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A Bíblia do Investidor Sagaz

40 Mandamentos Milionários

Lucas Emanoel
Dedicado ao caçula que irá mudar o rumo de uma geração.
POR QUE ESCREVI ESSE LIVRO?

Começo a escrever esse livro em um período conturbado da história


mundial. O coronavírus mudou a economia, a política e os
relacionamentos. Entretanto, sabe o que não mudou? A atividade dos
vendedores de ilusão!
Diariamente somos bombardeados com vários “arraste para cima”,
“coloque seu melhor e-mail” e “acesse meu canal do Telegram”, que
garantem receitas mágicas com rentabilidades irreais no mercado de
renda variável.
Escrevo esse livro com a intensão de acabar com a desinformação
gerada pelos influenciadores digitais e para tornar o Brasileiro médio mais
preparado para enfrentar o IBOV. Enquanto apenas 0,5% da população
do Brasil investe em renda variável, a porcentagem chega a 50% para os
norte-americanos. Tenho certeza que nossa nação pode mais!
Nas próximas páginas, encontrará uma parcela do conhecimento
adquirido nos meus 4 anos de bolsa valores. Suas dúvidas sobre como
dar os primeiros passos, o básico da análise técnica e da análise
fundamentalista serão findadas no decorrer deste livro. Espero que
essa leitura seja engrandecedora e mude sua visão sobre o que é
necessário para ser um investidor de sucesso.

É só o começo!
ATENÇÃO!

- Esta obra tem caráter estritamente educacional!

- Não recomendo a compra ou venda dos ativos citados no decorrer


do livro!
ÍNDICE

Página do título
Dedicatória
POR QUE ESCREVI ESSE LIVRO?
ATENÇÃO!
MANDAMENTO I
MANDAMENTO II
MANDAMENTO III
MANDAMENTO IV
MANDAMENTO V
MANDAMENTO VI
MANDAMENTO VII
MANDAMENTO VIII
MANDAMENTO IX
MANDAMENTO X
MANDAMENTO XI
MANDAMENTO XII
MANDAMENTO XIII
MANDAMENTO XIV
MANDAMENTO XV
MANDAMENTO XVI
MANDAMENTO XVII
MANDAMENTO XVIII
MANDAMENTO XIX
MANDAMENTO XX
MANDAMENTO XXI
MANDAMENTO XXII
MANDAMENTO XXIII
MANDAMENTO XXIV
MANDAMENTO XXV
MANDAMENTO XXVI
MANDAMENTO XXVII
MANDAMENTO XXVIII
MANDAMENTO XXIX
MANDAMENTO XXX
MANDAMENTO XXXI
MANDAMENTO XXXII
MANDAMENTO XXXIII
MANDAMENTO XXXIV
MANDAMENTO XXXV
MANDAMENTO XXXVI
MANDAMENTO XXXVII
MANDAMENTO XXXVIII
MANDAMENTO XXXIX
MANDAMENTO XL
Sobre o autor
QUASE ESQUECI...
MANDAMENTO I

NEM HOLDER NEM TRADER, SEJA


SAGAZ!

O
investidor sagaz é versátil, não se apega a rótulos que pouco
influenciam em sua jornada como investidor.
Busca sempre mais conhecimento sobre o mercado e entende
muito além da renda fixa. Sabe que com essa modalidade, até
conseguiria atingir seus objetivos, mas demoraria muito mais tempo,
devido a sua baixa rentabilidade.
Mesmo que o começo pareça tenebroso, ele procura aprender a investir
por conta própria, não deixando seu patrimônio aos cuidados de
gestores. Esta mentalidade certamente lhe trará mais lucro e segurança
no futuro.
Ele estuda análise técnica para saber o melhor momento de comprar e
vendar ativos. Mas também, análise fundamentalista para selecionar as
melhores ações para o longo prazo.
Sabe que o mercado apresenta tendência apenas 30% do tempo, por
isso, aprende a operar vendido.
Entende que apenas diversificar seu portifólio não é suficiente para se
proteger de quedas bruscas, por isso utiliza PUTs para fazer um seguro
de carteira.
O investidor sagaz sabe que o único investimento que não apresenta
riscos é o conhecimento, por isso arrisca!
MANDAMENTO II

EXTERMINE A FRAGILIDADE DA SUA


VIDA, SEJA ANTIFRÁGIL!

T
odo investindo sagaz é antifrágil, pois reconhece o quanto está
sujeito a aleatoriedade do mundo.
Antifragil é um neologismo proposto por Nassim Nicholas Taleb em
seu livro “Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos, publicado em
2012”. Taleb é considerado um dos maiores pensadores do mercado
financeiro, uma indústria repleta de incertezas e fragilidades.
Para entendermos o que é antifrágil é necessário primeiro compreender
seu oposto, ou seja, o que é fragilidade. Frágil é algo que necessita muita
cautela em seu manuseio, pois tem grande facilidade de quebrar. Assim,
o frágil está suscetível a imprevistos, a aleatoriedade.
Como devemos chamar aquilo que não é frágil? Você pensou resistente?
Resiliente, talvez?
Um Item resistente pode até não se quebrar quando ocorre um acidente,
mas ele não se beneficia disso. Ele suporta os imprevistos, permanece
estático. Faz sentido para você?
O Item que buscamos quanto menos cuidado ele recebe ao ser
manuseado, mais forte ele se torna. Portanto, se beneficia da
aleatoriedade, ele é antifrágil! Dessa forma, para crescer pessoal e
profissionalmente, não devemos evitar o caos. Sem a aleatoriedade,
caos, desordem e estresse, o antifrágil não tem como aprender, reforçar,
melhorar e evoluir. Se esquivar e se proteger de ataques ou mudanças
bruscas vai acabar camuflando as suas vulnerabilidades. Concorda?
Ao optar pelo caminho do antifrágil, irá encarar os eventos adversos de
frente e se aperfeiçoará diante deles. Cada vez que se deparar com um
erro aumentará sua motivação e melhorará sua capacidade.
Sei que ainda parece abstrato, mas no decorrer do livro apresentarei os
primeiros passos para se tornar um investidor ANTIFRÁGIL.
Abrace o caos, pois ele é inevitável!
MANDAMENTO III

NÃO INVISTA ENDIVIDADO!

O
único cenário no qual você pode investir estando endividado é
quando os juros dessa dívida forem inferiores ao lucro líquido de
investimentos com prazos e valores proporcionais.
Entretanto, a grande maioria dos investimentos, sobretudo os de baixo
risco, tem rentabilidade muito inferior às taxas de juros cobradas pelas
dívidas.
Pense comigo, no momento que escrevo esse livro, um bom CDB rende
0,6% ao mês, enquanto pagamos 10% ao mês para operadoras de
cartões de credito.
Como dificilmente conseguimos rendimentos superiores aos das dívidas,
é fácil perceber que elas devem ser prioridade. Pague primeiro as dívidas
e só então comece a investir. Entretanto, continue estudando, buscando
oportunidades e avaliando as que mais se adequam ao seu perfil de
investidor.
MANDAMENTO IV

NUNCA CORRA UMA MARATONA COM


UMA SEMANA DE TREINOS!

L
embre-se, conhecimento não tem preço! E como Stephen Hawking já
havia dito, “o maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, é a
ilusão do conhecimento”. Portanto, para ter sucesso em seus
investimentos na bolsa, é imprescindível estudar e aprender tudo sobre o
mercado de ações antes de começar a investir.
Por isso, familiarize-se com alguns dos princípios básicos do mercado e
seu jargão, dedique um bom tempo fazendo cursos, lendo livros,
participando de discussões em blogs e fóruns sobre o assunto. Sinta a
volatilidade do mercado por meio de contas DEMO em simuladores
online da bolsa.
Se exponha gradativamente ao risco do mercado! Ao menos nas
primeiras aplicações, não aporte todo seu dinheiro em um único dia.
Divida as aplicações durante o mês. Comece por ETFs e FIIs antes de
comprar ações de empresas. Dessa forma, você estará mais confiante
para se aventurar por outros papeis da bolsa!
MANDAMENTO V

INVISTA O DINHEIRO DA PIZZA, NUNCA O


DINHEIRO DO PÃO!

V
amos supor que no churrasco do final de semana na casa do seu
tio, seu primo rico lhe contou que havia lucrado 200% com IRBR3.
Na segunda feira (13/01/2020), você gastou 5 dos 10 mil reais (que
havia juntado para quitar as parcelas do seu carro) comprando 100
IRBR3 por R$41,53. No dia 22 janeiro, suas ações custavam R$44,00.
Impressionado com o ganho em pouco tempo, comprou mais 100 ações
com restante do dinheiro. No dia 7 de fevereiro suas ações passaram a
custar R$32,00 e dos 10 mil só restaram R$7.847,00. Desesperado, você
zera sua posição e assume as perdas.
Investir um dinheiro comprometido sempre fez parte das histórias tristes
daqueles que perderam seu suado patrimônio na bolsa de valores.
É uma regra básica, mas que sempre vale ser lembrada: nunca invista na
bolsa de valores um recurso que você pode vir a precisar nos próximos
cinco anos, no mínimo. Por isso, não utilize o dinheiro do pão, que mata
sua fome no café da manhã! Utilize o dinheiro da pizza de uma saída
aleatória do mês.
MANDAMENTO VI

DESCUBRA SEU PERFIL DE INVESTIDOR!

O
perfil de investidor (Suitability) é o resultado de uma análise das
suas características em relação aos investimentos, e,
principalmente, ao risco envolvido. É algo ligado à sua
personalidade e objetivos. A forma como você lida com os
acontecimentos, por exemplo, é o que determina o seu perfil de
investidor.
Realizado por meio de um questionário durante a abertura de sua conta
em uma corretora (ou em algum site perdido pela internet), o perfil de
investidor serve para indicar a carteira de investimentos mais adequada
para você.
Tem como base três requisitos: segurança, liquidez e rentabilidade. As
perguntas respondidas tentam mapear quais destes pilares são mais
importantes. Isso porque dificilmente conseguirá encontrar estes três
critérios presentes, em altos níveis, em todos os investimentos do
mercado
Mas como o suitability pode impactar seu sucesso nas aplicações
financeiras?
Agir contra a sua personalidade e metas em qualquer situação da vida é
um erro que pode trazer consequências negativas. Fazer isso em seus
investimentos pode ser ainda pior. Ao ter mais dinheiro do que deveria
aplicado em produtos financeiros incompatíveis com seu perfil, você
tende a perder a tranquilidade. Seja pelo risco de comprometer parte do
capital a curto prazo, seja pela ansiedade de estar deixando de ganhar
dinheiro com produtos mais arrojados.

∆∆∆
Basicamente existem três perfis:
1) O CONSERVADOR
Aqueles que não estão dispostos a correr muitos riscos. Para
eles a segurança tem um peso muito maior que a rentabilidade.
Por conta disso, prioriza a renda fixa, investindo pouco em renda
variável.
2) O MODERADO
Assume correr maiores risco para receber melhores
rendimentos, mas sem exagerar. Ele possui uma carteira mais
agressiva que o conservador, contudo, a renda fixa ainda
predomina sobre a variável em seu portifólio.
3) O ARROJADO
Aqueles dispostos a correr mais riscos e presam por maior
rentabilidade. Por estar em fase de acumulo de capital, o
investidor arrojado abusa da volatilidade de sua carteira de
investimentos. Ele arrisca, mas com bom senso, visando ganhos
maiores e não prejuízos desnecessários.
Agora que conhece os perfis, quem é você?
MANDAMENTO VII

FUJA DAS CORRETORAS DE BANCOS!

A
escolha da corretora ideal é uma das principais dúvidas de quem
está iniciando na carreira de investidor.
Não é um assunto simples! Mais de 90 corretoras estão catalogadas
no site da B3. Grande número delas oferece taxas e serviços parecidos,
o que acaba dificultando ainda mais a escolha da melhor opção.
Nas próximas linhas irei explicar as características e qualidades para
escolher uma corretora de confiança para seus investimentos:
1) PREFIRA UMA CORRETORA INDEPENDENTE
Diferente de uma corretora independente, que ganha comissões
de acordo com os rendimentos dos clientes, as corretoras de
bancos são comissionadas conforme a venda de produtos “da
casa”. No seu banco, você tem acesso a aplicações limitadas.
Além disso, quanto maior o porte da instituição, menos
rentáveis são os produtos financeiros ofertados.
2) PRESTE ATENÇÃO AOS CUSTOS DE SUA CORRETORA!
Basicamente existem 2 duas taxas que você terá que arcar:
-Taxa de custódia (TC) = uma espécie de mensalidade que a
corretora cobra para manter seu cadastro.
-Taxa de corretagem (TCO) = é o valor cobrado para cada
operação de compra ou venda de ações que você faz pela
corretora.
Quanto menores forem seus aportes mensais, menos você deve
gastar com essas taxas!
Se um investidor A (IA) investe R$100,00 utilizando 2
aportes/meses com TCO de R$10,00, enquanto o investidor B
(IB) investe R$ 1.000,00 realizando 2 aportes/meses na mesma
corretora, observaremos que, para IA, a corretagem apresentou
impacto de 20% e, para IB, apenas 2% do valor investido.
3) NÃO DEFINA SUA ESCOLHA APENAS PELO PREÇO
Mesmo que a sua corretora seja taxa zero, se ela não apresentar
um bom relacionamento com os clientes, fuja. Sistemas podem
sair do ar, suas ordens podem ser canceladas e uma hora ou
outra será necessário falar com alguém de carne e osso
Além disso, por mais barata que seja, sem um Homebroker
(HB) estável, não valerá a pena. Todos que já deixaram de
realizar uma operação na bolsa por instabilidade, travamento ou
bugs do HB sabe o quanto esse ponto é importante. Essa é uma
dor de cabeça que você não quer ter, acredite!
Para conhecer a qualidade do HB, vale uma pesquisa sobre a
corretora no site “RECLAMEAQUI” ou conversar com quem já
fez uso do sistema em fóruns, sites ou blogs de investimentos.
4) DISPONIBILIDADE DE CONTEÚDO EDUCATIVO PARA O
INVESTIDOR
Se você está começando a investir, material educativo é
fundamental para aprimorar seu conhecimento sobre o mercado.
Por isso, busque corretoras que disponibilizem análises de
mercado e de resultados financeiros das empresas, boletins
diários e carteiras recomendadas.
5) DIVERSIDADE DE PRODUTOS
A corretora oferece, fundos de investimentos, mercado futuro,
debêntures, CDBs...?
Corretora escolhida? Agora é hora de agir!
MANDAMENTO VIII

TENHA UMA RESERVA DE EMERGÊNCIA!

S
endo um investidor ou não, qualquer um está sujeito a imprevistos.
Concorda?
Seja um problema de saúde, um dano material ou a perda de um
negócio, ninguém sabe a hora que vai precisar de um dinheiro extra.
Para não ficar dependendo de empréstimos bancários, de familiares ou
de terceiros e evitar um estresse emocional, o ideal é que você, investidor
antifragil, monte uma Reserva de Emergência (RE). Ela pode ser a sua
melhor solução frente a um imprevisto e uma boa maneira de construir
um patrimônio financeiro.
Mas qual deve ser o valor da reserva de emergência?
Bom, a resposta para essa pergunta é relativa.
Na média, a conta básica é que a reserva cubra seis meses dos seus
gastos mensais. Então, caso uma pessoa tenha despesas médias na
casa de R$5000,00/ mês, isso significaria uma reserva de emergência no
valor de R$30.000,00.
Porém, a depender do padrão de vida do indivíduo, o valor do montante
pode variar. Funcionários públicos, que gozam de maior estabilidade no
emprego, por exemplo, podem ter uma reserva menor, na casa de 3 a 4
meses de despesas pagas. Já profissionais autônomos podem precisar
de uma reserva de 9 a 12 meses, uma vez que não contam com
benefícios da CLT, como o FGTS ou o aviso prévio.
Onde investir a RE?
Como o dinheiro investido precisa ser acessado rapidamente na hora de
uma urgência, é necessário que seja alocado em um produto
conservador com alta liquidez (D+0 ou D+1) e baixa volatilidade. Por
isso, títulos de renda fixa em que o investidor deixa seu dinheiro travado
por um período mais longo ou fundos de investimento com menos
liquidez acabam não sendo escolhas interessantes nesse caso.
As melhores opções para aplicar a reserva seriam o Tesouro SELIC, CDB
com liquidez diária, LCI e LCA com liquidez diária. Dessa forma, seu
dinheiro estará protegido da inflação e sua antifragilidade resguardada.
MANDAMENTO IX

NÃO CAIA NA ILUSÃO DA RESERVA DE


OPORTUNIDADE!

R
eserva de oportunidade é um dinheiro aplicado em renda fixa ou
poupança, esperando o momento certo para comprar algum ativo
de renda variável. Parece realmente uma boa, não? Você deixa
uma certa porcentagem do seu patrimônio reservado e quando aquela
ação ou FII tem uma queda relevante, você compra uma quantidade de
papéis daquele ativo.
Particularmente gosto da palavra reserva, mas a palavra oportunidade
me dá arrepios!
Não vou ser hipócrita ao ponto de dizer que não ficaria angustiado por
não possuir uma reserva de oportunidade enquanto minha carteira
desvaloriza 50% em uma crise. É indubitável que o desgaste emocional
por não poder comprar empresas pela metade do preço é muito grande.
Entretanto, os desafios de ter uma reserva de oportunidade, na minha
visão, são principalmente saber o momento exato de usar e como não
deixar o seu psicológico afetar sua decisão. O risco é usar muito cedo ou
nunca usar.
Reflita comigo:
Em janeiro de 2020 o IBOV atingiu 119 mil pontos.
Você teria utilizado sua reserva de oportunidade quando caiu para 104
mil?
Ou quando atingiu os 87 mil pontos? Teria coragem?
Talvez ainda seja uma queda pequena para você... que tal aos 64 mil em
março?
Ou será que esperaria baixar a 50 mil e não compraria nada, guardando
o dinheiro até hoje?
Como não tenho uma bola de cristal para conseguir prever o fundo do
mercado durante uma crise, eu decidi ficar sempre investido.
Assim, seguirei aportando de forma constante e com pulso firme!
MANDAMENTO X

NÃO COLOQUE TODOS OS OVOS EM


UMA CESTA SÓ!

V
ocê já deve ter ouvido essa clássica frase das finanças. Quando se
trata de investimentos, ela se aplica à formação de uma carteira e
pode ser resumida em uma única palavra: DIVERSIFICAÇÂO!
Diversificar seus investimentos entre renda fixa e renda variável é uma
ação necessária para quem deseja reduzir o risco de sua carteira e
proteger seu patrimônio.
Eu sei que seu youtuber favorito investe 100 % em ações!
Sem dúvidas os ganhos podem ser incrivelmente maiores, entretanto, as
perdas podem ser catastróficas. Isso porque a renda variável é mais
suscetível às oscilações do mercado e seus produtos têm flutuações de
valor mais frequentes.
Dessa forma, para um investidor iniciante, aplicação em renda variável
com suporte em renda fixa seria a opção mais sensata. Contudo, é visível
a tendência de se afastar da renda fixa à medida que ficamos mais
experientes com o mercado de renda variável. Isso fica evidente ao
observarmos a diminuição da rentabilidade da renda fixa devido aos
cortes na taxa de juros.
Então, qual a porcentagem do patrimônio deve ser alocada entre renda
variável e renda fixa?
Existem várias estratégias de diversificação, como Barbell e regra dos 80.
Entretanto, irei ensina-lo a regra dos 100!
Basicamente, a nossa idade vai ser igual ao percentual do nosso dinheiro
que deve ser aplicado em renda fixa. Já a nossa idade menos cem, será
em renda variável.
Supondo que você tenha 30 anos:
30% do meu patrimônio será investido em renda fixa, e o restante, que
são 70% (100-30=70), será aplicado em renda variável.
Essa regra parece ser muito simplória. Entretanto, quanto mais jovem,
mais tempo você terá para criar lastros e construir um patrimônio, com
bons ganhos reais acima da inflação. E também terá mais tempo de se
recuperar, em caso de crises e perdas.
MANDAMENTO XI

ACOMPANHE E REBALANCEIE SUA


CARTEIRA!

U
m dos principais temores dos investidores é a estagnação da sua
carteira. Uma das maneiras de afastar seus investimentos dessa
realidade é por meio da técnica de rebalanceamento.
Após ter descoberto seu perfil de investidor e a porcentagem ideal de
renda fixa e variável em seu portifólio (regra dos 100), é necessário
seguir fielmente essa proporção, com datas definidas para reequilibrar e
redistribuir os recursos. Essa é a teoria por trás do rebalanceamento.
Imagine que você é um investidor moderado e aplica R$ 10000 ao ano
em uma carteira focada 50% em renda fixa (RF) e 50% em renda variável
(RV).
Essa é a proporção bem definida da sua carteira! Seguir fielmente essa
proporção significa alocar seus recursos, a cada rodada de
investimentos, de acordo com o perfil estabelecido.
No primeiro ano você terá investido R$5.000,00 em um fundo de
investimentos em ações e R$5.000,00 em um CDB prefixado de 10%aa.
Passado um ano, seu ativo em renda variável havia desvalorizado 40%,
enquanto seu CDB agora custava R$ 5.500.
Portanto, suas proporções não estão mais bem definidas (RF= 65%; RV
= 35%).
Como seu patrimônio agora custa R$18.500,00 (RF + RV + R$10.000,00)
você deve alocar R$3.500,00 RF e R$5.500,00 RV totalizando
R$9.250,00 em ambas aplicações.
Com esse exemplo, percebemos que em um Bear Market, o investidor
deverá vender o excedente em renda fixa e reaplicar em variável. Já em
um Bull Market, a tendência é que ele venda ações para reaplicar em
renda fixa. Em ambas as situações prevalecerá a lógica de vender na alta
e comprar na baixa!
MANDAMENTO XII

NÃO PULVERIZE SEUS INVESTIMENTOS!

S
ua carteira de ações está exposta a dois tipos de riscos. O primeiro,
se refere ao risco de uma companhia quebrar ou de um segmento
entrar em crise. O segundo, se refere às ameaças que atingem
todas empresas, como instabilidade política, inflação, desastres naturais,
etc.
Por isso, na lista de prioridades do investidor sagaz, a diversificação
ocupa o topo. Basicamente, consiste na redução do risco
segmentar/individual de uma carteira, por meio da alocação de
investimentos entre vários ativos com diferentes correlações.
Talvez você não saiba o que é correlação, mas essa métrica varia do -1
ao +1, sendo utilizada para determinar como um ativo se movimenta em
relação a outros. Ativos com grande correlação se comportam de maneira
parecida, enquanto correlações negativas indicam que os preços dos
ativos flutuam de forma oposta, quando um valoriza o outro desvaloriza.
Erros durante a diversificação de um portifólio podem custar caro. Ao
“pulverizar” suas aplicações comprando várias empresas de um mesmo
setor e com grande correlação, você acaba deixando a carteira
redundante e suscetível ao risco segmentar.
Vamos supor que você invista somente no segmento financeiro. Seu
portifólio é composto pelas ações: BBSA3, ITSA3, BIDI4, BBDC4,
BPAN4, PINE3. Com os crescentes cortes nas taxas de juros,
provavelmente todas as empresas que você investe irão perder valor e
sua carteira sofrerá grandes perdas. Por isso a necessidade de
diversificar os investimentos com ações de outros setores e com
correlações negativas.
Contudo, não exagere na diversificação! Sua carteira deve ser composta
por uma quantidade de empresas que possibilite o acompanhamento de
perto, avaliando os resultados financeiros e fatos relevantes emitidos.
Um portifólio muito diversificado, apesar de mais seguro, será menos
lucrativo. Imagine que uma ação valorize 100% em uma carteira
constituída por 30 empresas. Agora imagine a mesma situação em um
portifólio composto por 5 empresas. Enquanto no primeiro exemplo a
valorização do ativo provocou uma rentabilidade total de
aproximadamente 3,4%, no segundo provocou um aumento de 20% do
seu patrimônio. Por isso, ter entre 5 e 20 empresas, seria muito saudável
para seus investimentos.
MANDAMENTO XIII

DOLARIZE SUA CARTEIRA!

N
o ano de 2020, foi amplamente divulgado que a bolsa brasileira
havia ultrapassado a máxima histórica. Contudo, ao avaliarmos o
IBOV indexado ao dólar, percebemos que ainda estamos nos
patamares da crise de 2008. Isso se deve à desvalorização do real ante
a moeda estadunidense, que ultrapassou os 30% em 2020.
O Brasil é uma nação com crise crônica! Nas ultimas 5 décadas, foram 2
Impeachments, 4 anos com inflação acima de 1000%, 6 trocas de
moedas, além das renegociações de dívidas no governo Sarney. No final
do dia, somos uma economia fraca, com moeda fraca e extremamente
volátil.
Por isso, você deve dolarizar sua carteira, pois, assim, terá acesso à
moeda mais forte, à maior economia e às melhores empresas.
Mas, calma! Não é para comprar dólar e guarda-lo no colchão.
Comprar Dólar e não investir é reserva de oportunidade, não
investimento. É preciso comprar boas empresas com a moeda, mas
garanto que não será difícil encontra-las fora do Brasil. Pense um pouco,
em sua estratégia de longo prazo você compraria: Berkshire Hathaway
ou Itausa, Weg ou Tesla, Amazon ou Via Varejo?
Além disso, já percebeu o quanto o dólar fica caro em momentos de
crise? Isso ocorre, pois os investidores desavisados querem se expor
desesperadamente à moeda no meio do olho do furacão. Como você é
um investidor sagaz, sabe que a dolarização reduzirá os efeitos da
volatilidade da moeda brasileira e o risco global sobre o seu portifólio. Por
isso, você deve sempre estar blindado com dólar em sua carteira. Como
Warren Buffett já havia dito, “você só descobre quem está nadando
pelado quando a maré é baixa”.
Abra sua conta agora em uma corretora internacional e tenha acesso ao
que o melhor mercado do mundo tem a lhe oferecer.
MANDAMENTO XIV

NÃO ALUGUE SUAS AÇÕES!

A
maioria dos influenciadores digitais afirmam que disponibilizar sua
carteira de ações é uma ótima forma de aumentar seus
rendimentos. Contudo, garanto que é uma gigantesca furada!
Só faz sentido alugar suas ações, se você investir muito dinheiro (muito,
muito dinheiro), pois o valor pago pelo aluguel gira em torno de 2% a 5%
ao ano. Contudo, o tomador (quem alugou suas ações) ao realizar uma
operação a descoberto, não necessita ficar por um ano, ele pode ficar por
apenas dias ou semanas. Assim, você receberá uma proporção da taxa
anual referente ao período alugado.
O segundo ponto é que os ativos disponibilizados para doação não
estarão sempre alugados. Em situações comuns, seus ativos ficarão
alugados por no máximo 3 dias em um mês. Entretanto, como os
tomadores realizam operações SHORTs, em fortes tendências de baixa a
demanda por alugueis aumenta exponencialmente.
Os doadores das ações (quem disponibilizou para alugar), não podem
vende-las, na verdade, elas desaparecem até do seu homebroker. Além
disso, ainda há o período de liquidação (no momento que escrevo esse
livro são de 3 dais 3 dias uteis). Se você quisesse vendar suas ações,
pois sabia que uma grande queda iria ocorrer devido à crise do
coronavírus, e solicitasse o fim do aluguel no dia 4 de março de 2020
(quarta-feira), só iria recebe-las 9 de março (segunda feira). Nestes 3 dias
uteis, o IBOV amargou 19,73% de queda. Quanto você teria perdido?
Outro fato importante, é que incidem impostos sobre o aluguel. A alíquota
repassada para o doador é a mesma da renda fixa, variando de 22,5%
(até 180 dias de aluguel) à 15% (acima de 720 dias).
No fim das contas, ao disponibilizar R$ 100.000,00 em ações para alugar,
você receberá apenas R$10,00 / mês. A pior parte é que você tem
grandes chances de esquecer de declarar esse valor irrisório e acabar
caindo na malha fina.
MANDAMENTO XV

PRESERVE O SEU PODER DE COMPRA!

“H
á um ano, investi R$ 1000 em um CDB 10%aa, portanto meu
rendimento real foi de R$1100,00 menos impostos!”
Você concorda com essa frase? Não acha que falta alguma taxa?
Qual taxa seria?
A imensa maioria dos investidores analisa apenas a rentabilidade liquida
(RL) de suas aplicações, ou seja, rentabilidade bruta (RB) descontado os
impostos e outras taxas (corretagem, custodia emolumentos...). Contudo,
bons investidores sabem da necessidade de descontar a inflação para
chegar à rentabilidade real (RR) de um investimento. Portanto:
RB – (taxas+ impostos)= RL
RL- inflação= RR.
O cálculo da RR é de fundamental importância para preservar seu poder
de compra! Por isso que a poupança é um péssimo investimento para
diversificar seu patrimônio. Devido ao baixo rendimento, ela apresenta
grande possibilidade de perder para a inflação, como por exemplo em
2019. Assim, vale a pena analisar os investimentos atrelados ao IPCA e
ao IGP-M.
Portanto, ao elaborar um planejamento de longo prazo, faz-se necessário
considerar o impacto da inflação nos investimentos. Afinal, com cinquenta
centavos não se compra mais um kinder ovo.
MANDAMENTO XVI

ENTENDA OS PRAZOS E ESTRÉGIAS


OPERACIONAIS!

P
razo operacional é o período de tempo que iremos manter a
posição, seja ela compradora ou vendedora. Geralmente temos os
seguintes prazos operacionais:
1) BUY AND HOLD (BH)
Esse tipo de estratégia é indicado para investidores que têm o
intuito de serem sócios da empresa. Por meio de uma criteriosa
análise fundamentalista, o investidor compra os melhores papéis
e seguram por um prazo indeterminado, enquanto os bons
fundamentos persistirem.
Observe que essa é a estratégia com menos custos
operacionais (corretagem, emolumentos...), pois quanto menos
operações um investidor realizar, menor será o valor gasto com
taxas.
2) POSITION TRADE (PT)
Nesse caso, o indivíduo se vale da especulação para lucrar com
a variação do valor das ações em longos períodos. Diferente do
BH, o PT faz uso da análise técnica (geralmente gráfico
semanal) para seguir a tendência do mercado .
Como o PT exige um tempo menor de dedicação, geralmente os
position traders são indivíduos com outras áreas de ocupação,
conciliando investimentos e seus empregos formais.
3) SWING TRADE (ST)
É a estratégia mais versátil, operando a curto e médio prazo. O
swing trader, por se tratar de um especulador, utiliza o gráfico
diário e o de 60 minutos para ler o mercado.
4) DAY TRADE (DT)
Day trade é uma operação de compra e venda de ações de uma
mesma empresa realizada em um único dia na bolsa de valores
(gráfico intraday). O objetivo do trader é obter lucro com a
oscilação de preço do ativo entre a abertura e o fechamento do
mercado. Entretanto, como a volatilidade da bolsa de valores é
marcante, cenários imprevisíveis podem ocorrer, afetando
totalmente a curva de rentabilidade do day trade.
5) SCALPING TRADE (SCALPING)
O scalping é uma estratégia operacional de day trade de
curtíssimo prazo (menos de 1 minuto). O intuito do Scalping é
lucrar com os movimentos curtos, rápidos e sequenciais que
acontecem durante um dia de pregão. Para tanto, o scalper faz
uso de tape reading, análise técnica e indicadores como VWAP.
MANDAMENTO XVII

COMPREENDA A VOLATILIDADE DO
MERCADO!

N
ão há melhor exemplo do que os impactos gerados pela pandemia
do coronavírus para explicar esse mandamento.
O IBOV demorou 1 ano e meio para sair dos 70 mil pontos em
junho de 2018 e chegar aos 118 mil em 2020. Contudo, em menos de 2
meses, desvalorizou cerca de 48%, chegando à casa dos 64 mil pontos,
representando a queda mais rápida da história!
É por isso que nem todo investidor tem estômago para a volatilidade da
bolsa de valores. Em um dia você está virtualmente com boa
rentabilidade, no seguinte passa a ter virtualmente um grande prejuízo.
Portanto, no mercado acionário, o crescimento do seu patrimônio é bem
lento e gradual, demorando anos até alcançar a independência
financeira.
Ser investidor de longo prazo é estar preparado para subir a longa
escada da riqueza e ter estômago para aguentar as quedas intrínsecas
ao caminho do sucesso.
MANDAMENTO XVIII

INVISTA APENAS EM BAIXO RISCO E


ESQUEÇA AS CHANCES DE ENRIQUECER!

“Preocupação não é doença, mas sim sinal de saúde. Se você não está
preocupado é porque não está arriscando o bastante”
Axiomas de Zurique

P
sicologicamente falando, é natural do ser humano agarra-se à
segurança como se fosse a coisa mais importante do mundo. Ela
faz com que a pessoa se sinta protegida, criando uma sensação de
tranquilidade.
Devido a isso, a grande maioria dos investidores investem uma parcela
ínfima do seu capital em aplicações de alto risco. Contudo, se a quantia
for tão pequena que a sua perda não represente diferença significativa, o
mais provável é que tampouco trará ganhos significativos. Ao investir
R$100,00 em uma ação e ela quadruplicar o valor, você continua pobre.
Se você não é herdeiro de uma grande fortuna, a única a maneira de
derrotar o sistema é apostando quantias que valham a pena.
Mas CUIDADO!
Isto não significa que deva apostar somas que perdidas levariam ao
fundo do poço. Afinal de contas, há o aluguel a pagar e as crianças
precisam comer. Mas significa, que tem de superar o medo de se
machucar!
Assim, comece disposto a se ferir um pouquinho e, à medida que for
ganhando experiência, aumente a sua dose de preocupação.
MANDAMENTO XIX

ENTENDA AS REGRAS DO JOGO - A


TEORIA DE DOW!

C
riada por Charles Dow (um dos fundadores do índice Dow Jones), a
teoria de Dow é considerada a espinha dorsal da análise gráfica.
Por meio dela, podemos compreender como funcionam os ciclos da
bolsa de valores.
Os principais pontos da teoria são os seguintes:
1) OS INDICES DESCONTAM TUDO
Os índices como o Dow Jones e o Ibovespa refletem a atividade
combinada de milhares de investidores, incluindo aqueles que
possuem melhores informações (Insiders).
Eles simbolizam todo o consenso do mercado sobre o passado,
o presente e o futuro. Uma vez que o mercado é rápido e
eficiente, até mesmo catástrofes que não podem ser previstas
são rapidamente assimiladas e descontadas sobre o preço dos
ativos.
Deste modo, não faz sentido realizar análises paralelas ao
mercado, uma vez que a estimativa do mercado será sempre a
melhor e mais eficiente.
2) O VOLUME DEVE ACOMPANHAR A TENDÊNCIA DO PREÇO
A quantidade de ações negociadas deve acompanhar o preço.
Em uma tendência de alta, por exemplo, o volume negociado
deve aumentar quando os preços sobem e diminuir quando os
preços descem. Em uma tendência de baixa, o volume deve
aumentar quando os preços caem e diminuir quando os preços
sobem.
3) O MERCADO TEM TRÊS TENDÊNCIAS
a) Primária: conhecida como longo prazo (duração mínima de 1
ano), esta é a principal tendência de um gráfico. Melhor
visualizada no tempo gráfico mensal.
b) Secundária: é o periodo de interrupção temporária da
tendência primária. Por apresentar duração de 3 a 6 meses
(médio prazo), é o momento de entrada dos swings traders no
mercado. Melhor visualizada no tempo gráfico semanal.
b)Terciária: seguindo a lógica, são correções à tendência
secundaria. Esta tem duração de poucos dias até três semanas
(curtíssimo/curto prazo). Melhor visualizada no tempo gráfico
diário.

∆∆∆
Ao observar os comportamentos das tendências primárias, Dow percebeu
que o jogo da bolsa de valores é sustentado por três pilares que mantem
o mercado em equilíbrio.
O primeiro deles é o TEMPO. Esse é um jogo de paciência, pois o tempo
do mercado é variável! Não tem turnos exatos e, muitas vezes, tem
turnos extras.
O segundo deles e, para mim, o mais importante, é o MODELO. Como o
mercado é cíclico, ele apresenta um modelo lógico e rígido, marcado por
3 fases de tendência de alta e 3 fases de tendência de baixa. Nas
próximas linhas irei detalhar cada uma:
1) Fase 1 da alta - ACUMULAÇÃO
Marcada pelos investidores que “compram ao som dos canhões”.
Eles são visionários, enxergam longe e sentem que a tendência
de baixa está acabando. Compram as ações dos investidores
desencorajados e aflitos enquanto os noticiários financeiros
expõem o cenário ainda desanimador da crise.
2) Fase 2 da alta - ALTA SENSÍVEL
O período de crise já passou. As ações começam a se valorizar
e os balanços das empresas são cada vez mais animadores. Os
investidores estão encorajados e o volume de negócios está
crescente.
3) Fase 3 da alta - EUFORIA
Aumenta o número de investidores na bolsa embalados pelos
bons ventos do progresso. Notícias financeiras são favoráveis e
especulação é crescente, produzindo uma bolha gigante prestes
a estourar. No final dessa fase, percebemos uma intensa
valorização dos papeis da bolsa não acompanhada pelas
grandes empresas consolidadas do mercado. Os preços das
ações atingem topos históricos e então a bolha estoura. Fim da
tendência de alta!
4) Fase 1 da baixa - DISTRIBUIÇÃO
Marcado pelos investidores que “vendem ao som dos violinos”.
Eles, que enxergam longe, percebem que seus ganhos atingiram
dimensões anormais devido a especulação crescente da fase de
euforia. Vendem suas ações enquanto os bons ventos do
progresso ainda não perderam suas forças
5) Fase 2 da baixa - PÂNICO
A crise surge! O pânico se instala, a força compradora
desaparece e os investidores vendem suas ações
desesperadamente. Os papéis caem em uma queda quase
vertical. Após a fase de pânico pode haver uma boa recuperação
secundaria ou um movimento lateral que enganará muita gente,
o famoso pulo do gato morto.
6) Fase 3 da baixa - BAIXA LENTA
O movimento para baixo é mais lento, mas é mantido pelos
investidores que estão desencorajados e precisam fazer caixa
para outras necessidades. Aqueles que mantiveram os papéis
durante o pânico e aqueles que compraram, pois consideraram
que as ações estavam muito baratas, vendem. As notícias dos
jornais são desanimadoras. Neste momento o investidor
visionário começa a entrar no mercado. A tendência de baixa só
terminará quando tudo que era possível de ocorrer de ruim
acabar.

O terceiro pilar percebido por Dow é a Lei da Progressão. Não é


permitido ao mercado passar de uma fase para outra sem obedecer a
sequência:
Alta1>Alta2>Alta3>Baixa1>Baixa2>Baixa3>Alta1...
Ele sempre terá que seguir essa lógica previsível!
O mercado segue a teoria de Dow, pois é um jogo e essas são suas
regras. A única ferramenta efetiva para sobreviver nessa batalha é a
análise técnica, pois para ser um investidor sagaz não é necessário ser o
investidor visionário ou saber quem eles são, basta seguir seus passos!
E para você, em qual fase o IBOV se encontra?
MANDAMENTO XX

ENTENDA AS REGRAS DO JOGO – O


CICLO DE ADIZES!

C
onsiderado o pai da terapia ocupacional empresarial, Ichak Adizes,
na década de 80, criou o livro” Os Ciclos de Vida das
Organizações”, que traz uma das melhores análises sobre a
trajetória das empresas.
Empresas são organismos vivos e, como os seres humanos, nascem,
crescem, amadurecem e morrem.
Adizes afirma que as empresas apresentam padrões de comportamento
previsíveis e replicáveis durante seu desenvolvimento. Em cada fase,
esses padrões representam barreiras que necessitam serem transpostas
para as empresas irem adiante.
Basicamente, esses desafios se baseiam em 2 pilares: flexibilidade e
controle. Organizações jovens são bastante flexíveis, mas nem sempre
controláveis. Por outro lado, organizações maduras são mais controláveis
e menos flexíveis. Saber gerenciar as duas variáveis é fundamental para
alcançar e permanecer no sucesso.

∆∆∆
A metodologia de Adizes dividiu o ciclo das empresas nas seguintes
fases:
1) NAMORO
Tudo se inicia com um sonho e um forte desejo de conquistar
uma fatia do mercado. O namoro é baseado nos “5Wh”: who?
(quem irá fazê-lo?); what? (o que iremos fazer?); where? (onde
será feito?); when? (quando deveremos faze-lo?); why? (por que
devemos começar?). O desafio desta fase é dar o primeiro passo
ou deixar a ideia morrer.
2) INFÂNCIA
Marcada pela necessidade de transformar sonhos em resultados
e por poucos processos, diretrizes e sistemas. A empresa é a
personificação do fundador. Seu amor e dedicação ao
desenvolvimento da companhia é o que impede a mortalidade
infantil. Por outro lado, há um desempenho inconsistente e
vulnerável, que pode evoluir para uma crise a qualquer
momento.
3) PRÉ-ADOLESCÊNCIA
É a mesma empresa da infância, contudo, os caixas estão
equilibrados e as vendas aumentaram. A ideia de sobreviver
ficou para trás, o que realmente querem é crescer. Por isso,
existe uma tendência de adquirir novos negócios, contudo,
nunca sabem se o que observam é uma oportunidade ou a beira
do precipício.
4) ADOLESCÊNCIA
É a fase mais importante. O fundador não deve ser o "faz tudo"
da empresa. Ele precisa delegar funções ao seu pessoal e assim
criar uma estrutura organizacional adequada. Ao atingir essa
meta, a empresa estará preparada para se o tornar madura.

∆∆∆
A partir daqui se encontram as empresas da bolsa de valores!
5) MATURIDADE
É a melhor fase de uma empresa, pois ela alcançou o equilíbrio
entre o autocontrole e a flexibilização. O alto nível de
complexidade atual, exige uma gestão estratégica bem
estabelecida, um controle patrimonial intenso e uma burocracia
mais forte.
O lucro líquido gerado é quase todo retido para reinvestir no
crescimento da empresa. Por isso,seu payout (porcentagem do
lucro líquido distribuídos na forma de dividendos) é muito baixo.
6) ESTABILIDADE
O início do envelhecimento da empresa. A companhia está presa
à metodologia que deu certo no passado. A organização ainda é
forte, mas a flexibilidade é debilitada. A empresa é lucrativa e
transmite uma sensação de segurança. Contudo, as expectativas
de crescimento são modestas. O reinvestimento dos lucros
diminui e o payout se torna mais atraente.
7) ARISTOCRACIA
A empresa apresenta um baixo nível de inovação, devido a sua
acomodação. O caixa da empresa é abundante e são pagos
gordos proventos aos acionistas. Ocorrem mais fusões e
aquisições, dando início as perdas financeiras.
8) BUROCRACIA
O ônus da falta de criatividade e renovação chegou. Iniciam-se
programas de demissão voluntária e os bons funcionários
acabam sendo perdidos juntamente com os ruins. Os prejuízos
queimam o caixa e a companhia se torna inerte. Os balanços e
relatórios trimestrais são desanimadores. Ela nem cresce nem
paga dividendos. A única coisa que pode mantê-la viva é ser a
líder do seu mercado.
9) MORTE
A ausência de comprometimento com a organização leva à
falência da empresa, muitas vezes com altos prejuízos.
Conhecer o ciclo de vida das empresas é fundamental para ponderar a
relação risco/retorno de um investimento. Ao compreender em que
estágio a companhia se encontra, poderá projetar suas potencialidades e
seus desafios futuros. Assim, conseguirá montar um portifólio que se
aproveite da valorização de empresas com grande potencial de
crescimento e do pagamento de dividendos por empresas estáveis.
MANDAMENTO XXI

ENTENDA AS REGRAS DO JOGO – AS


FORÇAS DE POTTER!

M
ichael Porter, em 1979, revolucionou o paradigma das estratégias
corporativas com seu artigo “How competitive forces shape
strategy”. A competição entre empresas pelo market share (fatia
dor mercado), que antes se baseava em uma única força, a rivalidade,
passou a ser composta por 5. As forças de Porter analisam o micro e o
macroambiente competitivo para determinar o melhor posicionamento
frente aos concorrentes.
As forças competitivas, que devem ser analisadas para que se possa
desenvolver uma estratégia empresarial eficiente são:
1) RIVALIDADE ENTRE OS CONCORRENTES
É necessário estudar frequentemente seus concorrentes para
saber suas estratégias e posicionamentos. Reflita se as marcas
adversarias já estão consolidadas e admiradas, e se apresentam
vantagens competitivas. Procure entender o porquê disso.
2) PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES
Os fornecedores exercem grande impacto no valor do produto ou
do serviço. Se sua empresa depende de poucos fornecedores,
ficará à mercê das decisões deles sobre preços, prazos e níveis
de qualidade. Por isso, deve ampliar esse relacionamento
buscando outras fontes alternativas, pois, eles também fornecem
para os concorrentes.
3) AMEAÇA DE ENTRADA DE NOVOS CONCORRENTES
Toda companhia deve se preocupar com o ingresso de
concorrentes em seu setor e a consequente diminuição do seu
Market share. Quanto menos recursos e tempo forem
necessários para entrar no setor, mais frágil é o seu mercado.
Por isso, a companhia deve criar fatores para barrar a entrada de
novas empresas, como criação de patentes e contratos de
exclusividade.
4) AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS
A maioria dos produtos possuem similares no mercado, que
apresentam mesmo propósito-fim. Caixas térmicas, por exemplo,
podem ser substituídas por caixas de isopor, ou a carne bovina,
que pode ser substituída por carne de frango ou ovos, em
situações de crise.
5) PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS CLIENTES
É a capacidade do cliente de pechinchar (pedir desconto) sobre
o preço dos seus produtos. Quanto menor a quantidade de
clientes, mais suscetível a essa força a empresa é.
Percebe o quanto as forças de Porter facilitam a análise competitiva em
um setor? Por meio delas podemos traçar os desafios e as
potencialidades que as empresas do nosso portifólio apresentarão no
longo prazo e, assim, investir nas melhores ações.
MANDAMENTO XXII

DESENVOLVA SUA MENTALIDADE DE


SÓCIO!- BUY AND HOLD

P
roposto por Benjamin Graham, o Buy and hold sugere que você
monte uma carteira e mantenha por tempo indeterminado. Isso
significa, que até mesmo em grandes desvalorizações, como
durante a crise do coronavírus, você deveria manter a integridade do seu
portifólio.
Essa mentalidade só é possível graças aos fundamentos da empresa e à
eficiência do mercado no longo prazo. A história realmente nos prova o
quanto os rendimentos do IBOV são impressionantes.
Imagine que você estuda os fundamentos de uma empresa e o mercado
em que ela está inserida. Durante a análise, identifica que a estrutura das
suas dívidas, a valorização das ações, o pagamento de proventos e o
aumento do valor patrimonial serão muito atrativos no longo prazo e, por
isso, você decide investir no crescimento da empresa.
Além disso, como o investidor quer ser sócio, não precisa acompanhar as
oscilações diárias. Necessita apenas analisar os balanços e relatórios
para ter a segurança de que os fundamentos que o fizeram investir
persistem.
Percebe o quanto seguir uma estratégia de longo prazo é imbatível?
Economiza tempo e dinheiro, e as chances de uma empresa sólida dar
certo são maiores e mais seguras.
Talvez você deva estar se perguntando: se o buy and hold é tão
imbatível, por que realizar especulações?
Bom, uma das premissas do BH é realizar aportes frequentes em sua
carteira de ações. O investidor sagaz utiliza os trades como fonte de
renda para aportar em sua carteira de longo prazo e, assim, usufruir de
uma futura renda passiva oriunda dos proventos pagos pelas empresas
consolidadas.
MANDAMENTO XXIII

NÃO SEJA UM ANALFABETO CONTÁBIL!

“Pedir para alguém analisar uma empresa sem saber o básico de


contabilidade equivale a pedir para essa pessoa interpretar um texto sem
saber ler”
(Fábio Holder)

Se você participa de fóruns pela internet ou grupos de Whats App sobre


investimentos, já deve ter visto investidores iniciantes, ou até
intermediários, pedindo para “traduzir” o balanço trimestral de uma
empresa, mas se você não viu, talvez essa pessoa seja você!
O investidor sagaz sabe que compreender a estrutura dos principais
demonstrativos financeiros, é o passo mais importante para obter
sucesso nos investimentos de longo prazo e preservar sua saúde mental
durante as crises.
As demonstrações financeiras são fornecidas trimestralmente ao longo do
ano pelos sites dos RIs das empresas. Os períodos a que se referem são
denominados a partir de um modelo fixo: número do trimestre
(primeiro...quarto) + letra "T" (trimestre) + dois últimos dígitos do ano.
Por exemplo, as demonstrações financeiras do terceiro trimestre da
Petrobras em 2019 receberam a nomenclatura de 3T19.

∆∆∆
Agora vamos à tríade das principais demonstrações financeiras que
interessam ao investidor sagaz.
1) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
A DRE representa um “filme” das atividades da empresa durante
o período a que se refere, pois traz o resultado acumulado e não
somente o do último dia do trimestre. É organizado de acordo
com o processo de produção da empresa. Por isso, inicia-se com
a RECEITA BRUTA, que representa todo faturamento com a
venda de produtos ou serviços que a companhia recebeu no
período. Importante ressaltar que uma grande receita bruta não
indica um lucro elevado. Ao subtrairmos os impostos, devoluções
dos clientes e possíveis descontos, chegaremos à RECEITA
LÌQUIDA.
O segundo item do demonstrativo a ser avaliado é o CUSTO DE
PRODUTOS VENDIDOS, que são as despesas diretamente
ligadas à produção. Ao subtrair estes custos da receita liquida
chegaremos ao LUCRO BRUTO, que utilizaremos para calcular
a MARGEM DE LUCRO BRUTO:
MLB= Lucro Bruto/ receita líquida.
Essa relação é um grande indicador de eficiência de uma
empresa. Quanto menor for a MLB, mais caros são os custos de
produção no “chão fábrica”.
O próximo passo, é descontar do lucro bruto as DESPESAS
GERAIS E ADMINISTRATIVAS, que representam todos os
gastos com pessoal não relacionados ao processo de fabricação,
como marketing, RH e vendas. Chegaremos então ao LUCRO
OPERACIONAL ANTES DE DEPRECIAÇÃO E
AMORTIZAÇÃO (EBITDA), que, finalmente, é o quanto a
empresa gerou operacionalmente no período. Podemos
descobrir quanto da receita liquida sobrou após descontar todos
dos gastos operacionais e o custo dos produtos vendidos,
através da MARGEM EBITDA:
M.EBITDA= EBITDA/receita líquida
Segundo a Suno Research, “depreciação e amortização é a
alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo
da sua vida útil, ou seja, o registro da redução do valor dos bens
pelo desgaste ou perda de utilidade do mesmo, seja por ação da
natureza ou obsolescência”. Por exemplo, sabe aquela máquina
de fazer sorvete do McDonald’s? Custa R$ 10.000 e tem vida útil
de 4 anos. Apesar de ter sido comprada à vista, a despesa com
esse maquinário entrará como depreciação anualmente,
equivalente a 25% do valor de compra.
Descontadas a depreciação e amortização, chegaremos ao
LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO
FINANCEIRO E DO IMPOSTO DE RENDA, o famoso EBIT.
O RESULTO OPERACIONAL é o balanço entre os rendimentos
financeiros do caixa e os juros pagos das dívidas.
Ao dividirmos o EBIT pelo lucro bruto chegaremos ao GRAU DE
ALAVANCAGEM OPERACIONAL (GAO). Esse indicador
demonstra o grau de elasticidade da empresa, ou seja, o quanto
suas operações podem cair antes do prejuízo operacional, pois
demonstra o peso das despesas operacionais em relação ao
custo dos produtos vendidos. Perceba que quanto menor o GAO
mais negativo é o resultado operacional da empresa.
Ao subtrair o resultado financeiro do EBIT, chegaremos ao
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (LAIR). Por fim,
descontamos o imposto de renda e chegamos ao LUCRO
LIQUIDO da empresa. Uma parcela desse lucro será
distribuida ao acionista na forma de dividendos. Para sabermos
quanto da receita líquida se transformou em lucro líquido,
podemos utilizar a fórmula da margem líquida:
M.Liquida= lucro líquido/ receita liquida
O DRE pode trazer mais alguns dados. Algumas empresas
investem em outras. A partir do momento que ela investe e não
detém o controle (não possui mais de 50% das ações) é
necessário deduzir o lucro dessa posição acionária, denominado
PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES,
do lucro líquido da empresa, chegando ao LUCRO ATRIBUÍDO
AOS ACIONISTAS CONTROLADORES.

∆∆∆
2) BALANÇO PATRIMONIAL (BP)
O balanço patrimonial fornece uma “fotografia” precisa da
situação e ainda auxilia na projeção financeira de uma empresa.
A estrutura é tradicionalmente dividida em duas partes: os
ATIVOS ficam do lado esquerdo e os PASSIVOS +
PATRIMÔNIO LÍQUIDO do lado direito. Os dados são
classificados de acordo com o prazo para ser liquidado. Os
ativos que podem ser liquidados em menos de um ano são
denominados de ATIVO CIRCULANTE, enquanto os passivos
que podem ser pagos em menos de um ano são denominados
de PASSIVO CIRCULANTE. As demais contas são agrupadas
sob a rubrica de PASSIVOS NÃO CIRCULANTES e de ATIVOS
NÃO CIRCULANTE.
a) Ativos (bens e direitos)
O lado esquerdo compreende os bens, os direitos e as
demais aplicações de recursos controlados pela empresa.
Se bem aplicados, retornam mais capital do que investido
inicialmente, proporcionando mais lucros aos acionistas.
Incluem o caixa, títulos comercializáveis, os estoques, os
equipamentos, etc

b) Passivos e Patrimônio líquido (obrigações e dívidas)


O lado direito compreende as origens de recursos para os
financiamentos dos ativos da empresa. O capital dos sócios,
representado pelo PATRIMÔNIO LÍQUIDO, juntamente com
os passivos, representado pelo capital de terceiros, são
investidos nos ativos da empresa. Portanto:
P. Líquido + Passivos = Ativos.
Os passivos são contratados em forma de renda fixa, pois o
pagamento dos juros é acordado no momento de tomar a
dívida. Já o capital dos sócios é remunerado de forma
variável, pois como você viu no DRE, o pagamento é de
acordo com o lucro líquido, e essa variação é o principal
fator que influencia na cotação das ações.

Ao analisar a proporção entre o patrimônio líquido e o capital de


terceiros chegamos à ESTRUTURA DO CAPITAL, que é um
importe meio para avaliar a relação risco/retorno de uma
empresa.
Uma companhia muito alavancada, ou seja, fortemente
financiada por meio de dívidas, possui uma estrutura muito mais
agressiva, o que naturalmente aumenta o risco dos investidores
naquele negócio. Contudo, o risco é proporcional ao tamanho do
retorno! Caso os investimentos da companhia façam sucesso,
também estará atrelado a um maior retorno aos sócios.
As dívidas também permitem uma maior distribuição de
dividendos aos acionistas. Sei que parece estranho, mas pense
comigo:
Os juros das dívidas estão embutidos no resultado financeiro da
empresa e são descontados do EBIT para calcular o LAIR. Por
isso, os juros pagos pelas dívidas reduzem a base de cálculo do
imposto de renda, fazendo a empresa pagar menos imposto do
que se todos investimentos fossem oriundos do patrimônio
líquido.
Perceba que o investimento com capital próprio é mais caro do
que a dívida quando as taxas de juros estão num patamar baixo.
No entanto, o contrário normalmente acontece quando as taxas
de juros sobem.
A partir dos balanços, são derivados indicadores de grande
utilidade para comparar endividamento entre diferentes
empresas e em relação aos balanços anteriores. Revelando ao
investidor quanto uma empresa apresenta de dívida em relação
ao valor do patrimônio e ativos.
a) Indicador DIV.B/PL
Razão entre dívida bruta e patrimônio líquido, representando
a relação entre o capital de terceiros e o capital próprio.
Empresas com DIV.B/PL maiores que 1 indicam alto nível de
endividamento (alavancamento) e devem ser analisadas
com parcimônia.
b) Indicador DIV.L/EBITDA
A dívida liquida é o resultado da subtração da dívida bruta
pelo caixa da empresa. Ao ser dividida pelo EBITDA
obteremos quantas vezes as dívidas são maiores que seu
resultado operacional. Resultado maior que 3 indica alto
nível de alavancagem.
c) DIV.L/R.O.
Razão entre dívida líquida e resultado operacional,
representando a quantidade de anos que a empresa
demoraria para liquidar toda sua dívida atual.
d) Índice de cobertura
Razão entre o EBIT e as despesas geradas pelos juros das
dívidas, representando a quantidade de tempo em que será
possível se manter em um padrão de custos, despesas e
pagamento de juros sem que sejam alterados.

∆∆∆
3) DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC)
As entradas e saídas de caixa de uma empresa nem sempre são
uniformes. Para tornar a distribuição dos resultados o mais justo
possível, as empresas de capital aberto devem estar sob regime
de competência, ou seja, os registros contábeis devem ser
realizados logo após a efetivação do compromisso de compra ou
venda de um serviço, e não após o fim da transação.
O exemplo mais clássico sobre a importância do regime de
competência são os planos anuais. Suponha que você tenha
adquirido o plano anual “Office 365 HOME " da Microsoft por
RS299,00. Se a empresa estivesse sobre o regime de caixa (ao
contrário do regime de competência), ela apresentaria lucro
apenas uma vez no ano e ficaria negativa o resto do período,
pois as despesas operacionais estariam distribuídas ao longo
dos meses. Contudo, o regime de competência tenta corrigir
esse tipo de distorção, como as transações são registradas no
momento do firmamento do compromisso, o valor é distribuído
ao longo dos meses entre os custos e as despesas.
Para acompanhar as movimentações das empresas e ajudar na
tomada de decisões, foi criado a Demonstração do Fluxo de
Caixa, cuja principal função é sintetizar de maneira estruturada
todas as saídas e entradas de caixa de uma empresa durante
determinado período.
Para isso, a DFC é dividida em três grandes contas, que são:
a) Fluxo de caixa operacional
É o caixa gerado pela operação-fim da empresa subtraído
dos custos e despesas inerentes ao serviço prestado.
Formado basicamente por recebimento de clientes,
pagamentos de fornecedores, despesas administrativas e
impostos.
b) Fluxo de caixa de investimentos
É o resultado das entradas e saídas do caixa referentes aos
investimentos da companhia em ativos para manter o
funcionamento do negócio, como máquinas, imóveis e
automóveis.
c) Fluxo de caixa de financiamentos
São as transações entre a empresa, os acionistas e o capital
de terceiros, como pagamentos de dividendos e de juros aos
credores.
Por meio da DFC avaliamos o caixa gerado e a quantidade
reinvestida na empresa. Dessa forma, podemos compreender
em que fase do ciclo de vida a empresa se encontra e projetar o
risco/retorno do investimento.
MANDAMENTO XXIV

REINVISTA OS DIVIDENDOS!

G
arantir uma renda passiva por meio do recebimento de dividendos é
um dos maiores anseios dos investidores. Contudo, se você ainda
não atingiu a independência financeira e está em fase de acumulo
de capital, gastar esse provento pode custar muito caro.
Lembra-se do ciclo de Adizes? Empresas que são boas pagadoras de
dividendos apresentam um baixo potencial de crescimento. Como você
lucrará muito pouco com a valorização do ativo, não aplicar os dividendos
é ocupar sua carteira com uma ação estagnada.
Por isso, o investidor sagaz reinveste seus proventos, pois aplicará em
mais ações, que vão pagar mais dividendos e assim usufruir do efeito
snow ball dos juros compostos no longo prazo.

∆∆∆
Para comprovar minha tese, observe os dados da tabela retirada do RI
da ITAUSA e veja o exemplo de dois investidores que realizaram uma
única aplicação de R$10.000 em 2010:
1) O investidor A gastou os dividendos, não reinvestindo em ações.
Hoje possui 1230 ações que valem R$ 16.678,80 e gastou R$
6.592,80, totalizando um montante de R$ 23.218.
2) O investidor sagaz B reinvestiu todos os dividendos recebidos
em ações da empresa, efetuando a compra pela cotação do mês
de dezembro. hoje possui 2220 ações que valem R$30.103.
Percebe o quanto é discrepante a situação dos investidores? O investidor
sagaz possui praticamente o dobro do patrimônio acumulado do
investidor A, e mesmo analisando a valorização do ativo somado aos
dividendos, ainda performou 30% a mais. No longo prazo, essa diferença
irá crescer mais e mais, até que você alcance a sua tão sonhada
liberdade financeira.
MANDAMENTO XXV

INVISTA NO NOVO MECADO!

J
á ouviu falar sobre governança corporativa?
Basicamente se refere ao sistema pelo qual as empresas são
dirigidas, monitoradas e incentivadas. Por meio da cultura de
prestação de contas, ela assegura que os interesses dos administradores
e acionistas estejam alinhados
Neste cenário, a B3 criou uma listagem de adesão voluntária com as
empresas de capital aberto que apresentam os melhores graus de
governança corporativa. Assim, surgiu o segmento com as ações que
oferecem mais transparência e direitos aos investidores, o Novo
Mercado.
Para participar desse segmento é necessário que as empresas sigam
exigências, que vão muito além das fiscais, pois:
1) É vetado a existência de ações preferenciais (PN). Portanto, as
empresas só podem emitir ações ordinárias (ON)
2) É necessário a adoção do mecanismo de TAG ALONG de 100%,
previsto na Lei das empresas de Sociedade Anônima. Dessa
forma, o acionista minoritário ficará protegido em caso de
alienação da empresa, pois receberá 100% do valor recebido
pelo controlador.
3) A empresa deve manter um FREE FLOAT mínimo de 25%, ou
seja, 25% das ações devem ser negociadas na bolsa de valores.
O restante está sob domínio dos controladores, da tesouraria e
dos administradores. Caso o volume diário médio da ação for
superior a R$ 25.000.000, o free float mínimo passa a ser de
15%.
4) O conselho administrativo da empresa deve ser composto pelo
menos de 5 membros. Além disso, deve haver no mínimo de 2
ou 20% de conselheiros independentes (o que for maior entre os
dois números), com um mandato mínimo de 2 anos.
5) Divulgações dos processos administrativos relativos à diretoria e
ao conselho administrativos, de forma transparente e estruturada
aos acionistas. Criando, inclusive, áreas de auditoria interna.
6) Divulgação pública e transparente de fatos relevantes e
resultados financeiros.
7) Realização de oferta pública de aquisição de ações (OPA), em
caso de saída do Novo Mercado, se aprovada por 1/3 dos
acionistas.
Graças a essas normas, o Novo Mercado passou a ser um exemplo a ser
seguido pelas empresas da bolsa de valores, pois garante uma gestão
mais transparente e mais próxima dos seus investidores.
MANDAMENTO XXVI

COMPRE BOAS EMPRESAS!

I
nvestir em empresas de qualidade é fundamental para o seu sucesso,
pois está intimamente ligado à lucratividade da sua estratégia no
longo prazo. Mas como selecionar bons ativos?
A resposta para essa pergunta está sustentada pela tríade:
rentabilidade-preço-endividamento. Ao analisarmos esses 3 pilares
através de indicadores, poderemos ter um panorama geral da empresa
e saberemos se o terreno que estamos pisando é fértil ou não.
1) INDICADOR DE RENTABILIDADE - ROIC
O retorno sobre o Capital Investido (ROIC demonstra a
rentabilidade de cada R$1,00 investido na empresa, que pode
ser oriundo de empréstimos ou de capital próprio. Logo,
possibilita ao investidor saber se o dinheiro aplicado não será
maior que o retorno sobre o investimento.
Para calcula-lo, subtrairemos do lucro operacional o valor dos
dividendos, chegando ao Net Operating Profit After Taxes
(NOPAT) ou lucro operacional líquido após impostos. O próximo
passo é dividir o NOPAT pelo capital total investido (CTI), ou
seja, a soma do capital de terceiros e do capital próprio.
Portanto:
ROIC= NOPAT/CTI
Para analisarmos se a empresa está gerando ou destruindo
valor, devemos comparar o ROIC com o custo Médio Ponderado
de Capital (WACC).
WACC = CP x CP%+ CT x CT% na qual:
CP= custo do capital próprio
CP% = percentual de capital próprio na estrutura de capital
CT = custo do capital de terceiros
CT% = percentual de capital de terceiros na estrutura de capital.
ROIC 2% acima do WACC é o ideal, pois, se menor que 2%, a
empresa está destruindo valor ou estagnada.
2) INDICADOR DE PREÇO - SY
O Shareholders Yield (SY) foi um termo proposto, em 2005, por
William Priest em seu artigo “The Case for Shareholder Yield as
a Dominant Driver of Future Equity Returns”.
Segundo Priest, essa métrica é um dos mais eficientes
indicadores para se avaliar o preço da ação em relação ao que a
empresa gera de caixa. Considerando 3 caminhos que o caixa
da empresa pode tomar, o SY demonstra o quanto a companhia
pode remunerar seus acionistas em relação ao seu valor de
mercado
Para calcula-lo, somaremos os dividendos pagos nos últimos
doze meses (D), mais o total da sua recompra de ações no
mesmo período (RA), mais a variação da sua dívida líquida
(VDL). O próximo passo é subtrair o valor das emissões de
novas ações (E) e dividir o montante encontrado pelo valor de
mercado da companhia (VM). Portanto:
SY=(D+RA+VDL-E) / VM
Para o investidor, um SY acima de 10% é o ideal, contudo, até
8% é aceitável. Abaixo disso, o valor pago é muito caro para a
rentabilidade retornada.
3) INDICADOR DE ENDIVIDAMENTO - IE
O índice de endividamento (IE) possibilita ao investidor ter a
noção de quantos anos levaria para uma empresa pagar a sua
dívida, caso a Dívida Líquida e o EBITDA se mantiverem
constantes.
Para calcula-lo, é preciso subtrair a dívida bruta pelo caixa da
empresa, chegando ao valor da dívida líquida (DL). O próximo
passo é dividir o montante encontrado pelo EBITDA. Portanto:
IE= DL / EBITDA.
Quanto menor o indicador mais saudável e sustentável se
encontra a relação da dívida com o EBITDA. Resultados iguais a
4 ou 5 vezes, indicam um grande grau de alavancagem.
De posse desses indicadores, cabe a você comparar as empresas com
melhores fundamentos e, assim, criar uma estratégia vencedora, que
aumentará sua rentabilidade no longo prazo.
MANDAMENTO XXVII

NÃO CONFUNDA INVESTIMENTO COM


ESPECULAÇÃO!

“Uma operação de investimento é aquela que, após análise profunda,


promete a segurança do principal e um retorno adequado. As operações
que não atendem a essas condições são especulativas.”
Benjamim Graham

A
o entendermos essa frase retirada do livro “Intelligent Investor”,
escrito pelo precursor do BUY AND HOLD, chegaremos à definição
de especulador e investidor.
Benjamim Graham atribui três qualidades ao investimento. A primeira, é a
necessidade de uma análise profunda, ou seja, estudo dos indicadores e
fundamentos da empresa. A segunda, é a identificação dos riscos para
evitar grandes perdas. E a última, é que se deve esperar um
desempenho adequado e não extraordinário da aplicação.
Portanto, o investidor tem a mentalidade de sócio! Por meio de uma
criteriosa análise fundamentalista observa a administração, o
desempenho e o potencial de crescimento da empresa antes de investir.
Permanecendo investido enquanto os fundamentos forem sólidos.
Para o investidor, o preço da ação pouco importa. Para ele o mais
importante é o crescimento da empresa no longo prazo de forma direta
ou indireta, por meio do pagamento de dividendos.
Os especuladores são os traders. Não possuem a mentalidade de sócio,
pois suas aplicações financeiras são focadas sobretudo na flutuação dos
preços das ações que ocorre no curto e médio prazo. Lucrando com a
valorização do ativo, quando comprado, e com a desvalorização do ativo,
quando vendido.
O investidor sagaz não se restringe a rótulos! utiliza da mentalidade de
socio e da mentalidade de trader para lucrar no curto, no médio e no
longo prazo!
MANDAMENTO XXVIII

OPERE O GRÁFICO!

O
investidor sagaz busca conhecer todas possibilidades que o
mercado financeiro oferece. Uma delas é a análise técnica! Quando
falamos sobre identificar as melhores oportunidades da Bolsa no
curto prazo, não há como ignorar essa ferramenta poderosa.
A importância para especuladores é óbvia! Não existe trader que não
saiba análise técnica (ao menos não deveria existir).
E para os holders, todos eles já se perguntaram qual é o momento
correto de comprar uma ação. Isso porque, independente do quanto se
iludam com frases bonitas como: “preço não importa”; “preço é diferente
de valor”; “preço é o que você paga pela ação, valor está relacionado ao
que a empresa tem a oferecer aos acionistas”. Todos ficaram
desesperados ao ver o preço das suas ações despencando durante o
crash do coronavírus. Hoje sabem que preço importa e importa muito! Se
operassem o gráfico teriam visto os sinais, pois, segundo as regras do
jogo, os índices descontam tudo!
Por isso, é tão crucial saber a hora certa de investir. Escolher uma ação
com boas perspectivas de valorização é o primeiro passo. O segundo é
identificar o momento certo de comprá-la ou vendê-la e, com isso, realizar
um lucro sagaz.
Você deve estar se perguntando a razão pelo qual a análise técnica é tão
poderosa.
Em resumo, ela compreende que o preço de uma ação é o reflexo do
incansável duelo entre força compradora e força vendedora, e que os
investidores tendem a repetir alguns padrões de comportamento no
mercado. Lembre-se, o mercado tem “memória”
Graças a um conjunto de indicadores para observar a movimentação dos
preços de uma ação, consegue determinar o cenário mais provável em
um futuro próximo.
Os próximos mandamentos esclarecerão os principais pontos dessa
poderosa ferramenta do mercado financeiro. Mas lembre-se:
“análise técnica é como uma biruta, não uma bola de cristal”.
Flávio Lemos.
MANDAMENTO XXIX

SIGA A TENDÊNCIA, ELA É SUA AMIGA!

O
s preços das ações não se movimentam em linha reta. Vivem em
um “ZIGUEZAGUE” ininterrupto. De forma simplificada, o sentido
no qual um conjunto de ziguezagues se move é a tendência.
Antes de darmos continuidade, devemos aprender alguns conceitos!
1) TOPO
- É a extremidade ou o ponto mais alto de um movimento de alta,
que antecede um movimento de baixa.
- Local onde o preço parou de subir e começou a cair.
- Dois topos conectados são zonas de resistência.
2) FUNDO

- É a extremidade ou o ponto mais baixo de um movimento de


baixa, que antecede um movimento de alta.
- Local onde o preço parou de cair e começou a subir.
- Dois fundos conectados são zonas de Suporte.

3) RESISTÊNCIA
- São regiões que a pressão vendedora impede a subida dos
preços.
- Pode ou não reverter o movimento prévio.
4) SUPORTE
- São regiões que a pressão compradora impede a queda dos
preços.
- Pode ou não reverter um movimento prévio.
Observe na imagem a baixo, que uma zona de resistência, ao ser
rompida, se torna uma zona de suporte e vice-versa.

Os suportes e resistências são consequências da memória do mercado.


A força dessas zonas se baseia em 3 fatores:
1) Quanto mais vezes os candles tocam nas linhas e mudam a
direção do movimento, mais forte ela é, pois impediu a
progressão da tendência.
2) Quanto maior a amplitude do ziguezague antes de tocar a zona,
mais forte ela é, pois a pressão de rompimento cai ao tocar essa
zona. Por isso, antes de romper, é necessário uma correção.
3) Quanto maior o volume das operações, mais forte é a zona, pois
mostra que os investidores estão ativos.
Perceba que, ao atingir a linha de resistência, os preços são
arremessados para a linha de suporte, e isso ocorreu duas vezes antes
do seu rompimento! Neste ziguezague, observamos que topos são
importantes pontos de venda e fundos importantes pontos de compra.
∆∆∆
Agora vamos voltar ao estudo da tendência! Segundo a análise
técnica, ela é definida como a sucessão de topos e fundos em um
gráfico.
Existem três tipos de tendência:
1) De alta
Quando topos e fundos ficam cada vez mais altos que os
anteriores.
2) De baixa
Quando topos e fundos ficam cada vez mais baixos que os
anteriores.
3) Lateral ou indefinida
Quando os preços não apresentam direção definida,
congestionando em uma região.
Ao estudarmos gráficos, em algum momento não conseguiremos definir a
tendência. Logo, precisaremos aumentar o tempo gráfico e, assim,
visualizar a floresta e não apenas uma árvore.
Tendências de alta e de baixa produzem um corredor que é formado por
duas linhas. Os ziguezagues dos preços das ações correm dentro desse
canal, que pode ser classificado em:
1) CANAL DE TENDÊNCIA DE ALTA
- A linha de tendência de alta (LTA) é formada pela união dos
topos da tendência de alta.
- Paralelamente a LTA, temos a linha de retorno (LR), que liga
os fundos da tendência de alta.
2) CANAL DE TENDÊNCIA DE BAIXA
- A linha de tendência de baixa (LTB) é formada pela união dos
fundos da tendência de baixa.
-Paralelamente a LTB, temos a LR, que liga os topos da
tendência de baixa.
À medida que o gráfico corre, podem se formar movimentos contrários à
tendência. Interrupções temporárias são denominadas correções ou
PULLBACKS.

Os pullbacks são importantes pontos de compra em uma tendência de


alta e importantes pontos de venda em uma tendência de baixa!
Entretanto, quando a tendência é definitivamente rompida e se inicia uma
tendência contraria, é denominado Rompimento.
A primeira inversão da sequência de uma tendência é denominado
PIVOT (pode ser de alta ou de baixa). Ele possui uma alta possibilidade
de iniciar uma nova tendência.
O pivot de alta ocorre quando o preço rompe um topo de uma tendência
de baixa, formando fundos ascendentes. Quando o rompimento ocorre
com aumento do volume, dizemos que é um pivot forte, confiável. Na
imagem abaixo, após a formação do pivot com rompimento de T1 por T2,
todos os fundos subsequentes são mais altos que os anteriores
(F4>F3>F2>F1).

O pivot de baixa ocorre quando o preço rompe um fundo de uma


tendência de alta (F2<F1), formando topos descendentes
(T1>T2>T3>T4). Diferente do pivot de alta, não necessita da confirmação
do volume.
Ao treinar seus olhos, poderá presumir os caminhos que a tendência irá
seguir nos próximos minutos à dias e, assim, realizar boas entradas e
saídas nos ativos.
Mas lembre-se!
O investidor sagaz não vende uma ação só por tocar em uma resistência
ou opera rompimentos de linhas de tendência. Ele tem estratégias que
envolvem figuras gráficas, médias móveis, candles e outros indicadores.
Nos próximos mandamentos ajudarei você a dar os primeiros passos no
mundo da análise técnica. Espero que perceba o quanto é interessante e
funcional.
MANDAMENTO XXX

APRENDA A PSICOLOGIA DOS CANDLES!

D
iferente dos demais investidores, que decoram o formato do
CANDLE, o investidor sagaz busca ir além! Ele procura
compreender a psicologia por trás do mercado que motivou sua
formação, pois o comportamento humano em relação ao dinheiro é
sempre dominado pelo medo, pela ganância e pela esperança.
Cada candle é formado a partir de quatro preços:
1) Preço de abertura;
2) Preço de fechamento;
3) Preço máximo;
4) Preço mínimo;
Esses valores são relativos a um determinado período que pode ser
minuto, dia, hora, mês, etc.
A anatomia dos candles é composta por:

1) CORPO
Representa a margem entre a abertura e o fechamento. O
tamanho do corpo é proporcional a força do candle. Candles de
força possuem grandes corpos.
2) SOMBRA
Representam os extremos de preço durante o pregão. A
amplitude da sombra é proporcional a volatilidade. Candles com
grandes sombras indicam mercados muito voláteis. Sobras
superiores longas é sinal de intensa pressão vendedora.
Enquanto, sombras inferiores longas aponta grande pressão
compradora.
Candles de alta apresentam preço de abertura abaixo do preço de
fechamento e são, geralmente, verdes ou brancos. Já os de baixa, o
preço de abertura é acima do preço de fechamento e são pretos ou
vermelhos.
Nunca esqueça! Quanto maior o tempo gráfico (hora, dia, mês) mais
relevante é o poder do candle.
∆∆∆
Agora vamos aos principais padrões de candles!
1) PADRÕES ALTISTAS
São encontrados após movimentos de baixa. Localizam-se
principalmente nos fundos gráficos e sinalizam ao investidor a
possibilidade de reversão, indicando pontos de entrada no papel.
a) Engolfo de alta

Padrão formado por dois candles. Depois de um movimento


de baixa, surge um candle de alta engolfando (engolindo)
por completo o corpo do candle ANTERIOR. Nessa
situação, não é obrigatório englobar as sombras.
Esse padrão demonstra que os vendedores perderam força
e os compradores estão tomando as rédeas do mercado.
Quanto maior o candle de alta, maior a força de reversão,
sinalizando a intensa pressão compradora.
b) Harami (grávida) de fundo
Padrão formado por dois candles. Depois de um movimento
de baixa surge um candle negro (candle mãe) que engolfa o
pequeno corpo do candle POSTERIOR (candle bebê).
O Harami de fundo nos diz que o mercado está em um
período de indecisão. Assim, os compradores e vendedores
não sabem o que fazer, e não há ninguém no controle do
mercado, sinalizando uma possível reversão de tendência.
c) Alicate de fundo
Padrão formado por dois candles (as cores não são
importantes) que estão alinhados pelo preço mínimo.
Marcam uma importante zona de suporte, porque se formam
nos fundos de um movimento de baixa.
Indica que os vendedores não estão conseguindo transpor a
zona de suporte e os compradores estão ganhando força
para reverter o movimento.
d) Estrela da manhã
Padrão formado a partir de três candles, sendo um candle
de baixa, seguindo por um candle de corpo pequeno, ou
Doji, e um candle de alta. Deve haver um gap (distância) de
corpo, mas não de sombras.
Indica que após um dia de baixa, os vendedores perderam
força. Devido a indecisão, o mercado abre em gap de baixa,
mas não consegue empurrar os preços a diante. No dia
seguinte, as forças compradoras aumentam, sinalizando
uma possível reversão do movimento.
e) Libélula

Candle único com uma longa sombra inferior, cujo preço de


abertura coincide ou é proximo ao preço de fechamento.
A longa sombra inferior demonstra que a pressão
compradora impediu a queda das ações, jogando os preços
para cima. Como o preço de abertura coincide com o de
fechamento, as forças do mercado estão se equilibrando e
preparando para uma reversão.
f) Martelo
Candle único de corpo pequeno com sombra inferior duas
vezes maior que o corpo. Ideal que não apresente sombra
superior, mas uma pequena é tolerada. A cor não importa,
mas se o candle for de alta é mais confiável.
A longa sombra inferior demonstra que a pressão
compradora impediu a queda das ações, jogando os preços
para cima.

∆∆∆
2) PADRÕES BAIXISTAS
São encontrados após movimentos de alta. Localizam-se
principalmente nos topos gráficos e sinalizam ao investidor a
possibilidade de reversão, indicando pontos de venda no papel.
a) Engolfo de baixa
Padrão formado por dois candles. Depois de um movimento
de alta, surge um candle de baixa engolfando (engolindo)
por completo o corpo do candle ANTERIOR. Nessa
situação, não é obrigatório englobar as sombras.
Esse padrão demonstra que os compradores perderam força
e os vendedores estão tomando as rédeas do mercado.
Quanto maior o candle de baixa, maior a força de reversão,
sinalizando a intensa pressão vendedora.
b

) Harami de topo

Padrão formado por dois candles. Depois de um movimento


de alta surge um candle branco (candle mãe) que engolfa o
pequeno corpo do candle POSTERIOR (candle bebê).
O Harami de topo nos diz que o mercado está em um
período de indecisão. Assim, os compradores e vendedores
não sabem o que fazer, e não há ninguém no controle do
mercado, sinalizando uma possível reversão de tendência.
c) Alicate de topo
Padrão formado por dois candles (as cores não são
importantes) que estão alinhados pelo preço máximo.
Marcam uma importante zona de resistência, porque se
formam nos topos de um movimento de baixa.
Indica que os compradores não estão conseguindo transpor
a zona de resistência e os vendedores estão ganhando força
para reverter o movimento.
d) Estrela da noite

Padrão formado a partir de três candles, sendo um candle


de alta, seguindo por um candle de corpo pequeno, ou Doji,
e um candle de baixa. Deve haver um gap (distância) de
corpo, mas não de sombras.
Indica que após um dia de baixa, os compradores perderam
força. Devido a indecisão, o mercado abre em gap de alta,
mas não consegue empurrar os preços a diante. No dia
seguinte, as forças vendedoras aumentam, sinalizando uma
possível reversão do movimento.
e) Lápide
Candle único com uma longa sombra superior, cujo preço de
fechamento coincide ou é aproximadamente o preço de
abertura.
A longa sombra superior demonstra que a pressão
vendedora impediu a valorização das ações, jogando os
preços para baixo. Como o preço de fechamento coincide
com o de abertura, as forças do mercado estão se
equilibrando e preparando para uma reversão.
f) Estrela cadente

Candle único de corpo pequeno com sombra superior duas


vezes maior que o corpo. Ideal que não apresente sombra
inferior, mas uma pequena é tolerada. A cor não importa,
mas se o candle for de baixa é mais confiável.
A longa sombra superior demonstra que a pressão
compradora impediu a alta das ações, jogando os preços
para baixo.
3) PADRÃO DE INDECISÃO - DOJI

Esse tipo de padrão, quando localizado em um topo, significa


reversão baixista e em um fundo, reversão altista.
Um candle com preços de abertura e fechamento iguais. Lápide
e libélula são variações do doji.
Com o desenvolvimento do conhecimento e da capacidade de análise,
especuladores e investidores podem alcançar bons resultados em seus
investimentos. O importante é cultivar gradativamente essa proficiência
para que o uso das ferramentas disponíveis no mercado seja o melhor
possível.
MANDAMENTO XXXI

NÃO SEJA UM MÚSICO DO TITANIC!

“A incapacidade de abandonar rapidamente um barco que esteja afundando


provavelmente custou mais dinheiro a especuladores que qualquer outro
erro”
Axiomas de zurique

E
m sua jornada, aproximadamente 50% das suas jogadas
especulativas estarão equivocadas. Aprender um setup de compra
ou venda é simples, demoram dias, no máximo meses. No entanto,
sair de uma operação que está afundando é um ensinamento que apesar
de simples demora anos para ser assimilado. Há quem diga que é a peça
mais importante do instrumental de um jogador ou especulador!
Mas por que é tão difícil?
Saber desistir de uma operação envolve muito mais que uma análise
técnica apurada, necessita também de um psicológico preparado para
enfrentar a situação, pois surgirão três barreiras em sua mente.
O primeiro obstáculo é o medo de que após desistir da operação ela se
torne vencedora.
O segundo, é a não aceitação da perda de uma parte do dinheiro
investido. Por exemplo: você investiu R$1000,00 achando que o papel
que custava R$4,00, custaria R$ 5 no mês seguinte. Contudo, o balanço
trimestral da empresa foi ruim e a cotação despencou para R$3,50. Se
nega a vender, pois está com um prejuízo de R$125,00. Ao invés de
aplicar os R$ 875 restantes em uma outra operação vencedora, você
prefere ficar “trancado” nessa operação decadente.
O último obstáculo é o seu ego. Admitir que errou para alguns pode
parecer bobagem. Para outros é uma dor insuportável.
Infelizmente, apenas o tempo é poderoso o suficiente para ensina-lo a
vencer as barreiras em seu psicológico! Contudo, o próximo mandamento
esclarecerá o quesito técnico para gerenciar o risco e aceitar as perdas
inerentes as operações especulativas.
MANDAMENTO XXXII

GERENCIE O RISCO! - STOP LOSS

S
top-loss é um preço gatilho. Quando atingido, por meio da emissão
de uma ordem de venda, impede a progressão do prejuízo de uma
operação que não deu certo, por meio da emissão de uma ordem de
venda com preço limite. Como é uma importante ferramenta de
gerenciamento de risco, é fundamental defini-lo antes de iniciarmos
qualquer especulação.
O STOP deve ser estipulado graficamente e o preço limite deverá ser
algo próximo a esse valor, mas não muito, pois pode ser ser ultrapassado
por um eventual gap. Vamos usar o exemplo do mandamento anterior:
Você investiu R$1000,00 achando que o papel que custava R$4,00,
custaria R$5,00 no mês seguinte. Contudo, o balanço trimestral da
empresa veio ruim e a cotação despencou para R$3,50...
Para um trader (especulador) com um bom gerenciamento de risco, o
término desse exemplo seria mais ameno, pois ele definiu o stop-loss
antes de iniciar a operação! A história acabaria assim:
...Contudo, o balanço trimestral da empresa veio ruim. Como definiu seu
preço gatilho de stop para R$ 3,87, as ações foram vendidas na abertura
do pregão por R$ 3,83 e seu prejuízo foi de R$ 26. No final do dia, a ação
custava R$ 3,50, mas você havia evitado um prejuízo de R$ 125!
Já que você é um investidor sagaz, deve estar se perguntando como
definir o valor do stop-loss.
Para operações de SWING e POSITION TRADE, utilizamos a regra dos
2%/6%. Essa regra tem duas partes.
A primeira, é que devemos limitar nossa perda em qualquer operação a
2% do valor utilizado. A segunda, é que não podemos exceder 6% de
prejuízo ao mês sobre o saldo disponível para especular.
Se você comprar 500 ações a R$2,00, seu stop deve ser R$ 1,80. Se
realizar 3 operações como essa e for stopado (o gatilho do stop for
ativado), você deve suspender as operações até o mês seguinte.
Perceba que se você começou a operar no mês passado com
R$10.000,00 e obteve R$1.000,00 de lucro, logo, no mês atual, você
deve parar de operar se perder 6% de R$ 11.000 e não de R$ 10.000.
Já para operações de DAY TRADE, a regra dos 2%/6% não funciona. Se
restrinja a 1% de risco por operação e nunca exponha o capital
especulativo total a 3% de risco em operações simultâneas.
Ao aprender a utilizar o stop e gerenciar os riscos das suas operações
você estará à frente da maioria dos traders do mercado financeiro. Pois
bons especuladores não se preocupam com quanto ganham, mas sim
com quanto perdem!
MANDAMENTO XXXIII

APRENDA A OPERAR VENDIDO!

M
uitas pessoas não sabem, mas é possível lucrar com a
desvalorização das ações. Eu sei que parece estranho, talvez
impossível, também achei no começo, mas essa operação existe e
se chama SHORT.
Também conhecido como “operar vendido”, essa tática consiste em
vender um ativo, que não temos em nossa carteira, a um determinado
preço, recomprando-o por um valor menor e lucrar com essa diferença.
Antes continuarmos, quero deixar claro os riscos. Já que esse tipo de
operação foca na queda de preços de uma ação, e o mercado é volátil e
traiçoeiro, é possível que haja uma mudança de cenário e ocorra uma
alta de preços inesperada. Por isso, é necessário um ótimo
gerenciamento de riscos.
Ao operar comprado, denominado LONG, o maior risco possível é o
preço da ação cair a zero. Contudo, o potencial de ganho é infinito, não
sabemos qual o preço máximo que a ação vai atingir. Já no short, o
ganho máximo é limitado e o prejuízo é infinito. Dessa forma, não fazer
uso de stop e operar vendido em tendência de alta, para mim, é loucura!
Operar short tem mais taxas do que long, pois além das taxas de compra
e venda, inerentes a todas operações, ainda há taxas de aluguel.
O aluguel existe, pois você está vendendo uma ação que não está em
sua custodia. Alguns indivíduos (doadores) disponibilizam suas ações
para especuladores (tomadores) em troca da taxa de aluguel. Pode
parecer um processo confuso, mas quem faz a mediação entre tomador e
doador são as corretoras.
Para operar vendido, a corretora só exige uma garantia para iniciar esse
investimento. Isso permite que você opere sem ter o valor integral em
conta.
Agora vamos a um exemplo prático.
Você acredita que a cotação de MGLU3 que está em R$ 50,00 vai cair
10% até a semana seguinte. Disponibiliza a garantia exigida pela
corretora e vende um lote de 100 ações pelo preço atual de R$50,00,
totalizando R$ 5.000,00.
Na semana seguinte, sua previsão se concretiza e a cotação chega a
R$45,00. Para finalizar sua negociação, você só precisa recomprar as
ações pelo preço mais baixo. Assim, a diferença de R$500 entre o valor
de venda e o de compra é o seu lucro (sem contar taxas e impostos).
Mas imagine que sua previsão estava errada e a ação valorizou 5%.
Você deveria recomprar as ações por R$ 52,50, arcando com um prejuízo
de R$ 250 mais taxas.
Operar vendido não deve ser baseado em intuição ou sorte. Você deve
basear suas decisões em gráficos e dados concretos. Por isso, no
próximo mandamento, lhe ensinarei os setups de compra e venda que
mais utilizo para alavancar meus ganhos.
MANDAMENTO XXXIV

OPERE COMO LARRY WILLIAMS!

D
iferente da maioria dos especuladores, o investidor sagaz se
especializa em um número limitado de setups operacionais para
poder seguir o dinheiro esperto.
Criados pelo trader Larry Williams, os setups com a média móvel
exponencial de 9 períodos são bem simples e de grande assertividade.
Médias moveis são os melhores rastreadores de tendência do mercado.
Não explicarei como calcula-as, pois essa não é a ideia do livro. Mas a
ideia central por trás do seu uso é que os preços sempre tendem a voltar
aos seus valores médios, devido à lei da oferta e da demanda.
Imagine que você tem o costume de comprar uma barra de chocolate por
R$ 5,00. Se ao encontrar em um supermercado esse mesmo chocolate
por R$ 10,00, certamente não compraria, pois está muito mais caro que o
preço médio. Por outro lado, ao verificar o valor desta por R$ 2,50,
provavelmente faria um estoque, já que estaria muito mais barata.
Levando esse raciocínio para o mercado de ações, sempre que os
preços estão esticados (acima das médias) a pressão vendedora traria o
valor para próximo da média móvel. Na ponta inversa, a força
compradora aumentaria o preço das ações muito descontadas (abaixo da
média).

∆∆∆

Agora que você aprendeu os princípios das médias móveis, vamos aos
setups de Larry Williams. São 3 estratégias de compra e 3 de
venda. Gostaria que você desse um pouco mais de atenção aos stups
de venda, pois todo investidor sagaz necessita saber operar vendido
1) SETUP 9.1
a) De compra
- Enquanto a média móvel exponencial de 9 períodos
(MMEX9P) estiver descendente, espero até que o
fechamento de um candle reverta a média para cima.
- Marcamos a máxima do candle que tornou a média
ascendente.
- No candle seguinte, ao romper a máxima em 1
centavo, efetuaremos a compra do ativo.
- O stop-loss deve ser colocado na mínima do candle
que virou a média para cima. Para se proteger de
eventuais violinadas do book de ofertas, é possível
colocar um stop loss no fundo gráfico, contudo, esse
stop é muito mais “caro” que o stop da mínima.
- A operação será conduzida pela MMEX9P até que se
torne descendente.
b) De venda

- Enquanto a MMEX9P estiver ascendente, espero até


que o fechamento de um candle reverta a média para
baixo.
- Marcamos a mínima do candle que tornou a média
descendente.
- No candle seguinte, ao romper a mínima em 1
centavo, efetuaremos a venda do ativo.
- O stop-loss deve ser colocado na máxima do candle
que virou a média para baixo.
- A operação será conduzida pela MMEX9P até que se
torne ascendente.
2) SETUP 9.2 DE CORREÇÃO
a) De compra

Essa operação só pode ser realizada enquanto a


MMEX9P está ascendente, do contrário não se
configura o setup!
- Após um pullback de baixa, esperamos até que um
candle feche abaixo da mínima do candle anterior.
Realizaremos a compra ao romper em 1 centavo a
máxima desse candle (candle gatilho).
-Caso a máxima não seja rompida e a média continue
ascendente, devemos deslocar o gatilho de entrada
para máxima do próximo candle.
- O stop-loss deve ser colocado na mínima do candle
gatilho.

b) De venda
Essa operação só pode ser realizada enquanto a
MMEX9P está descendente, do contrário não se
configura o setup!
- Após um pullback de alta, esperamos até que um
candle feche acima da máxima do candle anterior.
Realizaremos a venda ao romper em 1 centavo a
mínima desse candle (candle gatilho).
- Caso a mínima não seja rompida e a média continuar
descendente, devemos deslocar o gatilho de entrada
para mínima do próximo candle.
- O stop-loss deve ser colocado na máxima do candle
gatilho.

3) SETUP 9.3 DE CORREÇÃO


a) De compra
Essa operação só pode ser realizada enquanto a
MMEX9P está ascendente, do contrário não se
configura o setup!
- Após um pullback de baixa, esperamos até que o
candle de maior fechamento de uma perna de alta
(candle referência) seja seguido, no mínimo, por 2
candles abaixo do seu preço de fechamento.
- O primeiro candle, depois do referência, não deve
fechar abaixo da mínima do anterior pois, seria
configurado um setup 9.2.
- O segundo candle, depois do referência, não precisa
fechar a baixo do seu anterior.
- Marcamos a máxima do último candle. Rompendo 1
centavo temos a compra. Caso não rompa, mas a
MMEX9P continue subindo, vamos deslocando o
gatilho para o candle seguinte.
- O stop-loss deve ser colocado na mínima do candle
gatilho.

b) De venda
Essa operação só pode ser realizada enquanto a
MMEX9P estiver descendente, do contrário não se
configura o setup!
- Após um pullback de alta, esperamos até que o
candle de menor fechamento de uma perna de baixa
(candle referência) seja seguido, no mínimo, por 2
candles acima do seu preço de fechamento.
- O primeiro candle depois do referência, não deve
fechar acima da máxima do anterior.
- O segundo candle, depois do referência não precisa
fechar acima do anterior.
- Marcamos a mínima do último candle. Rompendo 1
centavo temos a entrada. Caso não rompa, mas a
MMEX9P continue descendente, vamos deslocando o
gatilho para o candle seguinte.
- O stop-loss deve ser colocado na máxima do candle
gatilho.
MANDAMENTO XXXV

REALIZE OS LUCROS CEDO DEMAIS!

“Seja o jogo feito no mercado financeiro, numa mesa de pôquer ou em


qualquer outro lugar, o que os amadores fazem é isto: demoram-se
demais nas paradas - e perdem”
Axiomas de Zurique

O
que os leva a agir dessa forma se chama ganância. Ao conseguir
domina-la se tornará um investidor melhor que 90% daqueles que
buscam fortunas da noite para o dia.
Pode parecer paradoxal, mas ao controlar esse desejo de sempre querer
mais, você aumentara as chances de enriquecer. Sem dúvidas não será
fácil! A ganância entorpece os sentidos e faz perder o senso crítico.
No decorrer da sua vida de investidor haverá fortes tendências de alta,
você estará eufórico e desejará que dure pra sempre. Como conhece as
regras do jogo, sabe que após a fase de euforia o pânico se aproxima e
seu desejo é impossível.
Contudo, se você estiver agarrado à ganância, vai se convencer a
esperar e vislumbrado com os lucros, vai desejar que dure mais... e
mais... até que a montanha russa que estava se divertindo descarrilhe em
um precipício.
Mesmo que pequena, sempre haverá a possibilidade de realizar os lucros
e a ação continuar subindo desenfreadamente e o arrependimento tomar
conta do seu coração.
Sei que é assim, pois já passei por isso! Comprei ações da Positivo SA a
R$ 2 e vendi a R$ 6 em novembro de 2019. Um mês depois a ação batia
a casa dos R$ 11.
Contudo, o investidor sagaz não se guia pela minoria das vezes. Se guia
pela média! Por isso, nunca perca o jogo para ganância, sempre realize
os lucros cedo demais!
MANDAMENTO XXXVI

ENTENDA O JOGO DO PODER POR TRÁS


DO JOGO!

E
nquanto ainda engatinhava na bolsa de valores, nunca compreendia
como uma ação conseguia se valorizar 100% em uma semana ou
cair 50% em um dia. Aquilo me deixava intrigado. Com você
também é ou foi assim?
A maioria dos CPFs da bolsa nunca entenderão o porquê disso, o que
atrapalhará enormemente sua permanência na renda variável. Por sorte,
meus mentores abriram meus olhos precocemente e, por isso, farei o
mesmo com você.
Os mercados de renda variável de cada país não são sistemas fechados.
Eles fazem parte de uma intricada rede político-econômica, que compõe
uma gigantesca bolsa de valores, a qual apelidei de bolsa MUNDI.
Apenas 1 pilar sustenta essa rede, o PODER.
Poder vai muito além da esfera econômica. Ter poder é informação e
influencia, tanto política quanto midiática e social. Contudo, a máxima
que acredito é que dinheiro compra poder.
Já ouviu falar da quarta feira negra? 16 de setembro de 1992 seria um
dia qualquer no início da década de 90, se o controverso megainvestidor
George soros não tivesse faturado 1,1 bilhão de dólares ao realizar uma
operação short da libra esterlina. O resultado foi a quebra do Banco da
Inglaterra e a consequente saída da moeda do mecanismo de cambio
europeu. No século 21, o gênio é acusado de financiar grupos de
esquerda no mundo todo para deter o poder sobre os movimentos
políticos e econômicos destes países. Sem dúvidas, dinheiro é poder!
Para de fato entendermos quem cria tendências, manipulam preços e
tomam seu dinheiro, devemos compreender a estrutura das forças que
regem a bolsa MUNDI.

∆∆∆
A divisão do poder no mercado se assemelha a uma gigantesca pirâmide
invertida dividida em 3 estamentos.
O primeiro, o topo, é composto pelos Big Players, Smart Money,
metacapitalistas, insiders, tubarões ou como você preferir chama-los. O
filósofo e escritor Olavo de carvalho definiu esse estamento como
instituições megabilionárias que já detém um imenso poder econômico,
mas se utilizam dos veículos estatais para perpetuar seu poder por meio
do monopólio. Aqui se encontram as 50 empresas que dominam todas as
bolsas mundiais. Estamos falando dos grandes bancos de investimentos
e companhias como: UBS AG, JP Morgan, Deutsche Bank, Petrochina,
Exxonmobil, Berkshire Hathaway, entre outras. Mais do que dinheiro,
essas empresas possuem os hardwares e softwares de ponta, as mentes
mais brilhantes e mais bem pagas (se você já leu “Pai rico, Pai pobre”
sabe que riqueza não é ser o melhor, mas sim controlar os melhores),
além de uma infinidade de informações privilegiadas.
O meio da pirâmide é composto pelos fundos de investimentos e bancos
centrais.
O terceiro estamento é o varejo. É aqui que nós e as sardinhas
(investidores amadores e impacientes) habitam.
O objetivo do jogo do poder para os Big players do mercado não é você
que investe R$5.000,00 reais mensais após um intenso mês de trabalho,
na verdade, eles nem sabem da sua existência. O que eles querem é se
aproveitar do pânico extremo dos participantes do segundo estamento
para acumular ações e da euforia máxima para distribui-las (relembre a
teoria de DOW, pois todos os mandamentos se conectam).
Contudo, ao abocanhar o meio da pirâmide, uma parcela muito mais
substanciosa e atrativa, a imensa maioria dos pequenos investidores
(sardinhas) vão junto.
Nós somos o elo mais fraco da pirâmide! Por isso, para lucrarmos no
mercado de ações não precisamos descobrir quem são os Big players,
mas sim, seguir seus passos. Lembre-se, movimentar esta gigantesca
quantidade de dinheiro sempre deixará rastros, cabe a você desvenda-
los.
MANDAMENTO XXXVII

CONHEÇA O SUBMUNDO DO MERCADO!

O
s grandes especuladores da bolsa de valores atuam de forma
predatória e, por vezes, jogam sujo para suprir seus desejos
gananciosos. Por isso, cabe a você conhecer os principais
mecanismos que utilizam para manipular o mercado, criar tendência e
tomar seu dinheiro.
1) PUMP AND DUMP (INFLAR E LARGAR)
Este esquema fraudulento consiste na sobrevalorização do ativo
(PUMP) impulsionada pela distribuição de notícias falsas através
dos meios de comunicação. Se você já é investidor, sabe da
existência dos inúmeros grupos de Whats App e Telegram sobre
investimentos. Noticiais falsas podem ser transmitidas em uma
gigantesca reação em cadeia. Assim, potenciais investidores
enganados podem ser condicionados a comprar um ativo
supervalorizado.
Quando a verdade vem à tona, ocorre a super desvalorização do
ativo (DUMP). Os indivíduos que compraram no topo amargarão
um substancial prejuízo.
Perceba que o especulador, que fez uso do Pump and Dump,
realiza uma operação LONG e logo em seguida uma operação
SHORT. Portanto, ele lucra duas vezes, tanto com a valorização
quanto com a desvalorização.
No final de fevereiro de 2020, foram veiculadas por jornais, que a
Berkshire Hathaway, gestora de Warren Buffett, havia dobrado
sua participação acionária de IRBR3. Além disso, a advogada
que representa a Berkshire no Brasil, seria indicada para o
conselho fiscal da IRB. No dia da publicação, IRBR3 emplacava
10% de alta.
No início março, a empresa lança a seguinte nota:
“Berkshire Hathaway atualmente não é acionista, nunca foi acionista do IRB e não
tem intenção de se tornar acionista do IRB”.

No dia seguinte, as ações do IRB caíram mais de 40%. Será que


foi um caso de Pump and Dump?
2) OPERAÇÃO DE MESMO COMITENTE (ZÉ COM ZÉ)
Este esquema fraudulento ocorre quando uma pessoa física ou
companhia atua nas duas pontas do mercado, compradora e
vendedora. Ou seja, o especulador vende a ação e compra dele
mesmo (Zé com Zé), gerando uma imensa movimentação
financeira do ativo. O mercado, ao observar o grande volume e
liquidez, é estimulado a comprar ou vender o ativo.
A operação brasileira Zé com Zé mais icônica foi realizada pelo
milionário Naji Nahas na década de 80. Neste período havia uma
bolsa para cada estado brasileiro. Em 1988, Nahas comprou
uma imensa quantidade de opções da Petrobras, enquanto ainda
estavam com preços baixos.
Utilizando suas empresas, realizou várias operações de mesmo
comitente na bolsa do Rio de Janeiro (BVJR).
Até a data do vencimento das opções, a BVRJ havia subido subir
2.000%. Ao realizar o exercício da Call, Nahas quebrou o
mercado e faturou o equivalente a $30 milhões com opções da
Petrobras.
3) ORDENS ICEBERGS (ORDENS OCULTAS)
Pratica comum dos tubarões do mercado que querem esconder
a agressão ao book de ofertas. Assim como os icebergs, que
apenas 10% do seu volume está visível na superfície, esse tipo
de ordem consiste em dividir uma ordem gigantesca em
inúmeras ordens menores, que serão vistas no book de ofertas.
Uma ordem de R$1.000.000,00 poderia sem dividida em 1000
ordens de R$1.000,00. Assim, cada vez que uma ordem for
efetuada, outra entrará no final da fila do book de ofertas, até
atingir R$1.000.000. Dessa forma, o mercado não perceberá a
demanda ou a oferta e o preço nem sobe, nem cai
demasiadamente. Dessa forma, o especulador consegue
comprar e vender numa faixa de preço interessante.
4) SPOOFING
Este esquema fraudulento consiste em induzir de forma artificial
um ativo à alta ou à baixa. Por meio de robôs HFTs. O
especulador dá, ao mesmo tempo, uma ordem de venda e várias
ordens de compra, gerando uma demanda inexistente pelo ativo,
assim, provocando uma distorção altista. O contrário pode ser
realizado para provocar uma distorção baixista. Diferente de uma
operação de mesmo comitente, as ordens do Spoofing não são
concretizadas, apenas servem para encher o book de ofertas.
Após deslocamento do mercado na direção desejada, as ordens
são canceladas e os preços voltam aos valores iniciais.
MANDAMENTO XXXVIII

SIGA O DINHEIRO ESPERTO!

D
os participantes da pirâmide do poder, os big players são os mais
poderosos. Além de dinheiro, possuem tecnologia de ponta, as
melhores informações e mentes. Contudo, como Stan Lee já havia
dito, “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. Por
movimentarem um grande capital, eles exercem uma influência
gigantesca sobre a guerra entre compradores e vendedores. Essa
realidade fica clara quando observamos o movimento de um big player
em uma ação com um fluxo de R$100.000.000/mês. Imagine a intensa
queda dos preços à medida que ele agride o book de ofertas com uma
ordem de venda de R$300.000.000.
Entretanto, apenas os pequeno investidor possuem o poder de seguir os
gigantes! Os grandes players ao investirem dezenas de milhões, ou até
bilhões, acabam ficando presos nos ativos. Saídas repentinas poderiam
causar grandes estragos, como no exemplo do parágrafo anterior.
Contudo, somos insignificantes o suficiente para entrar e sair de
operações sem causar distorções. Por isso, conseguimos surfar as ondas
dos grandes investidores.
Mas como surfar essa onda se não possuímos suas informações
privilegiadas?
A reposta para essa pergunta é o VOLUME FINANCEIRO (VF). Mesmo
que façam uso de ordens icebergs ou qualquer outro método para ocultar
suas movimentações, não há como esconder um elefante dentro de um
rio sem produzir ondas em sua margem. Esse é um rastro que os big
players não podem esconder.
O VF é o combustível das movimentações do preço. Se lembra da teoria
de Dow? Segundo ela, o volume deve acompanhar a tendência. Logo,
em uma tendência de alta, o volume deve aumentar quando os preços
sobem e deve diminuir quando os preços caem. Entretanto, em uma
tendência de baixa ocorre o oposto. O volume deve aumentar quando os
preços caem e subir quando os preços sobem.
O jogo dos big players é abocanhar o dinheiro dos fundos de
investimentos e bancos centrais, localizados no meio da pirâmide do
poder. Como já dito, eles se aproveitam dos momentos de euforia
extrema para distribuir suas ações e de pânico generalizado para
acumula-las. Nestas últimas fases de alta e de baixa, respectivamente,
ocorrem divergência de volume financeiro. Em uma tendência altista, por
exemplo, o volume começa a diminuir quando o ativo sobe e a aumentar
quando o ativo cai. É neste momento que os Big players agem.
Na década de 90, o grande especulador Larry Williams, ao estudar os
processos de acumulação e distribuição, criou o indicador WAD (Williams
Accumulation/Distribution), que acusa essas possíveis movimentações
dos big players.
O WAD é um estudo do volume, que acumula para cima quando o
mercado tem preço de fechamento superior ao de abertura e que
acumula para baixo quando o fechamento é menor do que a abertura. Se
ambos os preços forem iguais o indicador não se altera. WAD funciona
em divergências, ou seja, quando a direção deste indicador é oposta à
direção dos preços.
Observe o WAD diário do IBOV. Nos 30 dias que antecederam aos
primeiros sinais gráficos da crise de 2020, enquanto o mercado
caminhava lateralmente entre as linhas A1 e A2, o WAD já demonstrava
uma clara diminuição do volume, incoerante com o movimento gráfico.
Perceba que os topos registrados pelo indicador passaram a ser cada
vez mais baixos, formando a linha B, que apresenta uma clara angulação
baixista. Dessa forma, o WAD demonstrou que o processo de
distribuição dos Big players antecedeu ao início da intensa queda da
crise do coronavírus em 2020.
Percebe o quanto é vantajoso saber quando os tubarões estão
acumulando ou distribuindo suas ações? O pequeno investidor sagaz
pode antecipar o início de uma tendência de alta e “encher o carrinho”
com boas empresas, ou entrar vendido antes de uma forte tendência de
baixa.
MANDAMENTO XXXIX

NÃO CAIA NA ARMADILHA DO PREÇO


MÉDIO!

E
sse mandamento precisa ser avaliado em dois cenários!
No primeiro, você decidiu investir em uma empresa e a ação caiu
após a compra. Neste momento, você deve se perguntar o porquê
da queda. Tente encontrar algum motivo especial, um fato relevante, por
exemplo. Lembre-se, sempre haverá insiders (indivíduos com
informações privilegiadas) e por isso o mercado pode precificar
acontecimentos futuros.
Essa situação ocorreu com a Brasil resseguros (IRBR3)! No final do ano
de 2019, recebeu o prêmio de empresa revelação da bolsa. Em janeiro
de 2020 a ação, caiu 5% após possíveis suspeitas de fraudes em seu
balanço. Foi o início de uma queda íngreme. No momento que escrevo
esse capítulo, IRBR3 custa ¨R$ 7 (chegou a custar 44 em 2020) e
apresenta problemas de solvência. Em 5 meses, a empresa prêmio
revelação desvalorizou mais de 80%. Agora imagine como estão os
acionistas que fizeram preço médio durante a queda desse papel.
Portanto, se confirmado que a queda não está relacionada com
problemas da empresa, um preço-médio pode valer a pena. Entretanto,
tome cuidado para não comprometer a diversificação do seu portifólio.
No segundo cenário, você é um especulador.
Fazer preço médio nessa situação é insanidade. A princípio, parece uma
ideia inteligente e plenamente racional, pois Se o papel valia R$10,00 e
comprei um lote por R$1000,00. Ao cair 20%, compro um novo lote por
R$ 800 e meu preço médio passa a ser R$ 9 em um passe de mágica.
Contudo, lembre-se que sempre há chances do ativo não voltar ao valor
da sua entrada. Dessa forma, nunca exponha mais dinheiro ao risco em
uma especulação perdedora. Pois especulações devem ser motivadas
por fatores técnicos, jamais emocionais.
MANDAMENTO XL

NUNCA SE ESQUEÇA, É SÓ O COMEÇO!

A
o longo dessas poucas páginas, tive a oportunidade de compartilhar
com você um pouco do conhecimento que adquiri na bolsa de
valores.
Espero de coração que você erre, mas erre muito, em seus primeiros
passos na jornada milionária. As dores decorrentes dos seus erros são
as que mais lhe ensinarão em sua caminhada, pois você é um investidor
sagaz extremamente antifragil.
É preciso começar pequeno, porque um dia você será grande. Garanto
que é melhor aprender com seus erros enquanto ainda tiver R$1.000,00
do que quando possuir 1 milhão.
Se já investe ou pretende começar, você deve se responder a seguinte
pergunta: o que me motivou a investir?
Ter um objetivo é o primeiro passo para ser um investidor sagaz. Eu, por
exemplo, serei o próximo George Soros. Loucura? Talvez! Mas, para mim
que sonha alto, cada passo é como se fosse o primeiro e ser um
investidor sagaz é só mais um, pois sempre será só o começo!
SOBRE O AUTOR
Lucas Emanoel

É o acadêmico de medicina apaixonado pelo mundo dos investimentos.


Há 4 anos, aplicou todo dinheiro da formatura na bolsa de valores, dando
início à sua jornada rumo à liberdade financeira.
Baiano de nascença, se destacou nos tatames de jiu-jitsu e provou ser
sagaz muita além do Homebroker. Sua maior missão é descomplicar a
renda variável e inspirar jovens brasileiros a darem os primeiros passos
neste incrível mercado.
QUASE ESQUECI...

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