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A empresa laboral

Empresa, empresário e empregador.


Os poderes/deveres do empregador.
O contrato individual de trabalho, direitos e deveres emergentes.
Cessação do contrato de trabalho.
A participação do trabalhador no funcionamento da empresa.
A participação dos trabalhadores nos resultados e no capital das empresas.
Empresário
• Empresário é o sujeito de direito (pessoa física ou
jurídica) que exerce uma atividade econômica de
forma organizada, de modo que implique na produção
e na circulação de bens e serviços.
Ele é responsável por administrar e dirigir, com a
finalidade principal de obter benefícios econômicos.
Contrato de Trabalho – art. 26 do CL e
1149 do CC
• Contrato de trabalho é a convenção pela qual uma pessoa se obriga a
prestar a sua actividade intelectual ou manual a outra pessoa, sob
autoridade e direcção desta, mediante retribuição.
Contrato de trabalho
Artigo 1149.º
(Noção)
• Contrato de trabalho é aquele pelo qual uma pessoa se obriga,
mediante retribuição, a prestar a sua actividade intelectual ou manual
a outra pessoa, sob a autoridade e direcção desta.
Os Poderes do empregador – art. 131º,
132º e 133º do CL
• Poder de direção
Compete ao empregador estabelecer os termos em que o trabalho
deve ser prestado, dentro dos limites decorrentes do contrato e das
normas que o regem.
• Poder disciplinar
O empregador tem poder disciplinar sobre o trabalhador ao seu
serviço, enquanto vigorar o contrato de trabalho.
• Regulamento interno de empresa
• 1 - O empregador pode elaborar regulamento interno de empresa sobre organização
e disciplina do trabalho.
2 - Na elaboração do regulamento interno de empresa é ouvida a comissão de
trabalhadores ou, na sua falta, as comissões intersindicais, as comissões sindicais ou
os delegados sindicais.
3 - O regulamento interno produz efeitos após a publicitação do respetivo conteúdo,
designadamente através de afixação na sede da empresa e nos locais de trabalho, de
modo a possibilitar o seu pleno conhecimento, a todo o tempo, pelos trabalhadores.
4 - A elaboração de regulamento interno de empresa sobre determinadas matérias
pode ser tornada obrigatória por instrumento de regulamentação colectiva de
trabalho negocial.
Deveres do Empregador – art. 134º do CL
• a) Cumprir escrupulosamente o contrato celebrado com o trabalhador;
• b) Pagar atempadamente ao trabalhador as remunerações a que tenha direito;
• c) Assegurar-lhe adequadas condições de trabalho, especialmente em matéria
de higiene e segurança;
• d) Contribuir para a elevação do seu nível de produtividade, proporcionando-
lhe, em especial, oportunidades de formação profissional;
• e) Facilitar-lhe o exercício de cargos em organismos sindicais e criar condições
para o exercício da actividade sindical no local de trabalho;
• f) Não se imiscuir na vida pessoal ou familiar do trabalhador, nem permitir essa
interferência por parte de outros trabalhadores ao serviço da empresa;
• g) Prestar ao trabalhador ou aos organismos que o representam
informações sobre a situação da empresa, com reflexo nas relações
laborais;
• h) Cumprir as demais obrigações decorrentes do contrato de trabalho
e das normas que o regem.
Cessação do contrato de trabalho – art.
214º CL
• O contrato de trabalho pode cessar por:
a) Mútuo acordo das partes;
b) Caducidade;
c) Despedimento Coletivo;
d) Despedimento individual por justa causa;
e) Rescisão pelo trabalhador.
ESTABELECIMENTO COMERCIAL
• A empresa pode ser entendida como um conjunto concatenado de
meios humanos e materiais, dotados de uma especial organização e
de uma direção, de modo a desenvolver uma atividade segundo
regras de racionalidade económica.
• o estabelecimento traduz, aí, um conjunto de coisas corpóreas e
incorpóreas devidamente organizado para a prática do comércio.
Locação de estabelecimento – art. 235º do
C. Comercial
• Locação é o contrato pelo qual uma das partes se obriga a
proporcionar à outra o gozo temporário de uma coisa,
mediante retribuição.
Em se tratando de estabelecimento comercial, sua locação
acarreta a transferência temporária do uso e gozo do próprio
estabelecimento comercial, conforme previamente definido,
proporcionando ao locatário o desenvolvimento da atividade
decorrente deste.
• Pela locação do estabelecimento, mantem-se em
nome do senhorio o direito de propriedade do imóvel
(caso este integre o estabelecimento) além de todas
as relações jurídicas decorrentes, pois findo o prazo
da locação, o locador retoma à sua anterior posição.
Trespasse
• O trespasse consiste na passagem de um bem de uma
pessoa para outra. Em termos comerciais, este processo
materializa-se num contrato que visa transferir um
estabelecimento comercial ou industrial de um proprietário
para outro.
• Em primeiro lugar, a transmissão do negócio de um proprietário para
outro deve ser feita a título definitivo. Caso se trate de uma
transmissão temporária, estamos então a falar de uma locação.
• Depois, é necessário considerar que, para se tratar de um trespasse, é
necessário que seja transferida, para a posse do novo proprietário,
não só o estabelecimento em si, como ainda todos os bens e direitos,
tangíveis ou não, que fazem parte do património da empresa ou do
proprietário que pretende efetuar o trespasse.
• O trespasse não implica, no entanto, a transmissão do local efetivo
onde o negócio está instalado no momento. Isto é, o novo
proprietário pode ficar com todos os direitos e deveres, bem como
com os bens do negócio, mas poderá abri-lo noutra localização.
• Por fim, para que se trate efetivamente de um trespasse, é necessário
que o ramo de negócio continue a ser o mesmo. Significa que, neste
caso, não é possível efetuar a transmissão de propriedade do local em
si e o ramo de negócio passar a ser outro.

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