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de Custos
Material Teórico
A Gestão dos Custos
Revisão Técnica:
Profa. Me. Wellington Rodrigues Silva
Revisão Textual:
Prof. Esp. Kelciane da Rocha Campos
a
A Gestão dos Custos
· Introdução
· Análise de custos
· A Contabilidade de Custos
· Processo da formação de custos e preços
· A apuração dos custos e o impacto no resultado
· O critério da base monetária
Nesta unidade, é importante que você procure compreender o papel da análise dos gastos
nas empresas e se familiarize com as formas pelas quais a contabilização dos custos e
das despesas ocorrem ao longo dos períodos fiscais. Também será importante perceber a
importância e o papel desempenhado pelos gestores das firmas nos controles das despesas
e dos custos no dia a dia dos negócios.
Somado a isso, esperamos que a partir deste estudo, você certamente consiga compreender
a importância da correta classificação de todos os gastos da firma, entre custos e despesas,
de forma a permitir que esta atinja seu objetivo de crescimento e de lucratividade, bem como
esperamos que este estudo lhe possibilite reconhecer cada uma das diferenças contábeis
existentes nos processos relativos à apuração e gestão contábil dos custos, e entender a
importância da formação de custos e dos preços face ao seu impacto na conta de resultado
da empresa, resultado do objetivo de lucro dos administradores. Assim, acreditamos que o
aluno ou profissional de contabilidade e finanças, ao aprender a diferenciar custos, despesas e
suas contabilizações ao longo do tempo - e conhecendo os critérios que regem a classificação
e alocação de custos e despesas nas empresas - estará mais preparado para trabalhar em um
dos mais dinâmicos e importantes departamentos dentro das Organizações na atualidade.
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Unidade: A Gestão dos Custos
Contextualização
Podemos certamente iniciar este nosso estudo e reflexão pensando a respeito dos enormes
desafios pelos quais o administrador e o profissional de contabilidade e finanças passam no
seu dia a dia de trabalho nas economias globalizadas e altamente competitivas do século XXI.
Sabemos que, a todo instante, as empresas se esforçam para cortar custos e gastos mantendo
a qualidade de seus produtos ofertados. Mas como tal ação se torna possível? Certamente que
a correta e precisa gestão e contabilização de custos por parte do gestor de finanças é a chave
para responder a essa questão.
Assim sendo, quando estudamos os principais aspectos relacionados à análise de custos -
tanto sob o ponto de vista de um empresário quanto do financista -, vemos que o trabalho do
administrador financeiro está a cada dia mais centrado na precisa interpretação dos números
reportados pela contabilidade. Assim sendo, podemos afirmar que o papel do administrador
(gestor) financeiro é hoje o de conseguir efetuar uma análise crítica e precisa dos números e
dados apresentados referentes ao desempenho operacional e financeiro de uma empresa ao
longo do ano, e nunca apenas de reportá-los. E, nesse sentido, deve-se enxergar a análise
e gestão de custos nas empresas como uma das mais importantes ferramentas estratégicas
disponíveis para a tomada de decisão gerencial, portanto indispensável na execução de diversas
tarefas, tais como formação de preços, racionalização da produção ou valorização de estoques.
Por fim, devemos sempre lembrar que o papel da contabilidade no dia a dia do registro das
alterações ocorridas no patrimônio de uma entidade, no que certamente inclui o registro dos
custos de operação de um negócio, é essencial e talvez primordial para a obtenção das metas e
objetivos da firma, ou seja, resultados e lucros crescentes ao longo dos períodos.
Conforme já destacamos anteriormente, não podemos negar que o nível de competitividade
provocado pela globalização dos mercados está se tornando cada vez mais acirrado e que a
globalização impõe novos desafios para o financista. Desafios estes que incluem um enorme
salto qualitativo na gestão dos gastos das empresas (e certamente também das suas receitas)
no momento em que a crescente competição demanda, como resposta, uma gestão contábil
e financeira voltada à redução de custos, adequada formação de preços de venda dos bens e
serviços, e moderna administração de toda estrutura organizacional da firma. E é exatamente
neste cenário desafiador que o estudante ou profissional de finanças trabalhará nos próximos
anos, exigindo uma reflexão e um cuidado nos seus estudos e no profundo conhecimento de
todos os aspectos relacionados à sua atividade profissional.
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Introdução
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Unidade: A Gestão dos Custos
Sabemos que o consumidor somente adquire um determinado bem (ou serviço) quando
percebe neste a existência de um ‘valor agregado’ superior ao seu ‘preço de venda’. Por outro
lado, o preço determinado pelo fabricante deve ser suficiente para cobrir todos os custos inerentes
à produção, todas as despesas da empresa, bem como gerar um lucro para a empresa e sócios.
Dessa forma, ao gerarem lucros com esse processo de fabricação e venda de seus produtos, a
preços superiores aos seus custos, o sistema capitalista se mantém em funcionamento, com as
empresas se perpetuando nos mercados, gerando empregos, rendas (salários) e consequente
consumo ao longo do tempo.
Análise de custos
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face ao volume de produção e lucratividade da empresa, sob o risco de uma decisão sobre
produção ou venda de determinado bem ou serviço executada pela firma não gerar o retorno
(lucro) esperado.
Essa preocupação com a recente evolução das economias e o seu reflexo no ambiente das
empresas é tema de destaque entre pesquisadores e teóricos de finanças. Veja o que pensa
Beulke (2012) a respeito do tema da aplicação do custo no planejamento:
Sabemos que a operação e administração das empresas vêm se tornando, a cada dia,
atividades mais e mais complexas para o gestor financeiro. Em razão não só da expansão dos
mercados e das atividades industriais em todos os mercados globalizados, mas, também, da
impossibilidade de analisarmos o resultado de determinado negócio apenas com foco nos
estoques, na determinação do preço de venda e nas reduções e negociações dos custos das
matérias primas exigidas para a fabricação dos bens.
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Unidade: A Gestão dos Custos
A Contabilidade de Custos
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estabelecer os custos de produção e distribuição (unitários ou totais) para os itens fabricados
ou serviços prestados. Somado a isso, poderá também estabelecer todos os demais custos das
diversas funções da operação do negócio analisado, sempre visando maximizar a operação e
a lucratividade do negócio. Vejamos agora, resumidamente, as três funções básicas da Conta-
bilidade de Custos.
Primeira, a determinação do lucro da empresa, através da apuração dos números reportados
pela Contabilidade Geral, e processados de maneira a torná-los mais úteis à administração.
Segunda, o exercício de um efetivo controle operacional do negócio através da padronização
das formas como os resultados são apresentados, com o devido acompanhamento, controle
e comparação entre os números orçados no início do período (orçamento) e o efetivamente
realizado ao final do ano fiscal (real). Terceiro, ter a Contabilidade de Custos como efetiva
ferramenta na tomada de decisão voltada à maximização dos resultados através das corretas
ações voltadas à produção e definição de preços de venda voltados ao objetivo de máximo
retorno sobre o investimento desejado.
Termos técnicos
Quando nos referimos à formação de custos e preços de bens ou serviços, devemos
lançar mão de termos técnicos específicos que são normalmente utilizados. Conhecidos na
contabilidade geral, esses termos nos auxiliam a compreender melhor todos os aspectos relativos
à contabilidade de custos e suas peculiaridades, a saber:
• Gastos ou dispêndios, que são sacrifício financeiro de uma empresa necessário para
a fabricação do produto ou prestação de serviço, que são classificados contabilmente
como custos ou despesas, dependendo do caso. A empresa pode preferir classificá-los
temporariamente como investimentos, até serem efetivamente consumidos e reclassificados
como custos ou despesas. Importante lembrar que pode ser classificado como gasto
independentemente de ter sido efetuado em área fabril, comercial ou administrativa da
empresa. Portanto, dentro do conceito de gasto, podemos incluir o custo, a despesa, o
investimento e a perda.
• Investimento, que é um gasto ativado em função de sua vida útil ou benefícios atribuíveis
a períodos futuros, normalmente mais de um ano. Alguns gastos são temporariamente
classificados como investimentos no ativo da empresa, e gradualmente são baixados com
o seu uso: consumo, depreciação ou amortização. Outros exemplos de investimentos são
os bens imóveis e aplicações financeiras.
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Unidade: A Gestão dos Custos
• Custos, que são os gastos relativos ao bem ou serviço utilizado na produção de bens ou
prestação do serviço, como, por exemplo, matérias primas utilizadas no processo produtivo,
a mão de obra do processo produtivo, a energia elétrica ou gás natural consumidos no
processo e demais gastos efetuados. Sabemos que a Contabilidade considera custo como
sendo um gasto que posteriormente será reconhecido como custo no momento de sua
utilização. Assim sendo, quando a empresa adquire uma determinada matéria prima para
a sua produção, esta é imediatamente classificada como gasto no momento da aquisição;
quando de sua utilização no processo produtivo de um bem, passa a ser classificada
como custo, para então tornar-se investimento por sua ativação no estoque, até a sua
venda. Devemos também destacar que os gastos relativos à depreciação de máquinas e
equipamentos são também classificados contabilmente como custos.
• Despesa é todo bem ou serviço consumido, direta ou indiretamente, pela empresa para
a obtenção de receita (faturamento). As despesas não estão relacionadas com a produção
de bens ou serviços, representando, portanto, o dispêndio efetuado em outras áreas da
empresa, como, por exemplo, o departamento comercial ou administrativo.
• Desembolso se refere a todo pagamento efetuado pela empresa durante suas atividades
fabris ou comerciais, independentemente de quando o produto ou serviço será consumido.
No regime de competência discutido anteriormente, entende-se que os registros de receita
e despesa devem ser feitos com a sua real ocorrência. Assim, por exemplo, se temos uma
despesa de mão de obra em um mês que será efetivamente paga no mês subsequente
apenas, o registro contábil dessa “despesa” deve ser lançado no primeiro mês, mas o
registro financeiro de seu pagamento apenas no mês seguinte, quando de seu efetivo
pagamento (desembolso).
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Assim, podemos ver que todo custo estará relacionado ao valor monetário necessário para
o desenvolvimento da atividade produtiva ou prestação de um serviço, como, por exemplo,
referente às compras de matérias primas utilizadas no processo produtivo, salários e encargos
do pessoal da produção e depreciação de máquinas e equipamentos da fábrica, dentre outros
gastos. Conforme destacamos anteriormente, os custos são primeiro estocados e apenas farão
parte do lucro ou prejuízo após a venda do produto fabricado, quando serão incorporados ao
resultado da empresa para assim aparecer na sua Demonstração de Resultado como redutor
das Receitas.
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Unidade: A Gestão dos Custos
Podemos aqui definir ‘Investimento’ como sendo todo gasto ocorrido na aquisição de bens
que serão estocados pela empresa até o momento de sua utilização, isto é, do seu consumo.
Também são considerados investimentos pelos contadores todo gasto referente à aquisição
de bens patrimoniais, como máquinas, equipamentos e instalações, por exemplo. Deve-se
ainda lembrar que os investimentos sofrem depreciações, as quais se caracterizam como a
desvalorização pelo uso, obsolescência e outras razões.
Resumindo, o ato de apropriação dos gastos efetuados no processo produtivo ocorrerá sempre até
que o produto esteja pronto e disponível para venda, e todos os gastos incorridos desde o início da
produção até a efetiva venda do bem devem ser classificados como ‘custos’. A partir desse estágio,
todos os demais gastos incorridos deverão ser considerados e contabilizados como ‘despesas’. Ao
ser transferido para estoques de produtos acabados, o bem passará a ser considerado como um
‘investimento’ para fins de contabilização e informações gerenciais financeiras. Nesse estágio, até
ocorrer a efetiva venda do bem, ficará, portanto, ativado no estoque.
Vamos refletir a respeito desse importante processo de “transformação” que ocorre dentro
do processo produtivo de uma empresa, processo este que acaba por relacionar todos os gastos
incorridos na produção, com os produtos acabados, com os estoques e com a despesa necessária
para que a efetiva venda ocorra.
Exemplo: o pacote que acondiciona 100 gramas do biscoito é parte integrante do custo
do produto na saída da fábrica, sendo inviável vender o biscoito avulso sem a embalagem.
Entretanto, essa mesma fábrica pode optar por vender apenas dúzias de pacotes de 100
gramas de biscoitos acondicionadas em pequenas bandejas embaladas a vácuo. Nesse caso,
a embalagem que acondiciona a dúzia de pacotes de biscoitos será contabilizada como
despesa operacional e não custo!
Classificações de custos
A contabilidade de custos comporta diferentes classificações e nomenclaturas que refletem
os mais diversos sistemas, formas e metodologias aplicadas no controle e gestão de custos das
empresas. Assim, dependendo da forma como os gastos com produção de bens e serviços são
tratados, a empresa utilizará classificações de custos que refletirão a sua maneira de contabilizar,
classificar e gerir seus custos e despesas em suas operações diárias. E sempre que estudamos
custos e produção em geral, devemos ter em mente que cada empresa traz consigo um processo
produtivo único e peculiar que nos impede de generalizar a classificação de determinado gasto
como sendo custo direto ou indireto. Vejamos alguns critérios de classificação existentes:
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Critério da unidade de produto: custos diretos, custos indiretos
e custos de transformação.
Custos
diretos
Critério da
unidade de
produto
Custos Custos de
indiretos transformação
Custos diretos são também chamados como custos primários e são diretamente incluídos no
cálculo do custo dos produtos, por exemplo: materiais, mão de obra ou energia elétrica utilizada
no processo. Normalmente, os custos diretos são facilmente mensuráveis, em virtude de serem
reconhecidos no processo produtivo e no produto acabado. No nosso exemplo da fábrica de
biscoitos, podemos dizer que a farinha de trigo utilizada na fabricação desse alimento é custo direto
de produção. Os custos diretos são também facilmente reconhecidos nos salários dos operários
atuantes diretamente na fábrica e que são, ao mesmo tempo, facilmente mensuráveis em relação à
quantidade produzida.
Custos indiretos são aqueles não são tão facilmente reconhecidos ou mensuráveis no
processo produtivo e que sempre exigirão algum tipo de rateio para a apropriação ao produto
ou serviço. Os custos indiretos mais comuns são, por exemplo: depreciação, aluguel de máquinas
e equipamentos, aluguel da fábrica, salário de supervisores não diretamente ligados à produção
e os seguros da fábrica. Devemos também lembrar que diferentemente dos custos diretos, os
custos indiretos não são visíveis no produto final e de montante (valor) difícil apropriação a cada
bem produzido.
Custos de Transformação são também denominados custos de conversão ou custos de
agregação. Referem-se ao esforço agregado da empresa no sentido de produzir determinados
bens ou serviços. Como exemplos de custos de transformação podemos também destacar a
mão de obra direta de fábrica e os custos indiretos relacionados.
Exemplo: na nossa fábrica de biscoitos, a energia elétrica é considerada custo indireto de
fabricação em razão de o processo produtivo exigir o uso de gás natural na linha de produção.
Logo, nessa indústria, a energia elétrica certamente será classificada como custo indireto,
enquanto que o gás natural aparecerá como custo direto e, provavelmente, será responsável
por parcela significativa de seus custos totais.
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Unidade: A Gestão dos Custos
Por outro lado, numa indústria de artefatos de plásticos, a mesma energia elétrica é responsável
por parcela muito significativa dos custos totais de produção. Assim, esse custo será classificado
como direto, representando sua importância na contabilidade geral de custos de produção dos
artefatos de plástico.
Custos
fixos
Critério da
Custos Custos
unidade de
semi fixos semi variáveis
produto
Custos
variáveis
Custos fixos são os custos que não variam, independentemente do volume de produção
durante um período curto ou médio de tempo, já que, no longo prazo, mesmo os custos fixos podem
sofrer variações. Os custos fixos existem mesmo quando não ocorre a produção dos bens. Segundo
Famá (2010, p. 30) podem ser agrupados em custo fixo de capacidade, refletindo a capacidade
instalada da empresa, como depreciação e amortização; ou custo fixo operacional, refletindo a
operação das instalações da empresa, como seguros e impostos prediais.
Custos variáveis são os custos que variam diretamente com a variação do volume de
produção do bem ou serviço prestado. Nesse sentido, os custos variáveis aumentarão
proporcionalmente ao crescimento do volume de produção, e o movimento oposto ocorrendo
para a redução do volume de produção.
Custos semi fixos são os custos que apresentam características de fixos até determinado
patamar de produção, apresentando em seguida características de variáveis com níveis de
produção superior. Por exemplo, você ter um serviço de TV a cabo que cobra mensalmente
um pacote fixo de programas, dando opção de pagamento extra de taxas caso deseje aumento
pontual de canais ou atrações, pagas à parte.
Custos semi variáveis são os custos que acompanham a variação dos diversos níveis de
produção da empresa, mas aos saltos, mantendo-se em seguida fixos dentro de certos limites.
Por exemplo, o aluguel de uma máquina copiadora em uma empresa que permite uma franquia
de até mil cópias por mês. Caso a empresa deseje utilizar a copiadora para fazer uma quantidade
de cópias acima dessa franquia, deverá assumir um novo gasto quando o patamar for superado.
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Gráfico 1 - Custos fixos Gráfico 2 - Custos variáveis
Valor $ Valor $
Quantidade Quantidade
produzida produzida
Valor $ Valor $
Quantidade Quantidade
produzida produzida
Devemos ficar atentos ao fato das despesas também poderem receber classificação de
variáveis ou fixas, ou seja, variando ou não em relação às vendas da empresa, por exemplo.
Assim, as despesas como comissões de vendedor certamente serão variáveis e decorrentes do
desempenho do colaborador no período de tempo analisado e apurado pela contabilidade.
Enquanto que as despesas com o aluguel do aparelho de ar condicionado da loja será fixa,
independentemente do desempenho dos vendedores no período analisado e apurado.
quantidade de KWh para ser produzido na linha de fabricação. Quando a empresa determina
que determinados custos diretos de produção devem atender a padrões pré-estabelecidos de
quantidade de matéria prima, mão de obra (homem/hora) ou demais custos incorridos no
processo de fabricação do bem, como a energia elétrica (KWh), está buscando instrumentos
de controle operacional e gerencial voltados à melhoria de resultados financeiros. Assim sendo,
busca-se controlar exatamente cada um desses itens no decorrer da fabricação e gerenciar
eventuais variações para mais ou para menos e seu impacto nos lucros.
Custos não controláveis são aqueles dificilmente controláveis através de ação de uma
pessoa ou sistema na empresa. São custos que dificilmente sofrem variações em decorrência
de controle e/ou supervisão de funcionário designado para tal tarefa. Exemplo: a fábrica
pode gerenciar e administrar o uso da água no seu processo produtivo, executando tarefas de
controle, de economia, de redução de perdas, entre outras ações no sentido de economizar e
maximizar seus resultados. Mas não conseguirá impedir que a empresa distribuidora de águas
do município aumente a tarifa desse insumo, gerando, a despeito dos esforços, um aumento dos
custos incorridos no período.
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Os custos inevitáveis são os custos que não podem ser eliminados, independentemente
da estratégia adotada pela empresa na execução de determinada tarefa. Por exemplo, em
nossa fábrica de biscoitos, o sistema de fornos deve ser mantido 24 horas por dia ligado,
independentemente de novas partidas de produção estarem ou não em andamento. Nesse
caso, a parcela do custo referente ao gasto com o aquecimento das matérias primas não pode
ser substituída por outra etapa. Muitas vezes, a solução é baratear a utilização dos fornos,
economizando no uso do gás natural na queima dos biscoitos. Mas, mesmo assim, em última
análise, tratar-se-á de custo inevitável.
Os custos empatados são os sunk costs, que são normalmente investimentos ruins
efetuados no passado e que não têm relevância na operação atual ou futura da empresa, e
que não podem ser recuperados. Assim sendo, constitui um custo empatado num maquinário
adquirido e que nunca foi ou será utilizado no processo produtivo e que ainda exige pagamento
de parcelas da compra, manutenção e incorre em despesa de depreciação mensalmente. Esse
custo empatado não poderá ser revertido, apenas minimizado com a venda da máquina por
preço inferior (assumindo-se o prejuízo na aquisição) e o fim das despesas de depreciação.
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Unidade: A Gestão dos Custos
Material Complementar
Para ampliar seus estudos, sugiro a leitura do Capítulo 1 – Abrangência do Cálculo de Custos,
do livro Gestão de Custos, de R. Beulke (2011, pp. 3 - 10), que apresenta uma excelente
visão e introdução do tema Contabilidade de Custos, sua abrangência, os sistemas de custeio
e as conceituações e classificações básicas importantes para o aprimoramento, reflexão e
revisão de alguns dos temas aqui tratados nesta Unidade. https://goo.gl/LJiiu1
Nesse mesmo site do CRC SP, há uma palestra em PowerPoint que apresenta conceitos bem
interessantes e valiosos para este nosso estudo sobre contabilidade de custos como parte do
Seminário Contabilidade de Custos – Conceitos Societários e Gerenciais de setembro
de 2012. Elaborado por Sidney Leone. Disponível em:
https://goo.gl/5hk8PL
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Referências
MARTINS, E. Contabilidade de Custos. Inclui ABC. 7º Ed. São Paulo: Editora Atlas, 1998.
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de Custos e Formação de Preços: com
Aplicação na Calculadora HP12C e Excel. 5. Ed. São Paulo: Atlas. 2010.
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Unidade: A Gestão dos Custos
Anotações
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