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EMPREGADO E EMPREGADOR
Conceito de empregado - é toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário. Art. 3º CLT.
Requisitos
Características do empregador
Poderes do empregador
• Advertência: não consta na CLT, foi criada pelos costumes. Pode ser verbal ou
escrita, tem apenas efeito moral, pode ser prevista no regulamento da empresa
ou não. É aplicada para penas leves cometidas pelos empregados. Ex: atrasos,
usar de forma inadequada o uniforme da empresa, etc.
• Suspensão: (art. 474 CLT) a suspensão tem efeito financeiro, através dele, o
empregado perde o dia de trabalho. Não admite a forma verbal, só a escrita,
pelo efeito financeiro que tem. Pode ser dada nas faltas graves cometidas pelo
empregado que não implique na despedida por justa causa imediata.
Tipos de trabalhadores
Autônomo
Características:
Eventual
Características:
• Serviços eventuais: eventual é aquele que presta serviços não habituais à
empresa que o contratou.
• Pode haver pessoalidade: o empregado deve prestar pessoalmente os
serviços, pois o contrato de trabalho é ajustado em função de uma
determinada pessoa.
• Pode haver subordinação: o empregado deve subordinar-se às ordens lícitas
de seu empregador. É subordinado de curta duração, pois enquanto
desenvolve o trabalho se submete às ordens de quem o contratou.
• Preço: não tem proteção jurídica como nas tabelas de honorários, o ganho pelo
trabalho realizado pode variar.
Faxineira que prestar serviços em uma casa 3 vezes por semana não é eventual, há
habitualidade na prestação de serviços, e pode exigir relação de emprego.
É obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que
em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional
remunerada.
a) na data-base;
1. A empresa que mantiver empregado não registrado, incorrerá na multa de valor igual
a 30 (trinta) vezes o valor-de-referência regional, por empregado não registrado,
acrescido de igual valor em cada reincidência.
JORNADA DE TRABALHO
Intra-Jornada:
• Hoje em dia, o intervalo intrajornada – o popular intervalo para o almoço – deve ter
duração de no mínimo uma hora. Com a reforma trabalhista, seria possível estabelecer
em acordo individual ou convenção coletiva uma redução nessa pausa, respeitando um
limite mínimo de 30 minutos de intervalo. O tempo “economizado” no intervalo seria
descontado no final da jornada de trabalho, permitindo que o trabalhador deixe o serviço
mais cedo.
Inter-Jornada:
Jornada Noturna:
considera-se trabalho noturno o que ocorre na zona urbana entre 22 horas de um dia
e as 5 horas do dia seguinte, na lavoura: entre as 21 horas de um dia e as 5 horas do
dia seguinte e na atividade pecuária: entre as 20 horas de um dia e as 4 horas do dia
seguinte. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% sobre a remuneração normal.
Ao menor de 18 anos é vedado o trabalho noturno.
Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais,
será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro
sujeito à fiscalização.
FÉRIAS
1. Férias são um descanso anual remunerado, que devem ser pagas com acréscimo
de 1/3 do salário normal
1. Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho,
o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
8. § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de
serviço.
9. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de aquisição (01 ano) ,
o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.
10. As faltas justificadas não são consideradas para apuração do período de férias do
empregado. São faltas justificadas:
I - até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,
descendente, irmão;
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.
Não terá direito a Fériasaquele que faltar mais de 32 vezes durante o período
aquisitivo, bem como ocorrer qualquer das hipóteses elencadas abaixo:
Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até
três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e
os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
DO SALÁRIO MÍNIMO
• Art. 76 - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente
pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção
de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época
e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação,
vestuário, higiene e transporte.
• Art. 78 - Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por
tarefa ou peça, será garantida ao trabalhador uma remuneração diária nunca
inferior à do salário mínimo por dia normal da região, zona ou subzona.
• Art. 146. Na cessação do contrato de trabalho qualquer que seja a sua causa, será
devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso,
correspondente ao período de férias, cujo direito tenha adquirido.
• Art. 147. O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de
trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze)
meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de
férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior.
• Art. 148. A remuneração das férias, ainda quando devida após a cessação do
contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do art. 449.
EMBARGO E INTERDIÇÃO
Tanto o embargo quanto à interdição são medidas extremas e somente usadas
quando algo está muito fora do normal. Ambos são aplicados quando existe o que
chamamos de risco grave e iminente, ou seja, risco de lesão grave a integridade física
do trabalhador ou morte.
Consta na CLT que o Delegado Regional do Trabalho, à vista do documento que é o
laudo técnico que demonstre certa situação, poderá interditar estabelecimento ou
embargar obra
Trabalho da mulher
Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que
afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades
estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: (Incluído pela Lei nº 9.799, de
26.5.1999
I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à
idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida,
pública e notoriamente, assim o exigir; (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999)
II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo,
idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da
atividade seja notória e publicamente incompatível; (Incluído pela Lei nº 9.799, de
26.5.1999)
III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante
para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão
profissional; (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999)
IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de
esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; (Incluído pela Lei
nº 9.799, de 26.5.1999)
V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou
aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor,
situação familiar ou estado de gravidez; (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999)
VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou
funcionárias. (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias
que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres,
em particular as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação
profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais de trabalho da
mulher. (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999)
DA PROTEÇÃO À MATERNIDADE
Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher
o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez.
Parágrafo único - Não serão permitidos em regulamentos de qualquer natureza
contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu
emprego, por motivo de casamento ou de gravidez.
Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de
trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado,
garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso
II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Lei
nº 12.812, de 2013)
TRABALHO DO MENOR
Art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de
quatorze até dezoito anos.(Redação dada pela Lei nº 10.097, de 2000)
Parágrafo único - O trabalho do menor reger-se-á pelas disposições do presente
Capítulo, exceto no serviço em oficinas em que trabalhem exclusivamente pessoas
da família do menor e esteja este sob a direção do pai, mãe ou tutor, observado,
entretanto, o disposto nos arts. 404, 405 e na Seção II. (Redação dada pelo Decreto-
lei nº 229, de 28.2.1967
Art. 403. É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo
na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos. (Redação dada pela Lei nº
10.097, de 2000)
Parágrafo único. O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais
à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em
horários e locais que não permitam a frequência à escola. (Redação dada pela Lei nº
10.097, de 2000)
a) revogada; (Redação dada pela Lei nº 10.097, de 2000)
b) revogada.(Redação dada pela Lei nº 10.097, de 2000)
Art. 404 - Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado
este o que for executado no período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5
(cinco) horas.
Art. 405 - Ao menor não será permitido o trabalho: (Redação dada pelo Decreto-lei nº
229, de 28.2.1967)
I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para esse fim
aprovado pelo Diretor Geral do Departamento de Segurança e Higiene do
Trabalho; (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
II - em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade. (Incluído pelo Decreto-lei nº
229, de 28.2.1967)
§ 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia
autorização do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável
à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação
não poderá advir prejuízo à sua formação moral. (Redação dada pelo Decreto-lei nº
229, de 28.2.1967)
§ 3º Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho: (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
a) prestado de qualquer modo, em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos,
cabarés, dancings e estabelecimentos análogos; (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967)
b) em empresas circenses, em funções de acróbata, saltimbanco, ginasta e outras
semelhantes; (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes,
desenhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que
possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral; (Incluída
pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas. (Incluída pelo Decreto-lei nº
229, de 28.2.1967)
Art. 407 - Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo
menor é prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou a sua moralidade,
poderá ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando
for o caso, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de
funções. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Parágrafo único - Quando a empresa não tomar as medidas possíveis e
recomendadas pela autoridade competente para que o menor mude de função,
configurar-se-á a rescisão do contrato de trabalho, na forma do art. 483. (Incluído
pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)