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Áreas de Intervenção
Serviços Jurídico/Comerciais Contencioso Reforma Legal
Nota do Editor
Índice Caros Leitores: Interesse Turístico em
Moçambique” agora com a
Zonas de Interesse Turístico em Moçam- 2
bique – Parte II
Nesta edição são abordados sua Parte II.
temas como “As Formas de Pode ainda, como habitual-
As Formas de Suspensão da Relação de 3 Suspensão da Relação de mente, consultar o nosso
Trabalho e seus Efeitos Gerais
Da Obrigatoriedade da Remessa do Pro-
Trabalho e seus Efeitos Calendário Fiscal e a Nova
cesso Disciplinar ao Órgão Sindical
4
Gerais”, “Da Obrigatoriedade Legislação Publicada.
A Possibilidade de Indeferimento Liminar 5 da Remessa do Processo A finalizar, partilhamos tam-
em Sede de Recurso de Apelação 1 Disciplinar ao Órgão Sindical” bém consigo as diversas dis-
Nova Legislação Publicada 6 e “A Possibilidade de Indeferi- tinções que recebemos ao
Novas Taxas a Pagar em Diversos Secto- 6 mento Liminar em Sede de longo deste ano e que poderá
res e Serviços
Recurso de Apelação”. visualizar em rodapé.
Obrigações Declarativas e Contributivas -
Calendário Fiscal 2011 -(Novembro)
6
De igual modo damos conti-
nuidade á série “Zonas de Tenha uma boa leitura !
Ficha Técnica
Direcção: Jorge Soeiro
Edição, Grafismo e Montagem: Sónia Sultuane
Dispensa de Registo: Nº 125/GABINFO-DE/2005
Colaboradores: Alexandre Chivale, Danilo Nhaca, Diana Ramalho, Olga Pelembe, Olívia
Ribeiro, Raimundo Nefulane, Rute Nhatave.
Proteja o ambiente: Por favor não imprima esta Newsletter se não for necessário
As opiniões expressas pelos autores nos artigos aqui publicados, não veiculam necessariamente o posicionamento da Sal & Caldeira.
Zonas de Interesse Turístico em Moçambique – Parte II
matéria assente que Moçam- A declaração de ZIT, teve por objectivo central proporcionar a
É bique possui um elevado melhoria do clima de investimento e ambiente de negócios em
potencial turístico, dai que o Moçambique, definindo zonas de desenvolvimento de projectos
Governo já tenha identificado o turísticos integrando toda a sua cadeia de valores e garantindo
Turismo como um sector económi- desta forma uma contínua atracção de investimentos directos,
co prioritário, estando agora em externo e interno, para a execução de projectos específicos,
processo de efectivar a conversão em áreas devidamente seleccionadas e adequadas ao investi-
desse potencial turístico do País mento
em investimento tangível e de A primeira implicação imediata da criação das acima referidas
qualidade. ZIT é a suspensão de emissão de títulos e autorizações que
Olívia Ribeiro
Jurista
Na publicação da Newsletter nº. confiram direito de uso e aproveitamento de terra, licenças
43 de Setembro de 2011, inicia- especiais ou qualquer outra forma de ocupação, bem como a
oribeiro@salcaldeira.com mos a abordagem das Zonas de emissão de licenças para o exercício de actividades económi-
Interesse Turísticos (“ZIT”). Na referida publicação e como cas.
forma de divulgação das ZIT, como um dos regimes com possí- As autorizações e licenças supra mencionadas ficam sujeitas à
veis impactos positivos ao nível das actividades turísticas, aprovação do Plano de Ordenamento e Desenvolvimento
desenvolvimentos normativos posteriores ao regime jurídico (“POD”) da zona abrangida pela declaração. Pretende-se que o
fixado no Diploma Ministerial n.º 77/2009, de 15 de Dezembro POD venha a determinar o programa de acções necessárias
tiveram lugar. O presente artigo visa dar continuidade ao tema para o desenvolvimento de cada ZIT criada, bem como as
iniciado. A presente edição pretende informar sobre os referi- medidas de preservação do meio ambiente e sobre o uso sus-
dos desenvolvimentos mais recentes na matéria, especifica- tentável dos recursos de cada zona.
mente, sobre as zonas já declaradas como ZIT no país. Os decretos de criação das ZIT determinam que o respectivo
Foram publicadas através do Boletim da República de 31 de
Dezembro de 2010, I Série, Número 52, as ZIT declaradas pelo ´´ Apesar de, com a aprovação do Regula-
Conselho de Ministro na sua XXIV Secção, realizada em 13 de mento das Zonas de Interesse Turístico ter
Julho de 2010, nomeadamente: havido desenvolvimentos normativos nesta
Decreto n.º 70/2010, de 31 de Dezembro10, declara como
matéria, para sua efectiva implementação,
ZIT a zona do Chiunga, situada no Município de Metangula,
Distrito do Lago, Província de Niassa, com 80 hectares;
continua a haver necessidade que se proce-
Decreto n.º 71/2010, de 31 de Dezembro, declara como ZIT da à regulamentação de matérias remetidas
a zona florestal da Cidade de Lichinga, Província de Niassa, a diplomas específicos.´´
com 100 hectares;
Decreto n.º 72/2010, de 31 de Dezembro, declara como ZIT
a Cidade de Pemba, Costa Leste até Murrébué, Província de
Cabo Delgado, com 1081 hectares; POD deve ser aprovado no prazo de seis meses contados a
Decreto n.º 73/2010, de 31 de Dezembro, declara como ZIT partir da data da entrada em vigor de cada Decreto.
a zona do Chiunga, situada no Município de Metangula, Isto implica que, apesar de após a aprovação do Regulamento
Distrito do Lago, Província de Niassa, com 80 hectares; das Zonas de Interesse Turístico ter havido novos desenvolvi-
Decreto n.º 74/2010, de 31 de Dezembro, declara como ZIT mentos normativos na matéria, a sua efectiva implementação
a área das Ilhas Crusse e Jamali, Província de Nampula, continua ainda por ser efectivada.
com 1750 hectares; Voltamos a ressalvar a importância de, entre outros aspectos,
Decreto n.º 75/2010, de 31 de Dezembro, declara como ZIT que se proceda à regulamentação das matérias remetidas a
a zona de Mapanzene e Chipongo, Província de Inhambane, diplomas específicos, designadamente os procedimentos para
com 2750 hectares; e, tramitação de expediente, as regras para a actividade de ins-
pecção das ZIT, as taxas a ser aplicadas pelo INATUR pela
Decreto n.º 79/2010, de 31 de Dezembro, declara como ZIT
prestação de serviços de facilitação institucional, bem como o
a Baía de Pemba, Província de Cabo Delgado com 1400
esclarecimento e ou definição dos prazos aplicáveis, conforme
hectares.
o caso, visando a determinação da duração do processo no
As nove zonas situadas nas Províncias de Cabo Delgado, Nias-
seu todo.
sa, Nampula e Inhambane, foram consideradas de interesse
Portanto, na expectativa de que o POD de cada uma das zonas
turístico porque reúnem características relevantes para atrair
criadas seja aprovado dentro do prazo legalmente estabeleci-
projectos de desenvolvimento turístico integrado, por possuir
do, fechamos o presente texto, que esperamos voltar a comple-
recursos naturais e histórico-culturais capazes de originar cor-
mentar em breve com informação sobre os instrumentos em
rentes de turistas nacionais e internacionais que possam acele-
falta para a completa implementação das ZIT.
rar o desenvolvimento no país, conforme referências nos decre-
tos de criação.
I ntrodução
É recorrente – para quem anda
nos meios forenses – deparar-se,
narmente. Porém, tendo proferido despacho de citação, não
haverá mais lugar a indeferimento liminar, já que, conforme Ana
Prata, Dicionário Jurídico, 3ª Edição, “despacho liminar é o
nos últimos tempos, com decisões primeiro despacho que o juiz profere no processo em acção
pouco consentâneas com as declarativa, no momento em que daquele consta tão-somente a
regras básicas do Direito, sobretu- petição inicial”.
do quando estas emanam de um
tribunal à altura do Tribunal Supre- E outro não podia ser o entendimento, uma vez que esse des-
mo. Mais especificamente, pergun- pacho liminar já havia antes sido proferido pelo Tribunal de
ta-se se pode o Juiz do Tribunal primeira instância. Aliás, como refere a alínea a) do n°1 do
Supremo proferir o despacho limi- artigo 474° do C.P.C3,se a petição for logo considerada inepta,
nar de indeferimento em sede de esta deve ser indeferida liminarmente, não chegando assim a
Alexandre Chivale um recurso de Apelação 2. existir o processo.
Advogado
Contudo, compulsando o referido acórdão do Tribunal Supremo
achivale@salcaldeira.com Procuraremos, no presente artigo, resulta claro que este veio dar razão a Ré, ao considerar inepta
demonstrar que o Juiz só pode a petição inicial da A. Portanto, tendo o Tribunal Supremo
proferir o despacho de indeferimento liminar em primeira instân- declarado essa ineptidão, fica nulo e de nenhum efeito todo o
cia, isto é, nos termos do previsto no artigo 474 do Código de processado, nos termos conjugados da alínea a) do nº 1 do
Processo Civil, uma vez que admitindo o contrário, não custa artigo 494º e do nº 1 do artigo 193º do C.P.C.
perceber o cortejo de inconvenientes que desse entendimento Ora, sendo nulo todo o processo, deve entender-se que a pre-
possam resultar. sente acção é nova, não gozando a A. do benefício concedido
O Problema nos termos do artigo 476° do C.P.C, pois este apenas é aplicá-
Confrontamo-nos há dias com uma acção especial de liquida- vel nos casos do indeferimento liminar da acção declarada pelo
ção da conta em participação em benefício das partes, proposta tribunal da primeira instância. Como se disse, no caso presente,
no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, com fundamento no foram já proferidos vários despachos judiciais a seguir à petição
facto de o Tribunal Supremo ter declarado inepta a petição inicial.
inicial, pedindo que fosse apensado ao processo em relação ao Não pode, por isso, a nova acção correr por apenso ao proces-
so inicial, que foi declarado nulo, muito menos à providência
cautelar que se encontrava dependente do mesmo processo.
Aliás, decorre do nº 2 do artigo 199º do C.P.C que os actos já
“Ora, sendo nulo todo o processo, deve praticados não aproveitam a acção, quando diminuem as
entender-se que a presente acção é garantias do Réu. É que nos presentes autos, a A. vem reque-
nova, não gozando a A. do benefício rer a realização de uma auditoria independente sobre contas
dos anos 1998/1999, que nos termos da legislação fiscal vigen-
concedido nos termos do artigo 476° te (artigo 46° do Regulamento do Código do Imposto sobre o
do C.P.C, pois este apenas é aplicável Rendimento das Pessoas Colectivas, aprovado pelo Decreto nº
nos casos do indeferimento liminar da 9/08 de 16 de Abril), os respectivos documentos deixaram de
ser exigíveis pelo decurso de tempo.
acção declarada pelo tribunal da pri- Conclusão
meira instância. “ Não pode, portanto, ser defensável a possibilidade de em sede
de recurso de apelação proferir-se o despacho de indeferimento
liminar pelas razões acima indicadas, por um lado, e, por outro,
qual foi interposto o recurso, assim como à Providencia Caute- pelo simples facto de não poder-se, no mesmo processo, profe-
lar respectiva, que correram os seus termos no Tribunal Judicial rir-se mais do que um despacho liminar. A única possibilidade
da Cidade de Maputo, supostamente para aproveitar os docu- de se proferir mais do que um despacho liminar, como ensina
mentos juntos aos autos, em alusão ao princípio da economia Tomás Timbane4, é a que vem prevista no artigo 477 do CPC,
processual. nos casos em que tendo o autor sido convidado a corrigir a
É que em 22 de Outubro de 1999, foi intentada uma acção com petição inicial, por falta de indicação da data da ocorrência de
processo especial de prestação de contas, para que a Ré apre- determinados factos, e acedido favoravelmente, se constatar
sentasse as contas da operação de venda de castanha de caju que o direito de propositura da acção caducara. Ainda assim, é
referentes a campanha agrícola 1998/1999, em resultado de fácil perceber que nem mesmo esta possibilidade se cogita em
uma alegada Joint Venture acordada entre a A. e a Ré. sede de um recurso de apelação, mesmo que o Tribunal Supre-
Apesar de a Ré ter fundamentado em sede de contestação que mo julgue em primeira instância5.
a A. usou uma forma imprópria do processo, o Tribunal proce- É, pois, este, a nossa posição sobre a questão que acima se
deu à convolação da acção especial de verificação e apresenta- levanta.
ção de contas em acção de liquidação da conta em participa- 1
Artigo elaborado tendo em atenção o regime de recursos vigente
ção, dando prosseguimento os autos, facto que culminou com antes da entrada em funcionamento dos Tribunais Superiores de
liquidação das contas e condenação da Ré. Recurso.
2
Não conformando com a sentença proferida em primeira instân- A apelação compete da sentença final e do despacho saneador que
cia, a Ré interpôs o competente recurso de apelação ao Tribu- conheça do mérito da causa ou decidam da procedência de alguma
nal Supremo, tendo este declarado inepta a petição inicial e por excepção peremptória que não seja o caso julgado, conforme o artigo
691 do CPC.
conseguinte, proferido o despacho liminar de indeferimento do 3
Vide artigo 193 do CPC para ver que situações dão lugar à ineptidão
requerimento inicial. da petição inicial.
Nossa posição 4
Cfr Tomás Timbane, Lições de Processo Civil I, Maputo, 2010, p.
Como é bom de ver, não pode colher a posição do Venerando 323.
5
tribunal Supremo. Vide artigo 51, alínea d) da lei nº 24/2007, de 20 de Agosto – Lei de
Ora, o Tribunal de primeira instância se tivesse declarado inep- Organização Judiciária.
ta a petição inicial, teria consequentemente que indeferi-la limi-
INSS
10 Entrega das contribuições para segurança social referente ao mês de
Outubro.
IRPS
20 Entrega do Imposto retido na fonte durante o mês de Outubro.
Raimundo Nefulane
Consultor Financeiro
rnefulane@salcaldeira.com IRPC
20 Entrega do imposto retido durante o mês de Outubro.
Leia os nos-
sos
artigos no IVA
30 Entrega da Declaração periódica referente ao mês de Outubro acom-
jornal todas as panhada do respectivo meio de pagamento (caso aplicável).
quartas-feiras.