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ORÇAMENTO PÚBLICO

Prof. Leandro Ravyelle


ANÁLISE DO EDITAL
 Administração Financeira e Orçamentária
 Orçamento público;
 Orçamento público na Constituição Federal de 1988;
 O ciclo orçamentário;
 Orçamento-programa; planejamento no orçamento-programa;
 Conceituação e classificação de receita pública;
 Despesa pública: categorias e estágios;
 Métodos, técnicas e instrumentos do orçamento público; tipos de
créditos orçamentários.

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ORÇAMENTO PÚBLICO

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INTRODUÇÃO E DIREITO FINANCEIRO
 Direito Financeiro é um sub-ramo do Direito Público que estuda a atividade
financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico, disciplinando
normativamente toda a atividade financeira do Estado, compreendendo todos os
aspectos em que se desdobra. [Manual de Direito Financeiro, Harrison Leite]
 Conforme Marcus Abraham (Direito Financeiro Brasileiro), as funções da
atividade financeira se restringem a um papel meramente instrumental, ou seja, se
resumem a uma atividade-meio, relacionada á consecução dos objetivos estatais, a
qual, por sua vez, consubstancia a atividade-fim.
 O Direito Financeiro consiste no sub-ramo do Direito Público que estuda as
finanças do Estado em sua estreita relação com a sua atividade financeira. Ou
seja, é o conjunto de regras e princípios, englobando receita, despesa, orçamento e
créditos públicos.
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INTRODUÇÃO E DIREITO FINANCEIRO
 Tem estreita relação com a ciência das finanças. Esta consiste na atividade pré-
normativa que alcança os âmbitos econômico, social, político ou estatístico.
Assim, o desenvolvimento das normas do direito financeiro está estribado
também na ciência das finanças, que oferece o caráter informativo, teórico e
especulativo daquela.
 Enquanto a ciência das finanças se preocupa com o estudo da atividade financeira
do Estado em seu sentido teórico e especulativo, o direito financeiro estuda seu
aspecto jurídico.

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INTRODUÇÃO E DIREITO FINANCEIRO

OBTER
receita pública
RECURSOS
DESPENDER
despesa pública
RECURSOS
GERIR E
PLANEJAR orçamento público
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RECURSOS
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COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento; (...)
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar dos Estados
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.
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FINANÇAS PÚBLICAS NA CF
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias,
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e
indireta;

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FINANÇAS PÚBLICAS NA CF
§ 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta
e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que
serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de
restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a
realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166.

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FINANÇAS PÚBLICAS NA CF
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União,
resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao
desenvolvimento regional.
VIII - sustentabilidade da dívida, especificando:
a) indicadores de sua apuração;
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida;
c) trajetória de convergência do montante da dívida com os limites definidos em
legislação;
d) medidas de ajuste, suspensões e vedações;
e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução do montante da dívida.
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NATUREZA JURÍDICA
 Não há consenso entre os doutrinadores com relação à natureza
jurídica do orçamento.
 O orçamento é uma lei no que se refere ao aspecto formal, visto que
passa por todo o processo legislativo (discussão, votação,
aprovação, publicação), mas não o é em sentido material.
(PALUD0, 2020)
 Contudo, admite-se o controle de constitucionalidade de leis
orçamentárias, independente de seu caráter especifico, concreto ou
abstrato do objeto.
 HOJE  LOA  LEI FORMAL E MATERIAL (ADI 5549)
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NATUREZA JURÍDICA
 Harrison Leite (2022, p. 112), a doutrina majoritária
ainda adota o entendimento de que, “partindo-se da
classificação das normas jurídicas pela sua origem, e não
pelo seu conteúdo, o orçamento tem apenas forma de lei,
mas não tem o conteúdo de lei, visto que não veicula
direitos subjetivos, tampouco é norma abstrata e
genérica”.

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NATUREZA JURÍDICA
O STF, ao reconhecer a possibilidade de controle abstrato de
constitucionalidade de leis orçamentárias, não declarou a
abstração ou a generalidade desses tipos de leis, mas apenas
entendeu que “o Supremo Tribunal Federal deve exercer sua
função precípua de fiscalização da constitucionalidade das leis e
dos atos normativos quando houver um tema ou uma
controvérsia constitucional suscitada em abstrato,
independente do caráter geral ou específico, concreto ou
abstrato de seu objeto”.
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NATUREZA JURÍDICA
É possível a impugnação, em sede de controle
abstrato de constitucionalidade, de leis
orçamentárias. Assim, é cabível a propositura de
ADI contra lei orçamentária, lei de diretrizes
orçamentárias e lei de abertura de crédito
extraordinário.
STF. Plenário. ADI 5449 MC-Referendo/RR, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 10/3/2016 (Info 817).

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NATUREZA/DIMENSÕES DO ORÇAMENTO
POLÍTICA Orçamento como resultado do processo de avaliação de demandas e de escolhas entre alternativas

ECONÔMICA Quando destacadas as questões fiscais – receitas, despesas, déficits e dívidas.

JURÍDICA Orçamento como lei que estima a receita e autoriza tetos de despesa

ADMINISTRATI Orçamento como o plano das realizações da administração pública, ou seja, é enfatizar o seu
VA importante papel como instrumento de gestão

FINANCEIRO Orçamento como iniciativa de antecipação de fluxos de arrecadação e de pagamentos

CONTÁBIL Quando, por meio das contas, antecipa o resultado patrimonial e global da gestão.

o estudo do conjunto de regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração, aprovação,


TÉCNICA
execução e controle do orçamento.
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TIPOS DE ORÇAMENTO
NOÇÕES DE CICLO ORÇAMENTÁRIO

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TIPOS DE ORÇAMENTO

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FUNÇÕES DO ORÇAMENTO
Está ligada à alocação de recursos por parte do Governo, que oferece bens e serviços públicos puros (ex.:
rodovias, segurança, justiça), os quais não seriam oferecidos pelo mercado, ou o seriam em condições
ineficientes. Oferece também bens meritórios ou semipúblicos (ex.: educação e saúde). E ainda cria
ALOCATIVA condições para que bens privados sejam oferecidos no mercado pelos produtores. Além disso, esta função diz
respeito a promover ajustamentos na alocação de recursos e se justifica quando o funcionamento do
mecanismo de mercado (sistema de ação privada) não garante a necessária eficiência na utilização desses
recursos.

Objetiva promover ajustamentos na distribuição de renda devido às falhas de mercado (desigualdades sociais,
monopólios empresariais, etc.). É uma função que busca tornar a sociedade menos desigual em termos de
DISTRIBUTIVA
renda e riqueza, por meio da tributação e de transferências financeiras, subsídios, incentivos fiscais, alocação
de recursos em camadas mais pobres da população etc.

Trata da aplicação das diversas políticas econômico-financeiras a fim de ajustar o nível geral de preços,
melhorar o nível de emprego, estabilizar a moeda e promover o crescimento econômico, mediante
ESTABILIZAD
ORA instrumentos de política monetária, cambial e fiscal, ou outras medidas de intervenção econômica (controles
por leis, limitação etc.). É uma função associada à manutenção da estabilidade econômica, justificada como
meio de atenuar o impacto social e econômico na presença de inflação ou depressão.

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1. VUNESP PREF. MORRO AGUDO 2020
A atividade financeira do Estado obedece a regras específicas contidas em diferentes instrumentos
normativos. A respeito dessas regras, é correto afirmar que
a) estão previstas na Constituição Federal, em leis complementares, em leis ordinárias, em normativos
infraconstitucionais e em recomendações dos tribunais de contas.
b) estão previstas apenas na Constituição Federal, que traz o conjunto suficiente de regras aplicáveis à
atividade financeira do Estado.
c) estão previstas apenas em leis complementares, dada a natureza geral dessas regras.
d) são decorrência das práticas reiteradas da Administração Pública ao longo dos anos, não se apresentando
de forma sistemática em nenhum instrumento jurídico.
e) seguem apenas as regras estabelecidas por cada ente federativo levando em consideração a sua própria
realidade local.
GABARITO: A

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2. VUNESP CM PIRACICABA 2019
O Direito Financeiro consiste num
a) ramo do Direito Público que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista econômico, ou seja, a
atividade financeira do Estado que se desdobra em receita, despesa, orçamento e crédito público.
b) sub-ramo do Direito Privado que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico, disciplinando
normativamente toda a atividade financeira do Estado, compreendendo todos os aspectos em que se desdobra.
c) ramo do Direito Privado que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista econômico, ou seja, a
atividade financeira do Estado que se desdobra em receita, despesa, orçamento e crédito público.
d) sub-ramo do Direito Público que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico, disciplinando
normativamente toda a atividade financeira do Estado, compreendendo todos os aspectos em que se desdobra.
e) sub-ramo do Direito Público que disciplina o processo de retirada compulsória, pelo Estado, da parcela de riquezas de
seus súditos, mediante a observância dos princípios reveladores do Estado de Direito e a atividade financeira do Estado.
GABARITO: D

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3. VUNESP CM CAMPO LIMPO 2018
Além da Constituição Federal, são fundamentais para o subsistema jurídico de direito financeiro no Brasil a
chamada Lei Geral de Orçamentos (LGO), de 1964, e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 2000. A respeito
destas leis e de sua eficácia normativa, é correto afirmar que
a) ambas as leis foram editadas como leis complementares, apenas podendo ser modificadas por lei complementar
posterior, em linha com o previsto na Constituição.
b) apenas a LGO foi editada como lei complementar, sendo a LRF decorrência da conversão em lei de Medida
Provisória editada em 1999.
c) a LGO foi editada como Decreto-Lei, dada a sua origem e tramitação durante regime de exceção no Brasil. Não
obstante, esta lei foi recepcionada pela Constituição de 1988 como lei ordinária, ou seja, como lei da mesma
espécie da LRF.
d) a LGO foi editada como lei ordinária, sendo, porém, recepcionada pela Constituição de 1988 como lei
complementar, em razão da matéria. A LRF, por sua vez, já foi editada como lei complementar.
e) os dispositivos previstos na LGO e na LRF são de cunho obrigatório apenas para a União Federal, servindo
apenas de referência para os estados e municípios, os quais não se obrigam aos seus termos, em razão da
autonomia federativa constitucional de que gozam.
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Prof. Leandro Ravyelle GABARITO: D
4. VUNESP CM CAMPO LIMPO 2018
Segundo a Constituição Federal do Brasil, no seu capítulo II – Das
Finanças Públicas -, a lei complementar disporá sobre
a) as finanças públicas.
b) o plano plurianual.
c) as diretrizes orçamentárias.
d) os orçamentos anuais.
e) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União.
GABARITO: A

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5. VUNESP CM CAMPO LIMPO 2018
A Constituição Federal de 1988, em clara adoção dos princípios federativos e da teoria dos freios e contrapesos
preconizados por Montesquieu, houve por bem dotar os entes políticos de capacidades legislativas diversas com o
fito de alcançar um verdadeiro “federalismo”. Ocorre que há certas exceções a estes princípios, notadamente
quando mais de um ente “federado” pode legislar sobre a mesma matéria. Assim, há possibilidade de mais de um
ente legislar sobre orçamento?
a) Sim, quando não houver quebra da autonomia superior de que goza o Senado da República como órgão
legislador revisor.
b) Não, pois isso fere o princípio da independência e harmonia dos poderes estampados no Art. 2.º da Constituição
Federal.
c) Sim, desde que haja prévia concordância de todos os entes federados, devidamente homologada pelo presidente
da mesa diretora do Congresso Nacional, nos termos do Art. 53 da Constituição Federal.
d) Sim, quando houver medida provisória que autorize.
e) Sim, trata-se de competência concorrente.
GABARITO: E

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6. VUNESP TCM-SP AUDITOR 2023
O Orçamento Público, representado em Lei Orçamentária Anual, LOA, pode ser bem
conceituado como:
a) conjunto de valores para o equilíbrio da situação líquida do tesouro público.
b) alocação de receitas e despesas para atender as despesas de capital.
c) meio de previsões de valores em função do comportamento da economia.
d) demonstração das intenções de governantes nos atendimentos priorizados.
e) instrumento com previsibilidades e limites com vistas ao equilíbrio fiscal.
GABARITO: E

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7. VUNESP PREF. JUNDIAÍ 2022
A respeito das funções do orçamento público, é correto afirmar que
a) a função política do orçamento consiste em conferir consistência ao planejamento da política fiscal diante das demais
variáveis macroeconômicas do país, permitindo aos demais agentes econômicos conhecer o impacto da ação do Estado
sobre a economia nacional.
b) a função contábil do orçamento consiste em permitir o registro útil, tempestivo e íntegro das informações relativas à
previsão e arrecadação das receitas e à autorização e execução das despesas públicas.
c) a função jurídica do orçamento consiste em dotar o Estado de uma peça de planejamento, por meio da qual se permita
avaliar a adequação dos recursos devotados a cada linha de ação e a sua respectiva conexão com metas, objetivos e
programas.
d) a função administrativa do orçamento é representada pela natureza de lei do orçamento público, assegurada pelo
devido processo legislativo que deve ser observado, conforme mandamento constitucional.
e) a função econômica do orçamento consiste no papel de legitimação política da arrecadação das receitas e da escolha
das despesas públicas, diante do dilema decorrente da escassez de recursos em uma sociedade democrática e plural.
GABARITO: B

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8. VUNESP IPSM SJC 2018
O Orçamento Público é uma lei que, entre outros aspectos, exprime, em termos
financeiros, a alocação dos recursos públicos. O governante não está obrigado a
realizar todas as despesas ali previstas, porém não poderá contrair outras sem a prévia
aprovação do poder legislativo. Trata-se de um orçamento
a) autorizativo.
b) ordinário.
c) flexível.
d) por item.
e) base zero.
GABARITO: A

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9. VUNESP CM CAIEIRAS 2015
Trata-se de um processo em que todas as atividades operacionais, financeiras e acessórias de uma entidade
são contempladas. Tal processo deve dispor de controles eficientes e eficazes, capazes de permitir apurar
desvios entre valores e tendências, tendo em vista efetuar correções de rumo em tempo oportuno. Pode-se
afirmar, ainda, que se trata de uma ferramenta fundamental para o processo de planejamento, decisões e até
mesmo de sobrevivência das organizações. Neste caso, destacam-se como ferramentas administrativas:
controle de vendas, marketing, finanças, custos, qualidade, entre outras.
O texto trata de
a) Demonstrações Contábeis.
b) Relatórios Gerenciais.
c) Sistema Financeiro.
d) SIAF.
e) Sistema Orçamentário.
GABARITO: E
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10. VUNESP CM ARARAS 2015
A lei orçamentária possui processo legislativo diferenciado e de tramitação peculiar
definido no art. 166 e parágrafos da CF/88 e é de iniciativa do Executivo, trata de
matéria específica, ou seja, fixação das despesas e previsão das receitas, necessárias à
execução anual da política governamental. Esse conjunto de características da
natureza jurídica do orçamento é denominado
a) formal.
b) especial.
c) temporária.
d) ordinária.
e) principiológica.
GABARITO: B
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MÉTODOS, TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
DO ORÇAMENTO PÚBLICO
ORÇAMENTO-PROGRAMA;
PLANEJAMENTO NO ORÇAMENTO-
PROGRAMA;
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ORÇAMENTO TRADICIONAL
Era um documento de previsão de receitas e autorização de
despesas com ênfase no gasto, o objeto de gasto. Sua
finalidade era ser um instrumento de controle político do
Legislativo sobre o Executivo, sem preocupação com o
planejamento. O critério utilizado para a classificação dos
gastos era a Unidade Administrativa (classificação
institucional) e o elemento de despesa (objeto do gasto).

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ORÇAMENTO DESEMPENHO
O Orçamento de Desempenho representou uma evolução do Orçamento Tradicional;
buscava saber o que o Governo fazia (ações orçamentárias) e não apenas o que
comprava (elemento de despesa). Havia também forte preocupação com os custos
dos programas. A ênfase era no desempenho organizacional, e avaliavam-se os
resultados (em termos de eficácia, não de efetividade). Procurava- se medir o
desempenho por meio do resultado obtido, tornando o orçamento um instrumento de
gerenciamento para a Administração Pública. Era um processo orçamentário que se
caracterizava por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto do gasto e
um programa de trabalho, contendo as ações a serem desenvolvidas. Ainda não
havia, no entanto, a estreita vinculação com o planejamento, e o critério de
classificação foi alterado para incorporar o programa de trabalho e a
classificação por funções.

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NOVO ORÇAMENTO DESEMPENHO
estrutura de programa
sistema de mensuração de desempenho
sistema de determinação de custos

De acordo com Jack Diamond, na estruturação de cada programa


devem ser considerados os seguintes elementos:
quadro estratégico amplo
apoio à tomada de decisão política e à priorização
assegurar a responsabilização
gestão orçamentária comprometida com o desempenho

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ORÇAMENTO BASE-ZERO
Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a cada
ano é necessário provar as necessidades de orçamento, competindo com
outras prioridades e projetos. Inicia-se todo ano, partindo do "zero" - daí
o nome Orçamento Base-Zero. Memorizem que no orçamento Base Zero
toda despesa é considerada uma despesa nova, independentemente de
tratar-se de despesa continuada oriunda de período passado ou de uma
despesa inédita/nova. Sua filosofia é romper com o passado, sua
elaboração é trabalhosa, demorada e mais cara, além de desprezar a
experiência acumulada pela organização (DESVANTAGEM) e é
incompatível com qualquer planejamento de médio ou longo prazos.

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ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
É uma técnica orçamentária em que a alocação de alguns recursos contidos no Orçamento
Público é decidida com a participação direta da população, ou por meio de grupos
organizados da sociedade civil, como a associação de moradores. Até o momento, sua
aplicação restringe-se ao âmbito municipal, e, excepcionalmente, estadual. O principal
benefício do Orçamento Participativo é a democratização da relação do Estado –sociedade
com fortalecimento da democracia. O orçamento participativo é uma técnica orçamentária
caracterizada pela participação da sociedade, mas não caia na pegadinha de achar que isso
se dá em substituição ao poder público, como agente elaborador da proposta orçamentária
que é posteriormente enviada ao Poder Legislativo, pois isso está equivocado. Há, na
verdade, uma participação popular no processo de elaboração dos orçamentos e não uma
substituição à atribuição devida pelo poder público. No âmbito dos municípios, o orçamento
participativo é de observância obrigatória, de modo que a realização de debates, audiências e
consultas públicas é condição obrigatória para a aprovação do orçamento anual pela câmara
municipal.

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ORÇAMENTO INCREMENTAL/INERCIAL
O Orçamento Incremental é o orçamento feito por meio de ajustes marginais
nos seus itens de receita e despesa. O Orçamento Incremental é aquele que, a
partir dos gastos atuais, propõe um aumento percentual para o ano seguinte,
considerando apenas o aumento ou diminuição dos gastos, sem análise de
alternativas possíveis. É possível identificar algumas características desse
tipo de orçamento: as ações não são revisadas anualmente, logo não se
compara com alternativas possíveis; é baseado no orçamento do último
ano, contendo praticamente os mesmos itens de despesa, com aumentos e
diminuições de valores; o incremento de valores ocorre mediante
negociação política; é uma técnica rudimentar que foca itens de despesas
em vez de objetivos de programas.

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ORÇAMENTO POR RESULTADOS
O orçamento por resultados é um método para elaboração, execução e avaliação de
programas governamentais com o objetivo de contribuir para que o estado implemente
políticas públicas que atendam, a cada dia, mais e melhor, aos interesses e às expectativas dos
cidadãos, criando valor público. O orçamento por resultados melhora a aceitação dos
governos, reforça a confiança nas instituições públicas estabelecidas e contribui para o
desenvolvimento socioeconômico, bem como para a eficiência, a eficácia e a efetividade da
gestão pública. O ponto de partida do orçamento por resultados é desenhar e planejar os
programas do plano plurianual e dos orçamentos anuais a partir de uma metodologia baseada
em resultados. Coloca em destaque os resultados, de interesse da sociedade, que um órgão ou
entidade busca atingir por meio de sua atuação, torna explícito o vínculo entre os recursos
orçamentários a serem alocados nos programas e esses resultados e utiliza indicadores para
acompanhamento dos programas, com vistas a aprimorá-los e a subsidiar o processo
orçamentário.

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ORÇAMENTO POR RESULTADOS

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ORÇAMENTO-PROGRAMA
OBJETIVOS E perseguidos pela instituição e para cuja execução são
PROPÓSITOS utilizados os recursos orçamentários

instrumento de integração dos esforços governamentais


PROGRAMAS com o intuito de concretizar os objetivos

OS CUSTOS DOS meios e insumos necessários para a obtenção dos


PROGRAMAS resultados

MEDIDAS DE medir as realizações (produto final) e os esforços


DESEMPENHO despendidos na execução dos programas

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ORÇAMENTO-PROGRAMA
 O Orçamento-Programa incorpora a compreensão horizontal, ou seja, considera pacotes
de despesas alternativos para determinar qual deles contribuirá melhor para o alcance dos
objetivos programáticos. Nesse modelo, as despesas são agrupadas em programas e
projetos, e a alocação de recursos é baseada em análises de custo-benefício e impacto
esperado. O objetivo é direcionar os recursos para as atividades que têm maior relevância
e efetividade na consecução dos objetivos do governo.
 O orçamento tradicional segue uma abordagem mais vertical, em que as decisões
sobre despesas são tomadas anualmente e consideram cada atividade ou objetivo
governamental de forma isolada, sem pré-condições. Nesse modelo, cada área ou
departamento governamental apresenta suas demandas de recursos para o período
orçamentário e a alocação é feita com base nessas solicitações individuais, sem uma
análise comparativa mais abrangente. Essa abordagem pode levar a um processo de
tomada de decisões menos eficiente, com pouca consideração para o alcance de resultados
mais amplos.

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ORÇAMENTO-PROGRAMA
o orçamento é o elo entre o planejamento e o orçamento
a alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas
as decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises técnicas
de alternativas possíveis
na elaboração do orçamento são considerados todos os custos dos programas,
inclusive os que extrapolam o exercício
a estrutura do orçamento está voltada para os aspectos administrativos e de
planejamento
o principal critério de classificação é o funcional- programático
utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e de
resultados
o controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações
governamentais
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ORÇAMENTO-PROGRAMA
Os objetivos do orçamento programa, segundo Giacomoni, podem ser
divididos conforme esquema abaixo:
fins de toda ação governamental, que servem de orientação para as
FINAIS OU
políticas públicas. Geralmente suas definições são feitas de forma
BÁSICOS
qualitativa

propósitos específicos do governo, representados


quantitativamente e cuja consecução concorre para o alcance dos
DERIVADOS
objetivos finais. São estes que orientam a construção dos planos,
bem como a elaboração do orçamento programa.

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ORÇAMENTO-PROGRAMA
Um programa é caracterizado por três aspectos:

representa o nível máximo de classificação do trabalho a


cargo das unidades administrativas superiores do governo
(ministérios, órgãos, fundações, autarquias, etc.)
traduzido por um produto final à sociedade
representa os objetivos para os quais a unidade foi criada

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VANTAGENS DO ORÇAMENTO-PROGRAMA
Melhor planejamento de trabalho
Maior precisão na elaboração dos orçamentos
Maior determinação das responsabilidades
Maior oportunidade para a relação dos custos
Maior compreensão do conteúdo orçamentário por parte do Executivo, do Legislativo e da população em
geral
Facilidade para identificação de duplicação de funções
Melhor controle da execução do programa
Identificação dos gastos e realizações por programa e sua comparação em termos absolutos e relativos

Apresentação dos objetivos e dos resultados da instituição e do interrelacionamento entre custos e


programas
Ênfase no que a instituição realiza e não no que ela gasta

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DESVANTAGENS DO ORÇAMENTO-PROGRAMA

O tratamento dado ao orçamento-programa torna-o pouco gerencial, uma vez que se descola do PPA.
Objetivos e metas deixam de ser meios para verificar o desempenho dos órgãos e dos programas e os desvios de rota
não servem para as correções regulares do PPA
São meros recursos ritualísticos que o distanciam da capacidade de verificar a qualidade do gasto, este sim essencial
para as políticas públicas, uma vez que é o único meio para averiguar se os recursos estão sendo alocados
corretamente
Difícil mensuração e acompanhamento
Dificuldade de adoção de padrões de medição do trabalho, especificamente à definição dos produtos finais.
Necessidade de que os novos conceitos sejam conhecidos por todos os órgãos executores de atividades e programas,
bem como por todos os técnicos que elaboram e avaliam projetos e programas e por todas as autoridades que tomam
decisões.
As próprias dificuldades em identificar produtos finais fazem com que sejam apressadamente apontados como tal
verdadeiros produtos intermediários ou produtos de segunda linha.
Certas atividades relevantes do Estado são intangíveis, seus resultados não se prestam a medições.

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RECOMENDAÇÕES AO ORÇAMENTO-
PROGRAMA
Os programas devem ser “monofuncionais”, ou seja, cada programa vincular-se-á somente a uma função

Estabelecer critérios para distinguir entre programas de despesas em curso (no âmbito das políticas atuais) e novos programas de despesas
(ao abrigo de novas políticas).

Desenvolver um procedimento prático para calcular o custo aproximado dos programas.

Cada programa terá mais de um subprograma e cada um destes será desmembrado em várias atividades e projetos. Cada subprograma
estará relacionado somente com um programa. Da mesma forma, cada atividade, cada projeto relacionar-se-á apenas com um subprograma.

Os programas devem levar em conta todas as atividades (incluindo as regulatórias) e projetos relacionados que, juntos, contribuem para a
consecução dos objetivos. Isso significa que as despesas correntes e as de capital devem ser consideradas em conjunto quando da avaliação
de desempenho do programa em relação a seus objetivos.

A responsabilização pelos subprogramas deve explicitar a responsabilidade gerencial, geral e, preferencialmente, em uma única unidade
organizacional.

Estabelecer critérios para a escolha dos gestores de programas e especificar as suas responsabilidades. A implementação de cada programa
específico deve ser atribuída a uma unidade administrativa detentora de crédito

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RECOMENDAÇÕES AO ORÇAMENTO-
PROGRAMA
Estabelecer critérios para distinguir entre programas de despesas em curso (no âmbito das políticas atuais) e novos programas de
despesas (ao abrigo de novas políticas).

Cada programa deve ter o tamanho apropriado para uma gestão eficiente.

As atividades e os projetos devem ser desenhados em níveis elevados de desagregação de maneira a apoiar a gestão na busca dos
objetivos e resultados dos subprogramas.

Aumentar a flexibilidade na gestão financeira e de pessoal.

Incentivar as instituições de controle interno e externo a desenvolver habilidades para a realização de auditorias de eficiência,
eficácia e economicidade.

Expandir o modelo gradualmente a cada ano, adicionando alguns programas específicos e, com base na experiência, corrigir as
medidas de desempenho e a estrutura de monitoramento.

Realizar eventos de divulgação, junto ao pessoal da linha de frente, ministérios setoriais e, possivelmente, aos legisladores, sobre
a lógica da iniciativa e sobre a introdução gradual da orientação para resultados.

Selecionar alguns programas-piloto específicos em ministérios selecionados, com vistas a algumas melhorias iniciais em termos
de eficiência, bem como para a obtenção de experiência.

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ORÇAMENTO-PROGRAMA
ORÇAMENTO ORÇAMENTO-
TRADICIONAL PROGRAMA

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OUTRAS TÉCNICAS

Critério de alocação de recursos que representa uma variação do chamado "teto fixo", pois
Orçamento
trabalha com percentuais diferenciados, procurando refletir um escalonamento de
com Teto
prioridades entre programações, órgãos e unidades. Em gíria orçamentária, conhecido
Móvel
como "teto inteligente".

Critério de alocação de recursos que consiste em estabelecer um quantitativo financeiro


Orçamento fixo, geralmente obtido mediante a aplicação de percentual único sobre as despesas
com teto realizadas em determinado período, com base no qual os órgãos/unidades deverão elaborar
fixo suas propostas orçamentárias parciais. Também conhecido, na gíria orçamentária, como
“teto burro”.

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RESUMO

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11. VUNESP ALESP 2022 ANALISTA
A melhora do desempenho público passa pelo compromisso pelo alcance dos resultados, a partir de
estruturas administrativas e condições para que os instrumentos de controle e responsabilização
sejam, de fato, efetivados. Do ponto de vista do processo orçamentário brasileiro, uma das formas de
se alcançar isso é
a) a desvinculação entre programas, objetivos e resultados, desengessando as peças orçamentárias.
b) a maior seletividade do controle externo, averiguando apenas unidades administrativas com alto
risco.
c) a centralização da execução orçamentária, com controles procedimentais mais rígidos.
d) a flexibilização da execução orçamentária acompanhada de controles seletivos mais estritos.
e) o fim da necessidade de prévia autorização legislativa para remanejamento de recursos entre
órgãos.
GABARITO: D

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12. VUNESP ALESP 2022 ANALISTA
“Pensemos no ________________ como incorporando a compreensão horizontal – comparando pacotes de
despesas alternativos para decidir qual melhor contribui para o atingimento de objetivos programáticos. O
________________, por outro lado, pode ser pensado como incorporando a compreensão vertical – a cada
ano alternativas de despesas são consideradas sem pré-condições para todas atividades governamentais ou
objetivos tratados como entidades discretas.”
(Aaron Wildavsky, A. Budget for All Seasons? Why the Traditional Budget Lasts, Public Administration Review, Vol. 38, No. 6, Nov. – Dec., 1978, pp. 501-509. Adaptado)

Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas, referentes às espécies de


orçamento.
a) orçamento programa ... orçamento por desempenho
b) orçamento tradicional ... orçamento incremental
c) orçamento por desempenho ... orçamento incremental
d) orçamento programa ... orçamento base zero
e) orçamento base zero ... orçamento programa
GABARITO: D
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13. VUNESP ALESP 2022 ANALISTA
A melhora do desempenho público passa pelo compromisso pelo alcance dos resultados, a partir de
estruturas administrativas e condições para que os instrumentos de controle e responsabilização
sejam, de fato, efetivados. Do ponto de vista do processo orçamentário brasileiro, uma das formas de
se alcançar isso é
a) a desvinculação entre programas, objetivos e resultados, desengessando as peças orçamentárias.
b) a maior seletividade do controle externo, averiguando apenas unidades administrativas com alto
risco.
c) a centralização da execução orçamentária, com controles procedimentais mais rígidos.
d) a flexibilização da execução orçamentária acompanhada de controles seletivos mais estritos.
e) o fim da necessidade de prévia autorização legislativa para remanejamento de recursos entre
órgãos.
GABARITO: D

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14. VUNESP IISM SJC 2022
“O _______ apresenta os propósitos, os objetivos e as metas para os quais a
administração solicita os recursos necessários. Além disso, identifica os custos dos
programas propostos para alcançar tais objetivos e os dados quantitativos que medem
as realizações e o trabalho realizado dentro de cada programa.” (Adaptado de
NUNES, A.; OLIVEIRA, R.; BÉU, R., 2015)
a) orçamento base-zero
b) orçamento por desempenho
c) orçamento inercial
d) orçamento programa
e) orçamento empresarial
GABARITO: D
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15. VUNESP PC RR PERITO 2022
Tipo de orçamento em que existe: a coparticipação do Executivo e
Legislativo na elaboração dos orçamentos, e a transparência dos
critérios e informações que nortearão a tomada de decisões:
a) Teto fixo.
b) Base-zero.
c) Funcional.
d) Tradicional.
e) Participativo.
GABARITO: E
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16. VUNESP PC RR PERITO 2022
No âmbito da gestão pública existem alguns modelos de orçamento público, que foram empregados muitas
vezes, em diferentes momentos. Dentre eles estão o orçamento tradicional (T) e orçamento-programa (P).
Indique a alternativa que apresenta correta e respectivamente uma característica de cada um desses dois
modelos sobre a interação entre planejamento e orçamento.
a) T: decisões com base em avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis; P: a base das decisões
tem em vista as necessidades das unidades organizacionais.
b) T: processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação; P: orçamento é o
elo entre o planejamento e as funções executivas da organização.
c) Em T e P: orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização.
d) T: decisões com base em avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis; P: processo
orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação.
e) Em T e P: processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação.
GABARITO: B

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17. VUNESP EsFCEx 2021
A Constituição Federal de 1988 introduziu um processo integrado de alocação de recursos, compreendendo
as atividades de planejamento e orçamento, que passaram a ser executados a partir do exercício de 2000.
Até esta data, vigorava no Brasil o orçamento da seguinte espécie:
a) De desempenho, em que se evidenciava a preocupação com o resultado dos gastos e não apenas com o
gasto em si.
b) Base-zero, caracterizado por dar ênfase aos aspectos contábeis de gestão, e o controle visava avaliar a
honestidade dos agentes governamentais.
c) Tradicional, que tinha por característica ser dissociado dos processos de planejamento e programação.
d) Orçamento-programa, que representava o elo entre o planejamento e as funções executivas.
e) De realizações em que se buscava a definição dos propósitos e objetivos para os quais os créditos se
faziam necessários.
GABARITO: D

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18. VUNESP PREF. MORRO AGUDO 2020
O orçamento-programa é caracterizado por ser
a) uma técnica que tem por objetivo verificar o que o Governo realiza e o que compra, mas que não está
vinculado ao processo de planejamento.
b) um processo operacional que exige que o administrador justifique continuamente as despesas,
impedindo que ele simplesmente justifique as variações destas em relação ao orçamento anterior.
c) uma técnica cujo objetivo maior é permitir o controle dos gastos do Poder Executivo pelo Poder
Legislativo, que tem o poder de aprovar ou não o projeto de lei orçamentária anual.
d) um processo operacional que permite ao Governo interligar o planejamento previsto no plano plurianual
com os programas de governo que serão contemplados pelas dotações orçamentárias.
e) um instrumento cujo principal objetivo é permitir analisar se os gastos foram feitos com a maior
economicidade possível, evitando o desperdício de recursos governamentais.
GABARITO: D

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19. VUNESP CM. BOCAIUVA 2020
Sobre os tipos de orçamento público, a correlação correta é
a) orçamento impositivo – técnica de orçamentação que distribui os recursos disponíveis entre diferentes órgãos conforme
a distância entre o desempenho esperado e o realizado e os indicadores previamente estabelecidos.
b) orçamento clássico – pressupõe a rediscussão do mérito de cada item de despesa a cada ciclo orçamentário, permitindo
a realização de planejamento pleno, desde as premissas da política pública até a fixação de objetivos estratégicos.
c) orçamento programa – instrumento de organização para implementação das ações do governo, vinculando o
planejamento de médio prazo às despesas anuais por meio de programas que contenham ações agrupadas em objetivos e
metas.
d) orçamento desempenho – contempla a participação popular na definição dos orçamentos, reservando-se uma parcela
específica dos recursos orçamentários para alocação mediante decisão direta da população.
e) orçamento base zero – técnica de orçamentação que distribui os recursos disponíveis com base no orçamento realizado
no ano anterior, admitindo mudanças marginais na forma de repartição dos recursos.
GABARITO: C

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ORÇAMENTO PÚBLICO NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE
1988;
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PLANEJAMENTO NO BRASIL

PLANO
PLURIANUAL - PPA

LEI DE DIRETRIZES
ORÇAMENTÁRIAS -
LDO

LEI
ORÇAMENTÁRIA
ANUAL - LOA

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PLANO PLURIANUAL (PPA)
Segundo o art. 165 da CF/1988:
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de
forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas
de duração continuada.
*A exigência de regionalização do plano plurianual é
correta, especialmente quando se tratar do PPA federal.

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PLANO PLURIANUAL (PPA)
DIRETRIZES

• declaração ou conjunto de declarações que orientam os programas abrangidos no PPA 2020-2023,


com fundamento nas demandas da população;

OBJETIVOS

• declaração de resultado a ser alcançado que expressa, em seu conteúdo, o que deve ser feito para a
transformação de determinada realidade;

METAS

• declaração de resultado a ser alcançado, de natureza quantitativa ou qualitativa, que contribui para o
alcance do objetivo;
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PLANO PLURIANUAL (PPA)
PROGRAMAS DE DURAÇÃO CONTINUADA
ações que resultam na prestação de serviços à comunidade passíveis
de quantificação, excluídas as ações de manutenção administrativa;
ações que resultam na prestação de serviços à comunidade, excluídos
os pagamentos de benefícios previdenciários e os encargos
financeiros;
ações que resultam na prestação de serviços à comunidade de forma
contínua e permanente;

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PLANO PLURIANUAL (PPA)

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PLANO PLURIANUAL (PPA)

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PLANO PLURIANUAL (PPA)

Reta Final TJBA


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PLANO PLURIANUAL (PPA)
Estrutura
Reflete a agenda de governo que o chefe do Poder Executivo, por
DIMENSÃO
ESTRATÉGI
meio dos seus ministros, pretende implementar. São as prioridades
CA definidas pela cúpula de governo, e representam tradução dos
compromissos do presidente eleito para o País.

  Consiste dos programas, com seus objetivos, metas e indicadores.


DIMENSÃO Nessa etapa, as “Diretrizes” e os “Temas” são desdobrados em
TÁTICA “Programas”.

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PLANO PLURIANUAL (PPA)

A DIMENSÃO OPERACIONAL compreende o conjunto


de ações orçamentárias incluídas na Lei Orçamentária
Anual (LOA), bem como ações não orçamentárias. Essa
dimensão extrapola o conteúdo do PPA, sendo incluída
apenas no âmbito do monitoramento. É possível adiantar, no
entanto, que os Programas serão desdobrados em Ações
Orçamentárias e Não Orçamentárias, ambas contribuindo
para o alcance dos objetivos dos Programas.

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PLANO PLURIANUAL (PPA)
 Produtos: compreendem as consequências diretas e quantificáveis das atividades
realizadas no âmbito do programa, que podem ser entregues à sociedade. Nesta categoria,
inserem-se bens, serviços, medidas normativas ou qualquer outra intervenção cuja entrega
contribua para a consecução dos objetivos da política;
 Resultados: são mudanças na realidade social observadas no curto prazo, como efeito
dos produtos entregues. Estas alterações devem ser observáveis e mensuráveis, tendo por
referência os problemas diagnosticados e os beneficiários da política pública;
 Impactos: são efeitos relacionados ao fim último esperado das ações públicas.
Representam as evidências detectadas, usualmente em prazo mais longo, das mudanças
ocorridas na sociedade. Podem ser definidos como as consequências geradas a partir dos
resultados atribuídos a um conjunto de intervenções. Devem ser mensuráveis e possuir
relação de causalidade verificável. Podem ser definidos como os resultados dos resultados
da intervenção governamental. Possuem natureza abrangente e multidimensional.

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PLANO PLURIANUAL (PPA)
Projetos, atividades e operações especiais. Elas representam um
AÇÕES detalhamento dos programas, por vezes segmentando os trabalhos com
ORÇAMENTÁRI bases em linhas específicas para atender as necessidades da sociedade ou
AS
até de outros entes da federação. Por meio das ações, o governo executa os
programas e avança nos objetivos para cada uma das áreas (funções).

São aquelas cujos recursos não integram o Orçamento Geral da União.


Desta forma, compõem-se de recursos oriundos de setor privado, das
AÇÕES NÃO agências oficiais de crédito, do terceiro setor, dos incentivos fiscais,
ORÇAMENTÁRI dos fundos constitucionais de financiamento regional, dos fundos
AS
administrados pelo Governo Federal e dos dispêndios correntes das
empresas estatais, bem como de parcerias e contrapartidas de Estados e
Municípios.
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PLANO PLURIANUAL (PPA)

possuem a finalidade de retratar as declarações de governo e


Diretrizes
indicam as preferências políticas dos governantes eleitos.
buscam refletir a estrutura institucional adotada pela
Temas
administração federal.
representam categoria que articula um conjunto de ações
(orçamentárias e não-orçamentárias) suficientes para enfrentar
 
Programas
um problema. São categorias que precisam ser construídas de
forma harmônica e integrada. Seu desempenho deve ser passível
de aferição.

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ALTERAÇÕES NO PPA (ART.21)
conciliar com o PPA 2020-2023 as alterações promovidas pelas leis orçamentárias anuais e pelas leis de crédito
adicional e poderá, para tanto:
a) alterar o valor global do programa;
b) adequar vinculações entre ações orçamentárias e programas; POR ATO
c) revisar ou atualizar as metas; e PRÓPRIO
(DECRETO)
d) revisar ou atualizar os investimentos plurianuais constantes dos Anexos III (...)
alterar metas
incluir, excluir ou alterar:
a) a unidade responsável por programa;
b) o valor global do programa, em razão de alteração de fontes de financiamento com recursos não orçamentários; e
c) o valor dos gastos diretos ou dos subsídios de que trata o § 2º do art. 16.
Modificações realizadas nos termos do disposto no caput serão informadas à Comissão Mista de Planos,
Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional e publicadas em sítio eletrônico oficial.

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ETAPAS DO PPA

O processo de gestão do PPA 2020-2023 possui as etapas


 Implementação
 Monitoramento
 Avaliação
 Revisão.

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LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO
O conceito da LDO também é fornecido pela Constituição Federal de
1988. Segundo o art. 165, § 2º, " A lei de diretrizes orçamentárias
compreenderá as metas e prioridades da administração pública
federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas
metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as
alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. ".

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)


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LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO
No que se refere às despesas com pessoal, o art. 169, § 1º, estabelece que:
 ‘’A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de
cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, só poderão ser feitas:
I- Se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II - Se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista."

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LDO – LRF
equilíbrio entre receitas e despesas
critérios e forma de limitação de empenho
normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos
resultados dos programas financiados com recursos dos
orçamentos
demais condições e exigências para transferências de
recursos a entidades públicas e privadas.

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LDO – LRF

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LDO – LRF

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LDO – EXECUÇÃO PROVISÓRIA DO ORÇAMENTO

A LDO pode também ser instrumento de autorização de


despesas, se constar no seu texto a possibilidade de
liberação de duodécimos dos créditos orçamentários, e se o
orçamento anual não for aprovado até 31 de dezembro. Ou
seja, a LDO pode ser instrumento de autorização de despesas
somente se preenchidas as duas condições anteriores.

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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
ORÇAMENTO FISCAL
• referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração Direta
e Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


• abrange todas as entidades e órgãos a ele vinculados, da Administração Direta ou
Indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
Esse orçamento compreende as despesas relativas à Saúde, à Previdência e à
Assistência Social.

ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO
• das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto. As estatais dependentes estão inclusas no Orçamento Fiscal. As sociedades de
economia mista, em regra, são estatais independentes: integram o orçamento de investimentos;
se forem dependentes, integrarão o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.
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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)

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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)

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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
Art. 165
§ 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas
para exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos
plurianuais e daqueles em andamento.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)  

§ 15. A União organizará e manterá registro centralizado de projetos


de investimento contendo, por Estado ou Distrito Federal, pelo
menos, análises de viabilidade, estimativas de custos e informações
sobre a execução física e financeira.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)

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20. FUVEST 2013 USP ANALISTA
Analise as afirmações abaixo:
 I. A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o orçamento da seguridade social,
abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta,
bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
 II. Cada esfera de governo (federal, estadual e municipal) deverá ter um único orçamento.
 III. O Plano Plurianual tem duração de quatro anos, iniciando-se no último ano de mandato do
atual governante (presidente, governador ou prefeito).
 Está correto o que se afirma em
a)  I, apenas.
b)  II, apenas.
c)  I e III, apenas.
d)  II e III, apenas.
e)  I, II e III.
GABARITO: B
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21. VUNESP CAMPREV 2023
O Plano Plurianual:
a) se inicia no primeiro ano de mandato do presidente e tem vigência de 8 anos.
b) se inicia no terceiro ano de mandato do presidente e tem vigência de 8 anos.
c) se inicia no primeiro ano de mandato do presidente e tem vigência de 4 anos.
d) se inicia no segundo ano de mandato do presidente e tem vigência de 4 anos.
e) se inicia no terceiro ano de mandato do presidente e tem vigência de 2 anos.
GABARITO: D

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22. VUNESP PREF. GRU 2023
A vigência do Plano Plurianual (PPA) inicia-se no segundo ano do mandato do
Chefe do Poder Executivo e termina
a) no último dia do quarto ano do mandato.
b) no terceiro ano de mandato.
c) quando o chefe do poder executivo publicar o decreto de encerramento.
d) no último dia do primeiro exercício financeiro do mandato seguinte.
e) no último dia do primeiro ano de vigência do PPA.
GABARITO: D

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24. VUNESP PREF. PIRACICABA 2022
O Plano Plurianual
a) tem como princípios básicos a identificação clara dos objetivos e
prioridades do governo.
b) estabelece quais serão as metas e prioridades para o ano seguinte.
c) traça regras, vedações e limites para as despesas dos Poderes.
d) estabelece os Orçamentos da União, por intermédio dos quais são
estimadas as receitas e fixadas as despesas do governo federal.
e) não é avaliado pelo poder legislativo.
GABARITO: A

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25. VUNESP CM. MAUÁ 2019
Assinale a alternativa correta no que diz respeito ao Programa de Duração
Continuada.
a) Deve ser autorizado pelo Tribunal de Contas.
b) Deve ter prazo máximo de 20 anos.
c) Deve ter representação fidedigna no Balanço Patrimonial.
d) Possui prazo superior a dois anos.
e) Refere-se a programas finalísticos.
GABARITO: E

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26. VUNESP PREF. GRU 2023
As metas e prioridades da administração pública para o exercício seguinte
devem integrar o documento denominado:
a) Plano Estratégico Situacional.
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) Lei Orçamentária Anual.
d) Plano Plurianual.
e) Lei de Responsabilidade Fiscal.
GABARITO: B

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27. VUNESP PRUDENCO FISCAL 2022
A Lei de Diretrizes Orçamentárias ganhou destaque ainda maior no Brasil após os anos 2000 como peça de
planejamento financeiro e orçamentário. Isto se deve, entre outros fatores, a:
a) aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar no 101/2000), trazendo a previsão de
diversos itens de planejamento obrigatórios para as leis de diretrizes orçamentárias.
b) repetidos escândalos de corrupção envolvendo a execução do orçamento público, beneficiados pela
pouca transparência dos mecanismos de controle e acompanhamento orçamentários.
c) previsão desta lei como instrumento normativo adequado para a abertura de créditos adicionais
suplementares e especiais.
d) condição de que investimentos públicos que superem um exercício fiscal apenas possam ser iniciados se
incluídos prévia e expressamente na lei de diretrizes orçamentárias.
e) obrigatoriedade de enumeração exaustiva nesta lei da lista de impostos a serem cobrados dos
contribuintes no exercício fiscal seguinte, como condição para a validade da cobrança.
GABARITO: A

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28. VUNESP CM. ORLÂNDIA 2019
A Lei de Diretrizes Orçamentárias, entre outras ações,
a) disporá sobre as alterações na legislação previdenciária.
b) orientará a elaboração da lei orçamentária anual.
c) fixará limites de despesas por inversões financeiras para os quatro exercícios
financeiros de mandato.
d) estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas das
gestões públicas.
e) estabelecerá limites de compensação da renúncia da receita, conforme preconiza a
lei plurianual
GABARITO: B

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29. VUNESP DAEM PROCURADOR 2019
Cabe à lei ordinária de iniciativa do Poder Executivo dispor sobre
a) dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais
entidades controladas pelo Poder Público.
b) operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
c) o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual.
d) as diretrizes orçamentárias, compreendendo as metas e prioridades da
Administração Pública.
e) normas de gestão financeira e patrimonial da Administração direta e indireta, bem
como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
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30. VUNESP PREF. SERTÃOZINHO 2023
A Lei Orçamentária Anual (LOA)
a) não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, a exemplo da autorização
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita.
b) poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos
plurianuais e daqueles em andamento.
c) orientará a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e disporá sobre as alterações na
legislação tributária.
d) compreenderá o orçamento de investimento referente aos Poderes, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
e) compreenderá o orçamento da seguridade social, que terá entre suas funções a de reduzir desigualdades
inter-regionais, segundo critério populacional.
GABARITO: B

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31. VUNESP ALESP TÉCNICO 2022
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
podem ser aprovadas, dentre outras situações, caso
a) se destinem a ampliar os recursos dedicados a áreas prioritárias.
b) sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões.
c) sejam incompatíveis com o plano plurianual.
d) indiquem como contrapartida para a criação de nova despesa a anulação da
previsão de gastos com a dívida pública.
e) se destinem ao cumprimento do teto constitucional de despesas.
GABARITO: B

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32. VUNESP ALESP PROCURADOR 2022
A Lei de Orçamento
a) não poderá conter autorização ao Executivo para realizar operações de crédito por antecipação da receita, para
atender a insuficiências de caixa.
b) poderá conter autorização ao Executivo para operações de crédito por antecipação da receita, para atender a
insuficiências de caixa, desde que tal antecipação seja realizada após o término do primeiro semestre do exercício
financeiro, atendidas as exigências legais.
c) poderá conter autorização ao Executivo para realizar, em qualquer mês do exercício financeiro, operações de
crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa, atendidas as exigências legais.
d) não poderá conter autorização ao Executivo para realizar operações de crédito por antecipação da receita,
exceto para a constituição de créditos complementares no primeiro trimestre do exercício financeiro.
e) poderá conter autorização ao Executivo para operações de crédito por antecipação da receita, para atender a
insuficiências de caixa, desde que tal antecipação seja realizada até o término do primeiro semestre do exercício
financeiro, atendidas as exigências legais.
GABARITO: C

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33. VUNESP PREF. PIRACICABA 2022
“Orçamento secreto” ganhou essa denominação pela dificuldade de identificar o real autor
da emenda parlamentar, que é uma importante modalidade de transferência voluntária a
municípios, prejudicando a transparência no uso do dinheiro público e possibilitando
barganhas políticas entre os poderes executivo e legislativo. Os recursos do chamado
“orçamento secreto” são destinados por meio de emendas parlamentares
a) individuais.
b) de bancada.
c) de comissão.
d) da relatoria.
e) coletivas.
GABARITO: D
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34. VUNESP DAE BAURU 2022
A respeito das empresas estatais não dependentes, é correto afirmar que
a) a totalidade das suas receitas e despesas integram o orçamento público do
ente controlador.
b) não se sujeitam aos princípios da Administração Pública em matéria de
licitações e contratos.
c) a lei orçamentária anual do ente controlador compreenderá o orçamento de
investimentos dessas empresas.
d) não está autorizada a realização de operações de crédito.
GABARITO: C

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35. VUNESP CM. SERTÃOZINHO 2019
Estabelece a Constituição Federal que o orçamento fiscal e o orçamento de
investimento, ambos compreendidos na lei orçamentária anual e
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério
a) econômico.
b) populacional.
c) social.
d) eleitoral.
e) seletivo.
GABARITO: B
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36. VUNESP CM. SERTÃOZINHO 2019
O Orçamento Público Anual deverá conter
a) as despesas classificadas de todos os Poderes e órgãos públicos, na
respectiva funcional-programática.
b) cronograma de desembolso financeiro mensal, de acordo com as
prioridades do órgão.
c) superavit fiscal obtido no ano anterior, registrado em balanço.
d) autorização para abertura de créditos suplementares e especiais.
e) anexo de metas fiscais e seus respectivos créditos especiais.
GABARITO: A

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O CICLO ORÇAMENTÁRIO

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CICLO REDUZIDO
• • LEGISLA
EXECUTIVO
TIVO

DISCUSSÃO,
ELABORAÇ VOTAÇÃO E
ÃO APROVAÇÃ
O

CONTROLE
E EXECUÇÃO
AVALIAÇÃO

• LEGISLATIVO • EXECUTI
VO

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CICLO AMPLIADO
1 formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo

2 apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo

proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de


3
recursos pelo Executivo

4 apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo

5 elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo

6 apreciação, adequação e autorização legislativa

7 execução dos orçamentos aprovados

8 avaliação da execução e julgamento das contas


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ELABORAÇÃO DA LOA
O processo de elaboração da proposta orçamentária para os Poderes
Legislativo e Judiciário, para o Ministério Público da União e Defensoria
Pública da União apresenta as seguintes peculiaridades:
 Geralmente deve ser entregue à SOF até o dia 14 de agosto de cada
ano;
 Poder Judiciário deverá encaminhar à CMO parecer de mérito de suas
propostas orçamentárias elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça,
conforme estabelece a LDO; (o mesmo vale para o CNMP)
 Há também os limites orçamentários para a despesa primária para a
elaboração de suas respectivas propostas orçamentárias.

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ELABORAÇÃO DA LOA
CF
Se os órgãos dos demais poderes não encaminharem as
respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
Executivo considerará, para fins de consolidação da
proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites
estipulados.

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ELABORAÇÃO DA LOA
Lei 4.320/64

Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo


fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos
Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta
a Lei de Orçamento vigente.

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PLANO ORÇAMENTÁRIO - PO
No contexto da revisão das ações, foi criado o Plano
Orçamentário - PO, que se constitui em uma identificação
orçamentária parcial ou total de uma ação, de caráter
gerencial (ou seja, não constante na LOA), vinculada à ação
orçamentária, que tem por finalidade permitir que tanto a
elaboração do orçamento quanto o acompanhamento físico e
financeiro da execução ocorram num nível mais detalhado
do que o do subtítulo (localizador de gasto) da ação.

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PLANO ORÇAMENTÁRIO - PO
Nos casos em que não houver necessidade de utilização dos
POs, envia-se ao SIAFI um código para indicar a sua
inexistência. As ações padronizadas da União, de pagamento
de pessoal e benefícios ao servidor, passam a conter um
conjunto de POs padronizados. Também criou-se um PO
com código exclusivo para se identificar as despesas
administrativas não passíveis de apropriação nos demais
POs da ação finalística. Em ambos os casos, os POs
padronizados são criados pela SOF.
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DESPESAS COM TIC
Em razão do disposto na LDO, parágrafo único, para fins de
atendimento ao disposto no inciso XIII do Anexo I da
referida lei é necessário detalhar, em nível de subelemento
de despesa, os gastos previstos com tecnologia da
informação e comunicação, inclusive, hardware, software e
serviços.

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PLOA E O TETO DE GASTOS
Cabe destacar que a Emenda Constitucional nº 95 (EC 95)
impôs ao Governo Federal, quando do encaminhamento do
projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional, a
necessidade de demonstrar os valores máximos de
programação compatíveis com os limites individualizados,
por Poder e Órgão, calculados na forma do § 1º do Art. 107,
observados também os §§ 7º a 9º do mesmo artigo. Tal
imposição encontra-se prevista no § 3º do Art. 107 da EC
95.
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PLOA E O TETO DE GASTOS


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Cabe destacar que a Emenda Constitucional nº 95 (EC 95)


impôs ao Governo Federal, quando do encaminhamento do
projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional, a
necessidade de demonstrar os valores máximos de
programação compatíveis com os limites individualizados,
por Poder e Órgão, calculados na forma do § 1º do Art. 107,
observados também os §§ 7º a 9º do mesmo artigo. Tal
imposição encontra-se prevista no § 3º do Art. 107 da EC
95.
Reta Final TJBA
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APROVAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
Ainda conforme a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e
Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA,
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da
República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais,
regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a
fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do
Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988.

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APROVAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO

enquanto não
iniciada a
Presidente da votação, na
PODERÁ Mensagem CN Modificação Comissão mista,
República da parte cuja
alteração é
proposta.

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APROVAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
Seguindo os preceitos da CF, as EMENDAS ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias
NÃO poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. As emendas ao projeto de lei
de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano
plurianual As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias
indiquem os recursos necessários, dotações para pessoal e seus encargos
admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesa, excluídas as serviço da dívida
que incidam sobre transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito
Federal

sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões


com os dispositivos do texto do projeto de lei

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APROVAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
Além disso, a LRF traz outra possibilidade: o Poder
Legislativo poderia tentar, sem embasamento técnico,
reestimar os valores de receitas apresentados pelo Poder
Executivo. Para prevenir isso, o § 1º do art. 12 da LRF
determina:
§ 1º Reestimativa de receita por parte do Poder
Legislativo só será admitida se comprovado erro ou
omissão de ordem técnica ou legal.

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APROVAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
A Lei nº 4.320/64 traz mais dispositivos em relação às emendas. Segundo o art. 33
da Lei 4.320/1964, NÃO se admitirão emendas ao projeto de lei de orçamento que
visem:
Alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse
ponto a inexatidão da proposta
Conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos
competentes
Conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja
anteriormente criado
Conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do
Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

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EMENDAS (APROVAÇÃO E EXECUÇÃO)
Art. 166
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 2%
(dois por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do
projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos
de saúde.
§ 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% caberá às emendas de
Deputados e 0,45% às de Senadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de
2022)
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no §
9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art.
198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais.

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EMENDAS (APROVAÇÃO E EXECUÇÃO)
Art. 166
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações oriundas de
emendas individuais, em montante correspondente ao limite a que se refere o § 9º deste
artigo, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei
complementar prevista no § 9º do art. 165 desta Constituição, observado o disposto no § 9º-A
deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às
programações incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de
Estado ou do Distrito Federal, no montante de até 1% (um por cento) da receita corrente
líquida realizada no exercício anterior.
§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de
execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica.

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EMENDAS (APROVAÇÃO E EXECUÇÃO)
Art. 166
§ 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação
prevista nos §§ 11 e 12 deste artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a
Municípios, independerá da adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a
base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de
pessoal de que trata o caput do art. 169.
§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e
12 deste artigo poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira
até o limite de 1% (um por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do
encaminhamento do projeto de lei orçamentária, para as programações das emendas
individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para as programações das
emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal.

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EMENDAS (APROVAÇÃO E EXECUÇÃO)
Art. 166
§ 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da
meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes previstos nos §§ 11
e 12 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o
conjunto das demais despesas discricionárias.
§ 19. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe critérios
objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas,
independentemente da autoria, observado o disposto no § 9º-A deste artigo. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
§ 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem sobre o início de investimentos
com duração de mais de 1 (um) exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido iniciada, deverão ser
objeto de emenda pela mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão da obra ou do
empreendimento.

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EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
A execução orçamentária e financeira ocorrem concomitantemente, por estarem
atreladas uma a outra. Havendo orçamento e não existindo o financeiro, não poderá
ocorrer a despesa. Por outro lado, pode haver recurso financeiro, mas não se poderá
gastá-lo, se não houver a disponibilidade orçamentária. Em consequência, pode-se
definir execução orçamentária como sendo a utilização dos créditos consignados
no Orçamento ou Lei Orçamentária Anual - LOA. Já a execução financeira, por sua
vez, representa a utilização de recursos financeiros, visando atender à realização dos
projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades Orçamentárias pelo Orçamento.

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EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
ART. 165

§ 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os meios e


as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade.“

§ 11. O disposto no § 10 deste artigo, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019) (Produção de efeito)

I - subordina-se ao cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que estabeleçam metas


fiscais ou limites de despesas e não impede o cancelamento necessário à abertura de créditos adicionais;

II - não se aplica nos casos de impedimentos de ordem técnica devidamente justificados;

III - aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricionárias.

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EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
A administração tem o dever de executar as
programações orçamentárias, adotando os
ART. 165, § 10, CF meios e as medidas necessários, com
propósito de garantir a efetiva entrega
o
de
bens e serviços à sociedade.

 Mais que mero compromisso político,


Dever de executar as porém menos que a impositividade!
É a responsabilidade orçamentária,
programações orçamentárias? exigindo entrega de bens e serviços à
sociedade.

É a necessidade de justificar e apresentar os


motivos dos contingenciamentos (motivos

Para a prova? verdadeiros


responsividade,
e fundamentados).
a accountability,
É a
a
imprescindibilidade de prestar contas do não
cumprimento dos programas orçamentários.

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TRANSFERÊNCIAS
Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária
anual poderão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)

os recursos serão repassados diretamente ao estado ou município beneficiado, independente de


celebração de convênio; pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e serão
 TRANSFERÊNCIA
aplicados em programações finalísticas das áreas de competência do governo local (beneficiado). O ente
ESPECIAL
federado beneficiado poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o
acompanhamento da execução orçamentária na aplicação dos recursos.

TRANSFERÊNCIA COM os recursos serão vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e aplicados nas áreas
FINALIDADE DEFINIDA de competência constitucional da União.

pelo menos 70% das transferências especiais deverão ser destinadas a despesas de capital

no máximo 30% dos recursos dessas transferências poderão ser destinados ao custeio

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TRANSFERÊNCIAS
Art. 166-A.
§ 1º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a
receita do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios para fins de repartição e
para o cálculo dos limites da despesa com pessoal ativo e inativo, nos termos do §
16 do art. 166, e de endividamento do ente federado, vedada, em qualquer caso, a
aplicação dos recursos a que se refere o caput deste artigo no pagamento de:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
I - despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com
pensionistas; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
II - encargos referentes ao serviço da dívida. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 105, de 2019)

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CONTROLE NA LEI Nº 4.320/64
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:
 a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou
a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e
obrigações;
 a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis
por bens e valores públicos;
 o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos
monetários e em termos de realização de obras e prestação de
serviços.

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CONTROLE NA LEI Nº 4.320/64
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução
orçamentária será prévia, concomitante e subsequente.
Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando
instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer
tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os
responsáveis por bens ou valores públicos.
Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos
equivalentes verificar a exata observância dos limites das cotas
trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária, dentro do
sistema que for instituído para esse fim.
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CONTROLE NA CF/88
Art. 74
 avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
 comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
 exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União;
 apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

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CONTROLE NA CF/88
ASPECTOS DO CONTROLE
RELACIONA-SE COM
ORÇAMENTÁRIO
à arrecadação e à aplicação dos recursos públicos, conforme os
instrumentos de planejamento e orçamento previstos na Constituição
ORÇAMENTÁRIO Federal

à verificação do cumprimento de metas, aos resultados, à eficácia e à


OPERACIONAL eficiência da gestão dos recursos públicos

ao controle, à salvaguarda, à conservação e à alienação de bens


PATRIMONIAL públicos

ao fluxo de recursos administrados pelo gestor


FINANCEIRO

à aplicação dos recursos públicos conforme as técnicas contábeis


CONTÁBIL
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37. VUNESP PREF. JUNDIAÍ 2022
A respeito das etapas de elaboração, debate legislativo e aprovação do orçamento público,
é correto afirmar, com base na legislação nacional, que
a)  não são admitidas emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária, exceto quando
contem com expressa anuência do Poder Executivo.
b)  é vedada a adoção da técnica conhecida como “orçamento participativo”, por meio da qual
parcela das despesas é diretamente fixada mediante consulta direta à população.
c)  o orçamento federal será examinado previamente por Comissão mista permanente de
Senadores e Deputados, antes da sua apreciação pelo Plenário das duas Casas do Legislativo.
d)  quando proposta emenda parlamentar incompatível com meta fiscal estabelecida na lei de
diretrizes orçamentárias, a sua aprovação implicará revisão automática da meta fiscal.
e)  essa etapa do ciclo orçamentário é exclusivamente técnica e política, não comportando
intervenção ou controle por parte do Poder Judiciário.
GABARITO: C

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38. VUNESP PERUÍPREV 2022
Das fases do ciclo orçamentário, aquela que consiste na
efetiva arrecadação da receita e realização da despesa é
denominada
a) elaboração.
b) planejamento.
c) aprovação.
d) execução.
e) controle.
GABARITO: D
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39. VUNESP CFO EsFCEx 2022
O ciclo orçamentário é determinado em quatro etapas, sendo
elas, em ordem,
a) elaboração, estudo e aprovação, execução e avaliação.
b) planejamento, elaboração, captação e avaliação.
c) planejamento, preparação, aplicação e execução.
d) estudo do mercado, análise da cobertura, preparação e
execução.
e) planejamento, cobrança, recolhimento e comparação.
GABARITO: A
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40. FUNIVERSA SUBPCA DF 2015
O orçamento público é o mais relevante instrumento de gestão utilizado pelos governos para organizar seus recursos
financeiros e passa por diversas etapas até a sua completa execução. O conjunto dessas etapas é conhecido como ciclo
orçamentário. Acerca do ciclo orçamentário, assinale a alternativa correta.
a) A sequência de etapas do ciclo orçamentário ocorre na seguinte ordem: elaboração do projeto de lei orçamentária;
execução da lei orçamentária; apreciação, votação, aprovação, sanção e publicação da lei orçamentária; e
acompanhamento e avaliação da execução orçamentária.
b) Se, no desenvolvimento das etapas do ciclo orçamentário, ocorrerem contratempos que impeçam a disponibilização da
dotação orçamentária às unidades no início do exercício financeiro, os órgãos poderão fazer uso do duodécimo, que é um
mecanismo estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que possibilita a utilização mensal de um dez avos dos
valores previstos no projeto de lei orçamentária que está sendo apreciado.
c) O ciclo orçamentário começa antes do início do exercício financeiro, em função do prazo que a CF determina para o
envio do projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional, e termina após o encerramento desse prazo, uma vez que a
avaliação somente poderá ser finalizada após a execução do orçamento.
d) O acompanhamento e a avaliação do processo de execução orçamentária caracterizam o controle, que deverá ser
realizado exclusivamente por agentes do próprio órgão.
e) A apreciação do projeto de lei orçamentária deverá ser feita prioritariamente pela Câmara dos Deputados por meio de
comissão específica, que deverá examinar, emitir parecer referente ao projeto e exercer o acompanhamento e a fiscalização
orçamentários.
GABARITO: C
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41. FUNIVERSA CGDF 2014
Considere que determinado chefe do Poder Executivo esteja no primeiro ano de exercício de
seu mandato. Nesse caso, acerca do processo de elaboração, aprovação e execução do PPA, da
LDO e da LOA, assinale a alternativa correta.
a) O projeto do PPA deve ser apresentado até quatro meses antes da apresentação do projeto da
LOA.
b) O projeto da LDO elaborado no exercício mencionado deve ser compatível com o novo PPA
aprovado.
c) As emendas ao projeto da LOA podem ser aprovadas, se forem compatíveis com o PPA e a
LDO e indicarem os recursos necessários.
d) Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto da LOA, ficarem
sem despesas correspondentes somente poderão ser utilizados no exercício financeiro
subsequente ao de execução do referido projeto.
e) Enquanto não aprovado o PPA, os objetivos e as metas da Administração Pública para as
despesas de capital serão estabelecidos pela LDO.
GABARITO: C
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42. VUNESP TJ-PA 2014
O controle integrado, nos termos da Constituição Federal,
visa, dentre outros objetivos, coibir
a) a ineficácia e o descumprimento do planejado.
b) a expansão do estado e a ineficiência.
c) os desvios legislativos e a ingerência política.
d) a ineficiência e a ausência de políticas públicas.
e) o endividamento e as práticas corporativistas.
GABARITO: A

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43. CCV UFCA 2014
O processo orçamentário ocorre por meio das seguintes etapas: elaboração; estudo e aprovação;
execução; e avaliação. Sobre a etapa de execução, pode-se afirmar que:
a) Refere-se à eficiência com que se realizam as ações empregadas para tais fins e o grau de
racionalidade na utilização dos recursos correspondentes.
b) Refere-se à organização, aos critérios e trabalho destinados a julgar o nível dos objetivos fixados
no orçamento e as modificações nele contidas durante a execução.
c) Compreende a fixação de objetivos concretos para o período considerado, bem como o cálculo dos
recursos humanos, materiais e financeiros, necessários à sua materialização e concretização.
d) Constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o setor público, no
processo de planejamento integrado, e implica a mobilização de recursos humanos, materiais e
financeiros.
e) Compete ao Poder Legislativo, e o seu significado está configurado na necessidade de que o povo,
mediante seus representantes, intervenha na decisão de suas próprias aspirações, bem como na
maneira de alcançá-las.
GABARITO: D

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44. VUNESP PRUDENCO 2022
O ciclo orçamentário consiste no conjunto de etapas ordenadas necessárias ao atingimento das
finalidades do orçamento público, enquanto fenômeno jurídico, político, contábil e econômico.
A respeito do ciclo orçamentário, é correto afirmar que este compreende a seguinte etapa,
corretamente explicada:
a) Planejamento de curto prazo, mediante aprovação do Plano Plurianual, envolvendo o ano presente
e os próximos 5 (cinco) exercícios orçamentários.
b) Planejamento de médio prazo, mediante aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, contendo
os limites máximos para a dívida pública fundada bruta.
c) Execução do orçamento público, mediante as fases de arrecadação e recolhimento das receitas
públicas e de empenho, liquidação e pagamento das despesas públicas.
d) Monitoramento e avaliação do orçamento público, mediante realização de auditorias
independentes pelos órgãos de controle interno do ente público responsável pela orçamentação.
e) Aprovação do orçamento público, mediante outorga da Lei Orçamentária pelo Poder Executivo,
consultados previamente o Tribunal de Contas e o Poder Legislativo.
GABARITO: C

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45. VUNESP CM BOITUVA 2020
Sobre a tramitação dos projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais, é correto afirmar que a Constituição determina que
a) caberá a uma Comissão mista temporária de Senadores e Deputados examinar e emitir parecer
terminativo sobre os projetos de lei citados no enunciado.
b) as emendas aos projetos serão apresentadas a qualquer tempo e serão apreciadas, na forma
regimental, pelo Plenário do Congresso Nacional em sessão conjunta.
c) o Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Legislativo para propor modificação nos projetos
a que se refere o enunciado enquanto não finalizada a votação em plenário, da parte cuja alteração é
proposta.
d) não é possível a aprovação de emendas ao projeto de lei do orçamento anual que indiquem como
lastro a anulação de despesa com serviços da dívida pública.
e) os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual,
ficarem sem despesas correspondentes poderão ser automaticamente utilizados mediante abertura de
crédito especial por decreto do Chefe do Poder Executivo.
GABARITO: D

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46. VUNESP PREF. VALINHOS 2019
Determina a Constituição Federal que os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma
do regimento comum. Acerca do tema, é correto afirmar:
a) os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares,
com prévia e específica autorização legislativa.
b) caberá ao Tribunal de Contas examinar e emitir parecer sobre referidos projetos e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República.
c) as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,5% (um inteiro e cinco
décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que
1/3 (um terço) desse percentual será destinado a ações e serviços públicos de saúde.
d) as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,5% (um inteiro e cinco
décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a
metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos educacionais.
e) os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira prevista, conforme
a disposição constitucional, até o limite de 60% (sessenta por cento) da receita corrente líquida realizada no
exercício anterior.
GABARITO: A
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OBRIGADO
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