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Estabelecimento Empresarial/Comercial
2ª AP
Direito Empresarial I
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Obs.: Não custa lembrar que a regra do art. 1.146 do Código Civil aplica-se
somente às obrigações de natureza empresarial, isto é, do dia a dia da atividade
do empresário, como, por exemplo, a aquisição de insumos, empréstimos,
compra de bens, ficando as obrigações de naturezas tributária e trabalhista
reguladas pelas respectivas legislações especiais (Art. 133 do CTN e 448 da
CLT)
15. Transferência de Partes do Estabelecimento: não custa lembrar que, com base
no entendimento do enunciado 233 do Conselho da Justiça Federal, a sistemática
do contrato de trespasse, especialmente quanto aos seus efeitos obrigacionais,
aplica-se somente quando o conjunto de bens transferido importa a transmissão
da funcionalidade, razão pela qual a venda de partes isoladas do estabelecimento
será regulada pelo contrato de compra e venda comum.
16. Aquisição do estabelecimento em processo falimentar: visando incentivar a
aquisição de um estabelecimento empresarial dentro de um processo falimentar,
o legislador, na atual lei de falências (lei 11.101/2005), passou a estabelecer que
(.........) este estaria livre de qualquer ônus e que não haveria a sucessão do
arrematante nas obrigações do devedor, inclusive nas de natureza tributária,
trabalhista e decorrentes de acidente de trabalho
17. Sucessão nos créditos: da mesma forma que o adquirente vai suceder o
alienante nas obrigações, também o irá suceder nos créditos, conforme
estabelecido no art. 1.149 do Código Civil, ficando, porém, exonerado o devedor
que pagar de boa-fé ao alienante (cedente).
18. Sub-rogação nos contratos: ainda em decorrência do contrato de trespasse,
haverá a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do
estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, conforme o art. 1.148 do
Código Civil.
19. Cláusula de não concorrência: Com base no art. 1.147 do Código Civil, não
havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer
concorrência ao adquirente nos cinco anos subsequentes à transferência, esta
regra decorre do princípio da boa-fé objetiva, que deverá regular todos os
contratos.
Obs.: Importantíssimo ressaltar que a vedação do art. 1.147 do Código Civil
busca evitar a concorrência desleal, razão pela qual nada impede que o alienante
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Propriedade Industrial
Obs.: Não custa lembrar que enquanto o direito autoral protege uma obra em si, o
direito de propriedade industrial busca proteger uma técnica.
3. Evolução histórica:
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Invenções
Modelos de utilidade
Desenhos industriais
Marcas
Patente: Podemos conceituar uma patente como sendo uma forma de proteção de
uma invenção ou de um modelo de utilidade, que assegura ao seu titular a
exclusividade em sua utilização ou exploração, sendo materializada pela respectiva
carta patente expedida pelo INPI.
Invenção: Por ser um conceito comum, o legislador não apresentou na lei conceito
para invenção, ficando a cargo da doutrina em afirmar que uma invenção é um ato
original, novo, decorrente da atividade inventiva do ser humano.
9.3.1. Novidade: Novo até para a comunidade científica especializada no assunto, não
poderá ter tido publicação nos últimos 12 (doze) meses que não seja do autor;
Obs.²: A atividade inventiva serve para diferenciar as invenções das meras descobertas,
já que as descobertas não são protegidas pela propriedade industrial.
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10. Não São Patenteáveis: Art. 18, LPI (pode ser invenção, mas não vai ser patenteado).
- Bomba atômica;
- Ser vivo.
- Apresentação de informações;
12. Legitimidade do Pedido de Patente: Com base no art. 6ª da LPI, é assegurado ao autor de
uma invenção ou modelo de utilidade o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade,
presumindo-se, salvo prova em contrário, que o requerente tem legitimidade para obter a
patente.
Obs.¹: Importantíssimo ressaltar que a patente poderá ser requerida, ainda, em nome próprio,
pelos herdeiros e sucessores do autor, pelo cessionário ou por aquele a quem a lei ou o contrato
de trabalho ou de prestação de serviços determinarem.
Obs.²: Quando a invenção for realizada conjuntamente por duas ou mais pessoas, a patente
poderá ser requerida por todas ou qualquer delas, mediante nomeação e qualificação dos
demais.
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13. Criações Simultâneas: No caso de criações simultâneas, o art. 7º da LPI estabelece que o
direito de obter a patente será assegurado àquele que provar o depósito mais antigo,
independentemente das datas de invenção ou criação, desta forma, terá direito de obter a patente
aquele que primeiro buscou a proteção.
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17. Licenciamento das Patentes: Com base nos arts. 61 e 62 da LPI, o titular da
patente ou o depositante poderá celebrar contrato de licença para exploração, permitindo
que terceiro utilizem a patente, mediante pagamento de uma contraprestação
denominada royalty, contrato este que deverá ser averbado junto ao INPI, para que
produza efeitos perante terceiros.
20. Extinção das Patentes: A patente será extinta nos seguintes casos:
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Obs.¹: A doutrina destaca que o desenho industrial não possui nenhuma função
específica, que não seja a de chamar a atenção dos consumidores para os seus produtos
ou serviços. Desta forma, se, em razão do desenho, aquele produto passar a ter uma
funcionalidade específica, será um modelo de utilidade, não um desenho industrial.
Obs.³: O que irá diferenciar o desenho industrial de uma obra de arte é a possibilidade
deste servir de tipo de fabricação industrial, podendo, assim, ser reproduzido em larga
escala
Novidade
Originalidade
Aplicação industrial
Licitude (ou desimpedimento)
24. Prazo de Vigência do Registro do Desenho Industrial: Com base no art. 108 da
LPI, o registro de um desenho industrial vigorará pelo prazo de dez anos, a conta da
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data de seu depósito. E é prorrogável por três períodos de cinco anos cada, podendo
chegar até 25 anos.
Obs.¹: Não custa lembrar que o pedido de prorrogação deverá ser formulado durante a
vigência do último ano do registro.
Obs.²: Não custa lembrar, ainda, que, no caso de perda deste prazo, o titular poderá
fazê-lo, ainda, nos 180 dias subsequentes, mediante o pagamento de uma retribuição
adicional.
25. Marcas: Podemos conceituar uma marca como sendo o sinal distintivo visualmente
perceptível, utilizado, em regra, para identificar produtos ou serviços idênticos,
semelhantes ou afins, de origens diversas.
26. Classificação das Marcas: as marcas podem ser classificadas da seguinte forma:
Quanto ao uso:
o Marca de produto ou serviço
o Marca de certificação: é aquela usada para atestar a conformidade de um
produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas,
notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e
metodologia empregada;
o Marca coletiva: é aquela usada para identificar produtos ou serviços
provindos de membros de uma determinada entidade.
Quanto à forma de apresentação:
o Marca nominativa: é aquela formada por letras e/ou números;
o Marca figurativa: formada por figuras ou desenhos (ex.: símbolo da
Nike);
o Marca mista: é aquela formada por letras e/números e figuras ou
desenhos.
o Marca tridimensional: é aquela que apresenta uma forma plástica capaz
de identificar o produto
28. Aquisição da Propriedade da Marca: com base no art. 129 da LPI, a propriedade
de uma marca é adquirida através de seu registro validamente expedido pelo INPI, o que
assegura ao seu titular o uso exclusivo da marca em todo o território nacional.
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Obs.¹: Não custa lembrar que, da mesma forma das patentes de invenção e de modelos
de utilidade, os registros de desenhos industriais e marcas poderão ser cedidos ou
licenciados.
Obs.²: Não custa lembrar, ainda, que as marcas seguem, como regra, o princípio da
territorialidade, com base no qual uma marca registrada no Brasil adquire proteção em
todo o território nacional.
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32. Prazo de Vigência das Marcas: Com base no art. 133 da LPI, o registro da
marca vigorará pelo prazo de 10 anos, contados da data da concessão do registro,
prorrogável por períodos iguais e sucessivos (quantas vezes quiser).
Obs.: não custa lembrar que a prorrogação deverá ser solicitada durante o último
ano de vigência do registro e, no caso de perda deste prazo, é possível, ainda,
assegurar a proteção nos seis meses (não 180 dias) subsequentes mediante
pagamento de uma retribuição adicional.
36.
1. Conceito: o direito societário é o sub-ramo de direito empresarial que tem por objeto
de estudo as sociedades, as quais podem ser conceituadas como sendo a espécie de
pessoa jurídica constituída através da união de pessoas que reciprocamente se obrigam a
contribuir, com bens ou serviços, para o exercício da atividade econômica, e a partilha,
entre si, dos resultados.
Obs.: não custa lembrar que tanto as associações quanto as fundações, apesar de não ter
finalidade econômica, podem e devem ter lucro, o qual deverá ser revestido todo para a
própria associação ou fundação, não podendo ser distribuído entre associados ou
fundadores.
2. Personalização das Sociedades: por ser uma pessoa, a sociedade poderá ser titular
de direitos e deveres na ordem civil, possuindo, assim, personalidade jurídica própria, a
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qual é adquirida, com base nos arts. 45 e 985 do Código Civil, através da inscrição de
seus atos constitutivos no registro competente, o qual poderá ser a junta comercial, caso
seja uma sociedade empresária, ou o cartório de registro civil de pessoas jurídicas, caso
seja uma sociedade simples.
Obs.: Como espécie de ato constitutivo, teremos o contrato social ou o estatuto social.
Em razão da personalidade jurídica própria, o art. 49-A do Código Civil nos lembra que
a pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou
administradores, porque, segundo Fábio Ulhoa Coelho, implica que a pessoa jurídica
tem titularidade patrimonial, podendo, assim, ter patrimônio próprio; titularidade
processual, podendo demandar e ser demandada em juízo; e titularidade negocial,
podendo contratar e ser contratado.
Obs.: Não custa lembrar que, com base na titularidade patrimonial, encontramos o
princípio da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas, com base no qual o
patrimônio da pessoa jurídica, isto é, da sociedade, não se confunde com o patrimônio
de seus sócios, princípio este que voltou a estar positivado no Código Civil no parágrafo
único do art. 49-A, que estabelece que a autonomia patrimonial é um instrumento lícito
de alocação e segregação de riscos, com a finalidade de estimular empreendimentos, já
que permite a limitação da responsabilidade dos sócios.
- Quanto à composição
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+ Sociedade anônima
Obs.: Não custa lembrar que, com base no art. 1.134 do Código Civil, a sociedade
estrangeira, qualquer que seja o objeto, sem a autorização do poder executivo, funcionar
no país, ainda que por estabelecimentos subordinados (filiais), podendo, todavia, (.....)
ser acionista de sociedade anônima brasileira
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Obs.: Não custa lembrar que pela interpretação da parte final do art. 990 do Código
Civil, a responsabilidade dos sócios é, em regra, subsidiária, devendo primeiro
responder a sociedade, para depois serem cobrados os sócios, para depois poder ser
cobrados os sócios, com exceção do sócio que tiver contratado pela sociedade, o qual
não poderá alegar o benefício de ordem.
Obs.²: Não custa lembrar, ainda, que, para as sociedades, o benefício de ordem está
previsto no art. 1.024 do Código Civil, o qual estabelece que os bens particulares dos
sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão, depois de executados
os bens sociais.
+ Características:
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Obs.: Importantíssimo ressaltar que, sem prejuízo no direito de fiscalizar, a gestão dos
negócios socias, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio
ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas
obrigações em que dele vier.
a) Liberdade de associação;
11. Affectio Societatis: Podemos conceituar a affectio societatis como sendo o vínculo
psicológico que leva os sócios a unirem-se em sociedade e a manter a união.
Obs.¹: Não custa lembrar que, na sociedade de pessoas, o affectio societatis tem uma
maior importância que nas sociedades de capital. Razão pela qual, na primeira, a
transmissão da participação societária é limitada, de forma que ingresso de terceiros
estranhos ao quadro social depende da aprovação dos demais sócios.
Obs.²: Não custa lembrar, ainda, que a quebra da affectio societatis poderá constituir
motivo para a exclusão do sócio.
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¬ Sociedade limitada;
Obs.: Não custa lembrar que a sociedade cooperativa, apesar de ser uma sociedade
simples, é constituída através de um estatuto que deverá ser arquivado na junta
comercial
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Obs.: Não custa lembrar que as alterações no contrato social necessitam ser averbadas
no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, para que produza efeitos perante
terceiros.
Obs.²: Não custa lembrar que o sócio que tiver integralizado o capital com bens ou
títulos de crédito, responderá pela evicção e pela solvência do devedor.
Obs.³: Caso a integralização se dê com prestação de serviços, o sócio não pode, salvo
convenção contratual contrária, empregar-se em atividade estranha à sociedade, sob
pena de ser privado de seus lucros e dela excluído.
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Obs.¹: Não custa lembrar que o administrador poderá ser nomeado no próprio contrato
social ou em ato separado (aditivo), o qual deve ser averbado à margem da inscrição da
sociedade.
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+ Categorias de sócios:
Sociedade Limitada
Obs.¹: A sociedade limitada responde, hoje, em torno de 96% (noventa e seis por cento)
das sociedades constituídas do Brasil, tal quantitativo decorre de duas das suas
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Obs.³: Não custa lembrar que não é correta a utilização da expressão “SLU” (Sociedade
Limitada Unipessoal), já que não existe previsão legal para tal sigla, pois a sociedade
continua sendo uma LTDA, porém, constituída por um único sócio.
2. Legislação Aplicada:
Obs.: O caput do art. 1.053 do Código Civil e seu parágrafo único aplicam-se de
forma subsidiária as regras da sociedade simples e, de forma supletiva, caso previsto
em contrato, as regras da sociedade anônima.
Nome empresarial;
Capital da sociedade, a quota de cada sócio, a forma e o prazo de sua
integralização;
Endereço completo da sede, bem como o endereço das filiais;
Declaração precisa e detalhada do objeto social;
Prazo de duração da sociedade;
Data de encerramento do exercício social, quando não coincidem com o ano
civil;
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