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Contabilidade, Fiscalidade e Finanças Empresariais

Exemplo n.º 146 - No dia 09/02/N a XYZ Lda. recebeu a fatura n.º
12343 do seu fornecedor espanhol ABK referente à compra de 3000
unidades de mercadoria X ao preço unitário de 3,10 euros.
Pagamento a 30 dias. A XYZ Lda. utiliza o SIP.
Pedido: proceda ao tratamento contabilístico e descreva as
implicações em sede de IVA

(1) Reconhecimento da aquisição intracomunitária (Fatura n.º


12343)
N.º conta Nome da conta Débito Crédito
311-- Compras - Mercadorias 9 300,00
2432 -- IVA - Dedutível 2 139,00
2433 -- IVA - Liquidado 2 139,00
2211 ------- Fornecedores Gerais - ABK 9 300,00

(2) Entrada da mercadoria em armazém (SIP)


N.º conta Nome da conta Débito Crédito
321 -- Mercadorias 9 300,00
311 -- Compras - Mercadorias 9 300,00

(3) reconhecimento do pagamento ao fornecedor (08/03/N)


N.º conta Nome da conta Débito Crédito
2211 ------- Fornecedores Gerais - ABK 9 300,00
121 - Banco X 9 300,00

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Compra intracomunitária
A operação em análise trata-se de uma compra de mercadoria a crédito
que um sujeito passivo registado para efeitos de IVA em Portugal
efetuou a um sujeito passivo registado para efeitos de IVA noutro
Estado-membro (Espanha). Nas operações intracomunitárias B2B (isto
é, vendedor e comprador são sujeitos passivos), o vendedor pratica uma
transmissão intracomunitária de bens no Estado Membro 1 (EM1, no
caso em apreço Espanha) e o comprador pratica uma aquisição
intracomunitária de bens no Estado Membro 2 (EM2, no caso em apreço
Portugal).
Na perspetiva da Entidade Portuguesa (XYZ Lda.), estamos perante
uma aquisição intracomunitária de mercadorias e será nessa perspetiva
que analisaremos a operação.
O Artigo 1.º, n.º 1, do CIVA refere que estão sujeitas a imposto sobre o
valor acrescentado “as operações intracomunitárias efetuadas no
território nacional, tal como são definidas e reguladas no Regime do IVA
nas Transações intracomunitárias.”
Uma aquisição intracomunitária de bens fica sujeita às disposições do
RITI no que ao IVA diz respeito. Quando à localização das aquisições
intracomunitárias o Artigo 8.º, n.º 1, do RITI prevê que “São tributáveis
as aquisições intracomunitárias de bens quando o lugar de chegada da
expedição ou transporte com destino ao adquirente se situe no território
nacional.” Nas operações intracomunitárias B2B, aplica-se o princípio do
destino: a operação é localizada no Estado Membro do adquirente,
sendo que este pratica uma operação de “reverse charge” (ou seja, na
sua declaração periódica de IVA, liquida o IVA devido no seu país de

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residência e, se a operação não estiver abrangida pelas exclusões ao


direito à dedução do Artigo 21.º do CIVA, deduz esse IVA.
O “reverse charge” ou a “autoliquidação” consiste no facto de o
adquirente se substituir ao vendedor / prestador na obrigação de liquidar
o IVA. O adquirente terá de liquidar o IVA no Estado Membro onde é
residente, e onde já entrega a sua declaração periódica de IVA em
função do seu regime de tributação.
Na aquisição intracomunitária de mercadorias em apreço, a entidade
adquirente (XYZ Lda.), para além de ficar obrigada à liquidação do IVA,
terá também direito à dedução do imposto. O CIVA estabelece que, para
apuramento do imposto devido, os sujeitos passivos deduzem o imposto
pago pelas aquisições e serviços, o que também está previsto no RITI,
onde é estabelecido que o imposto pago nas aquisições
intracomunitárias de bens pode ser deduzido (Artigo 19.º, n.º 1, do RITI),
sendo que esse direito do adquirente é obtido no mesmo momento em
que o imposto se torna exigível. Deste modo, no reconhecimento desta
operação consta a liquidação do IVA (crédito da subconta 2433 -- IVA
Liquidado, pelo montante de 2.139,00 euros) assim como o direito à sua
dedução (débito da subconta 2432 --- IVA Dedutível, pelo montante de
2.139,00 euros).
Na declaração periódica do IVA foi declarada a base tributável da
operação no campo 12, o imposto a favor do Estado (IVA Liquidado) no
campo 13 e o imposto a favor do sujeito passivo (IVA Dedutível) no
campo 22.

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