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DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO

TIPOS DE TRABALHO
TIPOS DE EMPREGADORES
TIPOS DE TRABALHADORES
TIPOS DE TRABALHO
TRABALHO SUBORDINADO: na sua execução há subordinação, habitualidade, onerosidade e
pessoalidade.

TRABALHO AUTÔNOMO: na sua prestação, não há subordinação e o trabalhador assume os riscos


da atividade.

TRABALHO EVENTUAL: é aquele que não está inserido nas atividades rotineiras, regulares da
empresa.

TRABALHO AVULSO: é aquele depende da intermediação de um outro órgão.

TRABALHO VOLUNTÁRIO: não há onerosidade e o trabalhador assina termo de adesão.

TRABALHO INTERMITENTE: é aquele marcado pela intermitência, alternância entre a prestação da


atividade e um período de inatividade.
DEFINIÇÃO DE EMPREGADOR - CLT

“Considera-se empregador a EMPRESA


INDIVIDUAL ou COLETIVA, que, assumindo
os riscos da atividade econômica, admite,
assalaria e dirige a prestação de serviços”.
EMPREGADOR – Código Civil
É a empresa, individual ou coletiva, que,
assumindo os riscos da atividade econômica,
admite, assalaria e dirige a prestação pessoal
de serviços.

EQUIPARAM-SE AOS EMPREGADORES:


os profissionais liberais, instituições
beneficentes, associações recreativas, sem
fins lucrativos.
CARACTERÍSTICAS E PODERES DO EMPREGADOR

a) Assumir os riscos da atividade econômica: tanto o


lucro, quanto o prejuízo.

b) Poderes de direção, organização, controle e


disciplinar.

A advertência pode ser verbal. A 2ª deve ser escrita.

A suspensão não poderá ser superior a 30 dias, sob


pena de rescisão injusta do contrato de trabalho.
ALTERAÇÃO NA PERSONALIDADE JURÍDICA DA EMPRESA

1. Alterações na sua estrutura jurídica, como mudança de regime


jurídico ou em sua propriedade, como a venda, não afetará os
direitos adquiridos por seus empregados.

2. Grupos de empresas ou grupo econômico:


a)Direção econômica unitária
b)Responsabilidade solidaria
c)Coordenação ou subordinação
ESPÉCIES DE EMPREGADOR: por relevância
EMPRESA DE TRALHO TEMPORÁRIO
É a pessoa FÍSICA OU JURÍDICA URBANA, cuja
atividade consiste em colocar à disposição de
outras empresas, temporariamente, trabalhadores
qualificados, por elas remunerados e assistidos.
Há responsabilidade solidária entre a empresa
temporária e a tomadora de serviços no caso de
falência da primeira, para efeitos de
remuneração.
EMPREGADOR RURAL
É a pessoa FÍSICA OU JURÍDICA, proprietária ou não, que explore
atividade agroeconômica (em prédio rústico ou não), em caráter
permanente ou temporário, diretamente ou por meio de prepostos e
com o auxílio de empregados.

Quanto o conceito de empregador rural, 2 questões se destacam:


a) prédio rústico: é o imóvel situado no campo, ou o imóvel que situado
na cidade, se destine a atividade agroeconômica.

b) O importante para a caracterização do empregador rural é a


atividade agroeconômica, e não o fato do imóvel se situar na área
rural.
EMPREGADOR DOMÉSTICO
É a pessoa ou família que, sem finalidade lucrativa,
admite empregado doméstico para lhe prestar serviços
de natureza contínua para seu âmbito residencial.

Como o conceito de família é bastante amplo, abre-se a


possibilidade de figurar como empregador doméstico
todas as pessoas que residem na residência, como os
filhos, sobrinhos e demais dependentes.

O empregador doméstico não pode ser pessoa jurídica.


DEFINIÇÃO DE EMPREGADO

“Toda PESSOA FÍSICA que prestar serviços de natureza NÃO


EVENTUAL a empregador, sob a DEPENDÊNCIA deste e
MEDIANTE SALÁRIO”.

É a pessoa física que presta serviços a empregador com


habitualidade, subordinação técnica, econômica, jurídica e social e de
forma onerosa.
DIFERENÇA ENTRE EMPREGADO E
TRABALHADOR
• A relação de emprego é marcada pelos traços da
habitualidade, subordinação e remuneração.
• A relação de trabalho traduz um conceito mais amplo,
um gênero, que abrange várias espécies: relação de
emprego, trabalho autônomo, eventual, avulso,
voluntário, estágio, etc.
• Toda relação de emprego é uma relação de trabalho,
mas nem toda relação de trabalho é uma relação de
emprego.
TIPOS DE EMPREGADOS
1.EMPREGADO EM DOMICÍLIO: Quem executa atividade em OFICINA DE FAMÍLIA ou
na PRÓPRIA RESIDÊNCIA por determinação do empregador, sob a DEPENDÊNCIA
deste e MEDIANTE SALÁRIO”.
A CLT, em seu art. 6º, não distingue o trabalho realizado no estabelecimento do
empregador, do executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde
que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.

•Quanto a SUBORDINAÇÃO: O fato de o trabalhador prestar os serviços em domicilio e


não estar sob o controle direto da empresa, não significa que o empregador não possa
controlá-lo, pois pode fazer isso estabelecendo metas de produção, definindo o material a
ser utilizado e os prazos para apresentação do produto acabado, caracterizando-se desta
forma a subordinação hierárquica, um dos princípios básicos que o classifica como
empregado.

VÍNCULO EMPREGATÍCIO: Caracterizado o vínculo, o trabalhador em domicílio terá os


mesmos direitos trabalhistas e previdenciários de qualquer outro trabalhador que executa
suas atividades no estabelecimento do empregador
2. EMPREGADO APRENDIZ: Lei 11.180/05
Considera-se aprendiz o empregado maior de 14 e menor de 24 anos de idade, sujeito à
formação técnico-profissional metódica, contratado por empresa e matriculado em Serviços
Nacionais de Aprendizagem, ou em outras entidades autorizadas por lei. Tem um contrato
de trabalho especial, escrito e por prazo de 2 anos.

A idade máxima anteriormente mencionada não se aplica a aprendizes portadores de


deficiência. Ao aprendiz com idade inferior a dezoito anos é assegurado o respeito à sua
condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
 
A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na CTPS, matrícula e
frequência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino fundamental, e inscrição
em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em
formação técnico-profissional metódica.

O descumprimento das disposições legais e regulamentares importará a nulidade do


contrato de aprendizagem, estabelecendo-se o vínculo empregatício diretamente com o
empregador responsável pelo cumprimento da cota de aprendizagem.

A base de cálculo do FGTS é de 2%.


Os estabelecimentos de qualquer natureza, exceto as MEs, as EPPs e as
entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a educação profissional,
também são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços
Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a 5%, no
mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada
estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional, sendo
que as frações de unidade no cálculo da referida percentagem darão lugar à
admissão de um aprendiz.
FICAM EXCLUÍDOS da base de cálculo acima os empregados que executem
os serviços prestados sob o regime de trabalho temporário e os aprendizes já
contratados, e aqueles que exercem funções que exigem habilitação de nível
técnico ou superior, direção, confiança e gerência. Juris TST.

No caso de empresas que prestem serviços especializados para terceiros,


independentemente do local onde sejam executados, os empregados serão
incluídos na base de cálculo da prestadora, exclusivamente.

Os direitos trabalhistas e previdenciários do empregado aprendiz são os


mesmos aplicáveis aos demais empregados.
3. EMPREGADO DOMÉSTICO: É aquele que presta serviços de natureza
contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou família, no âmbito
residencial desta.
 
 
4. EMPREGADO RURAL
 
É aquele que presta suas atividades em propriedade rural ou prédio rústico.
O trabalho rural é a atividade econômica de cultura agrícola, pecuária,
reflorestamento e corte de madeira, incluindo o tratamento de produtos
agrários in natura, beneficiamento, primeira modificação e preparo de produtos
agropecuários e hortifrutigranjeiros e das matérias primas de origem vegetal e
animal, para posterior venda ou industrialização.
 
O enquadramento do trabalhador é determinado pelo critério preponderante da
atividade desempenhada pelo empregador
ESPÉCIES DE TRABALHADOR: por relevância

TRALHADOR TEMPORÁRIO
É a pessoa física contratada por empresa de trabalho temporário, para
atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e
permanente ou atender demanda complementar de serviço (situação
imprevisível ou previsível, de caráter intermitente, periódica ou
sazonal).
Trabalhador é empregado da empresa de trabalho temporário.

O prazo de seu contrato é de 180 dias, podendo ser prorrogado por


mais 90 dias, cobrando um preço para tanto, que compreenda os
encargos sociais do trabalhador e sua remuneração pelo serviço.

Encerrado seu contrato, o trabalhador só poderá ser colocado


novamente para trabalhar novamente na mesma empresa, APÓS 90
dias.
TRALHADOR INTERMITENTE
Considera-se intermitente o Contrato de Trabalho no qual a prestação
de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com
alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade,
determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do empregador.

O trabalhador pode prestar serviços, a mais de uma empresa, ainda


que de ramos distintos de atividade, pois possui jornada de trabalho
móvel e variável.

Devem ser previamente combinados: locais de prestação de


serviços; turnos para os quais o empregado será convocado; formas e
meios de convocação e de resposta e; forma de reparação recíproca
na hipótese de cancelamento de serviços previamente agendados
REGRAS ESPECIAIS DO TRABALHADOR INTERMITENTE
1. A convocação deve ocorrer com 3 dias de antecedência e o trabalhador tem um
dia útil para responder;

2. Se o empregado aceitar a convocação e, sem justo motivo, deixar de


comparecer, pagará multa de 50% da remuneração que lhe seria devida.

3. O trabalhador não tem garantia mínima de salário ou de número de horas


trabalhadas no mês, mas se trabalhar o valor pago não será inferior ao valor hora
do salário-mínimo ou daquele devido aos demais empregados que exerçam a
mesma função na empresa.
 
4. Ao final de cada período de trabalho, receberá o pagamento imediato da
remuneração, férias e 13º salário proporcionais, DSR, entre outros adicionais que
sejam eventualmente devidos (adicional noturno, insalubridade, etc.).

5. O  FGTS e o INSS serão recolhidos com base nos valores pagos no período
mensal, se houver.
TRALHADOR EM REGIME DE TELETRABALHO
Considera-se teletrabalho a prestação de serviços
preponderantemente fora das dependências do empregador,
com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação
que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.

O comparecimento às dependências do empregador para a


realização de atividades específicas que exijam a presença do
empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de
teletrabalho.

O teletrabalho não precisa necessariamente ser exercido


integralmente fora da sede da empresa, pois o que prevalece para
fins de teletrabalho é a preponderância do trabalho a distância.
REGRAS ESPECIAIS DO TELETRABALHO

1. O teletrabalho  deverá constar expressamente do contrato de trabalho,


que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado.
2. Pode haver alteração do regime presencial para o de teletrabalho, desde
que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.
3. Pode haver alteração do regime de teletrabalho para o presencial por
determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de 15
dias, com correspondente registro em aditivo contratual.
4. A responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos
equipamentos tecnológicos, infraestrutura necessária para prestação do
serviço remoto e o reembolso de despesas, devem ser previstas em
contrato escrito, sob pena do empregado se responsabilizar.
5. O teletrabalhador não tem direito a horas extras, adicionais noturno e de
sobreaviso/prontidão e se compromete a seguir as instruções do
empregador a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. 
TRALHADOR AUTÔNOMO EXCLUSIVO E CONTÍNUO

Trabalhador autônomo é a pessoa que presta serviços,


por conta própria a uma ou mais pessoa, assumindo os
riscos de sua atividade econômica.

Todavia, a contratação do autônomo, cumpridas por


este todas as formalidades legais, com ou sem
exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a
qualidade de empregado prevista no art. 3º da CLT.
TRABALHADOR COOPERADO

É aquele que presta serviço por meio de uma


cooperativa e a ela deve ser associado.

O Trabalhador cooperado não possui vínculo


empregatício com a cooperativa e nem com a tomadora
de seus serviços, sendo sua remuneração advinda dos
lucros distribuídos entre os associados da cooperativa.
TERCEIRIZAÇÃO
É um contrato civil firmado entre a empresa tomadora de serviços e a
aquela que terceiriza o empregado.

A Súmula 331 do TST (antes da LEI 13.429/17), proibia a contratação


de trabalhadores por empresa interposta, salvo no caso do trabalho
temporário e; estabelecia a responsabilidade pelas obrigações
trabalhistas.

Não há que se confundir a intermediação de mão de obra – trabalho


temporário – com a legítima e efetiva terceirização de serviços,
viabilizada por uma pessoa jurídica de direito privado a terceiros.
DEFINIÇÃO  
"Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela
contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua
atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços
que possua capacidade econômica compatível com a sua execução.

No atual cenário, a empresa terceirizada passou a se dedicar à execução de


serviços determinados e específicos, os quais, a partir da reforma trabalhista,
são direcionados às atividades principais da contratante dentro de uma
terceirização lícita.
 
A licitude da terceirização é aquela na qual não há a pessoalidade e
subordinação direta dos empregados terceirizados para com os representantes
legais e/ou prepostos da contratante.
SUM-331 do TST:
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo
diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (lei 6.019, de
03/01/74).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de
emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II,
da CF/88). 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (lei
7.102, de 20/06/83) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados
ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação
direta. 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a
responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que
haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa
no cumprimento das obrigações da lei 8.666, de 21/06/93, especialmente na fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como
empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas
decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.

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