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INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
ENSINO A
DISTÂNCIA
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Avantis e ao Centro Universitário Avantis – UNIAVAN.
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editora@avantis.edu.br
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca do Centro Universitário Avantis - UNIAVAN
Maria Helena Mafioletti Sampaio. CRB 14 – 276
Inclui Índice
ISBN: 978-65-5901-156-8
ISBNe: 978-65-5901-158-2
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
APRESENTAÇÃO DA AUTORA
Lattes: http://lattes.cnpq.br/0027513946536184
SUMÁRIO
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
1.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS (SIC)
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Com base nisso, para que as informações sejam utilizadas, é preciso observar alguns
critérios, os quais qualificam as informações para a correta utilização.
Padoveze (2019) cita alguns requisitos que devem ser preenchidos, para que a
informação seja considerada utilizável:
Conteúdo;
• Precisão;
• Atualidade;
• Frequência;
• Adequação à decisão;
• Valor econômico;
• Relevância;
• Entendimento;
• Confiabilidade;
• Oportunidade;
• Objetividade;
• Seletividade;
• Relatividade;
• Exceção;
• Acionabilidade;
• Flexibilidade;
• Motivação;
• Segmentação;
• Consistência;
• Integração;
• Uniformidade de critério;
• Indicação de causas;
• Volume;
• Generalidade etc.
Assim, uma boa informação será vista como uma base para uma tomada de decisão
mais assertiva, sendo ela tempestiva e fidedigna, advinda de uma boa comunicação
interna.
A boa informação deve ter algumas características para que possa ser
interpretada corretamente, dando apoio à tomada de decisão através
dos relatórios gerenciais e legais como: conteúdo e consistência, para
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
quando processada garanta bons relatórios; precisa e confiável, para
que não haja dúvidas quanto a sua veracidade; atual, para que não
haja distorções; valor econômico, pois poderá ser melhor mensurado,
orientado a melhorar a viabilidade dos recursos empregados;
objetividade e indicação das causas, para que os relatórios retratem a
real situação do fato que gerou (SOUZA, 2011, p. 5).
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internas, como melhoria na comunicação de processos, e informar ao público externo o
seu crescimento e alcance de metas, visando a novos investidores, por exemplo.
Com base nisso, cabe destacar a utilização das informações. Primeiramente, vamos
nos basear na parte interna, entendendo como os sistemas que carregam, organizam
e estruturam nossas informações podem ser úteis, se bem estruturados dentro das
organizações.
Conforme Bomfim, Souza e Alves (2016), os sistemas de informação são capazes
de aumentar a velocidade no processo de tomada de decisão, justamente por coletarem,
processarem, analisarem as informações a partir de um objetivo, consequentemente
tornando as decisões mais assertivas. Além disso, complementa Barros (2005, p. 110)
que “os sistemas contábeis das empresas foram desenhados para atender à tomada
de decisões e às necessidades dos administradores em controlar o patrimônio sob sua
responsabilidade”.
No entanto, é importante destacarmos o que é um sistema e seus componentes. Para
Padoveze (2019), um sistema é composto por um conjunto de elementos interdependentes,
ou um todo que age de forma organizada, ou várias partes que interagem formando um
todo. Assim, para entendermos o funcionamento de um sistema, precisamos considerar
todas as interrelações e o contexto, no qual se inserem, como podemos observar na
Figura 1.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
dependendo de como é desenhado o sistema de gestão da empresa, para o processamento
servir de suporte.
Todos os dados inseridos no sistema, escriturados pela contabilidade no decorrer
do processamento, serão transformados em informações. Explica Padoveze (2019) que “é
o registro puro, ainda não interpretado, analisado e processado”. Tudo o que é escriturado
no contábil, no fiscal, nos recursos humanos, no societário, parte de um dado para uma
informação: é a partir daí que temos uma entrada.
Em relação aos sistemas de informação, também vale ressaltar que eles vêm
passando constantemente por mudanças, tanto para acompanhar o avanço da tecnologia
quanto para satisfazer as necessidades dos usuários. Conforme Hurt (2014), quando um
sistema de informação contábil é bem projetado, ele possibilita a melhoria na tomada de
decisões dentro das organizações, inclusive no que se refere aos elementos da estrutura
conceitual do Financial Accounting Standards Board (FASB). O autor ainda comenta que
o FASB desenvolveu uma estrutura conceitual no fim dos anos de 1970, com o intuito de
criar um guia para o desenvolvimento de princípios contábeis no futuro.
SAIBA MAIS
A título de curiosidade, o FASB é uma organização sem fins lucrativos, criada
nos Estados Unidos, com sede em Norwalk, cujo intuito é de padronizar procedi-
mentos de contabilidade financeira de empresas de capital aberto e não governamentais.
Acesse: https://www.fasb.org/home.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
De acordo com Atkinson (2015), “os detalhes sobre como fazer planejamento
estratégico e o tipo de informação e análise que os estrategistas usam para selecionar uma
estratégia particular são cobertos nos cursos de estratégia”. Portanto, todo o desenho e
o funcionamento do software devem estar alinhados ao que a empresa busca alcançar,
seus objetivos na utilização desta ferramenta para facilitar o processo.
Além disso, também é necessário que o ambiente de um sistema seja levado em
consideração, pois o mesmo pode influenciar na organização e diretamente em cada
departamento. A decisão de utilizar um software, além da organização dos processos está
atrelada ao controle do patrimônio. Enfim, a contabilidade deve estar alinhada com os
sistemas, para que possa realizar suas operações corretamente!
Oliveira (2005) destaca que o ambiente de um sistema se trata do conjunto de
elementos que não pertencem aos sistemas, mas são capazes de realizar alterações
em seus elementos, o que consequentemente também pode alterar o sistema, isto é, o
ambiente influencia altamente a organização e as informações. Ele pode ser definido
pelo ambiente externo (macroambiente) e pelo ambiente interno (microambiente).
Complementa Souza (2011) que “o tempo passou e as necessidades passaram a ser outras,
assim a Contabilidade sofreu modificações, buscando adaptar-se ao cenário real e ao seu
aprimoramento para melhor atender aos usuários”.
Sobre o micro e o macro ambiente, sabe-se que estes dois tipos de ambientes
possuem diferentes interessados nas informações, ou seja, diferentes usuários
das informações. Com isso, os sistemas devem estar adaptados a atender tanto as
necessidades do micro quanto as do macro ambiente. “Mudanças relevantes e mesmo
bruscas no macroambiente demandam ajustes, para que a gestão das entidades possa se
desenvolver de maneira adequada” (FREZATTI et al.,2012).
Você deve estar se perguntando: Qual a finalidade dos Sistemas de Informação?
É necessário compreender que as empresas precisam estar preparadas para enfrentar
distintos problemas para a continuidade de suas atividades. Tais problemas podem ser
tanto relacionados ao micro quanto ao macroambiente. Basicamente, o desenvolvimento
de sistemas é uma das ferramentas utilizadas para auxiliar na solução destes problemas.
Mais do que isso, os sistemas de informação atuam como mecanismos que auxiliam no
dia a dia da organização e também facilitam o crescimento e a continuidade da mesma.
Você consegue perceber a importância de se ter um sistema de informação
adequado? Todas as tomadas de decisão se baseiam em informações, e se há problema
no desenho dos sistemas ou dificuldade no atendimento às necessidades dos usuários,
para que seria utilizado um sistema? Os sistemas vêm com o intuito de agregar valor às
organizações, melhorar os processos internos e auxiliar na tomada de decisão.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
É imprescindível ressaltar que os relatórios direcionados aos usuários
internos não poderão apresentar os mesmos fundamentos e mesma
estrutura, já que os objetivos desses analistas são diferentes. Com o
intuito de atender a esses diferentes objetivos é que a Contabilidade
apresenta enfoques diferentes, como a Contabilidade Gerencial e a
Contabilidade Financeira (BARROS, 2005, p. 107).
O sistema pode ser entendido como uma entidade que possui mais
de um componente, os quais se integram para chegar a um objetivo
comum; em processamento de dados, o sistema pode ser entendido
como um conjunto de equipamentos, que podem ser mecânicos,
eletrônicos ou ainda como um conjunto de programas (planos e normas
técnicas) (SOUZA, 2011, p.5).
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
serão abordados três modelos de sistema de informação que são aplicados com mais
sucesso nas organizações.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
PARA REFLETIR
Você acredita que todo tipo de informação é interpretado da maneira correta?
Temos inúmeros exemplos de erros e fraudes, principalmente na área de auditoria.
Mas o que eu quero dizer com isso? Basicamente, que a informação precisa estar o mais “limpa”
e direta possível, para não gerar dupla interpretação!
Em vista disso, Souza (2011) afirma que “dentre os diversos desafios, destaca-se o
de gerir com qualidade e eficiência os recursos postos a sua disposição. O sistema deverá
apresentar a resposta em tempo hábil, sem desvios e mais próxima possível da realidade
a que se propõe”. Ressalta-se, assim, a importância de os modelos serem adaptados,
conforme as necessidades das empresas. Embora eles possuam uma estrutura, devem
ser adaptados para a utilização na empresa, com maior otimização de tempo e recursos.
Na sequência, estudaremos alguns modelos disponibilizados pelo mercado.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Figura 2 - Modelo Convencional de Sistemas de Informação.
Fonte: Elaborada pela autora (2021), a partir de Rezende (2010).
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Além disso, existem níveis de abrangência dos Sistemas de Informações Gerenciais,
como apontado por Oliveira (2018). Inicialmente, destaca-se o nível corporativo, que
se referente ao sistema de informação do negócio ou do grupo de negócios em que a
corporação atua, ou poderá atuar. Já o nível de Unidade Estratégica de Negócios pode
englobar mais de uma empresa de uma mesma corporação.
O nível de empresa tem a abrangência de uma instituição atuando de forma
interativa com o seu ambiente. Por que é importante conhecermos estes níveis? De
forma simples, para compreendermos os tipos de informações exigidas por eles, para
que possam ser atendidas as necessidades.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
No modelo dinâmico, destaca-se que não há mais níveis hierárquicos do sistema,
o que o deixa mais funcional, facilitando a utilização das informações geradas por mais
de um nível hierárquico e de uso. Ou seja, aqui é possível observar que há uma maior
dinamicidade entre as informações, podendo até gerar uma integração entre elas.
Um exemplo para utilização deste modelo é uma empresa que se estruture de forma
orgânica, a qual possui uma tomada de decisão mais descentralizada, um nível maior de
autonomia entre os departamentos e não tem bem delineada uma estrutura hierárquica
(de subordinação).
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Atualmente, o modelo que parece ser o mais robusto, atendendo melhor as
necessidades da contabilidade, tanto gerencial quanto financeira, perpassa pelo Modelo
de Sistema de Informação com Tecnologia da Informação. Isso porque os softwares
de contabilidade estão se adaptando a captar informações de outras áreas, bem como
concatenar informações do meio externo para dentro das organizações.
Trazendo a importância dos sistemas de informações para o Curso de Ciências
Contábeis, sabe-se que a contabilidade registra as atos e fatos que alteram o patrimônio
da empresa, e ela precisa de dados para alimentação dos sistemas, processamento
e as saídas, que seriam os relatórios. Com base nisso, a função do contador quanto à
escrituração dos fatos é fundamental. Por meio de todo o fluxo de informações, é possível
aplicar métodos de análise. Assim, a contabilidade busca registrar e controlar tudo que
ocorre de alteração no patrimônio.
Para Padoveze (2019): “A ciência contábil traduz-se naturalmente dentro de um
sistema de informação. Poderá ser arguido que fazer um sistema de informação contábil
com a ciência da contabilidade é um vício de linguagem, já que a própria contabilidade
nasceu sob a arquitetura de sistema informacional”.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
principalmente, para suporte das decisões táticas e estratégicas
(OLIVEIRA, 2018, p.146).
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Figura 5- Elementos Básicos dos SI.
Fonte: Elaborada pela autora (2021), a partir de Gonçalves (2017).
Esses elementos fazem parte dos sistemas e informações. Isso quer dizer que
tanto a tecnologia quanto o delineamento dos processos e atuação das pessoas dentro
da organização são estruturados de forma estratégica, para atender as necessidades de
informações dos usuários e para o andamento dos processos. Fica fácil percebermos que,
em um sistema de informação, tais elementos precisam estar alinhados, a fim de que
também os processos, aliados à tecnologia e às pessoas, estejam estruturados de forma a
identificar uma estratégia para o alcance das metas.
SAIBA MAIS
O estudo de Jacomossi e Silva (2016) investigou como a percepção dos gestores
sobre a incerteza do ambiente pode influenciar no uso de sistemas de controle ge-
rencial em uma instituição de ensino superior. Os resultados apontaram que a incerteza de estado,
do efeito da resposta influenciam o uso dos sistemas de informação gerencial. Isso quer dizer que,
dependendo do nível de incerteza, há uma diferença no uso das técnicas de controle gerencial.
Fonte: JACOMOSSI, Fellipe André; DA SILVA, Márcia Zanievicz. Influência da incerteza ambien-
tal na utilização de sistemas de controle gerencial em uma instituição de ensino superior. REGE-
-Revista de Gestão, v. 23, n. 1, p. 75-85, 2016.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Segundo Marion (2017), o sistema de informação é composto por um conjunto
de dados, em que foram utilizadas técnicas de articulação, ajustes e também a edição
de relatórios. É com base no registro das atividades realizadas pela empresa que se
busca o controle, a informação e os sistemas responsáveis por fazer as operações serem
comunicadas, o que consequentemente auxilia na manutenção dos processos. Além
disso, os sistemas de informações permitem algumas ações dentro da empresa, como
destaca o autor:
a. tratar as informações de natureza repetitiva com o máximo possível
de relevância e o mínimo de custo; e
b. dar condições para, por meio da utilização de informações
primárias constantes do arquivo básico, com técnicas derivadas da
própria contabilidade e/ou outras disciplinas, fornecer relatórios de
exceção para finalidades específicas, em oportunidades definidas
ou não (MARION, 2017, p.2).
SAIBA MAIS
Leia um pouco mais sobre o uso das informações contábeis na tomada de
decisão de pequenas empresas, disponível em: http://www.ufrgs.br/gianti/files/
artigos/2008/2008_232_AMS_HF_RAUSPe.pdf.
Após a leitura é possível evidenciar que há uma distância entre os contadores e pequenos
proprietários, dificultando a adequada gestão.
Fonte: STROEHER, Angela Maria; FREITAS, Henrique. O uso das informações contábeis na
tomada de decisão em pequenas empresas. Revista de Administração Eletrônica. São Paulo, v. 1,
n. 1, p. 1-25, 2008.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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GLOSSÁRIO
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
EXERCÍCIO FINAL
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
dentro das organizações, assinale a alternativa que apresenta dois exemplos
de saídas:
a) Cheques e Faturas.
b) Notas Fiscais e Dinheiro.
c) Relatório Gerencial e Cheques.
d) Manuais e Cópias de Documentos.
e) Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do Exercício.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
REFERÊNCIAS
BEUREN, Ilse Maria; GOMES, Ely do Carmo Oliveira; DA LUZ, Rodrigo Marciano.
Motivações para implantar a área organizacional de controladoria em grandes empresas.
Gestão & Regionalidade, v. 28, n. 82, 2012.
BOMFIM, Pedro Henrique Monteiro; SOUZA, Renata Freire de; ALVES, Marleide Ferreira.
A importância dos sistemas de informações contábeis aos seus usuários. Revista
Eletrônica Organizações e Sociedade, v. 5, n. 3, p. 49-60, 2016.
CARMO, Vadson Bastos do; PONTES, Cecília Carmen Cunha. Sistemas de informações
gerenciais para programa de qualidade total em pequenas empresas da região de
Campinas. Ci. Inf, p. 49-58, 1999.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
2021.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
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UNIDADE
CONTABILIDADE
E OS SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
INTRODUÇÃO À UNIDADE
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
As pessoas reagem quando estão sendo mensuradas. Focam em
variáveis e comportamento que estão sendo medidos e prestam menos
atenção a outras variáveis. Algumas pessoas exageram esse efeito ao
declarar: “O que é medido é realizado”. Mais precisamente, a expressão
deveria ser: “Se você não medir, não pode gerenciar e melhorar”, que
pode ser assumido como uma das razões fundamentais para estudar e
implementar sistemas contábeis-gerenciais (ATKINSON, 2015, p.7).
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
pode causar alguns transtornos, por isso o descarte de materiais deverá ser adequado,
e se a empresa utiliza algum recurso natural, precisará ter políticas para “renovar” os
recursos utilizados, estruturando-se de forma que não traga problemas aos moradores
da comunidade.
SAIBA MAIS
A organização está em constante transformação e precisa estar atenta à ne-
cessidade de informação e de avanço quanto ao cenário mundial.
Leia mais a respeito do assunto em: MAZZIONI, Sady; KLANN, Roberto Carlos. Aspectos da
qualidade da informação contábil no contexto internacional. Revista Brasileira de Gestão de
Negócios, v. 20, n. 1, p. 92-111, 2018.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
irão alimentar outros sistemas, produzindo uma visão diferenciada da
organização. Diante dessas premissas de tratamento informacional,
é preponderante que os gestores estejam conscientes do papel da
indústria na sociedade pós-industrial, verificando assim a necessidade
de reestruturação/adaptação dos processos produtivos e gerenciais,
podendo assim verificar seus reflexos na contabilidade (SOUZA, 2011,
p.8).
VOCÊ SABIA?
Segundo Figueiredo (1995), a empresa é um conjunto organizado de recursos
econômicos, sociais e humanos, e ela pode ser vista como um sistema aberto.
Você consegue perceber que um fato que tenha ocorrido, por exemplo, nos Estados Unidos,
como escândalos corporativos no ano 2000, tenham influenciado na criação de uma Lei para a
Auditoria conhecida como Sarbanes-Oxley e, consequentemente, no Brasil, as Normas de Audi-
toria sofreram mudanças? Exatamente, é o impacto do cenário mundial na organização.
• Subsistema Institucional.
• Subsistema Físico.
• Subsistema Social.
• Subsistema Formal.
• Subsistema de Informação.
• Subsistema de Gestão.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Figura 6 - Subsistemas.
Fonte: Elaborada pela autora (2021), a partir de Guerreiro (1989).
Explica Guerreiro (1989) que uma empresa nasce, a partir do desejo de alguém
que tem expectativas e deseja antingi-las por meio deste empreendimento, investindo
o seu patrimônio tanto econômico quanto moral. Com isso, as decisões que orientarão
o negócio serão carregadas de crenças, valores e expectativas, os quais se transformarão
em diretrizes, para orientar outros componentes do sistema da empresa a alcançarem os
resultados, assim formando o Subsistema Institucional. Adicionalmente, para Padoveze
(2019) “é a matriz dos demais subsistemas da empresa e compreende a definição da
missão da empresa e as convicções de seus empreendedores, traduzidos de suas crenças
e valores”.
O processo de gestão das organizações é influenciado pelas crenças, valores e
expectativas de seus idealizadores, que definirão sua missão, filosofia e objetivos que,
por sua vez, delimitarão os demais subsistemas organizacionais” (BARROS, 2005, p. 105).
A partir disso, todo o processo de gestão sobre influência dos subsistemas fará parte do
que podemos chamar de “Sistema Geral”.
Ainda a respeito do Subsistema Institucional, é comum ouvirmos nas empresas:
“Em relação a esse procedimento, sempre foi realizado assim”, ou seja, existe um
sentimento e uma institucionalização: dentro desta empresa, fazemos assim. Claro que
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
algumas normas ou diretrizes podem mudar com o decorrer do tempo, mas todas as
crenças, valores e as raízes da organização, dizemos que são institucionalizadas.
Então, lembre-se: quando dizemos que algo da empresa “já está institucionalizado”,
estamos nos referindo a um conjunto de diretrizes, normas e resoluções, até mesmo
costumes, que fazem parte da empresa. Por exemplo, “aqui na empresa BCD Ltda. sempre
atendemos preferencialmente clientes Pessoa Jurídica”. Podemos dizer que é um fato
institucionalizado, e a empresa respeita esta “norma”.
Seguindo a abordagem de Guerreiro (1989), ao citarmos o Sistema Físico, estamos
nos referindo especificamente ao “hardware” do sistema (Subsistema Físico), o qual está
atrelado ao ferramental que as pessoas (Subsistema Social) que possuem determinada
autoridade (Subsistema Formal) e têm informações necessárias (Subsistema de
Informação), carregadas de princípios (Subsistema Institucional), interagem para o
processo de tomada de decisão (Subsistema de Gestão). Por meio da interação entre todos
esses subsistemas, executam-se as funções empresariais, no que se refere à compra, à
venda, ao financeiro, para alcançar os objetivos da empresa.
De acordo com o mesmo autor, o Sistema Social corresponde ao conjunto de
pessoas que fazem parte da organização, como também às características associadas
aos indivíduos. Aqui, trata-se de toda a parte de treinamento, motivação, liderança,
necessidades dos indivíduos. Você concorda que, se houver treinamento para a
qualificação dos funcionários dentro da organização, um sistema formal bem definido,
boas práticas institucionais, a empresa tende a melhorar seu fluxo de informação,
controles e também a gerir com mais eficiência? Exatamente! Todos os subsistemas
que fazem parte de um todo, olhando para o geral, têm funções bem definidas, com o
intuito de potencializar os resultados e melhorar a gestão, seguir o princípio contábil da
“continuidade”.
O Sistema Formal está atrelado à organização da empresa, de modo que agrupa
todas as atividades de departamento, problema de autoridade, grau de descentralização
desejável, ou seja, toda a parte “burocrática”, na qual tudo o que será feito, precisará de
um registro formalizado.
Ao tratar da interação entre os subsistemas e o ambiente, têm-se os Subsistemas de
Informação, que são responsáveis pelo desenvolvimento de funções básicas, suprimentos,
produção, vendas. Refere-se a dar suporte ao Subsistema de Gestão, por meio do reporte
de informações. Expõe Padoveze (2019):
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
entendidos estruturalmente, formam o subsistema de informação
(PADOVEZE, 2019, p.18).
SAIBA MAIS
O Observatório FIESC é um sistema estruturado e analítico de dados, informa-
ções e inteligência, para dar suporte à competitividade e desenvolvimento das
organizações. Acesse: https://observatorio.fiesc.com.br/o-observatorio.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Dito isso, partimos para o entendimento da Tecnologia da Informação, analisando
alguns conceitos.
VOCÊ SABIA?
Acompanhar as expectativas de mercado é essencial para manter seu negócio
competitivo, por isso é importante que você acompanhe diariamente as variações
na Taxa de Câmbio, Produto Interno Bruto, Inflação. Assim, você consegue, inclusive, realizar
alterações em preços ou mudança de fornecedores (talvez de internacional para nacional),
visando otimizar seus recursos e os da empresa.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Segundo Gil (1992), os Sistemas de Informações tratam do conjunto de recursos
humanos, materiais, tecnológicos e também financeiros de uma organização, compilados
em uma sequência, para que os dados possam ser processados, e as informações
analisadas. Adicionalmente, Padoveze (2019) ressalta que os sistemas de informação
permitem que as organizações cumpram seus principais objetivos.
As informações são constantemente criadas, e elas perpassam a organização. Você
consegue observar a importância da utilização delas? Qual o seu valor? Para cada caso,
cada informação deve ser utilizada e analisada até o seu limite, ou seja, uma informação
se refere a “x” fato, especificamente.
Quanto ao CEO ou gestor da empresa, ele pode utilizar aquela informação que
se limita a um departamento, por exemplo, e generalizá-la aos demais, principalmente
considerando “até onde” a informação pode ser entendida e usada.
Assim, como já vimos que a informação, quando é utilizável, pode perpassar pelos
subsistemas dentro da empresa e contemplar um conjunto de informações, as quais se
agregam em Sistemas de Informação. Também é importante citarmos que existem alguns
elementos que fazem parte de um sistema de informação, tais como: a) objetivos totais
do sistema; b) ambiente do sistema; c) recursos do sistema; d) componentes do sistema;
e) administração do sistema; f) saídas do sistema.
Desse modo, os sistemas de informação oferecem uma maneira de “arranjo”, que liga
as informações e cria um “aparato”, fazendo com que haja um fluxo elas. Tal fluxo pode ser
analisado de forma separada, por meio de seus componentes, ou de forma conjunta, na qual,
havendo a compilação das informações, pode-se usar como base para a tomada de decisão.
VOCÊ SABIA?
Conforme Padoveze (2019, p. 33) “os próprios documentos originais seriam
uma forma complicada de coletar informações sobre transações. Desse modo, os
contadores refinam as informações essenciais a partir deles e utilizam os princípios de análise
de transação para inseri-los no sistema de informações contábeis”. Aqui é possível entendermos
a importância das informações e dos sistemas para a tomada de decisão, não é mesmo?
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
2.3 BANCO DE DADOS, INFORMAÇÕES ESTRUTURADAS E NÃO
ESTRUTURADAS
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
informações, pelas quais a organização opera. Já as não estruturadas se referem ao externo,
sendo necessárias para a organização estar envolvida com o segmento econômico a que
pertence, e também no planejamento de um perfil de comportamento que se espera.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
gestão estratégica do conhecimento: todo o conjunto de processos, que auxilia a empresa
para aprimorar a tomada de decisão. Tomemos como exemplo o que diz Silva (2019):
SUGESTÃO DE LEITURA
A pesquisadora Valdirene Gasparetto, em seu artigo intitulado: “O papel da
contabilidade no provimento de informações para a avaliação do desempenho
empresarial”, abordou a questão da contabilidade como provedora de informações para a avalia-
ção do desempenho das organizações.
Ela ressalta a importância de indicadores complementares, que advêm de outras áreas
dentro da empresa. Como resultado, o estudo aponta que deve haver uma flexibilidade quanto à
base de dados contábil e que as informações possam atender a novos objetivos.
Para mais informações, faça a leitura do artigo na íntegra.
GASPARETTO, Valdirene. O papel da contabilidade no provimento de informações para a ava-
liação do desempenho empresarial. Revista contemporânea de contabilidade, v. 1, n. 2, p. 109-122,
2004.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Além disso, com o passar dos anos, a contabilidade foi ampliando o universo de
interessados e usuários das informações fornecidas por ela, tornando-se cada vez mais
complexa, no que se refere ao reporte da informação. Segundo Iudícibus e Segato (2020),
os sistemas tradicionais que geram informações contábeis são baseados na legislação
comercial, a qual exige a aplicação dos princípios de Contabilidade, e os órgãos reguladores
impõem regras e padrões rígidos, embora as informações não sejam as mesmas e quase
nunca levem ao mesmo resultado.
Desse modo, a responsabilidade de controlar o patrimônio e gerir as operações da
empresa ficam a cargo, principalmente, dos gestores, e eles necessitam de informações de
diversos setores, a fim de que possam administrar melhor o negócio. Para o cumprimento
do princípio da continuidade na empresa, e também da entidade, há necessidade da
utilização de sistemas de informações, que utilizam informações internas e também
externas para melhor gerir as operações. Quanto à necessidade de informações internas
e específicas da entidade, tem-se a Contabilidade Gerencial.
Marion (2017) orienta que as informações apresentadas pela contabilidade
fundamentam-se em registros mantidos em livros ou em arquivos magnéticos,
devidamente elaborados com a observância das técnicas contábeis, das leis e das normas
internacionais de contabilidade. Logo, os relatórios emitidos pela contabilidade advêm da
perspectiva de observância do cumprimento da legislação, trazendo maior transparência
a usuários externos, como meio de também atrair novos investidores.
Iudícibus e Segato (2020) ressaltam que o papel da Contabilidade Gerencial
está principalmente atrelado a procedimentos e técnicas, tratados na Contabilidade
Financeira e de Custos, porém, em uma perspectiva de detalhes mais específicos e
uma forma de apresentação e classificação diferenciada, com o intuito de atender as
necessidades dos gestores.
Portanto, vemos que a Contabilidade Gerencial é principalmente responsável por
interpretar os dados fornecidos pela Contabilidade Financeira e por realizar o cálculo
de indicadores, os quais possam ser interpretados em conjunto com as operações da
empresa, então a Contabilidade Gerencial possui um aspecto mais qualitativo das
informações. Mas o que isso quer dizer? Em linhas gerais, ela é responsável por interpretar
as informações e direcionar os gestores à tomada de decisão. Imagine, se você possui
um problema interno, no que se refere ao fluxo de informações, quais as chances do seu
negócio ter sucesso? Certamente, poucas chances.
Desde o processo de alimentação dos sistemas por meio de dados, do processamento,
do fluxo de informações, todas estas etapas fazem parte de um processo que resultará em
uma tomada de decisão, concorda? Se há problema no lançamento dos dados, por exemplo,
na parametrização do sistema, no plano de contas da empresa, qual é a probabilidade de
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
os gestores terem uma boa base de informação para a tomada de decisão? Certamente,
os gestores não terão informações tempestivas e fidedignas, porque, desde o início do
tratamento dos dados, existem problemas.
Às vezes, as contas cadastradas não estão de acordo com as operações que a empresa
realiza, a parametrização das contas, o famoso débito e crédito podem estar cadastrados
em contas diferentes, ou com problemas quanto ao aumento de uma despesa e o aumento
de uma receita. Enfim, todos esses pontos são capazes de arruinar um negócio e, mais do
que isso, fazer com que a empresa perca dinheiro.
Assim, a Contabilidade trabalha com a utilização de sistemas, para facilitar a
operacionalização do seu trabalho, bem como buscar otimização do tempo. Até porque
sabemos que, atualmente, a profissão necessita prestar diversos tipos de informações,
tanto a órgãos reguladores quanto a usuários internos e externos. Para que a contabilidade
possa controlar corretamente o negócio e prestar as informações, é necessário que os
diversos departamentos da empresa estejam alinhados, desde o mesmo propósito,
quando falamos de missão e visão da empresa, até alimentação dos sistemas e prestação
de contas.
É importante, também, sabermos que a tecnologia deve servir como aliada, e não
inimiga da contabilidade. Alguns procedimentos de conferência ainda são realizados
manualmente, e também não há problema nisso. Porém, sugere-se a utilização dos
sistemas de maneira direta e até excessiva, para que, por exemplo, se algum funcionário
precisar se ausentar do seu posto de trabalho, outro funcionário consiga dar continuidade
às operações do funcionário que se ausentou, simplesmente por ter todas as informações
registradas no sistema. E, além disso, as informações compiladas na “nuvem” também
fazem uma grande diferença!
Recapitulando, conseguimos entender que a contabilidade evoluiu ao longo do
tempo e buscou se aliar à tecnologia. Além das pressões exercidas por órgãos reguladores,
quanto à prestação de informações, os usuários da contabilidade também não são mais
os mesmos. Mais do que isso, as informações fornecidas pela contabilidade podem ser
utilizadas em diversas áreas e, ao mesmo tempo, a contabilidade também se utiliza de
diversas áreas.
Logo, para toda a engrenagem da organização funcionar, é preciso que se tenham
controles, sendo possível monitorar o andamento das operações, bem como sistemas,
responsáveis por organizar e estruturar as informações.
Entretanto, para que tudo funcione, precisamos da peça fundamental: o profissional.
Vamos falar especificamente do contador!
O contador é o principal responsável pela emissão de relatórios e pela interpretação
das informações fornecidas por eles. A contabilidade, além de controlar o patrimônio,
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
auxilia no direcionamento das tomadas de decisão dentro da empresa, uma vez que é
através do controle de recursos, pelas informações disponíveis, que a alta gestão tomará
as decisões.
Assim, todo o trabalho realizado em uma empresa é importante. Cada funcionário,
em sua função, em seu departamento, é responsável por reportar uma informação, e
para ela chegar aos usuários que a utilizarão na tomada de decisão, é necessário que
se tenha um bom fluxo de informações. Basicamente, para que nenhuma informação
fique “perdida” e também para “confirmar” que as informações se referem à realidade.
Com base nisso, desde o desenho dos sistemas, dos controles, da parametrização, da
delegação de funções, deve-se ter um cuidado quanto ao atendimento das necessidades
informacionais.
Tais necessidades podem variar de departamento para departamento. Entretanto,
ao fazermos um adendo especificamente sobre a Contabilidade Gerencial, destacamos:
O que se busca com isso? Mais do que entender o papel da Contabilidade Geral,
fazemos uma observação específica à Contabilidade Gerencial. Como foi dito, a
necessidade informacional pode variar de departamento a departamento, por isso é
necessário considerar de qual tipo de informação determinado departamento necessita
e, mais do que isso, em alguns casos, limitar o acesso à informação.
Para que as operações sejam realizadas dentro da empresa, é necessário haver uma
segregação de funções, isto é, um funcionário deve realizar um tipo de função e não
interferir no departamento de outro funcionário, permitindo a cada um focar na sua área
específica e ter acesso à informação daquele setor.
Ao falarmos sobre gestão, a utilização de informações para tomada de decisão,
precisamos compilar a informação. Basicamente, quem interpretará as informações
fornecidas, não será o mesmo funcionário que alimenta o sistema. Por isso, teoricamente,
fica “mais fácil” ao usuário da informação interpretar e poder buscar maiores detalhes
de como aquela informação foi gerada, todo o passo a passo do fluxo de informações,
analisando desde a entrada dos dados, o processamento, até a emissão dos relatórios.
Todo processo é importante dentro de uma empresa: o desenho do controle, a
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
interligação dos sistemas, a parametrização e a alimentação dos sistemas por meio dos
dados, a fim de se ter um fluxo de informações, otimizar o tempo e realizar análises mais
profundas, com fortes bases para subsidiarem a tomada de decisão. Estas bases são as
informações tempestivas e fidedignas: “a tempestividade é entendida em termos de
oportunidade de reporte, ou seja, o oferecimento da informação quando requisitada ou
na frequência desejada” (FREZATTI et al., 2012, p. 138).
Explica Marion (2017) que as informações de natureza econômica evidenciam a
capacidade da organização em gerar riquezas com evidência para os resultados, por meio
do fluxo de receitas e de despesas, responsável pelo resultado final: lucro ou prejuízo.
Mas e se falarmos em natureza financeira? Certamente estaremos nos referindo a
entradas e saídas de dinheiro, o que exigirá outro tipo de informação. Você percebe que,
dependendo da necessidade informacional, é possível “separar” as informações, ou até
mesmo as compilar para a tomada de decisão?
Portanto, o uso de sistemas de informações pela contabilidade é de suma
importância, uma vez que toda informação considerada “boa” deve ser utilizada
como base para a tomada de decisão. Os subsistemas auxiliam os sistemas, com maior
detalhamento de informações. Além disso, o desenho, o cadastro e a parametrização
são pontos essenciais para a continuidade e adequado funcionamento dos fluxos de
informações.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
GLOSSÁRIO
• Sistema Aberto: quando o sistema interage com o meio. Sofre influência das
informações e impactos do ambiente externo – cidade, estado, país.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
EXERCÍCIO FINAL
a) Maior despesa.
b) Chave de competitividade.
c) Menor confiabilidade.
d) De sucesso.
e) Investimento.
a) Balanço Patrimonial
b) Objetivos
c) Missão
d) Subsistema de gestão
e) Banco de Dados
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
alternativa correta que representa seis subsistemas:
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
REFERÊNCIAS
BEUREN, Ilse Maria; GOMES, Ely do Carmo Oliveira; DA LUZ, Rodrigo Marciano.
Motivações para implantar a área organizacional de controladoria em grandes empresas.
Gestão & Regionalidade, v. 28, n. 82, 2012.
BORINELLI, Márcio Luiz. Estrutura conceitual básica de controladoria: sistematização
à luz da teoria e da práxis. 2006. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
CARMO, Vadson Bastos do; PONTES, Cecília Carmen Cunha. Sistemas de informações
gerenciais para programa de qualidade total em pequenas empresas da região de
Campinas. Ci. Inf, p. 49-58, 1999.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Contabilidade & Finanças. v. 12, n. 25, p. 42-59, 2001.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
3
UNIDADE
CONTABILIDADE E
O USO DE SISTEMAS
CONTÁBEIS
INTRODUÇÃO À UNIDADE
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
3.1 SISTEMAS OPERACIONAIS
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
NA PRÁTICA
O estudo de Araújo et al. (2018) analisou a controladoria, como ferramenta de
gestão empresarial de uma empresa de distribuição de bebidas do Estado do
Pará. Identificou que a empresa é capaz de desenvolver o planejamento estratégico e o sistema
de informação contábil, por meio dos controles que geram os relatórios contábeis, diagnosti-
cando a situação e possibilitando a tomada de decisão antes de problemas advindos de fatos
irreversíveis.
Para saber mais sobre o assunto leia: ARAÚJO, Jamille Carla Oliveira et al. Controladoria como
ferramenta de gestão empresarial: um estudo dos processos de controle em uma indústria de
bebidas. Brazilian Journal of Development, v. 4, n. 7, p. 4467-4486, 2018.
Sobre as três grandes áreas de gestão, iniciaremos nossa conversa com as tecnologias
de produção, na seara que se refere à utilização de mecanismos que facilitam o controle
e os processos dentro do meio produtivo. Segundo Padoveze (2019), as tecnologias de
produção se baseiam em ambientes monitorados de forma computacional, garantindo
a qualidade e a produção em classe mundial. Quanto a isso, um conceito do ambiente
de produção integrado se expressa pelo CIM – Computer Integrated Manufacturing
(Fabricação Integrada por Computador).
Ainda, conforme Padoveze (2019), o CIM busca otimizar e integrar o processo
produtivo, ou seja, assegurar a qualidade, reduzir o tempo de preparação das máquinas
e deixar a produção mais flexível e rápida. Para visualizar como atua o CIM, observe a
Figura 7.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Figura 7 - Ambiente CIM.
Fonte: Elaborada pela autora (2021), a partir de Padoveze (2019).
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
• Flexible Manufacturing System (FMS): reflete o trabalho da célula de produção.
É por meio do sistema de organização dos materiais e dos componentes que se
tem a otimização da produção.
Com base nesses três conceitos advindos da administração, destaca-se que, apesar
de terem enfoques diferentes, eles trabalham de forma conjunta, no intuito de otimizar
os processos, realizar uma melhor gestão dentro da organização e fazer com que os
sistemas de informação e de gestão estejam parametrizados para atender as necessidades
e objetivos da empresa. Assim, percebe-se que as tecnologias de produção visam otimizar
recursos e tempo de trabalho.
Então, caminhamos para o entendimento dos sistemas de informação de apoio à
produção. Ainda conforme Padoveze (2019), o MRP é o responsável pelo planejamento e
controle de produção. Dentro destes sistemas de apoio à capacidade fabril, temos alguns
elementos que fazem parte da “cadeia”.
Inicialmente, destacamos a capacidade fabril que, em linhas gerais, analisa o
quanto a organização tem de capacidade física para fabricação. Trata-se do sistema de
informação que visa mensurar, planejar e monitorar a capacidade física dos produtos,
abrangendo os recrusos atrelados à capacidade física, estrutura física, e também ao
pessoal disponível de produção (Quadro 2).
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Quadro 2 - Mensuração da Capacidade Fabril
Recurso Medida de Capacidade
Edificações m2 de área
Pátios m2 de área
Recipientes (silos, tanques etc.) Litros ou Quilos
Máquinas Horas de Operação
Equipamentos de Produção Contínua Volume Máximo Processado
Mão de Obra Direta Horas Diretas Possíveis
Equipamentos de Transporte Autonomia de Rodagem Média
Equipamentos de Transporte Volume Transportável etc.
Fonte: Elaborado pela autora (2021), a partir de Padoveze (2019).
Em suma, nos sistemas de produção, temos toda uma cadeia, a qual é alimentada
por dados, sendo eles processados e transformados em informação, que será disseminada
pela organização e auxiliará tanto na melhoria de processos quanto na tomada de decisão,
por isso a importância da parametrização dos sistemas, do controle e planejamento de
processos.
Para Oliveira (2018), na área operacional, é possível que tenhamos: maior estudo
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
e racionalização dos produtos e serviços da organização; desenvolvimento de novos
produtos e/ ou serviços; busca da racionalização dos fluxos de produção; maior controle
da qualidade dos produtos e serviços; controle e eliminação de perdas no processo
produtivo.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Figura 8 - Estruturação do Sistema de Informação Contábil no SIGE.
Fonte: Elaborada pela autora (2021), a partir de Padoveze (2019).
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Basicamente, dependendo do nível hierárquico, tem-se uma necessidade de
informação contábil. Isso não quer dizer que as informações utilizadas pelas necessidades
operacionais serão iguais às de último nível de decisão. As organizações estruturam
seus sistemas de informação, de modo que cada nível tenha acesso às informações que
realmente poderão ser úteis para auxiliar o departamento, com o intuito de alcançar as
metas preestabelecidas.
Então, não podemos afirmar que todas as informações solicitadas por um gestor
necessariamente serão utilizadas, pois ele pode solicitar informações que, após sua
anáise, não sejam consideradas relevantes, e isto faz parte do processo. O que não pode
acontecer, via de regra, é não ter um limite quanto ao acesso de informações, pois é
imprescindível que se tenha um controle.
Conforme Guerreiro (2002), para ser considerada útil, a informação deverá atender
as necessidades dos gestores, quanto às operações, fazendo sentido às áreas em que
atuam. O autor afirma, ainda, que os sistemas de informações contábeis precisam ser
bem desenhados, para atender de forma eficiente as necessidades dos usuários, com
conceitos, políticas, procedimentos que auxiliem os gestores na tomada de decisão.
Cabe destacar que a alta administração não participa ativamente de todas as
atividades realizadas na organização, embora tenha um maior volume de informações e
acesso ilimitado ao banco de dados; o que orienta este nível são os relatórios contábeis e
financeiros (NASCIMENTO; REGINATO, 2008).
Também é importante frisar que o sistema de informação contábil precisa contar
com recursos para o seu processamento: processa os dados que alimentaram o sistema,
transforma em informação e posteriormente gera conhecimento, o qual servirá como
base para a tomada de decisão.
Na abordagem de Padoveze (2019), os dois principais recursos são: os recursos
humanos, justamente os contadores, os quais possuem a expertise quanto ao enfoque
sistêmico da contabilidade, e o software de contabilidade, que fornece a capacidade
do contador em efetuar os lançamentos no sistema e gerar as informações para
posteriormente serem utilizadas. Então, podemos classificar o profissional contábil como
um recurso humano, e o software como um recurso tecnológico, capaz de possibilitar a
realização das atividades do contador.
Ainda seguindo o mencionado autor, existem outros recursos que são vistos como
tradicionais, por estarem presentes em qualquer setor ou sistema, sendo os responsáveis
pelo “andamento” das atividades e estando atrelados aos recursos principais. Temos,
por exemplo, os equipamentos de informática; de comunicação; energia; serviços de
terceiros; todo o material de expediente; espaço físico, enfim, todos os recursos, que dão
suporte aos recursos principais e também auxiliam nos sistemas de informação contábil,
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
facilitando e possibilitando a realização das atividades de forma mais rápida e segura.
Com isso, após alimentação dos sistemas com dados, a utilização dos recursos e o
processamento das informações, temos as saídas. Para Padoveze (2019), as saídas advêm
de informações contábeis necessárias para cumprir os seus objetivos.
Assim, é por meio da emissão de relatórios e informativos que se apresenta a
informação compilada: os dados coletados, os quais alimentaram o sistema, foram
processados e transformados em conhecimento, expedindo em forma de relatórios os
resultados, por isso podem ser chamados de produto da contabilidade. É a partir daí que
os gestores, juntamente com os contadores (que possuem a expertise) poderão analisar os
dados. Os contadores aliados aos gestores auxiliarem no processo de tomada de decisão.
Quando se parte dos sistemas de informação contábil com enfoque sistêmico
aplicado, há a ideia de uma interligação entre os departamentos da organização, mais
especificamente os níveis hierárquicos, e conversa do ambiente interno da empresa
com o ambiente externo, pois informações políticas, econômicas e sociais também
influenciam nos resultados da organização, devendo ser consideradas no processamento
das informações e alimentação do sistema.
Os sistemas de informação contábil podem ser utilizados em diversos níveis
hierárquicos, como também pode haver restrições quanto ao acesso às informações,
como mencionado na teoria das restrições, mas elas são inseridas, na maioria das vezes,
como uma forma de gerir o risco.
Conforme o COSO (2004), a gestão de riscos é utilizada com o intuito de alinhar
o quanto a organização está disposta e incorrer riscos, conforme a estratégia adotada,
também para fortalecer as decisões, pois sempre haverá riscos na tomada de decisão, e
todo alinhamento e desenho dos sistemas de informação visam dirimir estes riscos.
A gestão de riscos aproveita oportunidades a favor da organização, otimizando o
capital e reduzindo possíveis prejuízos operacionais. Com isso, visa auxiliar os gestores
a atingirem suas metas, evitando perdas de recursos na organização. A gestão de riscos
nunca acaba, e ela é realizada por profissionais em todos os níveis hierárquicos, atuando
como um suporte para alcance dos objetivos da instituição, com o intuito de identificar
potenciais eventos que possam impactar negativamente na empresa.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
SAIBA MAIS
Um exemplo de Framework de gestão de risco é o Committee of Sponsoring
Organizations of the Treadway Commission - COSO. Nada mais é do que um cubo
que foi intencionalmente concebido, de modo que as três superfícies visíveis descrevem três
considerações importantes a serem feitas na gestão integrada de riscos.
Acesse: https://www.coso.org/documents/coso-erm-executive-summary-portuguese.pdf.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
registros contábeis. Assim, o Plano de contas precisa atender as disposições da Lei nº
11.638/07, Medida Provisória nº 449/08 e Resolução CFC nº 1.157/09.
Adicionalmente, Padoveze (2019) aponta que o plano de contas é uma técnica vista
como tradicional na contabilidade, por ordenar as contas de forma lógica e estruturada,
possibilitando o registro dos lançamentos contábeis de modo padronizado, otimizando
a classificação e acumulação dos dados. Em linhas gerais, o plano de contas é a estrutura
de contas que a empresa utilizará para realizar seus registros, por isso há necessidade de
parametrização para alinhar as informações.
Observa-se que, conforme orientação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC),
para a elaboração do Plano de Contas, é necessário se atentar à nova classificação do
Balanço Patrimonial, prevista no Comunicado Técnico CTG 02, a partir dos itens 136, 137
e 143, e aprovada por meio da Resolução CFC nº 1.157/09. Isso quer dizer que é necessário
seguir a legislação para a elaboração do mesmo.
SAIBA MAIS
Antes da edição da Medida Provisória nº 449/08, transformada na Lei nº
11.941/09, existia o Ativo Diferido no Balanço Patrimonial. Após a promulgação da
lei, o ativo diferido passou a ter a nomenclatura de Despesas Pré-Operacionais.
Para mais infomações acesse: https://cfc.org.br/.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Quadro 3 - Codificação do Plano de Contas
TIPO NUMERAL DECIMAL MISTA
Além da codificação poder ser realizada pela escolha de algumas dessas formas,
tem-se que a codificação precisa levar em conta os níveis de detalhamento da informação,
ou seja, precisam ser classificadas por níveis: primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto
graus. Conforme Padoveze (2019, p.191) “o plano de contas deve ser estruturado a partir
do agrupamento de contas afins”. Isso quer dizer que, por exemplo, as contas do ativo e
passivo devem obedecer à estrutura do balanço patrimonial. Observe o Quadro 4:
A título de exemplo, na sequência, vamos visualizar uma máscara dita mista e uma
classificação em 5º Grau em um plano de contas.
1. Ativo
1.1 Ativo Circulante
1.1.01 DISPONÍVEL
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
1.1.01.01 Caixa
1.1.01.01.0001 Caixa Matriz
1.1.01.01.0002 Caixa Filial
1.1.01.02 Bancos
1.1.01.02.0001 Bancos Matriz
1.1.01.02.0002 Bancos Filial
Como entender quais contas são sintéticas e analíticas? Em suma, a conta que
recebe os lançamentos é a conta analítica, neste caso, a conta Caixa Matriz. Perceba o
quanto é importante entendermos o que são contas analíticas e sintéticas, tanto para
sabermos onde lançar nossos dados quanto para sabermos qual tipo de conta usamos
em uma análise mais gerencial. Explica Souza (2011, p.1): “é notório que as organizações,
diante de tão grandes avanços, irão necessitar de meios que auxiliem a tomada de decisão
por parte dos gestores”.
SAIBA MAIS
Para facilitar a escrituração do SPED – Sistema Público de Escrituração Digital,
no próprio site encontramos Tabelas Dinâmicas e Planos de Contas Referenciais.
Acesse: http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/2910.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Adicionalmente, de acordo com as exigências do Conselho Federal de Contabilidade
(CFC), os profissionais de contabilidade necessitam aplicar a ITG 2000, aprovada pela
Resolução CFC nº 1.330/11 quanto à escrituração contábil para todas as entidades,
inclusive Micro e Pequenas Empresas. Assim, conforme a legislação supramencionada
ITG 2000 sobre a escrituração contábil:
NA PRÁTICA
Martins e Peixinho (2008) analisaram um estudo de caso sobre o desenvol-
vimento do sistema de contabilidade de gestão na Universidade do Algarve, em
Portugal. O estudo contribuiu para o entendimento quanto à implementação do sistema de cus-
teio e uma solução para a determinação do custo, atrelado a custo por aluno, unidade curricular,
projeto de investigação.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Para maiores detalhes, acesse: MARTINS, Elsa; PEIXINHO, Rúben MT. Desenvolvimento de
um sistema de contabilidade de gestão: O caso da Universidade do Algarve. Dos Algarves: A
Multidisciplinary e-Journal, n. 29, p. 64-82, 2018.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
exemplo, de custos, despesas e receitas por “departamento”. No Quadro 6, temos a
divisão de cada área, identificada por centros de custo. Dependendo do departamento,
podemos identificar quanto ele tem de receita, por exemplo.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
A respeito da missão da controladoria, explica Figueiredo (1995) que é: “zelar pela
continuidade da empresa, assegurando a otimização do resultado global”. Isso nos faz
entender que a controladoria é a principal responsável por auxiliar na gestão da empresa,
com o intuito de alcançar suas metas.
Além disso, a controladoria é responsável por auxiliar no processo de tomada
de decisão. Podemos dizer que a controladoria está atrelada à contabilidade gerencial,
isto é, ela desenvolve funções, as quais advêm da contabilidade gerencial. No entanto,
os controllers não necessariamente precisam ser contadores, porque eles são mais
responsáveis por interpretar informações que são repassadas a eles. Em sua maioria,
preocupam-se em maximizar recursos e otimizar os gastos, tanto que, em algumas
empresas, profissionais formados em engenharia podem estar na controladoria, já que
são desenvolvidas, principalmente, atividades de planejamento, controle, informação,
contabilidade, supervisão e outras funções administrativas.
Tanto um contador na controladoria quanto um profissional engenheiro, por
exemplo, podem auxiliar na realização das atividades mencionadas, porque ambos
os profissionais buscam a “raiz” dos problemas e tentam fazer o contraponto entre as
informações, que é a essência do controle para a tomada de decisão.
Com base nisso, Borinelli (2006) cita alguns objetivos do controller que são
importantes, como, por exemplo: garantir que os recursos estejam disponíveis; realizar a
mensuração do desempenho estratégico do negócio e estratégias; fornecer informações
que auxiliem na tomada de decisão do dia a dia etc.
Ainda conforme o autor, para alcançar esses objetivos, o controller precisa realizar
algumas funções, tais como: gerar informações de eventos planejados e ralizados; gerar
relatórios que possam apontar possíveis desvios, em relação ao que havia sido planejado;
exercer o controle; garantir a eficácia dos sistemas de controle e revisar os sistemas de
controle.
É possível perceber como os sistemas estão interligados à gestão da empresa, tanto
os sistemas de informações, que são responsáveis por direcionar o fluxo de informações,
quanto os sistemas de controle, os quais buscam alinhar os departamentos, para que cada
um realize suas atividades e consiga cumprir seus objetivos específicos. A controladoria
utiliza-se principalmente de sistemas de informações, para poder realizar sua função e
controlar as operações, com o intuito de alcançar as metas estabelecidas.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
GLOSSÁRIO
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
EXERCÍCIO FINAL
a) Plano de Contas
b) Departamentalização
c) Demonstração de Resultado do Exercício
d) Sistema Integrado de Gestão Empresarial
e) Escrituração Contábil
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
nos referindo a quê? Assinale a alternativa correta:
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
REFERÊNCIAS
BEUREN, Ilse Maria; GOMES, Ely do Carmo Oliveira; DA LUZ, Rodrigo Marciano.
Motivações para implantar a área organizacional de controladoria em grandes empresas.
Gestão & Regionalidade, v. 28, n. 82, 2012.
CARMO, Vadson Bastos do; PONTES, Cecília Carmen Cunha. Sistemas de informações
gerenciais para programa de qualidade total em pequenas empresas da região de
Campinas. Ci. Inf, p. 49-58, 1999.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
books/9788547220891. Acesso em: 9 jun. 2021.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
4
UNIDADE
INTRODUÇÃO AO USO
DE UM SISTEMA DE
INFORMAÇÃO CONTÁBIL
INTRODUÇÃO À UNIDADE
Sabe-se que a tecnologia está cada vez mais servindo como aliada em diversas
profissões e, na contabilidade, não seria diferente. O uso de mecanismos que facilitam o
trabalho operacional do contador e dão mais agilidade, para ele poder investir tempo em
análises e em alternativas para alavancar os negócios de seus clientes, é um diferencial
que facilita a vida na área contábil. Logo, com o uso de mecanismos facilitadores desde
a escrituração, controle e análise das operações, tem-se como consequência maior
qualidade na entrega do serviço contábil.
Nesse alinhamento, podem-se ter melhores decisões, por meio de uma maior
qualidade das informações contábeis, pelo uso das tecnologias influenciarem em
relatórios e demonstrativos mais reais, detalhados e atualizados, o que só é possível com
o auxílio da automatização, dado que todo o serviço do contador requer um cuidado
desde o lançamento até o fechamento das demonstrações contábeis. Mais ainda, na
hora de analisar os relatórios e trazer “novos caminhos” aos clientes, uma grande
responsabilidade, que requer muita habilidade.
Veremos, ainda, nesta última unidade de nosso estudo, que muitas mudanças
ocorreram nos processos contábeis. Todo o processo, que antes era realizado manualmente,
foi mecanizado, ou seja, foi atualmente operacionanalizado por meio eletrônico,
possibilitando que o profissional “dê comandos” ao sistema e realize os lançamentos.
Por exemplo, o sistema já auxilia na estruturação dos dados, que posteriormente serão
transformados em informações.
Com isso, o profissional se utiliza principalmente de sistemas, em que as
informações podem ser “cruzadas”, por exemplo, tanto do fiscal quanto do contábil, para
poder gerar os relatórios contábeis, e o profissional despender mais tempo na análise e
previsão de possíveis cenários que possam impactar de forma negativa ou positiva em
seus clientes.
Na Unidade 4, veremos que a contabilidade se alia a mecanismos tecnológicos,
para otimizar tempo e facilitar o desenvolvimento de suas atividades. Os sistemas
de informação levam em consideração um conjunto de informações de diversos
departamentos, organizados de acordo com uma estrutura lógica, para que os dados
que “alimentaram” os sistemas sejam processados, transformados em informações e
posteriormente analisados pelas partes interessadas.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
4.1 INTRODUÇÃO AO USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Há uma busca por qualidade da informação contábil, mas esta busca pode ser
vista como um processo. Segundo Coelho, Niyama e Rodrigues (2011), a qualidade da
informação dos resultados contábeis se refere à qualidade da informação contida nos
85
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
relatórios contábeis, sendo que ela será maiior, quando houver mais transparência das
informações constantes nos relatórios e, consequentemente, será menor a chance de ter
sido alvo de manipulação. Podemos dizer que a qualidade da informação contábil advém
de todo o processo de lançamento, apuração e análise dos dados, uma vez que é somente
ao fim de todo o processo que os relatórios gerados são analisados.
Explica Padoveze (2019) que o sistema de informação contábil é responsável por
compilar informações que auxiliem no processo decisório de toda a empresa, por isso
atua em todos os níveis. O sistema de informação contábil ampara o fluxo de informações,
auxilia quanto ao controle da organização e análise das operações, além de mecanizar os
processos e facilitar o trabalho desenvolvido pela gestão, que pode priorizar mais tempo
em analisar as informações geradas pelos relatórios.
Desse modo, o entendimento quanto aos sistemas de informação auxilia os
processos dentro das organizações, dando suporte e facilitando o fluxo de informações.
A contabilidade é uma grande geradora de informações, as quais servem para diversos
departamentos e precisam ser escrituradas de forma correta, para o processamento,
reprodução e análise.
O contador participa da tomada de decisão, pois os dados que ele lança na
contabilidade (realiza a contabilização, gera os relatórios e reproduz a informação)
servem como suporte para os rumos que a organização tomará, especificamente, quanto
à tomada de decisão. Precisamos entender o que constitui um sistema, e qual o papel do
profissional contábil quanto ao seu auxílio no processo de tomada de decisão.
Ao falarmos sobre sistemas que auxiliam na tomada de decisão, estamos nos
refereindo aos sistemas de informações gerenciais.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
conceitos, metodologias, técnicas e ferramentas para os executivos das organizações
tomarem decisões, baseadas em informações estratégicas, precisas, atualizadas e em
tempo hábil.
Ademais, é importante ressaltar que deve haver uma periodicidade, no que se
refere à atualização dos sistemas, isto é, a empresa precisa verificar, de forma constante,
se a estruturação dos sistemas e as informações fornecidas estão sendo utilizadas para a
tomada de decisão.
Frezatti et al. (2012) denotam que, quando ocorrem mudanças em nível de demanda
das informações, os sistemas de informações gerenciais precisam ser ajustados, para
atender as necessidades qualitativas, as quais se referem a um conjunto de informações
que detalham os fatos ocorridos. Por exemplo, temos informações quantitativas, as quais
representam a informação com base em números, e a informação qualitativa, que advém
da interpretação das informações.
Com base nisso, todo dado que é informado precisa ser processado, para se
transformar em informação e gerar conhecimento, auxiliando na tomada de decisão.
Todavia, as informações geradas atendem a departamentos distintos dentro da
organização, devendo elas ser corretamente relacionadas aos setores a que se referem.
Na contabilidade, seguindo Souza (2011), é importante destacar que os sistemas de
gestão, responsáveis por administrar a organização, são subsidiados por outros sistemas
(subsistemas), os quais buscam melhorar o processamento das informações, evitando-se
retrabalho. Por isso, é necessário haver uma sinergia entre os departamentos, já que as
informações precisam fluir e atender as necessidades de usuários distintos.
Complementam Moraes et al. (2018) que os SIGs auxiliam na coleta, processamento,
armazenamento, análise e disseminação de informações, de forma a atender propósitos
específicos do negócio, subsidiando-se de dados e instruções (entradas) e, posteriormente,
de relatórios e cálculos (saídas). Os Sistemas de Informações Gerenciais são responsáveis
por compilar informações, transformá-las em conhecimento e utilizá-las para a tomada
de decisão.
Com isso, todo o desenho dos controles dentro da empresa deve estar alinhado
aos sistemas de informações, com o intuito de atender as demandas internas e externas.
Também, levando em consideração a competitividade, as inovações tecnológicas e o
87
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
crescimento das organizações, estes controles atuam como ferramentas, auxiliando a
gestão da empresa. Em linhas gerais, a empresa precisa estar estruturada de forma que
o design dos controles esteja alinhado com os sistemas de informações, a fim de que um
não interfira no outro, e as informações não sejam enviesadas.
4.2 PARAMETRIZAÇÃO
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
e melhorar o fluxo de informações. Para atender a estes objetivos, eles precisam estar
alinhados com as operações da empresa e parametrizados para atender as necessidades
e gerar os relatórios com as informações solicitadas pelos usuários.
Além disso, devido ao possível ajuste dos sistemas, a empresa pode reestruturá-lo
para melhorar o layout e atender as suas necessidades. Contudo, de nada adianta um bom
sistema, se não há um correto ajuste para a utilização do mesmo. Por isso, atualmente,
as empresas estão utilizando os sistemas integrados (ERP), com o intuito de integrar
justamente as bases de dados em plataformas e facilitar o fluxo de informações, diminuir
o retrabalho, auxiliar no controle de custos, por exemplo.
NA PRÁTICA
O estudo de Quirino e Chacon (2020) buscou analisar a utilizadade dos Sis-
temas Integrados com base ERP na execução e análise dos relatórios contábeis.
É importante destacar que ERP se trata, conforme o estudo supramencionado, de um sistema
integrado aberto, o qual busca auxiliar os sistemas operacionais, banco de dados e plataformas.
Diante disso, o estudo concluiu que a utilização de Sistemas Integrados ERP contribuíram po-
sitivamente para a redução de custos e desperdícios em um hospital, potencializando a rapidez
na entrega do material ao usuário.
Fonte: QUIRINO, Márcio César de Oliveira; CHACON, Márcia Josienne Monteiro. Um estudo so-
bre a supervisão e execução de rotinas contábeis através de sistemas integrados em hospitais.
Brazilian Journal of Business, v. 2, n. 4, p. 3710-3723, 2020.
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
organizações, sendo necessário adaptá-las, assim como no Plano de Contas, em que
também deverá haver uma adequação, dependendo do enquadramento da empresa.
Logo, toda estruturação e organização das contas que, após o processamento das
informações, gerará os relatórios, deve ser realizada com auxílio de um profissional, por
exemplo, da área contábil, atuando em conjunto, pois ele possui a expertise necessária
para alimentar corretamente os sistemas de informações.
Em verdade, de acordo com Oliveira (2002, p. 35), sistema é um conjunto de partes
interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com
determinado objetivo e efetuam determinada função. Mais do que isso, a parametrização
é fundamental tanto para o lançamento dos dados quanto para o processamento das
informações e a emissão de relatórios.
Até agora, vimos a importância da contabilidade para uma empresa, e mais do
que isso, a utilização da tecnologia da informação, por meio do uso de sistemas para
otimizar o tempo, facilitar o trabalho e aumentar a acurácia das informações, que
consequentemente servirão de base para a tomada de decisão.
Você entende que, na contabilidade, podemos destacar principalmente a
contabilidade gerencial, por se utilizar das informações advindas dos sistemas? Porque a
contabilidade gerencial, mais especificamente, é responsável por interpretar informações,
as quais são resultado do processo de lançamento de dados, processamento e saída, que
é justamente o resultado.
Os gestores ou CEOs da empresa utilizarão informações, as quais advêm de relatórios
que compilaram informações. Então, eles buscarão as informações que foram produto de
todo o processo de cadastro, parametrização e registro, analisarão tais informações, que
consequentemente serão fonte de conhecimento para a tomada de decisão, e apoiarão
suas decisões e direcionamentos nestes documentos.
A contabilidade, além de reportar as informações, também tem o papel de, cada vez
mais, auxiliar os gestores no entendimento e na aplicação das informações em forma de
ações. Os profissionais da contabilidade vêm se destacando no mercado, por entenderem
da natureza dos lançamentos, da parametrização das contas, além de confrontarem as
90
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
informações.
Confrontar informações é olhar, por exemplo, para um bem registrado no
imobilizado e verificar o impacto deste no caixa, ou verificar outro possível impacto
do bem no ativo da empresa. Isso serve também, quando confrontamos valores, por
exemplo, de obrigações com terceiros, com o que temos de disponível. Fazemos sempre
este contraponto, para poder gerar informações e entender o impacto de cada operação
na alteração do nosso patrimônio.
Além disso, também controlamos todas as alterações no patrimônio da empresa,
seja por meio de documentos hábeis e também do controle de entradas e saídas, registros,
realizando análise das operações e direcionando a empresa ao alcance das metas
estabelecidas. Logo, nota-se a importância dos subsistemas que compõem os sistemas
de informações dentro de uma empresa, pois quanto mais informações detalhadas e
fidedignas, melhor será a análise.
Neste contexto, cabe ressaltar que o uso de sistemas, teoricamente, deveria
começar com o nascimento da empresa. Quando um empresário planeja abrir um
negócio, coloca suas ideias no papel e cria um plano de negóciso. Começa a realizar
análises de cenário e inicia suas atividades. Ele pode iniciar seus registros utilizando
planilhas eletrônicas, por exemplo. Mas, com o passar do tempo e com a complexidade
das operações, ele necessitará de um sistema e de mecanismos que o ajudem a otimizar
o tempo, por exemplo, de atendimento aos clientes, de controle de pedidos, de entradas,
saídas, estoques, caixa e também quanto à tributação do negócio.
Com isso, mesmo um empresário que esteja começando o seu negócio, precisará
de um sistema para auxiliá-lo. Com tantas demandas do negócio, controles de estoques,
de entradas, de saídas, de funcionários, de preparação dos produtos ou da prestação dos
serviços, é possível que se possa fazer uma boa gestão, se tivermos que realizar todos os
processos manualmente? Dificilmente sim, é mais provável que se perca a paciência e o
tempo com retrabalho, o que pode ser minimizado com o uso de sistemas.
Então surge um questionamento: Só os sistemas já resolvem? Como vimos até
agora, não. Basicamente, precisamos ajustar os sistemas, adaptá-los à empresa, realizar
o registro, parametrização, tipos de relatórios, informações que dependerão muito da
organização e do tipo do negócio.
É necessário analisar a estrutura da empresa, se ela é formal (com a tomada de
decisão mais centralizada) ou informal (com processos mais flexíveis e tomada de
decisão mais descentralizada). Dependendo da estrutura, os sistemas deverão se adaptar
às necessidades dela, sejam dos usuários internos ou de usuários externos, dado que a
empresa reporta informações a outros públicos, como também toma informações do
macro ambiente para planejar seus futuros caminhos.
91
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
4.3 CADASTRO
SAIBA MAIS
De acordo Frezatti et al. (2012), existem mudanças no nível de demanda das in-
formações, o que exige mudanças dos sistemas de informações gerenciais e ajus-
tes, no que tange a características das informações. Ainda, dependendo do estágio de demanda
do sistema, há um autoajuste por parte dos atributos, no qual o ciclo se processa, o que pode
consequentemente impedir o reporte das informações, ou até inibir o aperfeiçoamento delas.
FONTE: FREZATTI, F. et al. Antecedentes da definição do design do sistema de controle ge-
rencial: evidências empíricas nas empresas brasileiras. Brazilian Business Review (Portuguese
Edition), [s. l.], v. 9, n. 1, p. 134–155, 2012.
92
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Em suma, o primeio passo para parametrizar um sistema é o cadastro das contas
e a formatação das operações. Por exemplo, na contabilidade, para cada débito, deve-se
ter um crédito. Podemos informar isso ao sistema, de modo que, se faltar o lançamento
de qualquer uma das operações, que não feche com o equilíbrio, o sistema avise ou não
possibilite que o usuário avance nos lançamentos, sem antes resolver este conflito.
Basicamente, parametrizar é organizar e estruturar como o sistema funcionará.
VOCÊ SABIA?
Não existem restrições para os técnicos em contabilidade quanto à assinatu-
ra de balanços, mas sim quanto à realização de trabalhos de Auditoria, Perícia,
Análise de Balanços, entre outras. São prerrogativas exclusivas dos Contadores legalmente
habilitados, as previstas no art. 3º, itens de 1 a 6, 8, de 19 a 26, 29, 30, de 32 a 36 e de 42 a 45, da
Resolução CFC nº 560/83. Lembre-se de que todas as prerrogativas podem ser realizads tanto
por Técnicos quanto por Bacharéis.
Para mais informações consulte: www.cfc.org.br.
93
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
SAIBA MAIS
Não existe uma legislação editada quanto ao prazo específico para o fecha-
mento do balanço, pois ele pode ser fechado mensalmente, se a entidade quiser. A
Lei nº 6.404 e o Novo Código Civil (art. 176 e 1.065, respectivamente) estabelecem que as empre-
sas têm que fechar seus balanços ao término do exercício social.
Nas Sociedades Limitadas (art. 1.078 caput e § 1º do novo Código Cívil) e nas Sociedades
por Ações (arts. 132 e 133 da Lei das S/A) há obrigatoriedade de realização de assembléia geral
para apreciação das demonstrações contábeis até 4 meses após o término do exercício social e,
em ambos os casos, os acionistas devem receber cópia das referidas demonstrações, um mês
antes da data da assembléia. Fonte: www.cfc.org.br.
Denota-se que, para um bom controle gerencial, devemos considerar quais são
as necessidades da empresa, até porque todo o controle e os sistemas precisam estar
adaptados para o atendimento das necessidades, tanto informacionais quanto de
controle, em relação às operações e aos mecanismos que devem ser utilizados dentro da
empresa. Além disso, os sistemas devem operar, com o intuito de contribuir e facilitar
todos os processos dentro da empresa.
Ademais, todos os dados que alimentam os sistemas devem partir de operações
94
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
que ocorreram e que, de certa forma, alteraram o patrimônio da empresa. Para tanto,
toda a parte de gestão da empresa precisa entender cada passo, por exemplo, do processo
produtivo. Você já imaginou um gestor lidando com a tomada de decisão, o qual não
conhece as etapas do processo produtivo, como quais informações são reportadas pelos
sistemas operacionais?
Quando nos referimos à necessidade informacional, estamos falando sobre o uso
das informações para a tomada de decisão, por isso toda decisão precisa se basear em
conhecimento. A gestão é responsável por analisar as informações, realizar até cálculo
de indicadores, para melhor interpretá-las, bem como alinhar com os departamentos
sugestões de melhoria. Logo, a gestão é a peça-chave, que se interliga a todos os setores
da empresa.
Conforme já mencionado, a gestão também precisa prestar contas sobre as tomadas
de decisão, ajustar-se e sugerir ajustes à empresa, para atender as metas estabelecidas,
as quais podem mudar no decorrer do tempo. A princípio, as metas, antes de sofrerem
alterações, precisam de boas razões (boas mesmo!), para que possam ser aceitas, o que é
bem difícil de ocorrer; mais comum pode ser, de certa forma, se tais mudanças decorrem
de impactos do ambiente na empresa.
É importante lembrarmos da análise do cenário em que são realizados
questionamentos sobre os pontos fortes e fracos, tanto internos quanto do ambiente, no
qual se pretende abrir um negócio, por exemplo. Com a análise Strengths, Weaknesses,
Opportunities e Threats (SWOT), realiza-se um levantamento de todos os pontos que
podem impactar em uma empresa. Podemos entender que a controladoria é uma das
principais responsáveis por esta análise, pois ela compila informações de diversas áreas.
Todo sistema, para ser estruturado e para atender as necessidades da empresa e do
ambiente, precisa interagir. Os sistemas e as análises devem interagir, para que possamos
desenhar os passos da empresa. Até porque, se estruturarmos um sistema que não
atenda as necessidades informacionais, até que ponto ele servirá como um investimento
– visando beneficiar a empresa – e será bem visto por possíveis investidores?
O que mais se almeja é que os sistemas, após registro, lançamento, parametrização,
utilização dos planos de contas, facilitem o trabalho de toda e equipe e de diversos
departamentos dentro de uma empresa. Tentamos aliar a tecnologia ao nosso dia a dia
de diversas formas, em todos os momentos, então por que não aliar a tecnologia ao nosso
processo produtivo, ao reporte de informações e ao lançamento de dados? Este é o ponto!
Todo o conteúdo apresentado em nosso estudo visa analisar a importância dos
sistemas para o bom funcionamento e prosperidade de uma empresa. Se uma empresa
pode consumir mais tempo analisando dados para a tomada de decisão, qual seria outra
alternativa, se não investir em bons sistemas, tanto de controle quanto de informações?
95
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
As empresas cada vez mais buscam limitar ações negativas, conquistar a correção de
possíveis ações, planejar e contribuir para que a empresa continue prosperando.
Além disso, os sistemas também servem como uma ferramenta que auxilia no
dia a dia dos empresários. Dada toda necessidade informacional, de compromissos,
de soluções e busca, quando os sistemas são capazes de filtrar algumas informações e
repassá-las aos principais usuários, transformam-se em grandes facilitadores.
Pensemos no nosso cotidiano: somos expostos a vários tipos de informações, mas
conseguimos filtrá-las. Quando uma informação referente a algum setor específico nos
chama atenção, criamos alertas e até mesmo mecanismos que sempre nos reportem
àquele tipo de informação. Com os sistemas não é diferente! De uma forma mais geral, os
empresários e gestores, após o desenho dos sistemas, criam mecanismos para facilitar o
entendimento e a interpretação das informações, basicamente utilizando a tecnologia a
seu favor, o que é muito satisfatório.
96
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
úteis para a tomada de decisão e se precisam de algum controle ou modificação em seus
sistemas de reporte de informação.
4.4 REGISTROS
Dado todo processo de parametrização do sistema, por meio do cadastro das contas,
do exercício social e da estruturação do sistema em si, iniciam-se os registros, também
conhecidos como lançamentos, os quais se referem à escrituração das operações que
ocorrerem na organização. Com isso, voltamos a falar dos planos de contas contábeis:
Com base nisso, denota-se que o processo de registros, antes de ser iniciado,
necessita de toda uma preparação do profissional quanto ao entendimento do sistema
e operacionalização, bem como o respeito à legislação quanto a padrões de planos de
contas e início da escrituração das atividades da organização, conforme contrato social.
Conforme Barros (2005), na contabilidade, não se controla apenas por meio de
relatórios o que foi realizado, já que é indispensável a ligação entre planejamento, controle,
por meio de parâmetros e indicadores de desempenho, que apenas serão fixados com
auxílio dos registros e informações contábeis.
Nesse sentido, complementa Gonçalves (2009) que as informações, processadas
através do lançamento dos dados, são uma forma de detectar oportunidades, para a
escolha de mecanismos que posam reduzir os riscos. Por exemplo, alguns modelos
podem ser desenvolvidos, com o intuito de analisar como os sistemas se adaptam às
necessidades de informações dos usuários, ressaltando-se a importância da correta
parametrização dos sistemas e lançamentos contábeis. Importante também observar
que a contabilidade é peça-chave para fornecer informações, evidenciando a utilização
ou o descarte delas.
97
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
A Contabilidade irá até onde seus profissionais puderem levá-la. Sua
importância, relevância e valorização dependerão, essencialmente, do
conhecimento, das habilidades e atitudes dos profissionais (BARROS,
2005, p.110).
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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
a preocupação da empresa com o ambiente social, no qual está inserida. Também, é
necessário considerar: o crescimento sustentável das organizações a longo prazo; o
investimento em mecanismos que facilitem o reporte da informação; e a preocupação
com os stakeholders, que são os principais usuários e interessados na organização.
Observando-se o ambiente em que estamos inseridos, é imprescindível
analisarmos quais informações são interessantes, devendo ser mais bem evidenciadas, e
principalmente o avanço na tecnologia, no que tange à preservação do meio ambiente e
à utilização de recursos sustentáveis.
Mais do que nunca, devemos considerar aspectos ambientais em todo o mundo,
uma vez que várias áreas de conhecimento não estão medindo esforços para evidenciarem
e utilizarem recursos sustentáveis, o que consequentemente aumenta a competitividade.
99
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
atividades exercidas na empresa, bem como aumentar sua produtividade e vantagem
competitiva, para manter a continuidade e possivelmente expandir o negócio.
A contabilidade atua tanto no reporte das informações quanto na manutenção e
auxílio aos controles, não se limitando a isto, pois certamente ainda auxiliará a gestão
em relação a “trilhar novos caminhos”. Por meio de uma análise econômica e financeira,
se a empresa, por exemplo, pretende investir em um novo equipamento para o processo
produtivo, a contabilidade realizará um levantamento do disponível, das possibilidades
de pagamento e até financiamento daquele bem, para a possível compra. E, para que ela
consiga realizar todo este trabalho, necessita do nosso ponto-chave: informações.
Para Marion (2015):
Entende-se que a estratégia é um caminho que a empresa deve trilhar para alcançar
seus objetivos pré-definidos, mas esta estratégia também deve contemplar quais serão
os mecanismos utilizados para alcançá-los, incluindo todo o aparato de sistemas, de
controles, de departamentos e de funções. A estratégia de uma empresa pode mudar
com o tempo, principalmente devido às mudanças tecnológicas, à pressão global e à
competitividade.
É possível perceber que tudo gira em torno da tomada de decisão. Logo, os
mecanismos utilizados como “subsídios”, ou até mesmo como “base”, para a tomada
de decisão são importantes no contexto. Os sistemas são desenhados, os controles
alinhados, e a estratégia estruturada, visando ao bom funcionamento das atividades e à
manutenção da competitividade. Todos estes pontos precisam ser revisados e entendidos
dentro da empresa, para a correta operacionalização.
Assim, percebe-se que os usuários dentro de uma organização possuem interesses
distintos quanto às informações, como alcance de metas, por exemplo, mas os objetivos
específicos que devem ser alcançados precisam estar alinhados com os objetivos gerais
da empresa.
Para alcançar o objetivo geral, a empresa precisa otimizar seus recursos, a fim de
que não sejam utilizados de forma incorreta, ou que sejam excessivamente perdidos.
Claro que, em todo processo, falhas podem ocorrer, mas elas devem ser prontamente
levantadas para a solução e a não reincidência. Até no desenho dos sistemas, por meio
100
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
da manutenção das atividades, é possível identificar se há possibilidade ou ocorrência de
falhas, e isso é imprescindível para a continuidade do negócio.
Assim, os sistemas de informações são utilizados para facilitar o fluxo de
informações dentro das empresas, o que consequentemente auxiliará no processo de
tomada de decisão e também no alcance de metas. Quanto à utilização dos sistemas,
é importante a alimentação dos mesmos ser realizada por profissionais capacitados, os
quais tenham sido treinados para pode trabalhar neles. Ou seja, além de os profissionais
entenderem suas funções dentro da organização, é preciso que entendam como os
sistemas funcionam, para facilitar o trabalho, e para que eles utilizem todos os recursos
disponíveis.
Os sistemas informações perpassam vários departamentos das empresas, porque
se entende que cada departamento gere um tipo de informação. Por exemplo, quando
falamos na parte operacional da empresa, da produção ou prestação de serviços, temos
um tipo de informação, e quando vamos para o setor comercial, temos outros tipos de
informações, sendo elas mais específicas sobre vendas dos produtos, propagandas,
investimento em pesquisas. A partir disso, as informações geradas em cada um dos
departamentos são analisadas como um todo pela gestão da empresa, servindo como
base para o direcionamento das futuras ações da empresa, bem como para subsidiar a
tomada de decisão.
SUGESTÃO DE LEITURA
O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), por meio da parceria com a
área de Tecnologia da Informação, surgiu com o intuito de revolucionar o sistema
de informação contábil, impulsionando a informatização do exercício do profissional contábil,
dado que, com o avanço tecnológico, logo os meios digitais iriam começar a trocar a transmis-
são de declarações da forma física para um banco de dados de um órgão fiscalizador.
Leia mais em: http://sped.rfb.gov.br/.
FRANCO, Geovane et al. Contabilidade 4.0: análise dos avanços dos sistemas de tecnologia da
informação no ambiente contábil. CAFI-Contabilidade, Atuária, Finanças & Informação, v. 4, n.
1, p. 55-73, 2021.
101
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Ademais, os sistemas de informações visam “nutrir” as operações com
detalhamentos acerca do funcionamento da empresa, e mediante as atividades
desenvolvidas. Assim, o sistema de informação contábil é responsável principalmente
pelo lançamento, controle, reporte e análise das informações, para auxiliar na tomada
da decisão, gerando um diagnóstico e direcionando a empresa para a tomada de decisão.
Todas as informações consideradas “boas” devem ser levadas em consideração
no planejamento, estruturação e controle da empresa. Com isso, a presença e atuação
de profissionais, tais como contador, controller, administrador, é de suma importância
para a correta análise e utilização das informações para a tomada de decisão. Conforme
Figueiredo (1995, p. 6) “importância do profissional será medida muito mais pela sua
contribuição para administração geral da organização do que pela correção com que
são feitos os conjuntos de demonstrações contábeis que relatam puramente aspectos
financeiros da gestão”.
Os profissionais precisam estar alinhados aos objetivos da empresa, principalmente
trabalhando para o alcance das metas, uma vez que é por meio da administração geral
que serão realizadas as tomadas de decisão. A importância destes profissionais poderá
ser avaliada, principalmente por meio da contribuição para o atendimento as metas,
continuidade do negócio e boa administração.
A partir desse entendimento, no que se refere especificamente à controladoria,
entendemos que está envolvida com a busca pela eficácia organizacional, o correto
funcionamento das operações, a otimização de tempo, por exemplo, e maximização de
recursos. Mas a controladoria precisa dispor de modelos bem definidos e eficientes para
o cumprimento da missão, destacando-se a sua posição dentro da organização.
Entende-se que, para o bom andamento das operações dentro da empresa,
precisamos de um departamento que tenha a função de fiscalizar, controlar e planejar
o andamento das atividades. Então, a controladoria vem com estas funções, podendo
ser um departamento que esteja atrelado, por exemplo, ao departamento comercial, ou
sendo como um órgão staff, ou seja, de auxílio aos gestores na tomada de decisão.
As informações são vitais para o andamento e continuidade dos processos, pois
se não houver trocas de informações, até o processo será prejudicado, seja o processo
de transformação, de produção de produtos ou prestação de serviços. Não existindo
informação, como saberemos em que “ponto” está o processo produtivo, e como tomar
uma decisão “às escuras”?
Justamente por isso, os sistemas vêm auxiliar os processos dentro das empresas,
com a ajuda da tecnologia da informação para maximizar os resultados e otimizar o
tempo no que se refere a processos operacionais.
Independentemente da atividade ou estrutura formal, as organizações se
102
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
estruturam, com o intuito de alcançarem seus objetivos, compararem seus resultados,
buscando maximizá-los e aumentar suas metas. Logo, precisamos de relatórios,
informações, controles e mecanismos que auxiliem estes processos. Através da união da
tecnologia com as expertises necessárias, temos uma boa base para a tomada de decisão.
Com base no exposto, toda a questão de gestão está voltada para a tomada de
decisão. Assim, os sistemas de controle gerencial e os sistemas de informações gerenciais
visam trazer subsídios para “justificar” a tomada de decisão. Em relação aos sistemas de
informações, segundo Souza (2011): “são eles os responsáveis por proporcionar uma
gama de informações capazes de auxiliar o gestor no processo decisório”.
Percebe-se que também existe um julgamento do gestor quanto à utilização da
informação, entrando-se em outro contraponto, no qual, dependendo dos controles
adotados dentro da empresa e de como os sistemas de informações são desenhados,
existe uma certa “brecha” que pode ocasionar um conflito de interesses, pois os gestores
possuem metas a curto prazo, e a empresa utiliza isto como forma de motivá-los.
Entretanto, tais metas precisam estar alinhadas às metas gerais da empresa. Se não
tivermos o alinhamento, isso poderá se tornar um possível caminho, para que os gestores
olhem apenas para as metas de curto prazo, não conseguindo, mais futuramente, alcançar
as metas gerais da empresa. Temos aqui um conflito de agência, especificamente da
Teoria da Agência que, em linhas gerais, estuda a relação entre o agente e o principal,
buscando entender os comportamentos.
Quanto à teoria da agência, tem-se, conforme Eisenhardt (2015):
103
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
é que o principal e o agente podem preferir ações diferentes por causa
das preferências de risco diferentes (EISENHARDT, 2015, p. 5).
104
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Desta forma, os sistemas também precisam carregar algum mecanismo que dê
um alerta sobre possíveis riscos inerentes à atividade da empresa. Temos alertas mais
comuns, quando, por exemplo, realizamos registros incorretos, dois débitos e não
lançamos um crédito. Prontamente, o sistema está parametrizado para nos alertar
sobre esta falha, o que também está ocorrendo em outros meios, como alertas quanto a
atividades econômicas do país, que vêm se modificando e podem afetar as exportações
da empresa.
Temos muitos elementos que compõem os sistemas de informações. Sabemos
do processo que inicia com os dados, processamento, os inputs, mas até aí estamos nos
referindo à parte operacional. Outra questão que chama atenção, e principalmente está
sendo destacada na contabilidade, é a interpretação destas informações e o seu auxílio
para a tomada de decisão.
Além disso, em relação a possíveis conflitos, os sistemas também visam minimizá-
los, já que, com maior automatização, fica mais fácil de identificar o que vem sendo
realizado de operações dentro da empresa. Ademais, a parametrização, adiciona outras
subunidades aos sistemas, acumulação de informações, e tudo isso faz com que a
contabilidade tenha um aparato de informações, as quais facilitam a tomada de decisão.
Como destacado, alguns princípios básicos dos sistemas de informações se referem
à possiblidade de utilizá-las. Elas precisam ser informações que, ao menos, apresentem
características, tais como: valor econômico, relevância, entendimento e confiabilidade.
Você entende que se não tivermos ao menos estas características, não podemos “confiar
nas informações”? Vamos além, as informações precisam ser tempestivas e fidedignas,
realmente nos passando “confiança” para sua utilização.
É importante também destacarmos algumas dificuldades em obter informações.
Isso faz parte dos processos, mas a empresa deve desenhar seus sistemas, com o
intuito de ter maior transparência de seus processos, ao buscar maior entendimento e
características do que está sendo realizado. Quando falamos, por exemplo, em acumulação
das informações, estamos nos referindo ao Plano de Contas, que é visto como um “livro
de cabeceira” das empresas.
Para que as informações sigam um padrão e possam atender a legislação, bem como
as informações necessárias para o negócio poder ter continuidade, o Plano de Contas
vem, com o intuito de estruturar as contas, parametrizar o que pode ser registrado, e
também como um tipo de controle, no qual a empresa se apoia para poder realizar seus
registros. Também, para o cadastro de novas contas, deve-se ter um sistema de controle,
a fim de que as informações possam seguir um padrão, não fazendo sentido que, a cada
registro, cadastre-se uma nova conta.
Ademais, a questão de cadastrar nova conta também é um tipo de controle.
105
INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Dificilmente, em uma organização, este mecanismo estará disponível aos funcionários.
Por exemplo, imaginemos que, em uma empresa, cada funcionário julgue necessário a
criação de uma conta e saia criando contas; além dos relatórios aumentarem muito, não
teria uma parametrização das contas e um modelo. Justamente por isso, são necessários
controles, para que se tenha um padrão, o que podemos chamar de padrão de qualidade.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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informações mais minuciosas e tempestivas. Isso pode ampliar a qualidade dos relatórios
que, consequentemente, também servirão de forma adequada para a consulta e tomada
de decisão.
Estudamos, também, que contabilidade é constituída por diversos mecanismos que
merecem atenção, desde a correta parametrização dos sistemas, até o uso dos relatórios
gerados como base para a tomada de decisão, sendo o “pano de fundo” para tudo isso
a qualidade. Podemos dizer que, em qualquer área, busca-se sempre a qualidade dos
serviços, por isso nos utilizamos de diversos mecanismos, agora mais ainda tecnológicos,
para facilitar a operacionalização e assegurar o que foi informado, outro tipo de trabalho
dentro da contabilidade, a Auditoria.
Podemos avaliar os mecanismos utilizados, a eficiência dos mesmos, por meio do
atendimento das metas, visando-se ao aumento delas e ao seu alcance, otimizando-se
tempo e maximizando resultados.
Por fim, nesta última unidade, entendemos que, por meio de toda a caracterização,
registros, dados, parametrização e alimentação dos sistemas, temos um fluxo de
informações, que pode ser tanto do âmbito financeiro quanto do operacional, comercial
ou econômico, mas todas estas informações devem ser compiladas e identificadas pela
gestão da empresa, geralmente pela gestão contábil, a qual analisa, compara e avalia os
resultados.
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GLOSSÁRIO
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EXERCÍCIO FINAL
02- Sobre os Sistemas de Informação, estudamos que eles são utilizados com
o intuito de facilitar o fluxo de informações e otimizar o trabalho operacional
nas organizações. Se pensarmos em um sistema, é necessário parametrizá-
lo, antes de registrar os dados. Assinale a alternativa que apresenta, de forma
simples, o que é parametrização:
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maior interação dos tomadores de decisão.
b) Segregação de funções; maior custo operacional e menor fluxo de informações.
c) Procedimentos adicionais de autorização; melhoria na produtividade e maior
gasto com pesquisa e desenvolvimento.
d) Menor uso de mecanismos tecnológicos; diminuição na qualidade dos serviços
realizados e oferecidos e maior centralização de informações.
e) Menor atendimento às políticas internas; maiores problemas informacionais e
menor qualidade da informação contábil.
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REFERÊNCIAS
BEUREN, Ilse Maria; GOMES, Ely do Carmo Oliveira; DA LUZ, Rodrigo Marciano.
Motivações para implantar a área organizacional de controladoria em grandes empresas.
Gestão & Regionalidade, v. 28, n. 82, 2012.
COELHO, Carina Martins Porto; NIYAMA, Jorge Katsumi; RODRIGUES, Jomar Miranda.
Análise da qualidade da informação contábil frente a implementação dos IFRS: uma
pesquisa baseada nos periódicos internacionais (1999 a 2010). Sociedade, Contabilidade
e Gestão, v. 6, n. 2, 2011.
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MARION, José Carlos. Introdução à contabilidade gerencial. 3.ed. São Paulo:
Saraiva, 2017. E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/
books/9788547220891. Acesso em: 9 jun. 2021.
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uniavan.edu.br
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