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CONTABILIDADE

INDUSTRIAL
O balanço
patrimonial e a
DRE nas empresas
industriais
Luiza Teti Mayer

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

>> Identificar a estrutura do balanço patrimonial e da demonstração do resul-


tado do exercício para empresas industriais.
>> Evidenciar as particularidades de nomenclaturas de contas.
>> Explicar os critérios de classificação das contas de ativo.

Introdução
Ao final do exercício social, todas as empresas precisam elaborar as demons-
trações contábeis. Assim, pode-se afirmar que, entre o conjunto completo das
demonstrações contábeis, as mais importantes são o balanço patrimonial e a
demonstração do resultado.
Para a correta elaboração e divulgação das informações contábeis, são ne-
cessários conhecimentos específicos em relação às regras pertinentes a esses
processos. Essas regras são evidenciadas nas normas contábeis elaboradas pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e em legislações específicas, como,
por exemplo, a Lei n°. 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (a Lei das Sociedades
Anônimas), a qual foi atualizada pelas Leis n°. 11.638, de 28 de dezembro de 2007,
e Lei n°. 11.941, de 27 de maio de 2009.
2 O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais

Neste capítulo, você vai aprender sobre as normas contábeis e as legis-


lações específicas para a elaboração das demonstrações contábeis, a como
elaborar o balanço patrimonial e a demonstração do resultado, e as definições,
nomenclaturas e classificações dos elementos contábeis específicos para as
empresas industriais.

Elaboração e apresentação das informações


contábeis nas empresas industriais
Assim como em empresas do ramo de comércio e de prestação de serviços,
as empresas industriais precisam elaborar as demonstrações contábeis, a
fim de fornecer informações úteis aos seus usuários. Para isso, é importante
verificar as normas contábeis que se aplicam à elaboração e à apresentação
das informações contábeis, principalmente o CPC 00 (R2) — Estrutura Con-
ceitual para Relatório Financeiro, CPC (2019), e o CPC 26 (R1) — Apresentação
das Demonstrações Contábeis, CPC (2011). Esses pronunciamentos se aplicam
a todas as empresas, e cabe ao contador verificar as particularidades que
envolvem as empresas industriais.
O CPC 00 (R2) — Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, CPC (2019),
também conhecido apenas por Estrutura Conceitual, está atualmente em sua
segunda revisão. Ele é estruturado em oito capítulos:

1. Objetivo do Relatório Financeiro para fins gerais;


2. Características qualitativas de informações financeiras úteis;
3. Demonstrações contábeis e a entidade que reporta;
4. Elementos das demonstrações contábeis;
5. Conhecimento e desreconhecimento;
6. Mensuração;
7. Apresentação e divulgação;
8. Conceitos de capital e manutenção de capital.

O propósito do CPC 00 é auxiliar o desenvolvimento das normas internacionais


de contabilidade, os responsáveis na elaboração dos relatórios financeiros e
todas as partes a entender e interpretar os pronunciamentos. Além disso, ele
contribui para o desenvolvimento de pronunciamentos que tragam transparên-
cia, prestação de contas (accountability) e eficiência aos mercados financeiros.
Sobre o objetivo das demonstrações contábeis, o CPC 00 explica que
elas fornecem informações financeiras sobre ativos, passivos, patrimônio
O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais 3

líquido, receitas e despesas da entidade que reporta, ou seja, a entidade que


é obrigada a, ou decide, elaborar as demonstrações contábeis. Essa entidade
que reporta pode ser uma única empresa ou pode compreender mais de
uma empresa — isso ocorre normalmente quando estamos lidando com um
grupo econômico. Nesse caso, quando a entidade que reporta compreende
tanto a controladora como suas controladas, as demonstrações contábeis
são denominadas demonstrações contábeis consolidadas.
O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a eviden-
ciar, qualitativa e quantitativamente, em uma determinada data, a posição
patrimonial e financeira da empresa, conforme CPC (2019). Por outro lado,
a demonstração do resultado é a fonte principal de informações sobre o
desempenho financeiro da entidade, contendo o resultado do período (lucro
ou prejuízo), o qual fornece uma representação resumida do desempenho
financeiro da empresa, de acordo com o Portal de Contabilidade, ([2020]). A
estrutura do balanço patrimonial e da demonstração do resultado são iguais
para todos os tipos de empresas. Essas demonstrações se diferenciam nas
empresas industriais em relação a contas específicas, como, por exemplo,
contas de estoques no balanço patrimonial e contas de impostos e custos
dos produtos vendidos na demonstração do resultado.
As informações fornecidas nas demonstrações contábeis devem ser úteis
aos usuários na avaliação das perspectivas para futuros fluxos de entrada de
caixa e da gestão de recursos da administração sobre os recursos econômi-
cos da entidade. Essas informações são fornecidas no balanço patrimonial,
ao reconhecer ativos, passivos e patrimônio líquido, e na demonstração
do resultado, ao reconhecer receitas e despesas. Observe no Quadro 1 as
definições de cada um desses elementos.

Quadro 1. Elementos das demonstrações contábeis e suas definições

Elementos das
demonstrações contábeis Definição ou descrição

Ativo Recurso econômico presente controlado pela


entidade como resultado de eventos passados.
Recurso econômico é um direito que tem o
potencial de produzir benefícios econômicos.

Passivo Obrigação presente da entidade de transferir um


recurso econômico como resultado de eventos
passados.

(Continua)
4 O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais

(Continuação)

Elementos das
demonstrações contábeis Definição ou descrição

Patrimônio líquido Participação residual nos ativos da entidade


após a dedução de todos os seus passivos.

Receita Aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos,


que resultam em aumento no patrimônio líquido,
exceto aqueles referentes a contribuições de
detentores de direitos sobre o patrimônio.

Despesa Reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos,


que resultam em reduções no patrimônio líquido,
exceto aqueles referentes a distribuições aos
detentores de direitos sobre o patrimônio.
Fonte: Adaptado de CPC (2019).

Ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas ou despesas são classificados


nas demonstrações contábeis com base em características compartilhadas,
como, por exemplo, a natureza do item, seu papel (ou função) dentro das
atividades de negócio e a maneira que é mensurado. Essas contas ainda
podem ser agregadas nas demonstrações contábeis quando possuem carac-
terísticas compartilhadas e são incluídas na mesma classificação. Quando
o CPC 00 se refere à classificação das contas, ele se refere à divisão dos
ativos e passivos em circulante e não circulante. Essas informações podem,
ainda, ser agregadas em uma só. A agregação facilita a compreensão dessas
informações, uma vez que é possível resumir uma grande quantidade de
detalhes. O CPC 00 alerta, porém, para o fato de que se deve observar um
equilíbrio de modo que as informações relevantes não sejam ocultadas no
processo de agregação (CPC, 2019).
Assim, quanto aos itens relativos ao ativo, encontramos em todas as
empresas industriais contas como caixa e equivalente de caixa, clientes,
estoques, impostos a recuperar, investimentos, imobilizado, intangível, entre
outras contas. As empresas industriais se diferenciam dos outros tipos de
empresas pela sua conta de estoques e impostos a recuperar, as quais pos-
suem características específicas. Quanto aos itens dos passivos, têm-se as
contas de fornecedores, empréstimos, financiamentos, obrigações tributárias,
obrigações legais, e outras contas a serem pagas como exemplos. No caso
das empresas industriais, estas se diferenciam das demais quanto às suas
obrigações tributárias, ou seja, os impostos a serem pagos, como por exem-
plo, o imposto sobre produto industrializado (IPI) — imposto específico para
O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais 5

as empresas industriais. O patrimônio líquido (PL) das empresas é formado


pelo capital social e pelas contas de reservas, as quais possuem orientações
específicas estabelecidas pela Lei nº. 6.404/76. Não há diferença na formação
do PL para as empresas industriais, ou seja, a formação é igual aos outros
tipos de empresas (BRASIL, 2020).
No caso das receitas e despesas, as empresas industriais possuem receitas
relativas às vendas dos seus produtos, assim como o custo dos produtos
que foram vendidos no período e os impostos específicos incidentes para
as empresas industriais, como é o caso do IPI.
O CPC 26 (R1) — Apresentação das demonstrações contábeis, CPC (2011), tem
por objetivo definir a base para a apresentação das demonstrações contábeis,
assegurando a comparabilidade das demonstrações contábeis de períodos
anteriores da mesma empresa e em relação a demonstrações contábeis de
outras empresas. Dessa forma, o CPC 26 estabelece requisitos gerais para a
apresentação das demonstrações contábeis, diretrizes para a sua estrutura
e os requisitos mínimos para seu conteúdo. As alterações trazidas pela Lei
nº. 11.941/09, acarretaram uma nova estrutura para o balanço patrimonial
das entidades que reportam (BRASIL, 2015).

As definições das Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09 devem ser observa-


das por todas as empresas obrigadas a obedecer à Lei nº 6.404/76,
compreendendo não só as sociedades por ações, mas também as demais empre-
sas (sob o ponto de vista contábil), inclusive as empresas por responsabilidade
limitada, independentemente do regime tributário adotado, conforme Conselho
Regional de Contabilidade de Goiás, em seu artigo Contabilidade: novas práticas:
Leis 11.638/2007 e 11.941/2009: roteiro.

As principais alterações promovidas pela Lei nº. 11.941/09, com impactos no


balanço patrimonial e na demonstração do resultado, foram (CRC-GO, 2009):

a) o ativo e o passivo passaram a ser classificados em circulante e não


circulante;
b) extinção do grupo ativo permanente;
c) extinção do subgrupo ativo diferido;
d) criação do subgrupo intangível no ativo não circulante;
e) proibição da prática da reavaliação espontânea de ativos;
f) aplicação, ao final de cada exercício social, do teste de recuperabilidade
dos ativos (ou teste de impairment);
6 O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais

g) registro, em contas de ativo e passivo, dos contratos de arrendamento


mercantil financeiro (leasing);
h) extinção do grupo resultados de exercícios futuros;
i) criação da conta ajustes de avaliação patrimonial, no patrimônio líquido;
j) destinação do saldo de lucros acumulados;
k) alteração da sistemática de contabilização das doações e subvenções
fiscais;
l) alteração da sistemática de contabilização dos prêmios nas emissões
de debêntures;
m) extinção da classificação das receitas e despesas em operacionais e
não operacionais.

Além do impacto na estrutura e na forma de apresentação do balanço


patrimonial e da demonstração do resultado, a Lei nº 11.941/09 trouxe
outras alterações nos procedimentos e práticas contábeis, tais como:
a) substituição da demonstração das origens e aplicações de recursos pela
demonstração dos fluxos de caixa, no conjunto das demonstrações contá-
beis obrigatórias;
b) obrigatoriedade da elaboração da demonstração do valor adicionado pelas
companhias de capital aberto;
c) criação do regime tributário de transição;
d) implantação da apuração do ajuste a valor presente de elementos do ativo
e do passivo.
Faça a leitura do artigo Contabilidade: novas práticas: Leis 11.638/2007 e
11.941/2009: roteiro, do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás.

As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da po-


sição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade, com o objetivo
de proporcionar informações sobre a posição patrimonial e financeira, o
desempenho e os fluxos de caixa, e apresentar os resultados da atuação da
administração das empresas, devendo ser elaboradas, pelo menos, anual-
mente. Essas informações são retratadas por meio dos ativos, dos passivos, do
patrimônio líquido, das receitas e despesas, das alterações no capital próprio
da empresa e dos fluxos de caixa. Nas empresas industriais não é diferente;
elas também informam às partes interessadas sua situação por meio dessas
informações, as quais são transmitidas com as demonstrações contábeis.
Para empresas de grande porte, o conjunto completo de demonstrações
contábeis inclui: balanço patrimonial; demonstração do resultado; demons-
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tração do resultado abrangente; demonstração das mutações do patrimônio


líquido; demonstração dos fluxos de caixa; notas explicativas; e demonstração
do valor adicionado. Portanto, o CPC 26 requer determinadas divulgações no
balanço patrimonial, na demonstração do resultado abrangente, na demons-
tração do resultado e na demonstração das mutações do patrimônio líquido
e de outros itens nessas demonstrações contábeis ou nas notas explicativas.
As informações requeridas pelo CPC 26 são um padrão para todas as em-
presas, independentemente da sua atividade. Porém cada ramo de negócio
possui transações próprias de suas atividades, como é o caso das empresas
industriais. O CPC 26 determina uma estrutura para as demonstrações com
a finalidade de mitigar as possíveis diferenças na sua apresentação. Assim,
essas diferenças ficam disponíveis nas notas explicativas.
O CPC 26 estabelece que o Balanço Patrimonial deve apresentar as contas
relativas a: caixa e equivalentes de caixa; clientes e outros recebíveis; estoques;
ativos financeiros; ativos classificados como disponíveis para venda e ativos à
disposição para venda; ativos biológicos; investimentos avaliados pelo método
da equivalência patrimonial; propriedades para investimento; imobilizado;
intangível; contas a pagar; provisões; obrigações financeiras; obrigações e
ativos relativos à tributação corrente; impostos diferidos ativos e passivos;
obrigações associadas a ativos à disposição para venda; participação de não
controladores apresentada de forma destacada dentro do patrimônio líquido;
capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos proprietários da
entidade. Verifique no quadro a seguir uma estrutura simplificada do balanço
patrimonial e alguns exemplos de contas (IUDÍCIBUS; MARTINS, 2019).

Alfenas S.A.
Balanço patrimonial em 31/01/202X1
Em $ mil

Ativo Passivo e patrimônio líquido

Caixa 1.000 Passivo

Bancos 800 Contas a pagar 3.500

Contas a pagar 3.000 Fornecedores 1.800 5.300

Estoques de 3.000 Patrimônio líquido


materiais

Terrenos 1.700 Capital 4.000

(Continua)
8 O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais

(Continuação)

Alfenas S.A.
Balanço patrimonial em 31/01/202X1
Em $ mil

Ativo Passivo e patrimônio líquido

Veículos 500 Lucros acumulados 700 4.700

Total 10.000 Total 10.000

O quadro traz um balanço patrimonial simplificado. Nas grandes empresas


a estrutura do balanço é mais complexa e com uma quantidade muito maior de
contas. Nas empresas industriais existem algumas contas específicas, como, por
exemplo, a conta de estoques no ativo, a qual é formada por outras subcontas,
como estoque de produtos acabados, estoque de produtos em elaboração, esto-
que de matéria-prima, estoque de material de embalagens, entre outras. Outro
exemplo de contas específicas para as empresas industriais é a subconta de IPI
a recuperar no ativo, a qual se encontra agrupada na conta impostos a recuperar.
Essas informações podem ser encontradas nas notas explicativas das empresas.
Verifique a seguir um exemplo de balanço patrimonial para as empresas industriais.

Ativo Passivo

20X2 (R$) 20X1 (R$) 20X2 (R$) 20X1 (R$)

Circulante Circulante
Caixa e equivalente de caixa Fornecedores
Clientes Empréstimos
Estoques Salários a pagar
Estoque de produtos acabados Obrigações tributárias
Estoque de produtos em elaboração Obrigações legais
Estoque de matéria-prima
Estoque de materiais de embalagens
Impostos a recuperar
IPI a recuperar

Não circulante Não circulante


Realizável a longo Financiamentos
prazo
Investimentos Patrimônio
Imobilizado líquido
Intangível Capital social
Reserva legal
Outras reservas
O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais 9

A demonstração do resultado deve apresentar o total do resultado do


período, assim como o resultado do período atribuível à participação de não
controladores e sócios da controladora. O CPC 26 e a Lei nº. 6.404/76 deter-
minam que a demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir:
receitas, apresentando separadamente receita de juros calculada utilizando o
método de juros efetivos; ganhos e perdas; custos de financiamento; parcela
dos resultados de empresas investidas, reconhecida por meio do método da
equivalência patrimonial; tributos sobre o lucro; custo dos produtos, das mer-
cadorias ou dos serviços vendidos; lucro bruto; despesas com vendas, gerais,
administrativas e outras despesas e receitas operacionais; resultado antes das
receitas e despesas financeiras; resultado antes dos tributos sobre o lucro;
resultado líquido do período. Verifique a seguir uma estrutura simplificada da
demonstração do resultado para as empresas de forma generalizada (CPC, 2019).

Receitas X

Custo dos produtos e serviços vendidos (X)

Lucro bruto X

Outras receitas X

Despesas de vendas (X)

Despesas administrativas (X)

Outras despesas (X)

Resultado antes dos tributos X

No caso das empresas industriais, a demonstração do resultado segue a


mesma estrutura apresentada. Porém, por se tratar de um ramo de atividade
específico, algumas contas dessa demonstração são diferentes das demais
empresas. A demonstração do resultado é iniciada pela receita bruta de ven-
das, da qual subtraímos os impostos, encontrando a receita líquida. No caso
das empresas industriais, dentre esses impostos temos o IPI, o qual é típico
para o ramo de atividade. Da receita líquida subtraímos o custo do produto
vendido (CPV), encontrando, por sua vez, o lucro bruto. O custo do produto
vendido é uma conta característica das empresas industriais, enquanto
que nas empresas do ramo comercial denominamos custo da mercadoria
vendida (CMV), e nas empresas de prestação de serviços denominamos custo
do serviço prestado (CSP). Nas notas explicativas das empresas industriais,
encontramos o CPV sendo composto pelo custo dos materiais utilizados e
pela mão de obra, por exemplo.
10 O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais

Demonstrações contábeis nas empresas


industriais
Iudícibus e Martins (2019) explicam que as informações fornecidas pela
contabilidade só terão utilidade desde que satisfaçam às necessidades da
administração ou de outros interessados, e não apenas às do contador.
Sabe-se que as demonstrações contábeis, ou seja, balanço patrimonial, de-
monstração de resultados, demonstração dos fluxos de caixa, demonstração
do valor adicionado e outras, são o resultado do processo de escrituração.
Assim, a rotina contábil tem por finalidade inserir os dados colhidos nessas
demonstrações, as quais devem ainda ser interpretadas a fim de proporcionar
à administração e aos demais interessados informações relevantes para as
tomadas de decisões.

Balanço patrimonial nas empresas industriais


Iudícibus e Martins (2019) afirmam que o balanço patrimonial é uma das mais
importantes demonstrações contábeis, por meio do qual se pode apurar a
situação patrimonial e financeira de uma empresa em determinado momento
e no qual se encontram claramente evidenciados o ativo, o passivo e o pa-
trimônio líquido da entidade. Assim, convencionalmente classificamos os
componentes do ativo no lado esquerdo do balanço patrimonial, enquanto
que os componentes do passivo estão localizados no lado direito do balanço
patrimonial. O patrimônio líquido é definido como a diferença entre o valor do
ativo e o valor do passivo, isto é, os bens e direitos menos as obrigações de
uma empresa. Verifique a seguir a equação fundamental da contabilidade e
sua relação com o ativo e o passivo de uma entidade, de acordo com Iudícibus
e Martins (2019):

Ativo = passivo + patrimônio líquido

(lado esquerdo) (lado direito)

Geralmente nos referimos ao ativo como sendo os bens e os direitos da


entidade. Assim, os bens da entidade podem ser tangíveis ou intangíveis.
Os bens tangíveis podem ser definidos como os bens corpóreos, palpáveis
e que têm forma física, como, por exemplo, estoques, veículos, equipa-
mentos, móveis e utensílios, e edifícios e construções. Ao passo que os
bens intangíveis podem ser definidos como os bens incorpóreos e que não
O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais 11

possuem forma física de representação, ou seja, marcas e patentes, direitos


autorais, softwares e outros. Por sua vez, os direitos são valores a serem
recebidos de terceiros, como as contas a receber, as quais representam
um direito para a empresa decorrente de uma venda a prazo, ou seja,
o cliente pagará à empresa no futuro (IUDÍCIBUS; MARTINS, 2019). Entre
as contas específicas para as empresas industriais, temos as contas de
estoques, por exemplo, a qual é formada por estoques de matéria-prima,
estoques de produtos em elaboração, estoques de produtos acabados,
estoques de materiais de embalagens, entre outras. Essas contas não
são encontradas em empresas dos ramos de comércio ou de prestação
de serviços, pois elas não estão envolvidas com a fabricação de produtos.
Outra conta de grande relevância para as empresas industriais é a conta
do imobilizado, a qual trata-se das máquinas e equipamentos envolvidos
no processo produtivo da empresa. Normalmente, essas contas possuem
valores elevados nas empresas industriais, devido à quantidade de má-
quinas e equipamentos envolvidos na produção e ao nível tecnológico
demandado para a fabricação.
Em contrapartida, geralmente nos referimos ao passivo como sendo as
obrigações a pagar, ou seja, os valores que a empresa deve a terceiros, como,
por exemplo, contas a pagar, fornecedores, salários a pagar, impostos a pagar
e financiamentos (IUDÍCIBUS; MARTINS, 2019). As contas dos passivos são as
mesmas para todas as empresas, independentemente do ramo de atividade.
A única exceção encontrada nas empresas industriais é relativa aos impostos
a serem pagos, pois o IPI é um imposto específico para os produtos dessas
empresas. Assim como ocorre em outras contas do balanço patrimonial, os
valores específicos de cada imposto a ser pago pela empresa são encontrados
nas notas explicativas.

Demonstração do resultado nas empresas


industriais
A demonstração do resultado é a fonte principal de informações sobre o
desempenho financeiro da entidade para o período de relatório, pois essa
demonstração contém um total para o resultado, ou seja, lucro ou prejuízo,
fornecendo uma representação altamente resumida do desempenho financeiro
da entidade para o período. De forma resumida, essa demonstração apresenta
as receitas e as despesas decorrentes das operações realizadas pela empresa,
durante o exercício social, com o objetivo de demonstrar a composição do
resultado líquido do período (CPC, 2019; IUDÍCIBUS; MARTINS, 2019).
12 O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais

As receitas são definidas como os aumentos nos ativos, ou reduções nos


passivos, que resultam em aumento no patrimônio líquido, exceto aqueles
referentes a contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio. Em
contrapartida, as despesas são definidas como as reduções nos ativos, ou
aumentos nos passivos, que resultam em reduções no patrimônio líquido,
exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de direitos sobre
o patrimônio, conforme CPC (2019). Nas empresas industriais suas receitas
são provenientes das vendas dos produtos fabricados. A receita das ven-
das é subtraída pelo custo do produto vendido, conta característica das
empresas industriais, o qual é formado por custo da matéria-prima, custo
de materiais de embalagens, mão de obra envolvida no processo produtivo,
entre outros itens ligados à produção. Os custos relacionados às vendas
são diferenciados em empresas dos ramos de comércio e de prestação de
serviços, sendo denominados de custo da mercadoria vendida e custo do
serviço prestado, respectivamente. As demais despesas incorridas, tais
como despesas de vendas, gerais e administrativas, são as mesmas para
todas as empresas.
Como a demonstração do resultado é a fonte principal de informações
sobre o desempenho financeiro da entidade para o período, todas as receitas
e despesas são, a princípio, incluídas nessa demonstração. Dessa forma, todas
as empresas, sejam elas industriais ou não, devem apresentar as mutações
do patrimônio líquido reconhecidas em cada exercício que não representem
transações entre a empresa e seus sócios na demonstração do resultado
(CPC, 2019; IUDÍCIBUS; MARTINS, 2019).
As receitas e as despesas também devem ser classificadas de acordo com
suas características compartilhadas. No caso das receitas e das despesas,
o CPC 00 estabelece que a classificação é aplicada: às receitas e despesas
resultantes da unidade de conta selecionada de ativo ou passivo; ou aos
componentes dessas receitas e despesas se esses componentes tiverem
características diferentes e forem identificados separadamente. Além disso,
o CPC 26 estabelece que a empresa deve apresentar na demonstração do
resultado as despesas incorridas utilizando uma classificação baseada na
sua natureza ou na sua função dentro da entidade, devendo eleger o critério
que proporcionar informação confiável e mais relevante, obedecidas as
determinações legais. A Lei nº. 6.404/76, Brasil (2020), (atualizada pelas Lei
nº. 11.638/07 e Lei nº. 11.941/09) determina que, no Brasil, as empresas de
capital aberto devem apresentar as despesas de acordo com sua função
na demonstração de resultado. Veja como a demonstração do resultado é
estruturada:
O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais 13

Demonstração do resultado do período

20X2 (R$) 20X1 (R$)

Receita líquida XXXX XXXX


Custo do produto vendido (XXX) (XXX)
Lucro bruto XXXX XXXX
Despesas de vendas (XXX) (XXX)
Despesas administrativas (XXX) (XXX)
Outras receitas/despesas operacionais (+/-) XXX (+/-) XXX
Lucro operacional antes do resultado XXXX XXXX
financeiro XXX XXX
Receitas financeiras (XXX) (XXX)
Despesas financeiras XXXX XXXX
Lucro antes do imposto de renda e da (XXX) (XXX)
contribuição social (LAIR) XXXX XXXX
Imposto de renda e contribuição social
Lucro líquido do exercício

Para as empresas industriais, temos uma conta específica na demons-


tração do resultado, o custo do produto vendido. Esta conta é diferenciada
nas empresas comerciais, a qual é denominada custo da mercadoria vendida,
enquanto que nas empresas de prestação de serviços é denominada custo
do serviço prestado. Essa diferença ocorre por conta das características dos
ramos empresariais. No caso das empresas industriais, esta é responsável
pelo processo produtivo, ou seja, a empresa compra as matérias-primas e
as transforma nos produtos que serão comercializados. Logo, as indústrias
estão na base dessa cadeia. Veja um exemplo com o início da demonstração
de resultado de uma indústria fictícia, assim como a composição do custo
do seu produto:

Demonstração do resultado R$

Receita líquida 415.900


Custo dos produtos vendidos (249.300)
Lucro bruto 166.600

Composição do custo dos produtos vendidos R$

Custo dos produtos vendidos 249.300

Matéria-prima 185.919
Material de embalagem 27.781
Custos com pessoal 35.600
14 O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais

O produto fabricado pela indústria, será, pois, comercializado pelas em-


presas do ramo de comércio, passando a serem denominados de mercadoria
(por isso, custo das mercadorias vendidas). As mercadorias são produtos
adquiridos pelas empresas para revenda — típico de empresas comerciais.
No caso de empresas de prestação de serviços, a conta passa a ser chamada
de custo dos serviços prestados (CSP), ou seja, os gastos realizados para a
prestação de determinado serviço ofertado pela empresa. O custo dos serviços
prestados normalmente é composto pelos insumos utilizados na prestação
dos serviços, assim como a mão de obra envolvida.

Critérios de classificação das contas de


ativos e passivos nas empresas industriais
O ativo é definido como um direito com o potencial de produzir benefícios
econômicos, o qual é controlado no presente pela empresa e é resultado de
eventos ocorridos no passado (CPC, 2019).
Contudo, o CPC 00 estabelece que, para melhorar a compreensibilidade
das demonstrações contábeis, as contas de ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas ou despesas devem ser apresentadas com base em carac-
terísticas compartilhadas. Essa apresentação das contas de acordo com suas
características semelhantes é denominada classificação, que é aplicada à
unidade de conta selecionada para ativo ou passivo. A classificação das
contas dos ativos e passivos diz respeito à sua separação em circulante e
não circulante (CPC, 2019).
Classificam-se como circulante os ativos que a empresa: espera que sejam
realizados; pretende que sejam vendidos ou consumidos no decurso normal
do ciclo operacional da entidade; estão mantidos essencialmente com o
propósito de serem negociados; espera que sejam realizados até doze meses
após a data do balanço; ou são caixa ou equivalente de caixa, segundo o CPC
(2019). Temos como exemplos específicos para as empresas de ativo circulante
a conta estoques, a qual é constituída pelas subcontas estoque de produtos
acabados, estoque de produtos em elaboração, estoque de matérias-primas,
e estoque de materiais de embalagem, e a subconta IPI a recuperar, a qual
faz parte do grupo impostos a recuperar.
Quando o ativo não se enquadra nos critérios de circulante, devem então
ser classificados como não circulantes. Os ativos não circulantes são subdi-
vididos em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível
(CPC, 2019). Dos ativos não circulantes, temos como principal conta para as
O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais 15

empresas industriais a conta imobilizado, pois nela estão escrituradas todas as


máquinas e equipamentos envolvidos na fabricação do produto nas empresas
industriais. Normalmente, essa é uma conta de valor considerável e com bas-
tante representatividade no balanço patrimonial, uma vez que a quantidade
e o nível tecnológico necessários para garantir a manutenção da indústria e
a qualidade do produto fabricado demandam altas aplicações de recursos.
De forma análoga, os passivos também devem ser classificados como circu-
lantes ou não circulantes. Os passivos devem ser classificados como circulantes
quando: espera-se que sejam liquidados durante o ciclo operacional normal da
entidade; estão mantidos essencialmente para a finalidade de serem negocia-
dos; devem ser liquidados no período de até 12 meses após a data do balanço;
ou quando a empresa não tem direito incondicional de diferir a liquidação
do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Assim,
todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes e são
apresentados no balanço em ordem decrescente ao nível de exigibilidade (CPC,
2019). Ao comparar as empresas industriais com empresas de comércio ou de
prestação de serviços, não se encontram grandes diferenças entre os itens dos
passivos dessas empresas. Apenas nas empresas industriais encontra-se a
subconta IPI a pagar, agregada à conta impostos a pagar no passivo circulante.
Isso ocorre pois o IPI é um imposto específico das empresas industriais.
Verifique no Quadro 2 o balanço patrimonial generalizado com a classi-
ficação em circulante e não circulante, assim como características dessas
classificações.

Quadro 2. Balanço patrimonial

Ativo Passivo e PL

Circulante — tudo que se Circulante — todas as obrigações que


transformará em dinheiro no curto serão pagas no curto prazo (até 1 ano).
prazo (até 1 ano).

Não circulante Não circulante


Realizável a longo prazo — tudo que Exigível a longo prazo — todas as
se transformará em dinheiro no longo obrigações que serão pagas no longo
prazo (> 1 ano). prazo (> 1 ano).

Investimentos; imobilizado; Patrimônio líquido: capital; reservas de


intangível lucro

Não se destinam à venda. Não vai ser pago, não é obrigação


exigível.

Fonte: Adaptado de Iudícibus e Martins (2019).


16 O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais

Além da classificação das contas de ativos e passivos em circulante e


não circulante, o CPC 00 também estabelece que as contas que possuem
características compartilhadas e são incluídas na mesma classificação
devem ser agregadas. Isso ocorre porque a agregação torna as informações
mais úteis ao resumir grande quantidade de detalhes (CPC, 2019). Verifique a
seguir um exemplo de apresentação de balanço patrimonial com as contas
agregadas de acordo com suas características compartilhadas e de mesma
classificação:

Ativo Passivo

20X2 (R$) 20X1 (R$) 20X2 (R$) 20X1 (R$)

Circulante Circulante

Caixa e equivalente Fornecedores


de caixa

Clientes Empréstimos

Estoques Não circulante

Impostos a Financiamentos
recuperar

Não circulante Participação


de não
controladores

Realizável a longo Patrimônio


prazo líquido

Investimentos Capital social

Imobilizado Reserva legal

Intangível Outras reservas

Contudo, através da estrutura de apresentação do balanço patrimonial


exigida pelo CPC 26 (ver quadro anterior), não é possível identificar se a
entidade que reporta é uma empresa do ramo industrial, comercial ou de
prestação de serviço. Isso ocorre por conta da agregação de contas, a qual
oculta alguns desses detalhes. Assim, além dessas informações explícitas no
balanço patrimonial, a empresa deve divulgar, seja no balanço patrimonial
seja nas notas explicativas, rubricas adicionais às contas apresentadas (isto
O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais 17

é, as subclassificações) classificadas de forma adequada às operações da


entidade (CPC, 2019). Um exemplo dessas subclassificações específicas para
as empresas industriais é a conta de estoques, em que nas notas explicativas
da empresa encontramos essa conta subdividida em produtos acabados e
produtos em elaboração. Assim, encontramos essas subclassificações nas
notas explicativas das empresas industriais. Verifique abaixo um exemplo
de como essas informações estão apresentadas nas notas explicativas das
empresas industriais.

R$

Produtos acabados 434.832

Matérias-primas e materiais de embalagem 64.050

Materiais auxiliares 11.215

Produtos em elaboração 32.346

Estoques 542.443

Outro exemplo de classificação de contas de acordo com suas caracte-


rísticas compartilhadas em empresas industriais é a conta de impostos a
recuperar. As contas relativas a impostos a serem recuperados encontram-se
no ativo circulante das empresas. Quanto às empresas industriais, temos
o imposto sobre os produtos industrializados (IPI), imposto específico
para as empresas desse ramo de atividade. Assim, quando uma empresa
industrial possui IPI a recuperar, este será classificado no ativo circulante.
Essas subclassificações dos impostos podem ser encontradas nas notas
explicativas das empresas industriais. Verifique a seguir um exemplo de
como essas informações estão apresentadas nas notas explicativas das
empresas industriais.

R$

ICMS a compensar 234.923

PIS e COFINS a compensar 3.206

IPI a recuperar 20.347

Impostos a recuperar 258.476


18 O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais

Referências
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
Brasília: Presidência da República, 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l6404consol.htm. Acesso em: 19 jan. 2021.
BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei
no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e
estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação
de demonstrações financeiras. Brasília: Presidência da República, 2007. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm. Acesso
em: 19 jan. 2021.
BRASIL. Lei nº 11.941, de 28 de dezembro de 2009. Altera a legislação tributária federal
relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos
em que especifica; institui regime tributário de transição [...]. Brasília: Presidência
da República, 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/lei/l11941.htm. Acesso em: 19 jan. 2021.
CPC. Pronunciamento Técnico CPC 00 (R2): estrutura conceitual para relatório financeiro.
Brasília: CPC, 2019. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
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CPC. Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1): apresentação das demonstrações contábeis.
Brasília: CPC, 2011. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57. Acesso em: 19 jan. 2021.
CRC-GO. Contabilidade: novas práticas: Leis 11.638/2007 e 11.941/2009: roteiro. Jusbrasil,
2009. Disponível em: https://crc-go.jusbrasil.com.br/noticias/1912719/contabilidade-
-novas-praticas-leis-11638-2007-e-11941-2009-roteiro. Acesso em: 19 jan. 2021.
IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E. (coord.) Contabilidade introdutória. 12. ed. São Paulo: Atlas,
2019.
PORTAL DE CONTABILIDADE. Balanço patrimonial. Portal de Contabilidade, [2020].
Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/balancopatrimonial.
htm. Acesso em: 19 jan. 2021.

Leituras recomendadas
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade de custos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Portal Tributário, [2019]. Disponível
em: http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html. Acesso em: 19 jan. 2021.
GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER, P. C. Contabilidade gerencial. 14. ed. Porto
Alegre: AMGH, 2013.
GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades
de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
IMPOSTO DE RENDA: pessoa jurídica. Portal Tributário, [2018]. Disponível em: http://
www.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html. Acesso em: 19 jan. 2021.
IPI — Imposto sobre Produtos Industrializados. Portal Tributário, [2019]. Disponível
em: http://www.portaltributario.com.br/tributos/ipi.html. Acesso em: 19 jan. 2021.
O balanço patrimonial e a DRE nas empresas industriais 19

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