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Contabilidade Geral e Avançada

Professor Igor Cintra

Questões Comentadas FGV

Prof. Igor Cintra


Prof. Igor Cintra
Turma dos Feras – Receita Federal

Aula 01
Contabilidade Geral

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Conteúdo Programático – Contabilidade Geral
1. Conceito, objeto, objetivos, campo de atuação e usuários da informação contábil.

2. Princípios e Normas Brasileiras de Contabilidade emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

3. Conceitos, forma de avaliação, evidenciação, natureza, espécie e estrutura.

4. Atos e fatos administrativos.

5. Livros contábeis obrigatórios e documentação contábil.

6. Variação do patrimônio líquido. Receita, despesa, ganhos e perdas.

7. Apuração dos resultados.

8. Regimes de apuração. Caixa e competência.

9. Escrituração contábil. Lançamentos contábeis; contas patrimoniais, resultado.

10. Fatos contábeis. Permutativos, modificativos e mistos.

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Conteúdo Programático – Contabilidade Geral
11. Itens Patrimoniais. Conteúdo, conceitos, estrutura, formas de avaliação e classificação dos itens
patrimoniais do ativo, do passivo e do patrimônio líquido.

12. Demonstrações contábeis. Balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício, demonstração


de lucros ou prejuízos acumulados, demonstração das mutações do patrimônio líquido, demonstração dos
fluxos de caixa e demonstração do valor adicionado.

13. Notas explicativas às demonstrações contábeis. Conteúdo, forma de apresentação e exigências legais de
informações.

14. Ajustes, classificações e avaliações dos itens patrimoniais exigidos pelas novas práticas contábeis adotadas
no Brasil trazidas pela Lei Federal nº 11.638/07 e suas alterações e Lei Federal nº 11.941/09 e suas alterações.

15. Estoques. Tipos de inventários, critérios e métodos de avaliação.

16. Apuração do custo das mercadorias vendidas, tratamento contábil dos tributos incidentes em operações
de compras e vendas.

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(FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/AM – 2022) Em 01/01/X0, uma sociedade empresária contrai um
empréstimo bancário de longo prazo no valor de R$100.000. Pelo empréstimo, ela reconhece e paga juros
trimestrais de R$10.000. Na elaboração de sua Demonstração dos Fluxos de Caixa, os contadores da sociedade
empresária optam por não seguir o encorajamento do Pronunciamento Técnico CPC 03 (02) – Demonstração dos
Fluxos de Caixa, evidenciando o fato em nota explicativa.

Assinale a opção que indica o impacto gerado na Demonstração dos Fluxos de Caixa da sociedade empresária,
em 31/12/X0.

(A) Aumento de R$60.000 na atividade operacional.

(B) Aumento de R$60.000 na atividade de investimento.

(C) Aumento de R$60.000 na atividade de financiamento.

(D) Aumento de R$100.000 na atividade de financiamento e diminuição de R$40.000 na atividade operacional.

(E) Aumento de R$100.000 na atividade de investimento e diminuição de R$40.000 na atividade operacional.

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(FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/ES – 2021) Uma sociedade empresária apresentava, em 31/12/x0 e em
31/12/X1, as demonstrações contábeis a seguir. DRE – 31/12/X1
DRE – 31/12/X0 Receita de Vendas 500.000
Receita de Vendas 400.000 CMV – 250.000
CMV – 200.000 Lucro Bruto 250.000
Desp. operacionais:
Lucro Bruto 200.000
Aluguel – 144.000
Desp. operacionais:
Salários – 80.000
Aluguel – 120.000
Depreciação – 10.000
Salários – 60.000
Outras receitas operacionais
Depreciação – 10.000
Venda de computadores 5.000
LAIR 10.000
LAIR 21.000
IRCS – 3.400 IRCS – 7.140
Lucro Líquido 6.600 Lucro Líquido 13.860

Balanço Patrimonial – 31/12/X0 Balanço Patrimonial – 31/12/X1


Ativo Circulante 600.000 Passivo Circulante 83.400 Ativo Circulante 577.600 Passivo Circulante 17.140
Caixa 500.000 Fornecedores 80.000 Caixa 577.600 Salários a Pagar 10.000
Estoques 100.000 IR a pagar 3.400 IR a pagar 7.140
Imobilizado 30.000 Patrimônio Líquido 546.600 Patrimônio Líquido 560.460
Computadores 50.000 Capital Social 450.000 Capital Social 450.000
Dep. Ac. – 20.000 Reservas de Lucros 96.600 Reservas de Lucros 110.460
Ativo Total 630.000 Passivo + PL 630.000 Ativo Total 577.600 Passivo + PL 577.600

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(FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/ES – 2021) Assinale a opção que indica o fluxo de caixa gerado pela
Atividade Operacional da sociedade empresária, em 31/12/X1.

(A) R$ 13.860

(B) R$ 33.740

(C) R$ 43.860

(D) R$ 52.600

(E) R$ 53.860

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(FGV – Assistente – SEFAZ/AM – 2022) Uma sociedade empresária apresentava os seguintes saldos
em seu balanço patrimonial, em 31/12/X0.

Caixa: R$20.000;
Estoque previsto para ser vendido em 390 dias: R$50.000;
Despesa de seguros dos veículos paga antecipadamente em 31/12/X0 e que será apropriada mensalmente de
forma linear por dois anos: R$12.000;
Contas a receber em 120 dias: R$60.000;
Empréstimo a acionista com prazo de recebimento de 180 dias: R$15.000;
Veículos utilizados no transporte de funcionários com vida útil estimada em 5 anos: R$80.000;
Depreciação acumulada dos veículos: R$54.000;
Perdas estimadas nos estoques: R$5.000; e
Perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa: R$3.000.

Assinale a opção que indica o ativo realizável a longo prazo da sociedade empresária, em 31/12/X0:

A) R$51.000. B) R$66.000. C) R$72.000. D) R$77.000. E) R$92.000.

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(FGV – Analista Judiciário – TRT/PB – 2022) Assinale a opção que indica uma transação que não
impacta o saldo do ativo total.

(A) Compra a prazo de estoques.

(B) Aumento de capital social por meio de um terreno.

(C) Reconhecimento de provisão para contingências.

(D) Reconhecimento e pagamento de despesa de salários.

(E) Reconhecimento da despesa de depreciação de ativo imobilizado.

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(FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/AM – 2022) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 (R2) –
Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, muitos investidores, credores por empréstimos e outros
credores, existentes e potenciais, não podem exigir que as entidades forneçam informações diretamente a eles,
sendo, portanto, os principais usuários aos quais se destinam relatórios financeiros para fins gerais.

Nesse sentido, em relação aos relatórios financeiros para fins gerais, de acordo com o Pronunciamento, assinale
a afirmativa correta.

(A) Destinam-se a apresentar o valor da entidade que reportam.

(B) Baseiam-se em representações exatas e precisas do que se propõem a apresentar.

(C) São completos, de modo que os usuários não precisam considerar informações de outras fontes.

(D) Incluem informações adicionais que são úteis a um subconjunto específico de principais usuários.

(E) Não são do interesse da administração da entidade que reporta, uma vez que esta obtém, internamente, as
informações financeiras de que precisa.

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CPC 00 – Estrutura Conceitual Básica
1.7 Relatórios financeiros para fins gerais não se destinam a apresentar o valor da entidade que reporta, mas
fornecem informações para auxiliar investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e
potenciais, a estimar o valor da entidade que reporta.

(...)

1.11 Em grande medida, relatórios financeiros baseiam-se em estimativas, julgamentos e modelos e, não, em
representações exatas. (...)

(...)

1.6 Contudo, relatórios financeiros para fins gerais não fornecem nem podem fornecer todas as informações
de que necessitam investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais. Esses
usuários precisam considerar informações pertinentes de outras fontes, como, por exemplo, condições e
expectativas econômicas gerais, eventos políticos e ambiente político e perspectivas do setor e da empresa.

(...)

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CPC 00 – Estrutura Conceitual Básica
1.8 Usuários primários individuais têm necessidades e desejos de informação diferentes e possivelmente
conflitantes. Ao desenvolver os Pronunciamentos, busca-se fornecer um conjunto de informações que atenda
às necessidades do maior número de principais usuários. Contudo, concentrar-se em necessidades de
informação ordinárias não impede que a entidade que reporta inclua informações adicionais que sejam mais
úteis para um subconjunto específico de principais usuários.

(...)

1.9 A administração da entidade que reporta também está interessada em informações financeiras sobre a
entidade. Contudo, a administração não precisa se basear em relatórios financeiros para fins gerais, pois ela
pode obter internamente as informações financeiras de que precisa.

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(FGV – Analista – TJDFT – 2022) As características qualitativas da informação financeira útil identificam
os tipos de informações que tendem a ser mais úteis a investidores e credores para que tomem decisões sobre a
entidade.

A tratar de tais características, o texto da Estrutura Conceitual afirma que:

(A) a representação neutra da informação contábil reduz a capacidade de julgamento dos usuários;

(B) a utilidade das informações financeiras é aumentada se elas forem materiais;

(C) o custo é uma restrição generalizada sobre a capacidade da entidade de fornecer informações financeiras úteis;

(D) o valor confirmatório é um atributo das informações financeiras quando elas são compreensíveis;

(E) o valor preditivo é um atributo das informações financeiras quando elas são tempestivas.

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(FGV – Analista Legislativo – Senado Federal – 2022) Uma sociedade empresária apresentou os
seguintes saldos em seu balanço patrimonial em 31/12/X0: Disponibilidades: R$80.000; Capital Social: R$80.000.

Durante o ano de X1, a sociedade empresária construiu uma máquina para utilizar em seus negócios. A máquina
começou a ser utilizada em 01/01/X2. Para financiar os gastos relacionados à construção, a sociedade empresária
recorreu a um empréstimo de R$50.000 em 01/01/X1. Os juros anuais são de R$6.000 ao ano, e o empréstimo
deverá ser pago em quatro anos. Na construção da máquina, foram incorridos os seguintes gastos: salários dos
empregados: R$50.000, honorários de mão de obra terceirizada especializada: R$20.000; materiais: R$30.000.
Ainda, fora alugado um galpão que foi utilizado exclusivamente para a construção da máquina. O aluguel anual
foi de R$24.000.

Assinale a opção que indica o Valor Adicionado a Distribuir da sociedade empresária em 31/12/X1.

(A) R$30.000.

(B) R$50.000.

(C) R$60.000.

(D) R$80.000.

(E) R$100.000.
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(FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/AM – 2022) Uma sociedade empresária apresenta o seguinte balanço
patrimonial, em 31/12/X0.
Ativo Circulante 130.000 Passivo Circulante 12.000
Caixa 90.000 Dividendos a pagar 12.000
Estoques 40.000
Ativo não Circulante 50.000 Patrimônio Líquido 168.000
Ativo Realizável a Longo Prazo Capital Social 140.000
Investimentos-LP 50.000 Reserva de Lucros 28.000
Ativo Total 180.000 Passivo + PL 180.000

O investimento rende juros de R$12.000 ao ano.

No ano de X0 aconteceram os seguintes fatos:

– Pagamento dos dividendos que estavam no passivo.

– Venda de todo o estoque por R$160.000 à vista.

– Reconhecimento e pagamento de despesa de salários no valor de R$54.000, sendo R$20.000 a empregados próprios e,
R$34.000, para mão de obra terceirizada.

– Reconhecimento e pagamento de despesas de aluguel de sala comercial utilizada no ano, no valor de R$36.000.

– Reconhecimento da receita de juros do investimento.


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(FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/AM – 2022) – Reconhecimento do imposto sobre a renda com base na
alíquota de 24% do lucro antes do imposto sobre a renda.

– Distribuição de 25% do lucro líquido a título de dividendos.

Os contadores elaboraram a Demonstração do Valor Adicionado do seguinte modo:

Distribuição do Valor Adicionado %

Pessoal (A)

Impostos, taxas e contribuições (B)

Remuneração de capital de terceiros (C)

Remuneração de capitais próprios (D)

Com base nas informações acima, assinale a opção que indica o preenchimento correto da tabela de A a D,
considerando que não há diferença entre o tratamento contábil e o tributável.

(A) 16,67%; 8,40%; 38,33%; 36,60%. (B) 18,18%; 9,16%; 32,73%; 39,93%.
(C) 18,52%; 9,33%; 42,56%; 29,56%. (D) 20,41%; 10,29%; 36,73%; 32,57%.
(E) 23,24%; 11,71%; 41,83%; 23,22%.
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(FGV – ISS Recife/PE – 2014) Uma entidade comprou, em 01/07/2011, numerosas máquinas para utilizar
em seu negócio, no valor de R$ 40.000,00. O frete da entrega foi de R$ 400,00, pagos pelo fornecedor.
Adicionalmente, a entidade incorreu em R$ 800,00 para instalar as máquinas, R$ 500,00 para desmontar as
máquinas que já estavam na fábrica e R$ 200,00 para um caminhão levar as máquinas antigas até um depósito.

Além disso, uma vez que as máquinas eram novas no mercado, a entidade contratou um especialista para
orientar e treinar os funcionários sobre tal uso durante o primeiro mês de funcionamento. Os honorários foram
de R$ 2.000,00.

Na data da compra, a entidade pretendia utilizar as máquinas por cinco anos e, depois desses anos, doá-las. É
estimado que o valor da remoção das máquinas seja de R$ 1.400,00.

O valor contábil das máquinas em 31/12/2013 era de

(A) R$ 16.880,00.

(B) R$ 21.100,00.

(C) R$ 21.450,00.

(D) R$ 22.100,00.

(E) R$ 22.450,00.
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(FGV – ISS Niterói/RJ – 2015) Em 01/02/x0, a Cia. Digama adquiriu, por R$ 3.000.000, um terreno
destinado à construção de um novo armazém. De 01/02/x0 a 30/04/x0 o terreno foi utilizado como
estacionamento, e a companhia faturou R$ 70.000 durante esse período com a locação de vagas. Em 01/05/x0, a
companhia pagou R$ 25.000 de honorários aos engenheiros responsáveis pelo projeto do armazém e deu início à
sua construção. Para isso, ela tomou um empréstimo de R$ 6.000.000 junto ao Banco Zeta S.A.. Até 01/12/x0,
data em que foi concluída, a Cia. Digama gastou na construção do armazém R$ 850.000 com mão de obra, R$
150.000 com a preparação do terreno, R$ 300.000 com frete e R$ 5.000.000 com materiais de construção. Os
juros incorridos sobre o empréstimo tomado junto ao Banco Zeta S.A., durante esse período, foram de R$
40.000, e a companhia obteve receitas financeiras de R$ 8.000 pela aplicação desses recursos antes de efetuar os
pagamentos necessários à condução da obra. De 01/12/x0 a 15/12/x0, data em que o armazém foi inaugurado, a
Cia. Digama gastou R$ 50.000 para transferir os equipamentos de um armazém antigo para esse novo armazém.
Esse novo armazém deverá ser reconhecido no imobilizado da Cia. Digama pelo custo de:

(A) R$ 6.287.000;
(B) R$ 6.325.000;
(C) R$ 6.357.000;
(D) R$ 6.365.000;
(E) R$ 6.407.000.

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(FGV – Analista – MP/GO – 2022) Em 02/01/X0, uma loja foi acionada na justiça por um funcionário que
reclamava R$15.000 por danos morais. A administração da loja julgava que a perda da causa era provável e
estimava que o valor a ser pago seria de R$10.000.

Assinale a opção que indica o lançamento contábil em 02/01/X0.

(A) D- Despesa operacional R$10.000


C- Passivo contingente R$10.000

(B) D- Despesa operacional R$10.000


C- Provisão para contingências R$10.000

(C) D- Despesa operacional R$15.000


C- Provisão para contingências R$15.000

(D) D- Despesa operacional R$15.000


C- Causa a pagar R$10.000
C-Provisão para perdas R$5.000

(E) Não deve haver contabilização

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(FGV – Contador – SEMSA Manaus – 2022) Uma sociedade empresária vende eletrodomésticos com
uma garantia prevista na legislação, segundo a qual os clientes estão cobertos pelo custo da reparação de
qualquer defeito de fabricação que se tornar evidente dentro dos dois primeiros anos após a compra. A
estimativa é que a cada R$100.000 em vendas, 2% dos eletrodomésticos poderão apresentar defeito.

Em dezembro de 2020, foram vendidos R$300.000 em eletrodomésticos, com recebimento do valor previsto para
janeiro de 2021. Além disso, a garantia tem vigência até dezembro de 2022.

A despesa com provisão para garantia deve ser reconhecida no(s) ano(s) de

(A) 2020.

(B) 2021.

(C) 2022.

(D) 2021 e 2022.

(E) 2020, 2021 e 2022.

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(FGV – Agente de Tributos – SEFAZ/BA – 2022) A companhia aérea X faz viagens em parceria com a
companhia aérea Y. Em janeiro de X0, alguns passageiros entraram na justiça contra elas. Os advogados das
companhias julgaram que a perda era provável, estimando o montante de R$40.000.

A Cia. X e a Cia. Y combinaram que seriam responsáveis pela obrigação de modo conjunto e solidário, de modo
que cada uma arcaria com metade do valor.

Assinale a opção que indica a contabilização do fato nas demonstrações contábeis da Cia. X.

(A) Passivo contingente: R$40.000

(B) Provisão para contingências: R$40.000

(C) Provisão para contingências: R$20.000 e passivo contingente: R$20.000

(D) Passivo contingente: R$20.000, apenas.

(E) Provisão para contingências: R$20.000, apenas.

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CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
29. Quando a entidade for conjunta e solidariamente responsável por obrigação, a parte da obrigação que
se espera que as outras partes liquidem é tratada como passivo contingente. A entidade reconhece a
provisão para a parte da obrigação para a qual é provável uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos, exceto em circunstâncias extremamente raras em que nenhuma estimativa suficientemente
confiável possa ser feita.

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(FGV – Técnico Tributário – SEFIN/RO – 2018) No ano de 2016, a Cia. ABC abriu seu capital por meio
da emissão de títulos patrimoniais. Os custos de transação, diretamente atribuíveis à emissão, foram de R$
10.000.

Assinale a opção que indica onde foram reconhecidos os custos de transação nas Demonstrações Contábeis, de
31/12/2016, da Cia. ABC.

a) Na Demonstração do Resultado do Exercício como Outras Despesas Operacionais.

b) Na Demonstração do Resultado do Exercício como Despesa Financeira.

c) No Balanço Patrimonial como Despesa Antecipada.

d) No Balanço Patrimonial como Reserva de Capital.

e) no Balanço Patrimonial, como redutor do Patrimônio Líquido, na conta Custo com a emissão de Ações.

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(FGV – Perito – PC/AM – 2022) Assinale a opção que indica a contabilização da contrapartida do
lançamento da reversão da reserva de lucros a realizar constituída em anos anteriores, quando os lucros nela
contidos forem realizados financeiramente.

(A) Dividendos a pagar.

(B) Lucros acumulados.

(C) Reserva de lucros.

(D) Ações em Tesouraria

(E) Reserva de Ágio.

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(FGV – CM Aracaju/SE – Contador – 2021) Quando a Demonstração do Resultado do Exercício é
apresentada iniciando-se com a Receita Bruta do Período, para apurar a receita líquida são subtraídas as
deduções.

Na apuração da receita líquida, todos os itens a seguir constituem deduções, EXCETO:

(A) abatimentos;

(B) descontos incondicionais;

(C) despesas financeiras;

(D) devolução de vendas;

(E) impostos sobre as vendas.

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(FGV – Analista Judiciário – TRT/PB – 2022) No ano de X1, uma sociedade empresária vendeu
R$200.000 de seu estoque por R$500.000, sendo que houve um abatimento de 10% do valor por conta de
problemas ocorridos na entrega dos produtos.

Da receita, metade do valor foi recebida em X1, enquanto o restante deverá ser recebido em X2. A sociedade
empresária estima inadimplência de 2%.

Ainda, a sociedade empresária paga a seus vendedores, no momento da venda, comissão de 5% sobre o preço.

No ano, também foram reconhecidas despesas administrativas de R$80.000.

Assinale a opção que indica o Lucro Bruto da sociedade empresária contabilizado em 31/12/X1.

(A) R$223.000.

(B) R$250.000.

(C) R$423.000.

(D) R$427.500.

(E) R$450.000.

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(FGV – Auditor de Finanças – SEFAZ/AM – 2022) Uma sociedade empresária, que presta serviços de
consultoria, apresentou os seguintes saldos em sua Demonstração do Resultado do Exercício, em 31/12/X0:

Receita de serviços: R$500.000;


Descontos concedidos: R$15.000;
Abatimentos: R$10.000;
Juros auferidos: R$50.000;
Prêmio de resgate de debêntures: R$16.000;
Receita com equivalência patrimonial: R$20.000;
Receita de títulos vinculados ao mercado aberto: R$21.000;
Custo dos Serviços Prestados: R$200.000;
Despesas gerais: R$80.000;
Comissões e despesas bancárias: R$8.000; e
Variações monetárias das obrigações: R$18.000.

Assinale a opção que indica o resultado financeiro da sociedade empresária, em 31/12/X0.

A) R$9.000. B) R$32.000. C) R$38.000. D) R$46.000. E) R$54.000.

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(FGV – Consultor – SEFAZ/ES – 2022) Em 02/01/X0, uma sociedade empresária alugou uma aeronave
por cinco anos, assumindo o compromisso de devolver a aeronave nas mesmas condições em que estava no
momento inicial do aluguel.

Na data, as despesas anuais com manutenção eram estimadas em R$ 5.000, sendo seu valor presente de R$
4.000. Já os custos para reconfiguração para devolução eram estimados em R$ 12.000, sendo seu valor presente
de R$ 10.000.

Dessas despesas e custos, no momento do contrato deve-se contabilizar no balanço patrimonial o seguinte
valor:

(A) Zero.

(B) R$ 10.000.

(C) R$ 12.000.

(D) R$ 35.000.

(E) R$ 37.000.

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(FGV – Contador – SEFIN/RO – 2018) Em 01/10/2017, uma sociedade empresária adquiriu R$ 20.00 em
estoque, com prazo de 14 meses.

Na análise da transação foi verificada a existência de encargos financeiros embutidos de R$ 2.000.

Assinale a opção que indica os lançamentos contábeis corretos gerados pela transação.

a) D- Estoques: 20.000. d) D- Estoques: 18.000


C- Fornecedores 20.000. D- Despesas financeiras: 2.000
C- Fornecedores: 18.000
b) D- Estoques: 18.000
C-Despesas a pagar: 2.000
D- Despesas financeiras: 2.000
C- Fornecedores: 20.000 e) D- Estoques: 20.000
C- Fornecedores: 18.000
c) D- Estoques: 18.000
C- Despesas a pagar: 2.000
D- Despesas financeiras a apropriar: 2.000
C- Fornecedores: 20.000

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(FGV – Analista – MP/GO – 2022) Em 05/01/X0, uma entidade adquiriu R$10.000 em estoque. O valor
equivalia a 100 unidades do produto “k”. A entidade incorreu em custos de transporte e de seguro, no valor de,
respectivamente, R$2.000 e R$4.000. Além disso, comprou um móvel para armazenar o estoque por R$2.000,
com vida útil estimada em dois anos. A entidade paga a seus vendedores comissão de 10% sobre o preço de
venda, por cada unidade vendida.

Em janeiro de X0, a entidade vendeu metade do estoque por R$200,00 cada.

Em fevereiro de X0, o preço unitário passou a ser R$150,00.

No mês, dez unidades foram vendidas.

Assinale a opção que indica o valor total do estoque do produto em 28/02/X0.

(A) R$5.400.

(B) R$5.760.

(C) R$6.000.

(D) R$6.400.

(E) R$7.200.
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(FGV – Analista Judiciário – TRT/PB – 2022) Uma entidade apresenta uma análise das despesas em
sua Demonstração do Resultado do Exercício utilizando uma classificação baseada na sua natureza, uma vez que
acredita que este critério oferece informação confiável e mais relevante.

Assinale a opção que indica um item apresentado na demonstração do resultado de acordo com o método da
natureza do gasto.

(A) Despesas de vendas.

(B) Despesas administrativas.

(C) Despesas operacionais.

(D) Custo dos produtos e serviços vendidos.

(E) Despesa com benefícios a empregados.

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CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis
102. A primeira forma de análise é o método da natureza da despesa. As despesas são agregadas na demonstração do
resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo, depreciações, compras de materiais, despesas com transporte,
benefícios aos empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre as várias funções dentro da entidade.
Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias alocações de gastos a classificações funcionais. Um
exemplo de classificação que usa o método da natureza do gasto é o que se segue:

Receitas X
Outras Receitas X
Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração X
Consumo de matérias-primas e materiais X
Despesa com benefícios a empregados X
Depreciações e amortizações X
Outras despesas X
Total da despesa (X)
Resultado antes dos tributos X

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CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis
103. A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do “custo dos produtos e serviços vendidos”,
classificando-se as despesas de acordo com a sua função como parte do custo dos produtos ou serviços vendidos ou, por
exemplo, das despesas de distribuição ou das atividades administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos
produtos e serviços vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas. Esse método pode proporcionar
informação mais relevante aos usuários do que a classificação de gastos por natureza, mas a alocação de despesas às
funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver considerável julgamento. Um exemplo de classificação que utiliza o
método da função da despesa é a seguinte:

Receitas X
Custo dos produtos e serviços vendidos (X)
Lucro bruto X
Outras receitas X
Despesas de vendas (X)
Despesas administrativas (X)
Outras despesas (X)
Resultado antes dos tributos X

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(FGV – Contador – SEMSA Manaus – 2022) Uma sociedade empresária contraiu um financiamento
bancário de R$500.000 em 20/12/X0, com vencimento em cinco anos. O financiamento incluía em seu contrato
algumas condições restritivas (“covenants”).

Em 20/12/X1, a sociedade empresária comunicou ao banco que não iria cumprir uma das condições estabelecidas.
Em 20/01/X2, o banco comunicou à sociedade empresária que não iria exigir pagamento antecipado como
consequência do descumprimento do compromisso.

Assinale a opção que indica a contabilização dos financiamentos no balanço patrimonial da sociedade
empresária em 31/12/X1.

(A) Redutor do Ativo Circulante.

(B) Redutor do Ativo Realizável a Longo Prazo.

(C) Passivo Circulante.

(D) Passivo não Circulante.

(E) Patrimônio Líquido.

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CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis
72. A entidade deve classificar os seus passivos financeiros como circulantes quando a sua liquidação estiver prevista para
o período de até doze meses após a data do balanço, mesmo que:

(a) o prazo original para sua liquidação tenha sido por período superior a doze meses; e

(b) um acordo de refinanciamento, ou de reescalonamento de pagamento a longo prazo seja completado após a data
do balanço e antes de as demonstrações contábeis serem autorizadas para sua publicação.

73. Se a entidade tiver a expectativa, e tiver poder discricionário, para refinanciar ou substituir (roll over) uma obrigação
por pelo menos doze meses após a data do balanço segundo dispositivo contratual do empréstimo existente, deve
classificar a obrigação como não circulante, mesmo que de outra forma fosse devida dentro de período mais curto.
Contudo, quando o refinanciamento ou a substituição (roll over) da obrigação não depender somente da entidade (por
exemplo, se não houver um acordo de refinanciamento), o simples potencial de refinanciamento não é considerado
suficiente para a classificação como não circulante e, portanto, a obrigação é classificada como circulante.

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CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis
74. Quando a entidade quebrar um acordo contratual (covenant) de um empréstimo de longo prazo (índice de
endividamento ou de cobertura de juros, por exemplo) ao término ou antes do término do período de reporte, tornando o
passivo vencido e pagável à ordem do credor, o passivo deve ser classificado como circulante mesmo que o credor
tenha concordado, após a data do balanço e antes da data da autorização para emissão das demonstrações
contábeis, em não exigir pagamento antecipado como consequência da quebra do covenant. O passivo deve ser
classificado como circulante porque, à data do balanço, a entidade não tem o direito incondicional de diferir a sua
liquidação durante pelo menos doze meses após essa data.

75. Entretanto, o passivo deve ser classificado como não circulante se o credor tiver concordado, até a data do balanço, em
proporcionar uma dilação de prazo, a terminar pelo menos doze meses após a data do balanço, dentro do qual a entidade
poderá retificar a quebra de covenant contratual (reenquadramento nos índices de endividamento e cobertura de juros,
por exemplo) e durante o qual o credor não poderá exigir a liquidação imediata do passivo em questão.

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(FGV – Auditor de Controle – TCE/TO – 2022) Um ativo imobilizado adquirido em 1º de janeiro de
2019, com vida útil estimada em dez anos e valor residual igual a zero, é depreciado pelo método linear e, até o
final de 2020, nenhuma perda por impairment nem benfeitorias foram realizadas. O valor contábil líquido do
ativo após o teste de impairment em 31 de dezembro de 2020 era de R$ 385.000. Assim, a perda por impairment
foi de R$ 15.000. Em 31 de dezembro de 2021, com base na melhoria das condições do mercado, o ativo foi
reavaliado.

Nesse caso, a empresa reverteu o valor máximo da perda por impairment permitida na demonstração do
resultado de 2021 de:

(A) R$ 1.875;

(B) R$ 13.125;

(C) R$ 15.000;

(D) R$ 336.875;

(E) R$ 385.000.

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