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Vamos em frente!
Justificativa
1. Adversidades macroeconômicas;
2. Problemas de planejamento;
3. Falta de qualificação profissional;
4. Ingerência política;
5. Custo Brasil;
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Contudo, antes de refletir com maior profundidade sobre as causas e
consequências de determinados problemas, precisamos bem conhecer o
objeto sobre o qual os mesmos incidem, no nosso caso representado pela
criação de valor no contexto das grandes empresas. É com essa preocupação
que iniciamos o desenvolvimento do presente texto.
Desenvolvimento
1
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira essencial. 2.ed., Porto Alegre:
Bookman, 2001. p. 14.
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oportunidade, os proprietários perderam dinheiro.
Substituindo, temos:
No que se refere ao custo dos capitais próprios, não podemos nos esquecer
do já comentado conceito de custo de oportunidade, insumo elementar nas
decisões de investimento. Custo de oportunidade esse que pode assumir os
mais diversos valores, uma vez que muda de investidor para investidor, de
atividade para atividade, de região para região e, até mesmo, de época para
2
Ibidem (Ibid.) p. 407.
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época. Resumindo, é natural que o custo de capitais próprios seja diferente de
empresa para empresa, devendo, apenas, ser maior do que o custo dos
capitais de terceiros.
Mas, por que maior que o custo dos capitais de terceiros? Simplesmente
porque está submetido a um risco maior. Ao contrário dos capitais de terceiros,
os capitais próprios não tem prazo para serem resgatados e não contam com
qualquer garantia, quer seja fidejussória ou real. Como disse no nosso
professor Geraldo: “se os custos dos capitais próprios fossem menores que os
de terceiros, o negócio seria emprestar dinheiro para as empresas e não
comprar suas ações”3.
O modelo foi criado por Jack Treynor, William Forsyth Sharpe, John
Lintner e Jan Mossin, baseados no trabalho de Harry Markowitz sobre
diversificação e teoria moderna de portfólio. Sharpe foi o vencedor do
Prêmio Nobel de Economia do ano de 1990, juntamente com
Markowitz e Merton Miller, por sua contribuição ao campo de
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finanças.
Gitman, por sua vez, afirma que “o uso do CAPM indicada que o custo de
capital próprio é o retorno exigido pelos investidores como recompensa pelo
risco não diversificável da empresa, medido pelo beta.”6
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taxa livre de risco (Rf), tem-se como base a remuneração dos títulos
soberanos, que, mundo a fora, representam o custo primário do dinheiro em
cada país e, em tese, não oferecem qualquer risco aos seus titulares. No caso
brasileiro, essa taxa é representada pela meta SELIC, nome emprestado do
Sistema Especial de Liquidação e Custódia, que se constitui na câmara onde
são registrados e liquidados os títulos públicos federais. Atualmente a meta
SELIC está fixada em 10,5% ao ano, podendo ser alterada, por questões de
política monetária, a qualquer momento pelo Comitê de Política Monetária,
órgão vinculado ao Banco Central.
Como o próprio nome diz, busca estabelecer o custo médio dos capitais
investidos no negócio, englobando terceiros e próprios.
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terceiros, no financiamento dos investimentos, já que o cálculo é dado pela
equação a seguir.
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defenderei a ideia de que resultado operacional é aquele antes dos juros e
depois do imposto de renda.
60.000.000
CUSTO NOMINAL
DE 18%
100.000.000
LAJIR 24.648
(-) I.R. -8.380
40.000.000 LAJDIR (3) 16.268
CUSTO DE 22,85% (-) DFLI (2) -7.128
LUCRO LÍQUIDO (1) 9.140
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Ibidem (Ibid.) p. 151.
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dos custos de capitais, com vistas ao entendimento sobre a construção da DRE
invertida esclarecemos o seguinte, começando pelo lucro líquido, ou seja, de
baixo para cima:
Reputo esta forma de projeção da DRE como sendo uma das principais
ferramentas de planejamento financeiro, uma vez que, muito além de estimar
os resultados líquidos e operacionais necessários para garantir a remuneração
dos proprietários do capital, pode nos levar ao ápice do demonstrativo,
estimando a receita operacional bruta capaz de garantir o alcance dos
resultados. Para isso, basta conhecermos minimamente a estrutura dos custos
operacionais da empresa. Mas isso é tema para outra ocasião.
a) Aumentar o faturamento;
b) Diminuir custos operacionais;
c) Reduzir ativos operacionais, sem prejudicar receitas;
d) Verificar a possibilidade de elevar, um pouco, a alavancagem financeira,
reduzindo o custo do capital;
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respectivamente a criação de valor por parte das empresas.
1. Adversidades macroeconômicas
Para reflexão, basta observar que, ao largo de 13 anos, a taxa oscilou entre
7,25% e 25% ao ano. Sabendo que o custo do capital próprio tem como ponto
de partida a taxa livre de risco, como criar valor com SELIC acima de 15% ao
ano? É praticamente impossível repassar esse custo para consumidores tanto
nacionais quanto internacionais.
2. Problemas de planejamento
Penso que não é demais imaginar que boas empresas neste país não
fazem planejamento financeiro conforme discutimos neste texto, ou seja,
projetando antecipadamente quanto precisam faturar para que, após,
cumpridos todos os custos operacionais, possam superar o retorno esperado
pelos donos do capital. Ou não planejam desta ou não conseguem implementar
o que planejam, caso contrário, mantidos favoráveis os demais fatores,
estariam criando valor.
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metas claras e transparentes, a empresa necessita contar com o
comprometimento e bom desempenho de todos os seus colaboradores,
assegurado por um processo de controle tempestivo e eficaz, capaz de
estabelecer ótima aproximação com os resultados projetados. Isso nem
sempre pode ser verificado.
4. Ingerências políticas
5. Custo Brasil
Conclusão
Como vimos, criar valor para as empresas é gerar resultados que superem
os respectivos custos de capitais.
Referências bibliográficas
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1. Apostila do Curso MBA Executivo em Finanças com ênfase em
Controladoria e Auditoria, do Programa FGV On line da Fundação
Getulio Vargas, Disciplina Administração Financeira: Avaliação do
Desempenho Empresarial.
2. ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. 3ª Ed. São
Paulo: Atlas, 2008.
3. BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração
financeira. São Paulo, Atlas, 1989.
4. GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira
essencial. 2.ed., Porto Alegre: Bookman, 2001.
5. CAMBA, Daniele. Criação de Valor. Valor Econômico. São Paulo e Rio
de Janeiro, 17, 18 e 19 dez. 2004. Eu & Investimentos. D1.
6. NAPOLITANO Giuliana. Apenas 20% das empresas ganham da renda
fixa. Portal EXAME, 18 jan. 2005. Disponível em:
<http://portalexame.abril.com.br>. Acesso em: 29 abr. 2005.
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