Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Análise de
INVESTIMENTOS
C 837a Costa, Luiz Guilherme Tinoco Aboim; Pereira, Agnaldo Santos; Cos-
ta, Luiz Rodolfo Tinoco Aboim / Análise de Investimentos. /
Luiz Guilherme Tinoco Aboim Costa; Agnaldo Santos Pereira; Luiz
Rodolfo Tinoco Aboim Costa — Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2010.
432 p.
ISBN: 978-85-387-1384-5
CDD 658.15
Análise de Investimentos
globalizado, o gestor não tem mais a opção de
repassar aos preços de seus produtos e/ou ser-
viços os custos incorridos de alguma decisão in-
correta. À exceção dos monopólios e oligopólios,
na medida em que a alternativa de repasse dos
custos aos preços finais seja praticada, a veloci-
dade e a disponibilidade da informação, junta-
mente com o crescente nível de conscientização
dos consumidores, constrange imediatamente a
empresa através da queda das vendas.
Adicionalmente, as altas taxas de juros reais
praticadas pelo mercado, associadas às margens
de lucro extremamente reduzidas obtidas hoje
nos negócios e a redução do volume de crédito
disponível para o financiamento das operações,
tornam o domínio dos conceitos de avaliação de
toda e qualquer decisão refletida em um proje-
to de inversão de recursos, uma questão funda-
mental para o profissional de qualquer área de
atuação.
Como, do ponto de vista da decisão geren-
cial, os efeitos positivos e negativos que ocor-
rem o tempo inteiro nos ativos e passivos da
empresa podem ser considerados como proje-
tos de investimento, o correto dimensionamen-
to dos custos envolvidos e da rentabilidade a ser
obtida em uma alternativa qualquer de investi-
mentos, é de fundamental importância para a
empresa, podendo significar a diferença entre o
lucro e o prejuízo, o crescimento sustentado ou
a falência.
Tendo essas questões em mente, nosso ob-
jetivo ao escrever este livro foi apresentar, sob
o ponto de vista eminentemente prático, con-
ceitos e técnicas de cálculo dos custos e da ren-
tabilidade financeira existente em projetos de
investimento e a consequente variação no valor
da empresa a partir desses eventos. Para tanto,
os capítulos foram escritos com o objetivo de
Análise de Investimentos
aumentar o conhecimento do leitor de forma
conceitual e, principalmente, prática, à medida
que sua leitura se desenvolve.
Por ser uma das ferramentas de resolução
mais utilizada pelos profissionais atuantes na
área financeira, alguns exemplos existentes na
apostila contam com a resolução pela HP 12C.
Não é fundamental, no entanto, para o entendi-
mento dos conceitos apresentados, o domínio
da operação da calculadora. Por ser uma fer-
ramenta de auxílio, sua utilização em hipótese
alguma prescinde do conhecimento dos concei-
tos que serão apresentados.
Apresentamos, também, algumas metodo-
logias de determinação do retorno de uma al-
ternativa de investimentos com a utilização do
Excel®. É importante frisar que não é necessário
conhecimento profundo sobre sua utilização ou
sobre qualquer tipo de planilha eletrônica ou
calculadora financeira. O fundamental é o co-
nhecimento dos conceitos. Com eles podemos
utilizar qualquer ferramenta de auxílio para a
determinação do retorno e dos custos financei-
ros envolvidos em qualquer tipo de projeto.
Finalmente, cabe ressaltar que os conceitos e
técnicas apresentados foram fundamentados em
exemplos práticos, acompanhados de suas respec-
tivas resoluções, de forma a capacitar os leitores a
empregar essas técnicas de forma imediata. Incluí
mos também, ao final de cada matéria, textos que
permitem ao leitor aprofundar o conhecimento
obtido durante a leitura de cada capítulo.
Mercado financeiro
Introdução
Originalmente, todas as transações eram realizadas através da simples
troca de bens ou serviços, operação chamada de escambo. Com a evolução
e a complexidade das relações de troca, surgiu a moeda como instrumento
de precificação para a atividade de comprar e vender bens e serviços. A cria-
ção da moeda como ferramenta de valoração, não eliminou a existência de
pessoas com superávit em seus fluxos de caixa e pessoas com déficit.
Como, então, juntar essas pessoas de forma que todos pudessem equili-
brar seus fluxos de caixa através de empréstimos concedidos por aqueles em
posição de superávit e a captação de empréstimos por aqueles com déficit
em seu fluxo? Os instrumentos necessários para viabilizar a resposta a esta
questão geraram o Mercado Financeiro. Embora esses mercados sejam hoje
globalizados, espalhando-se por todos os países e englobando vários tipos
de operações, podemos defini-lo como o “local” onde vários tipos de transa-
ções são realizadas.
Mercado Monetário
Mercado de Crédito
Mercado de Câmbio
Mercado de Capitais
16
Mercado financeiro
o conceito de juros;
17
Mercado financeiro
18
Mercado financeiro
12. estabelecer normas a serem seguidas pelo Banco Central nas transa-
ções com títulos públicos;
19
Mercado financeiro
21
Mercado financeiro
A lei também atribui à CVM competência para apurar, julgar e punir ir-
regularidades eventualmente cometidas no mercado. Diante de qualquer
suspeita a CVM pode iniciar um inquérito administrativo, através do qual re-
colhe informações, toma depoimentos e reúne provas com vistas a identifi-
car claramente o responsável por práticas ilegais, oferecendo-lhe, a partir da
acusação, amplo direito de defesa.
22
Mercado financeiro
Órgãos auxiliares
Autoridades de apoio
Banco do Brasil
O Banco do Brasil é um conglomerado financeiro que atua como banco
múltiplo tradicional, embora opere, em muitos casos, como agente do go-
verno federal. É o principal executor da política oficial de crédito rural.
24
Mercado financeiro
Caixas econômicas
Têm por objetivo principal atuar no Sistema Brasileiro de Poupança e Em-
préstimo e no Sistema Financeiro da Habitação. Além disso, as caixas eco-
nômicas também atuam como bancos comerciais pois captam depósitos à
vista e realizam operações de crédito.
25
Mercado financeiro
Bancos de investimento
Os bancos de investimento são instituições que foram criadas com o obje-
tivo de suprir a necessidade de financiamentos de médio e longo prazo para
capital de giro e/ou de ativos fixos. Os bancos de investimentos não podem
manter contas-correntes. Seus recursos são captados através da emissão de
CDB’s, linhas de crédito do BNDES para repasse, recursos captados no exte-
rior para repasses internos, intermediação na colocação de títulos de dívidas
emitidos por empresas e venda de cotas de fundos de investimentos por eles
administrados.
26
Mercado financeiro
Por outro lado, a representação gráfica da oferta (SS) tem inclinação posi-
tiva já que, quanto maior a taxa de juros, maior será o incentivo dos financia-
dores em emprestar e, quanto menor a taxa de juros, menor será esse incen-
tivo (menor será a quantidade ofertada). No equilíbrio de mercado tem-se
uma taxa de juros (io) e um volume de recursos transacionados (Vo).
SS
Taxa de juros
io
DD
SSo
i1
Taxa de juros
io DD1
DDo
27
Mercado financeiro
FC3 FCn
FC2
FC1
0
Períodos
1 2 3 n (unidades de tempo)
FC0
28
Mercado financeiro
Sabendo que:
29
Mercado financeiro
Montante (M)
Períodos
0 1 2 3 4 n (unidades de tempo)
Principal (P)
Relação fundamental: M= P + J
Taxa de juros
A taxa de juros é o coeficiente que determina o valor dos juros, isto é, a re-
muneração de uma unidade monetária durante um certo período de tempo.
Podemos calcular a taxa de juros i (“i” do inglês interest, que significa juros)
pela relação entre os juros (J) e o principal (P):
i = J / P = (M – P)/P = M/P – 1
Exemplos:
Solução:
30
Mercado financeiro
Solução:
i = J / P = R$1.200,00/R$20.000,00 = 6% ao ano.
Exemplos:
Por outro lado, uma taxa nominal é aquela para a qual a unidade tempo de
referência é diferente da unidade de tempo referente à capitalização.
Exemplos:
Solução:
Temos como taxa nominal a taxa de 28% ao ano e como taxa efetiva a taxa
dada pela relação entre 28% e 12 (número de meses no ano), ou seja,
31
Mercado financeiro
Solução:
Temos como taxa nominal a própria taxa de 16% ao ano e como taxa
efetiva a taxa de 4% ao trimestre (16%/4).
Regime de capitalização
É o nome dado ao processo de formação de capital ao longo do tempo.
32
Mercado financeiro
Principais Ativos
Ativos privados de renda variável
33
Mercado financeiro
34
Mercado financeiro
Atividades de aplicação
1. Um principal de R$12.000,00 é aplicado durante um mês e gera uma
remuneração de R$625,00. Qual foi a taxa de juros mensal cobrada na
operação?
35
Mercado financeiro
a) 3% ao mês.
b) 6% ao trimestre.
c) 12% ao semestre.
d) 120% ao ano.
e) 0,5% ao mês.
f) 0,04% ao dia.
Gabarito
1.
R$12.625,00 = R$12.000 . (1 + i)
i = R$12.625,00/R$12.000,00 – 1
i = 5,20%
2.
R$22.400,00 = R$20.000,00 . (1 + i)
i = R$22.400,00/R$20.000,00 – 1
i = 12,00%
3.
im = 0,32/12
im = 2,67 a.m.
36
Mercado financeiro
4.
a)
te = 0,28/12
te = 2,33 a.m.
b)
te = =0,18/3
te = 6% a.b.
c)
te = 0,22/4
te = 5,50 a.t.
d)
te = 0,194/2
te = 9,70% a.s.
5.
a)
te = 0,03 . 12
b)
te = 0,06 . 4
c)
te = =0,12 . 2
d)
37
Mercado financeiro
e)
te = 0,005 . 12
te = 6,00% a.a. com capitalização mensal
f)
te = =0,0004 . 360
te = 14,40% a.a. com capitalização diária
6.
taxa efetiva mensal = 0,6 / 12
taxa efetiva mensal = 5,00% a.m.
Anexo 1
38
Mercado financeiro
Exemplo:
Exemplo:
11. Armazenar outro valor numa outra memória fixa (2 por exemplo): nú-
mero STO 2.
Exemplos:
2+3=5 2 Enter 3 +
3 x 4 = 12 3 Enter 4 x
15 ÷ 3 = 5 15 Enter 3 ÷
25 – 3 = 22 25 Enter 3 –
34 + 65 – 2 = 97 34 Enter 65 + 2 –
Exemplos:
32 = 9 3 ENTER 2 Yx
39
Mercado financeiro
Exemplo:
Exemplo:
17. Calcular a variação percentual entre dois valores: número Enter novo
número ∆%.
Exemplos:
18. Cálculo do número de dias exatos entre duas datas: função ∆ DYS
Exemplo:
19. Cálculo para determinar uma nova data a partir de uma soma ou sub-
tração em cima de uma data: função g DATE.
Exemplo:
40
Mercado financeiro
Referências
MERCADO de Capitais – Bovespa. Disponível em: <www.bovespa.com.br/Pdf/
merccap.pdf>.
41