normais
7- O trabalho prestado em cada dia de descanso semanal
de trabalho, mas a isenção não prejudica o direito aos dias
ou feriado não poderá exceder o período de trabalho normal.
de descanso semanal, aos feriados obrigatórios e aos dias e
meios dias de descanso semanal complementar. Cláusula 35.ª
4- Os trabalhadores isentos de horário de trabalho têm di-
reito à remuneração especial prevista na cláusula 61.ª Descanso compensatório
1- Nas instituições com mais de 10 trabalhadores, a presta-
Cláusula 33.ª
ção de trabalho suplementar em dia útil, em dia de descanso
Intervalo de descanso complementar e em dia feriado confere ao trabalhador o di-
reito a um descanso compensatório remunerado correspon-
1- O período de trabalho diário deverá ser interrompido
dente a 25 % das horas de trabalho suplementar realizado.
por um intervalo de duração não inferior a uma hora nem
2- O descanso compensatório vence-se quando perfizer um
superior a duas, de modo a que os trabalhadores não prestem
número de horas igual ao período normal de trabalho diário e
mais de cinco horas de trabalho consecutivo.
deve ser gozado nos 90 dias seguintes.
2- Para os motoristas e outros trabalhadores de apoio ads-
3- Nos casos de prestação de trabalho em dias de descanso
tritos ao serviço de transporte de utentes e para os trabalha-
semanal obrigatório, o trabalhador terá direito a um dia de
dores com profissões ligadas a tarefas de hotelaria, poderá
descanso compensatório remunerado, a gozar num dos três
ser estabelecido um intervalo de duração superior a duas
dias úteis seguintes.
horas.
4- Na falta de acordo, o dia de descanso compensatório
3- O disposto no número anterior é aplicável aos auxiliares
será fixado pela instituição.
de educação que a 30 de junho de 2005 pratiquem o intervalo
5- Por acordo entre o empregador e o trabalhador, quando
de descanso a que o mesmo se reporta.
o descanso compensatório for devido por trabalho suplemen-
4- Salvo disposição legal em contrário, por acordo entre
tar não prestado em dias de descanso semanal, obrigatório
a instituição e os trabalhadores, pode ser estabelecida a dis-
ou complementar, pode o mesmo ser substituído pelo paga-
pensa ou a redução dos intervalos de descanso.
mento da remuneração correspondente com acréscimo não
Cláusula 34.ª inferior a 100 %.

Trabalho suplementar Cláusula 36.ª


1- Considera-se trabalho suplementar todo aquele que é Trabalho nocturno
prestado, por solicitação do empregador, fora do horário nor-
1- Considera-se nocturno o trabalho prestado no período
mal de trabalho.
que decorre entre as 21h00 de um dia e as 7h00 do dia ime-
2- Os trabalhadores estão obrigados à prestação de traba-
diato.
lho suplementar, salvo quando, havendo motivos atendíveis,
2- Considera-se também trabalho nocturno aquele que for
expressamente solicitem a sua dispensa.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

prestado depois das 19h00, desde que em prolongamento de 5- O dia de descanso complementar, para além de repartido
um período nocturno. em meios dias, pode ser diária e semanalmente descontinua-
do nos termos previstos nos mapas de horário de trabalho.
Cláusula 37.ª
6- O dia de descanso semanal obrigatório e o dia ou meio
Trabalho por turnos rotativos dia de descanso complementar serão consecutivos, pelo me-
nos uma vez de sete em sete semanas.
1- Sempre que as necessidades de serviço o determinarem,
as instituições podem organizar a prestação do trabalho em Cláusula 40.ª
regime de turnos rotativos.
2- Apenas é considerado trabalho em regime de turnos ro- Feriados
tativos aquele em que o trabalhador fica sujeito à variação 1- Deverão ser observados como feriados obrigatórios
contínua ou descontínua dos seus períodos de trabalho pelas os dias 1 de janeiro, Terça-Feira de Carnaval, Sexta-Feira
diferentes partes do dia. Santa, Domingo de Páscoa, 25 de abril, 1 de maio, 10 de
3- Os turnos deverão, na medida do possível, ser organiza- junho, 15 de agosto, 5 de outubro, 1 de novembro, 1, 8 e 25
dos de acordo com os interesses e as preferências manifesta- de dezembro e o feriado municipal.
dos pelos trabalhadores. 2- O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser observado
4- A duração do trabalho de cada turno não pode ultrapas- noutro dia com significado local no período da Páscoa.
sar os limites máximos dos períodos normais de trabalho e 3-Em substituição do feriado municipal ou da Terça-Feira
o pessoal só poderá ser mudado de turno após o dia de des- de Carnaval poderá ser observado, a título de feriado, qual-
canso semanal. quer outro dia em que acordem a instituição e os trabalha-
5- A prestação de trabalho em regime de turnos rotativos dores.
confere ao trabalhador o direito a um especial complemento
Cláusula 41.ª
de retribuição, salvo nos casos em que a rotação se mostre
ligada aos interesses dos trabalhadores e desde que a duração Direito a férias
dos turnos seja fixada por períodos não inferiores a quatro
1- O trabalhador tem direito a um período de férias retri-
meses.
buídas em cada ano civil.
Cláusula 38.ª 2- O direito a férias adquire-se com a celebração do con-
trato de trabalho e vence-se no dia 1 de janeiro de cada ano
Jornada contínua civil.
1- A jornada contínua consiste na prestação ininterrupta de 3- No ano da contratação, o trabalhador tem direito, após
trabalho, salvo num período de descanso de trinta minutos seis meses completos de execução do contrato, a gozar 2 dias
para refeição dentro do próprio estabelecimento ou serviço, úteis de férias por cada mês de duração do contrato, até ao
que, para todos os efeitos, se considera tempo de trabalho. máximo de 20 dias úteis.
2- A jornada contínua pode ser adoptada pelas instituições 4- No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decor-
nos casos em que tal modalidade se mostre adequada às res- rido o prazo referido no número anterior ou antes de gozado
pectivas necessidades de funcionamento. o direito a férias, pode o trabalhador usufrui-lo até 30 de ju-
3- A adopção do regime de jornada contínua não prejudica nho do ano civil subsequente.
o disposto nesta convenção sobre remuneração de trabalho 5- Em caso de cessação do contrato de trabalho, as insti-
nocturno e de trabalho suplementar. tuições ficam obrigadas a proporcionar o gozo de férias no
momento imediatamente anterior.
CAPÍTULO V Cláusula 42.ª

Suspensão da prestação de serviço Duração do período de férias


1- O período anual de férias tem a duração mínima de 22
Cláusula 39.ª dias úteis.
2- Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana de
Descanso semanal
segunda-feira a sexta-feira, com excepção dos feriados, não
1- O dia de descanso semanal obrigatório deve, em regra, podendo as férias ter início em dia de descanso semanal do
coincidir com o domingo. trabalhador.
2- Pode deixar de coincidir com o domingo o dia de des- 3- A duração do período de férias é aumentada no caso de o
canso semanal obrigatório dos trabalhadores necessários trabalhador não ter faltado ou na eventualidade de ter apenas
para assegurar o normal funcionamento da instituição. faltas justificadas, no ano a que as férias se reportam, nos
3- No caso previsto no número anterior, a instituição as- seguintes termos:
segurará aos seus trabalhadores o gozo do dia de repouso a) Três dias de férias até ao máximo de uma falta ou dois
semanal ao domingo, no mínimo, de sete em sete semanas. meios dias;
4- Para além do dia de descanso obrigatório será concedido b) Dois dias de férias até ao máximo de duas faltas ou qua-
ao trabalhador um dia de descanso semanal complementar. tro meios dias;

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c) Um dia de férias até ao máximo de três faltas ou seis Cláusula 46.ª


meios dias.
4- Para efeitos do número anterior, são equiparadas a faltas Férias e impedimento prolongado
os dias de suspensão do contrato de trabalho por facto respei- 1- No ano da suspensão do contrato de trabalho por im-
tante ao trabalhador. pedimento prolongado, respeitante ao trabalhador, se se ve-
rificar a impossibilidade total ou parcial do gozo do direito
Cláusula 43.ª
a férias já vencido, o trabalhador tem direito à retribuição
Encerramento da instituição ou do estabelecimento correspondente ao período de férias não gozado e respectivo
subsídio.
As instituições podem encerrar total ou parcialmente os
2- No ano da cessação do impedimento prolongado, o tra-
seus serviços e equipamentos, entre 1 de maio e 31 de outu-
balhador tem direito, após a prestação de seis meses de efec-
bro, pelo período necessário à concessão das férias dos res-
tivo serviço, ao período de férias e respectivo subsídio.
pectivos trabalhadores.
3- No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decor-
Cláusula 44.ª rido o prazo referido no número anterior ou antes de goza-
do o direito a férias, pode o trabalhador usufruí-lo até 30 de
Marcação do período de férias abril do ano civil subsequente.
1- O período de férias é marcado por acordo entre empre- 4- Cessando o contrato após impedimento prolongado res-
gador e trabalhador. peitante ao trabalhador, este tem direito à retribuição e ao
2- Na falta de acordo, cabe ao empregador marcar as férias subsídio de férias correspondentes ao tempo de serviço pres-
e elaborar o respectivo mapa, ouvindo para o efeito a comis- tado no ano de início da suspensão.
são de trabalhadores ou os delegados sindicais.
Cláusula 47.ª
3- Sem prejuízo do disposto no número anterior, o empre-
gador só pode marcar o período de férias entre 1 de maio e Efeitos da cessação do contrato de trabalho
31 de outubro, salvo parecer favorável em contrário daquelas
1- Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador tem di-
entidades.
reito a receber a retribuição correspondente a um período de
4- Na marcação das férias, os períodos mais pretendidos
férias proporcional ao tempo de serviço prestado até à data
devem ser rateados, sempre que possível, beneficiando, al-
da cessação, bem como ao respectivo subsídio.
ternadamente, os trabalhadores em função dos períodos go-
2- Se o contrato cessar antes de gozado o período de férias
zados nos dois anos anteriores.
vencido no início do ano da cessação, o trabalhador tem ain-
5- Salvo se houver prejuízo grave para o empregador, de-
da direito a receber a retribuição e o subsídio corresponden-
vem gozar férias em idêntico período os cônjuges, os filhos,
tes a esse período, o qual é sempre considerado para efeitos
que trabalhem na mesma empresa ou estabelecimento, bem
de antiguidade.
como as pessoas que vivam em união de facto ou economia
comum nos termos previstos em legislação especial. Cláusula 48.ª
6- O gozo do período de férias pode ser interpolado, por
acordo entre empregador e trabalhador e desde que sejam Faltas - Noção
gozados, no mínimo, 10 dias úteis consecutivos. 1- Falta é a ausência do trabalhador no local de trabalho e
7- O mapa de férias, com indicação do início e termo dos durante o período em que devia desempenhar a actividade a
períodos de férias de cada trabalhador, deve ser elaborado que está adstrito.
até 15 de abril de cada ano e afixado nos locais de trabalho 2- Nos casos de ausência do trabalhador por períodos infe-
entre esta data e 31 de outubro. riores ao período de trabalho a que está obrigado, os respecti-
8- A instituição deverá marcar as férias do trabalhador-es- vos tempos são adicionados para determinação dos períodos
tudante respeitando o cumprimento das obrigações escola- normais de trabalho diário em falta.
res, salvo se daí resultar incompatibilidade com o seu plano 3- Para efeito do disposto no número anterior, caso os pe-
de férias. ríodos de trabalho diário não sejam uniformes, considera-se
9- A instituição pode marcar as férias dos trabalhadores da sempre o de menor duração relativo a um dia completo de
agricultura para os períodos de menor actividade agrícola. trabalho.
4- O período de ausência a considerar no caso de um tra-
Cláusula 45.ª
balhador docente não comparecer a uma reunião de presença
Férias dos trabalhadores com funções pedagógicas obrigatória é de duas horas.
5- Relativamente aos trabalhadores docentes dos 2.º e 3.º
1- O período de férias dos professores deve ser marcada
ciclo do ensino básico e do ensino secundário, será tida como
no período compreendido entre a conclusão do processo de
dia de falta a ausência ao serviço por cinco horas lectivas
avaliação final dos alunos e o início do ano escolar.
seguidas ou interpoladas.
2- O período de férias dos educadores de infância deverá,
6- O regime previsto no número anterior não se aplica aos
por via de regra, ser marcado entre 15 de junho e 15 de se-
professores com horário incompleto, relativamente aos quais
tembro.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

se contará um dia de falta quando o número de horas lectivas 4- São consideradas injustificadas as faltas não previstas
de ausência perfizer o resultado da divisão do número de ho- no número 2.
ras lectivas semanais por cinco.
Cláusula 50.ª
7- São também consideradas faltas as provenientes de re-
cusa infundada de participação em acções de formação ou Comunicação das faltas justificadas
cursos de aperfeiçoamento ou reciclagem realizados nos ter-
1- As faltas justificadas, quando previsíveis, serão obriga-
mos do disposto na cláusula 11.ª
toriamente comunicadas à entidade patronal com a antece-
Cláusula 49.ª dência mínima de cinco dias.
2- Quando imprevistas, as faltas justificadas serão obriga-
Tipos de faltas toriamente comunicadas à entidade patronal logo que pos-
1- As faltas podem ser justificadas e injustificadas. sível.
2- São consideradas faltas justificadas: 3- A comunicação tem de ser reiterada para as faltas justi-
a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casa- ficadas imediatamente subsequentes às previstas nas comu-
mento; nicações indicadas nos números anteriores.
b) As dadas até cinco dias consecutivos por falecimento
Cláusula 51.ª
de cônjuge não separado de pessoas e bens ou de parente
ou afim no 1.º grau da linha recta (pais e filhos, mesmo que Prova das faltas justificadas
adoptivos, enteados, padrastos, madrastas, sogros, genros e
1- O empregador pode, nos 15 dias seguintes à comunica-
noras);
ção referida no artigo anterior, exigir ao trabalhador prova
c) As dadas até dois dias consecutivos por falecimento de
dos factos invocados para a justificação.
outro parente ou afim da linha recta ou do 2.º grau da linha
2- A prova da situação de doença prevista na alínea e) do
colateral (avós e bisavós, netos e bisnetos, irmãos e cunha-
número 2 da cláusula 49.ª é feita por estabelecimento hos-
dos) e de outras pessoas que vivam em comunhão de vida e
pitalar, por declaração do centro de saúde ou por atestado
habitação com o trabalhador;
médico.
d) As dadas ao abrigo do regime jurídico do trabalhador-
3- A doença referida no número anterior pode ser fisca-
-estudante;
lizada por médico, mediante requerimento do empregador
e) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho
dirigido à Segurança Social.
devido a facto que não seja imputável ao trabalhador, no-
4- No caso de a Segurança Social não indicar o médico a
meadamente nos casos de:
que se refere o número anterior no prazo de vinte e quatro
1) Doença, acidente ou cumprimento de obrigações legais;
horas, o empregador designa o médico para efectuar a fis-
2) Prestação de assistência inadiável e imprescindível, até
calização, não podendo este ter qualquer vínculo contratual
15 dias por ano, a cônjuge, parente ou afim na linha recta
anterior ao empregador.
ascendente (avô, bisavô do trabalhador ou do homem/mulher
5- Em caso de desacordo entre os pareceres médicos refe-
deste), a parente ou afim do 2.º grau da linha colateral (irmão
ridos nos números anteriores, pode ser requerida a interven-
do trabalhador ou do homem/mulher deste), a filho, adoptado
ção de junta médica.
ou enteado com mais de 12 anos de idade;
6- Em caso de incumprimento das obrigações previstas na
3) Detenção ou prisão preventiva, caso se não venha a ve-
cláusula anterior e nos números 1 e 2 desta cláusula, bem
rificar decisão condenatória;
como de oposição, sem motivo atendível, à fiscalização re-
f) As ausências não superiores a quatro horas e só pelo
ferida nos números 3, 4 e 5, as faltas são consideradas injus-
tempo estritamente necessário para deslocação à escola do
tificadas.
responsável pela educação de menor, uma vez por trimestre,
7- A apresentação ao empregador de declaração médica
a fim de se inteirar da respectiva situação educativa;
com intuito fraudulento constitui falsa declaração para efei-
g) As dadas pelos trabalhadores eleitos para as estruturas
tos de justa causa de despedimento.
de representação colectiva, nos termos das normas legais
aplicáveis; Cláusula 52.ª
h) As dadas por candidatos a eleições para cargos públicos,
durante o período legal da respectiva campanha eleitoral; Efeitos das faltas justificadas
i) As dadas pelo período adequado à dádiva de sangue; 1- As faltas justificadas não determinam a perda ou prejuí-
j) As dadas ao abrigo do regime jurídico do voluntariado zo de quaisquer direitos do trabalhador, salvo o disposto no
social; número seguinte.
k) As autorizadas ou aprovadas pelo empregador; 2- Salvo disposição legal em contrário, determinam a per-
l) As que por lei forem como tal qualificadas. da de retribuição as seguintes faltas ainda que justificadas:
3- No caso de o trabalhador ter prestado já o 1.º período a) Por motivo de doença, desde que o trabalhador beneficie
de trabalho aquando do conhecimento dos motivos consi- de um regime de Segurança Social de protecção na doença;
derados nas alíneas b) e c) do número 2 desta cláusula, o b) Por motivo de acidente no trabalho, desde que o traba-
período de faltas a considerar só começa a contar a partir do lhador tenha direito a qualquer subsídio ou seguro;
dia seguinte. c) Por motivos de cumprimento de disposições legais;

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d)As previstas na subalínea 2 da alínea e) do número 2 da 7- O trabalhador beneficiário da licença sem retribuição
cláusula 49.ª; mantém o direito ao lugar.
e)As previstas na subalínea 3 da alínea e) do número 2 da 8- Terminado o período de licença sem retribuição, o tra-
cláusula 49.ª; balhador deve apresentar-se ao serviço.
f) As previstas na alínea l) do número 2 da cláusula 49.ª,
Cláusula 55.ª
quando superiores a 30 dias por ano;
g) As autorizadas ou aprovadas pelo empregador, com ex- Licença sem retribuição para formação
cepção das que este, expressamente e por escrito, entenda
1- Sem prejuízo do disposto em legislação especial, o
dever retribuir.
trabalhador tem direito a licenças sem retribuição de longa
3- Nos casos previstos na alínea e) do número 2 da cláusu-
duração para frequência de cursos de formação ministrados
la 49.ª, se o impedimento do trabalhador se prolongar efec-
sob a responsabilidade de uma instituição de ensino ou de
tiva ou previsivelmente para além de um mês, aplica-se o
formação profissional ou no âmbito de programa específico
regime de suspensão da prestação do trabalho por impedi-
aprovado por autoridade competente e executado sob o seu
mento prolongado.
controlo pedagógico ou cursos ministrados em estabeleci-
4- No caso previsto na alínea h) do número 2 da cláusula
mentos de ensino.
49.ª, as faltas justificadas conferem, no máximo, direito à re-
2- A instituição pode recusar a concessão da licença pre-
tribuição relativa a um terço do período de duração da cam-
vista no número anterior nas seguintes situações:
panha eleitoral, só podendo o trabalhador faltar meios dias
a) Quando ao trabalhador tenha sido proporcionada forma-
ou dias completos com aviso prévio de quarenta e oito horas.
ção profissional adequada ou licença para o mesmo fim nos
Cláusula 53.ª últimos 24 meses;
b) Quando a antiguidade do trabalhador na instituição seja
Efeitos das faltas injustificadas inferior a três anos;
1- As faltas injustificadas constituem violação do dever de c) Quando o trabalhador não tenha requerido a licença com
assiduidade e determinam perda da retribuição correspon- antecedência mínima de 45 dias em relação à data do seu
dente ao período de ausência, o qual será descontado na an- início;
tiguidade do trabalhador. d) Quando a instituição tenha um número de trabalhadores
2- Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio perío- não superior a 20 e não seja possível a substituição adequada
do normal de trabalho diário, imediatamente anteriores ou do trabalhador, caso necessário;
posteriores aos dias ou meios dias de descanso ou feriados, e) Para além das situações referidas nas alíneas anteriores,
considera-se que o trabalhador praticou uma infracção grave. tratando-se de trabalhadores incluídos em níveis de qualifi-
3- No caso de a apresentação do trabalhador, para início cação de direcção, de chefia, quadros ou pessoal qualificado,
ou reinício da prestação de trabalho, se verificar com atraso quando não seja possível a substituição dos mesmos durante
injustificado superior a trinta ou sessenta minutos, pode o o período de licença, sem prejuízo sério para o funcionamen-
empregador recusar a aceitação da prestação durante parte to da instituição.
ou todo o período normal de trabalho, respectivamente. 3- Considera-se de longa duração a licença não inferior a
4- Sem prejuízo, designadamente, do efeito disciplinar 60 dias.
inerente à injustificação de faltas, exceptuam-se do disposto
no número anterior os professores dos 2.º e 3.º ciclo do ensi-
no básico e os professores do ensino secundário. CAPÍTULO VI
Cláusula 54.ª
Retribuição e outras atribuições patrimoniais
Licença sem retribuição
1- As instituições podem atribuir ao trabalhador, a pedido Cláusula 56.ª
deste, licença sem retribuição.
Disposições gerais
2- O pedido deverá ser formulado por escrito, nele se ex-
pondo os motivos que justificam a atribuição da licença. 1- Considera-se retribuição aquilo a que, nos termos do
3- A resposta deverá ser dada igualmente por escrito nos contrato, das normas que o regem ou dos usos, o trabalhador
30 dias úteis seguintes ao recebimento do pedido. tem direito como contrapartida do seu trabalho.
4- A ausência de resposta dentro do prazo previsto no nú- 2- Na contrapartida do trabalho inclui-se a retribuição base
mero anterior equivale a aceitação do pedido. e todas as prestações regulares e periódicas feitas, directa ou
5- O período de licença sem retribuição conta-se para efei- indirectamente, em dinheiro ou em espécie.
tos de antiguidade. 3- Até prova em contrário, presume-se constituir retribui-
6- Durante o mesmo período cessam os direitos, deveres ção toda e qualquer prestação do empregador ao trabalhador.
e garantias das partes, na medida em que pressuponham a 4- A base de cálculo das prestações complementares e
efectiva prestação de trabalho. acessórias estabelecidas na presente convenção é constituída
apenas pela retribuição base e diuturnidades.

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Cláusula 57.ª Cláusula 61.ª

Enquadramento em níveis retributivos Retribuição especial para os trabalhadores isentos de horário de


trabalho
As profissões e categorias profissionais previstas na pre-
sente convenção são enquadradas em níveis retributivos de Os trabalhadores isentos do horário de trabalho têm di-
base de acordo com o anexo IV. reito a uma remuneração especial, no mínimo, igual a 20 %
da retribuição mensal ou à retribuição correspondente a uma
Cláusula 58.ª hora de trabalho suplementar por dia, conforme o que lhes
for mais favorável.
Retribuição mínima mensal de base
A todos os trabalhadores abrangidos pela presente con- Cláusula 62.ª
venção são mensalmente assegurados os montantes retribu-
Remuneração do trabalho suplementar
tivos de base mínimos constantes do anexo V.
1- O trabalho suplementar prestado em dia normal de tra-
Cláusula 59.ª balho será remunerado com os seguintes acréscimos míni-
mos:
Remuneração horária
a) 50 % da retribuição normal na primeira hora;
1- O valor da remuneração horária é determinado pela fór- b) 75 % da retribuição normal nas horas ou fracções se-
mula (Rm × 12) / (52 × n), sendo Rm o valor da retribuição guintes.
mensal de base e n o período de trabalho semanal a que o 2- O trabalho suplementar prestado em dia de descanso
trabalhador estiver obrigado. semanal, obrigatório ou complementar e em dia feriado será
2- Relativamente aos professores dos 2.º e 3.º ciclos do en- remunerado com o acréscimo mínimo de 100 % da retribui-
sino básico e aos professores do ensino secundário, o perío- ção normal.
do de trabalho a considerar para efeitos de determinação da 3- Não é exigível o pagamento de trabalho suplementar
remuneração horária é o correspondente, apenas, ao número cuja prestação não tenha sido prévia e expressamente deter-
de horas lectivas semanais estabelecido para o sector em que minada pela instituição.
o docente se integra.
Cláusula 63.ª
Cláusula 60.ª
Retribuição de trabalho normal em dia feriado
Compensações e descontos
O trabalho em horário normal prestado em dia feriado,
1- Na pendência do contrato de trabalho, as instituições em instituição não obrigada a suspender o seu funciona-
não podem compensar a retribuição em dívida com créditos mento nesse dia, confere ao trabalhador o direito a descanso
que tenham sobre o trabalhador, nem fazer quaisquer des- compensatório de igual duração ou a acréscimo de 100 % da
contos ou deduções no montante da referida retribuição. retribuição correspondente, por acordo das partes.
2- O disposto no número anterior não se aplica:
a) Aos descontos a favor do Estado, da Segurança Social Cláusula 64.ª
ou de outras entidades, ordenados por lei, por decisão judi-
Retribuição de trabalho por turnos
cial transitada em julgado ou por auto de conciliação, quan-
do da decisão ou do auto tenha sido notificado o empregador; 1- A prestação de trabalho em regime de turnos rotativos
b) Às indemnizações devidas pelo trabalhador ao empre- confere ao trabalhador, nos termos do disposto no número
gador, quando se acharem liquidadas por decisão judicial 5 da cláusula 37.ª, o direito aos seguintes complementos de
transitada em julgado ou por auto de conciliação; retribuição:
c) Às sanções pecuniárias aplicadas nos termos legais; a) Em regime de dois turnos em que apenas um seja total
d) Às amortizações de capital e pagamento de juros de em- ou parcialmente nocturno - 15 %;
préstimos concedidos pelo empregador ao trabalhador; b) Em regime de três turnos ou de dois turnos total ou par-
e) Aos preços de refeições no local de trabalho, de alo- cialmente nocturnos - 25 %.
jamento, de utilização de telefones, de fornecimento de gé- 2- O complemento previsto no número anterior inclui o
neros, de combustíveis ou de materiais, quando solicitados acréscimo de retribuição pelo trabalho nocturno prestado em
pelo trabalhador, bem como a outras despesas efectuadas regime de turnos.
pelo empregador por conta do trabalhador e consentidas por Cláusula 65.ª
este;
f) Aos abonos ou adiantamentos por conta da retribuição. Remuneração do trabalho nocturno
3- Com excepção das alíneas a) e f) os descontos referidos A retribuição do trabalho nocturno será superior em 25 %
no número anterior não podem exceder, no seu conjunto, um à retribuição a que dá direito o trabalho equivalente prestado
sexto da retribuição. durante o dia.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Cláusula 66.ª admissão e por meios idóneos, o trabalhador faça a respec-


tiva prova.
Retribuição do período de férias 5- Não é devido o pagamento de diuturnidades aos traba-
1- A retribuição do período de férias corresponde à que o lhadores abrangidos pela tabela B do anexo V.
trabalhador receberia se estivesse em serviço efectivo.
Cláusula 69.ª
2- Além da retribuição mencionada no número anterior,
o trabalhador tem direito a um subsídio de férias cujo mon- Abono para falhas
tante compreende a retribuição base e as demais prestações
1- O trabalhador que, no desempenho das suas funções,
retributivas que sejam contrapartida do modo específico da
tenha responsabilidade efectiva de caixa tem direito a um
execução do trabalho.
abono mensal para falhas no valor de 35,00 €, em 2022.
3- Salvo acordo escrito em contrário, o subsídio de férias
2- Se o trabalhador referido no número anterior for substi-
deve ser pago antes do início do período de férias e propor-
tuído no desempenho das respectivas funções, o abono para
cionalmente nos casos de gozo interpolado.
falhas reverterá para o substituto na proporção do tempo de
Cláusula 67.ª substituição.

Subsídio de Natal Cláusula 70.ª


1- Todos os trabalhadores abrangidos por esta convenção Refeição
têm direito a um subsídio de Natal de montante igual ao da
1- Os trabalhadores têm direito ao fornecimento de uma
retribuição mensal.
refeição principal completa por cada dia completo de traba-
2- Os trabalhadores que no ano de admissão não tenham
lho.
concluído um ano de serviço terão direito a tantos duodéci-
2- Em alternativa ao efectivo fornecimento de refeições, as
mos daquele subsídio quantos os meses de serviço que com-
instituições podem atribuir ao trabalhador uma compensação
pletarem até 31 de dezembro desse ano.
monetária no valor de 3,50 €, em 2022, por cada dia comple-
3- Suspendendo-se o contrato de trabalho por impedimen-
to de trabalho.
to prolongado do trabalhador, este terá direito:
3- Aos trabalhadores que, no interesse da instituição, nela
a) No ano de suspensão, a um subsídio de Natal de mon-
devam permanecer no período nocturno será fornecida ali-
tante proporcional ao número de meses completos de serviço
mentação e alojamento gratuitos.
prestado nesse ano;
4- Ressalvados os casos de alteração anormal de circuns-
b) No ano de regresso à prestação de trabalho, a um subsí-
tâncias, não é aplicável o disposto no número 2 às institui-
dio de Natal de montante proporcional ao número de meses
ções cujos equipamentos venham já garantindo o cumpri-
completos de serviço até 31 de dezembro, a contar da data
mento em espécie do direito consagrado no número 1 desta
de regresso.
cláusula.
4- Cessando o contrato de trabalho, a instituição pagará ao
5- Aos trabalhadores a tempo parcial será devida a refei-
trabalhador a parte de um subsídio de Natal proporcional ao
ção ou a compensação monetária quando o horário normal
número de meses completos de serviço no ano da cessação.
de trabalho se distribuir por dois períodos diários ou quando
5- O subsídio de Natal será pago até 30 de novembro de
tiverem quatro ou mais horas de trabalho no mesmo período
cada ano, salvo no caso da cessação do contrato de trabalho,
do dia.
em que o pagamento se efectuará na data da cessação refe-
6- A refeição e a compensação monetária a que se referem
rida.
os números anteriores não assumem a natureza de retribui-
Cláusula 68.ª ção.

Diuturnidades
CAPÍTULO VII
1- Os trabalhadores que estejam a prestar serviço em re-
gime de tempo completo têm direito a uma diuturnidade no Condições especiais de trabalho
valor de 21,00 €, em 2019, por cada cinco anos de serviço,
até ao limite de cinco diuturnidades. Cláusula 71.ª
2- Os trabalhadores que prestem serviço em regime de ho-
rário parcial têm direito às diuturnidades vencidas à data do Remissão
exercício de funções naquele regime e às que se vierem a As matérias relativas a direitos de personalidade, igual-
vencer nos termos previstos no número seguinte. dade e não discriminação, protecção da maternidade e da
3- O trabalho prestado a tempo parcial contará proporcio- paternidade, trabalho de menores, trabalhadores com capa-
nalmente para efeitos de atribuição de diuturnidades. cidade de trabalho reduzida, trabalhadores com deficiência
4- Para atribuição de diuturnidades será levado em conta ou doença crónica, trabalhadores-estudantes e trabalhadores
o tempo de serviço prestado anteriormente a outras institui- estrangeiros são reguladas pelas disposições do Código do
ções particulares de solidariedade social, desde que, antes da Trabalho e legislação complementar, designadamente pelas
que se transcrevem nas cláusulas seguintes.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

SECÇÃO I fraccionadamente, à escolha do trabalhador-estudante, de-


pendendo do período normal de trabalho semanal aplicável,
Trabalho de menores nos seguintes termos:
a) Igual ou superior a 20 horas e inferior a 30 horas: dis-
Cláusula 72.ª pensa até três horas semanais;
b) Igual ou superior a 30 horas e inferior a 34 horas: dis-
Trabalho de menores
pensa até quatro horas semanais;
1- A entidade patronal deve proporcionar aos menores que c) Igual ou superior a 34 horas e inferior a 38 horas: dis-
se encontrem ao seu serviço condições de trabalho adequa- pensa até cinco horas semanais;
das à sua idade, promovendo a respectiva formação pessoal d) Igual ou superior a 38 horas: dispensa até seis horas
e profissional e prevenindo, de modo especial, quaisquer ris- semanais.
cos para o respectivo desenvolvimento físico e psíquico. 5- O empregador pode, nos 15 dias seguintes à utilização
2- Os menores não podem ser obrigados à prestação de da dispensa de trabalho, exigir a prova da frequência de au-
trabalho antes das 8h00, nem depois das 18h00, no caso las, sempre que o estabelecimento de ensino proceder ao
de frequentarem cursos nocturnos oficiais, oficializados ou controlo da frequência.
equiparados, e antes das 7h00 e depois das 20h00 no caso de
os não frequentarem. Cláusula 76.ª

Cláusula 73.ª Prestação de provas de avaliação


1- O trabalhador-estudante tem direito a faltar justificada-
Admissão de menores
mente ao trabalho para prestação de provas de avaliação, nos
Só pode ser admitido a prestar trabalho, qualquer que seja termos seguintes:
a espécie e modalidade de pagamento, o menor que tenha a) Até dois dias por cada prova de avaliação, sendo um o
completado a idade mínima de admissão, tenha concluído a da realização da prova e o outro o imediatamente anterior, aí
escolaridade obrigatória e disponha de capacidades física e se incluindo sábados, domingos e feriados;
psíquica adequadas ao posto de trabalho. b) No caso de provas em dias consecutivos ou de mais de
uma prova no mesmo dia, os dias anteriores são tantos quan-
SECÇÃO II tas as provas de avaliação a efectuar, aí se incluindo sábados,
domingos e feriados;
Trabalhadores-estudantes c) Os dias de ausência referidos nas alíneas anteriores não
podem exceder um máximo de quatro por disciplina em cada
Cláusula 74.ª ano lectivo.
2- O direito previsto no número anterior só pode ser exer-
Noção cido em dois anos lectivos relativamente a cada disciplina.
1- Considera-se trabalhador-estudante aquele que presta 3- Consideram-se ainda justificadas as faltas dadas pelo
uma actividade sob autoridade e direcção de outrem e que trabalhador-estudante na estrita medida das necessidades im-
frequenta qualquer nível de educação escolar, incluindo cur- postas pelas deslocações para prestar provas de avaliação,
sos de pós-graduação, em instituição de ensino. não sendo retribuídas, independentemente do número de dis-
2- A manutenção do Estatuto do Trabalhador-Estudante é ciplinas, mais de 10 faltas.
condicionada pela obtenção de aproveitamento escolar. 4- Para efeitos de aplicação desta cláusula, consideram-se
Cláusula 75.ª provas de avaliação os exames e outras provas escritas ou
orais, bem como a apresentação de trabalhos, quando estes
Horário de trabalho os substituem ou os complementam, desde que determinem
1- O trabalhador-estudante deve beneficiar de horários de directa ou indirectamente o aproveitamento escolar.
trabalho específicos, com flexibilidade ajustável à frequência Cláusula 77.ª
das aulas e à inerente deslocação para os respectivos estabe-
lecimentos de ensino. Efeitos profissionais da valorização escolar
2- Quando não seja possível a aplicação do regime previs- 1- Ao trabalhador-estudante devem ser proporcionadas
to no número anterior o trabalhador-estudante beneficia de oportunidades de promoção profissional adequada à valori-
dispensa de trabalho para frequência de aulas, nos termos zação obtida por efeito de cursos ou conhecimentos adquiri-
previstos nos números seguintes. dos, não sendo, todavia, obrigatória a reclassificação profis-
3- O trabalhador-estudante beneficia de dispensa de traba- sional por simples obtenção desses cursos ou conhecimentos.
lho até seis horas semanais, sem perda de quaisquer direitos, 2- Têm direito, em igualdade de condições, ao preenchi-
contando como prestação efectiva de serviço, se assim o exi- mento de cargos para os quais se achem habilitados, por
gir o respectivo horário escolar. virtude dos cursos ou conhecimentos adquiridos, todos os
4- A dispensa de trabalho para frequência de aulas previs- trabalhadores que os tenham obtido na qualidade de traba-
ta no número anterior pode ser utilizada de uma só vez ou lhador-estudante.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Cláusula 78.ª Cláusula 81.ª

Excesso de candidatos à frequência de cursos Formação contínua


Sempre que o número de pretensões formuladas por tra- 1- No âmbito da formação contínua, as instituições devem:
balhadores-estudantes no sentido de lhes ser aplicado o regi- a) Elaborar planos anuais ou plurianuais de formação;
me especial de organização de tempo de trabalho se revelar, b) Reconhecer e valorizar as qualificações adquiridas pe-
manifesta e comprovadamente, comprometedor do funcio- los trabalhadores de modo a estimular a sua participação na
namento normal da instituição, fixar-se-á por acordo entre formação.
esta, os interessados e as estruturas representativas dos tra- 2- A formação contínua de activos deve abranger, em cada
balhadores o número e as condições em que serão deferidas ano, pelo menos 10 % dos trabalhadores com contrato sem
as pretensões apresentadas. termo de cada instituição.
3- O número mínimo de horas anuais de formação certifi-
CAPÍTULO VIII cada a que se refere o número anterior é de 40 horas a partir
de 2019.
Formação profissional 4- As horas de formação certificada que não foram organi-
zadas sob a responsabilidade do empregador por motivo que
Cláusula 79.ª lhe seja imputável são transformadas em créditos acumulá-
veis ao longo de três anos, no máximo.
Princípio geral 5- O trabalhador pode utilizar o crédito acumulado a que
1- A instituição deve proporcionar ao trabalhador acções se refere o número anterior para frequentar, por sua inicia-
de formação profissional adequadas à sua qualificação. tiva, acções de formação certificada que tenham correspon-
2- O trabalhador deve participar de modo diligente nas ac- dência com a actividade prestada, mediante comunicação à
ções de formação profissional que lhe sejam proporcionadas, instituição com a antecedência mínima de 10 dias.
salvo se houver motivo atendível, devendo, neste caso, obri- 6- Sempre que o trabalhador adquira nova qualificação
gatória e expressamente, solicitar a sua dispensa. profissional ou grau académico, por aprovação em curso de
3- As acções de formação devem ocorrer durante o período formação profissional ou escolar, com interesse para a en-
normal de trabalho, sempre que possível, contando a respec- tidade empregadora, tem preferência no preenchimento de
tiva frequência para todos os efeitos como tempo efectivo vagas que correspondam à formação ou educação adquirida.
de serviço. Cláusula 82.ª
4- Caso seja possível a sua substituição adequada, o tra-
balhador tem direito a dispensa de trabalho com perda de Formação de reconversão
retribuição para a frequência de acções de formação de curta 1- A instituição promoverá acções de formação profissio-
duração com vista à sua valorização profissional. nal de requalificação e de reconversão pelas seguintes razões:
5- As instituições obrigam-se a passar certificados de fre- a) Condições de saúde do trabalhador que imponham in-
quência e de aproveitamento das acções de formação profis- capacidades ou limitações no exercício das respectivas fun-
sional por si promovidas. ções;
Cláusula 80.ª b) Necessidades de reorganização de serviços ou por mo-
dificações tecnológicas e sempre que se demonstre a inviabi-
Objectivos lidade de manutenção de certas categorias profissionais.
São, designadamente, objectivos da formação profissio- 2- Tais acções destinam-se, sendo tal possível, a preparar
nal: os trabalhadores delas objecto para o exercício de uma nova
a) Promover a formação contínua dos trabalhadores, en- actividade, na mesma ou noutra entidade.
quanto instrumento para a valorização e actualização profis- Cláusula 83.ª
sional e para a melhoria da qualidade dos serviços prestados
pelas instituições; Formação nos contratos de trabalho para jovens
b) Promover a reabilitação profissional de pessoas com Sempre que admitam trabalhadores com menos de 25
deficiência, em particular daqueles cuja incapacidade foi ad- anos e sem a escolaridade mínima obrigatória, as institui-
quirida em consequência de acidente de trabalho; ções, por si ou com o apoio de entidades públicas ou pri-
c) Promover a integração sócio-profissional de grupos com vadas, devidamente certificadas, devem promover acções
particulares dificuldades de inserção, através do desenvolvi- de formação profissional ou educacional que garantam a
mento de acções de formação profissional especial; aquisição daquela escolaridade e, pelo menos, o nível II de
d) Garantir o direito individual à formação, criando con- qualificação.
dições para que o mesmo possa ser exercido independente-
mente da condição laboral do trabalhador.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

CAPÍTULO IX 4- Os representantes dos trabalhadores dispõem, para o


exercício das suas funções, de um crédito de cinco horas por
Segurança, higiene e saúde no trabalho mês.
Cláusula 88.ª
Cláusula 84.ª
Comissões de segurança, higiene e saúde
Princípios gerais
Podem ser criadas comissões de segurança, higiene e saú-
1- O trabalhador tem direito à prestação de trabalho em
de no trabalho, de composição paritária, com vista a planifi-
condições de segurança, higiene e saúde, asseguradas pela
car e propor a adopção de medidas tendentes a optimizar o
instituição.
nível da prestação de serviços de segurança, higiene e saúde
2- A instituição é obrigada a organizar as actividades de se-
no trabalho, bem como avaliar o impacto da respectiva apli-
gurança, higiene e saúde no trabalho que visem a prevenção
cação.
de riscos profissionais e a promoção da saúde do trabalhador.
Cláusula 85ª CAPÍTULO X
Obrigações do empregador
Cessação do contrato de trabalho
As instituições são obrigadas a assegurar aos trabalhado-
res condições de segurança, higiene e saúde em todos os as- Cláusula 89.ª
pectos relacionados com o trabalho, devendo aplicar e fazer
aplicar as medidas necessárias e adequadas, tendo em conta Princípio geral
os princípios legalmente consignados. A cessação do contrato de trabalho fica sujeita ao regime
Cláusula 86.ª legal em vigor a cada momento.
Cláusula 90.ª
Obrigações do trabalhador
O trabalhador tem obrigação de zelar: Exercício da acção disciplinar
a) Pela segurança e saúde próprias, designadamente, sujei- 1- O procedimento disciplinar deve exercer-se nos 60 dias
tando-se à realização dos exames médicos, promovidos pela subsequentes àquele em que o empregador ou superior hie-
entidade empregadora; rárquico com competência disciplinar teve conhecimento da
b) Pela segurança e saúde das pessoas que possam ser infracção.
afectadas pelas suas acções ou omissões. 2- A infracção disciplinar prescreve ao fim de um ano a
Cláusula 87.ª contar do momento em que teve lugar, sem prejuízo da apli-
cação de prazos prescricionais da lei penal, quando aplicável.
Representantes dos trabalhadores
1- Os representantes dos trabalhadores para a segurança, CAPÍTULO XI
higiene e saúde no trabalho são eleitos pelos trabalhadores
Segurança Social
por voto directo e secreto, segundo o princípio da represen-
tatividade e da proporcionalidade. Cláusula 91.ª
2- Os representantes dos trabalhadores não poderão exce-
der: Segurança Social - Princípios gerais
a) Empresas com menos de 61 trabalhadores - Um repre- As instituições e os trabalhadores ao seu serviço contri-
sentante; buirão para as instituições de Segurança Social que os abran-
b) Empresas de 61 a 150 trabalhadores - Dois represen- jam nos termos dos respectivos estatutos e demais legislação
tantes; aplicável.
c) Empresas de 151 a 300 trabalhadores - Três represen-
tantes; Cláusula 92.ª
d) Empresas de 301 a 500 trabalhadores - Quatro repre-
Invalidez
sentantes;
e) Empresas de 501 a 1000 trabalhadores - Cinco repre- No caso de incapacidade parcial ou absoluta para o traba-
sentantes; lho habitual proveniente de acidente de trabalho ou doença
f) Empresas de 1001 a 1500 trabalhadores - Seis represen- profissional contraída ao serviço da entidade empregadora,
tantes; esta diligenciará conseguir a reconversão dos trabalhadores
g) Empresas com mais de 1500 trabalhadores - Sete repre- diminuídos para funções compatíveis com as diminuições
sentantes. verificadas.
3- O mandato dos representantes dos trabalhadores é de
três anos.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

CAPÍTULO XII CAPÍTULO XIII

Comissão paritária Disposições transitórias e finais

Cláusula 93.ª Cláusula 97.ª

Constituição Diferenças salariais


1- É constituída uma comissão paritária formada por três As diferenças salariais resultantes da aplicação da pre-
representantes de cada uma das partes outorgantes da pre- sente convenção serão pagas em duas prestações mensais,
sente convenção. iguais, até ao final do primeiro trimestre do ano de 2023.
2- Por cada representante efectivo será designado um su-
Cláusula 98.ª
plente para desempenho de funções em caso de ausência do
efectivo. Regime
3- Cada uma das partes indicará por escrito à outra, nos 30
1- A presente convenção estabelece um regime globalmen-
dias subsequentes à publicação desta convenção, os mem-
te mais favorável do que os anteriores instrumentos de regu-
bros efectivos e suplentes por si designados, considerando-se
lamentação colectiva de trabalho.
a comissão paritária constituída logo após esta indicação.
2- A aplicação das tabelas de remunerações mínimas cons-
4- A comissão paritária funcionará enquanto estiver em
tantes do anexo V, bem como da cláusula anterior, não preju-
vigor a presente convenção, podendo qualquer dos contraen-
dica a vigência de retribuições mais elevadas auferidas pelos
tes, em qualquer altura, substituir os membros que nomeou,
trabalhadores, nomeadamente, no âmbito de projectos ou de
mediante comunicação escrita à outra parte.
acordos de cooperação celebrados com entidades públicas,
Cláusula 94.ª sociais ou privadas.

Normas de funcionamento
ANEXO I
1- A comissão paritária funcionará em local a determinar
pelas partes. Definição de funções
2- A comissão paritária reúne a pedido de qualquer das
partes mediante convocatória a enviar com a antecedência Barbeiros e cabeleireiros
mínima de 15 dias de que conste o dia, hora e agenda de Barbeiro-cabeleireiro - Executa corte de cabelos e barba,
trabalhos, cabendo o secretariado à parte que convocar a reu- bem como penteados, permanentes e tinturas de cabelo.
nião. Barbeiro - Procede à lavagem da cabeça e executa corte
3- No final da reunião será lavrada e assinada a respectiva de cabelo e barba.
acta. Cabeleireiro - Executa corte de cabelo, mise-en-plis,
4- As partes podem fazer-se assessorar nas reuniões da co- penteados e tinturas de cabelo.
missão.
Cobradores
Cláusula 95.ª Cobrador - Procede, fora da instituição, a recebimentos,
pagamentos e depósitos, considerando-se-lhe equiparado o
Competências
empregado de serviços externos.
1- Compete à comissão paritária:
Contínuos, guardas e porteiros
a) Interpretar e integrar o disposto nesta convenção;
b) Criar e eliminar profissões e categorias profissionais, Contínuo - Anuncia, acompanha e informa os visitantes;
bem como proceder à definição de funções inerentes às no- faz a entrega de mensagens e objectos inerentes ao serviço
vas profissões, ao seu enquadramento nos níveis de qualifi- interno e estampilha e entrega correspondência, a distribuir
cação e determinar a respectiva integração num dos níveis pelos serviços a que é destinada; executa o serviço de repro-
de remuneração. dução de documentos e de endereçamentos e faz recados.
2- Quando proceder à extinção de uma profissão ou cate- Guarda ou guarda-rondista - Assegura a defesa, vigilân-
goria profissional, a comissão deverá determinar a reclassi- cia e conservação das instalações e valores que lhe estejam
ficação dos trabalhadores noutra profissão ou categoria pro- confiados; regista entradas e saídas de pessoas, veículos e
fissional. mercadorias.
Paquete - É o trabalhador, menor de 18 anos, que presta
Cláusula 96.ª unicamente os serviços referidos na definição de funções de
contínuo.
Deliberações
Porteiro - Atende os visitantes, informa-se das suas
1- A comissão paritária só poderá deliberar desde que este- pretensões e anuncia-os ou indica-lhes os serviços a que se
jam presentes dois membros de cada uma das partes. devem dirigir; vigia e controla entradas e saídas de utentes;
2- As deliberações da comissão são tomadas por unanimi- recebe a correspondência e controla as entradas e saídas de
dade e passam a fazer parte integrante da presente conven- mercadorias e veículos.
ção, logo que publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Electricistas comportamento e mecanismos mentais do homem, sobretu-


Ajudante - É o electricista que completou a sua aprendi- do nos seus aspectos métricos.
zagem e coadjuva os oficiais enquanto não ascende à catego- Pode investigar um ramo de psicologia, psicossociologia,
ria de pré-oficial. psicopatologia, psicofisiologia ou ser especializado numa
Aprendiz - É o trabalhador que, sob a orientação perma- aplicação particular da psicologia, como, por exemplo, o
nente do oficial, faz a aprendizagem da profissão. diagnóstico e tratamento de desvios de personalidade e de
Chefe de equipa/oficial principal - Executa as tarefas que inadaptações sociais, em problemas psicológicos que surgem
exigem um nível de conhecimentos e polivalência superior durante a educação e o desenvolvimento das crianças e jo-
ao exigível ao oficial electricista ou, executando as tarefas vens ou em problemas psicológicos de ordem profissional,
mais exigentes, dirige os trabalhos de um nível de electricis- tais como os da selecção, formação e orientação profissional
tas; substitui o chefe de equipa nas suas ausências. dos trabalhadores, e ser designado em conformidade.
Encarregado - Controla e coordena os serviços de um Sociólogo - Estuda a origem, evolução, estrutura, ca-
nível de profissionais electricistas nos locais de trabalho. racterísticas e interdependências das sociedades humanas.
Oficial electricista - Instala, conserva e prepara circuitos Interpreta as condições e transformações do meio sociocul-
e aparelhagem eléctrica em habitações, estabelecimentos e tural em que o indivíduo age e reage para determinar as in-
outros locais, para o que lê e interpreta desenhos, esquemas cidências de tais condições e transformações sobre os com-
e outras especificações técnicas. portamentos individuais e de grupo; analisa os processos de
Pré-oficial - É o electricista que coadjuva os oficiais e formação, evolução e extinção dos grupos sociais e investiga
que, em cooperação com eles, executa trabalhos de menor os tipos de comunicação e interacção que neles e entre eles
responsabilidade. se desenvolvem; investiga de que modo todo e qualquer tipo
Fogueiros
de manifestação da actividade humana influencia e depen-
de de condições socioculturais em que existe; estuda de que
Fogueiro - Alimenta e conduz geradores de vapor, com- modo os comportamentos, as actividades e as relações dos
petindo-lhe, além do estabelecido pelo regulamento da pro- indivíduos e grupos se integram num sistema de organização
fissão, a limpeza do tubular, fornalhas e condutas e providen- social; procura explicar como e porquê se processa a evolu-
ciar pelo bom funcionamento de todos os acessórios, bem ção social; interpreta os resultados obtidos tendo em conta,
como pelas bombas de alimentação de água e combustível. sempre que necessário, elementos fornecidos por outros in-
Chegador ou ajudante de fogueiro - Assegura o abaste- vestigadores que trabalham em domínios conexos; apresenta
cimento de combustível para o gerador de vapor, de carrega- as suas conclusões de modo a poderem ser utilizadas pela
mento manual ou automático, e procede à limpeza do mesmo instituição.
e da secção em que está instalado, sob a orientação e respon-
Telefonistas
sabilidade do fogueiro.
Médicos
Telefonista - Presta serviço numa central telefónica,
transmitindo aos telefones internos as chamadas recebidas e
Director de serviços clínicos - Organiza e dirige os ser- estabelecendo ligações internas ou para o exterior; responde,
viços clínicos. se necessário, a pedidos de informações telefónicas.
Médico de clínica geral - Efectua exames médicos, re-
Trabalhadores administrativos
quisita exames auxiliares de diagnóstico e faz diagnósticos;
envia criteriosamente o doente para médicos especialistas, se Caixa - Tem a seu cargo as operações de caixa e registo
necessário, para exames ou tratamentos específicos; institui do movimento relativo a transacções respeitantes à gestão da
terapêutica medicamentosa e outras adequadas às diferentes instituição; recebe numerário e outros valores e verifica se a
doenças, afecções e lesões do organismo; efectua pequenas sua importância corresponde à indicada nas notas de venda
intervenções cirúrgicas. ou nos recibos; prepara os sobrescritos segundo as folhas de
Médico especialista - Desempenha as funções funda- pagamento; prepara os fundos destinados a serem deposita-
mentais do médico de clínica geral, mas especializa-se no dos e toma as disposições necessárias para os levantamentos.
tratamento de certo tipo de doenças ou num ramo particular Chefe de departamento - Estuda, organiza e coordena,
de medicina, sendo designado em conformidade. sob a orientação do seu superior hierárquico, num ou em
Psicólogo e sociólogo
vários dos departamentos da instituição, as actividades que
lhe são próprias; exerce, dentro do departamento que chefia
Psicólogo - Estuda o comportamento e os mecanismos e nos limites da sua competência, a orientação e a fiscali-
mentais do homem e procede a investigações sobre proble- zação do pessoal sob as suas ordens e de planeamento das
mas psicológicos em domínios tais como o fisiológico, so- actividades de departamento, segundo as orientações e fins
cial, pedagógico e patológico, utilizando técnicas específicas definidos; propõe a aquisição de equipamento e materiais e
que, por vezes, elabora; analisa os problemas resultantes da a admissão de pessoal necessário ao bom funcionamento do
interacção entre indivíduos, instituições e grupos; estuda departamento e executa outras funções semelhantes.
todas as perturbações internas e relacionais que afectam o As categorias de chefe de serviços, chefe de escritório e
indivíduo; investiga os factores diferenciais, biológicos, am- chefe de divisão, que correspondem a esta profissão, serão
bientais e pessoais do seu desenvolvimento, assim como o atribuídas de acordo com o departamento chefiado e grau de
crescimento progressivo das capacidades motoras e das apti- responsabilidade requerido.
dões intelectivas e sensitivas; estuda as bases fisiológicas do

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Chefe de secção - Coordena e controla o trabalho numa à pessoa ou serviços competentes; põe em caixa os paga-
secção administrativa. mentos de contas e entregas recebidos; escreve em livros
Contabilista - Organiza e dirige os serviços de contabi- as receitas e despesas, assim como outras operações conta-
lidade e dá conselhos sobre problemas de natureza conta- bilísticas; estabelece o extracto das operações efectuadas e
bilística; estuda a planificação dos circuitos contabilísticos, de outros documentos para informação superior; atende os
analisando os diversos sectores da actividade da empresa, candidatos às vagas existentes e informa-os das condições de
de forma a assegurar uma recolha de elementos precisos, admissão e efectua registos do pessoal; preenche formulários
com vista à determinação de custos e resultados de explora- oficiais relativos ao pessoal ou à instituição; ordena e arqui-
ção; elabora o plano de contas a utilizar para a obtenção dos va notas de livrança, recibos, cartas ou outros documentos e
elementos mais adequados à gestão económico-financeira e elabora dados estatísticos; escreve à máquina e opera com
cumprimento da legislação comercial e fiscal; supervisiona máquinas de escritório; prepara e organiza processos; presta
a escrituração dos registos e livros de contabilidade, coor- informações e outros esclarecimentos aos utentes e ao públi-
denando, orientando e dirigindo os empregados encarrega- co em geral.
dos dessa execução; fornece os elementos contabilísticos Escriturário principal/subchefe de secção - Executa as
necessários à definição da política orçamental e organiza e tarefas mais exigentes que competem ao escriturário, no-
assegura o controlo de execução do orçamento; elabora ou meadamente tarefas relativas a determinados assuntos de
certifica os balancetes e outras informações contabilísticas pessoal, de legislação ou fiscais, apuramentos e cálculos
a submeter à administração ou a fornecer a serviços públi- contabilísticos e estatísticos complexos e tarefas de relação
cos; procede ao apuramento de resultados, dirigindo o en- com fornecedores e ou clientes que obriguem à tomada de
cerramento das contas e a elaboração do respectivo balanço, decisões correntes, ou executando as tarefas mais exigentes
que apresenta e assina; elabora o relatório explicativo que da secção; colabora directamente com o chefe da secção e
acompanha a apresentação de contas ou fornece indicações no impedimento deste coordena ou controla as tarefas de um
para essa elaboração; efectua as revisões contabilísticas ne- nível de trabalhadores administrativos ou actividades afins.
cessárias, verificando os livros ou registos para se certificar Estagiário - Auxilia os escriturários ou outros trabalha-
da correcção da respectiva escrituração. Pode subscrever a dores de escritório, preparando-se para o exercício das fun-
escrita da instituição e nesse caso é-lhe atribuído o título pro- ções que vier a assumir.
fissional de técnico de contas. Guarda-livros - Ocupa-se da escrituração de registos ou
Director de serviços - Estuda, organiza e dirige, nos li- de livros de contabilidade, gerais ou especiais, selados ou
mites dos poderes de que está investido, as actividades da não selados, analíticos e sintéticos, executando, nomeada-
instituição; colabora na determinação da política da institui- mente, trabalhos contabilísticos relativos ao balanço anual
ção; planeia a utilização mais conveniente da mão-de-obra, e apuramento dos resultados de exploração e do exercício;
equipamento, materiais, instalações e capitais; orienta, dirige colabora nos inventários das existências; prepara ou manda
e fiscaliza a actividade da instituição segundo os planos es- preparar extractos de contas simples ou com juros e executa
tabelecidos, a política adoptada e as normas e regulamentos trabalhos conexos; superintende nos respectivos serviços e
prescritos; cria e mantém uma estrutura administrativa que tem a seu cargo a elaboração dos balanços e a escrituração
permita explorar e dirigir a instituição de maneira eficaz; co- dos livros selados, sendo responsável pela boa ordem e exe-
labora na fixação da política financeira e exerce a verificação cução dos trabalhos. Pode subscrever a escrita da instituição
dos custos. e nesse caso é-lhe atribuído o título profissional de técnico
Documentalista - Organiza o núcleo de documentação de contas.
e assegura o seu funcionamento ou, inserido num departa- Operador de computador - Opera e controla o computa-
mento, trata a documentação tendo em vista as necessidades dor através do seu órgão principal, prepara-o para a execução
de um ou mais sectores da instituição; faz a selecção, com- dos programas e é responsável pelo cumprimento dos prazos
pilação, codificação e tratamento da documentação; elabora previstos para cada operação, ou seja, não é apenas um mero
resumos de artigos e de documentos importantes e estabelece utilizador, mas encarregado de todo o trabalho de tratamento
a circulação destes e de outros documentos pelos diversos e funcionamento do computador; vigia o tratamento da infor-
sectores da instituição; organiza e mantém actualizados os mação; prepara o equipamento consoante os trabalhos a exe-
ficheiros especializados; promove a aquisição da documen- cutar pelo escriturário e executa as manipulações necessárias
tação necessária aos objectivos a prosseguir; faz arquivo e ou e mais sensíveis; retira o papel impresso, corrige os possíveis
registo de entrada e saída da documentação. erros detectados, anota os tempos utilizados nas diferentes
Escriturário - Executa várias tarefas, que variam con- máquinas e mantém actualizados os registos e os quadros
soante a natureza e importância do escritório onde trabalha; relativos ao andamento dos diferentes trabalhos. Responde
redige relatórios, cartas, notas informativas e outros docu- directamente e perante o chefe hierárquico respectivo por to-
mentos, manualmente ou à máquina, dando-lhe o seguimen- das as tarefas de operação e controlo informático.
to apropriado; examina o correio recebido, separa-o, classifi- Operador de máquinas auxiliares - Opera com máquinas
ca-o e compila os dados que são necessários para preparar as auxiliares de escritório, tais como fotocopiadores e duplica-
respostas; elabora, ordena e prepara os documentos relativos dores, com vista à reprodução de documentos, máquinas de
à encomenda, distribuição, facturação e realização das com- imprimir endereços e outras indicações análogas e máquinas
pras e vendas; recebe pedidos de informação e transmite-os de corte e separação de papel.

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Operador de processamento de texto - Escreve cartas, Jardineiro - Ocupa-se do arranjo e conservação dos jar-
notas e textos baseados em documentos escritos ou infor- dins.
mações, utilizando máquina de escrever ou processador de Operador de máquinas agrícolas - Conduz e manobra
texto; revê a documentação a fim de detectar erros e procede uma ou mais máquinas e alfaias agrícolas e cuida da sua ma-
às necessárias correcções; opera fotocopiadoras ou outros nutenção e conservação mecânica.
equipamentos a fim de reproduzir documentos, executa ta- Trabalhador agrícola - Executa, no domínio da explora-
refas de arquivo. ção agro-pecuária e silvícola, todas as tarefas necessárias ao
Recepcionista - Recebe clientes e orienta o público, seu funcionamento que não exijam especialização.
transmitindo indicações dos respectivos departamentos; as- Tratador ou guardador de gado - Alimenta, trata e guar-
siste na portaria, recebendo e atendendo visitantes que pre- da o gado bovino, equino, suíno ou ovino, procede à limpe-
tendam encaminhar-se para qualquer secção ou atendendo za das instalações e dos animais e, eventualmente, zela pela
outros visitantes com orientação das suas visitas e transmis- conservação de vedações. É designado por maioral ou cam-
são de indicações várias. pino quando maneia gado bravo.
Secretário - Ocupa-se de secretariado específico da ad- Trabalhadores de apoio
ministração ou direcção da instituição; redige actas das
Ajudante de acção directa:
reuniões de trabalho, assegura, por sua própria iniciativa, o
1- Trabalha directamente com os utentes, quer indivi-
trabalho de rotina diária do gabinete; providencia pela reali-
dualmente, quer em grupo, tendo em vista o seu bem-estar,
zação de assembleias gerais, reuniões de trabalho, contratos
pelo que executa a totalidade ou parte das seguintes tarefas:
e escrituras.
a) Recebe os utentes e faz a sua integração no período ini-
Secretário-geral - Dirige exclusivamente, na dependên-
cial de utilização dos equipamentos ou serviços;
cia da direcção, administração ou da mesa administrativa da
b) Procede ao acompanhamento diurno e ou nocturno
instituição, todos os seus serviços; apoia a direcção, prepa-
dos utentes, dentro e fora dos estabelecimentos e serviços,
rando as questões a por ela decidir.
guiando-os, auxiliando-os, estimulando-os através da con-
Tesoureiro - Superintende os serviços da tesouraria, em
versação, detectando os seus interesses e motivações e parti-
escritórios em que haja departamento próprio, tendo a res-
cipando na ocupação de tempos livres;
ponsabilidade dos valores da caixa que lhe estão confiados;
c) Assegura a alimentação regular dos utentes;
verifica as diversas caixas e confere as respectivas existên-
d) Recolhe e cuida dos utensílios e equipamentos utiliza-
cias; prepara os fundos para serem depositados nos bancos e
dos nas refeições;
toma as disposições necessárias para levantamentos; verifica
e) Presta cuidados de higiene e conforto aos utentes e co-
periodicamente se o montante do valor em caixa coincide
labora na prestação de cuidados de saúde que não requei-
com o que os livros indicam. Pode, por vezes, autorizar cer-
ram conhecimentos específicos, nomeadamente, aplicando
tas despesas e executar outras tarefas relacionadas com ope-
cremes medicinais, executando pequenos pensos e admi-
rações financeiras.
nistrando medicamentos, nas horas prescritas e segundo as
Trabalhadores da agricultura instruções recebidas;
Ajudante de feitor - Coadjuva o feitor e substitui-o na sua f) Substitui as roupas de cama e da casa de banho, bem
ausência. como o vestuário dos utentes, procede ao acondicionamento,
Capataz - Coordena e controla as tarefas executadas por arrumação, distribuição, transporte e controlo das roupas la-
um nível de trabalhadores agrícolas; executa tarefas do mes- vadas e à recolha de roupas sujas e sua entrega na lavandaria;
mo tipo das realizadas pelos trabalhadores que dirige. g) Requisita, recebe, controla e distribui os artigos de hi-
Caseiro - Superintende, de acordo com as instruções da giene e conforto;
entidade empregadora, trabalhadores contratados com carác- h) Reporta à instituição ocorrências relevantes no âmbito
ter eventual, apenas para satisfazer necessidades de semen- das funções exercidas;
teiras e colheita; executa, quando necessário, trabalhos ine- i) Conduz, se habilitado, as viaturas da instituição.
rentes à produção de produtos agrícolas e hortícolas. Habita 2- Caso a instituição assegure apoio domiciliário, com-
em casa situada em determinada propriedade ou exploração, pete ainda ao ajudante de acção directa providenciar pela
tendo a seu cargo zelar por ela. manutenção das condições de higiene e salubridade do do-
Encarregado de exploração ou feitor - Coordena a exe- micílio dos utentes.
cução dos trabalhos de todos os sectores da exploração agrí- 3- Sempre que haja motivo atendível expressamente in-
cola, pecuária ou silvícola, sendo o responsável pela gestão vocado pelo utente, pode a instituição dispensar o trabalha-
da respectiva exploração. dor da prestação de trabalho no domicílio daquele.
Guarda de propriedades ou florestal - Tem a seu cargo Ajudante de acção educativa - Participa nas actividades
a vigilância dos terrenos agrícolas e florestais, bem como as sócio-educativas; ajuda nas tarefas de alimentação, cuidados
respectivas culturas. de higiene e conforto directamente relacionados com a crian-
Hortelão ou trabalhador horto florícola - Executa os ça; vigia as crianças durante o repouso e na sala de aula;
mais diversos trabalhos de horticultura e floricultura, tais assiste as crianças nos transportes, nos recreios, nos passeios
como regas, adubações, mondas, arranque ou apanha de pro- e visitas de estudo.
dutos hortícolas e de flores.

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Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de- Caixeiro-chefe de secção - Coordena e orienta o serviço
ficiência - Procede ao acompanhamento diurno ou nocturno de uma secção especializada de um sector de vendas.
dos utentes, dentro e fora do serviço ou estabelecimento; Caixeiro-encarregado - Coordena e controla o serviço e
participa na ocupação de tempos livres; apoia a realização o pessoal de balcão.
de actividades sócio-educativas; auxilia nas tarefas de ali- Empregado de armazém - Cuida da arrumação das mer-
mentação dos utentes; apoia-os nos trabalhos que tenham de cadorias ou produtos nas áreas de armazenamento; acondi-
realizar. ciona e ou desembala por métodos manuais ou mecânicos;
Ajudante de ocupação - Desempenha a sua actividade procede à distribuição das mercadorias ou produtos pelos
junto de crianças em idade escolar, com vista à sua ocupação sectores de venda ou de utilização; fornece, no local de ar-
durante o tempo deixado livre pela escola, proporcionando- mazenamento, mercadorias ou produtos contra a entrega de
-lhes ambiente adequado e actividades de carácter educativo requisição; assegura a limpeza das instalações; colabora na
e recreativo, segundo o plano de actividades apreciado pela realização de inventários.
técnica de actividades de tempos livres. Colabora no atendi- Encarregado de armazém - Coordena e controla o servi-
mento dos pais das crianças. ço e o pessoal de armazém.
Auxiliar de acção médica - Assegura o serviço de men- Encarregado do sector de armazém - Coordena e contro-
sageiro e procede à limpeza específica dos serviços de acção la o serviço e o pessoal de um sector do armazém.
médica; prepara e lava o material dos serviços técnicos; pro- Fiel de armazém - Superintende nas operações de entrada
cede ao acompanhamento e transporte de doentes em camas, e saída de mercadorias e ou materiais no armazém, executa
macas, cadeiras de rodas ou a pé, dentro e fora do hospital; ou fiscaliza os respectivos documentos e responsabiliza-se
assegura o serviço externo e interno de transporte de me- pela arrumação e conservação das mercadorias e ou mate-
dicamentos e produtos de consumo corrente necessários ao riais; comunica os níveis de stocks; colabora na realização
funcionamento dos serviços; procede à recepção, arrumação de inventários.
de roupas lavadas e à recolha de roupas sujas e suas entre- Trabalhadores de construção civil
gas, prepara refeições ligeiras nos serviços e distribui dietas
Auxiliar menor - É o trabalhador sem qualquer especiali-
(regime geral e dietas terapêuticas); colabora na prestação de
zação profissional com idade inferior a 18 anos.
cuidados de higiene e conforto aos doentes, sob orientação
Capataz - É o trabalhador designado de um nível de indi-
do pessoal de enfermagem; transporta e distribui as balas de
ferenciados para dirigir os mesmos.
oxigénio e os materiais esterilizados pelos serviços de acção
Carpinteiro de limpos - Trabalha em madeiras, incluindo
médica.
os respectivos acabamentos no banco de oficina ou na obra.
Auxiliar de laboratório - Lava, prepara e esteriliza o ma-
Carpinteiro de tosco ou cofragem - Executa e monta es-
terial de uso corrente; faz pequenos serviços externos refe-
truturas de madeira sem moldes para fundir betão.
rentes ao funcionamento do laboratório.
Encarregado fiscal - Fiscaliza as diversas frentes de obras
Maqueiro - Procede ao acompanhamento e transporte
em curso, verificando o andamento dos trabalhos, comparan-
de doentes a pé, de cama, maca ou cadeira, para todos os
do-os com o projecto inicial e o caderno de encargos.
serviços de internamento, vindos dos serviços de urgência
Encarregado de obras - Superintende na execução de
ou das consultas externas; efectua o transporte de cadáveres;
uma obra, sendo responsável pela gestão dos recursos huma-
colabora com os respectivos serviços na realização dos trâ-
nos e materiais à sua disposição.
mites administrativos relacionados com as suas actividades;
Estucador - Executa esboços, estuques e lambris e res-
procede à limpeza das macas.
pectivos alinhamentos.
Trabalhadores auxiliares Pedreiro - Executa alvenarias de tijolos, pedras ou blo-
Trabalhador auxiliar (serviços gerais) - Procede à lim- cos; faz assentamento de manilhas, tubos ou cantarias, rebo-
peza e arrumação das instalações; assegura o transporte de cos ou outros trabalhos similares ou complementares. Pode
alimentos e outros artigos; serve refeições em refeitórios; ser designado por trolha.
desempenha funções de estafeta e procede à distribuição de Pintor - Executa qualquer trabalho de pintura; procede ao
correspondência e valores por protocolo; efectua o transporte assentamento de vidros.
de cadáveres; desempenha outras tarefas não específicas que Servente - Executa tarefas não específicas.
se enquadrem no âmbito da sua categoria profissional e não Enfermeiros
excedam o nível de indiferenciação em que esta se integra.
1- O título de enfermeiro reconhece competência especí-
Trabalhadores de comércio e armazém fica, técnica e humana para a prestação de cuidados de en-
Caixa de balcão - Efectua o recebimento das importân- fermagem gerais ao indivíduo, à família e à comunidade, nos
cias devidas por fornecimento; emite recibos e efectua o re- três níveis de prevenção.
gisto das operações em folhas de caixa. 2- O título de enfermeiro é atribuído ao membro titular
Caixeiro - Vende mercadorias directamente ao público, de cédula profissional provisória, que faça prova de apro-
fala com o cliente no local de venda e informa-se do género veitamento no final de um período de experiência profissio-
de produtos que este deseja, anuncia o preço e esforça-se por nal tutelado ou que comprove exercício anterior efectivo da
concluir a venda; recebe encomendas; colabora na realização profissão por um prazo de duração mínima igual ao previsto
dos inventários. nesse regime.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Enfermeiro-chefe - Chefia o serviço de enfermagem e B) Profissionais de farmácia


avalia os enfermeiros da unidade e ou serviço prestadores Ajudante técnico de farmácia - Executa todos os actos
de cuidados (Lei n.º 111/2009, de 16 de setembro, particu- inerentes ao exercício farmacêutico, sob controlo do farma-
larmente o artigo 7.º - Estatuto da Ordem dos Enfermeiros). cêutico; vende medicamentos ou produtos afins e zela pela
Enfermeiro especialista sua conservação; prepara manipulados, tais como solutos,
1- O título de enfermeiro especialista reconhece com- pomadas, xaropes e outros.
petência científica, técnica e humana para prestar, além de (Trata-se de profissão a extinguir quando vagarem os lu-
cuidados gerais, cuidados de enfermagem especializados em gares ocupados pelos ajudantes técnicos de farmácia que não
áreas específicas de enfermagem. foram reclassificados em técnicos de farmácia)
2- O título de enfermeiro especialista é atribuído ao deten- Auxiliar de farmácia - Coadjuva o ajudante técnico de
tor do título de enfermeiro, após ponderação dos processos farmácia, ou os técnicos de farmácia, sob controlo do farma-
formativos e de certificação de competências, numa área de cêutico, nas tarefas que são cometidas àqueles trabalhadores
especialização (Lei n.º 111/2009, de 16 de setembro, particu- e já descritas, não podendo exercer autonomamente actos
larmente o artigo 7.º - Estatuto da Ordem dos Enfermeiros). farmacêuticos quer na farmácia quer nos postos de medica-
Enfermeiro supervisor - Colabora com o enfermeiro-di- mento.
rector na definição dos padrões de cuidados de enfermagem Trabalhadores com funções de chefia nos serviços gerais
para o estabelecimento ou serviços; orienta os enfermeiros-
Chefe dos serviços gerais - Organiza e promove o bom
-chefes na definição de normas e critérios para a prestação
funcionamento dos serviços gerais; superintende a coorde-
dos cuidados de enfermagem e na avaliação da qualidade dos
nação geral de todas as chefias da área dos serviços gerais.
cuidados de enfermagem prestados; promove o intercâmbio
Encarregado (serviços gerais) - Coordena e orienta a ac-
das experiências dos enfermeiros-chefes, coordenando reu-
tividade dos trabalhadores da área dos serviços gerais sob a
niões periódicas; avalia os enfermeiros-chefes e participa na
sua responsabilidade.
avaliação de enfermeiros de outras categorias; participa nas
Encarregado geral (serviços gerais) - Coordena e orienta
comissões de escolha de material e equipamento a adquirir
a actividade dos trabalhadores da área dos serviços gerais
para a prestação de cuidados; elabora o plano de acção anual
sob a sua responsabilidade.
articulado com os enfermeiros-chefes do seu sector, bem
Encarregado de sector - Coordena e distribui o pessoal
como o respectivo relatório.
do sector de acordo com as necessidades dos serviços; veri-
Trabalhadores de farmácia fica o desempenho das tarefas atribuídas; zela pelo cumpri-
A) Farmacêuticos mento das regras de segurança e higiene no trabalho; requi-
Director técnico - Assume a responsabilidade pela execu- sita produtos indispensáveis ao normal funcionamento dos
ção de todos os actos farmacêuticos praticados na farmácia, serviços; verifica periodicamente os inventários e as existên-
cumprindo-lhe respeitar e fazer respeitar os regulamentos cias e informa superiormente das necessidades de aquisição,
referentes ao exercício da profissão farmacêutica, bem como reparação ou substituição dos bens ou equipamentos; man-
as regras da deontologia, por todas as pessoas que trabalham tém em ordem o inventário do respectivo sector.
na farmácia ou que têm qualquer relação com ela; presta ao Encarregado de serviços gerais - Organiza, coordena
público os esclarecimentos por ele solicitados, sem prejuízo e orienta a actividade desenvolvida pelos encarregados de
da prescrição médica e fornece informações ou conselhos so- sector sob a sua responsabilidade; estabelece, em colabora-
bre os cuidados a observar com a utilização dos medicamen- ção com os encarregados de sector, os horários de trabalho,
tos, aquando da entrega dos mesmos, sempre que, no âmbito escalas e dispensas de pessoal, bem como o modo de funcio-
das suas funções, o julgue útil ou conveniente; mantém os namento dos serviços; mantém em ordem os inventários sob
medicamentos e substâncias medicamentosas em bom esta- a sua responsabilidade.
do de conservação, de modo a serem fornecidos nas devidas Trabalhadores com funções pedagógicas
condições de pureza e eficiência; diligencia no sentido de
Auxiliar de educação - Elabora planos de actividade das
que sejam observadas boas condições de higiene e segurança
classes, submetendo-os à apreciação dos educadores de in-
na farmácia; presta colaboração às entidades oficiais e pro-
fância e colaborando com estes no exercício da sua activi-
move as medidas destinadas a manter um aprovisionamento
dade.
suficiente de medicamentos.
Educador de estabelecimento - Exerce funções educati-
Farmacêutico - Coadjuva o director técnico no exercício
vas em estabelecimentos sócio-educativos, incluindo os diri-
das suas funções e substitui-o nas suas ausências e impedi-
gidos às pessoas com deficiência, prestando aos respectivos
mentos.
utilizadores todos os cuidados e orientações necessários ao
Técnico de farmácia - Desenvolve actividades no cir-
seu desenvolvimento físico, psíquico e afectivo.
cuito do medicamento, tais como análises e ensaios farma-
Educador de infância - Organiza e aplica os meios edu-
cológicos; interpreta a prescrição terapêutica e as fórmulas
cativos adequados em ordem ao desenvolvimento integral
farmacêuticas, sua preparação, identificação e distribuição,
da criança, nomeadamente psicomotor, afectivo, intelectual,
exerce o controlo da conservação, distribuição e stocks de
social e moral; acompanha a evolução da criança e estabele-
medicamentos e outros produtos, informa e aconselha sobre
ce contactos com os pais no sentido de se obter uma acção
o uso do medicamento.
educativa integrada.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Prefeito - Acompanha as crianças e os jovens, em regime necessário; consulta os clientes e os serviços públicos a fim
de internato ou semi-internato, nas actividades diárias extra- de obter a aprovação dos planos; prepara o programa e dirige
-aulas, refeições, sala de estudo, recreio, passeio, repouso, as operações à medida que os trabalhos prosseguem.
procurando consciencializá-los dos deveres de civilidade e Engenheiro electrotécnico - Estuda, concebe e estabelece
bom aproveitamento escolar. planos ou dá pareceres sobre instalações e equipamentos e
Professor - Exerce actividade pedagógica em estabeleci- estabelece planos de execução, indicando os materiais a uti-
mentos sócio-educativos. lizar e os métodos de fabrico; calcula o custo da mão-de-obra
Trabalhadores com funções técnicas e dos materiais, assim como outras despesas de fabrico,
montagem, funcionamento, manutenção e reparação de apa-
Arquitecto - Concebe e projecta, segundo o seu sentido
relhagem eléctrica, e certifica-se de que o trabalho concluído
estético e intuição do espaço, mas tendo em consideração
corresponde às especificações dos cadernos de encargos e às
determinadas normas gerais e regulamentos, conjuntos urba-
normas de segurança.
nos e edificações; concebe o arranjo geral das estruturas e a
Engenheiro silvicultor - Estuda, concebe e orienta a exe-
distribuição dos diversos equipamentos com vista ao equilí-
cução de trabalhos relativos à cultura e conservação de ma-
brio técnico-funcional do conjunto, colaborando com outros
tas, à fixação de terrenos e à melhor economia da água; apli-
especialistas; faz planos pormenorizados e elabora o caderno
ca os processos de exploração que assegurem a renovação da
de encargos; executa desenhos e maquetas como auxiliar do
floresta; determina as medidas mais adequadas de protecção
seu trabalho; presta assistência técnica no decurso da obra
dos povoamentos florestais; faz pesquisas e ensaios, tendo
e orienta a execução dos trabalhos de acordo com as espe-
em vista a produção, selecção e dispersão de sementes e a
cificações do projecto. Elabora, por vezes, projectos para a
germinação das diferentes espécies; organiza e superinten-
reconstituição, transformação ou reparação de edifícios.
de a exploração de viveiros; indica as práticas adequadas
Conservador de museu - Organiza, adquire, avalia e
de desbaste, a fim de assegurar um rendimento máximo e
conserva em museu colecções de obras de arte, objectos de
permanente; orienta os trabalhos de exploração das madeiras
carácter histórico, científico, técnico ou outros; orienta ou
quando atingem a idade do aproveitamento.
realiza trabalhos de investigação nesses domínios e coordena
Pode dedicar-se a um campo específico de actividade, tal
a actividade dos vários departamentos do museu a fim de as-
como silvo-pastorícia, protecção e fomento de caça e pesca
segurar o seu perfeito funcionamento; procura tornar conhe-
(em águas interiores.)
cidas as obras de arte existentes, promovendo exposições, vi-
Engenheiro técnico (construção civil) - Projecta, orga-
sitas com fins educativos ou outros processos de divulgação;
niza, orienta e fiscaliza trabalhos relativos à construção de
organiza o intercâmbio das colecções entre museus e procura
edifícios, funcionamento e conservação de sistemas de dis-
obter por empréstimo peças de instituições particulares.
tribuição ou escoamento de águas para serviços de higiene,
Por vezes guia visitas de estudo e faz conferências sobre
salubridade e irrigação; executa as funções do engenheiro
as colecções existentes no museu.
civil no âmbito da sua qualificação profissional e dentro das
Consultor jurídico - Consulta, estuda e interpreta leis;
limitações impostas pela lei.
elabora pareceres jurídicos sobre assuntos pessoais, comer-
Engenheiro técnico agrário - Dirige trabalhos de natu-
ciais ou administrativos, baseando-se na doutrina e na juris-
reza agro-pecuária, pondo em execução processos eficien-
prudência.
tes para a concretização de programas de desenvolvimento
Engenheiro agrónomo - Estuda, concebe e orienta a exe-
agrícola; presta assistência técnica, indicando os processos
cução de trabalhos relativos à produção agrícola e faz pes-
mais adequados para obter uma melhor qualidade dos pro-
quisas e ensaios, de modo a obter um maior rendimento e
dutos e garantir a eficácia das operações agrícolas; estuda
uma melhor qualidade dos produtos. Pode dedicar-se a um
problemas inerentes à criação de animais, sua alimentação
campo específico de actividades, como, por exemplo, peda-
e alojamento para melhoramento de raças. Pode dedicar-se
gogia, genética, sanidade vegetal, construções rurais, hidráu-
a um campo específico da agricultura, como, por exemplo,
lica agrícola, horticultura, arboricultura, forragem, nutrição
zootecnia, hidráulica agrícola, viticultura, floricultura, hor-
animal e vitivinicultura.
ticultura e outros.
Engenheiro civil (construção de edifícios) - Concebe e
Engenheiro técnico (electromecânica) - Estuda, concebe
elabora planos de estruturas de edificações e prepara, organi-
e projecta diversos tipos de instalações eléctricas e equipa-
za e superintende a sua construção, manutenção e reparação;
mentos de indústria mecânica; prepara e fiscaliza a sua fabri-
executa os cálculos, assegurando a resistência e estabilida-
cação, montagem, funcionamento e conservação; executa as
de da obra considerada e tendo em atenção factores como
funções de engenheiro electrotécnico ou engenheiro mecâ-
a natureza dos materiais de construção a utilizar, pressões
nico no âmbito da sua qualificação profissional e dentro das
de água, resistência aos ventos e mudanças de temperatura;
limitações impostas por lei.
consulta outros especialistas, como engenheiros mecânicos,
Técnico superior de laboratório - Planeia, orienta e su-
electrotécnicos e químicos, arquitectos e arquitectos paisa-
pervisiona o trabalho técnico de um ou mais sectores do la-
gistas, no que respeita a elementos técnicos e a exigências
boratório; testa e controla os métodos usados na execução
de ordem estética; concebe e realiza planos de obras e esta-
das análises; investiga e executa as análises mais complexas,
belece um orçamento, planos de trabalho e especificações,
de grande responsabilidade e de nível técnico altamente es-
indicando o tipo de materiais, máquinas e outro equipamento
pecializado.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Veterinário - Procede a exames clínicos, estabelece diag- caixas de arquivo e outros artigos e obras de encadernação;
nósticos e prescreve ou administra tratamentos médicos ou dá às peles diferentes tonalidades e efeitos; encaderna livros
cirúrgicos para debelar ou prevenir doenças dos animais; usados ou restaura obras antigas; gofra ou aplica títulos e
acompanha a evolução da doença e introduz alterações no desenhos a ouro por meio de balancé.
tratamento, sempre que necessário; estuda o melhoramento Encadernador-dourador - Desempenha a generalidade
das espécies animais, seleccionando reprodutores e estabe- das funções referidas quer para o dourador quer para o en-
lecendo as rações e tipos de alojamento mais indicados em cadernador.
função da espécie e raça, idade e fim a que os animais se des- Fotocompositor - Opera uma máquina de composição
tinam; indica aos proprietários dos animais as medidas sani- mecânica a frio; carrega a câmara fotográfica; regula o com-
tárias a tomar, o tipo de forragens ou outros alimentos a uti- ponedor e dispositivos de justificação; assegura o tipo de le-
lizar e os cuidados de ordem genérica; examina animais que tra, espaços e disposições do original da maqueta; corrige a
se destinam ao matadouro e inspecciona os locais de abate luz e elimina linhas incorrectas. Em algumas unidades, ter-
e os estabelecimentos onde são preparados ou transforma- minada a operação ou exposto todo o filme, envia-o para o
dos alimentos de origem animal, providenciando no sentido laboratório. Zela pela conservação e lubrificação.
de garantir as condições higiénicas necessárias; inspecciona Fotógrafo - Fotografa ilustrações ou textos para obter
alimentos de origem animal que se destinam ao consumo películas tramadas ou não, destinadas à sensibilidade de cha-
público, para se certificar que estão nas condições exigidas. pas metálicas para impressão a uma cor ou mais; avalia com
Trabalhadores gráficos densitómetro as densidades máxima e mínima dos motivos
e calcula coeficientes de correcção; calcula os factores para
Compositor manual - Combina tipos, filetes, vinhetas e
cada cor em trabalhos a cor e utiliza os filtros adequados para
outros materiais tipográficos; dispõe ordenadamente textos,
obter os negativos de selecção nas cores base; revela, fixa,
fotografias, gravuras, composição mecânica; efectua a pa-
lava e sobrepõe tramas adequadas e tira positivos tramados;
ginação, distribuindo a composição por páginas, numeran-
utiliza equipamento electrónico para o desempenho das suas
do-as ordenadamente e impondo-as para a sua impressão;
funções.
concebe e prepara a disposição tipográfica nos trabalhos de
Impressor (litografia) - Regula e assegura o funciona-
fantasia; faz todas as emendas e alterações necessárias; faz
mento e vigia uma máquina de imprimir folhas ou bobinas
a distribuição após a impressão. A operação de composição
de papel, ou folha-de-flandres, indirectamente, a partir de
pode ser efectuada utilizando máquina adequada (exemplo,
uma chapa fotolitografada e por meio de um cilindro reves-
ludlouw), que funde, através da junção de matrizes, linhas
tido de borracha; imprime em plano directamente folhas de
blocos, a que junta entrelinhas e material branco, que pode
papel ou chapas de folha-de-flandres; faz o alceamento; esti-
ter de cortar utilizando serra mecânica, destinando-se geral-
ca a chapa; abastece de tinta e água máquina; providencia a
mente para títulos, notícias e anúncios.
alimentação do papel; regula a distribuição de tinta; examina
Compositor mecânico (linotipista) - Opera uma máquina
as provas e a perfeição do ponto nas meias tintas; efectua
de composição mecânica a quente (tipo linotype ou inter-
correcções e afinações necessárias; regula a marginação; vi-
type); executa composição mecânica, regulando e accionan-
gia a tiragem; assegura a lavagem dos tinteiros tomadores
do a máquina dentro das mesmas regras tipográficas; tecla
e distribuidores nos trabalhos a cores; efectua impressões
um original que recebe com indicações, ou ele mesmo as
sucessivas ou utiliza máquinas com diferentes corpos de im-
faz, sobre a medida, corpo e tipo de letra; regula o molde
pressão, ajustando as chapas pelas miras ou traços dos mo-
expulsor, mordente, navalhas e componedor; liga o sistema
tivos; prepara as tintas que utiliza, dando tonalidades e grau
de arrefecimento e regula a posição do armazém de matriz
de fluidez e secante adequado à matéria a utilizar; tira prova
pretendido; verifica a qualidade de fundição e vigia o rea-
em prelos mecânicos.
bastecimento normal da caldeira com metal; retira o granel
Impressor tipográfico - Regula e assegura o funciona-
acumulado na galé; zela pela conservação e lubrifica regu-
mento e vigia uma máquina de imprimir por meio de com-
larmente a máquina; resolve os problemas resultantes de
posição tipográfica; uniformiza a altura da composição,
acidente ou avaria com carácter normal que impeçam o fun-
efectua os ajustamentos necessários na justificação e aperto
cionamento.
da forma; faz a almofada e regula a distância, a pressão e a
Costureiro de encadernação - Cose manual e ordenada-
tintagem para uma distribuição uniforme; corrige a afinação
mente os cadernos que constituem o livro, ligando-os uns
da máquina e efectua os alceamentos necessários; ajusta os
aos outros, de modo a constituírem um corpo único; infor-
alceamentos sob a composição ou almofada; regula os dis-
ma-se do tipo de costura pretendido e verifica se a obra está
positivos de aspiração; prepara as tintas que utiliza; executa
apta a ser cosida e disposta ordenadamente. Pode ainda exer-
trabalhos a mais de uma cor, acertando as diversas impres-
cer funções de operador de máquina de coser.
sões pelos motivos ou referências; assegura a manutenção
Encadernador - Executa a totalidade ou as principais ta-
da máquina. Pode ser especializado num tipo particular de
refas em que se decompõe o trabalho de encadernação; vigia
máquina.
e orienta a dobragem, alceamento e passagem à letra; abre os
Montador - Monta manualmente ou com ajuda mecânica
sulcos do tipo de costura e dimensão da obra; faz o lombo e
os clichés nos cilindros das máquinas de impressão.
o revestimento; prepara previamente as peles; prepara e cola
Operador manual - Auxilia directamente os operadores
as guardas; confecciona ainda álbuns, pastas de secretária,
das máquinas de acabamentos; procede a operações manuais

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

sobre bancadas ou mesas de escolha, tais como contagem, ção das ementas; recebe os víveres e outros produtos neces-
escolha ou embalagem de trabalhos expressos; faz a retira- sários à sua confecção, sendo responsável pela sua conserva-
ção junto às esquinas de imprimir ou desintercalar nas me- ção; amanha o peixe, prepara os legumes e a carne e procede
sas; efectua correcções manuais a defeitos ou emendas. à execução das operações culinárias; emprata-os, guarnece-
Operador de máquinas (encadernação ou acabamen- -os e confecciona os doces destinados às refeições, quando
tos) - Regula e conduz uma máquina de encadernação ou de não haja pasteleiro; executa ou zela pela limpeza da cozinha
acabamentos: dobra, cose, alça (folhas ou cadernos), encasa, e dos utensílios.
brocha, pauta, plastifica, enverniza, doura (por purpurina, Cozinheiro-chefe - Organiza, coordena, dirige e verifica
por película ou em balancé), executa colagem ou contracola- os trabalhos de cozinha; elabora ou contribui para a elabo-
gem; observa a perfeição do trabalho e corrige-o sempre que ração das ementas, tendo em atenção a natureza e o número
necessário; assegura a manutenção. Pode operar máquinas de pessoas a servir, os víveres existentes ou susceptíveis de
polivalentes. aquisição e requisita às secções respectivas os géneros de
Perfurador de fotocomposição - Perfura, numa unidade que necessita para a sua confecção; dá instruções ao pessoal
de compor com teclado próprio, fita de papel, fita magnética de cozinha sobre a preparação e confecção dos pratos, tipos
ou outro suporte adequado, composição justificada ou sem de guarnição e quantidades a servir; acompanha o andamen-
qualquer justificação, destinada a codificação e revelação; to dos cozinhados e assegura-se da perfeição dos pratos e
monta a unidade de contagem segundo o tipo de letra; abas- da sua concordância com o estabelecido; verifica a ordem e
tece a máquina; retira a fita perfurada. a limpeza de todas as secções de pessoal e mantém em dia
Restaurador de folhas - Restaura pergaminhos e folhas o inventário de todo o material de cozinha; é responsável
de papel manuscritos e impressos; limpa folhas e procede ao pela conservação dos alimentos entregues na cozinha; é en-
restauro, aplicando pedaços de pergaminho e papel japonês carregado do aprovisionamento da cozinha e de elaborar um
e dando-lhe a tonalidade adequada, faz a pré-encadernação registo diário dos consumos; dá informações sobre quantida-
dos livros. des necessárias às confecções dos pratos e ementas; é ainda
Teclista monotipista - Perfura, em papel, uma memória o responsável pela elaboração das ementas do pessoal e pela
de código para o comando das fundidoras-compositoras; tem boa confecção das respectivas refeições qualitativa e quan-
conhecimentos básicos de composição manual, prepara o te- titativamente.
clado, através de indicações recebidas no original ou que ele Despenseiro - Armazena, conserva e distribui géneros
mesmo faz, sobre medida, corpo e operações de regular o alimentícios e outros produtos; recebe produtos e verifica se
tambor de justificação, caixa de calibragem e outros acessó- coincidem em quantidade e qualidade com os discriminados
rios e elementos eventuais para o trabalho a realizar; elabora nas notas de encomenda; arruma-os em câmaras frigoríficas,
um memorando dos intermediários utilizados na perfuração, tulhas, salgadeiras, prateleiras e outros locais apropriados;
a fim de o fundidor introduzir as matrizes necessárias para a cuida da sua conservação, protegendo-os convenientemente;
fundição; retira a fita perfurada para a entregar ao fundidor; fornece, mediante requisição, os produtos que lhe sejam so-
procede às operações de manutenção, limpeza e lubrificação. licitados; mantém actualizados os registos; verifica periodi-
Transportador - Transporta, por meio de prensa adequa- camente as existências e informa superiormente das necessi-
da, motivos, textos ou desenhos, em gravura, para um papel- dades de aquisição; efectua a compra de géneros de consumo
-matriz resinoso (flan), que depois molda, através da pressão diário e outras mercadorias ou artigos diversos.
e do calor em máquina adequada, num cliché de borracha Empregado de balcão - Ocupa-se do serviço de balcão,
vulcanizada ou termoplásticos; elimina resíduos e verifica a servindo directamente as preparações de cafetaria, bebidas e
altura da gravação e espessura do cliché. doçaria para consumo no local; cobra as respectivas impor-
Trabalhadores de hotelaria tâncias e observa as regras de controlo aplicáveis; colabora
nos trabalhos de asseio e higiene e na arrumação da secção;
Ajudante de cozinheiro - Trabalha sob as ordens de um
elabora os inventários periódicos das existências da mesma
cozinheiro, auxiliando-o na execução das suas tarefas; limpa
secção.
e corta legumes, carnes, peixe ou outros alimentos; prepara
Empregado de mesa - Serve refeições, limpa os aparado-
guarnições para os pratos; executa e colabora nos trabalhos
res e guarnece-os com todos os utensílios necessários; põe
de arrumação e limpeza da sua secção; colabora no serviço
a mesa, colocando toalhas e guardanapos, pratos, talheres,
de refeitório.
copos e recipientes com condimentos; apresenta a ementa
Chefe de compras/ecónomo - Procede à aquisição de gé-
e fornece, quando solicitadas, indicações acerca dos vários
neros, mercadorias e outros artigos, sendo responsável pelo
tipos de pratos e vinhos; anota os pedidos ou fixa-os men-
regular abastecimento da instituição; armazena, conserva,
talmente e transmite-os às secções respectivas; serve os di-
controla e fornece às secções as mercadorias e artigos neces-
versos pratos, os vinhos e outras bebidas; retira e substitui a
sários ao seu funcionamento; procede à recepção dos artigos
roupa e a louça servidas; recebe a conta ou envia-a à secção
e verifica a sua concordância com as respectivas requisições;
respectiva para debitar; levanta ou manda levantar as mesas.
organiza e mantém actualizados os ficheiros de mercadorias
Empregado de quartos/camaratas/enfermarias - Arruma
à sua guarda, pelas quais é responsável; executa ou colabora
e limpa os quartos de um andar/camaratas ou enfermarias,
na execução de inventários periódicos.
bem como os respectivos acessos, e transporta a roupa ne-
Cozinheiro - Prepara, tempera e cozinha os alimentos
cessária para o efeito; serve refeições nos quartos e enfer-
destinados às refeições; elabora ou contribui para a confec-
marias.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Empregado de refeitório - Executa nos diversos sectores serviço e trabalhos afins. Pode dedicar-se apenas a trabalho
de um refeitório trabalhos relativos ao serviço de refeições; de confecção.
prepara as salas, levando e dispondo mesas e cadeiras da for- Engomador - Ocupa-se dos trabalhos de passar a ferro e
ma mais conveniente; coloca nos balcões e nas mesas pão, dobrar as roupas; assegura outros trabalhos da secção.
fruta, sumos e outros artigos de consumo; recebe e distribui Lavadeiro - Procede à lavagem manual ou mecânica das
refeições; levanta tabuleiros das mesas e transporta-os para a roupas de serviço e dos utentes; engoma a roupa, arruma-a e
copa; lava as louças, recipientes e outros utensílios; procede assegura outros trabalhos da secção.
a serviços de preparação de refeições, embora não as confec- Roupeiro - Ocupa-se do recebimento, tratamento, arru-
cionando. Executa ainda os serviços de limpeza e asseio dos mação e distribuição das roupas; assegura outros trabalhos
diversos sectores. da secção.
Encarregado de refeitório - Organiza, coordena, orienta Trabalhadores de madeiras, mobiliário e decoração
e vigia os serviços de um refeitório e requisita os géneros,
Bordadeira (tapeçarias) - Borda tapeçarias, seguindo
utensílios e quaisquer outros produtos necessários ao nor-
padrões e técnicas determinados, com pontos diversos, utili-
mal funcionamento dos serviços; fixa ou colabora no esta-
zando uma tela de base. Pode dedicar-se a um tipo de ponto,
belecimento das ementas, tomando em consideração o tipo
sendo designado em conformidade, como, por exemplo, bor-
de trabalhadores a que se destinam e o valor dietético dos
dadeira de tapetes de Arraiolos.
alimentos; distribui as tarefas ao pessoal, velando pelo cum-
Carpinteiro - Constrói, monta e repara estruturas de ma-
primento das regras de higiene, eficiência e disciplina; veri-
deira e equipamentos, utilizando ferramentas manuais ou
fica a qualidade e quantidade das refeições; elabora mapas
mecânicas.
explicativos das refeições fornecidas, para posterior conta-
Dourador de ouro fino - Procede à aplicação de folhas de
bilização; é encarregado de receber os produtos e verificar
ouro fino em obras de talha, molduras, mobiliário e outras
se coincidem, em quantidade e qualidade, com os produtos
superfícies de madeira, que previamente aparelha, com pri-
descritos.
mários específicos; executa acabamentos e patinados.
Encarregado de parque de campismo - Dirige, colabora,
Ebanista - Fabrica, normalmente com madeiras precio-
orienta e vigia todos os serviços do parque de campismo e
sas, móveis e outros objectos de elevado valor artístico, com
turismo de acordo com as directrizes superiores; vela pelo
embutidos, utilizando ferramentas manuais ou mecânicas.
cumprimento das regras de higiene e assegura a eficiência
Possui conhecimentos específicos sobre concepção, desenho
da organização geral do parque; comunica às autoridades
e execução de móveis e embutidos de elevada qualidade. Por
competentes a prática de irregularidade pelos campistas; é
vezes é incumbido de efectuar restauros.
o responsável pelo controlo das receitas e despesas, com-
Encarregado - Controla e coordena os profissionais com
petindo-lhe fornecer aos serviços de contabilidade todos
actividades afins.
os elementos de que estes careçam; informa a direcção das
Entalhador - Escolhe, predominantemente, motivos em
ocorrências na actividade do parque e instrui os seus subor-
madeira em alto ou em baixo-relevo; procede à restauração
dinados sobre os trabalhos que lhes estão confiados.
ou conserto de determinadas peças, tais como imagens e mó-
Pasteleiro - Confecciona e guarnece produtos de pas-
veis de estilo.
telaria compostos por diversas massas e cremes, utilizando
Estofador - Executa operações de traçar, talhar, coser, en-
máquinas e utensílios apropriados: elabora receitas para bo-
chumaçar, pegar ou grampar na confecção de estofos, arran-
los, determinando as quantidades de matérias-primas e in-
jos e outras reparações em móveis ou superfícies a estofar.
gredientes necessários à obtenção dos produtos pretendidos;
Marceneiro - Fabrica, monta, transforma, folheia e re-
pesa e doseia as matérias-primas de acordo com as receitas;
para móveis de madeira, utilizando ferramentas manuais e
prepara massas, cremes, xaropes e outros produtos, por pro-
mecânicas.
cessos tradicionais ou mecânicos, com utensílios apropria-
Mecânico de madeiras - Opera com máquinas de traba-
dos; verifica e corrige, se necessário, a consistência das mas-
lhar madeira, designadamente máquinas combinadas, má-
sas, adicionando-lhes os produtos adequados; unta as formas
quinas de orlar, engenhos de furar, garlopas, desengrossadei-
ou forra o seu interior com papel ou dá orientações nesse
ras, plainas, tornos, tupias e outros.
sentido; corta a massa, manual ou mecanicamente, ou distri-
Pintor-decorador - Executa e restaura decorações em
bui-a em formas, consoante o tipo e o produto a fabricar, ser-
superfícies diversas, servindo-se de tintas, massas e outros
vindo-se de utensílios e máquinas próprios; coloca a massa
materiais. Por vezes pinta e restaura mobiliários de elevado
em tabuleiros, a fim de ser cozida no forno; dá orientações,
valor artístico e executa douramentos a ouro.
se necessário, relativamente aos tempos de cozedura; decora
Pintor de lisos (madeira) - Executa pinturas, douramen-
os artigos de pastelaria com cremes, frutos, chocolate, mas-
tos e respectivos restauros em madeira lisa, a que previamen-
sapão e outros produtos; mantém os utensílios e o local de
te aplica adequado tratamento com aparelho de cré e uma
trabalho nas condições de higiene requeridas.
lavagem com cola de pelica. Executa as tarefas do dourador
Trabalhadores de lavandaria e de roupas de madeira quando necessita de dourar.
Costureira/alfaiate - Executa vários trabalhos de corte Pintor de móveis - Executa todos os trabalhos de pintura
e costura manuais e ou à máquina necessários à confecção, de móveis, assim como engessar, amassar, preparar e lixar;
consertos e aproveitamento de peças de vestuário, roupas de pinta também letras e traços.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Polidor de móveis - Dá polimento na madeira, transmi- Aprendiz - Faz a aprendizagem para desempenhar as tare-
tindo-lhe a tonalidade e brilho desejados. fas de amassador ou forneiro.
Serrador de serra de fita - Regula e manobra uma máqui- Encarregado de fabrico - É o responsável pela aquisição
na com uma ou mais serras de fita com ou sem alimentador. de matérias-primas, pelo fabrico em tempo para a expedição
Subencarregado - Auxilia o encarregado e substitui-o e pela elaboração dos respectivos mapas, competindo-lhe
nas suas faltas e impedimentos. ainda assegurar a boa qualidade do pão e a disciplina do pes-
Trabalhadores metalúrgicos soal de fabrico.
Forneiro - Alimenta, regula e assegura o funcionamento
Bate-chapas - Procede à execução e reparação de peças
do forno destinado a cozer pão e produtos afins, sendo res-
em chapa fina, enforma e desempena por martelagem.
ponsável pela boa cozedura do pão bem como pelo enforna-
Batedor de ouro em folha - Bate ouro em folha, servin-
mento e saída.
do-se de martelos e livros apropriados, a fim de lhe diminuir
a espessura e aumentar a superfície; funde, vaza e lamina o Trabalhadores de habilitação e reabilitação e emprego protegido
ouro antes de o bater. Técnico superior de educação especial e reabilitação/
Canalizador (picheleiro) - Procede à montagem, conser- reabilitação psicomotora - É o trabalhador que, de acor-
vação e reparação de tubagens e acessórios de canalizações do com modelos, técnicas e instrumentos, avalia, planeia e
para fins predominantemente domésticos; procede, quando intervém, junto dos utentes de todas as faixas etárias, nas
necessário, à montagem, reparação e conservação de caleiras áreas da psicomotricidade (intervenção precoce, reeduca-
e algerozes. ção e terapia psicomotora), da actividade motora adaptada
Cinzelador de metais não preciosos - Executa trabalhos (condição física, recreação e desporto adaptado), da autono-
em relevo ou lavrados nas chapas de metal não precioso, ser- mia social (competências sociais, cognitivas e de adaptação
vindo-se de cinzéis e outras ferramentas manuais. Trabalha conducentes à autonomia e independência do indivíduo em
a partir de modelos ou desenhos que lhe são fornecidos ou diferentes contextos, ao nível do indivíduo, da família e da
segundo a própria inspiração. comunidade), e ainda nos domínios das acessibilidades e das
Encarregado - Controla e coordena os profissionais de ajudas técnicas.
actividades afins. Auxiliar de actividades ocupacionais - É o trabalhador
Fundidor-moldador em caixas - Executa moldações em que acompanha os jovens dentro e fora do estabelecimento,
areia, em cujo interior são vazadas ligas metálicas em fusão, participa na ocupação dos tempos livres, apoia os jovens na
a fim de obter peças fundidas. realização de actividades, dentro ou fora da sala, auxilia nas
Serralheiro civil - Constrói e ou monta e repara estrutu- tarefas de prestação de alimentos, higiene e conforto.
ras metálicas, tubos condutores de combustíveis, ar ou va- Arquivista - Classifica e arquiva as obras recebidas no
por, carroçarias de veículos automóveis, andaimes e simila- arquivo; regista as entradas e saídas de livros; elabora fichas
res para edifícios, pontes, navios, caldeiras, cofres e outras dos utentes para envio de obras pelo correio, confrontando
obras. e registando os nomes e endereços em negro e em braille;
Serralheiro mecânico - Executa peças, monta, repara e mantém-se actualizado relativamente à saída de novas publi-
conserva vários tipos de máquinas, motores e outros conjun- cações em braille.
tos mecânicos, com excepção dos instrumentos de precisão Encarregados de emprego protegido e empresas de in-
e das instalações eléctricas. Incluem-se nesta categoria os serção - Coordena e controla as tarefas executadas por um
profissionais que, para aproveitamento de órgãos mecânicos, número de trabalhadores, executa tarefas do mesmo tipo das
procedem à sua desmontagem, nomeadamente de máquinas realizadas pelos trabalhadores que dirige.
e veículos automóveis considerados sucata. Encarregado de oficina - Coordena e dirige os trabalhos
Subencarregado - Auxilia o encarregado e substitui-o da oficina; ministra formação e aperfeiçoamento profissio-
nas suas faltas e impedimentos. nal.
Trabalhadores de panificação Formador - Planeia, prepara, desenvolve e avalia sessões
de formação de uma área científico-tecnológica específica,
Ajudante de padaria - Corta, pesa, enrola e tende a massa
utilizando métodos e técnicas pedagógicas adequadas: ela-
a panificar, a fim de lhe transmitir as características requeri-
bora o programa da área formativa a ministrar, definindo os
das, para o que utiliza faca e balança ou máquinas divisoras,
objectivos e os conteúdos programáticos de acordo com as
pesadoras, enroladoras ou outras com que trabalha, cuidando
competências terminais a atingir; define critérios e seleccio-
da sua limpeza e arrumação, podendo ainda colaborar com
na os métodos e técnicas pedagógicas a utilizar de acordo
o amassador e o forneiro. Pode também ser designado por
com os objectivos, a temática e as características dos forma-
manipulador ou panificador.
dores; define, prepara e ou elabora meios e suportes didác-
Amassador - Amassa manualmente ou alimenta, regula e
ticos de apoio, tais como áudio-visuais, jogos pedagógicos
assegura o funcionamento de máquinas utilizadas na amas-
e documentação; desenvolve as sessões, transmitindo e de-
sadura da farinha a panificar, sendo responsável pelo bom
senvolvendo conhecimentos; avalia as sessões de formação,
fabrico do pão e produtos afins; manipula as massas e re-
utilizando técnicas e instrumentos de avaliação, tais como
fresca os iscos nas regiões em que tal sistema de fabrico seja
inquéritos, questionários, trabalhos práticos e observação.
adoptado; substitui o encarregado de fabrico nas suas faltas
Por vezes elabora, aplica e classifica testes de avaliação.
e impedimentos.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Pode elaborar ou participar na elaboração de programas de Encarregado - É o trabalhador que nas garagens, esta-
formação. ções de serviço, postos de abastecimento, parques de esta-
Impressor - Predominantemente, assegura o funciona- cionamento e estabelecimentos de venda de combustíveis,
mento de máquinas de impressão, para impressão em braille. lubrificantes e pneus representa a entidade empregadora;
Monitor - Planeia, prepara, desenvolve e avalia sessões atende os clientes, cobra e paga facturas; orienta o movimen-
de formação de uma área específica utilizando métodos e to interno; fiscaliza e auxilia o restante pessoal.
técnicas pedagógicas adequadas; elabora o programa da área Motorista de ligeiros - Conduz veículos ligeiros, pos-
temática a ministrar, definindo os objectivos e os conteúdos suindo para o efeito carta de condução profissional; zela,
programáticos de acordo com as competências terminais a sem execução, pela boa conservação e limpeza dos veículos;
atingir; define critérios e selecciona os métodos essencial- verifica diariamente os níveis de óleo e de água e a pressão
mente demonstrativos e as técnicas pedagógicas a utilizar dos pneus; zela pela carga que transporta e efectua a carga
de acordo com os objectivos, a temática e as características e descarga.
dos formandos; define, prepara e ou elabora meios e supor- Motorista de pesados - Conduz veículos automóveis
tes didácticos de apoio, tais como documentação, materiais com mais de 3500 kg de carga ou mais de nove passageiros,
e equipamentos, ferramentas, visitas de estudo; desenvolve possuindo para o efeito carta de condução profissional; com-
as sessões, transmitindo e desenvolvendo conhecimentos de pete-lhe ainda zelar, sem execução, pela boa conservação e
natureza teórico-prática, demonstrando a execução do gesto limpeza do veículo e pela carga que transporta, orientando
profissional e promovendo a respectiva repetição e correc- também a sua carga e descarga; verifica os níveis de óleo e
ção; elabora, aplica e classifica testes de avaliação tais como de água.
questionários e inquéritos. Elabora ou participa na elabora- Trabalhadores dos serviços de diagnóstico e terapêutica
ção de programas de formação e ou no processo de selecção
A) Técnicos superiores
de candidatos e formandos.
Higienista oral - Realiza actividades de promoção da
Revisor - Procede à leitura de provas de texto.
saúde oral dos indivíduos e das comunidades, visando mé-
Técnico de braille - Ensina invisuais a ler e escrever brai-
todos epidemiológicos e acções de educação para a saúde;
lle.
presta cuidados individuais que visem prevenir e tratar as
Técnico de reabilitação - Aplica determinado sistema de
doenças orais.
reabilitação numa área específica de deficientes.
Ortoprotésico - Avalia os indivíduos com problemas
Tradutor - Traduz para braille textos de natureza diversa,
motores ou posturais, com a finalidade de conceber, dese-
designadamente técnica e cultural, após leitura dos mesmos,
nhar e aplicar os dispositivos necessários e mais adequados
para que não haja alteração das ideias fundamentais do ori-
à correcção do aparelho locomotor, ou à sua substituição no
ginal.
caso de amputações e desenvolve acções visando assegurar
Monitor de CAO (actividades ocupacionais) - De acordo
a colocação dos dispositivos fabricados e respectivo ajusta-
com os planos individuais de desenvolvimento dos utentes,
mento, quando necessário.
participa na definição das actividades a desenvolver, elabo-
Ortoptista - Desenvolve actividades no campo do diag-
ra os programas das áreas temáticas definidas, selecciona os
nóstico e tratamento dos distúrbios da motilidade ocular, vi-
métodos essencialmente demonstrativos a utilizar, prepara e
são binocular e anomalias associadas; realiza exames para
desenvolve as actividades diárias, participa nos projectos de
correcção refractiva e adaptação de lentes de contacto, bem
centro e nos processos de avaliação individual.
como para análise da função visual e avaliação da condução
Monitor/formador de habilitação e reabilitação - É o tra-
nervosa do estímulo visual e das deficiências do campo vi-
balhador que ministra cursos de formação a indivíduos por-
sual; programa e utiliza terapêuticas específicas de recupe-
tadores de deficiência, independentemente da sua tipologia
ração e reeducação das perturbações da visão binocular e da
ou grau, ou a indivíduos com problemas de aprendizagem.
subvisão; leva a cabo acções de sensibilização, programas
Elabora e desenvolve os programas e instrumentos práticos,
de rastreio e prevenção no âmbito da promoção e educação
técnicos e pedagógicos, necessários ao desenvolvimento e
para a saúde.
realização de acções de formação.
Técnico de análises clínicas e saúde pública - Desenvolve
Trabalhadores rodoviários e de postos de abastecimento actividades ao nível da patologia clínica, imunologia, hema-
Abastecedor - Fornece carburantes nos postos e bombas tologia clínica, genética e saúde pública, através do estudo,
abastecedoras, competindo-lhe também cuidar das referidas aplicação e avaliação das técnicas e modelos analíticos pró-
bombas; presta assistência aos clientes, nomeadamente na prios, com fins de diagnóstico e de rastreio.
verificação do óleo do motor, da água e da pressão dos pneus. Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológi-
Ajudante de motorista - Acompanha o motorista, compe- ca - Trata tecidos biológicos colhidos no organismo vivo ou
tindo-lhe auxiliá-lo na manutenção do veículo; vigia, indica morto, com observação macroscópica e microscópica, óptica
as manobras; arruma as mercadorias no veículo e auxilia na e electrónica, com vista ao diagnóstico anatomopatológico;
descarga, fazendo no veículo a entrega das mercadorias a realiza montagem de peças anatómicas para fins de ensino
quem as carrega e transporta para o local a que se destinam; e formação; executa e controla as diversas fases da técnica
entrega directamente ao destinatário pequenos volumes de citológica.
mercadorias com pouco peso. Técnico de audiologia - Desenvolve actividades no âm-

4704
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

bito da prevenção e conservação da audição, do diagnóstico Técnico de reabilitação/terapeuta da fala - Desenvolve


e reabilitação auditiva, bem como no domínio da funciona- actividades no âmbito da prevenção, avaliação e tratamento
lidade vestibular. das perturbações da comunicação humana, englobando não
Técnico de cardiopneumologia - Desenvolve actividades só todas as funções associadas à compreensão e expressão
técnicas para o estudo funcional e da capacidade anatomofi- da linguagem oral e escrita, mas também outras formas de
siopatológica do coração, vasos e pulmões, e de actividades comunicação não verbal. Técnico de reabilitação/terapeuta
ao nível da programação, aplicação de meios de diagnóstico ocupacional - Avalia, trata e habilita indivíduos com disfun-
e sua avaliação, bem como no desenvolvimento de acções ção física, mental, de desenvolvimento, social ou outras, uti-
terapêuticas específicas, no âmbito da cardiologia, pneumo- lizando técnicas terapêuticas integradas em actividades se-
logia e cirurgia cardiotorácica. leccionadas consoante o objectivo pretendido e enquadradas
Técnico dietista - Aplica conhecimentos de nutrição e na relação terapeuta/utente; actua ao nível da prevenção da
dietética na saúde em geral e na educação de grupos e indiví- incapacidade, através de estratégias adequadas com vista a
duos, quer em situação de bem-estar quer na doença, desig- proporcionar ao indivíduo o máximo de desempenho e auto-
nadamente no domínio da promoção e tratamento e da gestão nomia nas suas funções pessoais e, se necessário, o estudo e
de recursos alimentares. desenvolvimento das respectivas ajudas técnicas, em ordem
Técnico de medicina nuclear - Desenvolve acções nas a contribuir para uma melhoria da qualidade de vida.
áreas de laboratório clínico, de medicina nuclear e de técnica Técnico de saúde ambiental - Desenvolve actividades de
fotográfica com manuseamento de aparelhagem e produtos identificação, caracterização e redução de factores de risco
radioactivos, bem como executa exames morfológicos asso- para a saúde originados no ambiente, participação no planea-
ciados ao emprego de agentes radioactivos e estudos dinâ- mento de acções de saúde ambiental e em acções de educa-
micos e cinéticos com os mesmos agentes e com testagem ção para a saúde em grupos específicos da comunidade, bem
de produtos radioactivos, utilizando técnicas e normas de como desenvolvimento de acções de controlo e vigilância
protecção e segurança radiológica no manuseamento de ra- sanitária de sistemas, estruturas e actividades com interacção
diações ionizantes. no ambiente, no âmbito da legislação sobre higiene e saúde
Técnico de neurofisiologia - Realiza registos da activi- ambiental.
dade bioeléctrica do sistema nervoso central e periférico, B) Técnicos
como meio de diagnóstico na área da neurofisiologia, com Cardiografista - Executa electrocardiogramas, vetocar-
particular incidência nas patologias do foro neurológico e diogramas, fonocardiogramas e outros, utilizando aparelhos
neurocirúrgico, recorrendo a técnicas convencionais e ou apropriados; prepara o doente para o exame e observa duran-
computorizadas. te a sua execução tudo quanto possa contribuir para uma boa
Técnico de prótese dentária - Realiza actividades no do- interpretação dos traçados.
mínio do desenho, preparação, fabrico, modificação e repa- Dietista - Elabora regimes alimentares para indivíduos
ração de próteses dentárias, mediante a utilização de produ- sãos e doentes; recolhe elementos (condições físicas, tipo de
tos, técnicas e procedimentos adequados. trabalho, idade) respeitantes ao indivíduo a quem as dietas
Técnico de radiologia - Realiza todos os exames da área se destinam; calcula as percentagens de proteínas, hidratos
de radiologia de diagnóstico médico; programa, executa e de carbono e gorduras necessárias ao indivíduo; consulta ta-
avalia todas as técnicas radiológicas que intervêm na pre- belas sobre valor calórico dos alimentos; procede a inquéri-
venção e promoção da saúde; utiliza técnicas e normas de tos alimentares, à inspecção de alimentos e verifica as suas
protecção e segurança radiológica no manuseamento de ra- características organolépticas. Por vezes fornece indicações
diações ionizantes. quanto à conservação e confecção de alimentos.
Técnico de radioterapia - Desenvolve actividades tera- Electroencefalografista - Faz electroencefalogramas,
pêuticas através da utilização de radiação ionizante para tra- utilizando um electroencefalógrafo; prepara o doente para
tamentos, incluindo o pré-diagnóstico e follow-up do doente; esse tipo de exame (colocação dos eléctrodos e preparação
prepara a verificação, assentamento e manobras de aparelhos psicológica do examinado); observa durante a sua execução
de radioterapia; actua nas áreas de utilização de técnicas e tudo quanto possa contribuir para uma boa interpretação do
normas de protecção e segurança radiológica no manusea- traçado.
mento de radiações ionizantes. Fisioterapeuta - Utiliza, sob prescrição médica, diferen-
Técnico de reabilitação/fisioterapeuta - Analisa e ava- tes técnicas e métodos, designadamente exercícios terapêuti-
lia o movimento e a postura, baseadas na estrutura e função cos, treino funcional para as actividades da vida diária, técni-
do corpo, utilizando modalidades educativas e terapêuticas cas de facilitação neuromuscular, cinesiterapia respiratória,
específicas, com base, essencialmente, no movimento, nas drenagem e outros, a fim de evitar a incapacidade quanto
terapias manipulativas e em meios físicos e naturais, com possível e obter a máxima recuperação funcional do indiví-
a finalidade da promoção da saúde e prevenção da doença, duo. Pode utilizar outras técnicas, como sejam a hidrotera-
da deficiência, da incapacidade e da inadaptação e de tratar, pia, as massagens e a electroterapia.
habilitar ou reabilitar indivíduos com disfunções de nature- Pneumografista - Executa exames funcionais respirató-
za física, mental, de desenvolvimento ou outras, incluindo a rios (espirometria, mecânica ventilatória, provas farmacodi-
dor, com o objectivo de os ajudar a atingir a máxima funcio- nâmicas, difusão, gasometria arterial e ergometria), utilizan-
nalidade e qualidade de vida. do aparelhos apropriados; prepara o doente de acordo com o

4705
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

tipo de exame a efectuar; controla o desenrolar dos exames, Técnico de neurofisiografia - Executa os registos de teste
vigiando os aparelhos da função respiratória e a reacção do da actividade cerebral (electroencefalograma e neuromuscu-
doente; regista e efectua os cálculos dos resultados obtidos. lar); no âmbito da electroencefalografia executa o traçado e
Preparador de análises clínicas - Executa análises, de- no da electromielografia colabora, preparando o material e
pois de ter recebido ou feito colheita de amostras de produtos tomando notas dos actos técnicos executados pelo médico
biológicos; observa os fenómenos, identifica-os e regista-os; durante o exame; elabora fichas individuais dos doentes,
lava e procede à manutenção do material específico. Pode onde lança os dados colhidos dos registos efectuados.
ser especializado em aparelhos de alta complexidade técnica, Técnico de ortóptica - Aplica técnicas para correcção e
como analisadores automáticos, similares e outros. recuperação dos desequilíbrios motores do globo ocular e
Radiografista - Obtém radiografias, utilizando aparelhos perturbações da visão binocular (heterofacias, estrabismos e
de raios X, para o que prepara o doente, tendo em vista o tipo paralisias oculomotoras); desempenha tarefas de perimetria,
de exame pretendido; manipula os comandos do aparelho fazendo campos visuais, tonometria e tonografia, bem como
para regular a duração da exposição e a intensidade da pe- exames de adaptometrista, visão de cores, electroculagrafia e
netração da radiação; faz registos dos trabalhos executados. fotografia dos olhos a curta distância; elabora fichas indivi-
Radioterapeuta - Utiliza aparelhos de radiações ionizan- duais de observação, onde regista os dados obtidos nos exa-
tes com fins terapêuticos; prepara o doente de acordo com o mes efectuados; executa tratamento ortóptico de recuperação
tipo de tratamento a efectuar; controla o desenrolar dos trata- pós-operatória.
mentos, vigiando aparelhos apropriados, regista os trabalhos Técnico ortoprotésico - Executa, segundo prescrição mé-
efectuados. dica, próteses e ortóteses; assegura a colocação dos membros
Técnico de análises clínicas - Procede à colheita de to- artificiais e outros aparelhos ortopédicos, tendo em vista a
mas para análises; prepara e ensaia reagentes, meios de cul- correcção de deformações.
tura e solutos padrão correntes; manipula, pesquisa e doseia Terapeuta da fala - Elabora, sob prescrição médica, a
produtos biológicos, executa culturas, técnicas e caracteri- partir da observação directa do doente e conhecimento dos
zações hematológicas; escolhe a técnica e o equipamento respectivos antecedentes, o plano terapêutico, consoante a
mais adequados ao trabalho a efectuar; faz a testagem das deficiência da fala diagnosticada pelo médico; reeduca alte-
técnicas usadas e a usar, calculando os factores aferidos da rações de linguagem, nomeadamente perturbações de articu-
precisão e exactidão dos métodos e o respectivo coeficiente lação, voz, fluência, atrasos no seu desenvolvimento e perda
de averiguação; observa os diferentes fenómenos, identifi- da capacidade da fala, utilizando os métodos e técnicas mais
ca-os e regista-os conforme os padrões estabelecidos. É o apropriados; orienta o doente, a família e os professores, ten-
primeiro responsável pelos dados fornecidos de acordo com do em vista complementar a acção terapêutica.
os estudos e determinações que efectua. Pode desenvolver a Terapeuta ocupacional - Elabora, sob prescrição médica,
sua actividade, entre outras, nas áreas de bioquímica, endo- a partir da observação directa do doente e conhecimento dos
crinologia, genética, hematologia, microbiologia, parasitolo- respectivos antecedentes, o plano terapêutico, consoante a
gia, hemoterapia e saúde pública. deficiência diagnosticada pelo médico; procede ao tratamen-
Técnico de audiometria - Faz diversos tipos de exames to do doente, através da orientação do uso de actividades es-
audiométricos, utilizando aparelhagem e técnicas apropria- colhidas, tais como domésticas, jardinagem, artesanais, des-
das; faz a testagem das capacidades auditivas dos doentes e portivas, artísticas e sócio-recreativas, e orienta o doente, a
das próteses auditivas; prepara as inserções moldadas para o família e outros elementos do seu agregado laboral e social.
ouvido; treina os doentes portadores de aparelhos de próteses C) Técnicos auxiliares
auditivas. Ajudante técnico de análises clínicas - Executa trabalhos
Técnico de cardiopneumografia - Actua no âmbito de técnicos simples, nomeadamente análises de urina correntes,
cardiologia, angiologia, pneumologia e cirurgia torácica; preparação de lâminas, de reagentes e de meios de cultura
executa e regista actividades cardiopneumovasculares do simples; observa os fenómenos, identifica-os e regista-os;
doente, designadamente electrocardiogramas, fonomeca- efectua colheitas e auxilia nas tarefas conducentes às trans-
nogramas, ecocardiogramas e vetocardiogramas; actua e fusões de sangue.
colabora na análise, medição e registo de diversos valores Ajudante técnico de fisioterapia - Executa algumas ta-
de parâmetros nas áreas do pacing cardíaco, electrofisiolo- refas nos domínios de electroterapia e da hidroterapia de-
gia e hemodinâmica; determina pulsos arteriais e venosos; signadamente infravermelhos e ultravioletas, correntes de
realiza espirogramas, pneumotacogramas, pletasmogramas, alta frequência e correntes galvânicas, banho de remoinho,
provas ergométricas, provas farmacodinâmicas e gasometria calor húmido, local ou geral, parafinas, banhos de contraste
arterial; assegura a preparação do doente para os exames e e outros: coloca o doente nos aparelhos de mecanoterapia e
verifica o correcto estado de funcionamento dos aparelhos, aplica aerossóis.
colabora na implementação da técnica (ou técnicas) dentro Ortopédico - Assegura a colocação dos membros artifi-
do serviço a que pertença, nomeadamente na organização de ciais e outros aparelhos ortopédicos, segundo prescrição mé-
organogramas, montagem e manuseamento de arquivos. dica, tendo em vista a correcção de deformações.
Técnico de locomoção - Ensina, com vista ao desenvol- Trabalhadores sociais
vimento dos deficientes visuais, técnicas de locomoção e
Agente de educação familiar - Promove a melhoria da
orientação na via pública, transportes, etc.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

vida familiar, através da consciencialização do sentido e con- pedagógica, desenvolvida em contexto social, fomentando
teúdo dos papéis familiares e educação dos filhos e do ensino a aprendizagem permanente, a minimização e resolução de
de técnicas de simplificação e racionalização das tarefas do- problemas. Acompanha processos de socialização e inserção
mésticas; procura solucionar os problemas apresentados ou das pessoas reforçando as suas competências pessoais, so-
proporciona no domicílio, mediante a análise das condições ciais e profissionais.
reais do lar, os conselhos adequados à melhoria da vida fa- (Os educadores sociais de grau I, de 1.ª, de 2.ª ou de 3.ª,
miliar e doméstica. que detinham essa categoria anteriormente ao CCT publica-
Animador cultural - Organiza, coordena e ou desenvolve do no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 6, de 15 de feve-
actividades de animação e desenvolvimento sócio-cultural reiro de 2012, passaram a ser designados técnicos superiores
junto dos utentes no âmbito dos objectivos da instituição; de educação social, respectivamente de 1.ª, de 2.ª ou de 3.ª,
acompanha e procura desenvolver o espírito de pertença, mantendo todo o tempo de serviço que detinham naquelas
cooperação e solidariedade das pessoas, bem como propor- categorias, que foram então extintas)
cionar o desenvolvimento das suas capacidades de expressão Técnico superior de animação sociocultural - É o traba-
e realização, utilizando para tal métodos pedagógicos e de lhador que investiga, integrado em equipas multidisciplina-
animação. res, o grupo alvo e o seu meio envolvente, diagnosticando e
(A anterior categoria de animador cultural de grau II analisando situações de risco e áreas de intervenção sob as
passou a designar-se animador cultural a partir do CCT pu- quais actuar. Planeia e implementa projectos de intervenção
blicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 6, de 15 de comunitária. Planeia, organiza e promove/desenvolve acti-
fevereiro de 2012.) vidades de carácter educativo, cultural, desportivo, social,
Educador social - Presta ajuda técnica com carácter edu- lúdico, turístico e recreativo, em contexto institucional, na
cativo e social, em ordem ao aperfeiçoamento das condições comunidade ou ao domicílio, tendo em conta o serviço em
de vida dos grupos etários e sociais com que trabalha; realiza que está integrado e as necessidades do grupo e dos indiví-
e apoia actividades de carácter recreativo, para crianças, ado- duos, com vista a melhorar a sua qualidade de vida e a quali-
lescentes, jovens e idosos. dade da sua inserção e interacção social. Incentiva, fomenta
Técnico de actividades de tempos livres (ATL) - Orienta e estimula as iniciativas dos indivíduos para que se organi-
e coordena a actividade dos ajudantes de ocupação. Actua zem e decidam o seu projecto lúdico ou social, dependendo
junto de crianças em idade escolar, com vista à sua ocupação do grupo alvo e dos objectivos da intervenção. Acompanha
durante o tempo deixado livre pela escola, proporcionando- as alterações que se verifiquem na situação dos utentes que
-lhes ambiente adequado e actividades de carácter educativo; afectem o seu bem-estar e actua de forma a ultrapassar pos-
acompanha a evolução da criança e estabelece contactos com síveis situações de isolamento, solidão e outras.
os pais e professores no sentido de obter uma acção educa- (Os animadores culturais de grau I, de 1.ª, de 2.ª ou de
tiva integrada e de despiste de eventuais casos sociais e de 3.ª, que detinham essa categoria anteriormente ao CCT pu-
problemas de foro psíquico que careçam de especial atenção blicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 6, de 15 de
e encaminhamento. Em alguns casos conta com o apoio do fevereiro de 2012, passam a ser designados técnicos superio-
psicólogo. res de animação sociocultural, respectivamente de 1.ª, de 2.ª
Técnico auxiliar de serviço social - Ajuda os utentes em ou de 3.ª, mantendo todo o tempo de serviço que detinham
situação de carência social a melhorar as suas condições de naquelas categorias, que foram então extintas.)
vida; coadjuva ou organiza actividades de carácter educativo Técnico superior de mediação social - É o trabalhador
e recreativo para crianças, adolescentes e jovens, bem como que, de forma autónoma, atende e avalia beneficiários e uten-
actividades de ocupação de tempos livres para idosos; apoia tes, procede à análise das situações individuais e promove
os indivíduos na sua formação social e na obtenção de um o seu encaminhamento para as respostas adequadas a cada
maior bem-estar; promove ou apoia cursos e campanhas de situação, estabelece os contactos e assegura a articulação
educação sanitária, de formação familiar e outros. Pode tam- necessários com serviços e entidades, públicos ou particu-
bém ser designado por auxiliar social. lares, com vista à integração e inserção pessoal, social ou
Assistente social - Estuda e define normas gerais, esque- profissional das pessoas atendidas, nomeadamente as mais
mas e regras de actuação do serviço social das instituições; desfavorecidas perante o mercado de trabalho ou em situa-
procede à análise de problemas de serviço social directamen- ção ou risco de exclusão social, acompanha, segue, avalia e
te relacionados com os serviços das instituições; assegura e investiga as situações por si trabalhadas.
promove a colaboração com os serviços sociais de outras ins- Mediador sociocultural - É o trabalhador que tem por
tituições ou entidades; estuda com os indivíduos as soluções função colaborar na integração dos imigrantes e minorias ét-
possíveis dos seus problemas (descoberta do equipamento nicas, na perspectiva do reforço do diálogo intercultural e da
social de que podem dispor); ajuda os utentes a resolver ade- coesão e inclusões sociais, para tal colaborando na resolução
quadamente os seus problemas de adaptação e readaptação de conflitos socioculturais e na definição de estratégias de
social, fomentando uma decisão responsável. intervenção social; colaborando activamente com todos os
Técnico superior de educação social - É o trabalhador intervenientes dos processos de intervenção social e educati-
que concebe, investiga, executa, articula, potencia, apoia, va; facilitando a comunicação entre profissionais e utentes de
gere, avalia projectos e programas assentes em redes, acto- origem cultural diferente; assessorando os utentes na relação
res e parcerias sociais, assentes na prática sócio-educativa e com profissionais e serviços públicos e privados; promoven-

4707
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

do a inclusão de cidadãos de diferentes origens sociais e cul- tas, teclista, correeiro, ferramenteiro, funileiro-latoeiro, batedor de ouro em
turais em igualdade de condições. folha, fotocompositor, mecânico de madeiras, perfurador de fotocomposi-
ção, restaurador de folhas - mantêm o enquadramento, o conteúdo funcional
Gerontólogo - Estuda, avalia e intervém na prevenção e o nível de remuneração actualmente em relação a si praticado, com o di-
dos problemas pessoais e sociais associados ao fenómeno do reito às variações salariais que forem sendo aplicadas a idênticas categorias.
envelhecimento humano, sendo a pessoa idosa o centro da Os correspondentes lugares serão, no entanto, a extinguir quando vaga-
sua intervenção. Na sua prática profissional, desenvolvida rem, não havendo, no âmbito do enquadramento da contratação colectiva,
novas admissões para as referidas categorias.
em contexto institucional ou comunitário, desenvolve e im-
plementa programas relacionados com o envelhecimento ac-
tivo, prevenção e promoção da saúde e bem-estar da pessoa ANEXO II
idosa. Acompanha e avalia os planos individuais e globais de
intervenção à pessoa idosa e sua família. Condições específicas
Outros trabalhadores Cobradores
Cinema Admissão
Arrumador - Observa os bilhetes e indica os lugares aos Constitui condição de admissão para a profissão de co-
espectadores; distribui programas e prospectos dentro da brador a idade mínima de 18 anos.
sala. Contínuos, guardas e barbeiros
Bilheteiro - Tem a responsabilidade integral dos serviços Admissão
de bilheteira, assegurando a venda de bilhetes, a elaboração Constitui condição de admissão para a profissão de guar-
das folhas de bilheteira e os pagamentos e recebimentos da ou guarda-rondista a idade mínima de 21 anos.
efectuados na bilheteira. Carreira
Projeccionista - Faz a projecção de filmes. 1- A carreira do trabalhador com a profissão de contínuo,
Encarregados gerais de guarda ou guarda-rondista e porteiro desenvolve-se pelas
Encarregado geral - Controla e coordena directamente categorias de 2.ª e 1.ª
os encarregados. 2- Constitui requisito da promoção a prestação de cinco
Reparação de calçado anos de bom e efectivo serviço na categoria de contínuo,
Sapateiro - Repara sapatos usados, substituindo as solas, guarda ou guarda-rondista e porteiro de 2.ª
palmilhas, saltos ou outras peças, que cose, prega e cola, uti-
Electricistas
lizando ferramentas manuais; limpa e engraxa o calçado.
Técnicos de desenho Aprendizagem, acesso e carreira
Desenhador-projectista - Concebe, a partir de um pro- 1- O aprendiz será promovido a ajudante após dois anos
grama dado, verbal ou escrito, anteprojectos e projectos de de aprendizagem.
um conjunto ou partes de um conjunto, procedendo ao seu 2- O ajudante será promovido a pré-oficial logo que com-
estudo, esboço ou desenho e efectuando os cálculos que, plete dois anos naquela profissão.
não sendo específicos de engenharia, sejam necessários à 3- Será admitido, no mínimo, como pré-oficial o tra-
sua estruturação e interligação; elabora memórias ou notas balhador diplomado pelas escolas oficiais nos cursos de
discriminativas que completem ou esclareçam aspectos par- electricista ou electricista montador e ainda os diplomados
ticulares das peças desenhadas, com perfeita observância de com o curso de electricista da Casa Pia de Lisboa, Instituto
normas, especificações técnicas e textos legais; colabora na Técnico Militar dos Pupilos do Exército, 2.º grau de tor-
elaboração de cadernos de encargos. pedeiros e electricistas da Marinha de Guerra Portuguesa,
Escola de Marinheiros e Mecânicos da Marinha Mercante
Outros trabalhadores da saúde
Portuguesa e cursos de formação adequada do extinto Fundo
Parteira - Dispensa cuidados a parturientes com o fim de de Desenvolvimento de Mão-de-Obra ou do actual Instituto
auxiliar no momento do parto e no período pós-parto. do Emprego e Formação Profissional.
Os trabalhadores que ainda subsistam nas Instituições, 4- O pré-oficial será promovido a oficial electricista de 3.ª
qualificados nas categorias de enfermeiro sem curso de pro- logo que complete dois anos de bom e efectivo serviço na-
moção, auxiliar de enfermagem e ajudante de enfermagem, quela profissão.
categorias que foram legalmente extintas, são reclassificados 5- A carreira do trabalhador com a profissão de oficial elec-
na categoria de auxiliar de acção médica, contando, para a tricista desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e 1.ª
sua integração na carreira, todo o tempo de serviço que pos- 6- Constitui requisito de promoção a oficial electricista de
suem nas referidas categorias, extintas pelo CCT publicado 2.ª e 1.ª a prestação de três anos de bom e efectivo serviço na
no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 6, de 15 de fevereiro categoria imediatamente inferior.
de 2012.
Fogueiros
Nota I - Os trabalhadores que, actualmente, se encontrem ao serviço de
instituições, integrados em qualquer uma das categorias extintas a partir de Admissão
data da publicação da revisão do CCT publicado no Boletim do Trabalho e As condições mínimas de admissão para o exercício de
Emprego, n.º 6, de 15 de fevereiro de 2012, nomeadamente, correspondente funções inerentes a qualquer das profissões incluídas nes-
em línguas estrangeiras, cinzelador de metais não preciosos, dourador, en- te nível profissional são as constantes do Regulamento da
carregado de câmara escura, ebanista, entalhador, estereotipador, fundidor-
-monotipista, impressor (flexografia), preparador de máquinas e ferramen- Profissão de Fogueiro.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Carreira 6- A carreira do trabalhador com a profissão de operador


1- A carreira do trabalhador com a profissão de fogueiro de máquinas auxiliares, operador de processamento de texto
desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e 1.ª e recepcionista desenvolve-se pelas categorias de 2.ª, 1.ª e
2- Constitui requisito da promoção a fogueiro de 2.ª ou 1.ª principal.
a prestação de três anos de bom e efectivo serviço na catego- 7- Constitui requisito de promoção a operador de máqui-
ria imediatamente inferior. nas auxiliares, operador de processamento de texto e recep-
Telefonistas cionista de 1.ª e principal a prestação de cinco anos de bom e
Carreira efectivo serviço na categoria imediatamente inferior.
1- A carreira do trabalhador com a profissão de telefonista Trabalhadores da agricultura
desenvolve-se pelas categorias de 2.ª, 1.ª e principal. Admissão
2- Constitui requisito da promoção a telefonista de 1.ª e 1- Constitui condição de admissão para a profissão de fei-
principal a prestação de cinco anos de bom e efectivo serviço tor a idade mínima de 18 anos.
na categoria imediatamente inferior. 2 - As condições mínimas de admissão para a profissão de
Trabalhadores administrativos tractorista são:
Admissão a) Idade mínima de 18 anos;
1- As habilitações mínimas exigíveis para a admissão de b) Experiência e habilitações profissionais adequadas.
trabalhador com a profissão de documentalista, escriturário, Trabalhadores de apoio
operador de computador, operador de máquinas auxiliares, Carreira
operador de processamento de texto, recepcionista e secre- 1- A carreira de trabalhador com a profissão de ajudante
tário são o 9.º ano de escolaridade ou habilitações equiva- de acção directa desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª,
lentes. 1.ª e principal.
2- As condições de admissão para as profissões de caixa, 2- A carreira de trabalhador com a profissão de ajudante de
chefe de escritório, chefe de departamento, chefe de secção, acção educativa, de ajudante de estabelecimento de apoio a
escriturário principal, subchefe de secção, guarda-livros e te- crianças deficientes e de auxiliares de acção médica desen-
soureiro são as seguintes: volve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e 1.ª
a) Idade mínima de 18 anos; 3- Constitui requisito de promoção a ajudante de acção di-
b) 9.º ano de escolaridade ou habilitações equivalentes. recta de 2.ª, 1.ª e principal, a ajudante de acção educativa de
3- Constitui condição de admissão para a profissão de con- 2.ª e 1.ª, a ajudante de estabelecimento de apoio a crianças
tabilista a titularidade de adequado curso de ensino superior. deficientes de 2.ª e 1.ª e a auxiliar de acção médica de 2.ª e
Estágio 1.ª a prestação de cinco anos de bom e efectivo serviço na
1- O ingresso nas profissões de escriturário, operador de categoria imediatamente anterior.
computador, operador de máquinas auxiliares e recepcionis- 4- A promoção a ajudante de acção directa principal, para
ta poderá ser precedido de estágio. além do requisito a que alude o número 3, depende ainda
2- O estágio para escriturário terá a duração de dois anos, da titularidade de certificado de qualificação profissional de
sem prejuízo do disposto no número seguinte. nível 2 do QNQ, correspondente ao referencial de formação
3- Para os trabalhadores admitidos com idade igual ou su- relativo a assistente familiar e de apoio à comunidade ou ao
perior a 21 anos ou que completem 21 anos durante o está- relativo a agente em geriatria, com os códigos de referencial
gio, este não poderá exceder um ano. de formação 762190 e 762191.
4- O estágio para operador de computador terá a duração 5- A promoção a que se refere o número anterior apenas
de um ano. operará a partir de 1 de janeiro de 2021, devendo as institui-
5- O estágio para operador de máquinas auxiliares e recep- ções autorizar a frequência, pelos trabalhadores interessados
cionista terá a duração de quatro meses. que o requeiram, das sessões de formação compatíveis com
Acesso e carreiras a aquisição do referido nível de qualificação.
1- Logo que completem o estágio, os estagiários ingres- 6- No cômputo dos cinco anos necessários de permanência
sam na categoria mais baixa prevista na carreira para que na categoria de ajudante de acção directa de 2.ª para a pro-
estagiaram. moção a ajudante de acção directa de 1.ª, e desta a principal,
2- A carreira do trabalhador com a profissão de escritu- será contado todo o tempo de serviço prestado pelo trabalha-
rário desenvolve-se pelas categorias de terceiro-escriturário, dor na extinta categoria de ajudante de lar e centro de dia e de
segundo-escriturário e primeiro-escriturário. ajudante familiar domiciliário, ou noutras categorias de nível
3- Constitui requisito da promoção a segundo-escriturá- idêntico, nos casos em que a instituição tenha reclassificado
rio e primeiro-escriturário a prestação de três anos de bom e os trabalhadores em ajudantes de acção directa.
efectivo serviço na categoria imediatamente inferior. 7- Os trabalhadores que, antes da entrada em vigor do CCT
4- A carreira do trabalhador com a profissão de operador publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 17, de 8
de computador desenvolve-se pelas categorias de operador de maio de 2006, detivessem a categoria de ajudante de lar e
de computador de 1.ª e 2.ª centro de dia e de ajudante familiar de 1.ª, passaram a deter
5- Constitui requisito da promoção a operador de 1.ª a a categoria de ajudante de acão directa de 1.ª, mantendo a
prestação de três anos de bom e efectivo serviço na categoria antiguidade na nova categoria.
de operador de computador de 2.ª

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Trabalhadores auxiliares b) Farmacêutico;


Carreira: c) Técnico de farmácia.
1- A carreira dos trabalhadores auxiliares de serviços ge- 2- A carreira dos trabalhadores com a profissão de técnico
rais desenvolve-se pelas categorias de auxiliar até cinco de farmácia desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª , 1.ª e
anos, e auxiliar com mais de cinco anos. principal.
2- Constitui requisito de promoção a trabalhador auxiliar 3- Constitui condição de admissão na categoria de técnico
de serviços gerais com mais de cinco anos, a prestação de de farmácia a titularidade de licenciatura oficialmente reco-
cinco anos de bom e efectivo serviço na categoria imediata- nhecida, ou equiparação a ela.
mente inferior. 4- Constitui requisito de promoção a técnico de farmácia
Trabalhadores do comércio e armazém
de 2.ª, de 1.ª ou principal a prestação de três anos de bom e
efectivo serviço na categoria imediatamente anterior.
Admissão
Constitui condição de admissão para as profissões de caixa Trabalhadores de farmácia - Profissionais de farmácia
de balcão, caixeiro-chefe de secção, caixeiro-encarregado, Categorias profissionais
encarregado de armazém, encarregado de sector de armazém As categorias profissionais são as seguintes:
e fiel de armazém a idade mínima de 18 anos. a) Ajudante técnico de farmácia (categoria residual);
Carreira b) Auxiliar de farmácia.
1- A carreira do trabalhador com a profissão de fiel de ar- 2- É ajudante técnico de farmácia o trabalhador que, habi-
mazém desenvolve-se pelas categorias de fiel de armazém litado com o 9.º ano de escolaridade ou habilitações equiva-
de 2.ª e 1.ª lentes, tenha completado 3 anos de prática na extinta cate-
2- Constitui requisito da promoção a prestação de cinco goria de ajudante de farmácia, com um mínimo de 250 dias
anos de bom e efectivo serviço na categoria de fiel de arma- de presença efectiva com bom aproveitamento. Trata-se de
zém de 2.ª categoria residual, abrangendo apenas os ajudantes técnicos
3- A carreira do trabalhador com a profissão de caixeiro de farmácia que não foram reclassificados em técnicos de
desenvolve-se pelas categorias de caixeiro de 3.ª, 2.ª e 1.ª farmácia, nos termos do Decreto-Lei n.º 320/1999, de 11 de
4- Constitui requisito de promoção a caixeiro de 2.ª e 1.ª agosto, sendo os respectivos lugares extintos à medida que
prestação de três anos de bom e efectivo serviço na categoria vagarem.
imediatamente inferior. 3- Só poderão ser admitidos como auxiliares de farmácia
Trabalhadores da construção civil os trabalhadores habilitados com a escolaridade obrigatória.
Aprendizagem e estágio Trabalhadores com funções de chefia dos serviços gerais
1- A aprendizagem para as profissões de carpinteiro de Admissão
limpos, carpinteiro de tosco ou cofragem, estucador, pedrei- 1- As condições de admissão para chefe dos serviços ge-
ro e pintor tem a duração de dois anos. rais são as seguintes:
2- O aprendiz com mais de 18 anos de idade tem um perío- a) Idade não inferior a 21 anos;
do mínimo de aprendizagem de 12 meses. b) 9.º ano de escolaridade obrigatória ou habilitações equi-
3- O aprendiz ascenderá a praticante logo que complete a valentes;
aprendizagem. c) Experiência e habilitações profissionais adequadas.
4- O período de tirocínio do praticante é de dois anos. 2- As condições de admissão para encarregado, encarre-
Acesso e carreira gado geral, encarregado de sector e encarregado de serviços
1- O praticante ascende à categoria mais baixa da carreira gerais são as seguintes:
estabelecida para a respectiva profissão logo que complete a) Idade não inferior a 21 anos;
o tirocínio. b) Experiência e habilitações profissionais adequadas.
2- A carreira do trabalhador com a profissão de carpinteiro
Trabalhadores com funções pedagógicas
de limpos, carpinteiro de tosco ou cofragem, estucador, pe-
dreiro e pintor desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e 1.ª Admissão
3- Constitui requisito da promoção a carpinteiro de lim- 1- Constitui condição de admissão para as profissões de
pos, carpinteiro de tosco ou cofragem, estucador, pedreiro e professor e educador de infância a titularidade das habilita-
pintor de 2.ª a 1.ª a prestação de três anos de bom e efectivo ções legalmente exigidas.
serviço na categoria imediatamente inferior. 2- Constitui condição de admissão para a profissão de au-
Auxiliar menor xiliar de educação a titularidade de diploma para o exercício
Logo que complete um ano de exercício de funções, o da profissão.
auxiliar menor transitará para aprendiz, salvo se, por ter 3- As habilitações mínimas exigíveis para a admissão de
completado 18 anos de idade, tiver transitado para servente. trabalhador com a profissão de educador de estabelecimento
e de prefeito são o 9.º ano de escolaridade ou habilitações
Trabalhadores de farmácia - Farmacêuticos
equivalentes.
Categorias profissionais 4- A aquisição de grau superior ou equiparado que de acor-
1-As categorias profissionais são as seguintes: do com a legislação em vigor determine uma reclassificação
a) Director técnico; na carreira docente produz efeitos a partir do dia 1 do mês

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

seguinte à data da sua conclusão, desde que o docente o com- quinas (de encadernação ou de acabamentos), perfurador de
prove em tempo oportuno. fotocomposição, restaurador de folhas, teclista monotipista e
Contagem do tempo de serviço: transportador desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e 1.ª
Para efeitos quer de ingresso quer de progressão dos edu- 3- Constitui requisito de promoção a compositor manual,
cadores de infância e dos professores nos vários níveis de compositor mecânico (linotipista), costureiro de encaderna-
remuneração previstas no anexo V, conta-se como tempo de ção, encadernador, encadernador-dourador, fotocompositor,
serviço não apenas o tempo de serviço, efectivo e classifi- fotógrafo, impressor (litografia), impressor tipográfico, mon-
cado de bom, prestado na mesma instituição/entidade em- tador, operador manual, operador de máquinas (de encader-
pregadora, no exercício de funções docentes ou educativas, nação ou de acabamentos), perfurador de fotocomposição,
mas também o serviço prestado noutros estabelecimentos de restaurador de folhas, teclista monotipista e transportador de
ensino particular ou público, desde que devidamente com- 2.ª e 1.ª a prestação de três anos de bom e efectivo serviço na
provado e classificado de bom e que a tal não se oponham categoria imediatamente inferior.
quaisquer disposições legais, sem prejuízo do previsto nas 4- As profissões de fotocompositor, perfurador de com-
notas 1 a 4 do anexo V. posição, restaurador de folhas e teclista monotipista são a
Os docentes com a categoria de educador de infância e extinguir quando vagarem os lugares das carreiras corres-
de professor do 1.º ciclo do ensino básico e com grau de pondentes actualmente ocupados.
licenciatura são remunerados pela tabela B-4, contando para Trabalhadores de hotelaria
o efeito todo o tempo de serviço docente prestado naquela
Admissão
categoria.
As condições mínimas de admissão para o exercício de
Os docentes que obtiverem a profissionalização em servi-
funções inerentes a qualquer das profissões incluída no nível
ço serão integrados nas respectivas carreiras de acordo com
profissional dos trabalhadores de hotelaria são as seguintes:
as suas habilitações académicas e profissionais e tempo de
a) Robustez física suficiente para o exercício da activida-
serviço prestado, com efeitos a 1 de setembro do ano civil
de, a comprovar pelo boletim de sanidade, quando exigido
em que a concluírem.
por lei;
Os docentes legalmente dispensados da profissionaliza-
b) Titularidade de carteira profissional, quando obrigatória
ção integram-se nos níveis correspondentes dos docentes
para a respectiva profissão.
profissionalizados, de acordo com o respectivo tempo de
Aprendizagem
serviço.
1- Os trabalhadores admitidos com menos de 18 anos de
Psicólogo, sociólogo idade terão um período de aprendizagem nunca inferior a 12
Carreira meses.
1- A carreira dos trabalhadores com a profissão de psicó- 2- A aprendizagem para as profissões de cozinheiro, des-
logo e sociólogo desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª, penseiro e pasteleiro terá a duração de dois anos, indepen-
1.ª e principal. dentemente da idade de admissão.
2- Constitui requisito de promoção a psicólogo e sociólogo 3- A aprendizagem para as profissões de empregado de
de 2.ª, 1.ª e principal a prestação de três anos de bom e efec- balcão, empregado de mesa e empregado de refeitório, quan-
tivo serviço na categoria imediatamente anterior. do a admissão ocorra depois dos 18 anos, tem a duração de
Trabalhadores gráficos
um ano.
4- A aprendizagem para as profissões de empregado de
Aprendizagem e tirocínio quartos/camaratas/enfermarias e empregado de refeitório,
1- A aprendizagem para as profissões de compositor ma- quando a admissão ocorra depois dos 18 anos, tem a duração
nual, compositor mecânico (linotipista), costureiro de enca- de seis meses.
dernação, encadernador, encadernador-dourador, fotocom- 5- O aprendiz ascenderá a estagiário logo que complete a
positor, fotógrafo, impressor tipográfico, montador, operador aprendizagem.
manual, operador de máquinas (de encadernação ou de aca- Estágio
bamentos), perfurador de fotocomposição, restaurador de 1- O estágio para cozinheiro e pasteleiro terá a duração de
folhas, teclista monotipista e transportador tem a duração de quatro anos, subdividido em períodos iguais.
três anos. 2- O estágio para despenseiro, empregado de balcão, em-
2- O aprendiz ascenderá a praticante logo que complete a pregado de mesa empregado de refeitório tem a duração de
aprendizagem. 12 meses.
3- O período de tirocínio do praticante é de quatro anos. 3- O estágio para a profissão de empregado de quartos/
Acesso e carreira camaratas/enfermarias tem a duração de seis meses.
1- O praticante ascende à categoria mais baixa estabeleci- Acesso e carreira
da para a respectiva profissão logo que complete o tirocínio. 1- O estagiário ingressa na profissão logo que complete o
2- A carreira do trabalhador com a profissão de compo- período de estágio.
sitor manual, compositor mecânico (linotipista), costureiro 2- O estagiário para cozinheiro e pasteleiro ascende à cate-
de encadernação, encadernador, encadernador-dourador, goria mais baixa estabelecida para as respectivas profissões.
fotocompositor, fotógrafo, impressor (litografia), impressor 3- A carreira do trabalhador com a profissão de ajudante de
tipográfico, montador, operador manual, operador de má-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

cozinha desenvolve-se pelas categorias de ajudante de cozi- 2- A carreira do trabalhador com a profissão de bordadeira
nha até 5 anos e de ajudante de cozinha com mais de cinco (tapeçarias), carpinteiro, dourador de ouro fino, ebanista, en-
anos. talhador, estofador, marceneiro, mecânico de madeiras, pin-
4- Constitui requisito de promoção a ajudante de cozinha tor-decorador, pintor de lisos (madeira), pintor de móveis,
com mais de cinco anos a prestação de cinco anos de bom e polidor de móveis e serrador de serra (fita) desenvolve-se
efectivo serviço na categoria imediatamente inferior. pelas categorias de 3.ª, 2.ª e 1.ª
5- A carreira dos trabalhadores com a profissão de empre- 3- Constitui requisito da promoção a bordadeira (tapeça-
gado de balcão, empregado de mesa e empregado de refeitó- rias), carpinteiro, dourador de ouro fino, ebanista, entalha-
rio desenvolve-se pelas categorias de empregado de balcão, dor, estofador, marceneiro, mecânico de madeiras, pintor-de-
empregado de mesa e empregado de refeitório até cinco anos corador, pintor de lisos (madeira), pintor de móveis, polidor
e com mais de cinco anos. de móveis e serrador de serra (fita) de 2.ª e 1.ª a prestação de
6- Constitui requisito de promoção de empregado de bal- três anos de bom e efectivo serviço na categoria imediata-
cão, empregado de mesa e empregado de refeitório com mais mente inferior.
de cinco anos a prestação de cinco anos de bom e efectivo 4- As profissões de ebanista, entalhador e mecânico de ma-
serviço na categoria imediatamente inferior. deiras são a extinguir quando vagarem os lugares das catego-
7- As carreiras do trabalhador com a profissão de cozinhei- rias correspondentes actualmente ocupados.
ro e pasteleiro desenvolvem-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e Trabalhadores metalúrgicos
1.ª
Aprendizagem e tirocínio
8- Constitui requisito da promoção a cozinheiro e paste-
1- A aprendizagem para as profissões de bate-chapas, ba-
leiro de 2.ª e 1.ª a prestação de cinco anos de bom e efectivo
tedor de ouro em folha, canalizador (picheleiro), cinzelador
serviço na categoria imediatamente inferior.
de metais não preciosos, fundidor-moldador em caixas, fu-
Trabalhadores de lavandaria e de roupas nileiro-latoeiro, serralheiro civil e serralheiro mecânico tem
Aprendizagem a duração de dois anos.
1- Os trabalhadores admitidos com menos de 18 anos de 2- O aprendiz com mais de 18 anos de idade tem um perío-
idade têm um período de aprendizagem nunca inferior a 12 do mínimo de aprendizagem de 12 meses.
meses. 3- O aprendiz ascenderá a praticante logo que complete a
2- A aprendizagem para a profissão de costureira/alfaiate aprendizagem.
tem a duração de dois anos, independentemente da idade de 4- O período de tirocínio do praticante é de dois anos.
admissão. Acesso e carreira
3- A aprendizagem para as profissões de engomador, la- 1- O praticante ascende à categoria mais baixa estabeleci-
vadeiro e roupeiro, quando a admissão ocorra depois dos 18 da para a respectiva profissão logo que complete o tirocínio.
anos, tem a duração de um ano. 2- A carreira do trabalhador com a profissão de bate-cha-
4- O aprendiz ascenderá a estagiário logo que complete a pas, batedor de ouro em folha, canalizador (picheleiro),
aprendizagem. cinzelador de metais não preciosos, fundidor-moldador em
Estágio caixas, funileiro-latoeiro, serralheiro civil e serralheiro me-
1- O estágio para a profissão de costureiro/alfaiate tem a cânico desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e 1.ª
duração de 12 meses. 3- Constitui requisito da promoção a bate-chapas, bate-
2- O estágio para a profissão de engomador, lavadeiro e dor de ouro em folha, canalizador (picheleiro), cinzelador
roupeiro tem a duração de seis meses. de metais não preciosos, fundidor-moldador em caixas, fu-
3- O estagiário ingressa na profissão logo que complete o nileiro-latoeiro, serralheiro civil e serralheiro mecânico de
período de estágio. 2.ª e 1.ª a prestação de três anos de bom e efectivo serviço na
Trabalhadores de madeiras, mobiliário e decoração categoria imediatamente inferior.
4- As profissões de batedor de ouro em folha, cinzelador
Aprendizagem e tirocínio
de metais não preciosos e funileiro-latoeiro são a extinguir
1- A aprendizagem para as profissões de bordadeira (ta-
quando vagarem os lugares das categorias correspondentes
peçarias), carpinteiro, dourador de ouro fino, ebanista, en-
actualmente ocupados.
talhador, estofador, marceneiro, mecânico de madeiras, pin-
tor-decorador, pintor de lisos (madeira), pintor de móveis, Trabalhadores de panificação
polidor de móveis e serrador de serra (fita) tem a duração de Admissão
dois anos. Constitui condição de admissão para os trabalhadores de
2- O aprendiz com mais de 18 anos de idade tem um perío- panificação a titularidade do boletim de sanidade, bem como
do mínimo de aprendizagem de 12 meses. da carteira profissional, nos casos em que estes constituam
3- O aprendiz ascenderá a praticante logo que complete a título obrigatório para o exercício da profissão.
aprendizagem. Aprendizagem
4- O período de tirocínio do praticante é de dois anos. 1- A aprendizagem tem a duração de dois anos.
Acesso e carreira 2- O aprendiz ascenderá a ajudante de padaria logo que
1- O praticante ascende à categoria mais baixa estabeleci- complete o período de aprendizagem.
da para a respectiva profissão logo que complete o tirocínio. 3- O aprendiz com mais de 18 anos de idade ascenderá

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a ajudante desde que permaneça um mínimo de 12 meses 6- A carreira do trabalhador com a profissão de monitor
como aprendiz. desenvolve-se pelas categorias de 2.ª, 1.ª e principal.
Trabalhadores de habilitação e reabilitação e emprego protegido 7- Constitui requisito da promoção a monitor de 1.ª a pres-
tação de três anos de bom e efectivo serviço.
A) Técnicos superiores
8- Constituem requisitos da promoção a monitor principal
Admissão
a prestação de cinco anos de bom e efectivo serviço e a titula-
Constitui condição de admissão para o exercício de fun-
ridade de curso profissional específico na área que lecciona.
ções inerentes a técnico superior de educação especial e rea-
C) Outros trabalhadores
bilitação/reabilitação psicomotora a titularidade de licencia-
Constitui condição de admissão para a profissão de au-
tura oficialmente reconhecida.
xiliar de actividades ocupacionais a titularidade de diploma
Carreira
para o exercício da profissão.
1- A carreira dos trabalhadores com a profissão de técni-
co superior de educação especial e reabilitação/reabilitação Trabalhadores rodoviários e de postos de abastecimentos
psicomotora desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª, 1.ª e Admissão
principal 1- As condições de admissão para o exercício das funções
2- Constitui requisito de promoção a técnico superior de inerentes às profissões de motoristas ligeiros e de pesados
educação especial e reabilitação/reabilitação psicomotora de são as exigidas por lei.
2.ª, 1.ª e principal a prestação de três anos de bom e efectivo 2- Constitui condição de admissão para a profissão de
serviço na categoria imediatamente anterior. abastecedor, ajudante de motorista e encarregado a idade mí-
B)Técnicos nima de 18 anos.
Admissão Carreira
1- As condições de admissão para a profissão de impressor 1- A carreira do trabalhador com as profissões de motorista
são as seguintes: de ligeiros e de motorista de pesados desenvolve-se pelas
a) Idade não inferior a 18 anos; categorias de 2.ª e 1.ª
b) Experiência profissional adequada. 2- Constitui requisito de promoção a prestação de cinco
2- As condições de admissão para as profissões de arqui- anos de bom e efectivo serviço na categoria de motorista de
vista, encarregado de oficina, revisor, técnico de braille, téc- 2.ª
nico de reabilitação e tradutor são as seguintes: Certificado de aptidão de motorista
a) Idade não inferior a 18 anos; A instituição assegurará aos trabalhadores com a profis-
b) Habilitações profissionais adequadas. são de motorista de pesados o pagamento da formação obri-
3- Constitui condição de admissão para a profissão de for- gatória para renovação do CAM e respectivo averbamento
mador a titularidade das habilitações legalmente exigidas. à carta de condução, sempre que legalmente exigido para o
4- Constitui condição de admissão para a profissão de au- exercício das funções na instituição.
xiliar de actividades ocupacionais a titularidade para o exer- Trabalhadores de diagnóstico e terapêutica
cício da profissão.
A)Técnicos superiores
5- Constitui condição de admissão para a profissão de mo-
Admissão
nitor de actividades ocupacionais e monitor/formador de ha-
Constitui condição de admissão para a profissão de téc-
bilitação e reabilitação as habilitações legalmente exigidas
nico superior de diagnóstico e terapêutica a posse da corres-
para o exercício da profissão ou equiparadas.
pondente licenciatura e cédula profissional.
Carreira
Carreira:
1- A carreira do trabalhador com a profissão de revisor e
1- A carreira dos técnicos superiores de diagnóstico e tera-
tradutor desenvolve-se pelas categorias 2.ª, 1.ª e principal.
pêutica desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª, 1.ª e prin-
2- Constitui requisito da promoção a revisor e tradutor de
cipal.
1.ª e principal a prestação de cinco anos de bom e efectivo
2- Constitui requisito da promoção a 2.ª, 1.ª e principal a
serviço na categoria imediatamente inferior.
prestação de três anos de bom e efectivo serviço na categoria
3- A carreira do trabalhador com a profissão de monitor
imediatamente inferior.
de actividades ocupacionais e monitor/formador de habilita-
B) Técnicos
ção e reabilitação desenvolve-se pelas categorias de 2.ª, 1.ª
Admissão
e principal.
Constitui condição de admissão para a profissão de técni-
4- Constitui requisito da promoção de 2.ª a 1.ª, a perma-
co de diagnóstico e terapêutica a titularidade das habilitações
nência de três anos de bom e efectivo serviço.
legalmente exigidas e cédula profissional.
5- Constituem requisitos da promoção a monitor de acti-
Carreira
vidades ocupacionais principal e monitor/formador de habi-
1- A carreira dos trabalhadores de uma das profissões men-
litação e reabilitação principal a prestação de cinco anos de
cionadas, desenvolve-se pelas categorias 3.ª, 2.ª e 1.ª
bom e efectivo serviço e a titularidade de curso profissional
2- Constitui requisito da promoção a 2.ª e 1.ª a prestação
específico na área que lecciona.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

de três anos de bom e efectivo serviço na categoria imedia- superior de animação sociocultural e técnico superior de
tamente inferior. educação social a titularidade de licenciatura oficialmente
C) Auxiliares técnicos reconhecida.
Trabalhadores não detentores de cédula profissional, mas 2- Constitui condição de admissão para o exercício de fun-
que possuem uma autorização de exercício concedida pelo ções inerentes a técnico superior de mediação social a titu-
Ministério da Saúde, sendo as suas categorias a extinguir laridade de licenciatura anterior ao processo de bolonha ou
quando vagarem. Exercem a actividade enquadrada por pro- do 2.º ciclo de estudos superiores especializados, num caso
fissionais legalmente titulados. ou noutro oficialmente reconhecidos, na área das ciências
Reclassificações sociais e humanas.
1- Os técnicos de diagnóstico e terapêutica portadores de 3- Constituem condições de admissão para a profissão de
licenciatura e cédula profissional foram reclassificados da animador cultural:
seguinte forma, nos termos do CCT publicado no Boletim a) 12.º ano de escolaridade ou habilitação equivalentes;
do Trabalho e Emprego, n.º 6, de 15 de fevereiro de 2012: b) Formação profissional específica.
O dietista em técnico dietista; 4- Constituem condições de admissão para a profissão de
O preparador de análises clínicas e o técnico de análises mediador sociocultural:
clínicas em técnico de análises clínicas e saúde pública; a) 9.º ano de escolaridade ou habilitação equivalente;
O técnico de audiometria em técnico de audiologia; b) Formação profissional conferente do nível II de qualifi-
O cardiografista, o pneumografista e o técnico de car- cação profissional.
diopneumografia em técnico de cardiopneumologia; Carreira
O electroencefalogista e o técnico de neurofisiografia em 1- A carreira do trabalhador com a profissão de assistente
técnico de neurofisiologia; social, gerontólogo, técnico superior de animação sociocul-
O técnico de ortóptica em ortoptista; tural, técnico superior de educação social e técnico superior
O técnico ortoprotésico em ortoprotésico; de mediação social desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª,
O radiografista em técnico de radiologia; 1.ª e principal.
O radioterapeuta em técnico de radioterapia; 2- Constitui requisito da promoção a assistente social, ge-
Os técnicos de reabilitação/fisioterapeutas, técnicos de rontólogo, técnico superior de animação sociocultural, técni-
reabilitação/terapeutas da fala e técnicos de reabilitação/ co superior de educação social, técnico superior de mediação
terapeutas ocupacionais detentores de licenciatura e cédula social de 3.ª a 2.ª, de 2.ª a 1.ª e 1.ª a principal, a prestação de
profissional mantêm a actual designação de categoria pro- três anos de bom e efectivo serviço na categoria imediata-
fissional. mente inferior.
2- Os técnicos de diagnóstico e terapêutica com licen- 3- Os trabalhadores das extintas categorias de animadores
ciatura e cédula profissional, que foram reclassificados nos culturais de grau I e os educadores sociais de grau I com
termos do número anterior, ou das profissões de técnico de licenciatura transitaram para a nova categoria de técnicos su-
anatomia patológica, técnico de medicina nuclear, técnico de periores de animação sociocultural e técnicos superiores de
saúde ambiental, higienista oral e técnico de prótese dentária educação social, nos termos do CCT publicado no Boletim
terão contado o tempo de serviço na nova categoria, para do Trabalho e Emprego, n.º 6, de 15 de fevereiro de 2012,
efeito de enquadramento na carreira, desde 22 de fevereiro contando o tempo de serviço na nova categoria, para efei-
de 2009 ou desde a data da conclusão de licenciatura, se pos- to de enquadramento na carreira, desde 22 de fevereiro de
terior a essa data. 2009, ou desde a data da conclusão da licenciatura, se pos-
3- Os trabalhadores dos serviços de diagnóstico e terapêu- terior a essa data.
tica actualmente existentes, que não tenham obtido a licen- 4- As categorias de animador cultural de grau II e de edu-
ciatura, mas que prossigam as suas funções ao abrigo de uma cador social de grau II passaram a designar-se animador cul-
autorização de exercício do Ministério da Saúde, mantém o tural e educador social, extinguindo-se as anteriores designa-
enquadramento, designação de categorias, conteúdo funcio- ções, nos termos do mesmo CCT.
nal e em enquadramento de nível remuneratório descritos no 5- Os respectivos trabalhadores foram ou serão reclassi-
CCT publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 6, ficados em técnicos superiores de animação sociocultural e
de 15 de fevereiro de 2012, não podendo, no entanto, veri- técnico superior de educação social, a partir da data em que
ficar-se novas admissões para essas categorias de quem não adquiram o grau de licenciatura, ou 2.º ciclo de estudos su-
tenha habilitação correspondente ao 2.º ciclo de estudos su- periores especializados nos termos do processo de Bolonha e
periores, extinguindo-se os respectivos lugares à medida que com efeitos a partir da mesma data.
forem vagando, sendo designados de Técnicos da categoria 6- A carreira do trabalhador com a profissão de agente fa-
correspondente (sem curso). miliar, educador social e técnico auxiliar de serviço social
Trabalhadores sociais desenvolve-se pelas categorias de 2.ª e 1.ª
7- Constitui requisito da promoção a prestação de cinco
Admissão
anos de bom e efectivo serviço na categoria de agente de
1- Constitui condição de admissão para o exercício de
educação familiar, educador social e técnico auxiliar de ser-
funções inerentes a assistente social, gerontólogo, técnico
viço social de 2.ª

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Outros trabalhadores Professor;


Cinema Psicólogo;
Admissão Secretário-geral;
1- As condições de admissão para a profissão de projeccio- Sociólogo;
nista são as seguintes: Técnico de análises clínicas e saúde pública;
a) Idade não inferior a 18 anos; Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológi-
b) Habilitações profissionais adequadas. ca;
2- Constitui condição de admissão para a profissão de bi- Técnico de audiologia;
lheteiro a idade mínima de 18 anos. Técnico de cardiopneumologia;
Encarregados gerais Técnico dietista;
Admissão Técnico de farmácia;
As condições de admissão para a profissão de encarrega- Técnico de medicina nuclear;
do geral são as seguintes: Técnico de neurofisiologia;
a) Idade não inferior a 21 anos; Técnico de prótese dentária;
b) Habilitações profissionais adequadas. Técnico de radiologia;
Enfermeiros
Técnico de radioterapia;
Técnico de reabilitação/terapeuta da fala;
Carreira Técnico de reabilitação/terapeuta ocupacional;
A carreira dos trabalhadores com a profissão de enfermei- Técnico de reabilitação/fisioterapeuta;
ro desenvolve-se pelas categorias de enfermeiro, enfermeiro Técnico de saúde ambiental;
com cinco ou mais anos de bom e efectivo serviço, enfermei- Técnico superior de animação sociocultural;
ro especialista, enfermeiro-chefe e enfermeiro-supervisor. Técnico superior de educação especial e reabilitação/rea-
bilitação psicomotora;
ANEXO III Técnico superior de educação social;
Técnico superior de laboratório;
Enquadramento das profissões Técnico superior de mediação social;
em níveis de qualificação Veterinário.
1- Quadros superiores: 2- Quadros médios:
2.1- Técnicos administrativos:
Arquitecto;
Tesoureiro.
Assistente social;
Conservador de museu; 2.2- Técnicos de produção e outros:
Consultor jurídico; Cardiografista;
Contabilista; Educador de infância;
Director de serviços; Electroencefalografista;
Director dos serviços clínicos; Fisioterapeuta;
Director técnico (farmácia); Pneumografista;
Educador de infância; Radiografista;
Educador de estabelecimento com grau superior; Radioterapeuta;
Enfermeiro; Técnico de análises clínicas;
Enfermeiro-chefe; Técnico de audiometria;
Enfermeiro especialista; Técnico de braille;
Engenheiro técnico agrário; Técnico de cardiopneumografia;
Engenheiro técnico (construção civil); Técnico de farmácia (cédula prof. s/ licenciatura)
Engenheiro técnico (electromecânica); Técnico de locomoção;
Enfermeiro-supervisor; Técnico de neurofisiologia;
Engenheiro agrónomo; Técnico de ortóptica de reabilitação;
Engenheiro civil; Técnico ortoprotésico;
Engenheiro electrotécnico; Terapeuta da fala;
Engenheiro silvicultor; Terapeuta ocupacional.
Farmacêutico;
3- Encarregados, contramestres, mestres e chefes de
Formador;
equipa:
Gerontólogo;
Caixeiro-encarregado;
Higienista oral;
Cozinheiro-chefe;
Médico;
Encarregado de armazém;
Médico especialista;
Encarregado de exploração ou feitor;
Ortoptista;
Encarregado de fabrico;
Ortoprotésico;

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Encarregado de obras; 5.3- Produção:


Encarregado de oficina; Amassador;
Encarregado de parque de campismo; Bate-chapas;
Encarregado de refeitório (hotelaria); Batedor de ouro em folha;
Encarregado de sector (serviços gerais); Bordadeira (tapeçarias);
Encarregado de serviços gerais (serviços gerais); Canalizador (picheleiro);
Encarregado electricista; Carpinteiro;
Encarregado fiscal; Carpinteiro de limpos;
Encarregado geral; Carpinteiro de tosco ou cofragens;
Encarregados gerais (serviços gerais); Compositor manual;
Encarregado (madeiras); Compositor mecânico (linotipista);
Encarregado (metalúrgicos); Encadernador;
Encarregado (rodoviários); Encadernador-dourador;
Encarregado (serviços gerais). Estofador;
Estucador;
4- Profissionais altamente qualificados:
Fogueiro;
4.1- Administrativos, comércio e outros:
Forneiro;
Agente de educação familiar;
Fotocompositor;
Ajudante técnico de farmácia;
Fundidor-moldador em caixas;
Animador cultural;
Impressor (braille);
Dietista;
Impressor tipográfico;
Documentalista;
Marceneiro;
Educador social;
Mecânico de madeiras;
Educadora de infância com diploma;
Montador;
Encarregado fiscal;
Oficial (electricista);
Escriturário principal/subchefe de secção;
Pedreiro;
Enfermeiro sem curso de promoção;
Perfurador de fotocomposição;
Mediador sociocultural;
Pintor;
Monitor;
Pintor de móveis;
Monitor de CAO (actividades ocupacionais);
Polidor de móveis;
Monitor/formador de habilitação e reabilitação;
Serrador de serra de fita;
Preparador de análises clínicas;
Serralheiro civil;
Professor sem magistério;
Serralheiro mecânico;
Revisor;
Restaurador de folhas;
Secretário;
Teclista monotipista;
Técnico auxiliar de serviço social;
Transportador.
Técnico de actividades de tempos livres (ATL);
Tradutor. 5.4- Outros:
Ajudante de acção directa principal;
4.2- Produção:
Ajudante de farmácia;
Desenhador-projectista;
Ajudante de feitor;
Estereotipador;
Ajudante técnico de análises clínicas;
Fotógrafo (gráficos);
Ajudante técnico de fisioterapia;
Impressor (litografia);
Auxiliar de actividades ocupacionais;
Pintor-decorador;
Auxiliar de educação;
Pintor de lisos (madeiras).
Auxiliar de enfermagem;
5- Profissionais qualificados: Barbeiro-cabeleireiro;
5.1- Administrativos: Cabeleireiro;
Arquivista; Chefe de compras/ecónomo;
Caixa; Correeiro;
Escriturário; Cozinheiro;
Esteno-dactilógrafo; Despenseiro;
Operador de computador. Educador de estabelecimento sem grau superior;
Encarregado de emprego protegido e empresas de inser-
5.2- Comércio:
ção;
Caixeiro.

4716
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Enfermeiro (sem curso de promoção); Auxiliar menor;


Fiel de armazém; Contínuo;
Motorista de ligeiros; Engomador;
Motorista de pesados; Guarda de propriedades ou florestal;
Operador de máquinas agrícolas; Guarda ou guarda-rondista;
Ortopédico; Hortelão ou trabalhador horto-florícola;
Parteira (curso de partos); Lavadeiro;
Pasteleiro; Paquete (*);
Prefeito; Porteiro;
Tractorista. Roupeiro;
Trabalhador agrícola;
6- Profissionais semiqualificados (especializados):
Trabalhador auxiliar (serviços gerais).
6.1- Administrativos, comércio e outros:
Abastecedor; (*) O paquete desempenha as mesmas tarefas do contínuo, não consti-
tuindo a idade um elemento de diferenciação de profissão. Deve assim ter o
Ajudante de acção directa; mesmo nível do contínuo.
Ajudante de acção educativa;
Ajudante de cozinheiro; 7.2- Produção:
Ajudante de enfermaria; Servente (construção civil).
Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de- A - Praticantes e aprendizes:
ficiência; Ajudante de electricista;
Ajudante de motorista; Aprendiz;
Ajudante de ocupação; Aspirante;
Auxiliar de acção médica; Estagiário;
Auxiliar de actividades ocupacionais; Praticante;
Auxiliar em estruturas de acolhimento residencial para Pré-oficial (electricista).
crianças e jovens
Auxiliar de laboratório; Profissões integráveis em dois níveis
Barbeiro;
1- Quadros superiores/quadros médios - Técnicos admi-
Bilheteiro;
nistrativos:
Caixa de balcão;
Chefe de departamento (chefe de serviços, chefe de escri-
Capataz (agrícolas);
tório e chefe de divisão) (a).
Caseiro (agrícolas);
2.1/3- Quadros médios - Técnicos da produção e outros/
Empregado de armazém;
encarregados:
Empregado de balcão;
Chefe de serviços gerais (a).
Empregado de mesa;
3/5.2- Encarregados/profissionais qualificados - Comércio:
Empregado de quartos/camaratas/enfermarias;
Caixeiro/chefe de secção.
Empregado de refeitório;
3/5.3- Encarregados/profissionais qualificados - Produção:
Jardineiro;
Chefe de equipa/oficial principal (electricistas);
Operador de máquinas auxiliares;
Subencarregado (madeiras) e subencarregado (metalúrgi-
Operador de processamento de texto;
cos).
Maqueiro;
3/5.4- Encarregados/profissionais qualificados - Outros:
Projeccionista;
Encarregado do sector de armazém.
Sapateiro;
5.1/6.1- Profissionais qualificados - Administrativos/pro-
Telefonista;
fissionais semiqualificados - Administrativos, comércio e
Tratador ou guardador de gado.
outros:
6.2- Produção: Cobrador;
Ajudante de padaria; Recepcionista.
Capataz (construção civil); 5.4/6.1- Profissionais qualificados - Outros/ profissionais
Chegador ou ajudante de fogueiro; semiqualificados - administrativos, comércio e outros:
Costureiro de encadernação; Costureira/alfaiate.
Operador de máquinas (encadernação e acabamentos); 5.3/6.2- Profissionais qualificados - Produção/profissio-
Operador manual (encadernação e acabamentos). nais semiqualificados - Produção:
Restaurador de folhas.
7- Profissionais não qualificados (indiferenciados):
7.1- Administrativos, comércio e outros: (a) Profissão integrável em dois níveis de qualificação, consoante a di-
mensão do serviço ou secção chefiada e inerente grau de responsabilidade.
Arrumador.

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ANEXO IV Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológi-


ca de 1.ª;
Enquadramento das profissões e categorias Técnico de audiologia de 1.ª;
profissionais em níveis de remuneração Técnico de cardiopneumologia de 1.ª;
Técnico dietista de 1.ª (com licenciatura e cédula);
A - Geral Técnico de farmácia de 1.ª;
Técnico de medicina nuclear de 1.ª;
Nível I Técnico de neurofisiologia de 1.ª;
Técnico de prótese dentária de 1.ª;
Director de serviços;
Técnico de radiologia de 1.ª;
Director de serviços clínicos;
Técnico de radioterapia de 1.ª;
Enfermeiro-supervisor;
Técnico de reabilitação/fisioterapeuta de 1.ª;
Secretário-geral.
Técnico de reabilitação/terapeuta da fala de 1.ª;
Nível II Técnico de reabilitação/terapeuta ocupacional de 1.ª;
Técnico de saúde ambiental de 1.ª;
Assistente social principal;
Técnico superior de animação sociocultural de 1.ª;
Chefe de divisão;
Técnico superior de educação especial e reabilitação/rea-
Enfermeiro-chefe;
bilitação psicomotora de 1.ª;
Gerontólogo principal;
Técnico superior de educação social de 1.ª;
Higienista oral principal;
Técnico superior de mediação social de 1.ª
Ortoptista principal;
Ortoprotésico principal; Nível IV
Psicólogo principal;
Arquitecto;
Sociólogo principal;
Assistente social de 2.ª;
Técnico de análises clínicas e saúde pública principal;
Conservador de museu;
Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológi-
Consultor jurídico;
ca principal;
Enfermeiro com cinco ou mais anos de bom e efectivo
Técnico de audiologia principal;
serviço;
Técnico de cardiopneumologia principal;
Engenheiro agrónomo;
Técnico dietista principal (com licenciatura e cédula);
Engenheiro civil;
Técnico de farmácia principal;
Engenheiro electrotécnico;
Técnico de medicina nuclear principal;
Engenheiro silvicultor;
Técnico de neurofisiologia principal;
Farmacêutico;
Técnico de prótese dentária principal;
Formador;
Técnico de radiologia principal;
Gerontólogo de 2.ª;
Técnico de radioterapia principal;
Higienista oral de 2.ª;
Técnico de reabilitação/fisioterapeuta principal;
Médico (clínica geral);
Técnico de reabilitação/terapeuta da fala principal;
Ortoptista de 2.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta ocupacional principal;
Ortoprotésico de 2.ª;
Técnico de saúde ambiental principal;
Psicólogo de 2.ª;
Técnico superior de animação sócio-cultural principal;
Sociólogo de 2.ª;
Técnico superior de educação especial e reabilitação/rea-
Técnico de análises clínicas e saúde pública de 2.ª;
bilitação psicomotora principal;
Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológi-
Técnico superior de educação social principal;
ca de 2.ª;
Técnico superior de mediação social principal.
Técnico de audiologia de 2.ª;
Nível III Técnico de cardiopneumologia de 2.ª;
Técnico dietista de 2.ª (com licenciatura e cédula);
Assistente social de 1.ª
Técnico de farmácia de 2.ª;
Director técnico (FARM);
Técnico de medicina nuclear de 2.ª;
Enfermeiro especialista;
Técnico de neurofisiologia de 2.ª;
Gerontólogo de 1.ª;
Técnico de prótese dentária de 2.ª;
Higienista oral de 1.ª;
Técnico de radiologia de 2.ª;
Médico especialista;
Técnico de radioterapia de 2.ª;
Ortoptista de 1.ª;
Técnico de reabilitação/fisioterapeuta de 2.ª;
Ortoprotésico de 1.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta da fala de 2.ª;
Psicólogo de 1.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta ocupacional de 2.ª;
Sociólogo de 1.ª;
Técnico de saúde ambiental de 2.ª;
Técnico de análises clínicas e saúde pública de 1.ª;
Técnico superior de animação sociocultural de 2.ª;

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Técnico superior de educação especial e reabilitação/rea- Técnico de cardiopneumografia principal;


bilitação psicomotora de 2.ª; Técnico de locomoção principal;
Técnico superior de educação social de 2.ª; Técnico de neurofisiografia principal;
Técnico superior de laboratório; Técnico ortoprotésico principal;
Técnico superior de mediação social de 2.ª; Técnico de ortóptica principal;
Veterinário. Terapeuta da fala principal;
Terapeuta ocupacional principal;
Nível V
Tesoureiro.
Assistente social de 3.ª;
Nível VIII
Enfermeiro;
Gerontólogo de 3.ª; Agente de educação familiar de 1.ª;
Higienista oral de 31.ª; Ajudante técnico de farmácia (residual);
Ortoptista de 3.ª; Cardiografista de 1.ª;
Ortoprotésico de 3.ª; Chefe de secção (ADM);
Psicólogo de 3.ª; Chefe dos serviços gerais;
Sociólogo de 3.ª; Desenhador projectista;
Técnico de análises clínicas e saúde pública de 3.ª; Dietista de 1.ª;
Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológica Educador social de 1.ª;
de 3.ª; Electroencefalografista de 1.ª;
Técnico de audiologia de 3.ª; Encarregado geral;
Técnico de cardiopneumologia de 3.ª; Fisioterapeuta de 1.ª;
Técnico dietista de 3.ª (com licenciatura e cédula); Guarda-livros;
Técnico de farmácia de 3.ª; Pneumografista de 1.ª;
Técnico de medicina nuclear de 3.ª; Preparador de análises clínicas de 1.ª;
Técnico de neurofisiologia de 3.ª; Radiografista de 1.ª;
Técnico de prótese dentária de 3.ª; Radioterapeuta de 1.ª;
Técnico de radiologia de 3.ª; Técnico de actividades de tempos livres;
Técnico de radioterapia de 3.ª; Técnico de análises clínicas de 1.ª;
Técnico de reabilitação/fisioterapeuta de 3.ª; Técnico de audiometria de 1.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta da fala de 3.ª; Técnico de cardiopneumografia de 1.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta ocupacional de 3.ª; Técnico de locomoção de 1.ª;
Técnico de saúde ambiental de 3.ª; Técnico de neurofisiografia de 1.ª;
Técnico superior de animação sociocultural de 3.ª; Técnico ortoprotésico de 1.ª;
Técnico superior de educação especial e reabilitação/rea- Técnico de ortóptica de 1.ª;
bilitação psicomotora de 3.ª; Terapeuta da fala de 1.ª;
Técnico superior de educação social de 3.ª; Terapeuta ocupacional de 1.ª
Técnico superior de mediação social de 3.ª
Nível IX
Nível VI
Agente de educação familiar de 2.ª;
Contabilista/técnico oficial de contas. Animador cultural;
Nível VII Caixeiro-encarregado;
Cardiografista de 2.ª;
Cardiografista principal; Dietista de 2.ª;
Chefe de departamento; Educador social de 2.ª;
Chefe de escritório; Electroencefalografista de 2.ª;
Chefe de serviços; Encarregado (EL);
Dietista principal;
Encarregado (MAD) ;
Electroencefalografista principal;
Encarregado (MET);
Engenheiro técnico agrário;
Encarregado de exploração ou feitor;
Engenheiro técnico (construção civil);
Encarregado de armazém;
Engenheiro técnico (electromecânico);
Encarregado de fabrico;
Fisioterapeuta principal;
Encarregado de obras;
Pneumografista principal;
Encarregado de oficina;
Preparador de análises clínicas principal;
Fisioterapeuta de 2.ª;
Radiografista principal;
Mediador sociocultural;
Radioterapeuta principal;
Monitor/formador de habilitação e reabilitação principal;
Técnico de análises clínicas principal;
Monitor principal;
Técnico de audiometria principal;
Pneumografista de 2.ª;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Preparador de análises clínicas de 2.ª; Impressor (litografia) de 2.ª;


Radiografista de 2.ª; Monitor de 2.ª;
Radioterapeuta de 2.ª; Monitor/formador de habilitação e reabilitação de 2.ª;
Técnico de análises clínicas de 2.ª; Monitor de CAO de 1.ª;
Técnico de audiometria de 2.ª; Ortopédico;
Técnico auxiliar de serviço social de 1.ª; Parteira;
Técnico de cardiopneumografia de 2.ª; Pintor-decorador de 2.ª;
Técnico de locomoção de 2.ª; Pintor de lisos (madeira) de 2.ª;
Técnico de neurofisiografia de 2.ª; Revisor de 1.ª;
Terapeuta da fala de 2.ª; Técnicos auxiliares de diagnóstico e terapêutica com au-
Terapeuta ocupacional de 2.ª; torização de exercício
Técnico ortoprotésico de 2.ª; Tradutor de 1.ª
Técnico de ortóptica de 2.ª
Nível XII
Nível X
Ajudante de acção directa de 1.ª
Ajudante de acção directa principal; Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de-
Caixeiro chefe de secção; ficiência de 1.ª;
Cinzelador de metais não preciosos de 1.ª; Ajudante de farmácia do 2.º ano (residual);
Chefe de equipa/oficial principal (EL); Ajudante de feitor;
Cozinheiro-chefe; Arquivista;
Documentalista; Auxiliar de actividades ocupacionais com 11 ou mais
Dourador de ouro fino de 1.ª; anos de bom e efectivo serviço;
Ebanista de 1.ª; Auxiliar de educação com 11 ou mais anos de bom e
Encarregado fiscal; efectivo serviço;
Encarregado de sector de armazém; Auxiliar de enfermagem;
Encarregado geral de serviços gerais; Barbeiro-cabeleireiro;
Entalhador de 1.ª; Bate-chapas de 1.ª;
Escriturário principal/ subchefe de secção; Batedor de ouro em folha de 1.ª;
Esteriotipador principal; Bordadeira (tapeçarias) de 1.ª;
Fotógrafo de 1.ª; Cabeleireiro;
Impressor (litografia) de1.ª; Caixa;
Monitor de 1.ª; Caixeiro de 1.ª;
Monitor/formador de habilitação e reabilitação de 1.ª; Canalizador (picheleiro) de 1.ª;
Monitor de CAO principal; Carpinteiro de 1.ª;
Pintor-decorador de 1.ª; Carpinteiro de limpos de 1.ª;
Pintor de lisos (madeira) de 1.ª; Carpinteiro de tosco ou cofragem de 1.ª;
Revisor principal; Compositor manual de 1.ª;
Secretário; Compositor mecânico (linotipista) de 1.ª;
Subencarregado (MAD); Cozinheiro de 1.ª;
Subencarregado (MET); Despenseiro;
Técnico auxiliar de serviço social de 2.ª; Dourador de ouro fino de 3.ª;
Técnico de braille; Electricista (oficial) de 1.ª;
Técnico de reabilitação; Encadernador de 1.ª;
Tradutor principal. Encadernador-dourador de 1.ª;
Encarregado (ROD);
Nível XI Encarregado de parque de campismo;
Ajudante de farmácia do 3º ano (residual); Encarregado de sector (serviços gerais);
Ajudante técnico de análises clínicas; Escriturário de 1.ª;
Ajudante técnico de fisioterapia; Estofador de 1.ª;
Chefe de compras/ ecónomo; Estucador de 1.ª;
Dourador de ouro fino de 2.ª; Fiel de armazém de 1.ª;
Ebanista de 2.ª; Fogueiro de 1.ª;
Encarregado de serviços gerais; Fotocompositor de 1.ª;
Encarregado de refeitório; Fotógrafo de 3.ª;
Enfermeiro sem curso de promoção; Fundidor-moldador em caixas de 1.ª;
Entalhador de 2.ª; Impressor (litografia) de 3.ª;
Estereotipador de 1.ª; Impressor (braille);
Fotógrafo de 2.ª; Impressor tipográfico de 1.ª;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Marceneiro de 1.ª; Marceneiro de 2.ª;


Mecânico de madeiras de 1.ª; Mecânico de madeiras de 2.ª;
Monitor de CAO de 2.ª; Montador de 2.ª;
Montador de 1.ª; Motorista de ligeiros de 1.ª;
Motorista de pesados de 1.ª; Motorista de pesados de 2.ª;
Operador de computador de 1.ª; Operador de computadores de 2.ª;
Pasteleiro de 1.ª; Operador de máquinas auxiliares principal;
Pedreiro/trolha de 1.ª; Pasteleiro de 2.ª;
Perfurador de fotocomposição de 1.ª; Pedreiro/trolha de 2.ª;
Pintor de 1.ª; Perfurador de fotocomposição de 2.ª;
Pintor-decorador de 3.ª; Pintor de 2.ª;
Pintor de lisos (madeira) de 3.ª; Pintor de móveis de 2.ª;
Pintor de móveis de 1.ª; Polidor de móveis de 2.ª;
Polidor de móveis de 1.ª; Serrador de serra de fita de 2.ª;
Revisor de 2.ª; Serralheiro civil de 2.ª;
Serrador de serra de fita de 1.ª; Serralheiro mecânico de 2.ª;
Serralheiro civil de 1.ª; Teclista monotipista de 2.ª;
Serralheiro mecânico de 1.ª; Tractorista;
Teclista monotipista de 1.ª; Transportador de 2.ª
Tradutor de 2.ª;
Nível XIV
Transportador de 1.ª
Ajudante de acção directa de 3.ª;
Nível XIII
Ajudante de acção educativa de 2.ª
Ajudante de acção directa de 2.ª; Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de-
Ajudante de acção educativa de 1.ª; ficiência de 3.ª;
Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de- Auxiliar de acção médica de 2ª
ficiência de 2.ª; Auxiliar de actividades ocupacionais;
Ajudante de farmácia do 1.º ano; Auxiliar de educação;
Amassador; Auxiliar em estruturas de acolhimento residencial para
Auxiliar de acção médica de 1.ª; crianças e jovens;
Auxiliar de actividades ocupacionais com cinco anos de Bate-chapas de 3.ª;
bom e efectivo serviço; Bordadeira (tapeçarias) de 3.ª;
Auxiliar de educação com cinco anos de bom e efectivo Caixa de balcão;
serviço; Caixeiro de 3.ª;
Bate-chapas de 2.ª; Canalizador (picheleiro) de 3.ª;
Batedor de ouro em folha de 2.ª; Capataz (CC);
Bordadeira (tapeçarias) de 2.ª; Carpinteiro de 3.ª;
Caixeiro de 2.ª; Carpinteiro de limpos de 3.ª;
Canalizador (picheleiro) de 2.ª; Carpinteiro de tosco ou cofragem de 3.ª;
Carpinteiro de 2.ª; Compositor manual de 3.ª;
Carpinteiro de limpos de 2.ª; Compositor mecânico (linotipista) de 3.ª;
Carpinteiro de tosco ou cofragem de 2.ª; Costureiro de encadernação de 1.ª;
Cobrador; Cozinheiro de 3.ª;
Compositor manual de 2.ª; Operador de processamento de texto principal;
Compositor mecânico (linotipista) de 2.ª; Electricista (oficial) de 3.ª;
Cozinheiro de 2.ª; Empregado de armazém;
Electricista (oficial) de 2.ª; Encadernador de 3.ª;
Encadernador de 2.ª; Encadernador-dourador de 3.ª;
Encadernador-dourador de 2.ª; Encarregado de emprego protegido e empresas de inser-
Escriturário de 2.ª; ção;
Estofador de 2.ª; Escriturário de 3.ª;
Estucador de 2.ª; Estofador de 3.ª;
Fiel de armazém de 2.ª; Estucador de 3.ª;
Fogueiro de 2.ª; Fogueiro de 3.ª;
Forneiro; Fundidor-moldador em caixas de 3.ª;
Fotocompositor de 2.ª; Impressor tipográfico de 3.ª;
Fundidor-moldador em caixas de 2.ª; Marceneiro de 3.ª;
Impressor tipográfico de 2.ª; Montador de 3.ª;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Motorista de ligeiros de 2.ª; Auxiliar de acção médica de 3.ª;


Operador de máquinas agrícolas; Auxiliar de laboratório;
Operador de máquinas auxiliares de 1.ª; Barbeiro;
Operador de máquinas (de encadernação ou de acaba- Bilheteiro;
mentos) de 1.ª; Caseiro;
Operador manual de 1.ª; Chegador ou ajudante de fogueiro;
Pasteleiro de 3.ª; Contínuo de 1.ª;
Pedreiro/trolha de 3.ª; Costureiro de encadernação de 3.ª;
Pintor de 3.ª; Empregado de balcão até cinco anos;
Pintor de móveis de 3.ª; Empregado de mesa até cinco anos;
Polidor de móveis de 3.ª; Empregado de refeitório até cinco anos;
Projeccionista; Estagiário de operador de máquinas auxiliares;
Recepcionista principal; Estagiário do 1.º ano (ADM);
Restaurador de folhas de 1.ª; Guarda ou guarda-rondista de 1.ª;
Serrador de serra de fita de 3.ª; Maqueiro;
Serralheiro civil de 3.ª; Operador de máquinas (de encadernação ou de acaba-
Serralheiro mecânico de 3.ª; mentos) de 3.ª;
Teclista monotipista de 3.ª; Operador manual de 3.ª;
Telefonista principal; Operador de processamento de texto de 2.ª;
Transportador de 3.ª; Porteiro de 1.ª;
Tratador ou guardador de gado. Pré-oficial do 1.º ano (EL);
Recepcionista de 2.ª;
Nível XV
Restaurador de folhas de 3.ª;
Ajudante de acção educativa de 3.ª; Telefonista de 2.ª
Ajudante de cozinheiro com mais de 5 anos de bom e
Nível XVII
efectivo serviço;
Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de- Ajudante do 2.º ano (EL);
ficiência de 3.ª; Arrumador;
Ajudante de enfermaria; Contínuo de 2.ª;
Ajudante de ocupação; Empregado de quartos/camaratas/enfermarias;
Auxiliar de acção médica de 3.ª; Engomador;
Capataz; Estagiário de recepcionista;
Costureira/alfaiate; Guarda de propriedades ou florestal;
Costureiro de encadernação de 2.ª; Guarda ou guarda-rondista de 2.ª;
Operador de processamento de texto de 1.ª; Hortelão ou trabalhador horto-florícola;
Empregado de balcão com mais de cinco anos de bom e Jardineiro;
efectivo serviço; Lavadeiro;
Empregado de mesa com mais de cinco anos de bom e Porteiro de 2.ª;
efectivo serviço; Roupeiro;
Empregado de refeitório com mais de cinco anos de bom Trabalhador agrícola;
e efectivo serviço; Trabalhador auxiliar (serviços gerais) com mais de cinco
Estagiário do 2.º ano (ADM); anos de bom e efectivo serviço.
Operador de computador estagiário;
Nível XVIII
Operador de máquinas auxiliares de 2.ª;
Operador de máquinas (de encadernação ou de acaba- Ajudante do 1.º ano (EL);
mentos) de 2.ª; Estagiário do 3.º e 4.º anos (HOT);
Operador manual de 2.ª; Praticante do 2.º ano (CC, FARM, MAD e MET);
Pré-oficial do 2.º ano (EL); Praticante dos 3.º e 4.º anos (GRAF);
Recepcionista de 1.ª; Servente (CC);
Restaurador de folhas de 2.ª; Trabalhador auxiliar (serviços gerais) até cinco anos de
Sapateiro; serviço.
Telefonista de 1.ª
Nível XIX
Nível XVI
Estagiário (LAV e ROUP);
Abastecedor; Estagiário do 1.º e 2.º anos (HOT);
Ajudante de cozinheiro até cinco anos; Praticante do 1.º ano (CC, FARM, MAD e MET);
Ajudante de motorista; Praticante do 1.º e 2.º anos (GRAF).
Ajudante de padaria;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Nível XX ANEXO V
Aprendiz do 2.º ano (CC, EL, HOT, LAV e ROUP, MAD,
MET e PAN);
Tabela de retribuições mínimas
Aprendiz do 2.º e 3.º anos (GRAF); (A partir de 1 de julho de 2022)
Auxiliar menor;
Paquete de 17 anos. Tabela A

Nível XXI Níveis Valores em euros

Aprendiz do 1.º ano (CC, EL, GRAF, HOT, LAV e ROUP, 1 1 269,00
MAD, MET e PAN). 2 1 183,00
Paquete de 16 anos.
3 1 115,00
Notas
1- Os trabalhadores com a categoria de ajudante de acção directa , que 4 1 064,00
tenham acordado o horário de trabalho normal semanal de quarenta horas,
5 1 020,00
têm direito à retribuição correspondente aos níveis respectivos da tabela A
do anexo V, acrescida de 8,1 %. 6 951,00
2- Os trabalhadores com as categorias de ajudante de acção educativa,
ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com deficiência, ajudante 7 899,00
de ocupação e auxiliar de acção médica, que tenham acordado o horário de 8 848,00
trabalho normal semanal de quarenta horas, têm direito à retribuição corres-
pondente aos níveis respectivos da tabela A do anexo V, acrescida de 5,3 %. 9 798,00
3- Os trabalhadores que, à data daa entrada em vigor do acordo de revi-
são, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 42, de 15 de novem-
10 770,00
bro de 2021, detinham uma das categorias integrantes das carreiras de aju- 11 752,00
dante de acção directa e de ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas
com deficiência, mantiveram a respeciva categoria, mas foram enquadrados 12 746,00
no nível remuneratório previsto no referido acordo de revisão, mantendo a
13 737,00
contagem de tempo de serviço para efeitos da promoção subsequente.
4- Os trabalhadores que, à data da entrada em vigor do mesmo acordo 14 727,00
de revisão, estavam classificados em prefeitos, foram reclassificados por
esse acordo em auxiliares de estabelecimento de acolhimento residencial 15 717,00
para crianças e jovens, mantendo o nível remuneratório de nível XIV da 16 713,00
tabela A.
5- A instituição assegurará o pagamento do certificado de registo cri- 17 709,00
minal relativamente aos trabalhadores legalmente obrigados a apresentá-lo
para o exercício das respectivas funções na instituição.
18 705,00

TABELAS B
1- Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secun- 2- Professores dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e se-
dário profissionalizado com licenciatura. cundário profissionalizado com bacharelato.

Níveis Anos de serviço Valores em euros Níveis Anos de serviço Valores em euros

I 26 ou mais 3 082 I 26 ou mais 2 537

II De 23 a 25 2 426 II De 23 a 25 2 337

III De 20 a 22 2 071 III De 20 a 22 1 956

IV De 16 a 19 1 953 IV De 16 a 19 1 888

V De 13 a 15 1 888 V De 13 a 15 1 739

VI De 9 a 12 1 739 VI De 9 a 12 1 498

VII De 4 a 8 1 498 VII De 4 a 8 1 384

VIII De 0 a 3 1 020 VIII De 0 a 3 1 020

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

4- Educadores de infância e professores com licenciatura 5- Educadores de infância e professores do ensino básico
profissionalizados. com habilitação.

Níveis Anos de serviço Valores em euros Níveis Anos de serviço Valores em euros

I 26 ou mais 2 593 I 26 ou mais 2 538


II De 23 a 25 1 963 II De 23 a 25 1 917
III De 20 a 22 1 842 III De 20 a 22 1 794
IV De 16 a 19 1 678 IV De 16 a 19 1 634
V De 13 a 15 1 505 V De 13 a 15 1 473
VI De 9 a 12 1 425 VI De 9 a 12 1 370
VII De 4 a 8 1 167 VII De 4 a 8 1 118
VIII De 0 a 3 1 020 VIII De 0 a 3 989

6- Restantes educadores e professores sem funções docentes, com funções educativas

Níveis Grau académico/anos de serviço Valores em euros

Educadores de infância sem curso, com diploma e curso complementar e mais de 26 anos
I Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e curso complementar 1 230
e mais de 26 anos
Educadores de infância sem curso, com diploma e mais de 26 anos
II 1 172
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e mais de 26 anos
Educadores de infância sem curso, com diploma e curso complementar e mais de 25 anos
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e curso complementar
III 1 157
e mais de 25 anos
Professores com grau superior e mais de 25 anos.
Educadores de infância sem curso, com diploma e curso complementar e mais de 20 anos
Professores com 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e curso complemen-
tar e mais de 20 anos
IV Professores com grau superior e mais de 20 anos 1 096
Educadores de estabelecimento com grau superior e mais de 25 anos
Educadores de infância sem curso, com diploma e mais de 25 anos
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e mais de 25 anos
Educadores de infância sem curso, com diploma e curso complementar e mais de 15 anos
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e curso complementar
e mais de 15 anos
Professores com grau superior e mais de 15 anos
V Educadores de estabelecimento com grau superior e mais de 20 anos 977
Educadores de infância sem curso, com diploma e mais de 20 anos
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e mais de 20 anos
Professores sem grau superior e mais de 25 anos
Educadores de estabelecimento sem grau superior e mais de 25 anos
Educadores de infância sem curso, com diploma e curso complementar e mais de 10 anos
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e curso complementar
e mais de 10 anos
Professores com grau superior e mais de 10 anos
VI Educadores de estabelecimento com grau superior e mais de 15 anos 882
Educadores de infância sem curso, com diploma e mais de 15 anos
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e mais de 15 anos
Professores sem grau superior e mais de 20 anos
Educadores de estabelecimento sem grau superior e mais de 20 anos

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

Educadores de infância sem curso, com diploma e curso complementar e mais de 5 anos
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e curso complementar
e mais de 5 anos
Professores com grau superior e mais de 5 anos
VII Educadores de estabelecimento com grau superior e mais de 10 anos 779
Educadores de infância sem curso, com diploma e mais de 10 anos
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e mais de 10 anos
Professores sem grau superior e mais de 15 anos
Educadores de estabelecimento sem grau superior e mais de 15 anos
Educadores de estabelecimento com grau superior
Educadores de infância sem curso, com diploma e mais de 5 anos
VIII Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e mais de 5 anos 735
Professores sem grau superior e mais de 10 anos
Educadores de estabelecimento sem grau superior e mais de 10 anos
Educadores de infância sem curso, com diploma e curso complementar
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma e curso complementar
IX Professores com grau superior 709
Professores sem grau superior e mais de 5 anos
Educadores de estabelecimento sem grau superior e mais de 5 anos
Educadores de infância sem curso, com diploma
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem magistério, com diploma
Professores sem grau superior
X Educadores de estabelecimento sem grau superior 705
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, com diploma para as povoações rurais
Professores autorizados do 1.º ciclo do ensino básico
Educadores de infância autorizados

Notas mais de 3 e menos de 7 salas - 100 euros;


1) A progressão na carreira dos educadores de infância e professores - Direcção pedagógica de estabelecimento de educação pré-escolar até
do 1.º ciclo do ensino básico com habilitação profissional e licenciatura que 3 salas, em acumulação com a direcção ou coordenação técnica de outra
se não encontrem no exercício efectivo de funções docentes tem por limite resposta social - 120 euros;
máximo o nível IV da tabela B 4. - Direcção pedagógica de estabelecimento de educação pré-escolar com
2) A progressão na carreira dos educadores de infância e professores do mais de 3 e menos de 7 salas, em acumulação com a direcção ou coordena-
1.º ciclo do ensino básico com habilitação profissional que se não encontrem ção técnica de outra resposta social - 140 euros;
no exercício efectivo de funções docentes tem por limite máximo o nível IV - Direcção pedagógica de estabelecimento de educação pré-escolar com
da tabela B 5. mais de 7 salas - 140 euros;
3) Foi suspensa a contagem de tempo de serviço dos educadores e pro- - Direcção técnica de estabelecimento de educação pré-escolar com
fessores a que se referem as tabelas B-1, B-2, B-4, B-5 e B-6 da presente mais de 7 salas, em acumulação com a direcção ou coordenação técnica de
convenção, para efeitos de progressão na carreira, durante o período de dois outra resposta social - 160 euros.
anos a contar da data da entrada em vigor do CCT publicado no Boletim do Tratando-se de uma resposta ou serviço que se não enquadre nos crité-
Trabalho e Emprego, n.º 25, de 8 de julho de 2016. rios quantitativos referidos, mas cuja complexidade justifique a existência
Tal suspensão não foi aplicável aos trabalhadores docentes abrangidos de direcção técnica, a mesma será igualmente objecto de uma remuneração
pela tabela B-1, B-2, B-4 e B-5, durante a permanência no então nível IX - complementar, que, salvo convenção escrita em contrário, nomeadamente
menos de um ano de serviço. constante de contrato de comissão de serviço, é fixada no valor de 120 euros
4) Os montantes retributivos constantes das tabelas B-4 e B-5 são apli- 6) Cessando o exercício de funções de direcção ou coordenação técni-
cáveis aos professores e educadores, enquanto se mantiverem no exercício ca, bem como as de direcção pedagógica, seja por iniciativa do trabalhador
efectivo de funções docentes, devendo aplicar-se o disposto nos números 1 seja por iniciativa da instituição, os trabalhadores referidos nos números an-
e 2 quando cessarem funções dessa natureza. teriores passarão a ser remunerados pelo nível correspondente à sua situação
5) Salvo convenção escrita em contrário, nomeadamente constante de na carreira profissional.
contrato de comissão de serviço, o trabalhador que exerça funções de direc- 7) As remunerações mínimas correspondentes às profissões e catego-
ção ou coordenação técnica ou de direcção pedagógica terá direito a receber, rias profissionais enquadradas nos níveis XIX a XXI do anexo IV são as
pelo exercício de tais funções, uma remuneração complementar determina- resultantes da aplicação do disposto no artigo 275.º do Código do Trabalho,
da nos termos seguintes: correspondendo a 564 euros em 2022.
- Direcção ou coordenação técnica de apenas uma resposta social até 8) O presente CCT substitui a convenção publicada no Boletim do
50 utentes - 80 euros; Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 44, de 29 de novembro de 2019, com as
- Direcção ou coordenação técnica de apenas uma resposta social com alterações publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 43, de 22 de
mais de 50 utentes - 100 euros; novembro de 2020 e no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 42, de 15 de
- direcção ou coordenação técnica de duas respostas sociais até 50 uten- novembro de 2021.
tes - 120 euros; 9) Enquanto se verificar a existência de docentes em funções, classifi-
- Direcção ou coordenação técnica de duas respostas sociais, sendo uma cados na tabela B-3 do anexo V do CCT publicado no Boletim do Trabalho
até 50 utentes e outra com mais de 50 utentes -140 euros; e Emprego, n.º 44, de 29 de novembro de 2019, com as alterações subse-
- Direcção ou coordenação técnica de duas respostas sociais com mais quentes publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 42, de 15 de
de 50 utentes - 160 euros; novembro de 2021, os mesmos mantêm a remuneração fixada no acordo de
- Direcção pedagógica de estabelecimento de educação pré-escolar até revisão publicado no referido Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 42, de
3 salas - 80 euros; 15 de novembro de 2021, que beneficiará dos acréscimos remuneratórios
- Direcção pedagógica de estabelecimento de educação pré-escolar com resultantes da percentagem de actualização que vier a ser estabelecido para

4725
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2022

os restantes docentes; e, relativamente aos docentes que se encontrem po- Pelo Sindicato Nacional e Democrático dos Professores
sicionados em níveos remuneratórios inferiores ao correspondente ao nível - SINDEP:
máximo das respectivas carreiras, é-lhes garantida a progressão da carreira
até atingirem esse nível, de acordo com o previsto no CCT publicado no Patrícia Jorge Oliveira Enes Ribeiro, mandatário com
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 44, de 29 de novembro de 2019.
poderes para o ato.

Porto, 20 de setembro de 2022. Pelo Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais - SNAS:

Mandatários com poderes para o acto: José Manuel Ricardo Nunes Coelho, mandatário com po-
deres para o ato.
Pela Confederação Nacional das Instituições de
Solidariedade - CNIS: Pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração
Pública e de Entidades com Fins Públicos - SINTAP:
José Macário Correia, mandatário com poderes para o
ato. Manuel da Silva Braga, mandatário com poderes para o
Roberto Rosmaninho Mariz, mandatário com poderes ato.
para o ato.
Henrique Manuel de Queirós Pereira Rodrigues, manda- Depositado em 12 de dezembro de 2022, a fl. 9 do livro
tário com poderes para o ato. n.º 13, com o n.º 252/2022, nos termos do artigo 494.º do
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
Pela FNE - Federação Nacional da Educação e em repre- fevereiro.
sentação dos seguintes sindicatos seus filiados:
– SPZN - Sindicato dos Professores da Zona Norte;
– SPZC - Sindicato dos Professores da Zona Centro;
– SDPGL - Sindicato Democrático dos Professores da Contrato coletivo entre a ANIM - Associação
Grande Lisboa e Vale do Tejo; Nacional dos Industriais de Moagem, Produção
– SDPSul - Sindicato Democrático dos Professores do e Comércio de Cereais, Leguminosas, Massas e
Sul; Derivados e a FESAHT - Federação dos Sindicatos
– SDPA - Sindicato Democrático dos Professores dos
da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e
Açores;
– SDPM - Sindicato Democrático dos Professores da Ma- Turismo de Portugal - Alteração salarial e outra e
deira; texto consolidado
– STAAE-ZN - Sindicato dos Técnicos Superiores, Assis-
tentes e Auxiliares de Educação da Zona Norte; O CCT para a Indústria de Moagem, Produção e Comércio
– STAAE-ZC - Sindicato dos Técnicos Superiores, Assis- de Cereais, Leguminosas, Massas e Derivados publicado nos
tentes e Auxiliares de Educação da Zona Centro; Boletins do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 15, de 22 de
– STAAE Sul e Regiões Autónomas - Sindicato dos Téc- abril de 2018, no n.º 18, de 15 de maio de 2019 e no n.º 31,
nicos, Administrativos e Auxiliares de Educação Sul e Regi- de 22 de agosto de 2021, é revisto da forma seguinte:
ões Autónomas.
CAPÍTULO I
José Manuel Ricardo Nunes Coelho, mandatário com po-
deres para o ato. Área, âmbito, vigência e revisão
Pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e
Terapêutica - SINDITE: Cláusula 1.ª
José Manuel Ricardo Nunes Coelho, mandatário com po- Área e âmbito
deres para o ato. 1- O presente CCT aplica-se a todo o território continental
Pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes - e obriga, por um lado, as empresas de moagem, produção e
SITRA: comercio de cereais, leguminosas, massas e derivados repre-
sentadas pela associação patronal outorgante e, por outro, os
José Manuel Ricardo Nunes Coelho, mandatário com po-
trabalhadores ao seu serviço, com as categorias profissionais
deres para o ato.
nele previstas, representados pelas associações sindicais ou-
Pelo SINAPE - Sindicato Nacional dos Profissionais da torgantes.
Educação: 2- O presente CCT abrange um universo de 18 empresas,
num total de 220 trabalhadores.
Acácio Fernando Vieira Garcia Várzea, mandatário com
poderes para o ato. Cláusula 2.ª
Pelo Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços Vigência
- SITESE:
1- (…)
António José Silva Santos, mandatário com poderes para 2- A tabela salarial e o clausulado de expressão pecuniária
o ato. produzem efeitos a partir de 1 de janeiro de 2022.

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