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Junho|2022
Fundação
Dom Cabral
Esta estudo foi realizado pelo FDC Médias Empresas, Mais que um centro de excelência, somos um
um núcleo inteiramente dedicado ao desenvolvimento organismo vivo e dinâmico criado para apoiar clientes
de pesquisas, estudos, conteúdos, análises, artigos, com soluções educacionais, intervenções e legado de
indicadores e soluções para diferentes desafios das conhecimento para seu negócio.
Médias Empresas. Vamos muito mais além de interpretação de
tendências e formulações estratégicas.
Os fatores chaves que impactam
na tomada de decisões
Este estudo exclusivo, foi concebido e Nosso conteúdo foi estruturado de maneira a
desenvolvido a partir de uma visão ampliada e indicar o desempenho das Médias Empresas
estendida da economia brasileira, levando em durante os dois anos mais críticos das
conta os impactos da Covid-19 no ambiente de restrições impostas pela Covid-19.
negócios, tendo as Médias Empresas como foco.
Passado o momento mais crítico e, agora, com um certo distanciamento do que foi a maior crise
sanitária dos últimos 100 anos, é possível ter uma visão em perspectiva sobre o que a pandemia
efetivamente representou para os negócios das Médias Empresas.
2020 2021
R$ 127,16
R$ 150,00 R$ 120,18
R$111,36
R$93,52
R$78,98 R$77,47
R$ 100,00
EMPRESAS
MÉDIAS
R$ 50,00
R$ -
Comércio Indústria Serviços
(Milhões) (Milhões) (Milhões)
Fonte: Atlas e EMIS
• A RECEITA LÍQUIDA na indústria e no setor de serviços manteve-se crescente ao longo dos 2 anos (7,92% e 20,71%,
respectivamente), mas no comércio das médias empresas houve queda de 37,89% entre 2020 e 2021.
• Dado que o cenário de inflação está persistindo, pode-se inferir que um percentual maior da receita se deu por
preços e não por volume.
Boa gestão de custos e despesas foram fundamentais
• Um dos mais utilizados indicadores de eficiência operacional de uma empresa é o conhecido EBITDA (do inglês “Earnings Before
Interest, Tax, Depreciation and Amortization”.
• De forma bem simplificada esse indicador é o resultado de: RECEITA LÍQUIDA – CUSTOS – DESPESAS.
2020 2021
Comércio Indústria Serviços
R$ 50,00
R$ 40,00
R$ 30,00 R$ 38,52
R$ 28,84
R$ 20,00 R$ 9,17 R$ 20,27
R$ 11,85 R$ 25,50
R$ 10,00
9,32% 11,60% 18,20% 24,00% 32,91% 41,20%
R$ -
$ % $ % $ % $ % $ % $ %
Ebitda Milhões Margem Milhões Margem Milhões Margem Milhões Margem Milhões Margem Milhões Margem
Fonte: Atlas e EMIS
• Mesmo o comércio, que teve queda de receita líquida, apresentou crescimento na MARGEM EBITDA.
• Interessante destacar o quão robustas ficaram em 2021 as margens EBITDA de serviços (41,20%) e de indústria (24,00%).
• Dentre as prováveis razões para essa melhoria podemos destacar: melhor gestão de compras, melhores negociações com
fornecedores, capacidade (ainda que não total) de repasse em preços dos aumentos dos custos, e maior controle de despesas (por
exemplo, em muitas médias empresas as áreas administrativas ainda continuam, se não na totalidade, em grande parte no sistema
“home-office”, o que reduz custos com alimentação, transportes, locação, manutenção, telefonia, energia, etc)
E como ficou a última linha do balanço em 2020 e 2021?
• A primeira e mais relevante observação é que os três setores auferiram lucros líquidos nos 2 últimos anos, mesmo com todas as adversidades.
• Especificamente no quesito lucro líquido o único setor a apresentar QUEDA na margem líquida foi a indústria. Mesmo o setor de comércio,
com queda em receita líquida, obteve maior margem líquida em 2021 frente a 2020.
2020 2021
Comércio Indústria Serviços
R$ 50,00
R$ 40,00
R$ 30,00
R$ 4,31 R$ 4,87 R$ 8,07 R$ 7,65 R$ 7,12 R$ 14,75
R$ 20,00
R$ 10,00
3,39% 6,16% 7,25% 6,36% 9,19% 15,78%
R$ -
$ % $ % $ % $ % $ % $ %
Lucro Liquido Milhões Margem Milhões Margem Milhões Margem Milhões Margem Milhões Margem Milhões Margem
Fonte: Atlas e EMIS
• Tivemos um aumento forte na taxa básica de juros (SELIC), o que pode ter impactado médias empresas com maiores volumes de endividamento
(despesas financeiras). O setor industrial, intensivista em capital, requer constantes investimentos (“CAPEX”), e pode ter sentido redução no lucro
líquido tanto pelo efeito da depreciação e amortização como também de juros.
Os impactos no Comércio
• Chamou a atenção da equipe a relevante queda na RECEITA LÍQUIDA do comércio entre 2020 e 2021. Justamente quando as
restrições foram abrandadas, e lojas foram reabertas.
• Dentre as supostas razões, pode-se citar a redução do AE (Auxílio Emergencial) e o efeito da inflação na renda da população, com
queda no PIB per Capita.
• Por outro lado, fica o registro da RECUPERAÇÃO da lucratividade, tanto através do EBITDA como do LUCRO LÍQUIDO.
2020 2021
R$ 150,00 R$ 127,16
R$78,98
R$ 100,00
COMÉRCIO
R$ 11,85 R$4,87
R$ 50,00 R$9,17 R$ 4,31
2020 2021
R$ 150,00 R$ 120,18
R$ 111,36
R$ 100,00
INDÚSTRIA
R$ 28,84 R$ 7,65
R$ 50,00 R$ 20,27 R$ 8,07
2020 2021
R$ 100,00
R$ 77,47 R$ 93,52
R$ 80,00
SERVIÇOS
R$ 60,00
R$ 38,53
R$ 40,00 R$ 25,50
R$ 7,65
R$ 8,07
R$ 20,00
32,91% 41,20% 9,19% 15,78%
R$ -
Receita Líquida Ebitda Lucro Líquido Ebitda Lucro Líquido
($ Milhões) ($ Milhões) ($ Milhões) (% Margem) (% Margem)
Fonte: Atlas e EMIS
Alguns Insights
Não resta dúvidas que vivemos de 2020 para cá um novo cenário econômico e financeiro.
As lógicas financistas que tínhamos até então (por exemplo, relativa tranquilidade nas cadeias de fornecimento e
suprimento) foram alteradas e ainda não há um cenário claro de como será de agora em diante.
A nunca extinta mas “controlada” inflação está assolando e assustando o mundo inteiro, o os reflexos são, além dos óbvios
aumentos em insumos e matérias primas, a transferência destes incrementos de custos e despesas no preço dos produtos e
serviços, retroalimentando assim esse risco.
O que conseguimos perceber neste estudo, foi que as médias empresas administraram de forma bastante saudável o
desafio da gestão de custos e despesas, aumentando a margem EBITDA nestes 2 anos desafiadores.
Além disso, e talvez mais relevante, na amostra de mais de 2.700 médias empresas analisadas nos três setores foi a margem
líquida positiva, mesmo com queda de receita no setor de comércio e ligeira redução da margem líquida na indústria.
Desenvolvimento para desafios acima da média
Tomar decisões em um ambiente exponencialmente complexo tem sido um desafio a mais para as Médias Empresas. Muito
mais que o envolvimento direto dos principais executivos, o maior estímulo é como desenvolver a empresa em todas as suas
frentes.
Sejam acionistas, sejam sucessores, sejam líderes, o desenvolvimento continuado de pessoas está no centro das
preocupações para garantir perenidade e crescimento sustentável. Na prática, o foco está sempre em alinhar cultura e
performance para uma gestão eficaz.
Se o desafio está em implementar ferramentas práticas de gestão, novos processos para apoiar o desempenho e um
aprendizado por meio da troca de experiências, as Médias Empresas podem contar com o PAEX – Parceria para Excelência.
As intervenções com transferência de conhecimento geram autonomia às equipes de alta performance, capazes de
endereçar as demandas de crescimento imediato sem perder a visão de longo prazo.
A transformação digital nos últimos anos também trouxe um novo modelo em que a colaboração e a geração de valor
compartilhado colocam fornecedores e clientes como protagonistas de uma mesma cadeia de valor. Nesse sentido, articular-se
entre esses dois mundos, somar esforços, explorar sinergias e potencializar expertises é um fator competitivo imprescindível. Com
o REDES – Desenvolvimento da Cadeia de Valor, as Médias Empresas alcançam tanto a velocidade das pequenas quanto a solidez
das grandes na hora de se posicionarem.
Quando o assunto diz respeito a empresas familiares, novos desafios ganham destaque. Além dos obstáculos de mercado – cada
vez mais competitivo –, há o compromisso de preservar o DNA e o legado dos fundadores, mirar na longevidade e manter a
coesão familiar. Assim, com a Jornada da Família Empresária, é possível focar no desenvolvimento da governança, dos acordos e
protocolos, além da preparação da carreira dos sucessores, para criar as bases de um futuro com prosperidade e harmonia.
O olhar para a preservação do negócio e do patrimônio também pesa nas decisões com impactos de curto, médio e longo prazos.
Nessa perspectiva, o PDA – Programa de Desenvolvimento de Acionistas e Famílias Empresárias envolve toda a família,
agregando à governança e à sucessão uma visão aguçada, e necessária, sobre relacionamento.
Para os diferentes desafios e graus de maturidade, há a necessidade de metodologias que reforçam a educação executiva como
um instrumento de evolução permanente para empresas que não param de crescer.