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A análise por índices ou indicadores financeiros diz respeito à relação existente entre grupos, subgrupos e
contas pertencentes às demonstrações contábeis que sejam úteis na análise da situação econômico-financeira
da empresa.
Os indicadores financeiros têm como objetivo detectar situações, verificar tendências dos acontecimentos e
proporcionar subsídios para que a alta administração da empresa direcione esforços corretivos necessários ao
bom desenvolvimento da organização.
Um índice não deve ser analisado isoladamente, mas em relação a períodos anteriores e empresas que atuam
no mesmo setor econômico; estes são os denominados índices-padrão.
A Análise de Demonstrativos pode ser feita pelos métodos de Análise Vertical, Análise Horizontal e Análise por
Quocientes.
Esses indicadores medem a capacidade da empresa em pagar suas dívidas dentro do vencimento e mostram
sua estrutura de endividamento. Os índices de liquidez visam fornecerem um indicador da capacidade da
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empresa de pagar suas dívidas, a partir da comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades. O termo
liquidez significa a velocidade com a qual um ativo pode ser convertido em dinheiro. Dividem-se em:
p. 114 caderno
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Balanço Patrimonial Padronizado e DRE da Vale Doce S.A., em 31/12/x2 p. 116 caderno
Conclusão: Para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo (PC), a empresa possui apenas R$ 0,12 em X1 e R$ 0,39
em X2 de disponibilidade.
Considere que a composição monetária do numerador e denominador é completamente distinta. No
numerador, temos fundos imediatamente disponíveis. No denominador, dívidas que, embora de curto prazo,
vencerão em 30, 60, 90, 180 e até 360 dias. Assim, a comparação mais correta seria com o valor presente de
tais vencimentos, ou colocando-se no denominador o valor que pagaríamos se nos dispuséssemos a pagar as
dívidas de curto prazo hoje, de uma só vez.
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É importante ressaltarmos que, mesmo com o indicador Liquidez Corrente maior que 1, a empresa pode não
honrar seus compromissos de curto prazo (passivo circulante) se uma significante parte de seus direitos de
curto prazo (ativo circulante) for composto por estoques.
3.1.2.3. Índice de Liquidez Seca (ILS) ou índice de liquidez ácida ou teste ácido
O índice de liquidez seca é obtido pela razão entre o ativo circulante deduzido dos estoques e o seu passivo
circulante. Indica quantos reais existem no ativo circulante para cada R$ 1,00 de passivo circulante sem
considerar a realização dos estoques, ou quanto a empresa possui de ativo líquido (porque não entra o
estoque) para cada $ 1,00 de PC (dívida de curto prazo).
Fórmula: AC – Estoque
PC
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Em X1 a empresa conseguiu pagar apenas 29% de suas dívidas correntes com o disponível e os clientes (sem
estoques). Em X2, já melhora o seu desempenho, pois paga 90% de suas dívidas de curto, somente com o
disponível e os clientes (sem estoques).
Então podemos afirmar que para cada R$1,00 de dívidas no curto prazo a empresa tem condições de saldar
R$0,29 com as contas de disponível e valores a receber em X1 e R$ 0,90 em X2.
AQUI
3.1.2.4. Índice de liquidez geral (ILG) ou índice de liquidez total.
Este índice é obtido pela razão entre o ativo circulante mais o ativo realizável a longo prazo da empresa e o
seu passivo circulante somado ao passivo exigível de longo prazo, isto é, compara os bens e os direitos que se
converterão em dinheiro a curto e longo prazo com as obrigações com igual prazo de vencimento.
Assim, o índice de liquidez geral indica quantos reais existem nos recursos realizáveis no Ativo Circulante e
Realizável de Longo Prazo para cada $1,00 de dívida com terceiros (Passivo Circulante e Exigível de Longo
Prazo).
Fórmula: AC + RLP
PC + ELP
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O índice de liquidez geral de X1, igual a 0,82, indica que para cada $ 1,00 de dívida totais (vencíveis a curto e
longo prazo) a empresa tem $ 0,82 de investimentos realizáveis a curto prazo e longo prazo), ou seja, não
consegue pagar todos as suas dívidas faltando 18% para cada $ 1,00 de dívida e em X2 possui 0,94 faltando
0,06 para cada 1,00 de dívida em que pode pagar com capital próprio ou com financiamento (capital de
terceiros), ou seja, precisará gerar recursos futuramente para pagar suas dívidas totais.
Os quatro primeiros índices são também chamados índices de endividamento e os dois últimos de estrutura
de capital.
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O índice de endividamento total da empresa é de 77% em X1 e isto significa que o capital de terceiros
representa 77% do total das fontes de capital, isto é, os credores fornecem mais da metade das fontes de
recursos totais da empresa e em X2 62%.
Indica que 77% do Ativo da empresa são financiados com recursos de terceiros, ou seja, para cada R$ 100
aplicados no Ativo, a empresa utilizou R$ 77 de capital de terceiros em X1 e em X2 62%.
A participação do capital de terceiros é obtida pela razão entre o passivo exigível, isto é, passivo circulante
mais passivo exigível a longo prazo, e o seu patrimônio líquido, ou seja, compara o capital de terceiros com o
capital próprio da empresa.
O grau de endividamento do patrimônio líquido indica quantos reais existem de dívidas totais para cada R$
100 de patrimônio líquido.
Formula: Capital de Terceiros x 100
PL
X1: 85.000 x 100 = 340%
25.000
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Estes dois índices mostram que em X1, para cada R$ 100 de capital próprio (PL) a empresa tomou R$ 340 e
em X2 R$ 160 de capital de terceiros. Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação Capital
de Terceiros/PL, menor a liberdade de decisões financeiras da empresa ou maior a dependência a estes
financiadores externos, ou seja, a empresa terá menor liberdade financeira quanto maior for sua dependência
de capitais de terceiros.
O grau de garantia de capitais de terceiros é obtido pela razão entre o patrimônio líquido e o passivo exigível,
ou seja, o passivo circulante mais passivo exigível a longo prazo, isto é, comparara o capital próprio com o
capital de terceiros da empresa.
Assim, o grau de garantia de capitais de terceiros indica quantos reais existem de patrimônio líquido para cada
R$ 100 de dívidas totais, ou seja, quantos reais de capitais de terceiros têm capitais próprios como garantia.
Os indicadores mostram que para cada R$ 100 de dívidas com terceiros, a empresa dispõe de R$ 29 de capitais
próprios em X1 e R$ 62 em X2. A situação é mais desfavorável em X1, melhorando bem em X2, ou seja, a
margem de garantia dada aos capitais alheios era muito baixa em X1, ficando quase favorável em X2.
Este índice obedece à regra quanto maior melhor, pois quanto maior a existência de recursos próprios, maior
a garantia aos capitais de terceiros.
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Este indicador mostra quanto da dívida total da empresa deverá ser pago no curto prazo, isto é, as obrigações
no curto prazo comparadas com as obrigações totais caracterizam o perfil da dívida quanto ao seu vencimento.
Empresas com altos níveis de endividamento no curto apresentam maiores riscos de insolvência.
A razão é de que quanto mais dívidas para pagar no curto prazo, maior será a pressão para que a empresa
gere recursos para honrar seus compromissos.
Tais índices indicam que em X1 a empresa tinha R$ 100 em curto prazo de dívida referente ao capital de
terceiros, ou seja, a dívida estava toda concentrada em curto prazo, e que em X2 este percentual ficou em R$
61 melhorando aquilo que se pode chamar perfil de dívida, sobrou R$ 39 de dívida para Longo prazo, enquanto
que em X1 não tem dívida nenhuma de longo prazo. E a conclusão que se chega é que nas dívidas de longo
prazo, a empresa dispõe de tempo para gerar recursos.
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Ou
Em X1 a empresa aplicou todo seu PL no ANC deduzindo o realizável de longo prazo e mais 60% de capital de
terceiros e X2 mais 10% não sobrando capital próprio nenhum para aplicar no AC e Realizável de Longo Prazo.
Verifica-se, portanto, que, a empresa não conseguiu financiar todo o seu Ativo Fixo com os recursos próprios,
pois os indicadores de 160% e 110% revelam que houve a utilização de capitais de terceiros vencíveis a longo
prazo.
Outro detalhe importante é que a empresa não tem Capital Circulante Próprio (CCP) ou Capital de Giro Próprio
(CGP), ou seja, todo seu Ativo Circulante e Realizável de Longo prazo é totalmente composto por capital de
terceiros nos dois anos.
Observação
A parcela do PL aplicada no AC é chamada capital circulante próprio ou capital de giro próprio.
Assim pode-se deduzir:
CCP = PL – AnC deduzindo o realizável de longo prazo ou
CCP = PL - Investimentos, Imobilizado e intangível
CCP = Capital Circulante Próprio.
CGP = Capital de Giro Próprio
O CCP ou CGP é, portanto, a parcela do PL investida no AC.
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Conclusão: quanto mais a empresa investir no ANC (Investimentos, Imobilizado e Intangível), menos recursos
próprios sobrará para o Ativo Circulante e Realizável de Longo Prazo, e em consequência, maior será a
dependência a capitais de terceiros para o financiamento do Ativo Circulante e Realizável de Longo Prazo.
A interpretação deste quociente deverá ser direcionada a verificar a existência ou não de Capital Circulante
Próprio.
O quociente de Imobilização dos Recursos não correntes revela qual a proporção existente entre o Ativo Fixo
(investimento, imobilizado e intangível) e os Recursos Não Correntes, isto é, quanto a empresa investiu no
Ativo Fixo para cada R$ 100 de Patrimônio Líquido mais Exigível a Longo Prazo.
Em X1 a empresa utilizou todo seu recurso não corrente (Patrimônio Líquido) porque não teve Passivo Exigível
a Longo Prazo para investir no Ativo Fixo (investimento, imobilizado e intangível), não sobrando nada para o
AC, ou seja, encontrou um índice de 160, significa que para cada R$ 100 de Patrimônio Líquido porque não
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tecve Passivo Exigível a Longo Prazo, ela investiu R$ 160 em investimento, imobilizado e intangível, isto é:
imobilizou todo o Patrimônio Líquido porque não teve Passivo Exigível a Longo Prazo mais recursos de
terceiros equivalentes a 60% do Patrimônio Líquido; o Ativo Circulante é todo financiado por recursos de
terceiros; e tem um Capital Circulante Próprio Negativo.
Em X2 utilizou 67% dos recursos não correntes para investir no Ativo fixo e a diferença de 33% para o Ativo
Circulante.
A parcela de recursos não correntes destinada ao AC é denominada capital circulante líquido (CCL) ou Capital
de Giro Líquido (CGL). Ou seja:
Capital Circulante Líquido = Recursos não Correntes (PL e PELP) - Ativo Fixo (investimento, imobilizado e
intangível)
Os analistas de balanços recomendam que este índice não seja superior a 100%, isto porque a empresa deve
possuir um Capital Circulante Líquido positivo. Mas, o que vem a ser o Capital Circulante Líquido ou
simplesmente CCL? O CCL é o que sobra dos Recursos não Correntes após a parcela destinada à imobilização
do Ativo Fixo, ou a parcela dos Recursos não Corrente destinada ao Ativo Circulante.
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A análise econômica é realizada por meio do cálculo de quocientes de rentabilidade, que mostram o quanto
renderam os investimentos realizados pelos investidores, e indica qual é o desempenho e a saúde da empresa.
Ela proporciona, também, uma avaliação da situação patrimonial e indica ao investidor melhores condições
para a tomada de decisão.
A análise econômica determina os aspectos relacionados com a estrutura de capitais, com o lucro e com a
remuneração dos investidores.
Os índices deste grupo mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quantos renderam os
investimentos, e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa.
A rentabilidade do capital investido na empresa é conhecida por meio do confronto entre contas ou grupo de
contas da Demonstração do Resultado do Exercício ou conjugando-as com grupos de contas do Balanço
Patrimonial.
Neste grupo de informações sobre rentabilidade encontram-se dois conjuntos de índices; eles expressam as
margens de lucratividade das vendas e as taxas de retorno sobre os recursos investidos.
Indicadores de Rentabilidade
Margem de Lucratividade das Vendas Taxas de Retorno sobre os Recursos Investido
Quando o rendimento é relacionado com o volume das Quando o rendimento é relacionado com os capitais
vendas, denomina-se lucratividade. investidos na empresa, denomina-se retorno.
Margem Bruta Retorno sobre o Investimento Total
Margem Operacional Retorno sobre o Capital Próprio
Margem Líquida
Uma ferramenta popular usada para avaliar a margem de lucratividade da empresa em relação às vendas é a
análise da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) em termos de participação ou composição dos
resultados do Lucro Bruto, do Operacional e do Líquido.
O índice de margem bruta é obtido pela razão entre o lucro bruto ou Lucro Operacional Bruto e as vendas
líquidas ou Receita Operacional Líquida (ROL), isto é, compara a margem bruta da empresa com as vendas.
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Dessa forma, o índice evidencia a margem bruta proporcionada por cada unidade monetária de venda, ou
seja, a margem remanescente para o pagamento das despesas operacionais e não operacionais da empresa.
O índice de margem bruta indica quantos R$ a empresa lucrou após a dedução do Custo da Mercadoria
Vendida (CVM) para cada R$ 100 de receita líquida.
Formula: MB = Lucro Bruto x 100
Vendas Líquidas
A Vale Doce S.A obteve uma margem bruta de 61% em relação à Receita Operacional Líquida ou Vendas
líquidas, e no ano X2 aumentou sua participação para 66%.
Este 61% significa que o resultado bruto correspondeu a 61% do faturamento líquido (ROL) ou, em outras
palavras: em cada real de vendas a empresa obteve R$ 0,61 de lucro bruto e em X2 R$ 0,66.
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A margem operacional (lucro operacional ou lucratividade operacional) aumentou de 16% para 33%, em
relação a X1. O principal responsável por esse aumento foi à queda nas despesas gerais e administrativas de
18,18%, (65.000 div 55.000 -1 x 100) aumento nas receitas financeiras de 1000% (11.000 div 1.000 -1 x 100 )e
diminuição das despesas financeiras de 80,65% (22.400 div 12.400 – 1 x 100_.
Dentre as Despesas Operacionais, destaque negativo para as Despesas com Vendas, que cresceram em
143,75%. (39.000 div 16.000 -1 x 100)
Portanto, em X1 com o indicador de 16%, significa que o resultado operacional correspondeu a 16% das vendas
líquidas ou, em outras palavras, em cada real de vendas a empresa obteve 16 centavos de lucro operacional
e em X2, 33 centavos, dobrando o resultado do ano anterior.
3.2.1.1.3 Margem Líquida (ML) também chamada de Retorno sobre as vendas (RSV)
O índice de margem líquida demonstra a lucratividade das vendas. Assim, podemos verificar que, a cada
R$100,00 em vendas, a empresa obterá determinado percentual de lucro. Mostra o ganho final do lucro da
empresa que deverá estar à disposição dos donos do capital investido (proprietários, acionistas, cotistas).
Para cada R$ 100 vendidos sobrou para a empresa (aos proprietários) R$ 9 em X1 e R$ 17 em X2. Esse 9%
significa que o resultado das operações da empresa correspondeu a 9% das vendas líquidas (ROL) ou, em
outras palavras, em cada real de vendas a empresa obteve 9 centavos de lucro em X1 e 17 centavos em X2.
Essas taxas de retorno sobre os recursos investidos, medem o poder de ganho da empresa e/ou dos
proprietários (acionistas ou cotistas) em relação aos recursos aplicados na empresa.
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Para avaliar os índices referentes às taxas de retorno sobre os recursos investidos, que serão apresentados a
seguir, vamos utilizar, além das Demonstrações dos Resultados dos Exercícios (DRE) e os Balanços Patrimoniais
encerrados em 31 de dezembro 31/12/X1 e X2 da Vale Doce S.A.
3.2.2.1.1. Taxa de Retorno sobre Investimentos (ROI) ou Taxa de Retorno sobre o Ativo Total (ROA)
O Retorno sobre o Ativo Total (return on total assets - ROA) é também conhecido como retorno sobre o
investimento (return on investment – ROI), e é o item que mede o desempenho gerencial na geração de lucros
com os ativos disponíveis, através do percentual obtido pela divisão do lucro líquido pelo valor total dos ativos
da empresa.
A taxa de retorno sobre investimentos evidencia o potencial de geração de lucros por parte da empresa, isto
é, quanto à empresa obteve de lucro líquido para cada real investido no Ativo Total. Assim, o índice de retorno
sobre os ativos totais indica quantos R$ a empresas lucrou após a dedução de todas as despesas para cada R$
100 investido em ativos totais.
Um número geralmente aceito como mais exato, considera no denominador, o valor do ativo médio total que
é obtido pela média aritmética dos ativos totais registrados nos balanços dos dois últimos exercícios ou dos
últimos doze meses do período de apuração.
A interpretação desse quociente também deve ser direcionada para verificar o tempo necessário para que
haja retorno dos capitais totais investidos na empresa, conhecido como pay back.
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Tempo de Retorno
X1: X2:
1 ano................21% 1 ano..........................42%
x.......................100% = 4,76anos x...............................100% = 2,38 anos
Para cada R$ 100 investido, a empresa ganhou R$ 21 em X1 e R$ 42 em X2. Houve, portanto, apreciável
aumento na rentabilidade do ativo de um exercício para o outro (quanto rendeu......).
A empresa demoraria 4,76 anos para obter de volta o seu investimento (100 : 21 = 4,76) em X1, contando
exclusivamente com o seu lucro, ou, se fosse usar o lucro para ter de retorno os seus investimentos demoraria
4,76 anos e em x2= 2,38 anos.
O índice de retorno sobre o Patrimônio Líquido (Return on Equity – ROE) indica quanto de prêmio os acionistas
ou proprietários da empresa estão obtendo em relação a seus investimentos no empreendimento. O lucro,
portanto, é o prêmio do investidor pelo risco de seu negócio.
Esta taxa mede a remuneração dos capitais próprios investidos na empresa, ou seja, quanto à empresa ganhou
de Lucro Líquido para cada R$ 100 de capital próprio investido.
Também nesse caso, para se obter maior precisão no resultado, deve-se utilizar o valor do patrimônio líquido
médio, considerando-se dois exercícios seguintes ou doze meses consecutivos para o primeiro ano de análise.
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Tempo de Retorno
X1: X2:
1 ano............96% 1 ano..........................132%
x.................100% = 1,04 anos x...............................100% = 0,76 anos
A ROE referente ao ano X1, de 96%, mostra que o rendimento dos capitais próprios, a princípio, foi bastante
atraente.
Observa-se que, para cada R$ 100,00 de Capital Próprio investido, a Vale Doce SA conseguiu R$ 96,00 de lucro
e um pay back de 1,04 anos para os sócios recuperarem através do Lucro Líquido suas aplicações na empresa.
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Em X2 então, foi além da expectativa, pois para cada R$ 100 investidos, os proprietários tiveram um retorno
de R$ 132 e um pay back de 0,76 anos.
Cabe ressaltar que os investimentos dos sócios na empresa representam capital de risco, até porque nada
garante que a empresa auferirá lucro, portanto, espera-se que a ROE seja superior às taxas oferecidas no
mercado.
Resumindo, para cada R$ 100 de capital próprio investido, a empresa conseguiu R$ 96 de lucro em X1 e $ 132
em x2.
Isto significa que em média demoraria 1,04 anos para que a empresa recupere seus investimentos em X1 e
0,76 anos em X2.
O Giro do Ativo na realidade representa um indicador de atividade; no entanto, para efeito didático, optamos
por apresentá-lo junto com os índices de rentabilidade.
É um dos principais indicadores da atividade da empresa, pois estabelece uma relação entre as vendas do
período e os investimentos totais efetuados no empreendimento, que estão representados pelo ativo total
médio.
Um indicador elevado demonstra que a empresa usou seus ativos com eficácia para gerar vendas. Um índice
baixo pode indicar que a empresa não está utilizando toda a capacidade de seus ativos e deve aumentar
esforços de vendas ou então desfazer-se de alguns de seus ativos.
Indica quanto a empresa vendeu para cada $ 1,00 de investimento total.
Indica o tempo necessário para recuperar o total de investimentos realizados (ativo total).
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X1: 240.000 = 2,34 vezes, ou seja, 12 : 2,34 = 5 meses para recuperar o ativo.
102.500
*X1 >>> ROL = 240.000 = 102.500
2,34146
X2: 312.000 = 2,44 vezes, ou seja, 12 : 2,44 = 5 meses para recuperar o ativo.
128.000
Obs: O giro do ativo também pode ser calculado em termos de prazos, informam quantos dias, em média, a
empresa deverá levar para renovar ou girar seu ativo em decorrência das vendas.
A empresa vendeu em X1, R$ 2,34 para cada R$ 1,00 investido em média durante o exercício, ou seja, o volume
de vendas atingiu 2,34 vezes o volume de investimento.
Em X2, houve aumento pequeno do volume relativo de vendas; para cada R$ 1,00 investido a empresa vendeu
R$ 2,44.
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Em X1 a empresa auferiu um Giro do Ativo de 2,34 vezes, significando que vendeu, durante o exercício, o
equivalente a 2,34 vezes o valor de seu Ativo, ou, em outras palavras, cada real investido no Ativo produziu
uma receita líquida correspondente a R$ 2,34.
Em termos de prazo de renovação, a Vale Doce S.A obteve um Giro do Ativo de aproximadamente 153 dias, o
equivalente a 5 meses. Para a empresa é considerado um prazo muito aceitável, pois seu Ativo foi renovado
em decorrência das Vendas em um período de 5 meses.
No ano X2, os índices aparecem quase que idênticos a X1, pois cada real investido no Ativo produziu uma
receita líquida correspondente a R$ 2,44, com retorno de 147 dias.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
R$ ..... 1,38........., sem contar com a realização das vendas de seus estoques.
ILS = 1,38 Dívidas (obrigações) curto R$ 1,38
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a) A Empresa Boguota obteve um lucro de R$ 1.800.000,00 durante X7; no mesmo período, a Empresa Palhoça
obteve um lucro de R$ 15.750.000,00. Com base nessas informações, podemos afirmar que a Empresa Palhoça
teve maior retorno que a Empresa Boguota.
( ) certo ( ) errado
A afirmativa está errada, pois, como você já aprendeu, existem outras variáveis para avaliar o retorno de uma
empresa, não só o lucro.
b) A ROI/ROA mostra o poder de ganho da empresa. (ROI Retorno sobre o investimento ou ROA Retorno sobre
o Ativo)
( .) certo ( ) errado
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Nesta atividade, está correto afirmar que, com a base teórica adquirida, a ROI/ROA evidencia o poder de ganho
da empresa.
Fórmula
Lucro Líquido x 10
Ativo Total médio
c) A ROE mostra o poder de ganho dos proprietários. Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) ou
Rentabilidade do PL
( .) certo ( ) errado
Fórmula
Lucro Líquido x 10
PL médio
O mesmo ocorre com a ROE: mostra o poder de ganho dos proprietários; portanto, está correta a afirmativa.
3) Considerando os quocientes de três períodos consecutivos, qual a tendência mais provável para a
Empresa H.
Endividamento total = PE = 0,70; 0,60; 0,50 (PE = Passivo Exigível ou capital de terceiros)
AT
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Obs: Este índice determina a proporção dos ativos totais financiados com recursos de terceiros.
a) ( ) A atividade econômica está sendo financiada cada vez menos por recursos próprios;
b) ( ) Os recursos próprios estão aumentando cada vez mais em relação aos recursos de terceiros;
c) ( ) Há indícios de aumento de recurso de terceiros aplicados em bens e direitos;
d) ( ) O endividamento total da empresa está com seu nível cada vez mais elevado.
Resposta Comentada
a) A primeira opção não está certa porque esta relação de endividamento mostra que, no primeiro ano, a
Empresa H tinha seu Ativo financiado por recursos de terceiros (PE) passivo exigível em 70% e apenas 30% de
recursos próprios (PL), depois 60% de terceiros e 40% próprio e 50% de terceiros e 50% próprio. A tendência
é aumentar o capital próprio. Alternativa errada.
b) A opção b é a correta, ou seja: os recursos próprios estão aumentando cada vez mais em relação ao de
terceiros. No primeiro ano, a Empresa H tinha seu Ativo financiado por recursos de terceiros (PE) passivo
exigível em 70% e apenas 30% de recursos próprios (PL), depois 60% de terceiros e 40% próprio e 50% de
terceiros e 50% próprio. A tendência é aumentar o capital próprio. Alternativa correta.
c) A terceira opção fala de aumento de recursos de terceiros (PE), quando sabemos que eles estão diminuindo
em relação aos recursos próprios. Alternativa errada.
d) Finalmente, a última opção afirma que o endividamento total está com seu nível cada vez mais elevado,
quando você viu que ele está, na verdade, diminuindo. Alternativa errada.
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