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MARTA NEVES
MIGUEL OLIVEIRA
FISCALIDADE 3
Ao realizar este trabalho tivemos como base de pesquisa o código do IVA assim
como outros autores que fizeram análise de respetivas isenções e, ainda a análise de
artigos referentes à mesma matéria.
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ÍNDICE
RESUMO ............................................................................................................................ 3
ÍNDICE .............................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 6
CONCLUSÃO ................................................................................................................... 61
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 62
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INTRODUÇÃO
Como sabemos o código do Iva está presente em tudo aquilo que compramos
assim como em tudo aquilo que vendemos. Qualquer sujeito passivo está sujeito à taxa
do Iva, 6%, 13% ou 23% porém alguns dos sujeitos passivos encontram-se nas chamadas
exceções as quais apelidamos de Isenções.
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ISENÇÕES SIMPLES OU INCOMPLETAS
O QUE SÃO ISENÇÕES SIMPLES?
Como em todos os códigos fiscais, as regras gerais não se aplicam a todos os
consumidores sendo que existem algumas exceções que passaremos a chamar as ditas
isenções. O código do Iva não foge disso, e assim sendo, sabendo que apesar de algumas
operações estarem sujeitas às regras de IVA, algumas destas estão isentas desse imposto.
Ou seja, as chamadas ditas exceções ou isenções.
ARTIGO 9º - ISENÇÕES
O artigo 9º do código do IVA refere-se á isenção de IVA nas operações internas,
isto é, certas atividades profissionais que estão indicadas no artigo estão isentas de
entregar o respetivo imposto ao estado sobre os serviços que realizaram. Qualquer isenção
referida neste mesmo artigo é independente do volume de negócios, ou seja, não depende
do valor faturado ao longo do ano.
Por exemplo, um produto ou serviço que esteja abrangido pelo artigo 9º do IVA e
que tenha o valor de 100€ sem IVA irá custar 123€ à empresa. Mas porquê? Acresce o
IVA a 23% (100x23%= 23€) e a sua soma concretiza os 123€ (100+23= 123). Assim este
sujeito passivo terá de vender esse mesmo produto a 123€ mais a sua margem de lucro,
dado que o mesmo não tem direito á dedução do imposto imputado ao valor do produto
(23€) e não terá de entregar o IVA ao estado.
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Serviços Médicos e sanitários realizados em clinicas e hospitais, bem
como transporte autorizado de doentes e transmissão de órgãos, leite e
sangue humano
Serviços relacionados com segurança e assistência social, bem como
creches, infantários, lares, centros de dia e de reabilitação
Serviços em estabelecimentos de ensino e formação profissional
integrados no ministério da educação ou por ministérios competentes
Serviços de arrendamento de bens imóveis e alojamento, como hotéis e
parques de campismo
Atividades em empresas públicas de radio e televisão
Mas vou iniciar atividade em janeiro de 2023 como saberei o volume de negócios?
Ao iniciar a sua atividade e fazer o registo da mesma nas finanças, irão questionar que
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valor você estima atingir nesse ano, ou seja, que valor acha que pode fatura entre os meses
de janeiro e dezembro de 2023. No caso de abrir atividade em janeiro o valor tem de ser
equivalente a 12 meses do ano, no entanto se abrir apenas atividade em abril apenas
deverá contar com 9 meses. Se a previsão do valor do volume de negócios for abaixo dos
12.500,0€ estará enquadrado no regime de isenção do artigo 53º do código do iva.
“Não estou isento mas possuo requisitos para ter direito à isenção.” Neste caso,
partindo de pressuposto que estamos em abril de 2023, em janeiro de 2024 deverá entregar
uma declaração de alterações de acordo com o artigo 32º e 54º do CIVA e desta forma
passará a estar isento.
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ANÁLISE DE EXEMPLOS E PARECERES
EXEMPLO 1: IVA/ RITI – SUJEITOS PASSIVOS ISENTOS
01-07-2017
E o facto de esta empresa beneficiar da isenção do artigo 9.º do CIVA, não quer
dizer que a mesma não tenha que pagar o imposto aquando das suas aquisições de bens
ou serviços (operações passivas).
- Sujeitos passivos de IVA em território português, cuja sede, estabelecimento estável ou,
na sua falta, o domicílio, para o qual os serviços são prestados, se situe no território
nacional, onde quer que se situe a sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o
domicílio do prestador (artigo 6.º n.º 6 alínea a) do CIVA);
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Apesar do artigo 6.º comportar algumas exceções à regra geral, no caso das
reparações de bens móveis não existe nenhuma regra especifica.
Assim, no que toca aos serviços prestados sobre um bem imóvel corpóreo, quando
o seu adquirente seja um sujeito passivo de IVA, será de atender à regra geral prevista na
alínea a) n.º 6 do artigo 6.º do CIVA, sendo a operação tributável no local onde for a sede
(ou estabelecimento) desse adquirente.
Mesmo tendo que fazer a entrega de imposto, não deixa de ser um sujeito passivo
que pratica operações exclusivamente isentas ao abrigo do artigo 9.º do CIVA, não
precisando de fazer qualquer alteração ao seu enquadramento em sede de IVA,
consequentemente não tem que entregar a declaração de alterações.
N/ Enquadramento:
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ao abrigo do artigo 9.º do CIVA, mais concretamente a alínea 3): As prestações de
serviços efetuadas no exercício da sua atividade por protésicos dentários bem como as
transmissões de próteses dentárias efetuadas por dentistas e protésicos dentários.
Mesmo tendo que fazer a entrega de imposto, não deixa de ser um sujeito passivo
que pratica operações exclusivamente isentas ao abrigo do artigo 9.º do CIVA, não
precisando de fazer qualquer alteração ao seu enquadramento em sede de IVA,
consequentemente não tem que entregar a declaração de alterações.
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EXEMPLO 2: IVA – SERVIÇOS FÚNEBRES
IVA – Serviços fúnebres
14-02-2022
Começamos por referir que o Código de IVA deve ser analisado de uma forma
cronológica, designadamente, a sujeição a imposto, a localização e posteriormente, sendo
tributáveis analisar se esses serviços poderão beneficiar de alguma isenção.
Nos termos do artigo 4.º do CIVA, são consideradas como prestações de serviços
as operações efetuadas a título oneroso que não constituem transmissões, aquisições
intracomunitárias ou importações de bens. Desta forma, os serviços fúnebres são
considerados prestações de serviços para efeitos do CIVA, sendo considerados por esse
facto operações sujeitas a IVA.
Quando o destinatário dos serviços não seja um sujeito passivo de IVA, a operação
é tributada no lugar da sede, estabelecimento estável ou domicílio do prestador dos
serviços (alínea b)).
Não obstante, será preciso ter em conta a sua natureza e que, nos termos do número
26 do artigo 9.º do CIVA, possam então de facto ser tributadas, mas delas isentas.
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As isenções do artigo 9.º do CIVA, são designadas por isenções "incompletas" o
que se traduz no facto dos sujeitos passivos por elas abrangidos não liquidarem imposto
nas suas operações, não podendo, no entanto, exercer o direito à dedução do imposto que
lhe é faturado nas respetivas aquisições de bens e serviços.
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- Venda de urnas para cinzas ou para ossadas, coroas de flores e de outros artigos fúnebres,
quando for a própria agência funerária a tratar da cerimónia fúnebre:
- Venda de urnas para cinzas e ossadas, coroas de flores e outros artigos fúnebres, quando
não for a própria agência funerária a tratar da cerimónia fúnebre.»
Tendo por base o acima exposto, pode concluir-se que quando os serviços
prestados interferem diretamente na realização do próprio «serviço fúnebre», e é claro
que as operações contribuem inequivocamente para a concretização da cerimónia fúnebre
que, sem a realização das mesmas, não se mostram completas, as mesmas beneficiam da
referida isenção independentemente da qualidade do sujeito passivo.
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N/ Enquadramento:
Criando um pressuposto que não era isenta de imposto, a operação seja tributada
no local onde se situa a sede do adquirente dos serviços (art 6° n°10 alínea d), que
neste caso é nos Açores.
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EXEMPLO 3: IVA – ISENÇÕES - FATURAÇÃO
IVA – Isenções – Faturação
Ora, de acordo com os números 1) e 2) do artigo 9.º do CIVA, estão isentas deste
imposto:
«(...)
(...).»
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Feitas estas notas introdutórias, tenha-se em conta o seguinte:
«47. Face a todo o exposto, afigura-se que os serviços designados como "serviços
médicos online" e "médico ao domicílio" prestados pela requerente nos moldes que
descreve e que se encontram explanados nos pontos 8 a 17 da presente informação, podem
beneficiar da isenção consignada na alínea 1) do artigo 9.º do CIVA, desde que sejam
prestados por profissionais de saúde devidamente habilitados nos termos da legislação
aplicável e se insiram no conceito de prestação de serviços médicos, definido na
jurisprudência comunitária.»
Caso contrário, estarão as referidas operações sujeitas a IVA e dele não isentas,
devendo o sujeito passivo proceder à liquidação de IVA nos termos gerais.
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N/ Enquadramento:
Caso não se enquadrasse no artigo referido, deveria ser aplicada a taxa de iva
normal.
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EXEMPLO 4: IVA – ISENÇÕES – CRIAÇÃO DE SOCIEDADE
IVA – Isenções
Mais, a referida isenção do n.º 11 do artigo 9.º do CIVA apenas se aplica quando
as lições são ministradas a título pessoal, isto é, quando efetuadas diretamente pelo
professor ao explicando, pressupondo uma relação direta explicador/explicando, sem
interferência de qualquer outra entidade, devendo, as referidas lições, versar sobre
matérias do ensino escolar ou superior.
«Processo: n.º 3 366, despacho do SDG dos Impostos, substituto legal do diretor-geral,
em 2012-07-17.
(...)
17. Quanto às explicações, refere-se que nos termos do n.º 11 do artigo 9.º do Código do
IVA, estão isentas de imposto "as prestações de serviços que consistam em lições
ministradas a título pessoal sobre matérias do ensino escolar ou superior.”
18. Decorre do teor da citada norma, que esta isenção só se aplica quando as lições,
versando sobre matérias do ensino escolar ou superior, são ministradas a título pessoal,
isto é, quando efetuadas diretamente pelo professor ao explicando, pressupondo uma
relação direta entre ambos sem interferência de qualquer outra entidade.
«Processo: I301 2007010 - despacho do SDG dos Impostos, substituto legal do Diretor-
Geral, em 09-02-2009
(...)
7. Na prática, este tipo de isenção, só se aplica quando as lições, sobre matérias do ensino
escolar ou superior, são ministradas pelo explicador/professor diretamente ao explicando,
isto é, sem dependência de qualquer outra entidade.
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No caso em apreço, os serviços do explicador/professor são prestados à
"sociedade" para com a qual existe uma subordinação inicial decorrente de um contrato
de prestação de serviços, sendo a "A" quem presta o serviço ao explicando.
No que se refere às deduções à coleta do IRS dos explicandos, constata-se no artigo 78.º-
D do CIRS que: «(...) é dedutível um montante correspondente a 30 por cento do valor
suportado a título de despesas de formação e educação por qualquer membro do agregado
familiar, com o limite global de 800 euros:
a) Que conste de faturas que titulem prestações de serviços e aquisições de bens, isentos
do IVA ou tributados à taxa reduzida, comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira
nos termos do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, enquadradas, de acordo com a
Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3 (CAE - Rev. 3),
aprovada pelo Decreto-Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de
atividade:
iii) Secção G, Classe 88910 - Atividades de cuidados para crianças, sem alojamento.»
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N/ Enquadramento:
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EXEMPLO 5: IVA – ISENÇÃO EM EMPRESA DE
ELETRODOMÉSTICOS
IVA – Isenções
PT27078 - julho de 2022
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também considerou que as extensões de garantia prestadas pela Rádio Popular se
qualificam como operações de seguro isentas de IVA (de acordo com o artigo 135.º, n.º
1 alínea a) da Diretiva IVA, transposto para a alínea 28) do artigo 9.º do CIVA).
Adicionalmente, o TJUE legitimou o entendimento preconizado pela AT de que os
seguros não qualificam como operações financeiras e, como tal, não são suscetíveis de
serem consideradas acessórias para efeitos da sua exclusão do cálculo do pro-rata,
conforme se transcreve de seguida:
«(...) O artigo 174.º, n.º 2, alíneas b) e c), da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28
de novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado,
lido em conjugação com o artigo 135.º, n.º 1, desta diretiva, deve ser interpretado no
sentido de que não se aplica a operações de intermediação na venda de extensões de
garantia efetuadas por um sujeito passivo no âmbito da sua atividade principal que
consiste na venda de aparelhos eletrodomésticos e de outros artigos de informática e
telecomunicações aos consumidores, pelo que o montante do volume de negócios relativo
a essas operações não deve ser excluído do denominador da fração utilizada no cálculo
do pro rata de dedução previsto no artigo 174.º, n.º 1, da mesma diretiva. (...)»
Embora o TJUE não tenha analisado a eventual acessoriedade da extensão de garantia,
refira-se que no âmbito do Processo n.º 53/2019-T, de 2019-09-10, do CAAD, a AT
manifestou o entendimento de que o carácter de habitualidade daquelas operações, exclui
por completo a possibilidade de virem a ser consideradas acessórias à atividade do sujeito
passivo.
A AT entendeu que as operações de seguro «(...) mais não são do que um prolongamento
da atividade (...)» do sujeito passivo (Rádio Popular) e, nesse sentido, «(...) não parece
que as mesmas fossem consideradas de carácter acessório (...).»
Em face do exposto e respondendo concretamente às questões colocadas em sede de IVA:
- As extensões de garantia qualificam-se como operações de seguro isentas de IVA ao
abrigo da alínea 28) do artigo 9.º do CIVA;
- Deste modo, trata-se de operações isentas sem direito a dedução e, como tal, devem ser
inscritas no campo 9 do quadro 06 da declaração periódica de IVA;
- Tendo em conta que a AT entende que as extensões de garantia são um prolongamento
da atividade do sujeito passivo e que, por esse motivo, nunca seriam acessórias, então,
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consideramos que não devem ser inscritas no campo 104 do quadro 06-A da declaração
periódica de IVA.
N/ Enquadramento:
No Código do IVA artigo 9° alínea 28) determina que são isentas do imposto, as
operações de seguro e resseguro bem como as prestações de serviço conexas efetuadas
pelos corretores intermédios do seguro.
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EXEMPLO 6: IVA – ISENÇÕES – CONSULTAS DE
PSICOLOGIA
Consultas de psicologia
02-08-2021
Um centro de estudos tem uma funcionária que é psicóloga inscrita na ordem
respetiva e passou a fazer consultas de psicologia lá no centro. A faturação aos
clientes destas consultas é isenta de IVA segundo o artigo 9.º ou é com IVA à taxa
de 23 por cento? As consultas que são administradas no centro tanto são para
crianças como para adultos.
Uma outra questão: uma empresa envia pacientes para as consultas de psicologia e
o centro fatura as consultas a essa empresa. Essas consultas continuam isentas?
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prestados por profissionais no âmbito de atividades de saúde, que esta isenção abrange
apenas as prestações de serviços no âmbito da psicologia clínica propriamente dita, uma
vez que apenas esta cumpre a condição principal de «prevenção, tratamento e, se possível,
cura das doenças ou outros distúrbios de saúde.»
Quaisquer outros serviços, como testes psicotécnicos ou seleção e recrutamento de
colaboradores, não serão, na nossa opinião, passíveis de se enquadrarem nesta isenção
sendo, por isso, sujeitas a IVA e dele não isentas.
Uma vez que não é referido o propósito das consultas de psicologia efetuadas e tendo em
conta os trâmites desta operação, aconselhamos, deste modo, a que seja averiguado junto
da psicóloga se os requisitos mencionados anteriormente se encontram, ou não,
cumpridos (nomeadamente, se estamos perante psicologia clínica ou outro tipo de
avaliações que não poderão beneficiar da isenção prevista no número 1) do artigo 9.º do
CIVA).
De modo a facilitar esta análise, recomendamos a leitura das seguintes Informações
Vinculativas:
- Referente ao processo n.º 19 925, por despacho de 01-04-2021, da diretora de serviços
do IVA (por subdelegação), que poderá encontrar através da seguinte ligação.
- Referente ao processo n.º 14 709, por despacho de 2019-10-29, da diretora de serviços
do IVA, (por subdelegação), que poderá encontrar através da seguinte ligação.
N/ Enquadramento:
Este centro de estudos está isento de Iva de acordo com o n.º 11 do artigo 9º do
Civa 11 “As prestações de serviços que consistam em lições ministradas a título pessoal
sobre matérias do ensino escolar ou superior” ou seja, pratica uma atividade de ensino em
que presta ajuda a alunos que necessitam. Contendo uma funcionária que dá consultas de
psicologia no seu estabelecimento e que a mesma se encontra inscrita na ordem, a mesma
se enquadra na isenção prevista no n.º 1 do artigo 9º do CIVA.
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No caso de pertencer aos quadros deste centro de estudos, será aplicada a isenção
prevista no n.º 1 do artigo 9º do CIVA e as faturas que irão ser realizadas não deverão
conter a taxa de 23% mas sim a menção de que estará aplicada a respetiva isenção.
Quanto às faturas que são emitidas à empresa que envia os seus colaboradores
para consultas de psicologia, deverão nas mesmas constar a isenção do iva.
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EXEMPLO 7: IVA – ISENÇÃO NOS ARTISTAS
24-03-2020
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Sendo este qualquer entidade singular ou coletiva, sujeito passivo do imposto, que
no exercício da sua atividade económica tributada promova ou organize espetáculos de
natureza artística, financiando a sua produção e assumindo as responsabilidades inerentes
à realização dos espetáculos, garanta a divulgação e exibição dos artistas junto do público
espectador (consumidor final do espetáculo, ainda que este seja de acesso livre), bem
como as entidades que exerçam atividades no âmbito da realização de filmes, edição de
discos e de outros suportes de som ou imagem.
- Quando os artistas prestam serviços a entidades que atuam como intermediários, tais
operações configuram prestações de serviços sujeitas a IVA, aplicando-se a taxa normal
do imposto. Sem prejuízo de lhes ser aplicável o regime especial de isenção previsto no
art.º 53.º do CIVA, se reunidas as condições ali previstas;
Para que este sujeito passivo possa usufruir da isenção do IVA na emissão das
faturas, terá que prestar serviços a um promotor de eventos, e ter as caraterísticas acima
indicadas, nomeadamente, promover e organizar espetáculos de natureza artística,
financiar a sua produção e assumir as responsabilidades com a realização dos espetáculos,
garantir a divulgação e exibição dos artistas junto do público espetador.
Por outro lado, o n.º 11 do artigo 9.º do CIVA isenta de imposto «as prestações de
serviços que consistam em lições ministradas a título pessoal sobre matérias do ensino
escolar ou superior.»
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A condição necessária para a verificação desta isenção é que se trate de lições
ministradas a título individual, excluindo-se, portanto, quaisquer prestações de serviços
que consistam em lições ministradas a mais do que um destinatário.
No caso em que os serviços são prestados a uma entidade para com a qual existe
uma subordinação inicial decorrente de um contrato de prestação de serviços, a atividade
desenvolvida não tem enquadramento na isenção prevista no n.º 11 do artigo 9.º do CIVA,
constituindo uma atividade tributada à taxa normal de 23 por cento, nos termos da alínea
c) do n.º 1 do artigo 18.º do CIVA, sem prejuízo de ser aplicável o regime especial de
isenção previsto no artigo 53.º do CIVA, se reunidas as condições ali referidas
N/ Enquadramento:
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Partindo do pressuposto que os artistas prestem os serviços aos respetivos promotores
(considerando promotor o referido no parágrafo anterior), tais serviços estão isentos de
IVA;
Por outro lado, o n.º 11 do artigo 9.º do CIVA isenta de imposto «as prestações de
serviços que consistam em lições ministradas a título pessoal sobre matérias do ensino
escolar ou superior.»
No caso em que os serviços são prestados a uma entidade para com a qual existe uma
subordinação inicial decorrente de um contrato de prestação de serviços, a atividade
desenvolvida não tem enquadramento na isenção prevista no n.º 11 do artigo 9.º do CIVA
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EXEMPLO 8: IVA – ISENÇÕES NOS FORMADORES
01-09-2017
Estabelece a alínea 10) do artigo 9.º do CIVA que se encontram isentas de imposto
"As prestações de serviços que tenham por objeto a formação profissional, bem como as
transmissões de bens e prestações de serviços conexas, como sejam o fornecimento de
alojamento, alimentação e material didático, efetuadas por organismos de direito público
ou por entidades reconhecidas como tendo competência nos domínios da formação e
reabilitação profissionais pelos ministérios competentes;"
Em termos gerais, e face aos dados disponíveis, parece-nos que apenas poderá
beneficiar do regime especial de isenção, previsto no artigo 53.º do CIVA, desde que
reúna os pressupostos para tal:
"Beneficiam da isenção do imposto os sujeitos passivos que, não possuindo nem sendo
obrigados a possuir contabilidade organizada para efeitos do IRS ou IRC, nem praticando
operações de importação, exportação ou atividades conexas, nem exercendo atividade
que consista na transmissão dos bens ou prestação dos serviços mencionados no anexo E
do presente Código, não tenham atingido, no ano civil anterior, um volume de negócios
superior a 10.000 euros".
Pelo atrás exposto, nos termos em que é exercida a atividade, não têm aplicação
as isenções previstas nos n.ºs 9 e 10 do artigo 9.º do CIVA, que seriam as isenções que
poderiam ser ponderadas dada a área de atuação, não estando, desta forma, reunidos os
requisitos exigidos em cada um daqueles normativos.
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N/ Enquadramento:
Sim. Segundo o art.9° alínea 10) está isento de Iva serviços que tenham por objeto
a formação de profissionais, assim sendo, tendo em conta que a entidade formadora
usufrui dos serviços de formação está mesma estará isenta de IVA ao abrigo do artigo 9°
- "As prestações de serviços que tenham por objeto a formação profissionais"
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EXEMPLO 9: IVA - ISENÇÕES – FISIOTERAPIA E
FORMAÇÃO
PT22257 – Subsídios – Fisioterapeuta e formador
26-03-2019
O caso em apreço prende-se com uma situação de enquadramento de IVA no
que diz respeito ao preenchimento da declaração de alterações por ter ultrapassado
os 10 mil euros de volume de negócios. Um fisioterapeuta, isento de IVA ao abrigo
do artigo 9º do CIVA, presta também serviços de formação como atividade
acessória, que por não ter atingidos os 10 mil euros, está também isento de IVA ao
abrigo do artigo 53.º do CIVA. Em dezembro de 2018, os somatórios das duas
atividades ultrapassaram os 10 mil euros, sendo que as faturas de formação foram
apenas de 5 mil euros.
A questão foi colocada depois do prazo para a declaração de alteração de
atividade.
Numa primeira apreciação, o que parece provável é que o fisioterapeuta não
terá que entregar a declaração de alteração de atividade, nem terá que efetuar
retenção na fonte e liquidar IVA, visto que o volume de negócios, segundo artigo 81º
do CIVA, pode calcular o seu volume de negócios tendo em conta, apenas o
rendimento com formação, que neste caso é de 5 mil euros.
Com 5 mil euros como limite, o fisioterapeuta não é sujeito a IVA por não ter
ultrapassado os 10 mil euros no ano anterior e pelo mesmo motivo não está obrigado
a liquidar o IVA da atividade acessória.
Qual é o vosso entendimento?
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- Não tenham nem sejam obrigados a ter contabilidade organizada para efeitos do IRS
ou IRC;
- Não pratiquem importações, exportações ou atividades conexas com alguma destas
operações;
- Não exerçam atividades que consistam em transmissões de bens ou prestações de
serviços do setor de desperdícios, resíduos e sucatas recicláveis, mencionados no anexo
E do CIVA;
- Não tenham atingido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a 10
mil euros.
Esta é uma isenção administrativa que, atendendo a razões de simplificação (de
obrigações para os sujeitos passivos, mas também de controlo e cobrança do imposto),
tem em conta a reduzida dimensão do contribuinte.
As isenções contempladas no art.º 9.º do CIVA são estabelecidas em razão da
atividade em si, e sem atender à dimensão do contribuinte em causa: é o caso dos serviços
médicos e paramédicos (onde está abrangido o fisioterapeuta) que constam do n.º 1 deste
art.º 9.º que ficarão sempre abrangidos nesta isenção, independentemente da dimensão
contribuinte ou volume de serviços prestados.
Nesta medida, existindo operações (prestações de serviços ou transmissões de
bens), praticadas por um sujeito passivo agindo como tal, que se encontrem previstas
neste artigo 9.º do CIVA – como é o caso dos serviços de fisioterapia - ficam as mesmas
abrangidas nesta isenção.
Reduzindo-se a atividade a operações desta natureza, o contribuinte, não obstante
praticar exclusivamente operações isentas que não lhe conferem direito à dedução (com
a simplificação de obrigações inerentes a esse enquadramento), não fica abrangido pelo
regime especial de isenção (art.º 53.º) para a mesma atividade.
Quando pratique conjuntamente outras operações, e para aferir qual o volume de
negócios a considerar para efeitos de enquadramento em IVA, há que ter em conta o
disposto no art.º 42.º do CIVA, que define volume de negócios como sendo constituído
pelo valor, com exclusão do imposto, das transmissões de bens e prestações de serviços
efetuadas pelo sujeito passivo, com exceção:
a) Das operações referidas nos n.ºs 27) e 28) do artigo 9.º, quando constituam operações
acessórias;
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b) Das operações referidas nos n.ºs 29) e 30) do artigo 9.º, quando relativamente a elas
se não tenha verificado renúncia à isenção e constituam operações acessórias;
c) Das operações sobre bens de investimento corpóreos ou incorpóreos.
Ou seja, se o contribuinte reúne todos os restantes pressupostos contidos no art.º
53.º do CIVA para aplicação deste regime especial de isenção, para avaliação do quesito
relativo ao volume de negócios poderá considerar apenas aqueles que não ficam
abrangidos pela isenção do art.º 9.º do CIVA, considerando (no caso) aqueles que provêm
da formação e não da atividade de fisioterapeuta.
Pelo que entendemos do exposto, já era este o enquadramento que constaria do
cadastro do contribuinte – isenção art.º 9.º do CIVA para os rendimentos provenientes
dos serviços de fisioterapeuta e isenção art.º 53.º do CIVA para os provenientes dos
serviços de formação. Se assim é, o facto de os rendimentos provenientes da formação
terem atingido o montante de 5 mil euros, resultando que o valor global dos rendimentos
ultrapassa os 10 mil euros não determina qualquer alteração no enquadramento do
contribuinte, visto que a atividade não abrangida pela isenção do art.º 9.º do CIVA
continua a situar-se abaixo dos 10 mil euros.
Donde, e pressupondo que os restantes requisitos continuam a verificar-se, não há
que proceder à entrega de qualquer declaração de alterações, visto que o enquadramento
do contribuinte se mantém.
A alteração a ter em conta é a não aplicabilidade da dispensa de retenção na fonte
para efeitos de IRS durante o ano de 2019, pelos motivos já anteriormente referidos, mas
esta situação não é refletida na declaração de alterações.
N/ Enquadramento:
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Porém este mesmo fisioterapeuta tem uma atividade suplementar como formador
e todos os rendimentos obtidos a partir dessa atividade apenas os mesmos conta para o
volume de negócios a ter em conta. Ou seja, o sujeito passivo para se confirmar se está
em regime de isenção do artigo 53º apenas engloba os rendimentos obtidos da atividade
suplementar e não a soma das duas atividades que pratica, fisioterapeuta e formador.
Dado à questão colocada ter sido realizada em 2018, o volume de negócios que o
sujeito deve respeitar seria abaixo de 10.000,00€ e neste caso respeitaria o mesmo limite
dado que apenas possuía 5.000,00€ como volume de negócios. De salientar que este
sujeito não deverá apenas respeitar o volume de negócios, bem como os restantes
requisitos solicitados no n.º 1 do artigo 53º.
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EXEMPLO 10: IVA – ISENÇÕES E DIREITO À DEDUÇÃO
01-09-2017
Estas isenções previstas no n.º 1 e n.º 2 do artigo 9.º do CIVA não estão
diferenciadas de forma jurídica como estão a ser prestados os serviços médicos. No caso
de um conjunto de médicos que exerça a sua profissão através de uma sociedade, a
isenção aplicável continua a ser prevista no n.º 1 do artigo 9.º do CIVA, como aliás resulta
das várias informações vinculativas já emitidas (Ex: Despacho de 2012/05/30 - Processo
n.º 3225).
Dispõe o artigo 132.º da Diretiva 2006/112/CE, tal como dispunha o artigo 13.º,
A, n.º 1, alínea b) da Sexta Diretiva, que os Estados membros isentam "A hospitalização
e a assistência médica, e bem assim as operações com elas estreitamente relacionadas,
asseguradas por organismos de direito público ou, em condições sociais análogas às que
vigoram para estes últimos, por estabelecimentos hospitalares, centros de assistência
médica e de diagnóstico e outros estabelecimentos da mesma natureza devidamente
reconhecidos".
Em termos muitos simplitas, podemos dizer que é dedutível o IVA das despesas
suportadas relacionadas exclusivamente com a atividade tributada (que confere direito à
51
dedução) e não é dedutível o IVA das despesas relacionadas exclusivamente com a
atividade isenta (que não confere direito à dedução). Apenas em relação a bens ou
serviços que sejam utilizados, em simultâneo, em ambas as atividades será necessário
recorrer a um dos métodos referidos no artigo 23.º do CIVA: afetação real ou pro-rata.
O n.º 2 do artigo 23.º refere que: "Não obstante o disposto da alínea b) do número
anterior, pode o sujeito passivo efetuar a dedução segundo a afetação real de todos ou
parte dos bens e serviços utilizados, com base em critérios objetivos que permitam
determinar o grau de utilização desses bens e serviços em operações que conferem direito
a dedução e em operações que não conferem esse direito, sem prejuízo de a Direcção-
Geral dos Impostos lhe vir a impor condições especiais ou a fazer cessar esse
procedimento no caso de se verificar que provocam ou que podem provocar distorções
significativas na tributação".
Pelo que, será ao sujeito passivo que compete estabelecer e comprovar esse
critério, de acordo com os elementos de que disponha, que, mesmo na impossibilidade de
ser exato, deverá ser o mais aproximado possível da real repartição da utilização dos bens
e serviços comuns.
52
N/ Enquadramento:
Resulta dos números 1 e 2 do artigo 9.º do Código do IVA, que estão isentas do
imposto:
53
EXEMPLO 11: IVA – ISENÇÕES EM ENTIDADE
PROFISSIONAL
55
N/ Enquadramento:
56
EXEMPLO 12: IVA – ISENÇÕES – ATIVIDADES DE APOIO ÀS
ARTES
IVA – Isenção
04-08-2021
58
Não obstante, realçamos que, a venda de bilhetes de entrada para espetáculos, que
não sejam sessões de teatro (cedência de bandas de música ou ensino de ballet e de
música), é uma operação sujeita e não isenta, podendo-se aplicar a taxa intermédia de
13% prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 18.º do CIVA, quando se enquadrar na verba
2.6 da Lista II anexa ao CIVA, ou seja, quando se tratem de entradas em espetáculos de
canto, dança, música, teatro, cinema, tauromaquia e circo. Excetuam-se as entradas em
espetáculos de caráter pornográfico ou obsceno, como tal considerados na legislação
sobre a matéria.
Assim, de acordo com o exposto, se estamos perante um sujeito passivo misto, ou
seja, sujeito passivo, que no exercício da sua atividade, efetua operações tributáveis que
conferem direito a dedução e operações isentas que não conferem esse direito, a dedução
do imposto suportado na aquisição de bens e serviços que sejam utilizados na realização
de ambos os tipos de operações será determinada de acordo com os métodos de dedução
previstos no artigo 23.º do CIVA: pro rata ou afetação real.
No caso de utilização da afetação real, obrigatória ou facultativa, e ainda segundo
o n.º 2 do artigo 23.º do Código do IVA, os critérios a que o sujeito passivo recorra para
determinar o grau de afetação ou utilização dos bens e serviços à realização de operações
que conferem direito a dedução ou de operações que não conferem esse direito, podem
ser corrigidos ou alterados pela Autoridade Tributária, com os devidos fundamentos de
facto e de direito, ou, se for caso disso, fazer cessar a utilização do método, se se verificar
a ocorrência de distorções significativas na tributação.
O Ofício-Circulado n.º 30103 de 23/04/2008, no capítulo V, vem indicar alguns
critérios objetivos que podem ser utilizados na determinação do montante de imposto
suportado a deduzir pela aplicação da regra do n.º 2 do artigo 23.º do CIVA.
Os critérios objetivos podem ser a área ocupada no edifício por cada uma das
atividades (isenta e tributada), a massa salarial ou as horas de utilização de determinado
bem.
Neste sentido, a entidade em análise utilizando o método da afetação real, deverá
dispor de algum sistema contabilístico ou extra contabilístico de forma a conseguir
separar claramente as aquisições de bens e serviços relativas à atividade tributada com
direito à dedução, da atividade isenta sem direito à dedução, sendo que poderá deduzir na
totalidade o IVA suportado nas aquisições para a atividade tributada e não poderá deduzir
59
qualquer valor de IVA suportado nas aquisições de serviços para atividade isenta,
conforme o n.º 2 do artigo 23.º do CIVA.
O IVA suportado nas aquisições de bens e serviços que possam ser utilizados em
ambas as atividades (tributada e isenta), como será exemplo as aquisições relativas a
serviços administrativos e outros, haverá que determinar um critério objetivo de utilização
desses bens ou serviços adquiridos em cada atividade.
No âmbito da afetação real, os critérios objetivos devem ser escolhidos de forma
a representar o mais aproximadamente possível da afetação dos bens e serviços adquiridos
aos vários setores de atividade, e aqueles que mais representem a utilização desses bens
e serviços nesses setores.
N/ Enquadramento:
De realçar ainda que este sujeito passivo pratica duas atividades, uma isenta de
Iva e outra em que se aplica a taxa de Iva em vigor bem como a venda de bilhetes de
espetáculos. Estamos perante um sujeito passivo misto em que com duas atividades, uma
com direito a dedução (a venda de bilhetes) e outra sem direito a qualquer dedução como
indica o artigo 23º do CIVA.
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CONCLUSÃO
O trabalho realizado teve como propósito a melhor compreensão e conhecimento
da matéria lecionada em sala de aula, bem como a aplicação da mesma, nomeadamente
as Isenções Simples ou Incompletas.
Concluímos assim, que as isenções aqui tratadas são apenas exceção à regra do
código do Iva bem como outras isenções presentes neste código, e dessa forma tem um
tratamento especial do que outros casos que estejam incluídos no Iva.
BIBLIOGRAFIA
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ANEXO 1: ARTIGO 9.º - ISENÇÕES NAS OPERAÇÕES INTERNAS
CAPÍTULO II
Isenções
SECÇÃO I
Artigo 9.º
Isenções nas operações internas
3) As prestações de serviços efetuadas no exercício da sua atividade por protésicos dentários bem
como as transmissões de próteses dentárias efetuadas por dentistas e protésicos dentários; (Redação
da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro)
8) As prestações de serviços efetuadas por organismos sem finalidade lucrativa que explorem
estabelecimentos ou instalações destinados à prática de atividades artísticas, desportivas, recreativas
e de educação física a pessoas que pratiquem essas atividades;
9) As prestações de serviços que tenham por objeto o ensino, bem como as transmissões de bens e
prestações de serviços conexas, como sejam o fornecimento de alojamento e alimentação, efetuadas
por estabelecimentos integrados no Sistema Nacional de Educação ou reconhecidos como tendo fins
análogos pelos ministérios competentes;
10) As prestações de serviços que tenham por objeto a formação profissional, bem como as
transmissões de bens e prestações de serviços conexas, como sejam o fornecimento de alojamento,
alimentação e material didático, efetuadas por organismos de direito público ou por entidades
reconhecidas como tendo competência nos domínios da formação e reabilitação profissionais pelos
ministérios competentes;
11) As prestações de serviços que consistam em lições ministradas a título pessoal sobre matérias do
ensino escolar ou superior;
12) As locações de livros e outras publicações, partituras musicais, discos, bandas magnéticas e
outros suportes de cultura e, em geral, as prestações de serviços e transmissões de bens com aquelas
estreitamente conexas, desde que efetuadas por organismos sem finalidade lucrativa;
13) As prestações de serviços que consistam em proporcionar a visita, guiada ou não, a bibliotecas,
arquivos, museus, galerias de arte, castelos, palácios, monumentos, parques, perímetros florestais,
jardins botânicos, zoológicos e semelhantes, pertencentes ao Estado, outras pessoas coletivas de
direito público ou organismos sem finalidade lucrativa, desde que efetuadas única e exclusivamente
por intermédio dos seus próprios agentes. A presente isenção abrange também as transmissões de
bens estreitamente conexas com as prestações de serviços referidas; (Redação da Lei n.º 83-C/2013,
de 31 de dezembro)
14) As prestações de serviços e as transmissões de bens com elas conexas, efetuadas por pessoas
coletivas de direito público e organismos sem finalidade lucrativa, relativas a congressos, colóquios,
conferências, seminários, cursos e manifestações análogas de natureza científica, cultural, educativa
ou técnica;
65
a) Por atores, chefes de orquestra, músicos e outros artistas, atuando quer individualmente quer
integrados em conjuntos, para a execução de espetáculos teatrais, cinematográficos, coreográficos,
musicais, de music-hall, de circo e outros, para a realização de filmes, e para a edição de discos e de
outros suportes de som ou imagem;
16) A transmissão do direito de autor ou de direitos conexos e a autorização para a utilização da obra
intelectual ou prestação, definidas no Código dos Direitos de Autor e dos Direitos Conexos, quando
efetuadas pelos próprios titulares, seus herdeiros ou legatários, ou ainda por terceiros, por conta
deles, ainda que o titular do direito seja pessoa coletiva, incluindo a consignação ou afetação, imposta
por lei, dos montantes recebidos pelas respetivas entidades de gestão coletiva, a fins sociais, culturais
e de investigação e divulgação dos direitos de autor e direitos conexos; (Redação da Lei n.º 7-A/2016
de 30 de março)
17) A transmissão de exemplares de qualquer obra literária, científica, técnica ou artística editada
sob forma bibliográfica pelo autor, quando efetuada por este, seus herdeiros ou legatários, ou ainda
por terceiros, por conta deles, salvo quando o autor for pessoa coletiva;
18) A cedência de pessoal por instituições religiosas ou filosóficas para a realização de atividades
isentas nos termos deste diploma ou para fins de assistência espiritual;
19) As prestações de serviços e as transmissões de bens com elas conexas efetuadas no interesse
coletivo dos seus associados por organismos sem finalidade lucrativa, desde que esses organismos
prossigam objetivos de natureza política, sindical, religiosa, humanitária, filantrópica, recreativa,
desportiva, cultural, cívica ou de representação de interesses económicos e a única contraprestação
seja uma quota fixada nos termos dos estatutos;
20) As transmissões de bens e as prestações de serviços efetuadas por entidades cujas atividades
habituais se encontram isentas nos termos dos nos 2), 6), 7), 8), 9), 10), 12), 13), 14) e 19) deste
artigo, aquando de manifestações ocasionais destinadas à angariação de fundos em seu proveito
exclusivo, desde que esta isenção não provoque distorções de concorrência;
21) As prestações de serviços fornecidas aos seus membros por grupos autónomos de pessoas que
exerçam uma atividade isenta, desde que tais serviços sejam diretamente necessários ao exercício da
atividade e os grupos se limitem a exigir dos seus membros o reembolso exato da parte que lhes
incumbe nas despesas comuns, desde que, porém, esta isenção não seja suscetível de provocar
distorções de concorrência;
66
22) Para efeitos do disposto no número anterior considera-se que os membros do grupo autónomo
ainda exercem uma atividade isenta, desde que a percentagem de dedução determinada nos termos
do artigo 23.º não seja superior a 10 %;
23) As prestações de serviços e as transmissões de bens conexas efetuadas pelos serviços públicos
postais, com exceção das telecomunicações;
24) As transmissões, pelo seu valor facial, de selos do correio em circulação ou de valores selados, e
bem assim as respetivas comissões de venda;
26) As prestações de serviços efetuadas por empresas funerárias e de cremação, bem como as
transmissões de bens acessórias aos mesmos serviços;
27 *) As operações seguintes:
d) As operações, incluindo a negociação, que tenham por objeto divisas, notas bancárias e moedas,
que sejam meios legais de pagamento, com exceção das moedas e notas que não sejam normalmente
utilizadas como tal, ou que tenham interesse numismático;
c) A locação de máquinas e outros equipamentos de instalação fixa, bem como qualquer outra locação
de bens imóveis de que resulte a transferência onerosa da exploração de estabelecimento comercial
ou industrial;
d) A locação de cofres-fortes;
32 *) As transmissões de bens afetos exclusivamente a uma atividade isenta, quando não tenham sido
objeto do direito à dedução e bem assim as transmissões de bens cuja aquisição ou afetação tenha
sido feita com exclusão do direito à dedução nos termos do n.º 1 do artigo 21.º;
33) (Revogada.) (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, a vigorar a partir de 1/04/2013)
34 *) As prestações de serviços efetuadas por cooperativas que, não sendo de produção agrícola,
desenvolvam uma atividade de prestação de serviços aos seus associados agricultores;
35 *) As prestações de serviços a seguir indicadas quando levadas a cabo por organismos sem
finalidade lucrativa que sejam associações de cultura e recreio:
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a) Cedência de bandas de música;
b) Sessões de teatro;
37 *) As atividades das empresas públicas de rádio e televisão que não tenham carácter comercial.
38) As prestações de serviços efetuadas por intérprete de língua gestual portuguesa. (Redação da Lei
n.º 2/2020, de 31 de março)
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ANEXO 2: ARTIGO 32.º - DECLARAÇÃO DE ALTERAÇÕES
Artigo 32.º
Declaração de alterações
SUBSECÇÃO I
Regime de isenção
Artigo 53.º
Âmbito de aplicação
1 - Beneficiam da isenção do imposto os sujeitos passivos que, não possuindo nem sendo
obrigados a possuir contabilidade organizada para efeitos do IRS ou IRC, nem
praticando operações de importação, exportação ou atividades conexas, nem exercendo
atividade que consista na transmissão dos bens ou prestação dos serviços mencionados
no anexo E do presente Código, não tenham atingido, no ano civil anterior, um volume
de negócios superior a 12 500 (euro). (Redação da Lei n.º 2/2020, de 31 de março) (*)
Nota - (*) Nos termos do art.º 337.º, n.º 2, da Lei n.º 2/2020, de 31 de março, o montante
a que se refere o n.º 1 do artigo 53.º do Código do IVA,, é de 11 000 (euro) em 2020.
2 - Não obstante o disposto no número anterior, são ainda isentos do imposto os sujeitos
passivos: (Redação da Lei n.º 75-B/2020, de 31 de dezembro)
b) Que, não tendo atingido um volume de negócios superior a 12 500 € no ano civil
anterior e nos três anos civis precedentes, tenham cumprido as condições previstas no
n.º 1. (Redação da Lei n.º 75-B/2020, de 31 de dezembro)
4 - Quando o período em referência, para efeitos dos números anteriores, for inferior ao
ano civil, deve converter-se o volume de negócios relativo a esse período num volume de
negócios anual correspondente.
5 - O volume de negócios previsto nos números anteriores é o definido nos termos do
artigo 42.º
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ANEXO 4: ARTIGO 54.º - PASSAGEM DOS REGIMES DE
TRIBUTAÇÃO AO REGIME ESPECIAL DE ISENÇÃO
Artigo 54.º
Passagem dos regimes de tributação ao regime especial de isenção
Artigo 14.º
Isenções nas transmissões
5 - Para efeitos dos nos 3 e 4, entende-se por «sujeito passivo intermédio» um sujeito
passivo que não seja o primeiro fornecedor na operação em cadeia e que proceda à
expedição ou transporte dos bens por si ou por sua conta. (Redação da Lei n.º 49/2020,
de 24 de agosto, com produção de efeitos desde 1 de janeiro de 2020)
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