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ESPECIALIZAÇÃO EM

CONTROLADORIA E
FINANÇAS
ANÁLISE DE BALANÇOS

OUTUBRO/2.011

AGENOR USTULIN JÚNIOR


GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE
EMPRESAS PELA FVG-SP

BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS PELA FACESP/FECAP –


FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DE SÃO
PAULO/FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO

32 ANOS DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL, PASSANDO POR


EMPRESAS COMO PRICE WATERHOUSE – COOPERS, AVON,
GRADIENTE, MANGELS, AB BRASIL (FLEISCHMANN)

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METODOLOGIA DAS
AULAS
• Exposição dialogada /
participativa do conteúdo
• Exercícios individuais em classe
• Trabalho final

EXPECTATIVAS SOBRE
ANÁLISE DE BALANÇOS

QUAL(IS) PODE(M) SER A(S)


UTILIDADE(S) DESTE
CONHECIMENTO?

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ANÁLISE DE BALANÇOS
PARA:
1. Análises de crédito
2. Análises econôm.-financeiras
3. Análises patrimoniais
4. Licitações
5. Continuidade/sobrevivência
6. Investimentos em ações

PARA QUEM?
1. Acionistas/Sócios Cotistas
2. Presidência/Diretoria
•15 e 29/10/2011
3. Bancos
4. Clientes
5. Fornecedores
6. Governo
7. Outros investidores

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ANÁLISE EXTERNA E INTERNA
• Externa
Cessão de crédito
Investimentos em ações
Acompanhamento de bancos,
clientes, governo, com base em
demonstrativos trim./sem./anuais
• Interna

CONCEITO
1. Análise de desempenho
econômico e financeiro das
empresas em períodos
específicos (dinâmica).
2. Análise de situações
patrimoniais em momentos
estanques específicos
(estática).

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OBJETIVO
1. Entender o comportamento
das riquezas gerada pelas
empresas considerando as
constantes mutações que
sofrem, através de aplicação
do conhecimento contábil e
mediante utilização de
recursos científicos

OBJETIVO
2. Observar, sob a ótica contábil,
a utilidade de uma riqueza
para a satisfação das
necessidades das empresas e
instituições

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MÉTODOS DE ANÁLISE
1. Valores diretos
2. Valores percentuais
3. Quocientes
4. Dos índices
5. Dos quocientes-padrão
6. De modelos em bases
proporcionais

VALORES DIRETOS
R$ 200.000 = Caixa e Bancos
(R$ 50.000) = Fornecedores
(R$ 50.000) = Despesas a Pagar
R$ 100.000 = Sobra de caixa

6
VALORES PERCENTUAIS
R$ 95.000 = CB (47,5%)
R$ 30.000 = CR (15,0%)
R$ 35.000 = ES (17,5%)
R$ 40.000 = AI (20,0%)
R$ 200.000 = AT (100,0%)

QUOCIENTES
R$ 10.000 = Caixa e Bancos
R$ 40.000 = Contas a Receber
R$ 50.000 = Total Ativos

(R$ 25.000) = Fornecedores

Quociente = 2 (50/25)

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QUOCIENTES - PADRÃO
• Normais ou ideais para
comparação entre empresas
de um mesmo ramo ou
atividade
• Normal = média verificada
pelo exame de balanços
tomada como indicador
aceitável

ÍNDICES
Análise comparativa entre períodos
Base 100 no período de partida
R$ 50.000 = 2.002 (base 100)
R$ 150.000 = 2.003 (300; 3 =
150/50),onde 3 = 200% s/ 2.002
R$ 80.000 = 2.004 (160; 1,6 =
80/50),onde 1,6 = 60% s/ 2.002

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MODELOS PROPORCIONAIS
• Científico
• Aplicação genuinamente contábil
• Base em comportamentos de
fatos patrimoniais
• Proporção = identidade entre
razões
• Razão = correlação entre fatos

MODELOS PROPORCIONAIS
• Exemplos:
LL / V = Rentabilidade das
vendas
V / AT = Rotatividade de
ativos
LL / AT = Rentabilidade dos
ativos

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MÉTODOS MAIS UTILIZADOS
• Quocientes
• Modelos Proporcionais

DEMONST. CONTÁBEIS
1. Balanço Patrimonial (c/ N.E.)
2. Demonstrativo de Resultados
3. Dem. Mutações do P. Líquido
4. Dem. Luc. e Prej. Acumulados
5. Dem. Fluxo de Caixa
6. Dem. Valor Adicionado

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BALANÇO PATRIMONIAL
• Estrutura do Ativo
Circulante
Não Circulante
√ Realizável a Longo Prazo
√ Investimentos
√ Imobilizado
√ Intangível

BALANÇO PATRIMONIAL
• Estrutura do Passivo
Circulante
Não Circulante
Patrimônio Líquido
√ Capital Social
√ Reservas de Capital
√ Reservas de Lucro
√ Lucros Acumulados

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DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
• Estrutura
Receita Líquida de Vendas
Custos dos Produtos Vendidos
Despesas/Receitas Operacionais
Lucro Oper. antes do Res. Financeiro
Resultado Financeiro
Lucro antes do IRPF/CSLL
IRPJ/CSLL
Lucro Líquido

EXEMPLO DE DEMONSTRATIVOS
CONTÁBEIS
• Natura Cosméticos S.A.

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ETAPAS DO PROCESSO DE ANÁLISE
1. Exame e Padronização das
Demonstrações Financeiras
2. Coleta de dados
3. Análises vertical e horizontal
4. Cálculos dos indicadores
5. Interpretação de quocientes
6. Comparação com padrões
7. Relatórios finais

ETAPAS DO PROCESSO DE ANÁLISE


1. Padronização:
• Transcrever dados para demonstrações
padronizadas
• Finalidade de facilitar e agilizar o
trabalho do analista
• Sintetização e reclassificação de contas
e grupos de contas

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ETAPAS DO PROCESSO DE ANÁLISE
1. Padronização:
• Reclassificações de contas retificadoras
(ex.: Duplicatas Descontadas)
• Reclassificações de Ativo e Passivo
Circulantes em sub-grupos Operacional
e Financeiro
• Receitas Diferidas Reservas de
Lucros
• Agrupar contas de Ativo Fixo

ETAPAS DO PROCESSO DE ANÁLISE


2. Coleta de dados:
• Modelos de Balanço Patrimonial e
Demonstração do Resultado do
Exercício padronizados:

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QUOCIENTES E ANÁLISES MAIS
UTILIZADOS
1. Análises vertical e horizontal
2. Liquidez
3. Endividamento
4. Rentabilidade
5. Rotação ou de Atividades
6. Capitais Próprios
7. Estabilidade

ANÁLISE VERTICAL
• Envolvem todos os itens do Balanço
Patrimonial e da DRE
• Ajudam a compreender o
comportamento das contas ou
grupos de contas bem como dos
quocientes e índices apurados
• Compara cada elemento do
conjunto em relação ao total do
conjunto

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ANÁLISE VERTICAL
• Evidencia a porcentagem de
participação de cada elemento no
conjunto
• Principal objetivo é mostrar a
importância de cada conta na
demonstração financeira a que
pertence

ANÁLISE VERTICAL
• Exemplo no DRE:
R$ 1.000 (100%) = Vendas Líquidas
R$ 400 (40%) = CMPSV
R$ 600 (60%) = Lucro Bruto
R$ 400 (40%) = Desp. Operacionais
R$ 200 (20%) = Lucro Operacional
R$ 200 (20%) = Lucro Líquido

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ANÁLISE VERTICAL
• Exemplo no Balanço Patrimonial:
R$ 200 (20%) = Contas a Receber
R$ 300 (30%) = Estoques
R$ 600 (60%) = Ativo Circulante
R$ 200 (20%) = Imobilizado
R$ 400 (40%) = Ativo Não-Circulante
R$ 1.000 (100%) = Ativo Total

ANÁLISE HORIZONTAL
• Objetivo de evidenciar a evolução
dos itens das demonstrações
contábeis ao longo dos anos
• Possibilita o acompanhamento do
desempenho de cada conta
• Pode ser efetuada através de
números-índice ou de percentuais

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ANÁLISE HORIZONTAL
• Mais utilizada para contas de
resultado (avaliação de
desempenho econômico)
• Cuidado com efeitos de inflação –
sugere-se utilizar moeda de poder
aquisitivo constante (ex.: dólar
americano) ou expurgar efeito da
inflação dos números em Reais

ANÁLISE HORIZONTAL
• Exemplo no DRE: X1 X2 X3
Vendas Líquidas 800 1.000 1.200
CMPSV 300 400 500
Lucro Bruto 500 600 700
X1 X2 X3
Vendas Líquidas 100 125 150
CMPSV 100 133 167
Lucro Bruto 100 120 140

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ANÁLISE HORIZONTAL
• Exemplo no DRE:
X1 X2 AH
Vendas Líquidas 800 1.000 25%
CMPSV 300 400 33%
Lucro Bruto 500 600 20%

ANÁLISE HORIZONTAL
• Exemplo no DRE:
X1 AV X2 AV
V. Líquidas 800 100% 1.000 100%
CMPSV 300 37,5% 400 40%
L. Bruto 500 62,5% 600 60%

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INTERPRETAÇÃO DE
QUOCIENTES
• Interpretação isolada
• Interpretação conjunta
• Comparação com quocientes-
padrão

QUOCIENTES
• Liquidez
Geral
Corrente
Seca
Imediata
Dinâmica

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LIQUIDEZ GERAL
• Relação entre os meios de
pagamentos e as necessidades
de pagamentos para medir
capacidade de quitar
compromissos
• Ativo Circulante + NC - RLP
Passivo Circulante + NC (ELP)

LIQUIDEZ GERAL
• Cx+Bcos+DR+Est.+Imp+Adtos.
Forn+CP+Imp+Obrig.(Dup.Des.)
• Indica quantas unidades de
disponibilidade a empresa
apresenta para cada unidade de
dívida a pagar

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LIQUIDEZ GERAL
• Outra notação:
MP, onde:
NP
MP = Meios de pagamentos
NP = Necessidades de pagamentos

LIQUIDEZ GERAL
• MP = Ativo Circulante + Ativo
não Circulante (Realizável a
Longo Prazo)
• NP = Passivo Circulante +
Passivo não Circulante (Exigível
a Longo Prazo)

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LIQUIDEZ GERAL
Observações/restrições:
• Ideal que o quociente seja igual
ou maior que 1, quanto maior,
melhor
• Se for inferior a 1, pode dizer
que, à primeira vista, trata-se de
situação de insolvência

LIQUIDEZ GERAL
Observações/restrições:
• Para melhor avaliação é
importante considerar prazos de
realização e de pagamentos
• Também importante verificar a
composição dos grupos de
Ativos e Passivos

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LIQUIDEZ GERAL
• Exemplo:
R$ 50.000 = Ativo Circulante
R$ 20.000 = Ativo NC (RLP)
R$ 70.000 = Total Ativo Circ.+NC
R$ 35.000 = Pass. Circ.+ NC (ELP)
ILG = 2 (70.000 / 35.000)

LIQUIDEZ GERAL
• Alto grau de endividamento nem
sempre é sinônimo de insolvência
• Pode haver baixo grau de liquidez a
curto prazo e alto grau a longo
prazo e vice-versa
• Pode haver alto grau de liquidez
mas não recursos para obrigações
imediatas

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LIQUIDEZ CORRENTE
• Revela a capacidade financeira da
empresa de cumprir com seus
compromissos de curto prazo
• Quanto tem de Ativo Circulante para
cada R$ 1 de Passivo Circulante
• Também chamado de Medida de
Solvência

LIQUIDEZ CORRENTE
• Verifica a existência ou não do
Capital Circulante Líquido, onde
CCL = AC - PC
• Quociente igual ou maior que 1 =
solvência de curto prazo, quanto
maior, melhor
• Quociente menor que 1 =
insolvência

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LIQUIDEZ CORRENTE
• Fórmula:
Ativo Circulante
Passivo Circulante
• Para melhor avaliação é
importante considerar prazos de
realização e de pagamentos

LIQUIDEZ CORRENTE
• Importante avaliar giro de estoques
(para verificar quando serão
vendidos e convertidos em
disponibilidades) e ciclos
operacional e financeiro
• Contas como Impostos a Recuperar,
Despesas Antecipadas e Provisões
afetam o quociente e podem ser
excluídos do cálculo

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LIQUIDEZ CORRENTE
• Exemplo:
R$ 30.000 = Dup. a Receber
R$ 20.000 = Estoques
R$ 50.000 = Total Ativo Circulante
R$ 25.000 = Passivo Circulante
ILG = 2 (50.000 / 25.000)

LIQUIDEZ CORRENTE
• Duplicatas a Receber:
R$ 10.000 = Vencimento 30 dias
R$ 20.000 = Vencimento 60 dias
R$ 30.000 = Total DR
• Passivo Circulante
R$ 25.000 = Vencimento 30 dias

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LIQUIDEZ SECA
• Visa aumentar o rigor da análise
• Questiona a realização dos
estoques para identificar a real
capacidade de pagamento
• Empresa comercial ou
industrial? Alto ou baixo giro de
estoques?

LIQUIDEZ SECA
• Ativo Circulante - Estoques
Passivo Circulante
• Cx + Bcos + Aplic.+ DR + Adtos.
Forn+CP+Imp+Obrig.(Dup.Des.)
• Exemplo:

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LIQUIDEZ SECA
2.000.000 = Disponibilidades
6.000.000 = Contas a Receber
4.000.000 = Estoques
12.000.000 = Total AC
6.000.000 = Total PC
2,00 = ILC
1,33 = ILS

LIQUIDEZ SECA
• Revela capacidade financeira
líquida da empresa para cumprir
compromissos de curto prazo
• Contas como Impostos a
Recuperar, Despesas
Antecipadas e Provisões afetam
o quociente e podem ser
excluídos do cálculo

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LIQUIDEZ SECA
• Deve ser analisado em conjunto
com o de Liquidez Corrente
• Para melhor avaliação é
importante considerar prazos de
realização e de pagamentos
• É um dos quocientes mais
utilizados pelas instituições
financeiras

LIQUIDEZ IMEDIATA
• Quociente que indica condição
de total capacidade de
pagamento à vista
• Há disponibilidade suficiente
para pagar todas as dívidas?
• Disponível
PC

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LIQUIDEZ IMEDIATA
• Resultado igual ou maior que 1
todas as NPs podem ser
pagas imediatamente
• Exemplo:
300.000 = Caixa
1.000.000 = Bancos
8.000.000 = Aplicações financeiras
9.300.000 = Disponível total
3.000.000 = Passivo Circulante
3,10 = Liquidez imediata

LIQUIDEZ IMEDIATA
• Quanto a empresa possui em
Caixa, Bancos e Aplicações de
Liquidez Imediata para cada R$
1 do Passivo Circulante
• Quanto maior o quociente,
melhor
• Mesmo se menor que 1 pode
não representar insolvência

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LIQUIDEZ IMEDIATA
• Se quociente maior que 1 =
excesso de disponibilidades que
poderiam ser melhor investidas
no negócio
• Validade questionável = PC
composto de obrigações c/
vencimentos distintos

LIQUIDEZ IMEDIATA
• Quociente calculado com base
em valores da data do Balanço =
situação estática
• Não reflete situação de liquidez
imediata durante ciclo
operacional e financeiro
• Melhor cálculo com valores
médios do exercício

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LIQUIDEZ DINÂMICA
• Curso evolutivo da riqueza em
relação ao tempo, resultante da
velocidade com que os
componentes patrimoniais se
renovam
• Capital Circulante = movimenta-
se com maior agilidade

LIQUIDEZ DINÂMICA
• Quanto > for o giro dos ativos se
transformando em dinheiro, > a
eficácia da dinâmica da liquidez
financeira < necessidade de
capital próprio e > uso de capital
de terceiros

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LIQUIDEZ DINÂMICA
• Elementos:
1. Quociente de giro de CR, Estoques e PC
2. Determinar tendência das velocidades
referidas
3. Observar comportamento desses
elementos
4. Obter média diária de valor de circulação
de cada componente (pela divisão
apoiada no quociente de rotação)

LIQUIDEZ DINÂMICA
• Tendências derivadas de
cálculos estatísticos e baseadas
em comparações de fatos ao
longo do tempo
• Cálculos de giro para determinar
dias de rotação e conhecer
quanto em média ocorre em
cada dia

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LIQUIDEZ DINÂMICA
• Exemplo: se um estoque gira 2
vezes ao ano giro de 182,5
dias
• Se R$ 182.500,00 = saldo de
estoque no balanço giro diário
de R$ 1.000,00 (média diária de
realização do estoque)

LIQUIDEZ DINÂMICA
• O mesmo é feito com CR e PC
para apurar médias de
recebimentos e pagamentos
diários
• ILD = Médias diárias CR + Est.
Médias diárias de Pagtos

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LIQUIDEZ DINÂMICA
Exemplo:
400.000 = Média diária de recebtos
300.000 = Média diária de venda à
vista
200.000 = Média diária de saldo de
caixa e bancos
900.000 = Total média diária disp.
600.000 = Média diária de pagtos
1,50 = ILD (900 / 600)

LIQUIDEZ DINÂMICA
• É o quociente que dá o melhor
indicativo sobre uma boa ou má
situação financeira de uma
empresa

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CONCEITOS DE LIQUIDEZ
Curiosidades:
• CCL = Capital Circulante Líquido
Diferença entre valores
AC - PC
• LFC = Liquidez Fin. Corrente
Quociente entre valores
AC / PC

CONCEITOS DE LIQUIDEZ
Curiosidades:
Ex. Atual Ex. Ant.
AC 8.000.000 12.000.000
PC 4.000.000 8.000.000
CCL 4.000.000 4.000.000
QLC 2,00 1,50
• A liquidez financeira se altera
com variação dos valores dos
componentes do CCL
• A comparação por valores
absolutos não é suficiente para a
avaliação da liquidez

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CONCEITOS DE LIQUIDEZ
Curiosidades:
Ex. Atual Ex. Ant.
AC 30.000.000 20.000.000
PC 15.000.000 10.000.000
CCL 15.000.000 10.000.000
QLG 2,00 2,00
• O aumento do CCL não implica
aumento obrigatório da liquidez
e vice-versa

CONCEITOS DE LIQUIDEZ
• Análises através de um
quociente isolado não são
conclusivas
• Análises conjuntas com outros
quocientes e índices-padrão são
mais elucidativas da situação
econômico-financeira de uma
empresa

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QUOCIENTES DE ESTRUTURA DE
CAPITAIS
• Evidencia grau de
endividamento da empresa em
relação aos capitais investidos
no Patrimônio Líquido
• Composição das origens de
recursos que financiam os
ativos

QUOCIENTES DE ESTRUTURA DE
CAPITAIS
• Naturezas de recursos:
√ Próprios (capital, lucros
acumulados, reservas, ágios)
√ De terceiros (fornecedores,
empréstimos)

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QUOCIENTES DE ESTRUTURA DE
CAPITAIS
• Quem investiu mais na
empresa: proprietários ou
terceiros?
• Necessário avaliar
composição de recursos de
terceiros de curto e de longo
prazos

QUOCIENTES DE ESTRUTURA DE
CAPITAIS
1. Participação de Capitais de
Terceiros
2. Composição do Endividamento
3. Imobilização do Patrimônio
Líquido
4. Imobilização dos Recursos
não-Correntes

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QUOCIENTE DE PARTICIPAÇÃO
DE CAPITAIS DE TERCEIROS
• Fórmula:
Exigível Total
Patrimônio Líquido
Exigível Total = Passivo Circulante +
Passivo Não-Circulante –
Receitas Diferidas (reclassificadas
para Reserva de Lucros)

QUOCIENTE DE PARTICIPAÇÃO
DE CAPITAIS DE TERCEIROS
• Medir o grau de endividamento da
empresa
• Se quociente < 1, poucos
recursos de terceiros financiando
as operações
• Quanto menor o quociente,
melhor para a liberdade financeira
da empresa

41
QUOCIENTE DE PARTICIPAÇÃO
DE CAPITAIS DE TERCEIROS
• Empresas sempre utilizam
financiamentos de terceiros,
principalmente fornecedores,
trabalhadores e governo
• Normalmente, empresas
lucrativas geram caixa e auto-
financiam suas operações, não
necessitando de empréstimos

QUOCIENTE DE PARTICIPAÇÃO
DE CAPITAIS DE TERCEIROS
• Empresas pouco lucrativas ou
deficitárias geralmente
demandam mais utilização de
capitais de terceiros
• Empresas podem estar
endividadas mas sobrevivem,
rolando-as, comparação com
padrões ajuda na avaliação

42
QUOCIENTE DE COMPOSIÇÃO DO
ENDIVIDAMENTO
• Fórmula:
Passivo Circulante
Exigível Total
• Revela proporção existente de
obrigações de curto prazo no total
das obrigações
• Quanto menor, melhor

QUOCIENTE DE COMPOSIÇÃO DO
ENDIVIDAMENTO
• Terá maior utilidade quando
analisado juntamente com os
quocientes de liquidez
• É importante analisar a
composição do capital de
terceiros. Ex.: Adtos. a Clientes,
para aumento de capital,
provisões, etc.

43
QUOCIENTE DE PART. CAP. 3º. /
COMP. ENDIV. - EXEMPLO
980 = Fornecedores
120 = Empréstimos bancários
500 = Obrig. Sociais, Tributárias e Trabalhistas
1.600 = Total Passivo Circulante
800 = Empréstimos bancários
100 = Parcelamentos tributários
900 = Total Passivo não Circulante
2.500 = Passivo (Exigível) Total
2.500 = Capital Social
1.000 = Reservas
1.500 = Lucros Acumulados
5.000 = Patrimônio Líquido
0,50 = Quociente PCT ; 0,64 = Quociente Compos. Endividamento

QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Fórmula (Quociente Relativo):
Ativo Não-Circulante – Realizável LP
Patrimônio Líquido
• Revela quanto do Patrimônio
Líquido foi utilizado para financiar
os investimentos em Ativo Fixo
• Quanto menor, melhor

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QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Verificar a existência ou não de
Capital Circulante Próprio (CCP)
• CCP = Excesso de Patrimônio
Líquido sobre o Ativo Fixo
CCP = PL – AF parte do
Capital Próprio investida no Ativo
Circulante

QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Se quociente < 1, empresa não
imobilizou todo o seu Patrimônio
Líquido, indicando que existe
Capital Circulante Próprio
• Se quociente > 1, empresa
imobilizou todo o PL e também
utilizou capitais de terceiros
(empréstimos)

45
QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Verificar quocientes-padrão ajuda
a análise
• Cuidado com efeito da
depreciação/amortização nos
saldos de Ativo Fixo, bem como
com as movimentações do PL
interferência nos quocientes de
um ano para o outro

QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Quanto < o quociente, tanto
mais livre estará o capital
próprio e melhor tenderá ser a
situação financeira da empresa
• Pode ocorrer de quociente >
com situação financeira boa

46
QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Para isso, será necessário ter
um giro alto de estoques e
contas a receber e baixo giro de
contas a pagar para depender
pouco de recursos próprios

QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Variante do Quociente Relativo
Quociente Absoluto:
Ativo Não-Circulante – Realizável LP
Capital Social

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QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Exemplo:
8.200 = Ativo Fixo
10.000 = Capital Social
14.000 = Patrimônio Líquido
0,5857 = Quociente Relativo
0,8200 = Quociente Absoluto

QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Observações:
• Arrendamentos Mercantis
(Leasing)
• Projetos e Imobilizações em
Andamento

48
QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DE RECURSOS NÃO-CORRENTES
• Fórmula:
Ativo Não-Circulante – Realizável LP
Patrimônio Líquido + Exigível LP
• Revela proporção existente entre
o Ativo Fixo e os Recursos Não-
Correntes

QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DE RECURSOS NÃO-CORRENTES
• Quanto a empresa investiu no
Ativo Fixo para cada R$ 1 de
Patrimônio Líquido + Exigível LP
• Quanto menor, melhor
• Verificar se o Capital Circulante
Próprio Negativo foi compensado
por empréstimos a longo prazo

49
QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DE RECURSOS NÃO-CORRENTES
• Capital Circulante Próprio
Negativo = PL – AF < 0
• Quociente não deve ser superior
a 1, o que indica que parte do
Ativo Fixo estaria sendo
financiado com recursos de curto
prazo

QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO DE
RECURSOS NÃO-CORRENTES
• Investimentos com
financiamentos a longo prazo
precisam gerar lucros
superiores aos montantes de
depreciação, amortização, juros
e correções monetárias ou
cambiais

50
QUOCIENTE DE IMOBILIZAÇÃO
DE RECURSOS NÃO-CORRENTES
• Exemplo:
12.000 = Ativo Não-Circulante
2.000 = Realizável a Longo Prazo
4.000 = Exigível a Longo Prazo
11.000 = Patrimônio Líquido
0,6667 = Quociente Relativo

EXERCÍCIOS
Folha a ser distribuída.

51
QUOCIENTES DE ROTAÇÃO OU
GIRO DO CAPITAL
Empresa transforma dinheiro em
mercadoria, esta em vendas e
créditos a clientes e estes de volta
em dinheiro
Giro é a expressão de quantas
vezes essas transformações se
repetem em um período de tempo

QUOCIENTES DE ROTAÇÃO OU
GIRO DO CAPITAL
Quocientes de giro medem a
velocidade com a qual circulam os
elementos patrimoniais, tanto de
ativos como de passivos
O movimento do capital faz com
que os estados de seus
componentes se transformem
sempre

52
QUOCIENTES DE ROTAÇÃO OU
GIRO DO CAPITAL
Principais quocientes de giro:
1. De contas a receber
2. De estoques
3. De contas a pagar
Indicam a dinâmica do capital
circulante
4. Do Ativo

QUOCIENTES DE ROTAÇÃO OU
GIRO DO CAPITAL
Quocientes também denominados
de “renovação”, “circulação”,
“rotação”
Para serem extraídos, necessitam
do uso de valores do exercício
analisado e do anterior imediato e
poderão ser comparados a
exercícios anteriores

53
QUOCIENTES DE ROTAÇÃO OU
GIRO DO CAPITAL
Fórmulas partem de um só
princípio universal
Fatores a considerar sempre:
1. Saldo da conta no início do período
2. Saldo da conta no final do período
3. Os ingressos acumulados durante
o período

QUOCIENTES DE ROTAÇÃO OU
GIRO DO CAPITAL
(i + e) – f
(i + f)
2
i = saldo inicial
e = ingressos ou entradas
f = saldo final
Fórmula universal p/ qq quociente

54
QUOCIENTES DE ROTAÇÃO OU
GIRO DO CAPITAL
(i + e) – f = valor que foi
movimentado no exercício
(i + f) = saldo médio no exercício
2
Exemplo:

QUOCIENTES DE ROTAÇÃO OU
GIRO DO CAPITAL
R$ 400 = saldo inicial
R$ 1.600 = entradas no período
(R$ 200) = saldo final
R$ 1.800 = movimento no período
(400 + 1600 – 200)
R$ 300 = saldo médio no período
6 = giro no período (1800/300)

55
QUOCIENTES DE ROTAÇÃO OU
GIRO DO CAPITAL
Conhecendo quantas vezes um
componente patrimonial girou,
pode-se saber quantos dias levou
para girar
Basta dividir o número de dias do
período pelo quociente
180 = 30 dias; 360 = 60 dias
6 6

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Importante objeto de estudos em
análise de balanços
Quanto mais rapidamente forem
negociados, maior tenderá ser a
liquidez, a lucratividade, o
equilíbrio e a vitalidade da empresa
Medir a agilidade dos estoques e a
eficácia das compras e vendas

56
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Considerar o que realmente foi
vendido ou movimentado e o que
isto representa em relação à média
de estoques mantida
Normalmente, utilizaría-se o saldo
inicial, as compras e o saldo final
na fórmula mas, neste caso, é mais
fácil utilizar o valor do CPV/CMV

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Diferenças dos estoques de
empresas comerciais e industriais
Comerciais = mercadorias para
vendas e outros materiais
Indústrias = matérias-primas,
insumos, produtos em processo e
produtos acabados

57
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Empresas comerciais:

C.M.V.
(ei + ef)
2

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Empresas industriais (Materiais)
(ei + compras) – ef ou
(ei + ef)
2
MPs + Insumos aplicados na produção
(ei + ef)
2

58
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Empresas industriais (Prod. Acabados)

C.P.V.
(ei + ef)
2

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Ideal seria fazer o cálculo do
quociente para cada conta de
estoque, mas depende da
informação disponível
A análise a partir do BP e da DRE
muito depende da qualidade da
escrita contábil das empresas

59
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Analista deve ressalvar ou até
negar opinião no caso de não
haver informação suficiente para
uma correta análise
Dias de giro
Dias do período analisado
Quociente de Rotação

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Exemplo:
R$ 6.000 = Estoque final em 2.006
R$ 8.000 = Estoque final em 2.007
R$ 7.000 = Estoque médio em 2.007
R$ 150.000 = CMV em 2.007
21,428 = Giro dos estoques em 2.007
(150.000 / 7.000)

60
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Exemplo:
21,428 = Giro dos estoques em 2.007
(150.000 / 7.000)
17 = Dias de giro (365 / 21,428 =
17,033787)
17 dias de giro representa uma alta
rotatividade dos estoques

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Nem sempre o quociente menor
indicará ineficácia ou o maior
eficácia na administração dos
estoques
Tendência dos estoques é de girar
com base em influências de
diversas naturezas que são
relativas a diversos fatores

61
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Mercado (ex. indústria automobil.)
Ramo de negócios
Situação econômica (macro-
economia local e global, poder
aquisitivo, taxas de juros, taxa
cambial, etc.)
Comportamentos sociais e
políticos, etc.

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Empresas podem adotar políticas
internas que resultem em melhora
do quociente de rotação, como
just-in-time, para manterem
menores níveis de estoques, além
de intensificar o esforço de vendas
Giro varia entre empresas,
dependendo do ramo/segmento

62
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Ex.: Indústria de equipamentos
pesados x indústria de bens de
consumo não duráveis
Dentro de uma mesma empresa
poderão existir mercadorias com
giros diferentes
Pode-se usar médias ponderadas
de giro (repr. de estoques no total)

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Fórmula alternativa
Vendas C.M.V.
S.F.E. S.F.E.
Incertezas sobre as médias dos
estoques (falta de saldo comparat.)
Médias aritméticas simples são
usadas quando não se dispõe de
mais detalhes

63
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Médias não representam fielmente
a realidade dos saldos dos
estoques ao longo do exercício
Especialmente verdade para
empresas que tem caráter sazonal
em seus negócios (ex.: dia das
mães, dos pais, das crianças, final
do ano, Natal)

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Ideal seria considerar um valor
modal, o que mais se repete
durante o exercício
Também pode-se utilizar média da
soma dos estoques mensais ou
calcular giros por períodos
menores

64
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE ESTOQUES
Mesmo assim é válida a
comparação de quocientes entre
exercícios, mantendo o critério
constante

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
Medir a velocidade do retorno do
capital cedido como créditos a
terceiros e a eficácia do trabalho
de cobrança
Quanto maior for o giro, mas rápida
a conversão de créditos
concedidos a clientes em caixa e
melhor é a situação financeira

65
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
(si + vendas a prazo) – sf
(si + sf)
2
ou Rec. de Clientes
(si + sf)
2

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
ou Vendas a prazo
(si + sf)
2
ou (si + sf) / 2
V.M.P.
V.M.P. = Vendas médias a prazo

66
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
Valores obtidos do balanço
patrimonial (saldos de contas a
receber) e do demonstrativo de
resultados (Vendas a prazo)
Comparação do quociente do
exercício em análise com os dos
exercício anteriores

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
Exemplo:
R$ 53.000 = Saldo final em 2.006
R$ 60.000 = Saldo final em 2.007
R$ 56.500 = Saldo médio em 2.007
R$ 300.000 = Vendas Brutas em 2.007
5,3097 = Giro do CR em 2.007
(300.000 / 56.500)

67
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
Exemplo:
5,3097 = Giro do CR em 2.007
(300.000 / 56.500)
69 = Dias de giro (365 / 5,3097 =
68,742)
69 dias de giro pode representar
um prazo médio alto de recebtos.

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
Variáveis que explicam alterações
nos quocientes apurados:
a) Mudanças nos prazos médios de
vendas e parcelamentos
b) Mudanças nos mixes de produtos
com prazos médios de vendas
distintos

68
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
Variáveis que explicam alterações
nos quocientes apurados:
c) Política de crédito e eficácia do
trabalho de cobrança
d) Prazos mais longos quanto mais
alto for o preço da mercadoria

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
Tendência do CR é de girar com base
em influências de diversas naturezas
que são relativas a diversos fatores:
Mercado (ex: rev. autom. x
supermercados)
Ramo de negócios

69
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
Situação econômica (macro-
economia local e global, poder
aquisitivo, taxas de juros, taxa
cambial, etc.)
Comportamentos sociais e
políticos, etc.

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
O julgamento dos giros depende
do exame de fatores
circunstanciais se forem muito
altos ou muito baixos
Quocientes muito baixos não
necessariamente significam
ineficácia nem os muito altos
significam eficácia

70
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
Fórmula alternativa
Vendas
S.F.C.R.
Incertezas sobre as médias dos
estoques (falta de saldo comparat.)
Médias aritméticas simples são
usadas quando não se dispõe de
mais detalhes

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A RECEBER
Comparativo c/ fórmula alternativa:
R$ 400 = Saldo inicial de CR
R$ 600 = Saldo final de CR
R$ 500 = Saldo médio de CR
R$ 10.000 = Vendas Brutas
18,80 = Quociente p/ fórmula normal
16,66 = Quociente p/ fórm. alternativa

71
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
Representa quantas vezes a dívida
de uma empresa se renova
Mede a velocidade do retorno dos
recursos de terceiros que
financiaram as operações de curto
prazo da empresa
Apura o prazo médio de
pagamentos

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
Quanto mais baixo for o giro,
melhor será o ciclo financeiro e a
situação financeira da empresa
Quanto maior for o prazo médio
para os pagamentos, mais tempo
terá a empresa para se financiar
com esses recursos e devolvê-los

72
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
O baixo giro ou maior prazo médio
de pagamentos só será bom se
não for por atraso nos pagamentos
Os quocientes de liquidez deverão
ser comparados para comprovar a
boa situação financeira da
empresa

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
(si + compras a prazo) – sf ou
(si + sf)
2
Pagtos. a Fornecedores
(si + sf)
2

73
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
ou compras a prazo
(si + sf)
2
ou (si + sf) / 2
C.M.P.
C.M.P. = Compras médias a prazo

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
(si + empréstimos) – sf ou
(si + sf)
2
Pagtos. a Financiadores
(si + sf)
2

74
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
A fórmula universal poderá se
aplicada no geral ou
individualmente por conta do
passivo
Valores obtidos do balanço
patrimonial (saldos de contas a
pagar) e do demonstrativo de
resultados (compras a prazo)

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
A informação de compras a prazo
pode ser obtida pela
movimentação dos estoques
Problema da informação adequada
pode estar na conta de
Fornecedores, que pode incluir
outras compras além dos estoques

75
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
Análise de curto e longo prazos
Os demonstrativos publicados não
tem detalhes suficientes para uma
análise de qualidade e pode
inviabilizar o uso da fórmula do
quociente de giro do CP
Análise internas apresentam
melhor qualidade da informação

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
Exemplo:
R$ 50.000 = Saldo final em 2.006
R$ 40.000 = Saldo final em 2.007
R$ 45.000 = Saldo médio em 2.007
R$ 500.000 = Compras Brutas 2.007
11,1111 = Giro do CP em 2.007
(500.000 / 45.000)

76
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
Exemplo:
11,1111 = Giro do CP em 2.007
(500.000 / 45.000)
33 = Dias de giro (365 / 11,1111 =
32,85)
33 dias representa um prazo médio
normal de pagamentos.

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
Variáveis que explicam alterações
nos quocientes apurados:
a) Mudanças nos prazos médios de
compras e parcelamentos
b) Mudanças nos mixes de produtos
com prazos médios de compras
distintos

77
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
Variáveis que explicam alterações
nos quocientes apurados:
c) Política de crédito dos fornecedores
e eficácia dos pagamentos
d) Prazos mais longos quanto mais
alto for o preço da mercadoria

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
Tendência do CP é de girar com base
em influências de diversas naturezas
que são relativas a diversos fatores:
Mercado (ex: rev. autom. x
supermercados)
Ramo de negócios

78
QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
Situação econômica (macro-
economia local e global, poder
aquisitivo, taxas de juros, taxa
cambial, etc.)
Comportamentos sociais e
políticos, etc.

QUOCIENTE DE ROTAÇÃO OU
GIRO DE CONTAS A PAGAR
O julgamento dos giros depende
do exame de fatores
circunstanciais se forem muito
altos ou muito baixos
Quocientes muito altos não
necessariamente significam
ineficácia nem os muito baixos
significam eficácia

79
QUOCIENTE DE
POSICIONAMENTO RELATIVO
Fórmula:
Prazo Médio de Recebimento
Prazo Médio de Pagamento

Evidencia a relação entre os dois


prazos médios

QUOCIENTE DE
POSICIONAMENTO RELATIVO
Exemplo:
Prazo Médio de Recebimento = 69 =
Prazo Médio de Pagamento 33
2,0909
Ideal é quociente < ou = a 1 para
garantir um ciclo financeiro
saudável

80
CICLOS OPERACIONAL E
FINANCEIRO

Compra Venda Paga Recebe

↓ ↓ ↓ ↓

Prazo médio de rotação dos estoques (PMRE) 49 dias Prazo médio de recebimento das vendas (PMRV) 39 dias

Prazo médio de pagamento das compras (PMPC) 54 dias Ciclo Financeiro (CF) 34 dias

Ciclo Operacional (CO) 88 dias

T1 T2 T3 T4

QUOCIENTE DE GIRO DO ATIVO


Fórmula:
Vendas Líquidas
Ativo Total
Evidencia a performance
operacional dos ativos totais da
empresa
Quanto maior, melhor

81
QUOCIENTE DE GIRO DO ATIVO
Fórmulas específicas:
Vendas Líquidas
Ativo Circulante
Vendas Líquidas
Ativo Não-Circulante
Vendas Líquidas
Ativo Fixo

QUOCIENTE DE GIRO DO ATIVO


Os denominadores pode ser
substituídos por ativos médios
(Circulante, Não-Circulante, Fixo e
Total)
Com os ativos médios, evidencia
quantas vezes os ativos giraram ou
se renovaram pelas vendas

82
QUOCIENTE DE GIRO DO ATIVO
Verifica se o volume de vendas
realizado no período foi adequado
em relação ao Capital Total
investido
Ideal é quociente > 1
Atenção para as novas normas
contábeis relacionadas a
reconhecimento de receitas e aos
ativos fixos

QUOCIENTE DE GIRO DO ATIVO


• Exemplo:
50.000 = Ativo Circulante
80.000 = Ativo Não-Circulante
70.000 = Ativo Fixo
130.000 = Ativo Total
390.000 = Vendas Líquidas

83
QUOCIENTE DE GIRO DO ATIVO

• Exemplo:
7,8 = VL / AC
4,9 = VL / ANC
5,6 = VL / AF
3,0 = VL / AT

QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DAS VENDAS (MARGEM LÍQUIDA)
Observar a relação entre lucro e
venda, qual a dimensão do retorno
que as vendas estão
proporcionando
Lucro Bruto = Vendas menos CMV,
margem bruta sobre os produtos
ou serviços vendidos

84
QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DAS VENDAS (MARGEM LÍQUIDA)
Lucro Líquido = Lucro Bruto menos
despesas operacionais, resultado
financeiro e impostos
Empresa pode ter lucro bruto mas
não lucro líquido
Isso ocorre quando as despesas
operacionais são maiores que o
lucro bruto

QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DAS VENDAS (MARGEM LÍQUIDA)
Rentabilidade Bruta:
Lucro Bruto
Vendas Líquidas
Rentabilidade Líquida:
Lucro Líquido
Vendas Líquidas

85
QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DAS VENDAS (MARGEM LÍQUIDA)
Havendo dados disponíveis, a
análise pode ser feita por linha de
produto, tipos de mercadorias ou
serviço específico
Análise de margem de contribuição
requer segregação de custos
variáveis e fixos de produção

QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DAS VENDAS (MARGEM LÍQUIDA)
Exemplo:
R$ 1.300 = Vendas
R$ 700 = Lucro Bruto
R$ 500 = Lucro Líquido
53,84% = Rentabilidade Bruta
38,46% = Rentabilidade Líquida

86
QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DAS VENDAS (MARGEM LÍQUIDA)
Ideal é que tanto a rentabilidade
bruta quanto a líquida sejam altas
Quanto maiores forem, melhor será
o desempenho da atividade
empresarial
Comparar rentabilidades com os
percentuais de crescimento dos
ativos circulante e imobilizado

QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO ATIVO
Fórmula:
Lucro Líquido
Ativo Total
Evidencia o retorno proporcionado
pelos ativos investidos
Quanto maior, melhor

87
QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO ATIVO
Exemplo:
20.000 = Lucro Líquido
200.000 = Ativo Total
0,1 = 10% = Rentabilidade do Ativo

QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO CAPITAL APLICADO
Rentabilidade do Capital Fixo
Rentabilidade do Capital Circulante
Verificar se o que mais se aplica
nesses capitais corresponde a
aumento de rentabilidade ou se
não compensaram os
correspondentes investimentos

88
QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO CAPITAL APLICADO
Retribuição pelo esforço na compra
de novos elementos de produção
(alavancagem operacional)
Correlação entre o crescimento do
que se aplica e o crescimento do
lucro
Investimentos incrementais devem
resultar em aumento de lucros

QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO CAPITAL APLICADO
Capital Fixo = relação entre o lucro e o
Ativo Imobilizado
Lucro Líquido
Ativo Imobilizado
Se o objeto da análise for um grupo
específico de imobilizações
Lucro Líquido
Imob. Técnicas

89
QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO CAPITAL APLICADO
Capital Circulante = relação entre o
lucro e o Ativo Circulante
Lucro Líquido
Circulante
O grupo do Ativo Circulante
também pode ser mais específico
para avaliar a rentabilidade das
contas principais (CR, Estoques)

QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO CAPITAL APLICADO
Exemplo prático: 2006 2007
Ativo Circulante 11.410 14.120
Ativo Imobilizado 4.200 5.800
Lucro do Exercício 1.000 3.800
Quoc. Cap. Circ. 8,76% 26,91%
Quoc. Cap. Fixo 23,81% 65,52%

90
QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO CAPITAL APLICADO
Observações:
Capital Fixo: verificar idade dos
investimentos, os recentes não deverão
gerar retornos no curto prazo, assim,
lucros do exercício podem não estar
relacionados a eles
Capital Circulante: verificar idade e giro
dos estoques e do contas a receber,
também volume de inadimplências

QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO CAPITAL APLICADO
Observações:
Comparar quocientes com percentual
de crescimento dos ativos. Ex.:
Circulante + 30% e Quociente + 40% =
OK
Melhor comparar vários exercícios para
evitar risco de interpretação
Atenção p/ leasing no imobilizado e AF
destinados a venda no circulante

91
QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Relação entre o lucro e o capital
próprio investido
Medir a capacidade do capital
próprio em produzir lucros
Remuneração dos sócios
Valores obtidos do BP e do DRE

QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Quociente Relativo = relação entre o
lucro e o capital social
Lucro Líquido
PL – Lucro Ex.
Quociente Absoluto = relação entre o
lucro e o patrimônio líquido
Lucro Líquido
Capital Social

92
QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Exemplo prático: 2006
Capital Social 6.000
Reservas 1.000
Lucro do Exercício 3.000
Total P. Líquido 10.000
Quoc. Rent. Absoluto 0,4285
Quoc. Rent. Relativo 0,50

QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Cálculo do tempo de retorno do
capital investido:
Absoluto: 0,4285 x 100 = 42,85%
1 ano = 42,85% ; x anos = 100%
100 / 42,85 = 2,33 anos
Relativo: 0,5 x 100 = 50
100 / 50 = 2 anos

93
QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Tempo de permanência do capital
= conhecimento da evolução das
contas do capital próprio durante o
exercício
Variações no Capital Social
(aumentos ou reduções), bem
como das reservas e demais
contas

QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Pode-se utilizar o valor médio do
Patrimônio Líquido:
3.000 = saldo inicial em 2.006
6.000 = saldo final em 2.006
4.500 = saldo médio em 2.006
Se tiver a informação dos saldos
mensais, divisão por 12 meses

94
QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Altera o resultado sobre a eficácia
do capital
Quanto maior o quociente, melhor
o desempenho da empresa
O que se pode comprar com o
lucro?
Evolução temporal dos quocientes

OUTROS QUOCIENTES
Capitais Próprios
Estabilidade
Interesse dos investidores
Crescimento c/ recursos próprios
Velocidade do capital próprio
Vendas e Capital Circ. Líquido
Absorção de custos

95
QUOCIENTES DE CAPITAIS
PRÓPRIOS
Fórmulas:
Patrimônio Líquido
Ativo Circulante
Evidencia quanto a empresa
possui de Capital Próprio para
cada R$ 1 de Ativo Circulante

QUOCIENTES DE CAPITAIS
PRÓPRIOS
Fórmulas:
Patrimônio Líquido
Ativo Total
Evidencia quanto a empresa
possui de Capital Próprio para
cada R$ 1 de Ativo Total

96
QUOCIENTES DE CAPITAIS
PRÓPRIOS
Fórmulas:
Patrimônio Líquido
Ativo Real
Evidencia quanto a empresa
possui de Capital Próprio para
cada R$ 1 de Ativo Real (Ativo
Total – Despesas dos Exercícios
Seguinte e Futuros)

QUOCIENTE DE ESTABILIDADE
Fórmula:
Ativo Fixo
P.E.L.P.
Indica quanto a empresa utilizou de
Capitais de Terceiros a Longo
Prazo para cada R$ 1 investido no
Ativo Fixo, mostra a garantia dada
aos credores

97
QUOCIENTE DE INTERESSE DOS
INVESTIDORES
Rendimento nominal
Dividendos
Cap. Nominal
Mostra o quanto a empresa
distribuiu de dividendos para cada
R$ 1 de Capital Nominal (ou
Capital Social)

QUOCIENTE DE INTERESSE DOS


INVESTIDORES
Rendimento real
Dividendos
Pat. Líquido
Quanto a empresa pagou de
dividendos para cada R$ 1 de
Patrimônio Líquido

98
QUOCIENTE DE INTERESSE DOS
INVESTIDORES
Rendimento atualizado
Dividendos
V.M.A.
V.M.A. = Valor de mercado da
ação, rentabilidade por ação em
relação ao seu preço de mercado

QUOCIENTE DE INTERESSE DOS


INVESTIDORES
Rendimento total
Dividendos + bonificações
Valor de mercado da ação
Remuneração total oferecida pela
empresa para cada ação em
relação ao seu valor de mercado

99
QUOCIENTE DE RETORNO DO
CAPITAL INVESTIDO
Fórmula:
Valor de mercado da ação
Lucro Líquido por ação
Indicador de quantas vezes vale a
ação em relação ao lucro líquido
que a empresa gera

QUOCIENTE DE VALOR
PATRIMONIAL DA AÇÃO
Fórmula:
Patrimônio Líquido
No. Ações em Circulação
Indicador do valor de livros de cada
ação em circulação

100
QUOCIENTE DE CAPITALIZAÇÃO
OU CRESC. C/ REC. PRÓPRIOS
Capacidade que a empresa tem de
gerar lucros, retê-los e capitalizá-
los
Financiar o crescimento da
empresa com recursos próprios
Empresa é próspera quando é
eficaz e cresce em função dessa
qualidade (rotação da eficácia)

QUOCIENTE DE CAPITALIZAÇÃO
OU CRESC. C/ REC. PRÓPRIOS
Fórmula:
Reservas + Lucros Acumulados
Patrimônio Líquido
Pela Lei 11.638/07, não se pode
mais manter saldo na conta de
Lucros Acumulados, devem ser
distribuídos ou transferidos para
reservas de lucros

101
QUOCIENTE DE CAPITALIZAÇÃO
OU CRESC. C/ REC. PRÓPRIOS
Exemplo prático:
2006 2007
Capital Social 6.000 10.000
Reservas 1.000 3.600
Lucros Acumulados 3.000 3.000
Total P. Líquido 10.000 16.600
Quoc. Capitalização 0,40 0,3976

QUOCIENTE DE CAPITALIZAÇÃO
OU CRESC. C/ REC. PRÓPRIOS
Quociente em elevação, tendência
de crescimento
Que benefícios resultaram do
crescimento?
Investimentos em imobilizações
Rotação de estoques
Redução de custos financeiros

102
QUOCIENTE DE CAPITALIZAÇÃO
OU CRESC. C/ REC. PRÓPRIOS
Atenção para algumas contas no
grupo do Patrimônio Líquido
Reserva de Ágio na Emissão de
Ações/Quotas
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Ajustes Acumulados de Conversão
Ações em Tesouraria (devedora)

QUOCIENTE DE CAPITALIZAÇÃO
OU CRESC. C/ REC. PRÓPRIOS
Reserva de Lucros a Realizar =
evitar a distribuição de dividendos
sobre lucros apurados pelo regime
de competência mas não
realizados financeiramente, como:
Res. de Equivalência Patrimonial
Lucros de vendas a longo prazo

103
QUOCIENTE DE VELOCIDADE DO
CAPITAL PRÓPRIO
Movimento de capital = quantas
vezes conseguiu ser movimentado
em vendas
Recuperação através das vendas
de parte dos investimentos via
capital próprio
Quanto maiores as vendas, maior
o giro do recurso próprio investido

QUOCIENTE DE VELOCIDADE DO
CAPITAL PRÓPRIO
Fórmula:
Vendas Brutas
PL
Variações:
Vendas Líquidas ou Vendas Líquidas
PL Capital Social

104
QUOCIENTE DE VELOCIDADE DO
CAPITAL PRÓPRIO
Tempo de permanência do capital
= conhecimento da evolução das
contas do capital próprio durante o
exercício
Variações no Capital Social
(aumentos ou reduções), bem
como das reservas e demais
contas

QUOCIENTE DE VELOCIDADE DO
CAPITAL PRÓPRIO
Pode-se utilizar o valor médio do
Patrimônio Líquido:
3.000 = saldo inicial em 2.006
6.000 = saldo final em 2.006
4.500 = saldo médio em 2.006
Se tiver a informação dos saldos
mensais, divisão por 12 meses

105
QUOCIENTE DE VELOCIDADE DO
CAPITAL PRÓPRIO
Exemplo prático: 2006
Capital Social 6.000
Reservas 1.000
Lucros Acumulados 3.000
Total P. Líquido 10.000
Vendas 30.400
Quoc. Capitalização 3,04

QUOCIENTE DE VELOCIDADE DO
CAPITAL PRÓPRIO
Giro em torno de 3 vezes , ou seja,
PL se movimentou totalmente a
cada 122 dias
Empresas com características
diferentes:
PL baixo, alto giro (ex.: bancos)
PL alto, baixo giro (ex.: siderúrgica)

106
QUOCIENTE DE VELOCIDADE DO
CAPITAL PRÓPRIO
Quociente de rotação do AC baixo,
quociente de velocidade do CP
baixo e vice-versa
Quanto maior for o quociente de
velocidade do capital próprio, maior
a agilidade operacional da
empresa

QUOCIENTE ENTRE VENDAS E


CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
Relaciona o movimento
operacional da empresa com os
recursos que mantém para o giro
dos negócios
Expressa o quanto a empresa
consegue realizar em vendas com
o investimento que realiza no curto
prazo

107
QUOCIENTE ENTRE VENDAS E
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
Se a empresa se encontra em um
ciclo favorável nos negócios, o
aumento nas vendas ao longo do
exercício requererá mais
investimentos no CCL
Tendência inversa implicará
movimento inverso dos
investimentos

QUOCIENTE ENTRE VENDAS E


CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
Considerando vendas brutas:
Vendas Brutas
CCL
Considerando vendas líquidas:
Vendas Líquidas
CCL

108
QUOCIENTE ENTRE VENDAS E
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
Exemplo prático:
R$ 10.300 = Vendas
R$ 11.410 = Ativo Circulante
R$ 4.610 = Passivo Circulante
R$ 6.800 = CCL
1,5147 = Quociente Vendas/CCL

QUOCIENTE ENTRE VENDAS E


CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
Exemplo prático: 2006 2007
Vendas 100 200
CCL 200 400
Quoc. Vendas/CCL 0,50 0,50
A estagnação do quociente não
representa estagnação nas vendas
e/ou no CCL

109
QUOCIENTES DE ABSORÇÃO DE
CUSTOS
Avaliação de quanto as vendas
conseguem recuperar dos
investimentos representados pelos
custos dos produtos e pelas
despesas operacionais
Quocientes de absorção de custos
dos produtos (Custos Técnicos) e
de despesas operacionais

QUOCIENTES DE ABSORÇÃO DE
CUSTOS
Considerando vendas brutas:
Custos Técnicos
Vendas Brutas
e
Custos Complementares
Vendas Brutas

110
QUOCIENTES DE ABSORÇÃO DE
CUSTOS
Considerando vendas líquidas:
Custos Técnicos
Vendas Líquidas
e
Custos Complementares
Vendas Líquidas

QUOCIENTES DE ABSORÇÃO DE
CUSTOS
Exemplo prático:
R$ 300 = Vendas
R$ 150 = Custos Técnicos
R$ 60 = Custos Complementares
0,50 = Quoc. Abs. Custos Técnicos
0,20 = Quoc. Abs. Custos Compl.
Quanto menores, melhor

111
QUOCIENTES DE ABSORÇÃO DE
CUSTOS
A empresa recuperou R$ 0,50 de
custos técnicos e R$ 0,20 de
custos complementares em cada
R$ 1,00 que vendeu
Vendas precisam absorver todos
os custos e trazer margem para
gerar lucros

OBSERVAÇÕES ADICIONAIS

Não basta calcular os quocientes,


é necessário investigar, na medida
do possível, quais as relações e as
razões dos fatos contábeis que
produziram a posição estática na
data do balanço

112
OBSERVAÇÕES ADICIONAIS
Exemplo: a liquidez não depende
só da quantidade de meios
patrimoniais de pagamentos mas,
também, da adequação da
velocidade destes em sua relação
com as necessidades de
pagamentos

OBSERVAÇÕES ADICIONAIS
O conhecimento sobre uma
relação entre fatos contábeis,
através de quocientes, deve ser
complementado com informações /
detalhes adicionais e com a
comparação com um paradigma
indicador de referência (índices-
padrão)

113
OBSERVAÇÕES ADICIONAIS
Os demonstrativos contábeis são
um conjunto e a análise é feita por
partes; quanto mais identidade e
interação se buscar entre as
partes, coordenando-as, tanto mais
se aproxima da idéia geral sobre o
comportamento patrimonial

OBSERVAÇÕES ADICIONAIS

O analista se apóia nos


demonstrativos contábeis mas
também em tudo que possa
subsidiar uma opinião global sobre
o comportamento do capital de
uma empresa

114
OBSERVAÇÕES ADICIONAIS

Além do que se registra


contabilmente existem elementos
informativos que não se encontram
nas contas contábeis, mas são
pertinentes à ocorrência do
fenômeno patrimonial (Notas
Explicativas)

OBSERVAÇÕES ADICIONAIS
Os balanços publicados sofriam os
limites da lei, que nem sempre
permitiam que a realidade fosse
expressa. Com a nova legislação e
a convergência às normas
internacionais de contabilidade, os
demonstrativos contábeis estão
adquirindo maior transparência

115
OBSERVAÇÕES ADICIONAIS
Os analistas precisam estar atentos
para o fato de que os novos
conceitos contábeis trazidos pela
aplicação das normas internacionais
mudam sobremaneira a leitura das
informações contidas nos
demonstrativos contábeis
comparados aos que antes eram
conhecidos

RELATÓRIO DE ANÁLISE
Deve ser elaborado em linguagem
inteligível para leigos, mesmo para
os que possuem conhecimento de
Contabilidade
Relatar conclusões visando auxiliar
o usuário na tomada de decisão
Pode conter muitas ou poucas
informações, conforme a
necessidade do usuário

116
RELATÓRIO DE ANÁLISE
Deve apresentar informações sobre:
Situação econômico-financeira da empresa
Desempenho ao longo dos períodos
analisados
Causas para a liquidez, endividamento e
rentabilidade
Tendências para o futuro
Não devem apresentar dados como
quocientes, coeficientes ou números-índices,
que devem ser traduzidos em informações

RELATÓRIO DE ANÁLISE
Exemplo para fornecedores:
Relatórios breves
Se apresentam ou não condições de pagar
as obrigações (Liquidez)
Se a situação de liquidez é passageira ou
duradoura (Rentabilidade)
Se tem condições de levantar recursos em
caso de situação inesperada
Se apresentam tendência para falência
(Estrutura de Capitais)

117
RELATÓRIO DE ANÁLISE
Exemplo para bancos:
Idem fornecedores
Se possuem ou não solidez financeira para o
curtíssimo prazo (até 90 dias, Liquidez Seca)
Se estão ou não totalmente endividados e se
possuem garantias para oferecer quando da
renegociação das dívidas
Investigar sobre tendências para uma
situação futura da empresa, especialmente
se endividada no longo prazo

RELATÓRIO DE ANÁLISE
Anexar ao relatório os documentos que
comprovam os resultados da análise
Documentos poderão variar em
quantidade e espécie, dependendo da
profundidade dos exames efetuados
Balanço Patrimonial, Demonstração do
Resultado do Exercício, demonstrativos
padronizados e dos quocientes
utilizados e quocientes-padrão

118
RELATÓRIO DE ANÁLISE
Exemplo de relatório breve

EXERCÍCIO
Folha a ser distribuída

119
TRABALHO EM GRUPO
Escolher demonstrativos contábeis de
uma empresa e realizar o trabalho de
análise conforme o roteiro apresentado
(etapas do processo de análise),
concluindo com relatório final.
Prazo de entrega = 20/11/2.011

BIBLIOGRAFIA
1. RIBEIRO, O.M. Estrutura e Análise de
Balanços fácil. 6ª ed. São Paulo: Editora
Saraiva, 2002.
2. SILVA, J.P. Análise Financeira das
Empresas. São Paulo: Atlas, 1998.
3. SÁ, A.L. Moderna Análise de Balanços ao
alcance de todos. 2ª ed. Curitiba: JURUÁ,
2007.

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