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ANÁLISE ECONÓMICA E

FINANCEIRA
3º ANO DO CURSO DE CONTABILIDADE E DE GESTÃO

Natasha Cilene Sena-Silva


PROGRAMA

• Capítulo II: A análise Financeira Estática


• O método dos rácios
• Os rácios de situação ou de estrutura
• Os rácios de gestão ou actividade
• Os rácios de eficiência
O MÉTODO DOS RÁCIOS
• Consiste em estabelecer relações entre contas e agrupamentos de
contas do balanço, da DR e da DFC, ou entre, outras grandezas
económico-financeiras.
• Permitem sintetizar uma quantidade abundante de dados e comparar
o desempenho económico-financeiro das empresas e sua evolução no
tempo.
CONCEITO DE RÁCIO
• O rácio não é mais do que uma relação entre duas grandezas, que
pode ser expresso em valor absoluto ou em percentagem.
• Os valores utilizados devem ser extraídos das DF’s depois destas
estarem devidamente preparadas para a análise financeira:
• Facilitam a análise da empresa;
• Dão consistência à análise entre empresas;
• Clarificam o desempenho da empresa face ao sector
TIPOS DE RÁCIO
• De acordo com os objectivos da análise:
• Rácios financeiros: relacionados com aspectos financeiros (estrutura
financeira, solvabilidade, etc.);
• Rácios económicos: relacionados com aspectos económicos (estrutura de
custos, estrutura de rendimentos, margens, etc.);
• Rácios económico-financeiros: relativos a aspectos económico-financeiros
(rendibilidade dos capitais próprios, etc.)
TIPOS DE RÁCIO
• Rácios de funcionamento: relacionados com o impacto financeiro da gestão
no ciclo de exploração (prazos médios de recebimento e de pagamento,
duração de inventários, etc.)
• Rácios técnicos: ligados à actividade da empresa (produtividade da mão-de-
obra, etc.)
TIPOS DE RÁCIO
• De acordo com as fontes de informação:
• Rácios efetivos ou reais: documentos financeiros históricos da empresa;
• Rácios orçamentais: baseados nos orçamentos da empresa;
• Rácios do sector: baseados nas informações do sector ou segmento (Centrais
de balanços);
• Rácios ideais: definidos pelo analista financeiro, em função do seu
conhecimento do sector e da empresa
DEFINIÇÃO DE ALGUNS RÁCIOS
• Em termos sistemáticos, é corrente o agrupamento dos rácios em três
grandes categorias:
• Rácios de Situação ou de Estrutura;
• Rácios de Gestão ou actividade;
• Rácios de Eficiência.
RÁCIOS DE SITUAÇÃO OU DE ESTRUTURA
• Permitem fazer a avaliação da gestão estratégica das empresas, ou
seja, dos resultados das Políticas de Financiamento e de
Investimento.
• Podem ser subdivididos em três grupos:
• 1. Estrutura das Aplicações e origens de Fundos;
• 2. Liquidez;
• 3. Solvabilidade e Autonomia.
RÁCIOS DE ESTRUTURA DAS APLICAÇÕES E ORIGENS DE FUNDOS

• Permitem identificar os principais componentes das aplicações e das


origens:
• onde é que a empresa tem aplicado os capitais colocados à sua disposição e
quais os capitais utilizados pela empresa no financiamento da sua actividade.
• Refletem o peso que as principais rubricas assumem em relação ao
respetivo total, sendo expressos em forma de percentagem.
RÁCIOS DE ESTRUTURA DAS APLICAÇÕES E ORIGENS DE FUNDOS

𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çã𝑜 𝑌
∗ 100 = ___, __%
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çõ𝑒𝑠

𝑂𝑟𝑖𝑔𝑒𝑚 𝑋
∗ 100 = ___, __%
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑂𝑟𝑖𝑔𝑒𝑛𝑠
RÁCIOS DE ESTRUTURA DAS APLICAÇÕES E ORIGENS DE FUNDOS

• EXEMPLO:
Balanço (em contos)
RUBRICAS Valores CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
ACTIVO Capital próprio
Activo não corrente Capital Realizado 45.000
Activos Fixos Tangíveis 67.600 Reservas 10.000
Activos Intangíveis Resultado Líquido do período 25.000
Trespasses 3.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 80.000
Total do activo não corrente 70.600 PASSIVO
Activo corrente Passivo não corrente
Inventários Financiamentos obtidos 56.000
Mercadorias 18.000 Total do passivo não corrente 56.000
Clientes 111.000 Passivo corrente
Outras contas a receber 8.000 Fornecedores 75.000
Diferimentos 6.400 Outras contas a pagar 4.000
Meios Financeiros 1.000 Total do passivo corrente 79.000
Total do activo corrente 144.400 TOTAL DO PASSIVO 135.000
TOTAL DO ACTIVO 215.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 215.000
RÁCIOS DE LIQUIDEZ
• Procura-se analisar a capacidade da empresa para fazer face aos seus
compromissos de curto prazo.
• Os indicadores mais frequentes são:
• Liquidez Geral;
• Liquidez Reduzida;
• Liquidez Imediata.
RÁCIOS DE LIQUIDEZ
• Liquidez Geral: rácio financeiro que mede a capacidade da empresa de fazer face
às suas responsabilidades de curto prazo, constituindo por isso um teste de
solvabilidade de curto prazo.
• Considera-se usualmente que um rácio superior à unidade traduz uma situação
favorável de liquidez para a empresa

𝐴𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑙 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
RÁCIOS DE LIQUIDEZ
• Liquidez reduzida: Permite verificar se a empresa possui activos de curto prazo
suficientes para a cobertura dos seus passivos de curto prazo, sem recorrer à
venda de Inventários.
• Assume que os inventários serão difíceis de converter em dinheiro rapidamente,
ou pelo valor que constam no Balanço. É desejável que o rácio ultrapasse pelo
menos o valor de 1.

𝑀𝑒𝑖𝑜𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑙𝑖𝑞. +𝐶𝑟é𝑑𝑖𝑡𝑜𝑠 𝐶𝑃


𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐴𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 − 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑛𝑡á𝑟𝑖𝑜𝑠
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
RÁCIOS DE LIQUIDEZ
• Liquidez Imediata: Pretende-se conhecer o grau de cobertura dos passivos de
curto prazo pelos Meios Financeiros.
• É a forma de liquidez mais exigente, e só faz sentido num cenário de crise em que
existissem dúvidas sobre a possibilidade de obter recursos da conta clientes ou
da venda de inventários. Num cenário normal, a gestão da empresa por critérios
de liquidez tão apertados não é eficiente.

𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐼𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑡𝑎 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
RÁCIOS DE LIQUIDEZ
• EXEMPLO:
Balanço (em contos)
RUBRICAS Valores CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
ACTIVO Capital próprio
Activo não corrente Capital Realizado 45.000
Activos Fixos Tangíveis 67.600 Reservas 10.000
Activos Intangíveis Resultado Líquido do periodo 25.000
Trespasses 3.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 80.000
Total do activo não corrente 70.600 PASSIVO
Activo corrente Passivo não corrente
Inventários Financiamentos obtidos 56.000
Mercadorias 18.000 Total do passivo não corrente 56.000
Clientes 111.000 Passivo corrente
Outras contas a receber 8.000 Fornecedores 75.000
Diferimentos 6.400 Outras contas a pagar 4.000
Meios Financeiros 1.000 Total do passivo corrente 79.000
Total do activo corrente 144.400 TOTAL DO PASSIVO 135.000
TOTAL DO ACTIVO 215.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 215.000
RÁCIOS DE SOLVABILIDADE E AUTONOMIA

• Permitem avaliar a tendência da empresa quanto à capacidade de


liquidar os seus compromissos de médio e longo prazo e analisar a
sua independência face a terceiros, isto é, os efeitos das políticas de
financiamento prosseguidas.
𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝐸𝑠𝑡á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝐶𝑜𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝐸𝑠𝑡á𝑣𝑒𝑖𝑠(𝐶𝐼𝑅𝐸) =
𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çõ𝑒𝑠 𝐹𝑖𝑥𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜
𝐶𝑜𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 𝐶𝐼𝐶𝑃) =
𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çõ𝑒𝑠 𝐹𝑖𝑥𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠

• Procuram avaliar a cobertura dos Investimentos por Recursos Estáveis


ou por Capital Próprio.
• Com o objectivo de obter informações sobre a política de
financiamento prosseguida, poderão ser calculados:

𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝐸𝑠𝑡á𝑣𝑒𝑖𝑠


𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠

• Torna possível determinar até que ponto os aumentos dos


investimentos estão a ser financiados com recurso a recursos estáveis
(origens de fundos com prazo de exigibilidade superior a um ano.
RÁCIOS DE SOLVABILIDADE E AUTONOMIA

• Por outro lado, o rácio:

𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑚 𝐴𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠


𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒 𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çõ𝑒𝑠

• Permite avaliar em que medida os investimentos estão a ser


financiados pelas próprias depreciações/ amortizações
RÁCIOS DE SOLVABILIDADE E AUTONOMIA

• Para a caracterização da política de investimento, é igualmente


importante determinar o Grau de Envelhecimento dos Activos Fixos
Tangíveis

𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çõ𝑒𝑠 𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝐴𝐹𝑇


𝐺𝐸𝐴𝐹𝑇 =
𝐴𝐹𝑇
RÁCIOS DE SOLVABILIDADE E AUTONOMIA

• Autonomia Financeira: compara o capital próprio com as aplicações de fundos e


permite aferir acerca da política de financiamento e da evolução do risco
• É, normalmente, um indicador de grande importância na análise e contratação de operações
de financiamento e na avaliação do risco financeiro
• Quanto maior for o rácio, maior é a solidez financeira da empresa e maior será a sua
capacidade para cumprir a “palavra dada” aos seus credores. (33,33% é sugerido pelos
especialistas financeiros)

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜
𝐴𝑢𝑡𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 =
𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝐹𝑢𝑛𝑑𝑜
RÁCIOS DE SOLVABILIDADE E AUTONOMIA

• Solvabilidade: compara o capital próprio com os capitais alheios


(Passivo) e é um bom indicador para os credores avaliarem ao risco
das eventuais operações com a empresa.
• Coloca em evidência a proporção dos capitais investidos pelos
sócios/accionistas face a capitais provenientes de entidades externas. O valor
normal deste rácio é de 50%.

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜
𝑆𝑜𝑙𝑣𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜
RÁCIOS DE SOLVABILIDADE E AUTONOMIA

• Capacidade de endividamento a médio e longo prazo: é um


refinamento do rácio anterior, permitindo avaliar a importância dos
capitais próprios relativamente às dívidas de médio/longo prazo.

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜
𝐶𝐸𝑀𝐿𝑃 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
RÁCIOS DE SOLVABILIDADE E AUTONOMIA

• Em complemento a estes rácios é usual calcularem-se ainda, os


seguintes:
• Rácio de endividamento: exprime o grau de utilização (ou importância) do
capital alheio no financiamento das actividades das empresas
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜
𝑅á𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝐸𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 + 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜

• O endividamento também pode ser avaliado através do Debt to Equity Ratio


𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜
𝐷𝑒𝑏𝑡 𝑑𝑜 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑡𝑦 𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜 =
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜
RÁCIOS DE SOLVABILIDADE E AUTONOMIA

• Estrutura do endividamento: permite verificar a composição do


capital alheio, em termos de curto e médio/longo prazos

𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐸𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝐸𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜
RÁCIOS DE SOLVABILIDADE E AUTONOMIA

• Cobertura do serviço da dívida/dos custos financeiros: permite


determinar a capacidade de cobertura do serviço da dívida/dos
custos financeiros dos empréstimos pelos meios libertos

𝑅𝐴𝐽𝐼 + 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çõ𝑒𝑠 + 𝑃𝑟𝑜𝑣𝑖𝑠õ𝑒𝑠 + 𝐼𝑚𝑝𝑎𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠


𝐶𝑜𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 =
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝐸𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜𝑠

𝑅𝐴𝐽𝐼 + 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çõ𝑒𝑠 + 𝑃𝑟𝑜𝑣𝑖𝑠õ𝑒𝑠 + 𝐼𝑚𝑝𝑎𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠


𝐶𝑜𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑎 𝑑í𝑣𝑖𝑑𝑎 =
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 + 𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çõ𝑒𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜𝑠
RÁCIOS DE SOLVABILIDADE E AUTONOMIA
• EXEMPLO:
Balanço (em contos)
RUBRICAS Valores CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
ACTIVO Capital próprio
Activo não corrente Capital Realizado 45.000
Activos Fixos Tangíveis 67.600 Reservas 10.000
Activos Intangíveis Resultado Líquido do periodo 25.000
Trespasses 3.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 80.000
Total do activo não corrente 70.600 PASSIVO
Activo corrente Passivo não corrente
Inventários Financiamentos obtidos 56.000
Mercadorias 18.000 Total do passivo não corrente 56.000
Clientes 111.000 Passivo corrente
Outras contas a receber 8.000 Fornecedores 75.000
Diferimentos 6.400 Outras contas a pagar 4.000
Meios Financeiros 1.000 Total do passivo corrente 79.000
Total do activo corrente 144.400 TOTAL DO PASSIVO 135.000
TOTAL DO ACTIVO 215.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 215.000
RÁCIOS DE GESTÃO OU ACTIVIDADE
• Respeitam à gestão operacional, cuja incidência está mais ligada à
gestão de curto prazo;
• Pretende-se obter informação sobre:
• A gestão do crédito de exploração concedido;
• A gestão do crédito de exploração obtido;
• A gestão dos Inventários.
RÁCIOS DE GESTÃO OU ACTIVIDADE
• Prazo Médio de Recebimentos (PMR): determina o tempo que a
empresa demora, em média, para receber os créditos que concedeu
aos seus clientes;
• O PMR é uma das variáveis a utilizar na definição da política comercial das
empresas e quando calculado a posteriori, permite avaliar até que ponto os
objectivos fixados foram ou não atingidos.

𝐶𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑃𝑀𝑅 = ∗ 365
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 + 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 ∗ (1 + 𝐼𝑉𝐴)
RÁCIOS DE GESTÃO OU ACTIVIDADE
• Prazo Médio de Pagamentos (PMP): determina o tempo que a
empresa demora, em média, para pagar os créditos que obteve dos
seus fornecedores

𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠
𝑃𝑀𝑃 = ∗ 365
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 + 𝐹𝑆𝐸 ∗ (1 + 𝐼𝑉𝐴)
RÁCIOS DE GESTÃO OU ACTIVIDADE
• Permanência (duração) média de inventários em armazém: serve
para garantir uma boa gestão de inventários, com reflexos positivos
na rendibilidade da empresa através de 2 princípios:
• Reduzir ao mínimo o montante aplicado em inventários, com o objectivo de
conseguir elevados níveis de rotação;
• Garantir um nível de inventários que assegure tanto o bom funcionamento da
empresa, como a inexistências de rupturas.
RÁCIOS DE GESTÃO OU ACTIVIDADE
• Duração média de existências em armazém:

𝐼𝑛𝑣𝑒𝑛𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠


𝐷𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠 = ∗ 365
𝐺𝑎𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑠

𝐼𝑛𝑣𝑒𝑛𝑡á𝑟𝑖𝑜𝑠 𝑀é𝑑𝑖𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑀𝑃
𝐷𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑀𝑃 = ∗ 365
𝐺𝑎𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑀𝑃
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑛𝑡á𝑟𝑖𝑜𝑠 𝑀é𝑑𝑖𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑃𝐴
𝐷𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝐴 = ∗ 365
𝐺𝑎𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠

𝒆𝒙𝒊𝒔𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂𝒔 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒊𝒔+𝑬𝒙𝒊𝒔𝒕𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒔 𝑭𝒊𝒏𝒂𝒊𝒔


I𝒏𝒗𝒆𝒏𝒕á𝒓𝒊𝒐 𝑴é𝒅𝒊𝒐 = 𝟐
RÁCIOS DE GESTÃO OU ACTIVIDADE
• Outra forma de estudar a evolução das existências é através do
cálculo do rácio de rotação.

𝐺𝑎𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑠


𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠 =
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑛𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠
𝐺𝑎𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑀𝑃
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑃 =
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑛𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑃
𝐺𝑎𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑃𝐴
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝐴 =
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑛𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝐴
RÁCIOS DE EFICIÊNCIA
• Relacionam os capitais utilizados e as aplicações de fundos com o
volume de negócios e, por definição, quando maior o valor do rácio,
mais eficiente é a gestão e maior o impacto positivo na rendibilidade
da empresa

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑔ó𝑐𝑖𝑜𝑠
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 =
𝐴𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑔ó𝑐𝑖𝑜𝑠
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 =
𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çõ𝑒𝑠 𝐹𝑖𝑥𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠
RÁCIOS DE EFICIÊNCIA

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑔ó𝑐𝑖𝑜𝑠
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 =
𝐴𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑔ó𝑐𝑖𝑜𝑠
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 =
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑔ó𝑐𝑖𝑜𝑠
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝐸𝑠𝑡á𝑣𝑒𝑖𝑠 =
𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝐸𝑠𝑡á𝑣𝑒𝑖𝑠

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑔ó𝑐𝑖𝑜𝑠
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜
VANTAGENS DOS RÁCIOS
• A utilidade e utilização generalizada dos rácios resultam
principalmente das seguintes vantagens:
• Facilidade e rapidez de cálculo;
• Comparabilidade intra e inter empresas;
• Utilização de informação acessível (DFs);
• Possibilita indicações ou conclusões de forma imediata.
LIMITAÇÕES DOS RÁCIOS
• São dados quantitativos (não incluem factores qualitativos como p.e.: a motivação, a
reputação, etc.)
• Podem ter subjacentes diferenças nas práticas contabilísticas entre empresas (p.e.
critérios de amortização);
• Reflectem o passado e são influenciados pelo contexto em que são determinados;
• As decisões de curto prazo podem afectar profundamente os documentos financeiros e
os rácios que lhe são inerentes;
• O rácio ideal para uma empresa específica está dependente do estado da economia em
que se insere.

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