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ASPECTOS LEGAIS
ESTRUTURA DE
CAPITALIZAÇÃO
PLANO FINANCEIRO (PARTE II)
APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Entender a composição do conjunto demonstrativo de resultados empresariais;
• Estruturar procedimentos para avaliação de resultados empresariais;
• Interpretar os indicadores de viabilidade econômico-financeira de um empreendimento.
Exemplos:
VENDAS MENSAIS
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Produto 1 12.350 12.350 12.350 12.350 12.350 12.350 12.350 14.710 14.710 14.710 14.710 14.710 14.710
Produto 2 7.880 7.880 7.880 7.880 7.880 10.035 10.035 10.035 10.035 10.035 10.035 10.035 10.035
Serviço 1 9.444 9.444 9.444 9.444 9.444 12.730 12.730 12.730 12.730 12.730 12.730 12.730 12.730
Total Vendas 30.674 30.674 30.674 30.674 30.674 35.115 35.115 37.745 37.745 37.745 37.745 37.745 37.745
CUSTOS VARIÁVEIS
São aqueles custos cujos valores variam proporcionalmente às vendas realizadas, ou ao
volume de produção da empresa, dentro de um determinado período. Podem ser facilmen-
te apropriados, com certa precisão, aos departamentos da empresa.
O controle de realização dos seus valores é de responsabilidade dos gestores dos depar-
tamentos. Os maiores componentes desses custos geralmente são:
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
É o valor resultante da receita total de vendas menos os custos variáveis. A margem de
contribuição representa o quanto à empresa tem para pagar as despesas fixas e gerar o
lucro líquido.
A margem de contribuição pode ser expressa também em percentagem (%), por exemplo:
Preço de Venda = R$ 20,00 (100%) - Custo das Mercadorias Vendidas = R$ 12,00 (60%)
- Despesas Variáveis = R$ 2,00 (10%) = Margem de Contribuição = R$ 6,00 (30%).
O resultado dessa operação de cálculo também pode ser denominado de margem bruta,
sendo um dos melhores indicadores de produtividade. Se compararmos duas empresas
de mesma atividade, aquela que tiver maior margem bruta será a mais produtiva, seja por
eficiência nos processos, ganho de escala, estrutura de custos, etc.
LUCRO
LUCRO BRUTO
LUCRO LÍQUIDO
Equivale ao lucro bruto menos as deduções de imposto de renda e de outras taxas que a
empresa tenha que pagar. Lucro Líquido = Lucro Bruto – impostos e taxas.
O lucro operacional é igual às receitas totais das operações menos os respectivos custos
totais. Lucro Operacional = RT – CT.
RECEITA DE VENDAS
(-) Impostos
(-) Deduções
(=) MARGEM DE
CONTRIBUIÇÃO
PRODUÇÃO – INDIRETOS
ADMINISTRATIVOS
COMERCIAIS
FOLHA DE PAGAMENTO +
ENCARGOS SOCIAIS
RESULTADO OPERACIONAL
Receitas Financeiras
Juros de Financiamentos
RESULTADO ANTES IR
LUCRO LÍQUIDO
Obs.:
No caso de empresas de serviços, substituir “Matérias-primas” por “Custo dos Serviços
Vendidos”;
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre a temática fluxo de caixa acesse o arquivo planilha típica de fluxo de
caixa diário, disponível no ambiente complementos do conteúdo.
Boa leitura!
Indicadores de viabilidade
Os Indicadores de Viabilidade propõem uma análise de investimentos de
um novo negócio com o objetivo de avaliar os riscos desse negócio e
sua rentabilidade.
PONTO DE EQUILÍBRIO – PE
Receita
Custo Total
Lucro
R$
Pe R$
Custo Variável
Prejuízo
Custo Fixo
Pe Qtde.
Conforme se pode observar na figura acima, o Ponto de Equilíbrio é o ponto onde a linha
da Receita cruza com a linha do custo total. Para se calcular o Ponto de Equilíbrio, neces-
sário se faz é o conhecimento do conceito que estudamos anteriormente sobre Margem
de Contribuição.
RECAPITULANDO
Recapitulando, Margem de Contribuição, nada mais é do que os resultados positivos, obtidos
através da Receita, menos os Custos Variáveis, e que deverá ser igual aos Custos Fixos para
que se chegue ao Ponto de Equilíbrio.
Então, o Ponto de Equilíbrio pode ser calculado tanto em valores monetários como em
quantidade a ser vendida:
a. Ponto de Equilíbrio em valores monetários:
Exemplo:
• Valor total das despesas fixas = R$ 5.000,00;
• % margem de contribuição = 30%;
• Ponto de Equilíbrio: R$ 5.000,00 / 30% = R$ 16.666,67.
Valor total das despesas fixas, dividido pelo valor da margem de contribuição.
Exemplo:
• Valor das despesas fixas = R$ 5.000,00;
• Valor da margem de contribuição = R$ 6,00;
• Ponto de Equilíbrio em quantidade: R$ 5.000,00 / R$ 6,00 = 833 unidades.
Para as micro e pequenas empresas a Lucratividade varia entre 5% a 10% para indústria
e comércio. No caso de prestadoras de serviços ficam em torno de 15% a 20%. Para
análise correta da lucratividade, as considerações são as seguintes:
Normalmente os lucros gerados por uma empresa revelam três situações distintas:
Uma empresa que esteja gerando recursos para sobreviver e crescer deve observar o seguinte:
RENTABILIDADE (%)
PAYBACK
O Payback é o método mais simples de avaliação de investimento e é definido
como sendo o número de meses ou anos, dependendo da escala utilizada,
necessários para que o desembolso correspondente ao Investimento Inicial
seja recuperado. Um investimento significa uma saída imediata de dinheiro.
Em contrapartida se espera receber fluxos de caixa que visem recuperar
essa saída. O Payback calcula quanto tempo isso irá demorar.
0 (124.748,00) 0
1 (100.148,00) 24.600,00
2 (63.248,00) 36.900,00
3 (19.848,00) 43.400,00
4 29.352,00 49.200,00
5 78.552,00 49.200,00
6 127.652,00 49.100,00
7 176.752,00 49.100,00
8 225.852,00 49.100,00
PAYBACK = + / - 3 ANOS E 6 MESES
O dinheiro possui seu valor alterado conforme o momento em que estamos utilizando-o.
Para se ter uma análise mais precisa sobre se o projeto deve ser feito ou não, precisamos
conhecer uma relação entre o poder do dinheiro no presente com o poder do dinheiro no
futuro.
Cn
C1
C2
C4
C3
0 1 2 3 4 ... n
C0
Então, o valor presente líquido é o valor dos fluxos financeiros trazidos à data zero. Como
exemplo, consideremos valores de fluxo de caixa, ao longo de um período de tempo,
trazidos à data zero, sendo visualizados da seguinte forma:
450
300 300 250
0 1 2 3 4 5 6 7
1000
Através da figura acima podemos visualizar algumas operações. Existem fluxos de caixa
positivos e negativos a diferentes datas distintas. Vamos considerar que o fluxo de caixa
seja o comportamento de consumo e ganhos de uma determinada pessoa. Como saber
se ela está gastando mais ou arrecadando mais?
O VPL nada mais é do que uma aplicação de juros compostos. A fórmula geral de juros
compostos é: VF = VP x (1+i)n onde:
• VF = Valor futuro
• VP = Valor Presente
• i = Taxa de Juros
• n = Nº de Períodos
VF n VP Saldo
1000 0 -1000 -1000
300 1 294,11 -705,89
300 2 288,35 -417,54
350 3 -329,81 -747,35
450 4 415,73 -331,62
100 5 -90,57 -422,19
100 6 -88,79 -510,98
250 7 217,64 -293,34
Podemos ver que a soma dessas operações (todas trazidas à data zero) fez com que o
saldo desse um valor negativo. A soma de todos esses fluxos trazidos a uma data comum
é chamada de Valor Presente Líquido. O Valor Presente Líquido nesse caso é de -293,34,
ou seja, a pessoa que efetuou essas operações gasta mais do que arrecada, ainda que as
operações tenham sido feitas em épocas distintas.
OU = VPL = Co + ∑ ___Cn___
n=1 (1+ i)ⁿ
Onde:
• C0 é o fluxo de caixa feito na data zero. (Que no caso acima era de -1000)
• Cn é o fluxo de caixa feito no período n
• n é o número do período em que foi feito determinado fluxo
• i é a taxa de juros corrente ao período n
• Não se importa com o tempo de duração do projeto seja ele de um, de mil ou de
infinitos períodos. Seu enfoque é apenas no valor presente do montante resultante
dos descontos dos pagamentos futuros;
• Não é muito indicado em ambientes de risco. Alguns autores defendem que o VPL
pode ser trabalhado com risco, para tanto basta embutir na taxa de juros um prêmio
para esse risco, mas avaliar esse prêmio torna-se impraticável uma vez que o VPL
não considera o tempo da aplicação.
Usando o VPL para tomar decisões do tipo “aceitar-rejeitar”, adota-se o seguinte critério:
se o VPL for maior que zero, aceita-se o projeto; se o VPL for menor que zero, rejeita-se
o projeto. Se o VPL for maior que zero, a empresa obterá um retorno maior do que seu
custo de capital. Com isto, estaria aumentando o valor de mercado da empresa e, conse-
qüentemente, a riqueza dos seus proprietários.
A TIR, em outras palavras, é a taxa de desconto que faz com que o VPL de
uma oportunidade de investimento iguale-se a zero (já que o valor presente
das entradas de caixa é igual ao investimento inicial).
O uso da TIR deve servir para comparações com a com a taxa mínima de atratividade
definida pelo investidor. Esta taxa mínima de atratividade é a taxa correspondente à
melhor remuneração que poderia ser obtida com o emprego do capital em um investimen-
to alternativo. Em resumo:
• Se a taxa de retorno for maior que a taxa de juros do mercado, é rentável fazer o
investimento;
• Se a taxa de retorno for menor que a taxa de juros do mercado, não é rentável fazer
o investimento;
• Quando a taxa de retorno se equivale à taxa de juros do mercado, o investimento é
indiferente, pois a rentabilidade é nula.
$0 = Co + ∑ ___Cn___
n=1 (1+ TIR)ⁿ
Os cálculos de VPL e da TIR podem ser feitos manualmente, mas para torná-los
mais eficientes pode-se recorrer a uma calculadora financeira sofisticada do tipo
HP-12C, ou a Texas BA-35. Com essas calculadoras você simplesmente insere os
fluxos de caixa, juntamente com o custo de capital, para achar o VPL, ou apenas os
fluxos de caixa para o cálculo da TIR.
Referências
ACADEMIA NACIONAL DE POLÍCIA. Inteligência Policial, 3 edição – Brasília – 2006.
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