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Livro Eletrônico

Aula 07

Contabilidade de Custos e Gerencial p/ PETROBRAS (Contador Júnior)

Professor: Gilmar Possati

09307639710 - Frederico Martins dos Santos


# Contabilidade de Custos e Gerencial p/ Petrobrás #
Contador Júnior Aula 7

AULA 7: Mensuração e avaliação de desempenho: EVA e


ROI. Preço Interno de Transferência. Relatório por
Segmento de Negócios.

Sumário

1. Mensuração e Avaliação de Desempenho 2


2. Questões comentadas 12
3. Resumo 26
4. Lista das Questões Apresentadas 19
5. Gabarito 22

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# Contabilidade de Custos e Gerencial p/ Petrobrás #
Contador Júnior Aula 7

Mensuração e avaliação de desempenho: EVA e ROI

Segundo Assaf Neto e Lima 1 (2010), o Valor Econômico Agregado


(Economic Value Added – EVA em inglês) é uma medida de criação de valor
identificada no desempenho operacional da própria empresa, conforme
retratado pelos relatórios financeiros. Indica se a empresa está sendo capaz
de cobrir todos os seus custos e despesas, inclusive o custo de capital
próprio, e, com isso, gerar riqueza aos seus acionistas.

A ideia do EVA é o seguinte: como sabemos os negócios empresariais


possuem o objetivo de gerar lucro. Para tanto, a empresa precisa cobrir o
seu custo de capital, ou seja, o seu custo de oportunidade dos seus
investimentos. Nesse sentido, se o resultado for inferior a esse custo, temos
um prejuízo econômico. Por outro lado, um resultado superior a esse custo
revela um lucro econômico, vale dizer, gera agregação de valor.

Portanto, o EVA é o resultado de uma empresa que sobra após a dedução


do custo do capital próprio como despesa.

EVA positivo  evidencia criação de valor ao acionista


EVA negativo  evidencia “destruição” de valor ao acionista

Observe que o EVA é uma medida de lucro econômico, englobando o


conceito de lucro contábil e o custo do capital investido.

Formas de Cálculo do EVA

O cálculo do EVA pode ser determinado a partir do lucro operacional ou do


lucro líquido. Essa é a forma mais simples e com ela conseguimos resolver
a grande maioria das questões.

EVA = Lucro Operacional – Custo Total de Capital


ou
EVA = Lucro Líquido – Custo Total de Capital

O Custo Total de Capital da empresa é determinado pelo custo de cada


fonte de financiamento (próprias e de terceiros) selecionada pela empresa

1
ASSAF NETO, Alexandre; LIMA, Fabiano Guasti. Fundamentos de Administração Financeira. São Paulo:
Atlas, 2010.

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e multiplicada pelo capital investido na geração de receitas operacionais.


Segundo Assaf Neto e Lima, representa, em essência, o custo de
oportunidade do capital aplicado por credores e acionistas como forma de
compensar o risco assumido no negócio.

O cálculo do EVA pode também ser desenvolvido por meio do custo médio
ponderado de capital (WACC), definido como o retorno mínimo exigido
por credores e acionistas. O WACC é determinado pela ponderação de cada
fonte de financiamento com seu respectivo custo.

O EVA pode, ainda, ser apurado mediante uma formulação mais analítica:

VEA = (ROI – WACC) x Investimento

Em que:

ROI = Retorno sobre o Investimento = Lucro Operacional/ativo total

Importância do EVA

Segundo Assaf Neto e Lima, a medida de valor agregado é importante


porque, entre outras contribuições relevantes, associa o custo de
oportunidade do capital ao investimento realizado, ressaltando a eficácia
da administração. Empresas que convivem com uma gestão baseada no
valor têm uma visão mais direcionada à concepção dos negócios, à
continuidade do empreendimento e ao objetivo de maximização da riqueza
de seus acionistas.

Vejamos um exemplo básico:

A empresa “Manda Brasa” apresentou as seguintes informações financeiras


em determinado período:

Capital Total Investido R$ 100.000,00


Custo de Capital 10%

Qual o resultado mínimo desejado pelos investidores da empresa?

Veja que nesse caso o resultado mínimo esperado é de R$ 10.000,00. A


partir desse valor a empresa terá um EVA e criará valor aos seus acionistas.
Por outro lado, qualquer valor abaixo disso estará “destruindo” valor em

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razão do EVA negativo. Veja, por exemplo, se a empresa apurar um lucro


de R$ 5.000,00. Nesse caso, mesmo apurando um resultado positivo, o
valor não é suficiente para remunerar o risco (custo de oportunidade) do
investimento.

Cabe destacar que o EVA está relacionado ao conceito de lucro residual.


Na verdade o EVA é uma das formas mais modernas de mensurar o lucro
residual, tendo em vista que o conceito de lucro residual existe há muito
tempo (1890, segundo a literatura). Algumas questões de concursos já
exigiram essa relação, conforme veremos nas questões comentadas. Para
fins de concurso, podemos considerar EVA como sinônimo de lucro residual.
Isso basta para acertarmos as questões.

O lucro residual (EVA) é um importante instrumento de mensuração ao


indicar que a empresa deve se preocupar não somente com o crescimento
dos lucros, mas também com o retorno que proporciona sobre o capital
empregado. Caso a empresa se concentre apenas com o crescimento dos
lucros, pode ocorrer uma destruição de valor para os acionistas se os
retornos oferecerem taxas menores que as do custo de capital.

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Preço Interno de Transferência

Segundo a doutrina, o preço de transferência é um valor definido em


termos monetários para registrar as transferências de bens e serviços
realizadas entre os centros de responsabilidade de uma empresa ou entre
empresas de um grupo.

O preço de transferência interno é utilizado entre filiais, centros de


responsabilidade e departamentos de uma mesma organização.

Assim, por exemplo, imagine que a empresa X produza matéria-prima para


==dddab==

a empresa Y, sendo que ambas pertencem ao mesmo grupo empresarial.


Nesse caso, o preço de venda desse produto é denominado de preço interno
de transferência.

Basicamente, o preço interno de transferência possui os seguintes


objetivos:

a) Proporcionar a cada segmento a informação relevante necessária para


permitir avaliações entre incorrer em custos da empresa e obter receitas;

b) Induzir a decisões com congruência de objetivos, isto é, o sistema deve


ser projetado de forma que as decisões que aumentam os lucros da unidade
aumentem também os lucros da empresa (maximização do lucro);

c) Contribuir para a avaliação do desempenho econômico de todos os


centros de lucro.

Métodos de determinação do preço de transferência interna

Para facilitar seu estudo elaboramos o quadro-resumo abaixo que filtra


somente o necessário para enfrentar alguma exigência sobre o assunto.

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Método Características
 Só é válido quando existe competição no mercado;
 O valor a ser praticado é o valor de mercado;
Preço de
 Possui as seguintes variações:
transferência
baseado no
(i) Preços de mercado externo (ajustado);
mercado
(ii) Valor realizável de mercado.

 Utilizado quando os preços de mercado não estão disponíveis;


 É determinado pela somatória dos custos fixos e custos variáveis alocados
de forma direta ou indireta aos produtos/serviços;
 Tendo por base os custos, as formas mais correntes de fixar os preços de
transferência interna são:

(i) Custo Real: determinação do preço em função dos custos efetivamente


Preço de suportados para produzir o bem ou o serviço; Não é recomendado pela
transferência doutrina, pois não permite a obtenção de lucro.
baseado em (ii) Custo Padrão: possui o objetivo de fixar uma base de comparação entre
custos o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido; requer
acompanhamento constante e revisão destes custos; necessita atribuir
metas de eficiência.
(iii) Custo Padrão com margem: possui o objetivo de impedir a transferência
de ineficiência entre as partes relacionadas; incorpora o aspecto
motivacional; e permite criar um espírito mais empresarial entre os centros
fornecedores e clientes.

 Preço ajustado (acordado) entre a divisão que está comprando e a divisão


que está vendendo;
Preço de
 Permite autonomia das divisões;
transferência
 É coerente com o espírito de descentralização;
negociado
 Fornece aos gestores melhores informações sobre os custos e benefícios
potenciais da transferência na empresa.
Preço de  É utilizado quando não há um preço de mercado preciso para certo
transferência produto/serviço ou quando há um comprador exclusivo.
administrado
Preço de  É o modelo no qual o valor dos produtos e serviços transacionados entre as
transferência unidades deveria refletir o valor do benefício possível de ser auferido na
baseado no melhor alternativa econômica de obtenção dos bens e serviços demandados.
custo de
oportunidade

Veja como o assunto já foi explorado em prova.

1. (CESGRANRIO/Analista de Gestão Corporativa/EPE/2012) Preços


internos de transferência da empresa, entre departamentos, ou externos,
entre partes relacionadas, têm como objetivo a avaliação do desempenho
e a maximização do lucro do grupo, como um todo. Para que isso ocorra,
existem técnicas específicas a serem aplicadas para estabelecer os aludidos
preços de transferência.

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A técnica aplicada, que visa a impedir a transferência de ineficiência entre


as partes relacionadas, é a do:

a) custo mais margem


b) custo padrão mais margem
c) preço de mercado
d) preço de mercado ajustado
e) preço de venda menos margem

Conforme estudamos, é o custo padrão com margem que possui o objetivo


de impedir a transferência de ineficiência entre as partes relacionadas;
incorpora o aspecto motivacional; e permite criar um espírito mais
empresarial entre os centros fornecedores e clientes.

Gabarito: B

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Relatório por Segmento de Negócios.

Pessoal, nesse ponto creio que basta você saber o básico do que está
disposto no CPC 22 – Informações por Segmento. Não é um assunto
explorado em provas, afinal não encontramos nenhuma exigência em
prova. Assim, não precisamos entrar em detalhes.

Princípio Básico

O princípio básico da divulgação por segmento de negócio é divulgar


informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis (dos
relatórios) avaliarem a natureza e os efeitos financeiros das atividades de
negócio nos quais está envolvida e os ambientes econômicos em que opera.

Nos termos do CPC 22, um segmento operacional é um componente de


entidade:

a) que desenvolve atividades de negócio das quais pode obter receitas e


incorrer em despesas (incluindo receitas e despesas relacionadas com
transações com outros componentes da mesma entidade);
b) cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo principal
gestor* das operações da entidade para a tomada de decisões sobre
recursos a serem alocados ao segmento e para a avaliação do seu
desempenho; e
c) para o qual haja informação financeira individualizada disponível.

* A expressão “principal gestor das operações” identifica uma função, não


necessariamente um gestor com título específico. Essa função é alocar recursos e avaliar
o desempenho dos segmentos operacionais da entidade. Frequentemente, o principal
gestor das operações da entidade é o seu presidente ou o diretor de operações, mas pode
ser, por exemplo, um grupo
de diretores executivos ou outros.

Um segmento operacional pode desenvolver atividades de negócio cujas


receitas ainda serão obtidas. Por exemplo, as operações em início de
atividade podem constituir segmentos operacionais antes da obtenção de
receitas.

O CPC 22 destaca que nem todas as partes da entidade constituem,


necessariamente, segmento operacional ou parte de segmento operacional.

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Por exemplo, a sede corporativa ou alguns departamentos funcionais


podem não obter receitas ou podem obter receitas que sejam apenas
ocasionais em relação às atividades da entidade e não são segmentos
operacionais. Além disso, os planos de benefícios pós-emprego de entidade
não constituem segmentos operacionais.

Pessoal, vale destacar que nem todos os segmentos operacionais são


“divulgáveis”, ou seja, apresentam informações qualificadas para a
divulgação em relatórios/demonstrações contábeis.

Segundo o CPC 22, a entidade deve evidenciar separadamente informações


sobre cada segmento operacional que:

a) tenha sido identificado (conforme alguns requisitos previstos no


Pronunciamento) ou que resulte da agregação de dois ou mais desses
segmentos; e

b) supere os parâmetros quantitativos destacados a seguir.

Parâmetros Mínimos Quantitativos

Segundo o CPC 22, a entidade deve divulgar separadamente as


informações sobre o segmento operacional que atenda a qualquer um dos
seguintes parâmetros:

a) sua receita reconhecida, incluindo tanto as vendas para clientes externos


quanto as vendas ou transferências intersegmentos, é igual ou superior a
10% da receita combinada, interna e externa, de todos os segmentos
operacionais;

b) o montante em termos absolutos do lucro ou prejuízo apurado é igual


ou superior a 10% do maior, em termos absolutos, dos seguintes
montantes:
(i) lucro apurado combinado de todos os segmentos operacionais que não
apresentaram prejuízos; e
(ii) prejuízo apurado combinado de todos os segmentos operacionais que
apresentaram prejuízos;

c) seus ativos são iguais ou superiores a 10% dos ativos combinados de


todos os segmentos operacionais.

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De qualquer forma, o CPC 22 informa que os segmentos operacionais que


não atinjam quaisquer dos parâmetros mínimos quantitativos podem ser
considerados divulgáveis e podem ser apresentados separadamente se a
administração entender que essa informação sobre o segmento possa ser
útil para os usuários das demonstrações contábeis.

Divulgação

Segundo o CPC 22, a entidade deve divulgar informações que permitam


aos usuários das demonstrações contábeis avaliarem a natureza e os
efeitos financeiros das atividades de negócio em que está envolvida e os
ambientes econômicos em que opera.

Nesse sentido, a entidade deve divulgar as seguintes informações em


relação a cada período para o qual seja apresentada demonstração do
resultado abrangente:

a) as informações gerais descritas a seguir;

b) informações sobre o lucro ou prejuízo reconhecido dos segmentos,


incluindo as receitas e as despesas específicas que compõem o lucro ou o
prejuízo desses segmentos, os respectivos ativos, os passivos e as bases
de mensuração;

c) conciliações das receitas totais dos segmentos, do respectivo lucro ou


prejuízo, dos seus ativos e passivos e outros itens materiais com os
montantes correspondentes da entidade, em conformidade com o item 28.

Informações Gerais

Nos termos do CPC 22, a entidade deve divulgar as seguintes informações


gerais:

a) os fatores utilizados para identificar os segmentos divulgáveis da


entidade, incluindo a base da organização (por exemplo, se a administração
optou por organizar a entidade em torno das diferenças entre produtos e
serviços, áreas geográficas, ambiente regulatório, ou combinação de
fatores, e se os segmentos operacionais foram agregados);

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b) os julgamentos feitos pela administração na aplicação dos critérios de


agregação dos segmentos. Isto inclui breve descrição dos segmentos
operacionais que tenham sido agregados dessa forma e os indicadores
econômicos que foram avaliados na determinação de que segmentos
operacionais agregados tenham características econômicas semelhantes; e

b) tipos de produtos e serviços a partir dos quais cada segmento divulgável


obtém suas receitas.
...

Bem... creio que isso seja suficiente para enfrentarmos alguma exigência
sobre o assunto.

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Questões Comentadas

2. (CESGRANRIO/Profissional Básico/Ciências Contábeis/BNDES/2011)


Vários acontecimentos certamente aumentam o Valor Econômico Agregado
(EVA) para os acionistas de uma empresa. Entre eles a(o)

a) empresa pagar dividendos maiores.


b) empresa pagar dividendos mais frequentemente.
c) receita de vendas aumentar.
d) custo de oportunidade de aplicação do capital próprio da empresa
diminuir.
e) lucro líquido da empresa diminuir.

Conforme estudamos, o EVA é uma medida de lucro econômico,


englobando o conceito de lucro contábil e o custo do capital investido.

O cálculo do EVA pode ser determinado a partir do lucro operacional ou do


lucro líquido.

EVA = Lucro Operacional – Custo Total de Capital


ou
EVA = Lucro Líquido – Custo Total de Capital

O Custo Total de Capital da empresa é determinado pelo custo de cada


fonte de financiamento (próprias e de terceiros) selecionada pela empresa
e multiplicada pelo capital investido na geração de receitas operacionais.
Segundo Assaf Neto e Lima, representa, em essência, o custo de
oportunidade do capital aplicado por credores e acionistas como forma de
compensar o risco assumido no negócio.

Logo, se o custo de oportunidade de aplicação do capital próprio da


empresa diminuir, certamente haverá um aumento do EVA.

Gabarito: D

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3. (CESGRANRIO/Administrador/ELETROBRAS/2010) Sejam as seguintes


informações financeiras:

Caixa R$ 1.500,00
Contas a Receber R$ 9.000,00
Contas a Pagar R$ 3.000,00
Custo do Capital investido R$ 20.000,00
Depreciação R$ 5.000,00 por período
Estoques R$ 2.500,00
Lucro Operacional Líquido R$ 110.000,00
Lucro Bruto R$ 120.000,00

Considerando os valores acima, conclui-se que o Valor Econômico Agregado


(EVA), em reais, é de
a) 90.000,00
b) 91.000,00
c) 97.500,00
d) 100.000,00
e) 121.000,00

Pessoal, o que nos interessa de todas as informações fornecidas pela


questão é o seguinte: custo do capital investido e lucro operacional líquido.
Assim, temos:

EVA = Lucro operacional líquido – custo do capital investido


EVA = 110.000,00 – 20.000,00
EVA = 90.000,00

Gabarito: A

4. (CESGRANRIO/Contador Júnior/Petrobras/2011) Os dados abaixo foram


extraídos da contabilidade da Cia. Lântida S/A.

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Considerando o indicador EVA (Economic Value Added) ou VEA (Valor


Econômico Agregado), o resultado do EVA, em 2009 e 2010,
respectivamente, foi, em reais, de
a) 920.000,00 e 1.450.000,00
b) 800.000,00 e 1.200.000,00
c) 700.000,00 e 1.300.000,00
d) 680.000,00 e 980.000,00
e) 120.000,00 e 250.000,00

Efetuando os cálculos, temos:

2009
Custo do Capital Investido = 10.000.000,00 x 8% = 800.000,00

EVA = 1.500.000,00 – 800.000,00 = 700.000,00

2010
Custo do Capital Investido = 12.000.000,00 x 8% = 1.200.000,00

EVA = 2.500.000,00 – 1.200.000,00 = 1.300.000,00

Gabarito: C

5. (CESGRANRIO/Administrador Júnior/Petrobras/2011) As informações


abaixo foram extraídas das demonstrações financeiras de uma empresa.

Caixa = R$ 2.500,00
Contas a receber = R$ 10.000,00
Contas a pagar = R$ 6.000,00
Custo do capital investido = R$ 20.000,00
Depreciação = R$ 5.000,00 por período
Estoques = R$ 2.500,00
Lucro operacional líquido = R$ 100.000,00
Lucro bruto = R$ 120.000,00

Considerando-se os valores acima, o Valor Econômico Agregado (EVA), em


reais, foi de
a) 80.000,00
b) 91.000,00
c) 97.500,00
d) 100.000,00

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e) 121.000,00

Efetuando o cálculo, temos:

EVA = Lucro operacional líquido – custo do capital investido


EVA = 100.000,00 – 20.000,00
EVA = 80.000,00

Gabarito: A

6. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/Contábil/STN/2013) O “Lucro


Residual”, ou seja, o lucro suficiente para compensar o risco menos o lucro
operacional, representa:
a) a Alavancagem Financeira.
b) o “EVA” – Valor Econômico Agregado.
c) a Análise de Insolvência.
d) a Alavancagem Operacional.
e) a Precificação de Ativos.

Conforme estudamos, o EVA está relacionado ao conceito de lucro


residual. Na verdade o EVA é uma das formas mais modernas de mensurar
o lucro residual, tendo em vista que o conceito de lucro residual existe há
muito tempo (1890, segundo a literatura).

O lucro residual (EVA) é um importante instrumento de mensuração ao


indicar que a empresa deve se preocupar não somente com o crescimento
dos lucros, mas também com o retorno que proporciona sobre o capital
empregado.

Gabarito: B

7. (CESPE/Analista/Ciências Contábeis/INMETRO/2010) Entre as críticas


que se faz ao ROI está a de poder desestimular investimentos que estejam
abaixo do ROI habitual, mas acima do custo de capital da empresa. Para
contornar esse problema, foi desenvolvido o conceito de lucro residual, do
qual deriva o
a) balanced scorecard (BSC).
b) economic value aded (EVA).
c) activity-based costing ou custeio ABC.
d) custo padrão.
e) target costing ou custo meta.

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Veja que bastava o candidato ter a noção que o EVA está relacionado ao
lucro residual. Cabe destacar que ROI é um indicador de rentabilidade
(sigla originada do inglês: Return On Investiment). Trata-se do retorno
sobre o investimento, índice que relaciona o lucro operacional com o
investimento da empresa (lucro operacional/ativo total).

Gabarito: B

8. (CESPE/Especialista em Regulação/Economia/ANTAQ/2009) Considere


que em determinada sociedade anônima, a mensuração do desempenho
financeiro, por meio do cálculo do EVA (economic value adde), tenha
indicado que a empresa está gerando lucros menores que os custos dos
capitais empregados. Essa situação indica uma EVA positivo, aumentando
a riqueza dos seus sócios.

Conforme estudamos, o EVA é o resultado de uma empresa que sobra após


a dedução do custo do capital próprio como despesa. Assim, podemos ter
duas situações:

EVA positivo  evidencia criação de valor ao acionista


EVA negativo  evidencia “destruição” de valor ao acionista

No caso apresentado pela questão temos um EVA negativo, pois a empresa


está gerando lucros menores que os custos dos capitais empregados,
evidenciando uma “destruição de valor ao acionista.

Gabarito: Errado

Questão Discursiva

Veja essa excelente questão discursiva exigida pela CESGRANRIO.

9. (CESGRANRIO/Contador/BNDES/2011) Dados extraídos da


contabilidade da Cia. Missisipi S/A em 31/12/2010:
Ativo total....................................................R$ 20.000.000,00
Capital próprio.............................................R$ 15.000.000,00
Capital de terceiros......................................R$ 5.000.000,00
Lucro operacional líquido.............................R$ 2.250.000,00
Custo do capital de terceiros.......................12% ao ano

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Expectativa de retorno dos acionistas .........10% ao ano

Considerando exclusivamente as informações acima,

a) explique as formas que podem ser usadas para desenvolver o


cálculo do valor econômico agregado. (valor: 5,0 pontos)

Extensão Máxima: 10 linhas

Padrão de resposta: De forma mais simples, o cálculo do VEA pode ser


efetuado deduzindo-se do resultado operacional o custo de cada fonte de
capital selecionada pela empresa.
O cálculo do VEA pode também ser desenvolvido por meio do custo médio
ponderado de capital (WACC), definido como o retorno mínimo exigido por
credores e acionistas. O WACC é determinado, conforme comentado, pela
ponderação de cada fonte de financiamento com seu respectivo custo.

O VEA pode ainda ser apurado mediante uma formulação mais analítica:

VEA = (ROI – WACC) x INVESTIMENTO

b) calcule o Valor Econômico Agregado (VEA) da empresa no


exercício de 2010, identificando a forma adotada. (valor: 5,0 pontos)
(A resposta deve ser desenvolvida com demonstração dos cálculos.)
Extensão Máxima: 10 linhas

Padrão de resposta:

Forma simples:
Itens Valores
Resultado operacional líquido 2.250.000,00
Remuneração exigida pelos credores (5.000.000 x 0,12) (600.000,00)
Remuneração exigida pelos acionistas (15.000.000 x 0,10) (1.500.000,00)
VEA 150.000,00
OU
Com o uso do custo médio ponderado de capital:
Itens Valores
Capital próprio = 0,75 x 0,10 = 0,0750
Capital de terceiros = 0,25 x 0,12 = 0,03 0,1050
Resultado operacional líquido 2.250.000,00

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CMPC 0,1050 x 20.000.000,00 (2.100.000,00)


VEA 150.000,00
OU
Com o Uso do ROI:
Itens Valores
ROI = 2.250.000 /20.000.000 = 0,1125
CMPC 0,1050
Diferença entre ROI e CMPC = 0,1125 – 0,1050 0,0075
Investimento total 20.000.000,00
Diferença entre ROI e CMPC = 0,0075 x 20.000.000 150.000,00
VEA 150.000,00

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Contador Júnior Aula 7

Lista das Questões

1. (CESGRANRIO/Analista de Gestão Corporativa/EPE/2012) Preços


internos de transferência da empresa, entre departamentos, ou externos,
entre partes relacionadas, têm como objetivo a avaliação do desempenho
e a maximização do lucro do grupo, como um todo. Para que isso ocorra,
existem técnicas específicas a serem aplicadas para estabelecer os aludidos
preços de transferência.

A técnica aplicada, que visa a impedir a transferência de ineficiência entre


as partes relacionadas, é a do:
d
a) custo mais margem
b) custo padrão mais margem
c) preço de mercado
d) preço de mercado ajustado
e) preço de venda menos margem

2. (CESGRANRIO/Profissional Básico/Ciências Contábeis/BNDES/2011)


Vários acontecimentos certamente aumentam o Valor Econômico Agregado
(EVA) para os acionistas de uma empresa. Entre eles a(o)

a) empresa pagar dividendos maiores.


b) empresa pagar dividendos mais frequentemente.
c) receita de vendas aumentar.
d) custo de oportunidade de aplicação do capital próprio da empresa
diminuir.
e) lucro líquido da empresa diminuir.

3. (CESGRANRIO/Administrador/ELETROBRAS/2010) Sejam as seguintes


informações financeiras:

Caixa R$ 1.500,00
Contas a Receber R$ 9.000,00
Contas a Pagar R$ 3.000,00
Custo do Capital investido R$ 20.000,00
Depreciação R$ 5.000,00 por período
Estoques R$ 2.500,00
Lucro Operacional Líquido R$ 110.000,00
Lucro Bruto R$ 120.000,00

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Considerando os valores acima, conclui-se que o Valor Econômico Agregado


(EVA), em reais, é de
a) 90.000,00
b) 91.000,00
c) 97.500,00
d) 100.000,00
e) 121.000,00

4. (CESGRANRIO/Contador Júnior/Petrobras/2011) Os dados abaixo foram


extraídos da contabilidade da Cia. Lântida S/A.

Considerando o indicador EVA (Economic Value Added) ou VEA (Valor


Econômico Agregado), o resultado do EVA, em 2009 e 2010,
respectivamente, foi, em reais, de
a) 920.000,00 e 1.450.000,00
b) 800.000,00 e 1.200.000,00
c) 700.000,00 e 1.300.000,00
d) 680.000,00 e 980.000,00
e) 120.000,00 e 250.000,00

5. (CESGRANRIO/Administrador Júnior/Petrobras/2011) As informações


abaixo foram extraídas das demonstrações financeiras de uma empresa.

Caixa = R$ 2.500,00
Contas a receber = R$ 10.000,00
Contas a pagar = R$ 6.000,00
Custo do capital investido = R$ 20.000,00
Depreciação = R$ 5.000,00 por período
Estoques = R$ 2.500,00
Lucro operacional líquido = R$ 100.000,00
Lucro bruto = R$ 120.000,00

Considerando-se os valores acima, o Valor Econômico Agregado (EVA), em


reais, foi de

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a) 80.000,00
b) 91.000,00
c) 97.500,00
d) 100.000,00
e) 121.000,00

6. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/Contábil/STN/2013) O “Lucro


Residual”, ou seja, o lucro suficiente para compensar o risco menos o lucro
operacional, representa:
a) a Alavancagem Financeira.
b) o “EVA” – Valor Econômico Agregado.
c) a Análise de Insolvência.
d) a Alavancagem Operacional. d
e) a Precificação de Ativos.

7. (CESPE/Analista/Ciências Contábeis/INMETRO/2010) Entre as críticas


que se faz ao ROI está a de poder desestimular investimentos que estejam
abaixo do ROI habitual, mas acima do custo de capital da empresa. Para
contornar esse problema, foi desenvolvido o conceito de lucro residual, do
qual deriva o
a) balanced scorecard (BSC).
b) economic value aded (EVA).
c) activity-based costing ou custeio ABC.
d) custo padrão.
e) target costing ou custo meta.

8. (CESPE/Especialista em Regulação/Economia/ANTAQ/2009) Considere


que em determinada sociedade anônima, a mensuração do desempenho
financeiro, por meio do cálculo do EVA (economic value adde), tenha
indicado que a empresa está gerando lucros menores que os custos dos
capitais empregados. Essa situação indica uma EVA positivo, aumentando
a riqueza dos seus sócios.

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