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CONTABILIDADE E ANÁLISE

DE CUSTOS

Profª Tarcita Cabral Ghizoni de Sousa, Drª


e-mail: tarcita.sousa@uniavan.edu.br
UNIDADES 3 e 4
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL

Custeio por Absorção é o método de apropriação, derivado da aplicação dos


Princípios Contábeis Geralmente Aceitos, e consiste na distribuição a todos os
produtos elaborados e serviços prestados, em um determinado período, de
todos os custos relativos ao esforço de produção naquele mesmo período
(MARTINS 2010).

Custeio por Absorção é o método de custeio do estoque, no qual todos os


custos de fabricação, variáveis e fixos, são considerados custos inventariáveis.
Isto é, “o estoque absorve todos os custos de fabricação”
(HORNGREN, 2003, p. 211).
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL

Custeio por Absorção é o único Método de Custeio aceito


pela Receita Federal, pelos Auditores Externos, por estar de
acordo com os Princípios de Contabilidade Geralmente
Aceitos, é bastante utilizado, apesar das deficiências para
fins gerenciais, em razão da alocação arbitrária dos custos
indiretos de fabricação.
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL

Esquema básico da contabilidade pelo Custeio por Absorção:

a) Separação entre custos e despesas;


b) Separação entre custos diretos e indiretos;
c) Apropriação dos custos diretos, diretamente aos produtos;
d) Rateio dos custos indiretos;
e) Soma dos custos diretos e indiretos de cada produto para
obter o custo industrial de cada um;
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL
Esquema básico da contabilidade pelo Custeio por Absorção:

f) Considerar como estoque (Ativo Circulante) os produtos em elaboração e os


prontos, ainda não vendidos (os estoques devem ser avaliados ao custo de
fabricação, ou custo industrial);
g) Considerar, como parte do resultado do exercício, as despesas efetuadas. Os
gastos sem relação com o processo produtivo.
h) Transferir para resultado, na forma de Custo dos Produtos Vendidos, o valor
do custo existente nos estoques, relativamente aos produtos vendidos.
i) Considerar as Receitas de Vendas como parte do resultado.
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL
Exemplo:
Supondo uma empresa
industrial, fabricante de
um único produto, com
os seguintes gastos,
durante o mês de
outubro:
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL
Exemplo:
Continuação:
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL

Exemplo: Continuação
Supõe- se, ainda, que:
→ No mês de outubro, foram produzidas 2.000 unidades e vendidas 1.500
unidades do produto, pelo preço de R$ 900,00 a unidade;
→ Não havia estoque inicial de produto acabado.
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL
Exemplo: Continuação

Solução: 1º passo: Separação dos gastos em custos e despesas.


3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL

Exemplo: Continuação
Solução:
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL

Exemplo: Continuação
Solução:
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL

Exemplo: Continuação
Solução:

Em resumo, os gastos, no valor de R$ 1.279.700, ficaram assim distribuídos:


3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL

Exemplo: Continuação
Solução:
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL

Exemplo: Continuação

Solução: 2º passo: Apuração do custo unitário de produção e


do custo dos produtos vendidos em outubro.
Em outubro, foram produzidas 2.000 unidades e vendidas 1.500,
ao preço de R$ 900,00 por unidade.
Apuração do resultado:
 Apura-se o custo unitário da produção,
 Apurar-se o custo dos produtos que foram vendidos.
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL
Exemplo: Continuação
Solução:
a) Apuração do custo unitário de produção para produzir 2.000 unidades, foram gastos os
seguintes valores com o custo da produção:
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL

Exemplo: Continuação
Solução: 3º passo: Demonstração do resultado do mês de outubro,
utilizando o custeio por absorção.
a) Valor das receitas brutas.
 No mês de outubro, foram vendidas 1.500 unidades do produto, pelo
preço de venda unitário de R$ 900,00 totalizando R$ 1.350.000
 (R$ 900,00 x 1.500) de receitas brutas.
b) Valor das receitas líquidas
Houve o pagamento de R$ 77.000 de tributos sobre as vendas de produtos
acabados.
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL
Exemplo: Continuação
Solução: Tais tributos são deduzidos, na DRE, das receitas brutas para a obtenção das receitas
líquidas.
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL
Exemplo: Continuação
Solução: As despesas não integram o custo dos produtos e, como consequência, serão
lançadas, diretamente, contra os resultados do mês de outubro.
c) Apuração do lucro bruto do mês.
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL
Exemplo: Continuação
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL
Exemplo: Continuação
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL
Exemplo: Continuação

f) Demonstração do saldo dos produtos acabados que ficaram nos estoques no


final de outubro, para vendas nos meses subsequentes.
 Foram produzidas 2.000 unidades, durante o mês de outubro, sendo o custo
unitário de R$ 477,50.
 Foram vendidas 1.500 unidades. Consequentemente, ficaram, em estoque, no
final de outubro, 500 unidades, totalizando R$ 238.750 (500 unidades x R$
477,50).
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO OU GLOBAL
Exemplo: Continuação
g) Conciliação dos valores das vendas e dos gastos no mês de outubro, com a apuração do
lucro no mês. No mês de outubro, as entradas e saídas de recursos:
3.2.1 VANTAGENS DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO

 Pode ser menos custoso de programar, pois ele não requer a separação
dos custos de manufatura nos componentes fixos e variáveis;
 Está de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC) e
as leis tributárias;
 Pode melhorar a utilização dos recursos, absorvendo todos os custos de
produção, permitindo apuração do custo total de cada produto.
3.2.2 DESVANTAGENS DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO
 Os custos, por não se relacionarem com este ou aquele produto ou a esta
ou aquela unidade, são normalmente distribuídos à base de critérios de
rateio, quase sempre com grande grau de arbitrariedade.
 O custo fixo por unidade depende, ainda, do volume de produção. Pior de
tudo, o custo de um produto pode variar em função da alteração de
volume de outro produto.
 Os custos fixos existem, independentes da fabricação ou não desta ou
daquela unidade, e acabam presentes no mesmo montante, embora
ocorram oscilações (dentro de certos limites).
3.3 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO

Método de Custeio Variável (Direto) Os custos variáveis são atribuídos aos


Produtos. Os fixos são tratados como despesas do período e não são
incluídos nos estoques.

Não se considera o custeio variável como de acordo com os Princípios de


Contabilidade Geralmente Aceitos, portanto deve ser utilizado apenas em
Relatórios Internos de Informações Gerenciais.
3.3 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO

Método de Custeio Variável (Direto) prevê uma apropriação de caráter


gerencial, considerando apenas os custos variáveis dos produtos vendidos,
possibilitando a apuração da margem de contribuição, quando confrontados
os custos variáveis aos valores da receita líquida do período, objeto de
análise
(LEONE, 2008)
3.3 CUSTEIO
VARIÁVEL OU
DIRETO
Exemplo:

Supondo uma empresa


industrial, fabricante de
um único produto, com
os seguintes gastos
durante o mês de
outubro:
3.3 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO

Exemplo: Continuação

Supõe- se, ainda, que:


→ No mês de outubro, foram produzidas 2.000 unidades e vendidas 1.500 unidades do
produto, pelo preço de R$ 900,00 a unidade; e
→ Não havia estoque inicial de produto acabado.
3.3 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
Exemplo: Continuação
Solução: 1º passo: Apuração do custo unitário de produção e do custo dos produtos
vendidos em outubro.

a) Apuração do custo unitário de produção


Para produzir 2.000 unidades, foram gastos R$ 880.000,00 de custos variáveis, conforme a
Tabela 2.
Portanto, pelo custeio variável, cada unidade produzida no mês custou R$ 440,00 que é o
resultado da divisão de R$ 800.000,00 por 2.000 unidades.
3.3 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
Exemplo: Continuação

Solução: 1º passo:

b) Apuração do custo dos produtos vendidos


Foram vendidas, durante o mês, 1.500 unidades.
Como cada uma custou R$ 440,00 para ser produzida, conclui-se que, o total do custo dos
produtos que foram vendidos é R$ 660.000,00, ou seja, 1.500 unidades x por R$ 440,00.
3.3 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
Exemplo: Continuação
Solução: 2º passo: Demonstração do resultado do mês de outubro, utilizando o custeio
variável.
a) Apuração do Lucro bruto
3.3 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
Exemplo: Continuação
Solução: 2º passo:
b) Apuração do lucro, antes do imposto de renda e da contribuição.

No custeio variável,
deduzem-se, também, o
total dos custos fixos.
No caso, o resultado seria
assim demonstrado:
3.3 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
Exemplo: Continuação

Solução: 2º passo:
c) Demonstração do resultado do mês
de outubro
Em sua forma completa, a
Demonstração do Resultado do mês
de outubro, de acordo com o custeio
variável:
3.3 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
Exemplo: Continuação

Solução: 2º passo:
d) Demonstração do saldo dos produtos acabados que ficaram nos estoques no final de
outubro, para vendas nos meses subsequentes.
o Foram produzidas 2.000 unidades, durante o mês de outubro, o custo unitário foi de R$
440,00. Foram vendidas 1.500 unidades.
o Consequentemente, ficaram em estoque, no final de outubro, 500 unidades, totalizando R$
220.000,00 (500 unidades x R$ 440,00).
3.3 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
Exemplo: Continuação
Solução: 2º passo:
e) Conciliação dos valores das vendas e dos gastos no mês de outubro, com a apuração do
lucro no mês pelo Custeio Variável

No mês de outubro, as
entradas e saídas de recursos
podem ser resumidas da
seguinte maneira:
3.4 RESUMO DAS DIFERENÇAS ENTRE O CUSTEIO POR
Exemplo: Continuação ABSORÇÃO E O VARIÁVEL
Tabela 16 Diferenças entre o custeio por absorção e o custeio variável

Observações:
a) Como demonstrado, o Lucro foi menor, R$ 18.750, com a adoção do custeio variável, em
comparação com o lucro obtido pelo custeio por absorção. Como este lucro é a base para a
tributação do imposto de renda e da contribuição social das empresas, explica-se o porquê de
não ser aceito pela legislação do imposto de renda, visto que a arrecadação dos tributos
será, consequentemente, menor.
3.4 RESUMO DAS DIFERENÇAS ENTRE O CUSTEIO POR
Exemplo: Continuação ABSORÇÃO E O VARIÁVEL
Observações:
b) A diferença de R$ 18.750,00 refere-se ao custo fixo unitário que foi incorporado aos
estoques de produtos acabados, com a adoção do custeio por absorção:
3.4.2 VANTAGENS DO CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO

 Os dados necessários para a análise das relações custo-volume-lucro são rapidamente


obtidos do sistema de informação contábil;
 É mais fácil para os gerentes industriais entenderem o custeamento dos produtos sob
o custeio direto, pois os dados são próximos da fábrica e de sua responsabilidade,
possibilitando a correta avaliação de desempenho setorial.
 O lucro líquido não é afetado por mudanças de aumento ou diminuição de
inventários;
 Os custos dos produtos são mensuráveis objetivamente, uma vez que não sofrerão
processos arbitrários ou subjetivos de distribuição dos custos comuns;
3.4.3 DESVANTAGENS DO CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO

 O custeamento direto é um conceito de custeamento e análise de custos, para


decisões de curto prazo, mas subestima os custos fixos, os quais são ligados à
capacidade de produção e de planejamento de longo prazo, podendo trazer
problemas de continuidade para a empresa;
 A exclusão dos custos fixos indiretos para valoração dos estoques causa a sua
subavaliação, fere os princípios contábeis e altera o resultado do período;
 Na prática, a separação de custo fixos e variáveis não é tão clara como parece, pois
existem custos semivariáveis e semifixos, podendo o custeamento direto incorrer em
problemas semelhantes de identificação dos elementos de custeio.
3.5 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES OU CUSTEIO
Exemplo: Continuação BASEADO EM TRANSAÇÕES

O Custeio Baseado em Atividades (ABC) preocupa-se em melhorar a apropriação dos custos


aos produtos, sendo um sistema de custeio que se destaca por detalhar, principalmente, os
custos indiretos.
O ABC vem tentando minimizar os impactos de alocações inadequadas, através do
custeamento das atividades exigidas pelos produtos ou demais atividades operacionais.
Enquanto os custeios tradicionais visam ao volume produzido como geradores de custos, o
ABC assume-se como pressuposto de que os recursos de uma empresa são consumidos por
sua atividade e não pelos produtos que ela fabrica.
3.5 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES OU CUSTEIO
Exemplo: Continuação BASEADO EM TRANSAÇÕES

A metodologia do custeio, baseado em atividades, parte do princípio de que todos os custos


incorridos em uma empresa acontecem na execução de atividades, como:
→ Contratar mão de obra;
→ Comprar matérias-primas;
→ Pagar salários e fornecedores;
→ Transportar mercadorias;
→ Faturar e receber, etc.
A execução de tais atividades determina o consumo dos recursos da empresa e, portanto, dos
custos de produção. Partindo deste pressuposto, são as atividades que devem estar sob
cuidadosa observação e análise pela Contabilidade Gerencial e de Custos.
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
Exemplo: Continuação ATIVIDADES
1ªͣ Fase: Identificação das atividades relevantes
ATIVIDADE é uma ação que utiliza recursos humanos, materiais, tecnológicos e
financeiros para se produzirem bens ou serviços. É composta por um conjunto de
tarefas necessárias ao seu desempenho.
Exemplos:
 Departamento de Compras: comprar materiais e negociar com fornecedores;
 Almoxarifado: receber materiais e movimentar materiais;
 Administração da Produção: programar produção e controlar produção;
 Corte e Costura: Cortar e Costurar;
 Acabamento: Acabar e Despachar Produtos.
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
Exemplo: Continuação ATIVIDADES
2ªͣ Fase: Atribuição de custos às atividades
O custo de uma atividade compreende todos os sacrifícios de recursos
necessários, para desempenhá-la. Inclui salários, materiais, depreciação, energia,
uso de instalações, dentre outros.
Atribuição de custos às atividades deve ser feita da forma mais criteriosa
possível, de acordo com a seguinte ordem de prioridade:
a) Alocação direta, quando existe uma identificação clara, direta e objetiva de
certos itens de custos, com certas atividades
b) Rastreamento, alocação, com base na identificação da relação de causa e
efeito entre a ocorrência da atividade e a geração dos custos
c) Rateio, e forma altamente arbitrária e subjetiva
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
Exemplo: Continuação ATIVIDADES
3ªͣ Fase: Identificação e seleção dos direcionadores de custos

Direcionador de Custos - fator que determina o custo de uma atividade.


Para efeito de custeio de produtos, o direcionador deve ser o fator que
determina ou influencia a maneira como os produtos “consomem”
(utilizam) as atividades.
Direcionador de Custos será a base utilizada para atribuir os custos das
atividades aos produtos.
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
Exemplo: Continuação ATIVIDADES
3ªͣ Fase: Identificação e seleção dos direcionadores de custos
I – Direcionadores de custos de recursos - identificam a maneira como as
atividades consomem recursos e servem para custear as atividades

Exemplo:
“Como a atividade Comprar Materiais consome materiais de escritório”?

A maneira como a atividade se utiliza deste recurso pode ser mensurada pelas
requisições, feitas ao almoxarifado; assim, as requisições de material identificam as
quantidades utilizadas deste recurso para realizar a atividade.
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
Exemplo: Continuação ATIVIDADES
3ªͣ Fase: Identificação e seleção dos direcionadores de custos
II – Direcionadores de custos de atividades - identificam a maneira como os
produtos “consomem” atividades e servem para custear produtos, ou seja,
indicam a relação entre as atividades e os produtos

Exemplo:
• O número de inspeções realizadas nas diferentes linhas de produto, define a
proporção em que a atividade Inspecionar Produção foi consumida pelos
produtos.
• Destaca-se que a diferença entre os critérios de rateio e os direcionadores de
recursos é que o segundo indica uma relação mais verdadeira, e não são
resultados de mera arbitrariedade e subjetivismo.
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
Exemplo: Continuação ATIVIDADES
4ªͣ Fase: : Atribuição dos custos das atividades aos produtos

Após identificadas as atividades relevantes, seus direcionadores de


recursos e respectivos custos, a próxima etapa é custear os produtos,
devendo ser os direcionadores escolhidos para levar o custo das
atividades aos produtos, aqueles que demonstrem a melhor relação
entre atividade e produto.
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
Exemplo: Continuação ATIVIDADES
4ªͣ Fase: : Atribuição dos custos das atividades aos produtos

A sequência de cálculos é:
- Custo Unitário do Direcionador = Custo da Atividade / nº total de
direcionadores;
- Custo da atividade, atribuído ao produto = custo unitário do direcionador x
nº de direcionadores do produto;
- Custo da atividade por unidade de produto = custo da atividade, atribuído
ao produto / quantidade produzida.
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
Exemplo: Continuação ATIVIDADES
Os conceitos aplicados no ABC podem ser resumidos no seguinte esquema:
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES
Exemplo:
Supondo-se que uma empresa fabrica quatro produtos A, B, C e D. Todos são produzidos
nos mesmos equipamentos, seguindo um processo mais ou menos similar. As informações
básicas sobre a produção do período são as seguintes:
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES
Exemplo: Continuação
Adicionalmente, através de levantamentos efetuados junto à produção, foram obtidas as
seguintes informações:
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES
Exemplo: Continuação
Alguns dados adicionais foram extraídos da área de produção, para fins de
apuração dos custos dos produtos:
√ Custo unitário da MOD por hora 2,00.
√ Frequência de recebimento do produto B = 2 vezes.
√ Frequência de recebimento e inspeção dos produtos A, C e D = 4 vezes.
Gastos indiretos de produção:
Setores diretos R$ 48.000
Setores indiretos:
√ Preparação de máquinas R$ 21.000
√ Compra e movimentação de material R$ 15.000
√ Inspeção R$ 6.000
R$ 42.000
3.5 FASES DE
IMPLANTAÇÃO DO
CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES
Exemplo: Continuação
A empresa possui 1 centro de
custos direto e 3 indiretos, sendo o
primeiro responsável pela
preparação das máquinas, o
segundo pelo recebimento,
movimentação e administração de
material e o terceiro pela inspeção
do material.
Com base nos dados acima, o custo
unitário, segundo o método de
custeio tradicional, seria apurado
da seguinte maneira:
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES

Exemplo: Continuação

Análise dos custos indiretos, alocados aos produtos, com base na MOD, pelo
custeio tradicional, conduz a duas conclusões:
a. O custo indireto unitário de produção dos produtos de maior volume no
exemplo, B e D, são os mesmos dos produtos de baixo volume, A e C;
b. Os custos unitários de mão de obra dos produtos C e D representam 2,5
vezes os da mão de obra dos produtos A e B (4 ÷ 1,60).
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES

Exemplo: Continuação
Razão para esta relação é clara: no sistema de custeio tradicional, baseado no
volume, o produto com maior tempo de mão de obra recebe uma maior
alocação de recursos. Apesar de muitos gestores aceitarem, com naturalidade, as
distorções geradas pelas diferenças de volume entre produtos, outros as criticam
severamente. Na verdade, todos esses custos estão distorcidos. A origem da
distorção está na escolha do método de absorção dos custos indiretos, com base
em itens como MOD, substancialmente afetados pelos volumes de produção.
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES

Exemplo: Continuação
No Custeio por Atividades, o custo do produto é a soma dos custos de todas as
atividades requeridas, para produzir e entregar o produto.
No exemplo, quatro atividades são requeridas:
√ Preparação de máquinas
√ Compras
√ Movimentação do material
√ Inspeção
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES

Exemplo: Continuação
Para fins de alocação dos custos por atividades:
Por exemplo, o custo de preparação das máquinas pode ser custeado,
dividindo-se todos os custos de preparação pelo número de vezes de sua
preparação.
Determinado esse custo unitário, ele será aplicado ao número de vezes de
preparação por produto, para fins de apuração do custo unitário do produto.
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES

Exemplo: Continuação

Uma vez identificadas


as atividades e
determinados os seus
direcionadores de
custos, pode-se apurar
o custo unitário pelo
custeio por atividades:
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES

Exemplo: Continuação

A partir da
distribuição dos
custos indiretos de
produção totais pelas
atividades, pode-se
apurar o custo
unitário dos produtos:

Continuação da
Tabela na pg. 118
3.5 FASES DE
IMPLANTAÇÃO
DO CUSTEIO
BASEADO EM
ATIVIDADES

Exemplo:
Continuação da
página 117
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES

Exemplo: Continuação
Comparação entre o sistema de custeio tradicional e o sistema de custeio
baseado em atividade, no “Custo Indireto” observa-se a seguinte situação:
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES

Exemplo: Continuação
Análise das diferenças permite três conclusões:
• Quando o valor da mão de obra direta é igual para dois produtos diferentes,
independentemente do volume, o seu custo é igual pelo sistema de custeio por
absorção;
• A diferença em porcentagem é mais significativa, quando o valor da mão de
obra empregada é menor.
Observe que, para o produto D, devido ao seu volume, existe uma redução de
custo;
• Há uma melhor distribuição dos custos unitários no custeio por atividade,
quando o volume de mão de obra é baixo.
3.5 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES

Vantagens e Desvantagens do ABC


UNIDADE 3 - Resposta: 1)
UNIDADE 3
Resposta 2)
UNIDADE 3
Resposta 3)
UNIDADE 3
Resposta 3)
Continuação
UNIDADE 4
Resposta 1)
UNIDADE 4

Resposta 2a)

UNIDADE 4

Resposta 2b)
UNIDADE 4
Resposta 2c)
UNIDADE 4
Resposta 3)
UNIDADE 4
Resposta 3)
Continuação
UNIDADE 4
Resposta 3)
Continuação
UNIDADE 4
Resposta 3)
Continuação

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