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• RELAÇÃO DE EMPREGO
• Desta forma, a relação de trabalho é o vínculo jurídico genérico pelo qual uma pessoa presta serviços
a outrem.
• A relação de emprego é uma espécie de relação de trabalho, que se baseia no nexo entre empregador
e empregado, caracterizado pela prestação pessoal de serviços, de forma não eventual e
subordinada, mediante o pagamento de salário.
• É a relação jurídica que tem como fato social original o trabalho subordinado, prestado com
pessoalidade, mediante remuneração, e que tem como disciplina jurídica o conjunto humano não
eventual e de normas que compõem o Direito do Trabalho.
• A relação de trabalho é, deste modo, gênero, que tem, entre uma de suas espécies, a relação de
emprego.
2) Pessoalidade;
3) Não eventualidade;
4) Onerosidade; e
5) Subordinação;
TRABALHO POR PESSOA
• Para a caracterização da relação de emprego, o serviço deverá ser prestado sempre por pessoa física ou natural, não
podendo o obreiro ser pessoa jurídica.
PESSOALIDADE
• O serviço tem de ser executado pessoalmente pelo empregado, que não poderá ser substituído por outro. O contrato de
emprego É INTUITU PERSONAE em relação ao empregado. A relação de emprego, no que atine ao obreiro, reveste-se de
caráter de fungibilidade, devendo o laborante executar os serviços pessoalmente.
NÃO EVENTUALIDADE
• A conceituação de trabalho não eventual não é tarefa das mais fáceis para os operadores do Direito. Várias teorias surgiram para
determinar o real sentido de trabalho não eventual, prevalecendo a Teoria dos Fins do Empreendimento, considerando como
trabalho não eventual aquele prestado em caráter contínuo, duradouro, permanente, em que o empregado, em regra, se integra
aos fins sociais -desenvolvidos-pela-empresa.
• A prestação do serviço com habitualidade, de forma contínua e permanente, na qual o obreiro passa a fazer parte integrante da
cadeia produtiva da empresa, mesmo que desempenhando uma atividade-meio, caracteriza o trabalho não eventual.
ONEROSIDADE
• A principal obrigação do empregado é a prestação dos serviços contratados. Em contrapartida, seu principal
direito é o do recebimento da contraprestação pelos serviços prestados (remuneração).
SUBORDINAÇÃO
• Também não se trata de subordinação técnica, considerando que o obreiro, por vezes, detém a técnica de
trabalho que seu empregador não possui.
• A subordinação apontada é a SUBORDINAÇÃO JURÍDICA, que advém da relação jurídica
estabelecida entre empregado e empregador. Em função do contrato de emprego
celebrado, passa o obreiro a ser subordinado juridicamente ao patrão, devendo o
trabalhador acatar as ordens e determinações emanadas, nascendo para o empregador,
inclusive, a possibilidade de aplicar penalidades ao empregado (advertência, suspensão
disciplinar e dispensa por justa causa), em caso de cometimento de falta ou
descumprimento das ordens emitidas.
• Art.6º da CLT
•Ao contrário dos demais trabalhadores que necessitam de seus sindicatos para negociar as hipóteses de prevalência do
negociado sobre o legislado, esses empregados podem negociar individualmente com seus empregadores.
•Assim, as cláusulas negociadas terão a mesma eficácia e a mesma preponderância dos instrumentos coletivos.
• Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo
quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às
decisões das autoridades competentes.
• Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A
desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, NO CASO DE
EMPREGADO PORTADOR DE DIPLOMA DE NÍVEL SUPERIOR E QUE PERCEBA SALÁRIO MENSAL IGUAL OU SUPERIOR A DUAS VEZES
O LIMITE MÁXIMO DOS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL.
• CARGO OU FUNÇÃO DE CONFIANÇA OU GESTÃO:
• Artigo 62, II da CLT. Aqueles que estão excluídos do regime de jornada.
• II - Os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para
efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.
• Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II
deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver,
FOR INFERIOR ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
• SÓCIO EMPREGADO
• Não há, em princípio, incompatibilidade entre as figuras de sócio e empregado,
que podem estar sintetizadas nas mesma pessoa física.
• Tudo dependerá da intensidade de sua participação na empresa, perdendo a
qualidade de empregado quando pela sua interferência nos interesses da
sociedade sobrepujar a figura do sócio, ou seja, prevalência da affectio
societatis.
EMPREGADO RURAL
• O empregado rural é enquadrado nesta condição de acordo com seu empregador ser ou não
considerado como empregador rural. À primeira vista parece simples diferenciar empregado rural do
empregado urbano, mas veremos que o tipo de atividade exercida não é determinante para este
enquadramento.
• Lei 5.889/73, art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio
rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e
mediante salário.
2) o labor prestado em propriedade rural ou prédio rústico (esse pode ser definido como local onde se
exercem atividades agropastoris e que pode se localizar na área urbana).
• O importante para identificar o trabalhador rural é definir quem é o empregador rural. De acordo com a lei, é a
pessoa física ou jurídica que explore atividade agroeconômica.
• Assim sendo, mesmo que o prédio esteja localizado em área urbana, se a destinação envolver exploração
agrícola ou pecuária, o empregado será rural.
• Além disso, é bom relembrar que o artigo 7º da Constituição Federal também se aplica aos rurícolas, por força
de seu caput:
• CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social (...)
• Lei 5.889/73, art. 3º - Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídicas,
proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente
ou através de prepostos e com auxílio de empregados.
EMPREGADO DOMÉSTICO
• Esta categoria é agora regulada pela LC 150/2015, que revogou a Lei 5.859/72. Conforme a citada Lei, é
considerado empregado doméstico aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não
lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas.
• Art. 1o Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua,
subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito
residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
• Enquanto no vínculo empregatício urbano e rural falamos em não eventualidade, aqui tem lugar a continuidade.
• A nova lei definiu que ser· considerado doméstico aquele que trabalhar mais de 2 (dois) dias por semana à
mesma pessoa ou família.
• Vimos quanto ao empregado urbano que seu empregador pode ter ou não a finalidade lucrativa, e que isto seria
indiferente para a configuração do vínculo de emprego.
• No caso do trabalho doméstico a situação muda de figura: só podemos falar em empregado
doméstico quando o serviço seja prestado com finalidade não lucrativa (a pessoa ou família).
• Assim, para que configuremos o labor doméstico os serviços prestados não o podem ter a
finalidade de produzir mercadorias ou serviços para revenda.
• Obs.: É vedado o labor de menor de 18 anos como empregado doméstico, nos termos: art.
1º LC 150/15: Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para
desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o decreto 6.481/08.
∙ SERVIÇO EM VIAGEM
1) FÉRIAS:
• Art. 17. O empregado doméstico terá direito a férias anuais remuneradas de 30 (trinta) dias, salvo o
disposto no § 3o do art. 3o, com acréscimo de, pelo menos, um terço do salário normal, após cada
período de 12 (doze) meses de trabalho prestado à mesma pessoa ou família.
• § 5o É lícito ao empregado que reside no local de trabalho nele permanecer durante as férias.
• Art. 18. É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por
fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas com transporte,
hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em viagem.
1) DIREITOS SOBRE A MORADIA:
∙ DO SEGURO DESEMPREGO
• Art. 26. O empregado doméstico que for dispensado sem justa causa fará jus ao benefício
do seguro-desemprego, na forma da Lei nº 7998/1990, no valor de 1 (um) salário-mínimo,
por período máximo de 3 (três) meses, de forma contínua ou alternada.
∙ EMPREGADOR DOMÉSTICO:
• Em relação ao empregador doméstico, percebam que este é pessoa física ou família: é inadmissível em nosso
ordenamento empregador doméstico pessoa jurídica.
∙ DO FGTS
• DO VALE TRANSPORTE
• Art. 19 da LC/150/15
• Parágrafo único. A obrigação prevista no art. 4º da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, poderá ser
substituída, a critério do empregador, pela concessão, mediante recibo, dos valores para a aquisição das
passagens necessárias ao custeio das despesas decorrentes do deslocamento residência-trabalho e
vice-versa.
• § 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que
haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
• Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser CELEBRADO POR ESCRITO e DEVE CONTER
ESPECIFICAMENTE O VALOR DA HORA DE TRABALHO, que não pode ser inferior ao valor horário do
salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma
função em contrato intermitente ou não.
• Assim, o empregador pactua com o empregado intermitente uma remuneração, todavia ela será
devida apenas nas situações em que o empregado for convocado a trabalhar.
§ 1o O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de
serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.
• § 2o Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado,
presumindo-se, no silêncio, a recusa.
• § 4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo
motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da
remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo.