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Legislação Trabalhista e

Previdenciária
Cargos de Confiança – Terceirização
– Cooperativas -
Empregador
Professora: Gabriela Luz
E-mail: prof.gabrielaluz@gmail.com
(89) 99986-1633
 CARGOS DE CONFIANÇA.
Exerce cargo de confiança o empregado que tem
encargo de gestão, tem parcela delegada do poder
do empregador, podendo, por exemplo, admitir,
dispensar, punir outras pessoas, exercer mandato,
além de ter padrão mais elevado de vencimentos do
que outros empregados da empresa .
 O empregado de confiança exerce funções
que são mais próximas das do empregador,
por delegação de poderes deste.
Quanto maior for o cargo de confiança
exercido pelo empregado menor será o seu
grau de subordinação em relação ao
empregador.
 Espécies de confiança.

 Confiança Especial: É o que o empregador delega ao


empregado a responsabilidade de uma determinada
tarefa ou função especial dentro dos demais interesses
primordiais da empresa.
Ex: Caixa de banco, tesoureiro de uma associação,
chefe de clínica de um hospital, etc.

 Confiança Geral: O empregado recebe um posto


especifico ou especial, que o empregador lhe dá certa
delegação.
Ex: Art. 62, II da CLT.
 Cargos de direção: São de confiança do empregador, onde
se exerce a função diretiva

 Confiança Técnica: Implica ter o empregado qualificação


técnica, mas o empregador também lhe delega poderes. Tem
liberdade para o exercício de sua profissão, em razão da
técnica que necessita ser aplicada. Pode substituir o
empregador em três hipóteses(José Luiz Ferreira Prunes):
1. Quando o empregador, embora tendo capacidade
técnica, deseja ser substituído por um empregado.
2. Quando o empregador, não possuindo capacidade
técnica, confia esses serviços especiais ao empregado.
3. Quando, por determinação legal, exista a necessidade
de substituição, passando o empregado a responsável
técnico.
 Terceirização

A terceirização é o contrato pelo qual a empresa


produtora (tomador de serviços) entrega a outra
empresa a execução de determinada tarefa (atividades e
serviços não incluídos em seus fins sociais) para que
esta a realize habitualmente através de seus próprios
empregados.
 Característica

 Relação de natureza trilateral:

1) Obreiro: Prestador de serviços, que realiza suas


atividades materiais e intelectuais junto à empresa
tomadora de serviços;
2) Empresa terceirizante: Aquela que contrata o
obreiro, firmando com ele os vínculos jurídicos
trabalhistas pertinentes;
3) Empresa tomadora de serviços: Aquela que recebe
a prestação de serviço, mas não assume a posição
clássica de empregadora desse trabalhador envolvido.
 Tipos:

1) Terceirização Lícita:
a) Contratação de contrato de trabalho temporário;
b) Atividades de vigilância;
c) Atividades de conservação e limpeza;
d) Serviços especializados ligados à atividade-meio do
tomador.
ATENÇÃO: O Direito do Trabalho não admite na
terceirização lícita que haja pessoalidade e
subordinação direta entre trabalhador terceirizado e
tomador de serviços.

2) Terceirização Ilícita.
 Jurisprudência
Súmula 331/TST - 11/07/2017. Locação de mão-de-obra. Terceirização. Contrato
de prestação de serviços. Legalidade. Responsabilidade subsidiária do tomador
de serviço. Revisão da Súmula 256/TST. Lei 6.019/1974. CF/88, art. 37, II. 
Lei 7.102/1983. Lei 8.666/1993, art. 71. Dec.-lei 200/1967, art. 10, § 7º; Lei
5.645/1970, art. 3º, parágrafo único.

I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o


vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho
temporário (Lei 6.019/1974);
II - A contratação irregular de trabalhador, através de empresa interposta, não gera
vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou
fundacional (CF/88, art. 37, II).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de
vigilância (Lei 7.102, de 20/06/83), de conservação e limpeza, bem como a de
serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a
pessoalidade e a subordinação direta.
 Da Responsabilidade do tomador de serviço

 Responsabilidade direta: A responsabilidade principal direta se


dá nos casos em que a terceirização é considerada ilícita, restando
configurado o vínculo de emprego entre o empregado terceirizado
e a tomadora de serviços.

 Responsabilidade subsidiária: No caso de inadimplência da


prestadora de serviços.
o Presunção das culpas in eligendo e in vigilando
o Deve a tomadora de serviços ter se beneficiado do trabalho
do empregado terceirizado
o O reconhecimento da responsabilidade subsidiária da
tomadora de serviços deve constar do título executivo
judicial.
 Cooperativas – CLT/Lei 12.690/12

É uma forma de união de esforços coordenados entre


pessoas para a consecução de determinado fim, ou seja,
os membros da cooperativa não possuem subordinação
entre si, mas vivem num regime de colaboração.
 Características
1) Adesão voluntária, com número ilimitado de associados;
2) Variabilidade do capital social representado por cotas partes;
3) Limitação do número de cotas-partes do capital para cada
associado;
4) Impossibilidade de cessão de cotas-partes do capital a terceiros,
estranhos à sociedade;
5) Singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais,
federações e confederações de cooperativas, com exceção das
que exerçam atividade de crédito, optar pelo critério da
proporcionalidade
6) “quorum” para o funcionamento e deliberação da assembléia
geral baseado no numero de associados e não no capital
7) Neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social.
• Art. 442, CLT - Contrato individual de trabalho é o acordo
tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.
Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de
atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo
empregatício entre ela e seus associados, nem entre
estes e os tomadores de serviços daquela. 
• Art. 5º, Lei 12.690/12 - A Cooperativa de Trabalho não
pode ser utilizada para intermediação de mão de obra
subordinada.
 Dos direitos dos associados
I - retiradas não inferiores ao piso da categoria profissional e, na
ausência deste, não inferiores ao salário mínimo, calculadas de forma
proporcional às horas trabalhadas ou às atividades desenvolvidas;
II - duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horas diárias e
44 (quarenta e quatro) horas semanais, exceto quando a atividade, por
sua natureza, demandar a prestação de trabalho por meio de plantões ou
escalas, facultada a compensação de horários;
III - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
IV - repouso anual remunerado;
V - retirada para o trabalho noturno superior à do diurno;
VI - adicional sobre a retirada para as atividades insalubres ou
perigosas;
VII - seguro de acidente de trabalho.
 EMPREGADOR

 CONCEITO:

Art. 2º CLT - Considera-se empregador a


empresa, individual ou coletiva, que, assumindo
os riscos da atividade econômica, admite,
assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
 Equiparados ao Empregador
§ 1º. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos
exclusivos da relação de emprego, os profissionais
liberais, as instituições de beneficência, as
associações recreativas ou outras instituições sem
fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como
empregados.
 EMPRESA

• É a atividade organizada para a produção ou


circulação de bens e serviços para o mercado, com
fito no lucro.
• Empresa x Estabelecimento
• Empresa x Proprietário
 PODER DE DIREÇÃO DO EMPREGADOR

PODER DE DIREÇÃO

PODER
PODER DE PODER DE
DISCIPLINAR
ORGANIZAÇÃO FISCALIZAÇÃO
 PODER DISCIPLINAR

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 REGULAMENTO DE EMPRESA
“conjunto sistemático de regras, escritas ou não, estabelecidas pelo empregador, com
ou sem a participação dos trabalhadores, para tratar de questões de ordem técnica ou
disciplinar no âmbito da empresa, organizando o trabalho e a produção”
(Sérgio Pinto Martins)

Distinção: contrato de trabalho, quadro de carreira, convenção coletiva e acordo


coletivo

Requisito de validade: publicidade

No Brasil, os regulamentos são:


- facultativos;
- privados;
- independem de homologação;
- geralmente unilaterais;
- obrigatórios.
Espécies de Empregador:

1) Empresa de trabalho temporário: É a pessoa física ou


jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição
de outras empresas, temporariamente, trabalhadores,
devidamente qualificados, por ela remunerados e assistidos (art.
4º da Lei 6.019/74)
EMPREGADO CLIENTE

EMPRESA
TRAB. TEMPORÁRIO
2) Empregador Rural: é a pessoa física ou jurídica,
proprietária ou não, que explore atividade
agroeconômica, em caráter permanente ou temporário,
diretamente ou por meio de prepostos e com auxílio de
empregados. (art. 3º da Lei 5.889/73)

3) Empregador doméstico: é a pessoa ou família que, sem


finalidade lucrativa, admite empregado doméstico para
lhe prestar serviços de natureza contínua para seu
âmbito residencial.
4) Grupo de Empresas:

Art. 2º, § 2º da CLT - Sempre que uma ou mais empresas, tendo,


embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem
sob direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo
industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica,
serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente
responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas”

 TEORIAS – EMPREGADOR ÚNICO?


1ª) Teoria da solidariedade passiva: responsabilidade comum entre
as empresas, sem caracterizar único empregador;

2ª) Teoria da solidariedade ativa: o grupo é credor do trabalho do


empregado.
O empregado terá direito a mais de um salário se prestar
serviços a mais de uma empresa do grupo econômico?
Sumula 129 TST: A prestação de serviços a mais de uma
empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma
jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de
um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.

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