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Contabilidade no

Terceiro Setor
AGENDA

• Diretrizes contábeis aplicadas às entidades sem fins lucrativos;


• Principais Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis ao Terceiro Setor;
• Plano de contas;
• Aspectos específicos da contabilidade dessas entidades;
• Demonstrações contábeis;
• Publicação das demonstrações contábeis;
• Relatório dos auditores

Junho de 2017
Breve revisão do nosso padrão contábil
(antecedentes)

Lei n.º 6.404/1976 normas gerais de escrituração contábil e de elaboração das demonstrações contábeis,
tendo como base de orientação geral a norma que trata dos Princípios de
Contabilidade, eram aplicadas às demais entidades.

1976 a 2006 (30 anos) O contador realizava as adaptações necessárias para se terem relatórios contábeis e
financeiros condizentes com a realidade das operações da Entidade sem Finalidade de
Lucros (6.404/76 x 4.320/64).

2007 O Brasil deu o passo definitivo para o processo de convergência das suas normas
contábeis aos padrões internacionais de contabilidade, com a edição da Lei n.º 11.638
que alterou a já mencionada Lei n.º 6.404/1976. Posteriormente também foi editada
a Lei n.º 11.941/2009.
Breve revisão do nosso padrão contábil
(antecedentes)
Em 28 de dezembro de 2007 - Lei nº 11.638/07 - Nova fase para a Contabilidade e para as
empresas
Convergência

Internacional Financial Reporting


Standards (IFRS)

Processo aparentemente
“SEM VOLTA”
Breve revisão do nosso padrão contábil
(antecedentes)

A partir de 21/9/2012

O Conselho Federal de Contabilidade, visando consolidar e integrar as


resoluções e normas que tratavam das entidades de interesse social, aprovou a
Interpretação Técnica ITG 2002 – Entidades Sem Finalidade de Lucros, cujo
objetivo é estabelecer critérios e procedimentos contábeis específicos para
entidades do Terceiro Setor (Fundações e Associações), no âmbito das normas
internacionais de contabilidade.
Importante!!!

A Resolução 1.409/12 (ITG 2002) entrou em vigor na data de sua


publicação, aplicando-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro
de 2012.
Essa é uma
norma
somente
para o
contador?
“Adotar a ITG 2002 “Nosso processo de
é como qualquer “Nós não precisamos
envolver as áreas preparação das DFs é
outro projeto fácil...Efetuar
contábil… O depto. operacionais”
mudanças para a
contábil precisa nova norma
estabelecer como necessitará apenas de
aplicá-la e gerenciamento”
implementá-la.”

“Eu não vejo


urgência…
“Não pode ser Nós temos
tão diferente tempo”
do que Esse é um
fazemos problema do
atualmente” contador !!
RESOLUÇÃO CFC nº 1.409/2012
ITG 2002

• Fundação de Direito Privado


• Associação
Alcance / Formalização da • Organização Social
Natureza
• Organização Religiosa
• Partido Político
• Entidade Sindical
Associações e Fundações

ASSOCIAÇÕES FUNDAÇÕES

Fins próprios (dos associados) Fins alheios (do instituidor)

Fins alteráveis Fins imutáveis (que não se alteram)

Patrimônio: formando pelos associados Patrimônio: Fornecido pelo instituidor

Deliberações livres Deliberações delimitadas pelo instituidor


e fiscalizadas pelo Ministério Público
Importante!!!
Princípios de Contabilidade e a NBC TG 1000 Conselhos Federais, Regionais Entidade sindical,
– Contabilidade para Pequenas e Médias e Seccionais de profissões confederação, central,
Empresas ou as normas completas (IFRS liberais, criados por lei federação e sindicato.
completas)
federal, de inscrição
compulsória, para o exercício
legal da profissão.
Tratamento contábil

• Regime contábil de competência;

• As doações e subvenções recebidas (NBC TG 07 – Subvenção e Assistência


Governamentais);

• Os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas e despesas, com e sem


gratuidade, superávit ou déficit, de forma segregada;

• As imunidades tributárias não se enquadram no conceito de subvenções previsto na


NBC TG 07, portanto, não devem ser reconhecidas como receita no resultado.
Tratamento contábil
• Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento no resultado, a
contrapartida da subvenção, de contribuição para custeio e investimento, bem como
de isenção e incentivo fiscal registrados no ativo, deve ser em conta específica do
passivo.

• As receitas decorrentes de doação, contribuição, convênio, parceria, auxílio e


subvenção por meio de convênio, editais, contratos, termos de parceira e outros
instrumentos, devem ser registradas em contas próprias, inclusive as patrimoniais,
segregadas das demais contas da entidade.

• Os benefícios concedidos pela entidade sem finalidade de lucros a título de


gratuidade devem ser reconhecidos de forma segregada, destacando-se aqueles que
devem ser utilizados em prestações de contas nos órgãos governamentais.
• .
Projetos e Convênios
Execução dos projetos / convênios:

Ativo Passivo
Circulante Circulante
Caixa e equivalente de caixa Recursos de convênios em execução
Recursos com restrição 1.000.000,00 Convênio Governo Federal 1.000.000,00
( - ) Pagamentos realizados - 1.000.000,00

Demonstração do Resultado no Período


Receitas
Projeto Governo Federal 1.000.000,00

Despesas
Projeto Governo Federal 1.000.000,00
Pessoal 650.000,00
Serviços de terceiros 150.000,00
Materiais 50.000,00
Passagens e hospedagens 150.000,00
Tratamento contábil
• A entidade sem finalidade de lucros deve constituir provisão em montante suficiente
para cobrir as perdas esperadas sobre créditos a receber;

• Aplica-se aos ativos não monetários a Seção 27 da NBC TG 1000, que trata da redução
ao valor recuperável de ativos e a NBC TG 01, quando aplicável.

• Na adoção inicial desta Interpretação e da NBC TG 1000 ou das normas completas


(IFRS completas), a entidade pode adotar os procedimentos do custo atribuído
(deemed cost) de que trata a ITG 10.
Tratamento contábil

• O valor do superávit ou déficit deve ser incorporado ao Patrimônio Social. O


superávit, ou parte de que tenha restrição para aplicação, deve ser reconhecido em
conta específica do Patrimônio Líquido.

• O trabalho voluntário, inclusive de membros integrantes dos órgãos da


administração, no exercício de suas funções, deve ser reconhecido pelo valor justo
da prestação do serviço como se tivesse ocorrido o desembolso financeiro.
Trabalho
Voluntário
Trabalho Voluntário

A entidade pode indenizar o trabalhador voluntário dos gastos que incorrer no curso do
trabalho, como transporte, alimentação, estacionamento e outros, conforme disciplina o
Art. 3° da Lei n.º 9.608/98 que assim se manifesta:

“Art. 3º O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas


despesas que comprovadamente realizar no desempenho das
atividades voluntárias.

Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar


expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço
voluntário.”
• .”
Trabalho Voluntário

Fonte: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA O TERCEIRO SETOR - Aspectos de Gestão e de Contabilidade para Entidades de
Interesse Social
Mensuração do trabalho voluntário

Valor praticado
no mercado

Fonte: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA O TERCEIRO SETOR - Aspectos de Gestão e de Contabilidade para Entidades de Interesse Social
Reconhecimento do trabalho voluntário

Data Documento Débito Crédito Valor Histórico

xx/xx/xxxx xxxxxxxxxxx Despesas Passivo xxxxx xxxxxxx


Trabalho Voluntário Trabalho Profissional Voluntário

Data Documento Débito Crédito Valor Histórico

xx/xx/xxxx xxxxxxxxxxx Passivo Receita xxxxx xxxxxxx


Trabalho Profissional Voluntário Trabalho Voluntário
Importante!!!

O parágrafo único do Art. 1° da Lei n.º 9.608/98 disciplina que “O


serviço voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigação de
natureza trabalhista previdenciária ou afim”. Não é estimado nem
reconhecido o valor da contribuição patronal ainda que pudesse ser
reconhecida a renúncia fiscal.
DOAÇÕES
Doações

• Doação incondicional: ocorre quando o doador não impõe qualquer


condição para que o valor seja utilizado pela entidade.

• Doação condicional: é aquela em que o doador determina ao recebedor


o cumprimento de uma obrigação ou destinação Específica

A Entidade deve aplicar o recurso de acordo com a vontade do doador.


Recurso com restrição

Ativo 01/02/2012 Passivo 01/02/2012


Circulante Circulante
Caixa e equivalente de caixa 2.300.000 Recebimento antecipado 1.100.000
Recursos com restrição 2.400.000,00 Contribuição governamental 1.200.000,00
( - ) Pag. das Despesas do mês - 100.000,00 ( - ) Realização - 100.000,00
Não Circulante
Recebimento antecipado 1.200.000
Contribuição governamental 1.200.000,00

Demonstração do Resultado no Período


Receitas com restrição
Contribuições governamentais R$ 100.000,00

Despesas
Despesas R$ 100.000,00
Doações
de Bens móveis e
imóveis (com
restrição)
Doações de bens móveis e imóveis (com
restrição)
01/01/2012 - Recebimento de doação de um veículo, no valor de R$
30.000,00, com estimativa de vida útil de 10 anos.

Ativo 31/12/2012 Passivo 31/12/2012


Não Circulante Circulante
Imobilizado 27.000,00 Subvenções a realizar 3.000
Veículos 30.000,00 Veículos 6.000,00
( - ) Depreciação acumulada - 3.000,00 ( - ) Realização - 3.000,00
Não Circulante
Subvenções a realizar 24.000
Veículos 24.000,00

Demonstração do Resultado no Período


Receitas sem restrição
Doações - PJ R$ 3.000,00

Despesas
Despesas com depreciação R$ 3.000,00
Questões importantes
• taxa de depreciação que devemos utilizar para fins contábeis

• compra um ativo imobilizado cujo pagamento será feito a prazo, o que deve ser feito
com os juros que esteja embutido no valor?

• Como deve ser contabilizado o valor dos juros sobre empréstimos contraídos para
construção de um ativo imobilizado? Como despesa financeira no resultado ou como
ativo junto com o item a ser construído?

• Determinação de valor residual

• já começou a revisão das taxas de depreciação?


• .
Reconhecimento

A entidade deve reconhecer o custo de item de ativo


imobilizado como ativo se, e apenas se:

(a) for provável que futuros benefícios econômicos


associados ao item fluirão para a entidade; e

(b) o custo do item puder ser mensurado de


maneira confiável
Reconhecimento

A entidade deve reconhecer o custo de item de ativo


imobilizado como ativo se, e apenas se:

(a) for provável que futuros benefícios econômicos


associados ao item fluirão para a entidade; e

(b) o custo do item puder ser mensurado de


maneira confiável
• Itens como peças de reposição, equipamentos de reserva e equipamentos de serviço devem ser
reconhecidos de acordo com esta seção quando atendem à definição de imobilizado.
Caso contrário, tais itens devem ser classificados como estoque. (Alterado pela NBC TG 1000 (R1))

• Partes de alguns itens do ativo imobilizado podem requerer substituição em intervalos regulares (por
exemplo, o teto de edifício). Se se espera que a parte substituta acrescente benefícios futuros à entidade,
esta deve adicionar ao valor contábil do item de ativo imobilizado o custo de substituição da parte de tal
item. (Alterado pela NBC TG 1000 (R1))
• Caso as partes principais de item do ativo imobilizado tenham padrões de consumo de benefícios
econômicos significativamente diferentes, a entidade deve alocar o custo inicial do ativo para suas partes
principais e depreciar cada parte separadamente ao longo de sua vida útil. (Alterado pela NBC TG 1000
(R1))

• Os terrenos e os edifícios são ativos separáveis e a entidade deve


contabilizá-los separadamente, mesmo quando eles são
adquiridos em conjunto.
Mensuração

A entidade deve mensurar um item do ativo imobilizado no reconhecimento inicial pelo seu custo. O custo de item do ativo imobilizado
compreende todos os seguintes custos:

(a) seu preço de compra, incluindo taxas legais e de corretagem, tributos de importação e tributos de compra não recuperáveis,
depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e em condição necessária para que seja capaz de
funcionar da maneira pretendida pela administração. Esses custos podem incluir os custos de elaboração do local, frete e
manuseio inicial, montagem e instalação e teste de funcionalidade;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração da área na qual o item está localizado,
a obrigação que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de ter utilizado o item durante determinado
período para finalidades que não a produção de estoques durante esse período.
Os custos a seguir não são custos de item do ativo
imobilizado, e a entidade deve reconhecê-los como
despesa quando eles forem incorridos

(a) custos de abertura de nova instalação;

(b) custos de introdução de novo produto ou serviço


(incluindo os custos de propaganda e atividades
promocionais);

(c) custos de administração dos negócios em novo local ou com


nova classe de clientes (incluindo custos de treinamento);

(d) custos administrativos e outros custos indiretos;

(e) custos de empréstimos


• O custo de item do ativo imobilizado é o equivalente ao
preço à vista na data do reconhecimento. Se o
pagamento é postergado para além dos termos normais
de transação a prazo, o custo é o valor presente de
todos os pagamentos futuros.

• A entidade deve mensurar os itens do ativo imobilizado,


após o reconhecimento inicial, pelo custo menos
depreciação acumulada e quaisquer perdas por redução
ao valor recuperável de ativos acumuladas. (Incluído
pela NBC TG 1000 (R1))
Método de reavaliação
• A entidade, se permitido por lei, deve mensurar um item do imobilizado
cujo valor justo possa ser mensurado de forma confiável ao valor reavaliado,
sendo seu valor justo na data da reavaliação menos qualquer depreciação
acumulada subsequente e perdas acumuladas subsequentes por redução ao
valor recuperável. As reavaliações devem ser feitas com regularidade
suficiente para garantir que o valor contábil não difira significativamente
daquele que seria determinado utilizando o valor justo no final do período.

• Se o valor contábil do ativo aumentar como resultado da reavaliação, o


aumento deve ser reconhecido em outros resultados abrangentes e
acumulados no patrimônio líquido, sob a rubrica de ganho de reavaliação.
Entretanto, o aumento deve ser reconhecido no resultado até o limite em
que corresponder à reversão de perda decorrente de reavaliação do mesmo
ativo anteriormente reconhecida no resultado. (Incluído pela NBC TG 1000
(R1))
Método de reavaliação

• Se o valor contábil do ativo diminuir como resultado da reavaliação, a


redução deve ser reconhecida no resultado. Entretanto, a redução deve ser
reconhecida em outros resultados abrangentes, de acordo com qualquer
saldo credor existente no ganho de reavaliação desse ativo, até o limite do
saldo. A redução reconhecida em outros resultados abrangentes reduz o
valor acumulado no patrimônio líquido sob a rubrica ganho de reavaliação.
(Incluído pela NBC TG 1000 (R1))
Depreciação
• A entidade deve alocar o valor depreciável de ativo
em base sistemática ao longo da sua vida útil.

• A depreciação do ativo se inicia quando o ativo está


disponível para uso, isto é, quando está no local e em
condição necessária para funcionar da maneira
pretendida pela administração.

• A depreciação do ativo termina quando o ativo é


baixado. A depreciação não termina quando o ativo se
torna ocioso ou quando é retirado do uso produtivo, a
não ser que o ativo esteja totalmente depreciado.
Valor Residual

Cabe destacar a importância da determinação do valor


residual dos ativos, de forma que o valor depreciável seja
aquele montante não recuperável pela alienação do ativo ao
final de sua vida útil estimada.

Dessa forma, é fundamental, na determinação do valor


depreciável de um ativo imobilizado, a estimativa do seu
valor residual. Uma análise criteriosa na determinação desse
valor é essencial para a adequada alocação da depreciação
ao longo da vida útil estimada do bem.

Se o valor residual esperado do ativo for superior ao seu


valor contábil, nenhuma depreciação deve ser reconhecida .
Redução ao valor
recuperável
A entidade deve analisar a Redução ao Valor
Recuperável de Ativos para determinar se um item ou
um grupo de itens do ativo imobilizado está
desvalorizado e, nesse caso, como reconhecer e
mensurar a perda pela redução ao valor recuperável do
ativo.

A perda por desvalorização ocorre quando o valor


contábil de ativo excede seu valor recuperável.
Custo atribuído
A entidade que adotar a Norma pela primeira vez
pode optar por mensurar o ativo imobilizado ou a
propriedade para investimento, na data de
transição, pelo seu valor justo e utilizar esse valor
justo como seu custo atribuído nessa data.

A entidade pode usar reavaliação efetuada quando


permitida legalmente para fins de custo atribuído.
Custo atribuído
A adoção do custo atribuído (deemed cost) é aplicável apenas e tão
somente na adoção inicial, não sendo admitida revisão da opção em
períodos subsequentes ao da adoção inicial. Consequentemente, esse
procedimento específico não significa a adoção da prática contábil da
reavaliação de bens. A previsão de atribuição de custo na adoção inicial
está em linha com o contido nas normas contábeis internacionais emitidas
pelo IASB (IFRS 1, em especial nos itens D5 a D8). Se realizada reavaliação
do imobilizado anteriormente, enquanto legalmente permitida, e
substancialmente representativa ainda do valor justo, podem seus valores
ser admitidos como custo atribuído. (ICPC 10)

A administração deverá indicar ou assegurar que o avaliador indique a vida


útil remanescente e o valor residual previsto a fim de estabelecer o valor
depreciável e a nova taxa de depreciação na data de transição.
Custo atribuído
Os possíveis efeitos da aplicação do custo atribuído inicial apurados sobre o
saldo do ativo imobilizado decorrentes dessa nova avaliação devem ser
contabilizados na abertura do primeiro exercício social em que se aplicar a
norma, sendo as demonstrações contábeis apresentadas para fins
comparativos ajustadas para considerar este novo custo atribuído.

Os efeitos dos procedimentos de ajuste devem ser contabilizados, tendo


por contrapartida a conta do patrimônio líquido denominada Ajustes de
Avaliação Patrimonial, e a conta representativa de Tributos Diferidos
Passivos, a depender da opção quanto ao regime de tributação da
entidade.
Custo atribuído
Subsequentemente, e na medida em que os bens, objeto de atribuição de
novo valor forem depreciados, amortizados ou baixados em contrapartida
do resultado, os respectivos valores devem, simultaneamente, ser
transferidos da conta Ajustes de Avaliação Patrimonial para a conta de
Lucros ou Prejuízos Acumulados e, a depender da opção quanto ao regime
de tributação da entidade, da conta representativa de Tributos Diferidos
Passivos para a conta representativa de Tributos Correntes.
Custo atribuído
A adotante pela primeira vez pode ter estabelecido o custo atribuído de acordo com
seus princípios contábeis anteriores para a totalidade ou parte de seus ativos e
passivos mensurando-os pelo seu valor justo em data específica devido a evento,
como, por exemplo, avaliação do negócio. Se a data de mensuração:

(i) for até a data de transição para esta norma, a entidade pode utilizar
essas mensurações ao valor justo direcionadas por evento como custo
atribuído na data dessa mensuração;

(ii) for após a data de transição para esta norma, mas durante os
períodos cobertos pelas primeiras demonstrações contábeis que
estejam em conformidade com esta norma, as mensurações ao valor justo
direcionadas por evento podem ser utilizadas como custo atribuído no
momento em que o evento ocorrer. A entidade deve reconhecer os
ajustes resultantes diretamente em lucros acumulados (ou, se
apropriado, em outra categoria do patrimônio líquido) na data da
mensuração. (Incluída pela NBC TG 1000 (R1))
Custo atribuído
Os ajustes, decorrentes da adoção do custo atribuído são tratados
contabilmente como ajuste direto ao patrimônio líquido, tanto os
positivos quanto os negativos, com efeito retroativo para fins de
apresentação das demonstrações contábeis comparativas.
Passivos, Contas a Pagar e
Provisões
Passivos - São obrigações presentes (atuais) que se originam de eventos passados, cuja
liquidação se espera resultar em uma saída de recursos da entidade.

Contas a Pagar - São passivos originados de produtos recebidos ou serviços prestados,


que ainda não foram pagos ou faturados

Provisões - São passivos para os quais há incerteza sobre o vencimento ou o valor


Contingências Ativas e Contingências Passivas

 Passivos contingentes são:


− Uma possível obrigação que se origina de evento passado e a ser confirmado por eventos futuros, que não estão
inteiramente sob o controle da empresa; ou
− Uma obrigação presente originada por eventos passados:

 Cuja expectativa de saída dos benefícios econômicos não seja provável; ou


 Que não podem ser mensurados com confiabilidade.

 Ativos contingentes são:


− Possíveis ativos decorrentes de evento passado e a ser confirmado por eventos futuros, que não estão
inteiramente sob o controle da empresa (Ex.: processo judicial ativo, que a empresa objetiva receber um
benefício/valor).
− Não deve ser reconhecido até a certeza de efetivo recebimento

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Provisões Passivas
Critério de Reconhecimento

 É uma obrigação presente, resultante de um evento passado

 Imposta legalmente ou por hábito

 Desembolso de benefícios econômicos é provável

 Estimada com confiabilidade

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Critério de Reconhecimento - Passivo

Evento passado
dá início a uma Sim Incerteza Não
obrigação

Saída de
Provável Improvável
recursos

Estimativa
confiável da Sim Não
obrigação

Passivo: reconhece e divulga

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Critério de Reconhecimento – Passivos Contingentes

Evento Passado
dá início a uma Sim Incerteza Não
obrigação

Saída de
recursos Provável Improvável

Estimativa
confiável da Sim Não
obrigação

Passivos Contingentes: apenas divulga*


*Exceções: se a saída de recursos é remota – não divulga; e
CPC 15 (Combinação): se possui estimativa confiável – reconhece e divulga

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Critério – Ativos Contingentes

Praticamente
Ativo: Reconhece
Certo

Ativo contingente:
Entrada de
Benefícios

Provável
Divulga apenas

Não Provável Ativo contingente: Não divulga

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“Reversão” de uma Provisão

 Pela utilização:
− Somente para desembolsos para os quais uma provisão foi
inicialmente reconhecida.
− Desembolsos não afetam o resultado (Provisão x Desembolso).

 Pela revisão das estimativas:


− Se a saída de benefícios econômicos não for mais provável.
− Reversão afeta o resultado.

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Mensuração

 Melhor estimativa:
− Resultado mais provável (processo judicial); ou
− Média ponderada (provisões para garantia).
 Risco inerente e incertezas devem ser considerados.
 Desconto a valor presente obrigatório, quando o efeito for relevante.
 Reembolsos previstos (</= provisão) devem ser reconhecidos como um ativo
separado, se virtualmente certo.
 Ganhos previstos na baixa de ativos não devem ser reconhecidos como uma
redução da provisão.

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Efeitos das Mudanças nas
Taxas de Câmbio e conversão de
demonstrações contábeis
Objetivo
Determinar :

• Como contabilizar transações em moeda estrangeira e operações no exterior;

• Como converter as demonstrações contábeis de entidade no exterior para a moeda de


apresentação;

• Como converter as demonstrações contábeis de entidade no Brasil em outra moeda.


Algumas definições
• Taxa de fechamento é a taxa de câmbio vigente na data do balanço para
operações a vista.

• Variação cambial é a diferença resultante da conversão de um valor em uma


moeda para um valor em outra moeda, a diferentes taxas cambiais.

• Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo
liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e
independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a
liquidação ou que caracterizem uma transação compulsória.

• Moeda estrangeira é uma moeda diferente da moeda funcional de uma


entidade.

• Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a


entidade opera.
Algumas definições
• Itens monetários são aqueles representados por dinheiro ou por direitos a serem
recebidos e obrigações a serem liquidadas em dinheiro.

• Itens não-monetários são aqueles representados por ativos e passivos que não
serão recebidos ou liquidados em dinheiro.

• Moeda de apresentação é a moeda na qual as demonstrações contábeis são


apresentadas.

• Taxa de câmbio a vista é a taxa normalmente utilizada para liquidação imediata


das operações de câmbio (Divulgada BACEN)
Determinação da Moeda Funcional – Fatores Principais

Moeda que
Moeda do país cuja economia influencia preços de vendas
determina os preços de venda (freqüentemente a moeda
de bens e serviços de denominação)

Moeda que influencia


custos de mão-de-obra,
material, e
outros custos

Mas também ...

Moeda na qual os fundos Moeda na qual


de atividades de financiamento recebimentos de caixa de
são gerados Atividades operacionais
são mantidos

Reflete o ambiente econômico principal no qual


a empresa opera
Escolha da moeda funcional?

 Uma empresa não tem livre escolha da moeda funcional.

 Uma empresa não pode mudar a moeda funcional, exceto se


houver alteração de fatos e circunstâncias relevantes para sua
determinação de mudança.
Transações em Moeda Estrangeira
Reconhecimento Inicial

• Uma transação em moeda estrangeira é uma transação que é feita ou que


exige liquidação em uma moeda estrangeira, incluindo transações que surgem
quando uma entidade:

(a) compra ou vende produtos ou serviços, cujo preço é estabelecido numa


moeda estrangeira;

(b) toma emprestado ou empresta fundos, quando os valores a pagar ou a


receber são estabelecidas numa moeda estrangeira;

(c) de alguma outra forma adquire ou dispõe de ativos, ou incorre ou liquida


passivos estabelecidos em uma moeda estrangeira.
Reportando transações em moeda estrangeira na
moeda funcional - Reconhecimento Inicial

 Reconhecer a transação pela taxa na data da transação


 Poderá utilizar, por exemplo, a taxa média da semana ou do mês como
uma estimativa prática
− Taxas médias não são confiáveis se a moeda flutuar
significativamente
− Na nota da prática contábil nas DFs divulgar a política, ou seja, as
taxas nas datas das transações que foram usadas
Reportando transações em moeda estrangeira
na moeda funcional - Avaliação subseqüente

Itens não- Itens


Itens
monetários ao não-monetários
monetários
custo histórico reavaliados

Taxa na data Taxa na data da Taxa na data


das DFs transação da avaliação
Ativos monetários - Ganhos e perdas
cambiais

Ativos monetários

Diferenças Diferenças
cambiais cambiais
realizadas não realizadas

Ganhos e perdas
reconhecidos no Resultado
Ativos não-monetários – Ganhos e perdas
cambiais

Ativos não-
monetários

Ganho ou perda Ganho ou perda


reconhecido no reconhecido no
Resultado Patrimônio

Componente cambial Componente cambial


reconhecido no reconhecido no
Resultado Patrimônio

IAS 21 - 18
Mudança da moeda funcional

 Somente se houver uma mudança nas operações, eventos e


condições subjacentes
 Procedimentos de conversão devem ser aplicados à nova moeda
funcional de forma prospectiva à partir da data da mudança
Conversão para a moeda de apresentação

Taxa na data de reporte


Ativo e passivo

Taxa na data da transação


Receita e despesas
(ou taxa média)

Operações de capital Taxa na data da transação


(ou taxa média)

Todas as diferenças cambiais classificadas como


Patrimônio

Para Resultado na
alienação
20x1 20x0
ATIVO
Circulante
Caixa e Equivalentes de Caixa
Caixa
Banco C/Movimento – Recursos sem Restrição
Banco C/Movimento – Recursos com Restrição
Aplicações Financeiras – Recursos sem Restrição
Aplicações Financeiras – Recursos com Restrição
Créditos a Receber
Mensalidades de Terceiros
Atendimentos Realizados
Adiantamentos a Empregados
20x1 20x0
Adiantamentos a Fornecedores
Recursos de Parcerias em Projetos PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Tributos a Recuperar Circulante
Despesas Antecipadas Fornecedores de bens e serviços
Estoques Obrigações com Empregados
Produtos Próprios para Venda Obrigações Tributárias
Produtos Doados para Venda Empréstimos e Financiamentos a Pagar
Almoxarifado / Material de Expediente Recursos de Projetos em Execução
Recursos de Convênios em Execução
Não Circulante Subvenções e Assistências Governamentais a Realizar
Realizável a Longo Prazo Não Circulante
Aplicações Financeiras – Recursos sem Restrição
Empréstimos e Financiamentos a Pagar
Aplicações Financeiras – Recursos com Restrição
Recursos de Projetos em Execução
Valores a Receber
Investimentos Recursos de Convênios em Execução
Investimentos Permanentes Subvenções e Assistências Governamentais a Realizar
Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Bens sem Restrição Patrimônio Social
Bens com Restrição Outras Reservas
(-) Depreciação Acumulada Ajustes de Avaliação Patrimonial
Intangível Superávit ou Déficit Acumulado
Direitos de Uso de Softwares
Direitos de Autor e de Marcas
(-) Amortização Acumulada
20x1 20x0
RECEITAS OPERACIONAIS
Com Restrição
Programa (Atividades) de Educação
Programa (Atividades) de Saúde
Programa (Atividades) de Assistência Social
Programa (Atividades) de Direitos Humanos
Programa (Atividades) de Meio Ambiente
Outros Programas (Atividades)
Gratuidades
Trabalho Voluntário
Rendimentos Financeiros
Sem Restrição
Receitas de Serviços Prestados
Contribuições e Doações Voluntárias
Ganhos na Venda de Bens
Rendimentos Financeiros
Outros Recursos Recebidos
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS
Com Programas (Atividades)
Educação
Saúde
DEMONSTRAÇÃO DO
Assistência Social
Direitos Humanos
Meio Ambiente
RESULTADO DO PERÍODO
Gratuidades Concedidas
Trabalho Voluntário
RESULTADO BRUTO
DESPESAS OPERACIONAIS
Administrativas
Salários
Encargos Sociais
Impostos e Taxas
Aluguéis
Serviços Gerais
Manutenção
Depreciação e Amortização
Perdas Diversas
Outras despesas/receitas operacionais

OPERAÇÕES DESCONTINUADAS (LÍQUIDO)

SUPERÁVIT/DÉFICIT DO PERÍODO
1. Método Direto 20x1 20x0
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Recursos Recebidos
Entidades Governamentais
Entidades Privadas
Doações e Contribuições Voluntárias
Próprios
Rendimentos Financeiros
Outros
Pagamentos Realizados
Aquisição de bens e Serviços – Programas (Atividades) Executados
Salários e Encargos Sociais do Pessoal Administrativo
Contribuições Sociais, Impostos e Taxas
Outros Pagamentos
(=) Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Operacionais

Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento


Recursos Recebidos pela Venda de Bens DEMONSTRAÇÃO DOS
Outros Recebimentos por Investimentos Realizados
Aquisições de Bens e Direitos para o Ativo
(=) Caixa Líquido Consumido pelas Atividades de Investimento
FLUXOS DE CAIXA
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento
Recebimentos de Empréstimos
Outros Recebimentos por Financiamentos
Pagamentos de Empréstimos
Pagamentos de Arrendamento Mercantil
(=) Caixa Líquido Consumido pelas Atividades de Financiamento
(=) Aumento Líquido de Caixa e Equivalentes de Caixa
Caixa e Equivalentes de Caixa no Início do Período
Caixa e Equivalentes de Caixa no Fim do Período
1. Método Indireto 20x1 20x0
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Superávit (Déficit) do Período
Ajustes por:
(+) Depreciação
(+) Amortização
(+) Perda de Variação Cambial
(-) Ganho na Venda de Bens do Imobilizado
Superávit (Déficit) Ajustado
Aumento (Diminuição) nos Ativos Circulantes
Mensalidades de Terceiros
Atendimentos Realizados
Adiantamentos a Empregados
Adiantamentos a Fornecedores
Recursos de Parcerias em Projetos
Tributos a Recuperar
Despesas Antecipadas
Outros Valores a Receber
Aumento (Diminuição) nos Passivos Circulantes
Fornecedores de bens e serviços
Obrigações com Empregados
Obrigações Tributárias
Empréstimos e Financiamentos a Pagar
Recursos de Projetos em Execução
Recursos de Convênios em Execução
Subvenções e Assistências Governamentais
DEMONSTRAÇÃO DOS
Outras Obrigações a Pagar
(=) Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Operacionais FLUXOS DE CAIXA
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
Recursos Recebidos pela Venda de Bens
Outros Recebimentos por Investimentos Realizados
Aquisições de Bens e Direitos para o Ativo
(=) Caixa Líquido Consumido pelas Atividades de Investimento

Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento


Recebimentos de Empréstimos
Outros Recebimentos por Financiamentos
Pagamentos de Empréstimos
Pagamentos de Arrendamento Mercantil
(=) Caixa Líquido Consumido pelas Atividades de Financiamento
(=) Aumento Líquido de Caixa e Equivalentes de Caixa
Caixa e Equivalentes de Caixa no Início do Período
Caixa e Equivalentes de Caixa no Fim do Período
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO

Patrimônio Outras Ajustes de Superávit / Total do


Social Reservas Avaliação Déficit Patrimônio
Patrimonial Líquido
Saldos iniciais em 31.12.20x0
Movimentação do Período
Superávit / Déficit do Período
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Recursos de Superávit com Restrição
Transferência de Superávit de
Recursos sem Restrição
Saldos finais em 31/12/20x1
As demonstrações contábeis
devem ser complementadas por
notas explicativas que contenham,
pelo menos, as seguintes
informações
Notas Explicativas

• Contexto operacional da entidade, incluindo a natureza social e econômica


e os objetivos sociais;

• os critérios de apuração da receita e da despesa, especialmente com


gratuidade, doação, subvenção, contribuição e aplicação de recursos;

• relação dos tributos objeto de renúncia fiscal;


Notas Explicativas
Benefício Fiscal da Renúncia de Tributos

Fonte: Manual de Procedimentos para o Terceiro Setor - Aspectos de Gestão e de Contabilidade para Entidades de Interesse Social
Notas Explicativas

• as subvenções recebidas pela entidade, a aplicação dos recursos e as


responsabilidades decorrentes dessas subvenções;

• os recursos de aplicação restrita e as responsabilidades decorrentes de tais


recursos;

• os recursos sujeitos a restrição ou vinculação por parte do doador;

• eventos subsequentes;

• os critérios e procedimentos do registro contábil de depreciação, amortização e


exaustão do ativo imobilizado;
Notas Explicativas
Recursos de Parcerias com Entidades
Governamentais / Privadas

Fonte: Manual de Procedimentos para o Terceiro Setor - Aspectos de Gestão e de Contabilidade para Entidades de Interesse Social
Notas Explicativas

• segregar os atendimentos com recursos próprios dos demais atendimentos


realizados pela entidade;

• todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma segregada,


destacando aquelas que devem ser utilizadas na prestação de contas nos órgãos
governamentais, apresentando dados quantitativos, ou seja, valores dos
benefícios, número de atendidos, número de atendimentos, número de
bolsistas com valores e percentuais representativos
Notas Explicativas
Serviços Voluntários Obtidos

Fonte: Manual de Procedimentos para o Terceiro Setor - Aspectos de Gestão e de Contabilidade para Entidades de Interesse Social
Notas Explicativas
Custo dos Benefícios Concedidos de
Renúncia de Receita

Fonte: Manual de Procedimentos para o Terceiro Setor - Aspectos de Gestão e de Contabilidade para Entidades de Interesse Social
Algumas respostas...
“Adotar a norma é
diferente e “Nós precisamos
complexo para envolver muito as
muitas entidades. áreas operacionais” “Nosso processo de
Necessidade de preparação das DFs
revisão de ficará mais criterioso”
processos, planos
de contas, critérios
e etc.”

“Muito
subjetivismo
“É muito
diferente do
que fazíamos”
“Treinamento”
Legislação – Ponto de Atenção

Lei 13.019/14 – Estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da

sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco

(Alterada Lei nº 13.204, de 2015);

Lei 12.846/13 – Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos

contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências;

Lei 9.613/98 - Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da

utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de Atividades

Financeiras - COAF, e dá outras providências;

Lei 12.527/11 – Transparência Recursos Públicos


Importante!!!

Reflexos da Lei n° 13.019, de 31 • Estatuto Social;


de julho de 2014, alterada pela • Controles Internos;
Lei n° 13.204, de 2015. (impactos
econômicos jurídicos, contábeis e • Plano de Contas;
operacionais) • Escrituração Contábil;
• Demonstrações Contábeis;
• Prestações de Contas;
• Transparência, e
PROFISSIONALIZAÇÃO • Publicidade.
Lei 13.019,
de 31 de julho de 2014

DIRIGENTE: pessoa que detenha poderes de administração,


gestão ou controle da organização da sociedade civil, habilitada a
assinar termo de colaboração, termo de fomente ou acordo de
cooperação com a administração pública;

ADMINISTRADOR PÚBLICO: agente público revestido de


competência para assinar termo de colaboração, termo de
fomento ou acordo de cooperação com organização da sociedade
civil;

GESTOR: agente público responsável pela gestão de parceria


celebrada por meio de termo de colaboração ou termo de
fomento, designado por ato publicado em meio oficial de
comunicação, com poderes de controle e fiscalização
Lei 13.019,
de 31 de julho de 2014
TERMO DE COLABORAÇÃO: instrumento por meio do qual são formalizadas
as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da
sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e
recíproco propostas pela administração pública que envolvam a
transferência de recursos financeiros;

TERMO DE FOMENTO: instrumento por meio do qual são formalizadas as


parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da
sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e
recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a
transferência de recursos financeiros;

ACORDO DE COOPERAÇÃO: instrumento por meio do qual são formalizadas


as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da
sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e
recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros
Lei 13.019,
de 31 de julho de 2014

ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL

Entidade privada sem fins lucrativos


Sociedades Cooperativas
Organizações Religiosas
Lei 13.019,
de 31 de julho de 2014
Não se aplica
• às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional ou
autorizadas pelo Senado Federal naquilo em que as disposições
específicas dos tratados, acordos e convenções internacionais conflitarem
com esta Lei;
• aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, desde que
cumpridos os requisitos previstos na Lei nº 9.637, de 15 de maio de
1998;
• aos convênios e contratos celebrados com entidades filantrópicas e sem
fins lucrativos nos termos do § 1o do art. 199 da Constituição Federal
(instituições privadas participantes de forma complementar do Sistema
Único de Saúde);
• aos termos de compromisso cultural referidos no § 1o do art. 9o da Lei no
13.018, de 22 de julho de 2014 (apoio financeiro à execução das ações
da Política Nacional de Cultura Viva);
Lei 13.019,
de 31 de julho de 2014
Não se aplica

• aos termos de parceria celebrados com organizações da sociedade civil de


interesse público, desde que cumpridos os requisitos previstos na Lei no
9.790, de 23 de março de 1999;
• às transferências referidas no art. 2o da Lei no 10.845, de 5 de março de
2004, e nos arts. 5º e 22 da Lei no 11.947, de 16 de junho de 2009
(Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE);
• aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas
associativas em favor de organismos internacionais;
• às parcerias entre a administração pública e os serviços sociais
autônomos.
Lei 13.019,
de 31 de julho de 2014
Requisitos para celebração da parceria

• objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância


pública e social;
• escrituração de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade
e com as Normas Brasileiras de Contabilidade;
• no mínimo, um, dois ou três anos de existência,
• experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto da parceria
ou de natureza semelhante;
• instalações, condições materiais e capacidade técnica e operacional para
o desenvolvimento das atividades ou projetos previstos na parceria e o
cumprimento das metas estabelecidas.
Lei 13.019,
de 31 de julho de 2014
Requisitos para celebração da parceria

• certidões de regularidade fiscal, previdenciária, tributária, de


contribuições e de dívida ativa,
• certidão de existência jurídica expedida pelo cartório de registro civil ou
cópia do estatuto registrado e de eventuais alterações ou, tratando-se de
sociedade cooperativa, certidão simplificada emitida por junta comercial;
• ata de eleição do quadro dirigente atual;
• relação nominal atualizada dos dirigentes
• comprovação de que a organização da sociedade civil funciona no
endereço por ela declarado;
Lei 13.019,
de 31 de julho de 2014
Divulgar na internet e em locais visíveis
de suas sedes sociais
• identificação do instrumento de parceria;
• CNPJ da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB;
• descrição do objeto da parceria;
• valor total da parceria e valores liberados, quando for o caso;
• situação da prestação de contas da parceria, que deverá informar a
data prevista para a sua apresentação, a data em que foi apresentada,
o prazo para a sua análise e o resultado conclusivo.
• quando vinculados à execução do objeto e pagos com recursos da
parceria, o valor total da remuneração da equipe de trabalho, as
funções que seus integrantes desempenham e a remuneração prevista
para o respectivo exercício.
Lei 13.019,
de 31 de julho de 2014

Divulgar na internet e em locais visíveis


de suas sedes sociais

A administração pública deverá manter, em seu


sítio oficial na internet, a relação das parcerias
celebradas e dos respectivos planos de
trabalho, até cento e oitenta dias após o
respectivo encerramento.
Lei 13.019,
de 31 de julho de 2014
PRESTAÇÃO DE CONTAS

Procedimento em que se analisa e se avalia a execução


da parceria, pelo qual seja possível verificar o
cumprimento do objeto da parceria e o alcance das
metas e dos resultados previstos, compreendendo duas
fases: (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)

a) apresentação das contas, de responsabilidade da


organização da sociedade civil;
b) análise e manifestação conclusiva das contas, de
responsabilidade da administração pública, sem prejuízo
da atuação dos órgãos de controle.
Prestação de contas

• Portaria Normativa n° 429, de 30 de março de 2016 - Fundações

• Portaria Normativa n° 430, de 30 de março de 2016 - Associações


Portarias Normativas n° 429 e 430 - MPDFT

Descrição Portaria 429 Portaria 430


Fundações Associações

Prestação de contas do exercício findo em 2015 e seguintes (PJTFEIS)


Exercícios anteriores (Portarias Normativas atuais ou Portarias Normativas 303/2014
e 304/2014)
Se o Estatuto for omisso, prestação de contas deverão ser apresentadas até 31 de
maio do exercício seguinte
Dados cadastrais e informações dos representantes legais e diretoria atual

Gratuidades concedidas e os serviços prestados de forma não gratuita, bem como as


imunidades e isenções tributárias
Portarias Normativas n° 429 e 430 - MPDFT

Descrição Portaria 429 Portaria 430


Fundações Associações

Relatório circunstanciado das atividades com informações qualitativas e


quantitativas: i) área de atuação; ii) unidades de atendimento no Distrito Federal; iii)
número de beneficiários atendidos de forma gratuita e não gratuita; IV) origem e
valor dos recursos aplicados em cada projeto/atividade.

Descrição das parcerias e cópias das documentações das parcerias (convênios,


contratos de gestão, termos de parceria, de colaboração) firmados com o Poder
Público. Caso não exista, apresentar declaração de inexistência
Portarias Normativas n° 429 e 430 - MPDFT

Descrição Portaria 429 Portaria 430


Fundações Associações

Relação Nominativas de Pagamentos – RNP relativas as parcerias


Demonstrativo da execução das receitas e despesas relativas as parcerias

Relação de todas contas bancarias e extratos das contas específicas que


movimentaram recursos públicos
Saldos bancários em 31/12.

Relação dos bens patrimoniais com informação daqueles que foram adquiridos com
recursos transferidos pelo Poder Público
Portarias Normativas n° 429 e 430 - MPDFT

Descrição Portaria 429 Portaria 430


Fundações Associações

Cópia de contratos firmados com entidades privadas. Caso não exista, apresentar N/A
declaração de inexistência
Relatório Anual de Informações Sociais – RAIS

Relação dos bens patrimoniais móveis e imóveis, com identificação e valor individual N/A
do bem e forma de incorporação ao patrimônio
Cópias das atas de eleição da atual diretoria e da aprovação das contas, em
assembleia geral, com registro em cartório
Portarias Normativas n° 429 e 430 - MPDFT

Descrição Portaria 429 Portaria 430


Fundações Associações

Relatório de auditoria, quando houver previsão estatutária.

Na hipótese de não haver previsão no estatuto para a realização de auditoria, N/A


apresentar declaração de inexigibilidade do documento
Demonstrações contábeis completas em conformidade com as Normas Brasileiras
de Contabilidade
Necessidade da contratação
de auditoria independente

• A auditoria independente das demonstrações contábeis é


obrigatória para entidades filantrópicas com receita superior a
R$2,4 milhões. (Lei Federal n.º 12.101, de 27 de novembro de
2009):
• O Art. 19 do Decreto n.º 3.100/99 determina que a Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) deve realizar auditoria
independente da aplicação dos recursos objeto do Termo de
Parceria nos casos em que o montante de recursos for maior ou
igual a R$600.000,00 (seiscentos mil reais);
• O Art. 3º da Lei n.º 11.638/2007 determina que as sociedades de
grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de
sociedade por ações são obrigadas a terem auditoria
independente por auditor registrado na Comissão de Valores
Mobiliários (CVM). Considera-se de grande porte, para os fins
exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de sociedades sob
controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total
superior a R$240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de
reais) ou receita bruta anual superior a R$300.000.000,00
(trezentos milhões de reais).
Necessidade da contratação
de auditoria independente

• Conflito de interesse: Preocupação por parte dos usuários de


que as demonstrações contábeis foram elaboradas com alguma
intenção em favor da administração da entidade;

• Complexidade técnica: À medida que a complexidade


aumenta, o risco de que as demonstrações contábeis
contenham distorções ou erros também aumenta.

• Substituição de dirigentes: As entidades que fazem rodízio de


seus dirigentes podem contratar auditoria independente para
avaliar as demonstrações contábeis sob sua responsabilidade,
para evitar problemas com a avaliação que os gestores
subsequentes farão de suas gestões.
Ricardo Passos
Sócio - Diretor
61 – 98132-7069

www.mrpauditoria.com.br

ricardo.passos@mrpauditoria.com.br

“Quem quiser ser líder deve


ser primeiro servidor.“
Jesus Cristo

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