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Prova 2 de Direito do Trabalho

Empregado:

1) Conceitos e demais definições: participam da relação de emprego, derivado de um


contrato de trabalho, dois pactuantes denominados empregados e empregador. O
empregado possui a obrigação principal de fazer, ou seja, de prestar serviços,
qualificados pela pessoalidade, não eventualidade e mediante remuneração
- Definição da CLT: empregado é quem presta serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salario
- pelo contrato de trabalho, o empregado transfere a propriedade do resultado do seu
labor para o empregador, pessoa que dirige sua atividade e o assalaria, evidenciando o
trabalho por conta alheia (alteridade)
2) Características:
- de acordo com o conceito, empregado é quem presta serviços voluntários, de
natureza pessoal, onerosa, não eventual, subordinada e por conta alheia. A
inexistência de qualquer requisito descaracteriza a figura do empregado.
- exclusividade não constitui requisito para reconhecimento para condição de
empregado
a) Pessoalidade: o contrato de trabalho é personalíssimo, ou seja, não admite que o
empregado seja pj e nem que a prestação seja prestada por substituto. B)
onerosidade: o empregado labora mediante pagamento de salario. Essa onerosidade é
subjetiva (intenção contraprestativa, principalmente do empregado, que presta os
serviços esperando uma contrapartida pecuniária do empregador, dependendo disso)
c) não eventualidade: as atividades desenvolvidas pelo empresário são essenciais ou
necessárias e de natureza permanente, apesar de ocorrerem atividades temporárias
chamadas de atividade-fim, que o trabalhador contratado é chamado de eventual. A
eventualidade não é media pelo tempo e sim pela atividade desenvolvida pelo
empregado dentro do processo produtivo da empresa, relacionada as suas atividades
normais. Alguns doutrinadores utilizam o termo habitualidade. Teorias: da
descontinuidade: relaciona a não eventualidade a quantidade de dias trabalhados
(sendo essa característica apenas do emprego doméstico); do evento: relaciona-se
com a teoria dos fins de empreendimento, pois sempre que houver contratações para
um evento episódico, não é classificado para fins normas da empresa; fins da empresa,
que prevalece sobre a teoria da fixação jurídica (eventual é o trabalhador que não se
fixa numa fonte de trabalho)
d) Subordinação: o empregado exerce suas tarefas sob o comando do empregador de
forma permanente e não somente em relação ao resultado. Não é a pessoa do
empregado que se subordina ao empregador, mas a forma pela qual o trabalho é
realizado. A subordinação ocorre quando cumprem-se ordens gerais e específicas mas
também quando aplicações são aplicadas. O estado de dependência é o diferenciador
da relação de emprego. A subordinação possui caráter jurídico, por sua origem do
contrato de trabalho, do qual o empregado despoja-se de sua liberdade de execução
dos serviços e transfere para o empregador a propriedade do seu resultado. A relações
de trabalho se modificaram, bem como a subordinação que possui mais duas vertentes
além das clássicas: objetiva (subordinação que se manifesta pela integração do
trabalhador nos fins e objetivos do empreendimento do tomador de serviços) e
estrutural (expressa-se pela inserção o trabalhador na dinâmica do tomador de seus
serviços, independente de receber ou não ordens diretas, mas acolhendo sua dinâmica
de organização e funcionamento)
3) Sistema de Indícios: constitui uma série de características que não servem para
afastar a existência da relação de emprego, mas, se presentes simultaneamente,
podem revelar a sua presença, desde que avaliados em cada caso concreto. São quatro
elementos acessórios ou eventuais: deca.
a) Dependência tecnológica; b) alteridade: a pessoa realiza uma atividade, qual seja, o
trabalhador, não se torna proprietário do seu resultado, mas sim a quem é destinado o
produto respectivo, o empregador no caso. Em compensação, o patrão assume os
riscos de sua atividade econômica e oferece ao mercado de consumo o resultado da
atividade laboral dos seus empregados; c) exclusividade; d) continuidade

Empregado Doméstico
1) Características: a relação de emprego recebe um tratamento legal diferenciado
pelo ordenamento jurídico por ser uma atividade que não visa lucros
- Diferenças básicas entre empregado doméstico e o empregado de forma geral:
finalidade não lucrativa de quem dirige a prestação de serviços, continuidade da
prestação de serviços (mais de 2 dias), que substitui nesse caso o requisito de não
eventualidade, e prestação de serviços em favor de uma família, que se torna
solidaria nas obrigações trabalhistas.
- Vedou-se o trabalho do menor de 18 anos em tais condições
2) Empregado doméstico e diarista: o elemento componente da relação de
emprego doméstico denominado de continuidade difere da não eventualidade,
uma vez que, no primeiro exige-se o labor em todos os dias da semana, durante
um lapso razoável de tempo e com certa habitualidade. A prestação de serviços
descontínua afasta a existência de relação de emprego doméstica e enseja o
surgimento do trabalhador denominado de diarista.
- a Ec 72/13 não promovem igualdade de direitos domésticos e não domésticos,
apenas ocorreu a diminuição de diferença de tratamento legal dispensada a essas
duas categorias profissionais. Se a intenção da legislação fosse a isonomia, a
alteração teria que ser no artigo 7º da CF.
3) Contrato por prazo determinado: a regulamentação do contrato por prazo
determinado na relação de emprego doméstico é semelhante àquela que se
encontra em vigor para os demais empregados. Além do contrato por experiência,
o doméstico pode ser determinado para substituir temporariamente outro
trabalhador, cujo contrato esteja suspenso ou interrompido, e nos casos de
necessidade familiar, transitória. Nesses dois últimos casos o período da
contratação por prazo determinado fica vinculado ao evento que o motivou com
limitação de dois anos. Ficam mantidas as características: prazo de 90 dias para o
contrato de experiência, admitindo-se prorrogação desde que não ultrapasse o
prazo, com consequência de se tornar indeterminado; indenização diferenciada
em caso de extinção antecipada e desnecessidade de aviso prévio quando do
advento do termo final do contrato.
2) Carteira de trabalho e outros:
- a carteira de trabalho deve ser preenchida em 48h
- jornada de trabalho: 8h como os empregados normais. Admite-se também a jornada
de 12x36, desde que estabelecido por contrato de trabalho escrito.
- jornada de trabalho para acompanhantes em viagem: a LC 150/2015, admite-se que
pode ocorrer compensação de jornada extra em outros dias, mediante ajuste escrito,
bem como ocorre o direito ao cômputo na jornada de trabalho do doméstico do
período em que há prestação de serviços em viagens promovidas pelo empregador.
- jornada de trabalho por tempo parcial: permitida esse tipo de contratação, por meio
de jornada de trabalho semanal que não ultrapasse 25h. o valor de remuneração é
proporcional ao trabalhador por tempo empregado. Sera possível estabelecer
também, por meio de acordo individual escrito, jornada extraordinária, desde que não
exceda uma hora por dia, com limite de seis horas diárias
- intervalo intrajornada: pra quem não reside no local de trabalho (mínimo 1 e máximo
2, com possível redução, desde que escrita, de 30min) e pra quem reside (divide-se em
dois períodos com limite mínimo de 1h cada e total de no máximo 4h) e intervalo
interjornada de 11h
- repouso semanal: 24h, preferencialmente aos domingos. Na LC 150/15, incide-se
novidade pois feriado entra no conceito de descanso remunerado
- é proibido que descontos salariais ocorram em casos de hospedagem em caso de
acompanhamento de viagem e despesas de transporte. Podem ser feitos descontos
em casos de adiantamento, plano de saúde, seguro, previdência, desde que
autorizados pelo empregado e de percentual no máximo de 20%
- vale transporte: pode-se dar o pagamento em dinheiro, o que é vedado para
empregados não domésticos.
- Resumo: pag 343
Empregado público:
1) Conceito:
- é o trabalhador que presta serviços para administração pública direta, autárquica
ou fundacional, regido pela CLT. Ao lado do empregado público, existe o servidor
ou funcionário público, ocupante de cargo ou função pública, que mantém uma
relação estatuaria com a administração pública
- regime celetista e regime estatuário: a partir da lei 8112/90 instituiu o regime
estatuário para reger as relações com os seus servidores. A transformação dos
vínculos individuais e trabalho dor regime celetista para o estatuário é automático
e se completa com a lei que instituiu regime jurídico único para os servidores de
cada ente da administração, sendo necessária a aprovação em concursos para ser
possível essa conversão. Com isso, ocorre a extinção do contrato de trabalho, e
confere-se ao empregado o prazo prescricional de dois anos para ajuizamento de
ação trabalhista. Funcionário público: há estabilidade. Servidor: indicação
2) Formalidade para contratação:
- para a investidura em cargo ou emprego público, exige-se a previa aprovação em
concurso, menos quando trata-se de cargos de provimento em comissão, que são
cargos de livre nomeação e exoneração
3) Direitos: não é estendido a essa espécie de empregado o reconhecimento dos
acordos e convenções coletivas de trabalho.
4) Empregado publico e empregado de empresa pública ou economia mista: não
são considerados como empregados público stricto sensu, já que este ultimo
desfruta de garantias como estabilidade, que não são estendidas

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