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ESTUDO DIRIGIDO PARA PROVA I UNIDADE

EMPREGADO E EMPREGADOR

Conceito de empregado - é toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário. Art. 3º CLT.

Requisitos

• Pessoa física: empregado é pessoa física ou natural. Não é possível


empregado pessoa jurídica.
• Não eventualidade da prestação de serviços: o empregado deve exercer uma
atividade permanente.
• Pessoalidade: o empregado deve prestar pessoalmente os serviços, pois o
contrato de trabalho é ajustado em função de uma determinada pessoa. Não
havendo pessoalidade, descaracteriza-se a relação de emprego.
• Subordinação jurídica: o empregado deve subordinar-se às ordens lícitas de
seu empregador. Tem dependência econômica material e salarial em relação
ao empregador.
• Onerosidade: não há gratuidade, pois se havendo, não configura relação de
emprego.

Conceito de empregador - empregador é a empresa individual ou coletiva, que,


assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviços. Art. 2º CLT.

Características do empregador

• Admitir: contratação de pessoas qualificadas para executarem os serviços.


• Assalariar: o empregador que admite deve pagar o salário respectivo ao
empregado pelos serviços prestados.
• Dirigir: o empregador deve controlar e administrar a prestação de serviços dos
empregados.

Poderes do empregador

• Poder de direção - é a faculdade atribuída ao empregador de determinar o


modo como a atividade do empregado, em decorrência do contrato de
trabalho, deve ser exercida.

Fragmenta-se em três partes:

• Poder de organização: cabe ao empregador organizar a atividade, determinar


as metas e como atingir essas metas, mas o empregador tem um poder
relativo, não é absoluto, ele não pode exigir atividades que possam
constranger seus empregados.

• Poder de fiscalização: é uma faculdade legal que o legislador dá ao


empregador de fiscalizar as atividades dos empregados. Por exemplo, instalar
cartão de ponto, fazer revista no fim do expediente nos funcionários, instalar
câmeras de vídeo etc.
• Poder disciplinar: é o direito de impor sanções disciplinares aos seus
empregados. O empregador pode tem a faculdade legal de punir o empregado
pelas faltas graves por ele cometidas. Ex: o empregador pode despedir o
empregado que não usa proteção adequada para executar determinadas
tarefas. (CIPA – controle interno a proteção de acidentes).

Tipos de punição imposta ao empregado pelo empregador - punições são meios


através dos quais se utiliza o empregador para punir de alguma forma o empregado
que cometeu uma falta no desempenho de suas tarefas.

• Advertência: não consta na CLT, foi criada pelos costumes. Pode ser verbal ou
escrita, tem apenas efeito moral, pode ser prevista no regulamento da empresa
ou não. É aplicada para penas leves cometidas pelos empregados. Ex: atrasos,
usar de forma inadequada o uniforme da empresa, etc.

• Suspensão: (art. 474 CLT) a suspensão tem efeito financeiro, através dele, o
empregado perde o dia de trabalho. Não admite a forma verbal, só a escrita,
pelo efeito financeiro que tem. Pode ser dada nas faltas graves cometidas pelo
empregado que não implique na despedida por justa causa imediata.

• Despedida por justa causa: considera-se justa causa o comportamento


culposo do trabalhador que, pela sua gravidade e conseqüências, torne
imediata e praticamente impossível a subsistência da relação de trabalho. O
empregado perde os direitos tais como, FGTS, 13º salário, férias
proporcionais. Ele só tem direito a férias vencidas e saldo de salário pelos dias
trabalhados.

Tipos de trabalhadores

Autônomo

Características:

• sem pessoalidade: as atividades desenvolvidas pelo autônomo podem ser


substituídas por outra pessoa
• subordinação: ele não acata ordens do empregador, portanto não se
subordinam ao empregador.
• Trabalha por honorários: o autônomo não recebe um salário como empregado
comum, sua remuneração se dá por honorários, que por ele podem ser reduzidos,
mas não podem ser aumentados, visto que os honorários são regulamentados para
cada profissão e a tabela deverá ser obedecida. O autônomo deverá ter uma formação
técnica ou acadêmica.
• pessoa jurídica ou física: qualquer delas poderá prestar o serviço solicitado.

Eventual

Definição: é aquele empregado admitido numa empresa para realizar um determinado


evento. Terminada a sua missão estará ele desligado da empresa que o contratou.

Características:
• Serviços eventuais: eventual é aquele que presta serviços não habituais à
empresa que o contratou.
• Pode haver pessoalidade: o empregado deve prestar pessoalmente os
serviços, pois o contrato de trabalho é ajustado em função de uma
determinada pessoa.
• Pode haver subordinação: o empregado deve subordinar-se às ordens lícitas
de seu empregador. É subordinado de curta duração, pois enquanto
desenvolve o trabalho se submete às ordens de quem o contratou.
• Preço: não tem proteção jurídica como nas tabelas de honorários, o ganho pelo
trabalho realizado pode variar.

Faxineira que prestar serviços em uma casa 3 vezes por semana não é eventual, há
habitualidade na prestação de serviços, e pode exigir relação de emprego.

Todo empregado é trabalhador, mas a recíproca não é verdadeira. Trabalhador é todo


aquele que presta serviços, seja a empregador, seja a pessoa com a qual não mantém
vínculo empregatício. Por isso o trabalhador autônomo e o avulso são considerados
trabalhadores, mas não são considerados empregados.

Empregado é o trabalhador subordinado, que recebe ordens, é pessoa física que


trabalha todos os dias ou periodicamente, ou seja, não é um trabalhador que presta
seus serviços apenas de vez em quando (esporadicamente) e é assalariado. Além do
que, é um trabalhador que presta pessoalmente os serviços.

NORMAS GERAIS DA TUTELA DE TRABALHO

Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS:

É obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que
em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional
remunerada.

A CTPS será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao


empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 horas para nela
anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições
especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou
eletrônico;

1. As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que


seja sua forma e pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa
da gorjeta.

2. As anotações na CTPS serão feitas:

a) na data-base;

b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador;


c) no caso de rescisão contratual; ou

d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social.

1. A falta de cumprimento pelo empregador do disposto acarretará a lavratura do auto de


infração,

2. É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em


sua CTPS;

3. Os acidentes do trabalho serão obrigatoriamente anotados pelo INSS na carteira do


acidentado.

LIVROS DE REGISTRO DE EMPREGADOS:

1. Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos


trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico;

1. A empresa que mantiver empregado não registrado, incorrerá na multa de valor igual
a 30 (trinta) vezes o valor-de-referência regional, por empregado não registrado,
acrescido de igual valor em cada reincidência.

JORNADA DE TRABALHO

• A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada,


não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente
outro limite.
• § 1º - Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos,
observado o limite máximo de dez minutos diários.
• § 2o - O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu
retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de
trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por
transporte público, o empregador fornecer a condução. (Parágrafo incluído pela Lei
nº 10.243, de 19.6.2001.
• Com a nova proposta, esse período de deslocamento não passa a contar como
jornada de trabalho.

Intra-Jornada:

• jornada diária até 4 hs - 0 minuto de descanso

• jornada superior a 4 hs até 6 hs - 15 minutos de descanso.


• jornada superior a 8 hs - 1 h (mínimo) a 2 hs (máximo).

Pausa para o almoço

• Hoje em dia, o intervalo intrajornada – o popular intervalo para o almoço – deve ter
duração de no mínimo uma hora. Com a reforma trabalhista, seria possível estabelecer
em acordo individual ou convenção coletiva uma redução nessa pausa, respeitando um
limite mínimo de 30 minutos de intervalo. O tempo “economizado” no intervalo seria
descontado no final da jornada de trabalho, permitindo que o trabalhador deixe o serviço
mais cedo.

Não sendo computando este intervalo na duração do trabalho

Inter-Jornada:

Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas


para descanso.

Jornada Noturna:

considera-se trabalho noturno o que ocorre na zona urbana entre 22 horas de um dia
e as 5 horas do dia seguinte, na lavoura: entre as 21 horas de um dia e as 5 horas do
dia seguinte e na atividade pecuária: entre as 20 horas de um dia e as 4 horas do dia
seguinte. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% sobre a remuneração normal.
Ao menor de 18 anos é vedado o trabalho noturno.

Considera-se que o trabalho realizado no período noturno, durante 7 horas, equivale


a 8; consequentemente, a hora de trabalho noturno equivale a 52 minutos e 30
segundos, resultado que se obtém multiplicando-se 7 horas por 60 minutos = 420
minutos, e dividindo-se por 8 horas. O cálculo da remuneração leva essa equivalência
em conta, sem prejuízo do adicional noturno devido, de 20%.

Trabalho em regime de tempo parcial:


Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda
a vinte e cinco horas semanais.
o
§ 1 - O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será
proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas
funções, tempo integral.
§ 2o - Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita
mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento
decorrente de negociação coletiva.
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO

Será assegurado a todo empregado um descanso semanal REMUNERADO de 24 (vinte


e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou
necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em
parte.

Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais,
será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro
sujeito à fiscalização.

Se o empregado faltar, injustificadamente, em um dos seis dias que antecedem o


descanso semanal, O empregado continuará a ter direito ao descanso, que é matéria
de ordem social, perdendo, contudo, o direito à remuneração pelo dia de descanso
semanal.

FÉRIAS

1. Férias são um descanso anual remunerado, que devem ser pagas com acréscimo
de 1/3 do salário normal

Requisitos para concessão de FériasPrazo para aquisição de Férias = 12 meses

1. Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho,
o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:

2. I - 30 dias corridos, quando houver tido até 5 faltas;

3. II - 24 dias corridos, quando houver tido de 6 a 14 faltas;

4. III - 18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas;

5. IV - 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas;

6. V - 0 dia , quando houver tido mais de 32 faltas.

7. § 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.

8. § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de
serviço.

9. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de aquisição (01 ano) ,
o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.

10. As faltas justificadas não são consideradas para apuração do período de férias do
empregado. São faltas justificadas:
I - até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,
descendente, irmão;

II - até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento;

III - por 5 dias, em caso de nascimento de filho;

IV - por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de


sangue;

V - até 2 dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor;

VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar;

VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando vestibular;

VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.

Não terá direito a Fériasaquele que faltar mais de 32 vezes durante o período
aquisitivo, bem como ocorrer qualquer das hipóteses elencadas abaixo:

I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias ;

II - permanecer gozando licença, percebendo salários, por mais de 30 dias;

III - deixar de trabalhar, percebendo salário, por mais de 30 dias, em virtude


de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa;

IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-


doença por mais de 6 meses, embora descontínuos.

1. se ocorrer alguma das hipóteses acima, inicia-se novo período aquisitivo.

2. As férias com a reforma:

Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até
três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e
os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.

DO SALÁRIO MÍNIMO
• Art. 76 - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente
pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção
de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época
e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação,
vestuário, higiene e transporte.
• Art. 78 - Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por
tarefa ou peça, será garantida ao trabalhador uma remuneração diária nunca
inferior à do salário mínimo por dia normal da região, zona ou subzona.

• Parágrafo único. Quando o salário-mínimo mensal do empregado a comissão ou


que tenha direito a percentagem for integrado por parte fixa e parte variável, ser-
lhe-á sempre garantido o salário-mínimo, vedado qualquer desconto em mês
subseqüente a título de compensação.

Dos Efeitos da Cessação do Contrato de Trabalho

• Art. 146. Na cessação do contrato de trabalho qualquer que seja a sua causa, será
devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso,
correspondente ao período de férias, cujo direito tenha adquirido.

• Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de


serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá
direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o
art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração
superior a 14 (quatorze) dias

• Art. 147. O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de
trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze)
meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de
férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior.

• Art. 148. A remuneração das férias, ainda quando devida após a cessação do
contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do art. 449.

• Art. 149. A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o


pagamento da respectiva remuneração é contada do término do prazo
mencionado no art. 134 ou se for o caso, da cessação do contrato de trabalho.

DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO


• Art. 155 - Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de
segurança e medicina do trabalho:
I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos
preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200;
II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais
atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o
território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do
Trabalho;
III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das
decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de
segurança e medicina do trabalho.
Art156 - Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de
sua jurisdição:
I - promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do
trabalho;
II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste
Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se
façam necessárias;
III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste
Capítulo, nos termos do art. 201

EMBARGO E INTERDIÇÃO
Tanto o embargo quanto à interdição são medidas extremas e somente usadas
quando algo está muito fora do normal. Ambos são aplicados quando existe o que
chamamos de risco grave e iminente, ou seja, risco de lesão grave a integridade física
do trabalhador ou morte.
Consta na CLT que o Delegado Regional do Trabalho, à vista do documento que é o
laudo técnico que demonstre certa situação, poderá interditar estabelecimento ou
embargar obra

Das Atividades Insalubres ou Perigosas:


Art 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por
sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Art 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações
insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade,
os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo
máximo de exposição do empregado a esses agentes.
Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do
organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos,
irritantes, alérgicos ou incômodos.
Art 191- A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos
limites de tolerância;
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que
diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a
insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou
neutralização, na forma deste artigo.
Art 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de
adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10%
(dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus
máximo, médio e mínimo.
Art 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza
ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou
explosivos em condições de risco acentuado.

PERICULOSIDADE:, ou ainda quem trabalha com energia elétrica. (resumindo, o


trabalhador “pode” morrer rapidamente
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe
seja devido
Do Equipamento de Proteção Individual
Art 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,
equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de
conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam
completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.
Art 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com
a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
DAS NORMAS ESPECIAIS DE TUTELA DO TRABALHO
DOS BANCÁRIOS:
Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias
e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com
exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por
semana. (Redação dada pela Lei nº 7.430, de 17.12.1985)
§ 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará compreendida
entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas, assegurando-se ao empregado, no horário
diário, um intervalo de 15 (quinze) minutos para alimentação. (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de
direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros
cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um
terço) do salário do cargo efetivo. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 754, de
11.8.1969)
Art. 227 - Nas empresas que explorem o serviço de telefonia, telegrafia submarina ou
subfluvial, de radiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica estabelecida para os
respectivos operadores a duração máxima de seis horas contínuas de trabalho por
dia ou 36 (trinta e seis) horas semanais.
§ 1º - Quando, em caso de indeclinável necessidade, forem os operadores obrigados
a permanecer em serviço além do período normal fixado neste artigo, a empresa
pagar-lhes-á extraordinariamente o tempo excedente com acréscimo de 50%
(cinqüenta por cento) sobre o seu salário-hora normal.
§ 2º - O trabalho aos domingos, feriados e dias santos de guarda será considerado
extraordinário e obedecerá, quanto à sua execução e remuneração, ao que
dispuserem empregadores e empregados em acordo, ou os respectivos sindicatos
em contrato coletivo de trabalho.
Art. 228 - Os operadores não poderão trabalhar, de modo ininterrupto, na transmissão
manual, bem como na recepção visual, auditiva, com escrita manual ou datilográfica,
quando a velocidade for superior a 25 (vinte e cinco) palavras por minuto.
Art. 317 - O exercício remunerado do magistério, em estabelecimentos particulares
de ensino, exigirá apenas habilitação legal e registro no Ministério da
Educação. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Art. 318. O professor poderá lecionar em um mesmo estabelecimento por mais de
um turno, desde que não ultrapasse a jornada de trabalho semanal estabelecida
legalmente, assegurado e não computado o intervalo para refeição. (Redação dada
pela lei nº 13.415, de 2017)
Art. 319 - Aos professores é vedado, aos domingos, a regência de aulas e o trabalho
em exames.

Trabalho da mulher
Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que
afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades
estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: (Incluído pela Lei nº 9.799, de
26.5.1999
I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à
idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida,
pública e notoriamente, assim o exigir; (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999)
II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo,
idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da
atividade seja notória e publicamente incompatível; (Incluído pela Lei nº 9.799, de
26.5.1999)
III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante
para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão
profissional; (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999)
IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de
esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; (Incluído pela Lei
nº 9.799, de 26.5.1999)
V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou
aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor,
situação familiar ou estado de gravidez; (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999)
VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou
funcionárias. (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias
que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres,
em particular as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação
profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais de trabalho da
mulher. (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999)
DA PROTEÇÃO À MATERNIDADE
Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher
o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez.
Parágrafo único - Não serão permitidos em regulamentos de qualquer natureza
contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu
emprego, por motivo de casamento ou de gravidez.
Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de
trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado,
garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso
II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Lei
nº 12.812, de 2013)
TRABALHO DO MENOR
Art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de
quatorze até dezoito anos.(Redação dada pela Lei nº 10.097, de 2000)
Parágrafo único - O trabalho do menor reger-se-á pelas disposições do presente
Capítulo, exceto no serviço em oficinas em que trabalhem exclusivamente pessoas
da família do menor e esteja este sob a direção do pai, mãe ou tutor, observado,
entretanto, o disposto nos arts. 404, 405 e na Seção II. (Redação dada pelo Decreto-
lei nº 229, de 28.2.1967
Art. 403. É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo
na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos. (Redação dada pela Lei nº
10.097, de 2000)
Parágrafo único. O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais
à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em
horários e locais que não permitam a frequência à escola. (Redação dada pela Lei nº
10.097, de 2000)
a) revogada; (Redação dada pela Lei nº 10.097, de 2000)
b) revogada.(Redação dada pela Lei nº 10.097, de 2000)
Art. 404 - Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado
este o que for executado no período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5
(cinco) horas.
Art. 405 - Ao menor não será permitido o trabalho: (Redação dada pelo Decreto-lei nº
229, de 28.2.1967)
I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para esse fim
aprovado pelo Diretor Geral do Departamento de Segurança e Higiene do
Trabalho; (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
II - em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade. (Incluído pelo Decreto-lei nº
229, de 28.2.1967)
§ 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia
autorização do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável
à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação
não poderá advir prejuízo à sua formação moral. (Redação dada pelo Decreto-lei nº
229, de 28.2.1967)
§ 3º Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho: (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
a) prestado de qualquer modo, em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos,
cabarés, dancings e estabelecimentos análogos; (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967)
b) em empresas circenses, em funções de acróbata, saltimbanco, ginasta e outras
semelhantes; (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes,
desenhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que
possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral; (Incluída
pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas. (Incluída pelo Decreto-lei nº
229, de 28.2.1967)
Art. 407 - Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo
menor é prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou a sua moralidade,
poderá ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando
for o caso, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de
funções. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Parágrafo único - Quando a empresa não tomar as medidas possíveis e
recomendadas pela autoridade competente para que o menor mude de função,
configurar-se-á a rescisão do contrato de trabalho, na forma do art. 483. (Incluído
pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

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