Você está na página 1de 8

Unidade I – Introdução a Contabilidade de Gestão

1. Introdução

As alterações verificadas na sociedade durante o século passado e início desde englobam as evoluções
que se verificou nas organizações sejam empresas privadas ou organismos públicos.

Os tempos actuais são caracterizados pela globalização das economias, pelo encurtamento do ciclo de
vida dos produtos, pela primazia dada à satisfação dos clientes e à qualidade total e pelo crescente peso
de incorporação de intangíveis no valor final dos produtos, comparativamente com o peso das
incorporações materiais.

A generalidade das disciplinas que tratam de temas relativos à direcção e gestão das organizações
verificaram um particular dinamismo, quer em termos científicos, quer em termos práticos.

No presente capítulo a cadeira vai abordar aspectos relacionados com os Conceitos de Contabilidade
Geral e Financeira, objecto e objectivos, as principais diferenças que existem entre a Contabilidade Geral
e Financeira e a Contabilidade Analítica.

Vamos também abordar sobre as limitações que a Contabilidade Geral e Financeira tem, tendo em conta
que está virada para o exterior, ou seja, não responde a necessidade de gestão interna.

Como forma de fornecer informações para a gestão, surge um outro tipo de contabilidade, a
Contabilidade Analítica, cujo objecto são os custos e proveitos determinados de acordo com as
necessidades de gestão.

A Contabilidade de Gestão, sendo uma dessas áreas de conhecimento, seguiu, naturalmente, a essa
tendência. É neste contexto que se podem identificar quatro fases bem diferenciadas de evolução do
conceito e conteúdo de contabilidade de gestão, centrando inicialmente:

 Antes de 1950, na determinação dos custos e do seu controlo;


 Depois de 1965, no fornecimento de informação para o planeamento e controle de gestão;
 Desde 1985, na utilização eficiente dos recursos nos processos empresariais;
 Após 1995, na criação do valor com a utilização eficaz dos recursos.

1.1 Conceitos de Contabilidade Geral ou Financeira

É uma técnica de registo e controlo dos factos patrimoniais que a empresa realiza com o exterior e que
provocam alterações na composição e ou valor do seu património. As informações por ela fornecidas
dizem respeito não só a essas relações, mas também ao apuramento do resultado global. A
Contabilidade Financeira desenvolve-se numa óptica financeira, jurídica e fiscal.

Para FRANCO (1997:21) a Contabilidade “é a ciência que estuda os fenómenos ocorridos no património
das entidades, mediante o registo, a classificação, a demonstração expositiva, a análise e a
interpretação desses factos, com o fim de oferecer informações e orientação – necessárias à tomada
de decisões – sobre a composição do património, suas variações e o resultado económico decorrente
da gestão da riqueza patrimonial”.

1.1.1 Objecto da Contabilidade Geral

1
São todos os factos patrimoniais ocorridos na entidade (empresa) que possam alterar ou modificar o
valor do património.

1.1.2 Objectivos da Contabilidade Geral

 Proporcionar informações adequadas e sistemáticas dos fenómenos patrimoniais que permitam


tomada de decisões;
 Produzir demonstrações económico financeiras que sirvam de suporte as decisões dos utentes
ou interessados da empresa.

1.1.3 Propósitos de um sistema de Contabilidade

 Formulação da estratégia global da organização e planos de médio e longo prazo;


 Tomada de decisões sobre alocação de recursos;
 Planeamento e controlo dos custos de operações;
 Medida e avaliação de desempenho;
 Cumprimento da regulamentação externa sobre o reporte financeiro.

A Contabilidade financeira é aplicável às empresas comerciais onde função produção se reduz a


expressão mais simples, podendo dizer-se, praticamente, que as compras (de mercadorias) se sucedem
directamente as vendas (de mercadorias).

1.1.4 Limitações da Contabilidade Geral

É preciso todavia, dizer algo a respeito das limitações do método contabilístico. Algumas destas
limitações são intrínsecas ao método contabilístico enquanto outras características dos métodos
puramente quantitativos.

As limitações da contabilidade são as seguintes:

 A contabilidade não é e nem deve ser entendida como um fim em si mesma. Isto quer dizer que
as informações por si fornecidas só terão utilidade desde que satisfaçam as necessidades da
administração ou de outros interessados, e não apenas as do contabilista.
 A contabilidade só é capaz de captar e registar, normalmente, eventos mensuráveis em moeda.
Contudo, em quase todas as decisões, muitos outros elementos não-quantitativos devem ser
levados em conta para uma decisão adequada.

Existe ainda muita confusão entre contabilistas, no diz respeito a princípios, a procedimentos de
avaliação, bem como a terminologia, o que prejudica a qualidade das demonstrações financeiras.

O resultado destas limitações é que os relatórios contabilísticos não espelham exactamente a realidade
económica e financeira da entidade. Muitas vezes a contabilidade fornece um retracto algo desfocado
ou desfasado de uma paisagem empresarial. Mas, os contabilistas não se devem humilhar por isto, pois
o mesmo acontece com outros métodos quantitativos.

1.1.5 Contabilidade Geral e a Informação para a Gestão

À medida que aumenta a dimensão de empresas, determinadas pelo alargamento do Mercado e pelas
incessantes inovações tecnológicas, maior é a necessidade que os gestores tem de informações
atempadas que permitam auxiliar a tomada de medidas fundamentais para fazer face à concorrência,
aumentar os resultados e lançar menos produtos no mercado a preços competitivos. Isto implica que

2
todos os aspectos de gestão das empresas estejam devidamente organizadas, programadas e
controladas com vista a facultar o conhecimento profundo de empresas em tempo oportuno.

Exemplo:

A Sociedade de Cafés Alfa SA, tem por objecto a importação e comercialização de cafés, dispondo, para
isso, instalações fabris próprias nos arredores de Angónia e escritórios nesta na Vila Ulongué. Em
Angónia dispõe ainda, de um estabelecimento de venda ao público (cafés e artigos de mercearia) e de
um restaurante. Em 31 de Dezembro de N o Balanço e a Demonstração de Resultados apresentavam a
seguinte estrutura:

Balanço (em unidades monetárias)


Activo
Não Corrente
Tangiveis 36 000
Corrente
Inventários 163 000
Clientes 48 200
Caixa e Bancos 26 800
Acrescimos e diferimentos 1 500
Total do Activo 275 500
Capital próprio e Passivo
Capital próprio
Capital Realizado 30 000
Reservas 22 000
Resultado líquido do período 17 600
Total do capital próprio 69 600
Passivo
Corrente
Fornecedores 205 900
Total do passivo 205 900
Total do capital próprio e passivo 275 500

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS1 (em unidades monetárias)


RENDIMENTOS E GASTOS
Variação dos inventários de produção +629.760
Vendas e serviços prestados +2.400
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -431.600
Fornecimentos e serviços de terceiros -24.600
Gastos com o pessoal -89.400
Ajustamento de dívidas a receber -2.160
Outros Rendimentos e ganhos +1.710
Outros gastos e perdas -12.050
Amortizações do exercício 6.500
Resultado Operacional 67.560
Gastos financeiros 34.500
Resultados antes do imposto 33.060
Imposto sobre o rendimento do exercício 15.460
Resultado líquido do exercício 17.600

1
Fonte: Caiado A. C. Pires, Contabilidade Analítica e de Gestão,2011, 6ª Edição, Pag. 44 e 45.

3
Em face destes elementos, verifica-se que no referido exercício Surgem as seguintes perguntas?

1. Qual a contribuição de cada sector para o resultado?


2. Qual foi o custo dos produtos fabricados?
3. Qual foi o custo das matérias-primas incorporadas, dos materiais de embalagem e das
operações de transformação.
4. Quais os custos de cada departamento da empresa?
5. Será mais económico criar um sector de manutenção ou recorrer ao exterior?

Da análise das vendas obtivemos:


Café Loja Restaurante Total
Vendas 536 140,00 42 900,00 50 720,00 629 760,00
% 85,1 6,8 8,1 100

Custos pelas áreas de vendas


Café Loja Restaurante Adm. Finanças Total
Custo das Exist. Consumidas 366 130 26 650 38 820 431 600
For. Serv. De terceiros 14 170 2 470 6 060 1 900 24 600
Impostos 1 590 400 440 5 770 8 200
Gasto c/ Pessoal 41 190 10 800 16 070 21 340 89 400
Gastos de Financiamento 34 500 34 500
Outros gastos e perdas 110 80 60 350 600
Gastos de depreciações 3 630 240 1 080 1 550 6 500
Ajustamentos das dividas a receber 1 490 670 2 160
SubTotal 428 310 40 640 62 530 66 080 597 560
Variações de Investimentos -2 600 -100 300 -2 400

A partir destas informações é possível elaborar a demonstração de resultados por funções.


Café Loja Restaurante Total
Vendas e Prestação de Serviços 536 140 42 900 50720 629 760
Custos das vendas e serv. Prestados 425 710 40 540 62 830 529 080
Resultado bruto 110 430 2 360 -12 110 100 680
Outros rendimentos 1 710
Gastos de distribuição 31 580
Outros gastos 3 250
Resultado operacional 67 560
Gastos de financiamento 34 500
Resultado Antes de Imposto 33 060
Imposto s/ Rendimento 15 460
Resultado Liquido do Exercício 17 600

O sector dos cafés proporcionou resultados substâncias à empresa e que o restaurante merece uma
atenção especial. Na verdade, é importante que se analise os gastos, os preços praticados e o número
de refeições servidas se inserem numa gestão adequada face a concorrência.

A contabilidade geral é insuficiente para dar resposta às necessidades de informação para a gestão,
trata o passado.

Surge assim a necessidade de um outro tipo de contabilidade, virada não para o exterior das empresas
mas para o seu interior. Esta contabilidade interna também se designa por Contabilidade Analítica ou de
Gestão.

4
A Contabilidade Geral ou Financeira tem fundamentalmente por objecto o controlo das relações com
terceiros (clientes, fornecedores, devedores, credores, bancos, etc.) revelar as variações das contas do
balanço e proceder ao apuramento do resultado do período.

A contabilidade geral é insuficiente para dar resposta às necessidades de informação para a gestão. Na
verdade, trata-se de uma contabilidade do passado, cujas informações têm falta de actualidade e estão
submetidas a normas rígidas, obedecendo neste caso o Plano Geral de Contabilidade.

Surge assim a necessidade de um outro tipo de contabilidade, virada não para o exterior das empresas
mas para o seu interior. Esta contabilidade interna também se designa por Contabilidade Analítica ou
Contabilidade de Gestão.

1.2 Contabilidade de Gestão

1.2.1 Breve Historial sobre a Contabilidade Analítica

A contabilidade Analítica nasceu da contabilidade financeira, quando da necessidade de avaliar stocks


na indústria, mais especificamente com o início da revolução industrial. Anteriormente a esse período,
os produtos eram fabricados por artesãos que, via de regra, não constituíam pessoas jurídicas e pouco
preocupavam-se com o cálculo de custos.

A contabilidade nessa época tinha sua aplicação maior no segmento comercial, sendo utilizada para
determinar o resultado do exercício. Porém, com o incremento da indústria surge a necessidade de
cálculo de custos para formação de stocks.

No segmento Industrial, cálculo de custo dos produtos não poderia ser efectuado da mesma forma, uma
vez que o fabricante compra materiais e os transforma, paga mão de-obra para elabora-los e ainda
consome uma infinidade de outros custos (energia, água, equipamentos, etc.) para enfim gerar o bem
para venda.

Nessa situação, na qual vários insumos são consumidos para elaboração de um novo produto, não é
tão simples o cálculo de custos a serem implementados. Essa dificuldade ou necessidade fez surgir a
contabilidade analítica, inicialmente com a finalidade de mensurar os stocks produzidos e determinar o
resultado do exercício.

A Contabilidade Analítica actualmente pode ter infinitas ramificações em sua aplicação dependendo das
particularidades operacionais de cada tipo de empresa e dependendo ainda do estudo pormenorizado
de suas necessidades de controlo de custos com finalidade de redução destes, como forma de aumentar
a competitividade entre empresas no mercado consumidor nacional ou internacional.

O seu valor real está na sua capacidade de prover dados de custos significativos, com presteza
suficiente, para permitir aos directores, gerentes e a seus subordinados, tomar rapidamente acções
correctivas, quando forem encontradas situações desfavoráveis ou quando houver oportunidades
favoráveis de mudanças.

1.2.2 Contabilidade Analítica

Conceito:

Técnica de análise dos custos e dos proveitos de uma empresa que tem por objectivos:

 Valorização dos bens produzidos e vendidos;

5
 O controlo das condições internas de exploração.

A Contabilidade analítica diz respeito a parte interna da empresa e ocupa-se do registo e controle do
movimento interno, do apuramento e análise dos outros custos e proveitos visando a eficiência de
gestão. A Contabilidade analítica é de ordem económica.

Contabilidade Interna, Analítica ou de Gestão - regista as operações internas e visa a determinação de


resultados não globais, isto é, por produto, por departamento, etc (fornece o custo de cada produtos ou
serviço produzido pela empresa; permite a criação de centros de custos dentro da própria empresa;
possibilita estudos de rentabilidade interna; auxilia a gestão no controlo e tomada de decisões).

1.2.3 Objecto da Contabilidade analítica

São os custos, proveitos e resultados das organizações, determinados e analisados a prior ou


posterior, de acordo com as necessidades da gestão da organização.

1.2.4 Objectivo da Contabilidade Analítica

A missão essencial consiste na classificação e registo dos gastos industriais por processos
tendentes a determinação tanto quanto possível rigorosa dos custos particulares de vários
produtos e serviços que a empresa fabrica e vende.

Permitir a apreensão, classificação, registo, analise e interpretação dos valores físicos e monetários das
variações patrimoniais ocorridas, projectadas ou simuladas pertencentes ao ciclo produtivo da empresa,
com vista a tomada de decisões de natureza administrativa nos seus diversos níveis de comando ou
hierarquia.

De vários objectivos podemos especificamente destacar a avaliação de stocks, formação de preço de


venda, controle operacional, obtenção de dados para orçamentos, estabelecimento de parâmetros,
avaliação de desempenho, determinação de resultados, cumprimento de exigências fiscais, análise de
alternativas e tomada de decisões.

1.2.5 Principais Características da Contabilidade Analítica e de Gestão.

 Organiza-se em função das necessidades específicas de cada organização; ela é aplicada em


qualquer empresa (industrial, comercial, prestação de serviços, etc.), visto que abrange todas
as categorias de custos e proveitos (industriais, administrativos, etc.).
 Destina-se a servir a todos gestores a todos níveis hierárquicos;
 Deve estar actualizada e fornecer informações rapidamente; A contabilidade analítica tem uma
função dinâmica, não devendo se restringir aos relatos históricos muito depois de terem
ocorrido, quando talvez já não tenham tanta utilidade.
 Deve estar organizada para por em relevo as responsabilidades, ou seja fixar responsabilidades
aos diferentes agentes de cada uma das secções da empresa.

1.3 Necessidade da Contabilidade Analítica e de Gestão


Os responsáveis pela gestão das diversas entidades têm necessidade de obter informações relevantes,
oportunas, claras e objetivas para poderem realizar as diversas funções administrativas como a
organização, o planeamento ou o controlo. Assim, terão de apoiar-se nas técnicas de informação, entre
as quais há a referir a Contabilidade. De facto, os gestores das entidades terão necessidade de
conhecer os gastos, os rendimentos e os resultados não só dos produtos que fabricam e vendem e dos
serviços que prestam, como também daqueles que se verificam nos vários departamentos e funções da

6
entidade, de modo que o processo de tomada de decisões na entidade seja eficiente e contribua para
o alcance dos objetivos que persegue
Será que a Contabilidade financeira, como técnica de informação ao serviço de uma entidade (empresa,
clínica, escola, hospital, entre outros), pode fornecer-nos todos os dados indispensáveis à sua gestão?
As informações obtidas com a Contabilidade financeira, embora sejam úteis, são insu-ficientes para dar
resposta às necessidades de informação para a gestão, sobretudo pela sua fraca operacionalidade no
controlo, na gestão corrente e na planificação das atividades, assim como no processo de tomada de
decisões.
A Contabilidade financeira não permite:
 Apurar o contributo de cada produto para a formação do resultado do exercício. Esta informação
é fundamental para sabermos se existe algum produto que dá prejuízo ou que não é
suficientemente rentável;
 Analisar as condições internas de exploração;
 Apurar os gastos e os resultados por produtos, nas várias fases do ciclo produtivo, por
funções e por centros de gastos;
 O planeamento e o controlo das actividades, uma vez que os rendimentos e os gastos são
agrupados por natureza. Por exemplo, os gastos com o pessoal a registar na conta 62 - Gastos
com o pessoal, referenciada no SNC, NIRF- PE;
 A resposta a muitas questões como:
o Qual o custo de cada unidade produzida? Esta informação é necessária para a
determinação dos preços de venda, para a valorização dos inventários finais e para
efeitos de controlo dos custos de produção;
o De que modo se repartem os gastos pelos produtos fabricados e serviços prestados
pela entidade?
o Qual a evolução dos gastos de um determinado centro de gastos?
o Haverá possibilidade de reduzir o custo industrial dos produtos reduzindo, por exemplo,
os gastos fixos?
o Qual a estrutura de gastos ao longo do ciclo produtivo dos produtos fabricados? Qual é
o peso dos gastos fixos e dos gastos variáveis no custo industrial dos produtos?
o Deve a empresa optar por substituir uma máquina ou proceder à sua reparação?
o Como avaliar o custo dos produtos em vias de fabrico?

1.4 Diferenças entre a Contabilidade Analítica e a Contabilidade Financeira

No geral, a contabilidade financeira está mais virada ao fornecimento de informações financeiras globais,
e a Contabilidade Analítica ou de Gestão providencia informações analíticas que servem de suporte aos
gestores na tomada de decisões. Das duas contabilidades, ressaltam várias diferenças, entre as quais:

7
Cont. Financeira Cont. Analitica
Destinatário da informação Reporte para pessoas e Reporte aos órgãos internos à
entidades externas com organização, nomeadamente:
interesse na organização tais trabalhadores, gestores,
como: Accionistas/ sócios; eventualmente consultores
Credores e bancos; Finanças; para: Planeamento;
Fornecedores e Organização; Direcção;
Clientes Controlo e Avaliação do
desempenho
Objectivo da informação Comunicar as entidades Fornecer feedback a cerca das
externas interessadas de uma decisões tomadas pelos
forma sumária, a situação gestores e em simultâneo
financeira da empresa como um fornecer dados que permitam
todo. efectuar controlo da
performance operacional.
Tipo e âmbito da informação Apresentação da situação Apresentação dos relatórios
financeira geral da Organização financeiros segmentados por
departamentos, produtos,
clientes, trabalhadores, etc.
Natureza da informação Existência obrigatória; Existência não obrigatória, não
Observação dos PCGA, sujeito a normas impositivas
normas, etc. Ênfase na externas. Os sistemas de
objectividade, exactidão e informação são definidos
verificabilidade dos dados internamente de forma a
satisfazer as necessidades
estratégicas e operacionais da
organização

1.5 A Contabilidade analítica e de gestão e as funções da empresa


A Contabilidade analítica e de gestão tem um papel importante no planeamento e no controlo orçamentai
com a obtenção de informações sobre os gastos e rendimentos de períodos passados, para efeitos de
elaboração do planeamento e dos orçamentos. Fornece ainda informações sobre os gastos,
rendimentos e resultados reais dos períodos que vão decorrendo, com vista à comparação com os
valores constantes dos respetivos orçamentos, efetuando-se o apuramento dos desvios, a análise
destes e a tomada de decisões corretivas, se necessárias

As necessidades de normalização contabilística conduziram ao registo da atividade das entidades em


contas que se distribuem por 8 classes. 0 SNC não prevê uma classe 9 para a Contabilidade analítica e
de gestão, mas os responsáveis das entidades têm liberdade para implementar uma organização
contabilística para registar a atividade interna e apurar o custo industrial e o resultado, como iremos
estudar no Capítulo IX.

Você também pode gostar