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LEI 11.

638 – ESTUDO PRÁTICO DOS


ASPECTOS CONTÁBEIS

(COM A LEI 11.941 DE 27/05/2009)

PROF. ARMANDO M. BORELY


Armando.borely@globo.com
(11/07/2009)

1
SUMÁRIO

• Objetivos da lei 11.638/07


• Principais modificações
• Modelos de Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do
Exercício
• Aspectos contábeis
• Lei 11.941 de 27/05/2009
• Deliberação CVM 565/08 – Adoção Inicial das leis 11.638/07 e
11.941/09
• Res. CFC 1.159 de 13/02/2009
• Conclusão
• Encerramento e discussão
• Bibliografia

2
OBJETIVOS DA LEI 11.638/07
• Altera e revoga dispositivos da Lei 6.404/76 e da lei 6.385/76 e
estende às sociedades de grande porte disposições relativas à
elaboração e divulgação das demonstrações financeiras.

• Artigos alterados: 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 e
248 da lei 6.404/76.

• Harmonizar as normas contábeis praticadas no Brasil com as


normas internacionais.

• Facilitar o entendimento das demonstrações financeiras das


empresas brasileiras e, consequentemente, maior captação de
recursos originados tanto de investidores nacionais como de
internacionais.

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BIBLIOGRAFIA
• Contabilidade Geral – Introdução à Contabilidade Societária
(Natan Szuster, Ricardo Lopes e outros – Ed.Atlas – 2ª ed. 2008)
• CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis
• CVM – Instrução 469 de 02/05/08
• CVM – Comunicado ao mercado – 14/01/2008
• CVM – Comissão de Valores Mobiliários – Deliberação 565/08
• Lei 11.638/2007
• Manual de Contabilidade das S/As (7 ed.)
• Manual de Contabilidade das S/As (suplemento da 7 ed.)
• Lei 11.941 de 27/05/2009
• Sites:
• CFC
• CPC
• CVM
• IASB

4
RESUMO DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
• Classificação do ativo e passivo em circulante e não circulante
• Extinção do grupo Ativo Permanente
• Extinção do subgrupo de Ativo Diferido (Lei 11.941/09))
• Criação do grupo Ativo Intangível no Ativo Não Circulante
• Proibição da reavaliação espontânea de ativos
• Aplicação do teste de recuperabilidade dos ativos
• Registro no ativo e no passivo dos contratos de arrendamento mercantil financeiro
(“Leasing”)
• Extinção do grupo de Res. Exercícios Futuros (Lei 11.941/09))
• Criação de Ajuste de Avaliação Patrimonial no PL
• Destinação integral do saldo de Lucros Acumulados
• Alteração da contabilização das doações e subvenções
• Alteração da contabilização dos Prêmios nas emissões de debêntures
• Extinção da classificação das receitas e despesas não operacionais
• Substituição da DOAR pela DFC
• Elaboração da DVA (Empresas abertas)
• Apuração do ajuste a valor presente
• Criação do Regime Tributário de Transição (RTT) – FCONT - Lei 11.941/09

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PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS

• As empresas devem elaborar em 01/01/2008 (data de transição) um


BP para refletir as novas práticas contábeis adotadas no Brasil,
caso optem por apresentar demonstrações comparativas com
31/12/2008.
• O RTT vigorará até entrada de lei que discipline os efeitos
tributários dos novos métodos e critérios contábeis.
• Válido para o biênio 2008-2009.
• Manifestada a opção na Declaração de Informações Econômico-
Fiscais da PJ – 2009 será irretratável.
• O RTT será obrigatório a partir do ano calendário 2010 (IR real,
presumido e arbitrado; CSLL; PIS-PASEP e Cofins).
• As alterações introduzidas pela lei 11.638 e os artigos 36 e 37 da lei
11.941/09 não terão efeito no lucro real das PJs sujeitas ao RTT,
devendo ser considerados os critérios e métodos vigentes em
31/12/2007.

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PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art.176. Ao fim de cada exercício social, a Art.176. Ao fim de cada exercício social, a
Diretoria fará elaborar ... Diretoria fará elaborar ...
I. Balanço patrimonial; I. Balanço patrimonial;
II. Demonstração dos lucros ou prejuízos II. Demonstração dos lucros ou prejuízos
acumulados; acumulados;
III. Demonstração de resultado do III.Demonstração de resultado do
exercício; exercício;
IV. Demonstração das origens e aplicações IV.Demonstração dos fluxos de caixa; e
de recursos. V.Se companhia aberta, demonstração do
valor adicionado.

§ 6º A companhia fechada, com § 6º A companhia fechada, com patrimônio


patrimônio líquido, na data do balanço, líquido, na data do balanço, não superior
não superior a R$ 1.000.000,00 (um a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de
milhão de reais) não será obrigada à reais) não será obrigada à elaboração e
elaboração e publicação da publicação da demonstração de fluxo de
demonstração das origens e caixa.
aplicações de recursos.

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Demonstração de fluxo de Caixa - Método Direto
Ativ. Operacionais
Rec.Clientes 29.500
Receb. Juros 5.300
Pagamentos
Fornec.mercadorias (10.000)
Impostos (2.000)
Salários (21.000)
Juros (3.600)
Caixa Líq.ativ.operac. (1.800)
Ativ. Investimentos
Rec.Venda Imobilizado 15.000
Pag.aquis.Imobilizado (20.000)
Caixa Líq.Investimentos (5.000)
Ativ.de Financiamentos
Aumento Capital 20.000
Distrib.dividendos (1.500)
Caixa Líq.Financ. 18.500
Aumento Líq.Caixa 11.700
Saldo anterior caixa 5.600
Saldo final de caixa 17.300 8
Demonstração de fluxo de caixa - Método Indireto
Atividades Operacionais
Lucro líquido 3.900
Mais: depreciação 1.500
Menos: Lucro venda imobil. (3.000)
Lucro ajustado 2.400
Aumento dup.receber (10.000)
Aumento estoques (3.000)
Aumento fornecedores 16.500
Redução salários a pagar (7.700) (4.200)
Caixa Líq.Ativ.Operacionais (1.800)
Atividades de Investimentos
Receb.venda imobilizado 15.000 (5.000)
Pagamento aquis.imobilizado (20.000)
Atividades de Financiamento
Aumento de capital 20.000 18.500
Distribuição dividendos (1.500)

Aumento líq.disponibilidades 11.700


Saldo anterior caixa 5.600
Saldo final de caixa 17.300 9
Modelo de DVA
Demonstração do Valor Adicionado
Início Final
Receitas Operacionais

( - ) ou ( + ) PCLD – Reversão/Constituição

+ Receitas Não Operacionais

- Insumos adquiridos de terc.

= Valor Adicionado Bruto

( - ) Depreciação, amort., exaustão

= Valor Adic. Liq. Produzido pela Entidade

+ ou ( - ) Result. Equiv. Patrimonial

+ Receitas financeiras

= Valor Adicionado a distribuir 10


Modelo de DVA
Distribuição do Valor Adicionado

Início Final

Pessoal e encargos

Tributos

Juros e aluguéis

Juros s/ capital próprio/dividendos

Lucros retidos

Total distribuído

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PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art. 178. (Classificação contas no BP) Art. 178. (Classificação contas no BP)
§ 1º § 1º
c) Ativo permanente, dividido em c) Ativo permanente, dividido em
investimentos, ativo imobilizado e ativo investimentos, ativo imobilizado,
diferido. intangível e ativo diferido.

§ 2º No passivo, as contas serão


classificadas nos seguintes grupos: § 2º No passivo, as contas serão
a) classificadas nos seguintes grupos:
b) a)
c) b)
d) Patrimônio líquido, dividido em capital c)
social, reservas de capital, reservas d) Patrimônio líquido, dividido em capital
de reavaliação, reservas de lucros e social, reservas de capital, ajustes de
lucros ou prejuízos acumulados. avaliação patrimonial, reservas de
lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados.

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Aspectos contábeis - Intangível
- Bens incorpóreos (marcas, patentes, concessões, direitos de franquias, direitos autorais, ágio
por conta de expectativa de rentabilidade futura – fundo de comércio – “goodwill”)

- Contabilização do ágio:
D – Investimentos (MEP – valor de mercado)
D – Ágio p/ rentab. Futura (Intangível)
C – Bancos

OBS.: A empresa deverá manter o critério de amortização que vinha adotando (Exceto o Ágio
por expectativa de rentabilidade futura), a não ser que pronunciamento específico determine de
forma diferente.

D – Amortização (desp.operac.)
C – Amort.acumulada (retif.ativo)
(Obs.: Exceto rentabilidade futura)

- Pesquisa e Desenvolvimento:
Intangível somente quando demonstrada a viabilidade técnica e comercial dos produtos e,
recursos suficientes para produção e comercialização. Caso contrário, são contabilizados como
despesas.

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PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art. 179. (Contas do ativo) Art. 179. (Contas do ativo)
IV – no ativo imobilizado: os direitos que
IV – no ativo imobilizado: os direitos que
tenham por objeto bens corpóreos
tenham por objeto bens destinados à destinados à manutenção das
manutenção das atividades da atividades da companhia e da
companhia e da empresa, ou empresa, ou exercidos com essa
exercidos com essa finalidade, finalidade, inclusive os decorrentes
inclusive os de propriedade industrial de operações que transfiram à
ou comercial; companhia os benefícios, riscos e
controle desses bens;

V – no diferido: as despesas pré-


V – No ativo diferido: as aplicações de operacionais e os gastos de
recursos em despesas que reestruturação que contribuirão,
contribuirão para a formação do efetivamente, para o aumento de
resultado de mais de um exercício mais de um exercício social e que
social, inclusive os juros pagos ou não configurem tão-somente uma
creditados aos acionistas durante o redução de custos ou acréscimo na
período que anteceder o início das eficiência operacional;
operações sociais. Obs.: A Lei 11.941/09 extinguiu esse
grupo de contas.

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Ativo Imobilizado

Transação com imobilizado:


Valor de custo: 3.000
Valor de venda: 5.000, sendo $ 1.000 à vista e 5 parcelas anuais de $ 800
Taxa de juros anual: 20%
Obs.: Não consideramos a depreciação. O registro será efetuado
normalmente considerando o prazo de vida útil (econômica) do ativo
reduzindo-se o valor residual.

(Adaptado: www.cfc.fipecafi.org/palestra/player.asp) - Ajuste a Valor Presente

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Ativo Imobilizado

Temos a seguinte planilha de amortização:

Período Juros Amortização Prestação


À vista 0 1.000 1.000
1º ano 133 667 800
2º ano 245 555 800
3º ano 338 462 800
4º ano 414 386 800
5º ano 478 322 800

Total 1.608 3.392 5.000

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TABELA - CÁLCULOS
1. Uso da HP 12 C:
800PMT 5N 20i PV n = 2.392
800FV 5N 20i PV = 322
800FV 4N 20i PV = 386
800FV 3N 20i PV = 462
800FV 2N 20i PV = 555
800FV 1N 20i PV = 667

2. Utilizando a matemática financeira:


n
M = C (1 + i)
n 5
C = M / (1 + i) = 800 / (1 + 0,20) = 322
4
C = 88 / 1,20 = 386, ...

17
Ativo Imobilizado

Contabilização do vendedor:

D – Caixa 1.000
D – C.Receber – Principal 2.392
D – C.Receber – Juros 1.608
C – Imobilizado 3.000
C - Result. Venda Ativo 392
C – Receita Financeira a apropriar – juros 1.608

Obs.: 1. Considerar os valores de curto e longo prazo


2. Apropriar as contas retificadoras do ativo como receita em cada
um dos exercícios (vide planilha)

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Ativo Imobilizado

Contabilização do comprador:

D – Imobilizado 3.392
D – Juros a transcorrer 1.608
C – Caixa 1.000
C – Financiamento – Principal 2.392
C - Financiamento – juros 1.608

Obs.: 1. Considerar os valores de curto e longo prazo


2. Apropriar a conta retificadora do passivo como despesa em cada
um dos exercícios (vide planilha)

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ASPECTOS CONTÁBEIS – Arrendamento Mercantil

• Em 02/01/2010 a Cia. ABC firmou um contrato de arrendamento mercantil


de um veículo:
• Dados:
Prazo: 48 meses
Valor nominal das prestações: $ 800,00
Tempo de vida útil econômica: 60 meses
Taxa de juros: 1,00005 % a m
Valor de mercado à vista (fair value): $ 30.875,00
Valor residual garantido na opção de compra: $ 800,00
Valor estimado do bem na data da opção: $ 12.000

(Adaptado de: Contabilidade Geral. Ricardo Lopes Cardoso e outros. Ed.Atlas. 2008. 2ª edição. P 367)

20
PAGAMENTOS – Arrendamento Mercantil

Amortização Juros Total

1º ano 6.230 3.370 9.600

2º ano 7.020 2.580 9.600


13.250 5.950 19.200

3º ano 7.911 1.689 9.600

4º ano 9.714 686 10.400


17.625 2.375 39.200
30.875 8.325 39.200
21
Planilha detalhada - Elaboração

Valor dívida Pagamento Juros Amortização

0 30.875,00 - - -

1 30.383,77 800,00 308,77 491,23

2 29.887,62 800,00 303,85 496,15

... ... ... ... ...

... ... ... ... ...

48 0 1.600,00 15,84 1.584,16

0 39.200,00 8.325,00 30.875,00

22
Cálculos
1. Uso da HP 12C
• 800PMT 1,00005i 49n PV = 30.870,11
• 800FV 1,00005i 49n PV = 491,28
• 800FV 1,00005i 48n PV = 496,20
• 800FV 1,00005i 1n PV = 792,08 x 2 = 1.584,16

2. Uso da matemática financeira:


1
• C (49) = 800 / (1,0100005) = 792,08 x 2 = 1.584,16
49
• C (1) = 800 / (1,0100005) = 491,28
48
• C (2) = 800 / (1,0100005) = 496,20

• C = 800 x 38,59375 (a) = 3.875,00


(a) – Utilizamos o Sistema Francês de Amortização sem prazo de carência e com prazo de utilização
unitário. Neste caso, considerando a interpolação (e aproximação) a tabela onde i = 1,00% e n =
48, o fator é de 38,59375.

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CONTABILIZAÇÃO – ARRENDAMENTO MERCANTIL
FINANCEIRO

Lançamentos em 02/01/2010
D – Imobilizado 30.875,00
C – Passivo Circulante 13.250,00
C – Passivo Exig.Longo prazo 17.625,00

D – Juros a transcorrer (Retif. Passivo) CP 5.950,00


D – Juros a transcorrer (Retif. Passivo) LP 2.375,00
C – Juros a pagar – PC 5.950,00
C – Juros a pagar – LP 2.375,00

Lançamentos em 31/12/2010
D – Juros a pagar - PC 3.370,00
D - Principal – PC 6.230,00
C – Bancos 9.600,00

D – Despesas de juros 3.370,00


C – Juros a transcorrer – PC 3.370,00

24
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31/12/2010

BP DRE

Imobilizado
Veículos arrend. 30.875,00
Despesas Operacionais
Dep.Acumulada ( 6.175,00) Desp. Depreciação 6.175,00
24.700,00 Desp. Financ. - juros 3.370,00

Pas.Circ.
Arrend. Merc. A pagar 9.600,00
Juros a transcorrer ( 2.580,00)
7.020,00

ELP
Arrend.Merc. A Pagar 20.000,00
Juros a transcorrer ( 2.375,00)
17.625,00

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PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art. 182 (Contas do PL)
§ 1º
c) O prêmio recebido na emissão de
debêntures;
d) As doações e subvenções para
investimento.
§ 3º Serão classificadas como reservas de
reavaliação, as contrapartidas de aumento § 3º Serão classificados como
de valor atribuídos a elementos do ativo ajustes de avaliação patrimonial,
em virtude de novas avaliações com base enquanto não computadas no
em laudo nos termos do art. 8º, aprovado resultado do exercício em
pela assembléia geral. obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de
aumentos ou diminuições de valor
atribuído a elementos do ativo (§
5º do art. 177, inciso I do caput do
art. 183 e § 3º do art. 226 desta
Lei) e do passivo, em decorrência
de sua avaliação a preço de
mercado.

26
ASPECTOS CONTÁBEIS - DEBÊNTURES
Dados: Captação via debêntures: $ 1.000 mil
Prazo: 8 anos
Pagamentos consecutivos de $ 161 mil x 8 = $ 1.288 mil
Custos: $ 60 mil
Valor bruto captado com a emissão dos títulos: $ 1.100 mil
Valor líquido captado com a emissão dos títulos: $ 1.040 mil ( $ 1.100 - $ 60 )
Total desp.financ.líq.: $ 248 mil ($ 288 juros + $ 60 de custos da transação - $
100 de prêmio na emissão dos títulos )

Lançamento no momento 0 (captação):


D – Caixa (líquido) 1.040
D – Custos a amortizar (custos da transação) 60
C – Financiamentos 1.000
C – Prêmios a amortizar 100
BP: Financiamentos $ 1.000
( + ) Prêmio a amortizar $ 100
( - ) Custos a amortizar ( $ 60 )
$ 1.040

27
ASPECTOS CONTÁBEIS - DEBÊNTURES
Lançamento em 31/12/1 (Encargos financeiros):
D – Despesas financeiras (juros) 60
D – Amortização de custos 12
D – Prêmios a amortizar 20
C – Financiamentos 60
C – Custos a amortizar 12
C – Amortização do prêmio 20

Lançamento em 31/12/1 (pagamento)


D – Financiamentos – juros 60
D – Financiamentos – Principal 101
C – Caixa 161

BP: Financiamentos $ 899 (1.000 – 101)


( + ) Prêmio a amortizar $ 80 ( 100 – 20)
( - ) Custos a amortizar ( $ 48 ) ( 60 – 12)
$ 931

28
ASPECTOS CONTÁBEIS - EMPRÉSTIMO
Dados: Captação em 31/12/0 = $ 1.000 mil
8 pagamentos anuais consecutivos de $ 161 mil = $ 1.288
Custo da transação: $ 109 mil
Juros totais: $ 288 mil
Entrada no caixa: $ 891 mil ( $ 1.000 - $ 109)

• Lançamentos na captação:
D – Caixa 891
D – Custos a amortizar (redutora do passivo) 109
C – Financiamentos 1.000

BP: Empréstimos 1.000


( - ) Custos a amortizar ( 109 )
891

29
ASPECTOS CONTÁBEIS - EMPRÉSTIMO
Lançamentos em 31/12/1 (apropriação dos encargos financeiros) :
D – Desp. Financeiras - juros 60
D – Desp. Financeiras Amortização de custos 21
C – Financiamentos 60
C – Custos a amortizar (redut. Passivo) 21

Lançamento em 31/12/1 (parcela de pagamento de empréstimo)


D – Financiamento (Juros) 60
D – Financiamento (Amortização de custos) 101
C – Caixa 161

BP: Empréstimos 899 ( 1.000 – 101)


( - ) Custos a amortizar ( 88 ) ( 109 – 21)
811

30
Aspectos Contábeis - Doações e subvenções

Registro no resultado do exercício (ou REC.DIF.) e não mais diretamente no


PL.
É facultada a criação de reserva de incentivos fiscais até o montante do
valor das doações e subvenções registradas no exercício.

D – Ativo Permanente; D – Resultado


C – Resultado C – L.Acum.;

D – L.Acum.
C – Res. Incent. Fiscal

31
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art. 183. (Critérios de avaliação ativo) I - As aplicações em instrumentos
I – os direitos e títulos de créditos, e financeiros, inclusive derivativos, e em
quaisquer valores imobiliários não direitos e títulos de créditos,
classificados como investimentos, pelo classificados no ativo circulante ou no
custo de aquisição ou pelo valor de realizável a longo prazo:
mercado, se este for menor; serão a) Pelo seu valor de mercado ou valor
excluídos os já prescritos e feitas as equivalente justo, quando se tratar de
provisões adequadas para ajustá-lo ao aplicações destinadas à negociação
valor provável de realização, e será ou disponíveis para venda; e
admitido o aumento do custo de b) Pelo valor de custo de aquisição ou
aquisição, até o limite do valor de valor de emissão, atualizado conforme
mercado, para registro de correção disposições legais ou contratuais,
monetária, variação cambial ou juros ajustado ao valor provável de
acrescidos; realização, quando este for inferior, no
caso das demais aplicações e os
direitos e títulos de crédito;

32
Investimentos Temporários

I. Avaliados ao valor de mercado


a) Disponíveis para negociação imediata
D – Perda por Avaliação ao valor de mercado 100
C - Investimentos Temporários 100

b) Disponíveis para venda (sem data acertada)


D – Ajuste de Avaliação Patrimonial 300
C – Investimentos Temporários 300

II. Custo atualizado conforme contrato ou valor de realização, entre os


dois, o menor. Utilizados para investimentos resgatados no
vencimento e direitos e títulos de créditos (aplicado à
mercadorias)
D – Perda pela desvalorização de investimentos/estoques 400
C – Prov. Para perda na desvalorização de invest./estoques 400

33
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

VII – os direitos classificados no


intangível, pelo custo incorrido na
aquisição deduzido do saldo da
respectiva conta de amortização;

VIII – os elementos do ativo decorrentes


de operações de longo prazo serão
ajustados a valor presente, sendo os
demais ajustados quando efeito
relevante.
§ 1º Para efeitos do disposto neste artigo,
considera-se valor de mercado:
d) Dos instrumentos financeiros, o valor
que pode se obter em um mercado
ativo, decorrente de transação não
compulsória realizada entre partes
independentes; e, na ausência de um
mercado ativo para um determinado
instrumento financeiro:

34
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
1) Dos instrumentos financeiros, o valor
que pode se obter em um mercado
ativo com a negociação de outro
instrumento financeiro de natureza,
prazo e riscos similares;
2) O valor presente líquido dos fluxos de
caixa futuros para instrumentos
financeiros de natureza, prazo e riscos
similares; ou
3) O valor obtido por meio de modelos
matemático-estatísticos de
precificação de instrumentos
financeiros.

§ 2º A diminuição do valor dos elementos § 2º A diminuição do valor dos elementos


do ativo imobilizado será registrada do ativo imobilizado, e intangível e
periodicamente nas contas de: diferido será registrada
periodicamente nas contas de:

35
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
§ 3º os recursos aplicados no ativo § 3º A companhia deverá efetuar,
diferido serão amortizados periodicamente, análise sobre a
periodicamente, em prazo não recuperação dos valores registrados
superior a dez anos, a partir do início no imobilizado e no intangível e no
da operação normal ou do exercício diferido, a fim de que sejam:
em que passem a ser usufruídos os I – Registradas as perdas de valor do
benefícios dele decorrentes, devendo capital aplicado quando houver
ser registrada a perda do capital decisão de interromper os
aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado
se destinavam, ou comprovados que que não poderão produzir resultados
essas atividades não poderão produzir suficientes para recuperação desse
resultados suficientes para amortizá- valor; ou
los. II – Revisados e ajustados os critérios
utilizados para determinação da vida
útil econômica estimada e para cálculo
da depreciação, exaustão e
amortização.

36
Teste de irrecuperabilidade – Imobilizado e
intangível
1º exemplo:
Máquina X em 2008:
Custo: 35.000
Deprec.Acumulada: (25.000)
Valor contábil: 10.000
Valor realizável líquido 10.500
Valor dos benefícios futuros: 2008 2009 2010 2011 2012 2013
11.960 12.000 9.980 9.960 11.700
Considerando a taxa de desconto de 10% ªª e a vida útil remanescente de 5 anos,
teremos:
Valor presente líquido dos benefícios
Futuros: 2008 2009 2010 2011 2012 2013
42.354 10.873 9.917 7.483 6.816 7.265
O valor contábil ($ 10.000) é menor que o maior valor entre o realizável
Líquido ($ 10.500) e em uso ($ 42.354) não de se reconhecer qualquer
Perda por irrecuperabilidade.
37
Teste de recuperabilidade – Imobilizado e intangível

2º exemplo:
Máquina Y em 2008:
Custo: 60.000
Deprec.Acumulada: (40.000)
Valor contábil: 20.000
Valor realizável líquido 16.400
Valor dos benefícios futuros: 2008 2009 2010 2011
6.000 5.750 11.704
Considerando a taxa de desconto de 10% ªª e a vida útil remanescente de 5 anos,
teremos:
Valor presente líquido dos benefícios
Futuros: 2008 2009 2010 2011
19.000 5.455 4.752 8.793

38
Teste de recuperabilidade – Imobilizado e intangível

Teste de recuperabilidade:

Valor contábil 20.000


Maior valor entre real.líquido e em uso (19.000)
Perda por irrecuperabilidade 1.000

D – Despesas c/ provisão por irrecuperabilidade 1.000


C – Provisão para perda por irrecuperabilidade 1.000, ou
C - Ativo Imobilizado

39
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art. 184. No balanço, os elementos do
passivo serão avaliados de acordo com os
seguintes critérios:
III – as obrigações sujeitas à correção III – as obrigações, encargos e riscos
monetária serão atualizadas até a data do classificados no passivo exigível a longo
balanço. prazo não circulante serão ajustados ao
seu valor presente, sendo os demais
Art. 187. A demonstração do resultado do ajustados quando houver efeito relevante.
exercício discriminará:
III – as participações de debêntures,
empregados, administradores e partes
beneficiárias, e as contribuições para
instituições ou fundos de assistência ou Art. 187. A demonstração do resultado do
previdência de empregados; exercício discriminará:
III – as participações de debêntures,
empregados, administradores, mesmo na
§ 2º O aumento do valor de elementos do forma de instrumentos financeiros, e as
ativo em virtude de novas avaliações, contribuições para instituições ou fundos
registrado como reserva de reavaliação de assistência ou previdência de
(art. 182, § 3º), somente depois de empregados, que não se caracterizem
realizado poderá ser computado como como despesa;
lucro para efeito de distribuição de
dividendos ou participações.
40
ASPECTOS CONTÁBEIS

• Exemplo c.receber embutida com receitas financeiras:


• 1º ano: D – C.Receber 1.100
• C – Vendas 1.100

• D – Ajuste p/ red. Vr.presente (desp.- Red.rec.financ.) 100


• C - Prov. p/ajuste red.valor pres. (ret.ativo) 100

• Demais exerc. D - Prov.Ajuste Vr.Presente 100


(Pro-rata) C – Ajuste vr. presente (Rec.Financ.) 100

41
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
SEÇÃO VI SEÇÃO VI
Demonstração de Origens e Aplicações de Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do
Recursos Valor Adicionado
Art. 188 – As demonstrações referidas nos
Art. 188 - VETADA incisos IV e V do caput do art. 176 desta
lei indicarão, no mínimo:
I – demonstração dos fluxos de caixa – as
alterações ocorridas, durante o exercício,
no saldo de caixa e equivalentes de caixa,
segregando-se essas alterações em, no
mínimo, 3 (três) fluxos:
a) Das operações;
b) Dos financiamentos; e
c) Dos investimentos;
II – demonstração do valor adicionado – o
valor da riqueza gerada pela companhia, a
sua distribuição entre os elementos que
contribuíram para a geração dessa
riqueza, tais como empregados,
financiadores, acionistas, governo e outros,
bem como a parcela da riqueza não
distribuída.
42
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Reserva de Incentivos Fiscais

Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por


proposta dos órgãos de administração,
destinar para a reserva de incentivos
fiscais a parcela do lucro líquido decorrente
de doações ou subvenções
governamentais para investimentos, que
poderá ser excluída da base de cálculo do
dividendo obrigatório.

II – o lucro, ganho líquido ou rendimento


em operações ou contabilização de ativo e
passivo pelo valor de mercado, cujo prazo
de realização financeira ocorra após o
término do exercício social seguinte.

43
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Transformação, Incorporação, Fusão
e Cisão
Art. 226
§ 3º Nas operações referidas no caput deste
artigo, realizadas entre partes
independentes e vinculadas à efetiva
transferência de controle, os ativos e
passivos da sociedade a ser incorporada ou
decorrente de fusão ou cisão serão
Avaliação do investimento em contabilizados pelo seu valor de mercado.
coligadas e controladas
Art. 248. No balanço patrimonial da Art. 248. No balanço patrimonial da
companhia, os investimentos relevantes companhia, os investimentos relevantes
(art. 247, parágrafo único) em sociedades (art. 247, parágrafo único) em sociedades
coligadas sobre cuja administração tenha coligadas sobre cuja administração tenha
influência, ou de que participe com vinte por influência, ou de que participe com vinte por
cento ou mais do capital social, e em cento ou mais do capital votante, em
sociedades controladas, serão avaliados controladas e em outra sociedades que
pelo valor de patrimônio líquido, de acordo façam parte de um mesmo grupo ou
com as seguintes normas: estejam sobre controle comum, serão
avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, de acordo com as seguintes
normas: 44
ASPECTOS CONTÁBEIS
Aplicação do MEP
- Controlada (Mais de 50% do capital votante)
- Coligada (Entre 10% e 50% do capital total), desde que:
a) Influência significativa (depend. Econômica, tecnológica, eleição de
administradores), ou
b) Participação de 20% ou mais do capital votante

45
LEI 6.404/76 X 11.941/09
ATIVO
• CIRCULANTE • CIRCULANTE
Disponibilidades Disponibilidades
Créditos Créditos
Investimentos Investimentos
Estoques Estoques
Desp.Exerc.Seg. Desp.Exerc.Seg.

• REAL.LONGO PRAZO • NÃO CIRCULANTE


(Incluem valores a receber de REAL.LONGO PRAZO
sócios, diretores, col./cont.) (Incluem valores a receber
de sócios, diretores,
col./cont.)

(Continua)

46
LEI 6.404/76 X LEI 11.941/09

• PERMANENTE • PERMANENTE
Investimentos Investimentos
Imobilizado Imobilizado
Diferido Intangível

47
LEI 6.404/76 X LEI 11.941/09
PASSIVO
• CIRCULANTE • CIRCULANTE

• EXIGÍVEL A LONGO • NÃO CIRCULANTE


PRAZO

• RESULT.EXERC.
– Exigível a longo
prazo
FUTURO
Receitas Exerc. Futuro
( - ) Custo/desp.exerc. futuro – Receita Diferida
Receitas
( - ) Custo/despesas

48
LEI 6.404/76 X LEI 11.941/09

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• CAPITAL SOCIAL • CAPITAL SOCIAL
( - ) Capital Não Realizado ( - ) Capital Não Realizado
• RESERVAS DE CAPITAL • RESERVAS DE CAPITAL
• RESERVA DE REAVALIAÇÃO • AJUSTES DE AVALIAÇÃO
• RESERVAS DE LUCROS PATRIMONIAL
• LUCROS (OU PREJUÍZOS) • RESERVAS DE LUCROS
ACUMULADOS (Inclui a Res.Inc.Fisc. e
Res.Ágio Colocação Deb.)
• ( - ) AÇÕES EM TESOURARIA
• ( - ) PREJUÍZOS
ACUMULADOS

49
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO
(Art. 183 da lei 6404 alterado pela lei 11638 e Lei 11.941)

I. Instrumentos financeiros,
direitos e títulos de crédito
• Disponíveis para venda (futura) • Valor justo
• Destinados à negociação • Valor justo
(imediata)
• Resgatadas no vencimento • Vr. Original + v.cambial + juros
ou valor provável de
realização, dos dois o menor

II. Estoques • Custo de aquisição (ou


produção) deduzido de
provisão para ajuste ao valor
de mercado, quando este for
inferior
50
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO
(Art. 183 da lei 6404 alterado pela lei 11638 e Lei 11.941)

III. Investimentos em part. De capital em • Custo menos provisão para perda


outras sociedades na realização

• Método da equivalência
IV. Investimento em coligadas ou
controladas patrimonial em função do PL da
investida

V. Demais investimentos • Custo menos provisão para


atender a perdas prováveis na
realização de seu valor, ou para
redução do custo ao valor de
mercado, quando este for inferior

VI. Imobilizado e intangível (Diferido) • Custo menos depreciação,


amortização ou exaustão
Obs.: Os ativos a l.prazo serão ajustados ao valor
presente. Os demais quando o efeito for
relevante
51
O QUE É VALOR JUSTO

• Matéria prima e almoxarifado • Preço de reposição

• Bens e direitos destinados à venda • Preço líquido de realização (venda no


mercado) menos impostos, margem
de lucro e despesas necessárias à
venda

• Investimentos • O valor líquido na venda à terceiros

• Valor que se pode obter em mercado


• Instrumentos financeiros
ativo.
Na ausência de mercado ativo:
- Negociação de instrumento similar;
- Valor presente líquido dos fluxos de
caixa futuros para inst.financ. Similar,
ou
- Modelo matemático-estatístico de
precificação

52
ANÁLISE DA RECUPERAÇÃO DO IMOBILIZADO E
INTANGÍVEL
Periodicamente deverá ser feita análise sobre recuperação dos valores
do imobilizado e intangível para:
• Registrar as perdas quando houver decisão de interromper as
atividades, ou
• Quando comprovado que não poderão produzir resultados para
recuperação do valor.
• Revisar e ajustar os critérios utilizados para determinação da vida útil
econômica estimada e para o cálculo da depreciação, exaustão e
amortização.

53
PONTOS DE ATENÇÃO – GERAL
(Fonte: O CPC – 02 de 30/01/2009, lei 11.638/07 e lei 11.941/09)

• Não poderão existir ativos no balanço por valor superior ao que ele é capaz
de produzir de caixa líquido pela sua venda ou utilização.
• Ativos intangíveis sem vida útil determinada não poderão ser amortizados a
partir de 2009.
• Até 2009 o Ágio decorrente da diferença entre o valor contábil e o valor
justo dos ativos poderá ser amortizado conforme a baixa dos elementos
que lhe deram origem.
• As doações e subvenções governamentais não devem ser consideradas
receitas até o cumprimento de todas as condições relacionadas à sua
obtenção.
• O custo na emissão de ações (não abordado pela lei 11.638 e lei
11.941/09) deverá ser contabilizado como retificadora do capital social ou
reserva de capital.
• Desaparece o grupo de resultado de exercício futuro. Os saldos serão
transferidos para receitas diferidas (Passivo não circulante).

54
PONTOS DE ATENÇÃO – GERAL
(Fonte: O CPC – 02 de 30/01/2009, lei 11.638/07 e lei 11.941/09)

• O ativo diferido desaparecerá, sendo seus saldos reclassificados para


contas mais apropriadas. Aqueles que não forem reclassificadoº - s
poderão ser baixados contra Lucros ou prejuízos acumulados ou
amortizados em dez anos.
• A DRE não mais será segregada entre Resultado operacional e resultado
não operacional. Será segmentada em atividades continuadas e atividades
descontinuadas. Os “ex” resultados não operacionais serão classificados
como “Outras receitas e despesas operacionais”, e não após a linha de
resultado operacional.
O CPC emitirá pronunciamento sobre a matéria em 2009 para validade em
2010.
• Art. 177. § 5º - As normas expedidas pela CVM deverão ser elaboradas em
consonância com os padrões internacionais de contabilidade.
• Art. 177. § 6º - As cias. fechadas poderão optar por observar as normas da
CVM para as cias. abertas.
• Art. 177. § 7º - Os lançamentos de ajustes para harmonização das normas
contábeis não servirão de base de incidência de impostos e contribuições.
• Art. 177 - § 2º - ítem II – As demonstrações financeiras deverão ser
auditadas por auditor independente registrado na CVM.
55
PONTOS DE ATENÇÃO – GERAL
(Fonte: O CPC – 02 de 30/01/2009, lei 11.638/07 e lei 11.941/09)

• Fica probida a prática de reavaliação espontânea de ativos (CFC –


Res. 1.159/09)
• É incentivado pelo CPC nº 03, ítem 20, a adoção do modelo direto
para o fluxo de caixa das operações.

56
Deliberação CVM 565/2008
Adoção da lei 11.638 – Principais Pontos
• Data da transição: 01/01/2008 ou 31/12/2007
• Reconhecimento de todos os ativos e passivos de acordo com as leis
11.638 e 11.941.
• Não reconhecer ativos e passivos se as leis 11.638 e 11.941 não
permitirem tal reconhecimento.
• Discriminar os efeitos da adoção das novas práticas nas contas de
Lucros ou Prejuízos Acumulados.
• Instrumentos financeiros:
– Reclassificados como disponíveis para venda, negociação imediata e
resgatados no prazo.
• Arrendamento mercantil financeiro:
– A) registrara no imobilizado o bem arrendado pelo valor justo ou peo
valor presente dos pagamentos efetuados na data inicial do contrato,
ajustado pela depreciação acumulada calculada desde a data do
contrato até a data da transição, caso esse último valor calculado seja o
menor.

57
Deliberação CVM 565/2008
Adoção da lei 11.638 – Principais Pontos
– B) Registrar a obrigação por arrendamento mercantil financeiro pelo
valor presente das contraprestações em aberto na data da transição.
– C) Registrara a diferença em A) e B), líquida dos efeitos fiscais, contra
Lucros ou Prejuízos Acumulados na data da transição.
– A entidade arrendadora deve:
• Efetuar baixa do imobilizado e da depreciação acumulada contra Lucros ou
Prejuízos Acumulados na data da transição.
• Registrar o instrumento financeiro como Contas a Receber contra Lucros ou
Prejuízos Acumulados na data da transição.

• Ativo Diferido:
– Gastos ativados que não possam ser transferidos para outros grupos do ativo
devem ser baixados contra Lucros ou Prejuízos Acumulados na data da
transição ou mantidos nesse grupo até sua completa amortização.

58
Deliberação CVM 565/2008
Adoção da lei 11.638 – Principais Pontos
– No caso do Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura será transferido
para o Intangível.
– Se Ágio pago por diferença entre o valor contábil e o valor justo, transferido para
Investimento.
– Não reconhecer gastos não ativados como Intangível de forma retroativa.

• Recuperação de ativos: Aplicada somente em base prospectiva e não


retroativa.

• Ajuste a valor presente


– A base deve ser a origem da transação.
– Ajustar o balanço na data da transição, mediante o registro na conta de Lucros
ou Prejuízos Acumulados.
– Efeito retroativo.

59
Deliberação CVM 565/2008
Adoção da lei 11.638 – Principais Pontos
• Equivalência Patrimonial:
– Investimentos adquiridos antes da data da transição: a diferença apurada pelo
MEP será registrada contra Lucros ou Prejuízos Acumulados.
– Retroagir os cálculos até a data do evento.
– Investimentos que deixaram de ser avaliados pelo MEP: considerar o valor
contábil do investimento (incluindo o ágio ou deságio não amortizado). Os
dividendos que vierem a ser recebidos por conta de lucros já reconhecidos
devem ser contabilizados como contrapartida desses investimentos.

• Prêmios recebidos na emissão de debêntures e doações e


subvenções para investimentos
– Os saldos anteriores à data de transição devem ser mantidos até sua total
realização.

60
Deliberação CVM 565/2008
Adoção da lei 11.638 – Principais Pontos
• Reserva de Reavaliação
– Os saldos podem ser mantidos até sua completa realização ou estornados até
31/12/2008.

• Lucros Acumulados
– O lucro líquido do exercício deve ser destinado conforme artigos 193 a 197 da
lei das S/As.
– A conta existe com caráter transitório.

• DFC e DVA
– Poderão ser divulgadas em 31/12/2008 sem indicação dos valores de 2007.
– A comparabilidade é encorajada.

• Divulgação das DCs


– Declarar em notas explicativas um sumários das opções efetuadas pela
Administração.

61
Regime Tributário de Transição (RTT)
Lei 11.941 / 09
• Optativo para 2008/2009 – manifestada na DIPJ de 2009 – até 30/06/2009.
• Será irretratável.
• Obrigatório a partir de 2010 (PJs com lucro real, presumido ou arbitrado).
• O objetivo do RTT é criar um mecanismo por meio do qual as empresas
possam realizar ajustes de forma a anular os efeitos da nova contabilidade
na apuração dos tributos e contribuições (neutralidade tributária).
• Demonstrativos dos ajustes decorrentes da nova contabilidade a fim de
serem considerados no LALUR, com a finalidade de recompor o resultado
de acordo com as normas contábeis vigentes até 31/12/2007.
• Para controlar tais ajustes foi instituído o FCONT (Controle fiscal Contábil
de Transição) que deverá ser apresentado em meio digital até 30/11/2009,
de acordo com programa a ser disponibilizado pela SRF até 15/10/2009.
• O FCONT é uma escrituração, das contas patrimoniais e de resultado, em
partidas dobradas, que considera os métodos e critérios contábeis
aplicados pela legislação tributária.

62
Regime Tributário de Transição (RTT)
Lei 11.941 / 09
Descrição Opção pelo RTT Não opção
Ágio fundamentado por Dedutibilidade da Não aproveita fiscalmente
rentabilidade futura amortização assegurada (teste de recuperabilidade)
Arrend. Mercantil financeiro Dedutibilidade da Passará a registrar a
contraprestação paga depreciação dedutível do
bem, e os encargos
financeiros
Depreciação – alteração da Aumento de taxa deverá ser Idêntico à opção
vida útil comprovado
Ajuste a valor presente Os efeitos serão Ajustes aumentarão ou
neutralizados no LALUR reduzirão o lucro tributável
Teste de recuperação Indedutível Indedutível

63
CONCLUSÃO

• Oportunidades para o Contador


– Empresário, autônomo, auditor interno ou externo,
consultor, funcionário, ...
• Estudo contínuo
• Pesquisa
• Dedicação
• Perseverança
• Projeção da profissão
• Reconhecimento profissional

64

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