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Contabilidade Geral para o ICMS PA

Teoria e exercícios comentados


Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa に Aula 01

AULA 01: CONCEITOS, FORMA DE AVALIAÇÃO, EVIDENCIAÇÃO,


NATUREZA, ESPÉCIE E ESTRUTURA: ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS;
LIVROS CONTÁBEIS OBRIGATÓRIOS E DOCUMENTAÇÃO CONTÁBIL;
VARIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - RECEITA, DESPESA, GANHOS E
PERDAS; APURAÇÃO DOS RESULTADOS; REGIMES DE APURAÇÃO -
CAIXA E COMPETÊNCIA; ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL - LANÇAMENTOS
CONTÁBEIS; CONTAS PATRIMONIAIS, RESULTADO. FATOS CONTÁBEIS
- PERMUTATIVOS, MODIFICATIVOS E MISTOS.

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...........................................................................................................................2
CONCEITO DE CONTABILIDADE......................................................................................................3
OBJETO E CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE......................................................................4
FINALIDADE DA CONTABILIDADE E USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES................................................4
FUNÇÕES DA CONTABILIDADE.......................................................................................................6
TÉCNICAS CONTÁBEIS..................................................................................................................6
ESCRITURAÇÃO...........................................................................................................................6
ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS............................................................................7
AUDITORIA.................................................................................................................................8
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS...................................................................................9
PATRIMÔNIO: COMPONENTES PATRIMONIAIS, ATIVO, PASSIVO E SITUAÇÃO LÍQUIDA..........................9
BENS........................................................................................................................................ 10
DIREITOS..................................................................................................................................10
OBRIGAÇÕES.............................................................................................................................10
SITUAÇÃO LÍQUIDA E EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO.....................................................15
TIPOS DE SITUAÇÃO LÍQUIDA EXISTENTES....................................................................................17
ATIVO MAIOR DO QUE PASSIVO...................................................................................................18
ATIVO MENOR DO QUE PASSIVO..................................................................................................18
ATIVO IGUAL AO PASSIVO...........................................................................................................19
ATIVO IGUAL A SITUAÇÃO LÍQUIDA..............................................................................................19
ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS LÓGICAS...........................................................................................20
VARIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO: RECEITA, DESPESA, GANHOS E PERDAS..................................20
CONTA: CONCEITO, DÉBITO, CRÉDITO E SALDO. TEORIAS, FUNÇÃO E ESTRUTURA DAS CONTAS. CONTAS
PATRIMONIAIS E DE RESULTADO. APURAÇÃO DE RESULTADOS........................................................21
CONCEITO DE CONTA, CONTAS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO.....................................................21
CONTAS PATRIMONIAIS..............................................................................................................21
RESULTADO...............................................................................................................................21
RAZONETE E CONTAS..................................................................................................................21
TEORIA DAS CONTAS..................................................................................................................23
TEORIA PERSONALISTA...............................................................................................................23
TEORIA MATERIALÍSTICA.............................................................................................................24
TEORIA PATRIMONIALISTA..........................................................................................................24
ATOS E FATOS CONTÁBEIS E RESPECTIVAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS............................................24
TÉCNICAS CONTÁBEIS................................................................................................................26
ESCRITURAÇÃO..........................................................................................................................26
ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS...........................................................................27
AUDITORIA................................................................................................................................ 28
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.................................................................................28
SISTEMA DE CONTAS, PLANO DE CONTAS. ESCRITURAÇÃO: CONCEITO.............................................29
MÉTODOS DE ESCRITURAÇÃO; PARTIDAS DOBRADAS; LANÇAMENTO CONTÁBIL – ROTINA, FÓRMULAS;
PROCESSOS DE ESCRITURAÇÃO...................................................................................................30
CONTAS LANÇADAS A DÉBITO E A CRÉDITO...................................................................................31
ELEMENTOS ESSENCIAIS DE UM LANÇAMENTO...............................................................................36
FÓRMULAS DO LANÇAMENTO.......................................................................................................37
1ª FÓRMULA..............................................................................................................................37

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2ª FÓRMULA..............................................................................................................................37
3ª FÓRMULA..............................................................................................................................37
4ª FÓRMULA..............................................................................................................................37
TIPOS DE FATOS CONTÁBEIS.......................................................................................................38
FATO PERMUTATIVO OU QUALITATIVO..........................................................................................38
1) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO ATIVO....................................................................................39
2) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO PASSIVO................................................................................39
3) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO ATIVO E PASSIVO....................................................................39
4) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO..............................................................40
FATO MODIFICATIVO OU QUANTITATIVO.......................................................................................40
1) MODIFICATIVO AUMENTATIVO.................................................................................................40
2) MODIFICATIVO DIMINUTIVO....................................................................................................41
FATO MISTO..............................................................................................................................41
1) FATO MISTO AUMENTATIVO.....................................................................................................41
2) FATO MISTO DIMINUTIVO........................................................................................................42
LIVROS CONTÁBEIS E FISCAIS.....................................................................................................42
LIVRO DIÁRIO............................................................................................................................42
LIVRO RAZÃO............................................................................................................................44
LIVRO CAIXA............................................................................................................................. 44
LIVRO REGISTRO DE INVENTÁRIO E ENTRADA E SAÍDA DE MERCADORIAS.........................................45
LIVROS OBRIGATÓRIOS PARA AS SOCIEDADES ANÔNIMAS..............................................................45
RETIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO CONTÁBIL.....................................................................................45
QUESTÕES COMENTADAS............................................................................................................47
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA..........................................................................................80
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA...................................................................90

APRESENTAÇÃO

Olá, meus amigos. Como estão?!

Satisfação em tê-los aqui, no Estratégia Concursos, para mais uma aula de


Contabilidade Geral para o concurso de Auditor Fiscal da Receita Estadual
e Fiscal da Receita Estadual integrante do quadro de pessoal da Secretaria
da Fazenda do Estado do Pará.

Hoje, veremos os seguintes assuntos:

Contabilidade:
Vamos à aula. Conceito, objeto, objetivos, campo de atuação e usuários da
informação contábil. Conceitos, forma de avaliação, evidenciação, natureza,
espécie e estrutura: Atos e fatos administrativos; Livros contábeis
Abraços.
obrigatórios e documentação contábil; Variação do patrimônio líquido - receita,
despesa,Rabelo/Luciano
Gabriel ganhos e perdas; Apuração dos resultados; Regimes de apuração -
Rosa.
caixa e competência; Escrituração contábil - lançamentos contábeis; contas
patrimoniais, resultado. Fatos contábeis - permutativos, modificativos e
gabrielrabelo@estrategiaconcursos.com.br
lucianorosa@estrategiaconcursos.com.br

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CONCEITO DE CONTABILIDADE

Antes de começarmos o estuda da contabilidade, temos de nos perguntar: o


que vem a ser a ciência contábil?

Pois bem. Há uma definição formal, estatuída no Primeiro Congresso Brasileiro


de Contabilidade, realizado nos idos de 1924:

DEFINIÇÃO
ATENTE-SE: A CONTABILIDADE FORMAL
É UMA DE
CIÊNCIA!
CONTABILIDADE:
Cuidado com questões que a definem como técnica, metodologia, e até
Contabilidade
mesmo é anunca
arte! A FCC ciência que
cobrou esteestuda
conceitoeempratica as funções
prova. Todavia, a ESAFde

orientação, de controle
o fez, da seguinte forma: e de registro dos atos e fatos de uma

(ESAF/TTN/1992) O Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado


na cidade do Rio de Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924, formulou um
conceito oficial de CONTABILIDADE. Assinale a opção que indica esse conceito
oficial.

a) Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio do ponto de vista


econômico e financeiro, observando seus aspectos quantitativo e específico e as
variações por ele sofridas.
b) Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de
controle e de registro relativas à administração econômica.
c) Contabilidade é a metodologia especial concebida para captar, registrar,
reunir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais,
financeiras e econômicas de qualquer ente.
d) Contabilidade é a arte de registrar todas as transações de uma companhia
que possam ser expressas em termos monetários e de informar os reflexos
dessas transações na situação econômico-financeira dessa companhia.
e) Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades,
mediante registro, demonstração expositiva, confirmação, análise e
interpretação dos fatos nele ocorridos.

Comentários

De plano poderíamos eliminar as assertivas C e D, pois trazem ao candidato a


noção de que a contabilidade é uma metodologia especial e uma arte, o que já
afirmamos ser errôneo. Ficaríamos com as alternativas A, B e E.

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Das assertivas restantes, todas poderiam atender razoavelmente ao conceito de contabil

Gabarito  B.

OBJETO E CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE

Como ciência que é, a contabilidade possui um OBJETO. Esse objeto é o


PATRIMÔNIO das entidades. O patrimônio é o conjunto de BENS, DIREITOS
e OBRIGAÇÕES de uma entidade.

A contabilidade se aplica às AZIENDAS. Por azienda devemos entender o


patrimônio de uma pessoa que é gerido de maneira organizada. A contabilidade
se aplica a entidades, que tenham fins lucrativos (empresários), quer não
(União, Estados, associações, por exemplo).

A Fundação Carlos Chagas abordou este tema na prova para Auditor Fiscal de
Tributos Estaduais da Paraíba (item correto), nos idos de 2006, com a seguinte
redação:

A(FCC/SEFAZ/PB/2006) O objeto
doutrina costuma classificar e o campo
a azienda, de aplicação
quanto ao fim a da
quecontabilidade
se destina, em
são respectivamente
três tipos, a saber: o patrimônio e a azienda.

1) AZIENDA ECONÔMICA: Como, por exemplo, as empresas. Objetivo de


lucro.
2) AZIENDAS ECONÔMICO-SOCIAIS: São exemplo as associações, cuja
sobra líquida é destinado a outros fins que não a remuneração do capital
empregado. Por exemplo, a associação de moradores da Barra da Tijuca reverte
o dinheiro que obteve ao término do exercício com a limpeza e o cultivo de
árvores na região.
3) AZIENDAS SOCIAIS: Não possui escopo lucrativo, tal como a União,
Estados, Municípios.

FINALIDADE DA CONTABILIDADE E USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES

A contabilidade possui uma finalidade. Essa finalidade é prover os usuários das


demonstrações contábeis de informações necessárias para a tomada de
decisão.

As demonstrações contábeis são preparadas e apresentadas para usuários


externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades

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diversas. Governos, órgãos reguladores ou autoridades fiscais, por exemplo,


podem especificamente determinar exigências para atender a seus próprios
fins. Essas exigências, no entanto, não devem afetar as demonstrações
contábeis preparadas segundo esta Estrutura Conceitual.

Demonstrações contábeis preparadas sob a égide desta Estrutura


Conceitual objetivam fornecer informações que sejam úteis na tomada
de decisões e avaliações por parte dos usuários em geral, não tendo o
propósito de atender finalidade ou necessidade específica de determinados
grupos de usuários.

Portanto, a finalidade da contabilidade é prover seus usuários de


INFORMAÇÕES sobre a gestão dos negócios.

FINALIDADE DA CONTABILIDADE  FORNECER INFORMAÇÕES!

Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se investidores atuais e


potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros
credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o público. Eles usam
as demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas
necessidades de informação. Essas necessidades incluem:

(a) INVESTIDORES. Os provedores de capital de risco e seus analistas que se


preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz.
Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar,
manter ou vender investimentos. Os acionistas também estão interessados em
informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de pagar
dividendos.
(b) EMPREGADOS. Os empregados e seus representantes estão interessados
em informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores.
Também se interessam por informações que lhes permitam avaliar a capacidade
que tem a entidade de prover sua remuneração, seus benefícios de
aposentadoria e suas oportunidades de emprego.
(c) CREDORES POR EMPRÉSTIMOS. Estes estão interessados em
informações que lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar
seus empréstimos e os correspondentes juros no vencimento.
(d) FORNECEDORES E OUTROS CREDORES COMERCIAIS. Os fornecedores
e outros credores estão interessados em informações que lhes permitam avaliar
se as importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respectivos
vencimentos. Os credores comerciais provavelmente estarão interessados em
uma entidade por um período menor do que os credores por empréstimos, a
não ser que dependam da continuidade da entidade como um cliente
importante.
(e) CLIENTES. Os clientes têm interesse em informações sobre a continuidade
operacional da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a
longo-prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor importante.

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(f) GOVERNO E SUAS AGÊNCIAS. Os governos e suas agências estão


interessados na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das
entidades. Necessitam também de informações a fim de regulamentar as
atividades das entidades, estabelecer políticas fiscais e servir de base para
determinar a renda nacional e estatísticas semelhantes.
(g) PÚBLICO. As entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas
podem, por exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de vários
modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. As
demonstrações contábeis podem ajudar o público fornecendo informações sobre
a evolução do desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes.

FUNÇÕES DA CONTABILIDADE
A contabilidade tem em sua essência, basicamente, duas funções:

a) FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: como função administrativa, a contabilidade


ajuda no controle do patrimônio. Auxilia a saber, por exemplo, quanto temos de
mercadoria em estoque, quanto temos de pagar de tributos, qual o valor que
temos a pagar de salários, qual o montante que temos em caixa e no banco.

b) FUNÇÃO ECONÔMICA: a função econômica da contabilidade está atrelada


à apuração do lucro ou prejuízo do exercício. Tal apuração é feita em uma
demonstração específica, chamada DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO
EXERCÍCIO, por meio do cotejo entre as receitas e despesas. Quando as
receitas suplantam as despesas, temos lucro. Caso contrário, prejuízo.

TÉCNICAS CONTÁBEIS
São quatro as técnicas utilizadas na contabilidade: escrituração, elaboração
das demonstrações contábeis, auditoria e análise das demonstrações
contábeis.

ESCRITURAÇÃO
Funciona, grosso modo, mais ou menos da seguinte forma: Imagine-se que
nós, Gabriel e Luciano, somos administradores da sociedade KLS. Cada nota
fiscal de compra de mercadoria, cada NF de venda, cada cheque emitido, cada
compra de ativo imobilizado para a produção, tudo isso tem de ser controlado.
Pensem vocês se não houvesse um controle de todos os atos e fatos que
ocorrem no âmbito de uma empresa. O que seria desta empresa?! O que seria
do mercado? E o que seria da economia nacional?

Pois bem, todos esses eventos devem ser contabilizados. Então, no período de
competência, colheremos todos os documentos necessários e lançaremos nos
respectivos livros contábeis. A técnica utilizada para o registro dos fatos
contábeis é chamada de ESCRITURAÇÃO. Anotem.

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Então, em um primeiro momento, devemos escriturar, por meio de


lançamentos contábeis, todas as notas fiscais e documentos que comprovem
alteração no patrimônio da entidade.

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 177.
Ainda A aescrituração
segundo Lei 6.404/76:da a companhia será mantida
companhia observará em registros
exclusivamente em
permanentes,
livros com obediência
ou registros auxiliares,aossem
preceitos da legislação
qualquer comercial
modificação e desta Lei
da escrituração
(a própriae 6.404)
mercantil e aos princípios
das demonstrações de contabilidade
reguladas nesta Lei, asgeralmente
disposiçõesaceitos,
da lei
devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo
tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, e
registrar
que as mutações
prescrevam, patrimoniais
conduzam segundoaoutilização
ou incentivem regime dedecompetência.
métodos ou critérios
contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a
elaboração de outras demonstrações financeiras (LSA, art. 177, §2º).

E o que quer dizer este artigo?! Se, hipoteticamente, ao apurar o Imposto de


Renda do exercício, a legislação do IR prescreva um método diferente que está
previsto nos critérios contábeis, como a utilização de regime de caixa, em vez
de se utilizar do regime de competência, esta apuração tributária deverá ser
feita em um livro auxiliar, sem que haja modificação da escrituração contábil
(que ordena a utilização do regime de competência).

ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As entidades, em sua constituição, elegem o que chamamos de exercício social.


Segundo a Lei das SAs:

Art. 175.
Vejam, O exercício
o exercício social
social temterá duração
duração de 1de 1 (um)
ano. ano equivale
Isso não e a dataado
12 meses
término será fixada
(juridicamente no estatuto.
falando).
Parágrafo
Pois bem. único. Na constituição
Ao término daas
do exercício, companhia
sociedadese têm
nos de
casos de alteração
publicar o que
estatutária o exercício social poderá
chamamos de demonstrações financeiras. ter duração diversa.

Todo mês faremos os lançamentos de fatos contábeis, procedendo à


escrituração dos livros. As demonstrações financeiras são um compilado de

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tudo o que ocorreu na empresa durante o exercício social. Vejam que se trata
de uma seqüência cronológica. Se somarmos todas as vendas realizadas no
exercício, encontraremos a chamada Receita Bruta de Vendas, na demonstração
do resultado do exercício.

Se somarmos tudo o que entrou e tudo o que saiu do caixa, teremos achado
então o saldo da conta caixa. E assim por diante.

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 176.
Além Ao fim
dessas, de cada
o CPC 26 – exercício social,das
Apresentação a diretoria fará elaborar,
demonstrações com–base
contábeis lista
na escrituração
como demonstraçõesmercantil da acompanhia,
contábeis DEMONSTRAÇÃO as seguintes demonstrações
DAS MUTAÇÕES DO
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação
PATRIMÔNIO LÍQUIDO – DMPL e a DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS do patrimônio da
companhia
ABRANGENTES. e as mutações ocorridas no exercício:

OI -FIPECAFI
balanço patrimonial;
entende que essas demonstrações passam a ser obrigatórias para
II - demonstração dos lucros
todos os tipos societários, ou prejuízos
inobstante a Lei 6.404 seja silente.
acumulados; III - demonstração do resultado do
exercício; e
AUDITORIA
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº
11.638,de
Uma 2007)
vez elaborada as demonstrações contábeis, elas precisam passar pela
V – se companhia aberta, demonstraçãoestá
verificação sobre se a escrituração do valor adicionado.
escorreita nos (Incluído
termos do pelaque
prescrevem as normas e princípios contábeis. Esse processo é chamado de
processo de auditoria.

Segundo a Lei 6.404:

AArt. 176: §
auditoria 3o As por
realizada demonstrações
auditores da financeiras das companhias
CVM em companhias abertasabertas
e nas
observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários
fechadas de grande porte é denominada de auditoria independente. Além da
e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores
independentes nela registrados.

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independente, temos as auditorias interna (elaborada por empregados da


companhia) e fiscal (elaborada por auditores fiscais da União, Estados,
Municípios e/ou Distrito Federal, no âmbito de suas competências).

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Depois que as demonstrações foram publicadas e auditadas, os seus usuários


têm interesse nas informações nelas contidas.

Um investidor desejará saber, por exemplo, o quanto essa empresa está dando
de retorno para cada ação do capital social.

O credor por empréstimo desejará saber o quanto tem de garantia para poder
conceder tranquilamente o empréstimo que deseja. E assim por diante.

Tudo isso é feito através da técnica contábil chamada de análise das


demonstrações contábeis ou análise de balanços.

PATRIMÔNIO: COMPONENTES PATRIMONIAIS, ATIVO, PASSIVO E


Até agora, já sabemos o que é contabilidade, qual o seu objeto, a quem se
SITUAÇÃO LÍQUIDA.
aplica, qual a sua finalidade e quem são seus usuários. Se você compreendeu
tudo o que foi dito até aqui, maravilha. Falamos, também, à aula inicial sobre
os princípios contábeis hoje vigentes.

Começaremos agora a falar sobre os componentes patrimoniais. Estas aulas


iniciais têm um escopo pouco mais básico, mas nem por isso deixam de ser
exploradas em concursos, como vocês poderão notar nas questões ao final do
curso.

Dissemos que o patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma


entidade.

A partir deste momento, chamaremos o conjunto de bens e direito de ativo.


Por seu turno, as obrigações serão chamadas de passivo.

Só isso!

Gravem:

Ativo: bens e direitos


Passivo: obrigações

Vejamos cada um dos itens agora:

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BENS

Segundo a definição doutrinária, bem jurídico é tudo aquilo que pode ser objeto
de direito. Alguns vão ainda mais longe e definem os bens como tudo aquilo
que pode proporcionar ao homem qualquer satisfação. Levando em conta esta
definição extraída da 7ª edição do dicionário jurídico de Deocleciano Torrieri,
podemos concluir que a saúde é um bem, pois proporciona ao homem certa
satisfação. A amizade também o é. Todavia, contabilmente, interessaremo-nos,
na nossa disciplina, somente naqueles bens que possam ser avaliados em
termos monetários.

Os bens hoje, basicamente, podem ser divididos em bens corpóreos e


incorpóreos (os chamados ativos intangíveis).

Como exemplo de bens tangíveis temos: caixa, terrenos, estoques, veículos.


Como exemplo de bens intangíveis tem: software, patentes, propriedade
intelectual.

Portanto, a partir deste momento, sempre que falarmos em bens, temos de


lembrar que eles integram o grupo do ativo. Guardem esta regra.

DIREITOS
Os direitos são aquelas quantias que nossa entidade tem a receber ou a
recuperar em negócios jurídicos celebrados com terceiros, tal como uma venda
a prazo realizada, um adiantamento feito a um fornecedor, um cheque que
tenho a receber.

Os direitos também integram o grupo que estamos chamando de ativo.

OBRIGAÇÕES
Grosso modo, são valores que a minha empresa deve a terceiros, tais como
impostos a pagar, salários a pagar, financiamentos a pagar, empréstimos a
pagar. As obrigações, por seu turno, compõem o grupo que chamamos de
passivo.

E como as bancas cobram isso?! Para montar as demonstrações contábeis


existentes (e que caem em concurso), tais como balanço patrimonial e
demonstração do resultado do exercício, o candidato deve saber discernir o
grupo ou demonstração a que aquela conta pertence.

Se, por exemplo, a conta caixa, que é um bem, um ativo, for classificada
erroneamente como uma obrigação, isto poderá comprometer a resolução de
toda a questão. E para não errar isso na prova, somente treinando muito, com
as questões que deixaremos ao término da aula.

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Por exemplo.

Como foi cobrado em concursos anteriores

(FCC/Analista Judiciário/TRE/AM/2010) A Cia. Ouro Velho apresentava em seu


Balancete, em 31/12/X8, os saldos, em reais, nas seguintes contas:

Títulos e Valores Mobiliários 18.000,00


Fornecedores 15.000,00
Duplicata Descontada 9.000,00
Fretes sobre Vendas 5.000,00
Disponível 25.000,00
Clientes 45.000,00
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 2.500,00
Despesas Pagas Antecipadamente 4.000,00
Adiantamento de Clientes 7.000,00
Despesas Financeiras 8.000,00
Receitas Financeiras 6.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas 90.000,00
Despesas de Salários 10.000,00
Reserva Legal 10.000,00
Abatimento sobre Vendas 2.000,00
Estoques de Mercadorias 30.000,00
Receita de Vendas 180.000,00
Capital Social 100.000,00
Empréstimos Obtidos de Longo Prazo 20.000,00
Devolução de Vendas 6.000,00
Ações em Tesouraria 5.300,00
Terrenos 50.000,00
Despesas de Depreciação de Imóveis 4.000,00
Imóveis 40.000,00
Depreciação Acumulada de Imóveis 4.000,00
Ajuste de Avaliação Patrimonial (devedor) 11.200,00

Com base nas informações acima, o Patrimônio Líquido da Cia Ouro Velho, em
31/12/X8, era, em reais, de

(A) 93.500,00
(B) 105.000,00
(C) 110.000,00
(D) 154.500,00
(E) 165.100,00

COMENTÁRIOS:

Classifiquemos as contas

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Teoria e exercícios
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CONTA VALOR CLASSIFICAÇÃO
Títulos e Valores Mobiliários 18.000,00 Ativo
Fornecedores 15.000,00 Passivo
Duplicata Descontada 9.000,00 Ret. ativo ou Passivo
Disponível 25.000,00 Ativo
Clientes 45.000,00 Ativo
Provisão para Créditos de Liquidação 2.500,00 Retificadora do ativo
Despesas Pagas Antecipadamente 4.000,00 Ativo
Adiantamento de Clientes 7.000,00 Passivo
Reserva Legal 10.000,00 PL
Estoques de Mercadorias 30.000,00 Ativo
Capital Social 100.000,00 PL
Empréstimos Obtidos de Longo Prazo 20.000,00 Passivo
Ações em Tesouraria 5.300,00 PL
Terrenos 50.000,00 Ativo
Imóveis 40.000,00 Ativo
Depreciação Acum. de Imóveis 4.000,00 Retificadora do ativo
Aj. de Avaliação Patrimonial (devedor) 11.200,00 PL

As duplicatas descontadas eram classificadas como retificadoras do Ativo.


Atualmente, a classificação mais correta tecnicamente é com Passivo, pois o
desconto de duplicatas é, na essência, um empréstimo garantido pelas
duplicatas.

Agora é só somar. Vamos listar os valores na ordem em que aparecem:

Apuramos o resultado (confronto entre receitas e despesas)

RECEITAS

Receita de Vendas 180.000,00


Receitas 6.000,00
Financeiras
TOTAL 186.000,00

DESPESAS

Fretes sobre 5.000,00


Vendas
Despesas 8.000,00
Financeiras
Custo das 90.000,00
Mercadorias
Vendidas
Despesas de 10.000,00
Salários
Abatimento sobre 2.000,00
Vendas
Devolução de 6.000,00
Vendas

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Despesas de 4.000,00
Depreciação de
Imóveis
TOTAL 125.000,00

LUCRO = 61.000

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A conta Ajuste de Avaliação Patrimonial fica no PL, mas pode ter saldo credor
ou devedor.

A conta “Ações em Tesouraria” surge quando a empresa adquire suas próprias


ações. Esta conta fica no PL com saldo devedor. Confira a lei 6404/76 art. 182:

§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução


da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na
sua aquisição.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Reserva Legal 10.000,00 PL


Capital Social 100.000,00 PL
Ações em Tesouraria (5.300,00) PL
Aj. de Avaliação Patrimonial (devedor) (11.200,00) PL
Lucro do exercício 61.000,00
TOTAL DO PL 154.500,00

Gabarito  D

Nada obstante a explicação grosso modo posta acima, existe uma definição
formal do que vem a ser ativo, passivo e patrimônio líquido. Não nos
surpreenderia fossem essas definições cobradas no concurso vindouro, posto
que é uma novidade (já nem tanto) estatuída no CPC 00 – Estrutura conceitual
básica da contabilidade.

O ICMS RJ até hoje não explorou em seus certames o Pronunciamento


Conceitual Básico da Contabilidade. Todavia, não nos surpreenderia se o
fizesse. Senão vejamos.

Conceito
Vamos de ativo – CPC 00:
analisar:
Ativo
1) é umcontrolado
Recurso recurso controlado pela oentidade
pela entidade: controle, como
e não resultado de
a propriedade
eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios
jurídica, é determinante para a definição do ativo. Em regra, são registrados
econômicos
no para de
ativo os bens a entidade.
propriedade da empresa. Todavia, como isso é uma
regra existem exceções, tais como, o arrendamento financeiro, no qual os bens
pertencem ao arrendador, mas que ficam sob controle do arrendatário, devem
ser contabilizados como ativo.

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2) Como resultado de eventos passados: O ativo é resultado de algo que já
ocorreu. Ou seja, a intenção de comprar estoques, ou de vender estoques com
lucro, não atende à definição de ativo. Todavia, a mercadoria que já foi
entregue à mercadoria é resultado de um evento passado, qual seja, a compra.

3) E do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para


a entidade: Essa é a parte mais importante para caracterizar um item como
ativo. Não basta controlar ou construir um bem. Não basta já ter efetuado
alguma ação passada, como a compra de um equipamento. Para caracterizar
um ativo, é necessário que o bem resulte em futuros benefícios econômicos
para a empresa.

O teste de recuperabilidade (figura tão cobrada em prova, a ser estudada


adiante) destina-se a comprovar que os ativos irão gerar benefícios futuros
(pelo uso ou pela venda) em valor superior ao seu registro contábil. Do
contrário, ajusta-se o valor do ativo.

Exemplo: vamos considerar um ativo contabilizado pelo valor de R$


100.000,00. Se a entidade continuar utilizando este ativo, gerará receitas no
montante de R$ 90.000,00 (valor em uso). Todavia, decidindo vende-lo, obterá
um valor líquido pela venda deste ativo de R$ 80.000,00.

Neste caso, como o maior benefício futuro que se pode obter com este ativo
monta a R$ 90.000,00, devemos fazer um ajuste. O valor do ativo deverá ser
ajustado para constar na contabilidade pelo valor apurado (R$ 90.000,00).

D – Despesa com teste de recuperabilidade 10.000


C – Teste de recuperabilidade (retificadora Ativo) 10.000

Em síntese, este é o chamado teste de recuperabilidade, previsto no artigo 183,


§3º da Lei das Sociedades por Ações, assunto constante em quase que todas as
provas atuais de contabilidade.

O passivo costuma ser definido como “as obrigações da empresa para com
terceiros”. O pronunciamento CPC 00 fornece a seguinte definição:

Conceito
1) de passivo
Obrigação presente– CPC 00:
da entidade: gastos previstos e/ou esperados não
constituem passivos. Por exemplo, se uma empresa de aviação tem a previsão
Passivo
de trocar éos
uma obrigação
motores presente
de uma da entidade,
aeronave dentro de derivada de custo
2 anos, ao eventos
de já
R$
ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos
200.000,00, isto não constitui um passivo, pois não é obrigação presente.
capazes de gerar benefícios econômicos.

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Dentro de dois anos, a empresa pode vender o avião e não realizar a troca dos
motores.

2) Derivada de eventos já ocorridos: eventos futuros não constituem


passivo. Ainda que o pagamento de uma obrigação seja feito em data posterior,
o evento que origina o passivo já deve ter ocorrido. Por exemplo, a compra a
prazo de uma mercadoria já entregue configura evento já ocorrido.

3) Cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes


de gerar benefícios econômicos: O passivo deverá ser liquidado com
recursos capazes de gerar benefícios econômicos.

Lembra-se da definição de ativo? Pois é, os recursos capazes de gerar


benefícios econômicos são os ativos da empresa. Assim, o passivo será
liquidado através da entrega de ativos (dinheiro, duplicatas a receber, outros
bens ou mercadorias, entre outros). A maneira mais comum é através do
pagamento do passivo em dinheiro. Mas também pode ocorrer a liquidação de
um passivo com a entrega de mercadoria, ou de qualquer outro ativo. Assim,
um passivo deve ser liquidado com um ativo, uma dívida com fornecedores
(passivo) será quitada com a saída de dinheiro do caixa (diminuindo o meu
ativo).

O Patrimônio Líquido normalmente é caracterizado como o “dinheiro dos sócios


aplicado na empresa”.

Para o pronunciamento CPC 00,

DEFINIÇÃO
SITUAÇÃO DE PATRIMÔNIO
LÍQUIDA LÍQUIDO
E EQUAÇÃO – CPC 00DO PATRIMÔNIO
FUNDAMENTAL

“Patrimônio
Já Líquido
sabemos o que é uméativo
o valor residual
(bens dos eativos
e direitos) o que da entidade
é um passivo depois
de deduzidos todos os seus passivos.”
(obrigações). Agora, vejamos o seguinte exemplo...

A empresa KLS tem as seguintes contas registradas em sua contabilidade:

Caixa 100,00
Duplicatas a receber 200,00
Estoques 50,00
Fornecedores 60,00.
Empréstimos a pagar 40,00.

Classificando, temos nesta situação o seguinte:

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Bens: caixa e estoques = 100 + 50.
Direitos: duplicatas a receber = 200.
Obrigações = fornecedores + empréstimos a pagar = 60 + 40 = 100.

A partir de agora, toda vez que falarmos em ativo e passivo, graficamente


vocês irão esquematizar do seguinte modo:

ATIVO PASSIVO
Bens
Obrigações
Direitos

No nosso exemplo, portanto, teremos:

ATIVO PASSIVO
Caixa = 100 Fornecedores = 60,00
Estoques = 50
Empréstimos a pagar = 40,00
Dupl. a receber = 200

O ativo representa os bens e direitos que estão aplicados nas atividades


empresariais, o passivo representa o capital que devemos a terceiros, os
capitais de terceiros que estão empregados na nossa atividade.

Por isso, contabilmente, diz-se que o ativo representa a aplicação de


recursos na entidade.

Já o passivo representa uma origem. Estes recursos que os terceiros empregam


nas atividades da empresa são chamados de capital de terceiros (gravem
este nome, pois cai corriqueiramente em concursos).

Pois bem. Mas, imaginem conosco. Quando o sócio vai constituir as atividades
empresariais ele emprega somente capitais de terceiros ou também entrega
capitais próprios (pertencentes a ele - sócio) às atividades. Ora, entrega capital
próprio. Na contabilidade, este capital próprio é chamado de situação líquida.

No exemplo que demos, temos o seguinte:

ATIVO PASSIVO
Caixa = 100 Fornecedores = 60,00
Estoques = 50
Empréstimos a pagar = 40,00
Dupl. a receber = 200
Total = 350 Total = 100

Vejam que no ativo temos um total de R$ 350,00, enquanto que no passivo tem
apenas R$ 100,00. O que podemos inferir? Os R$ 250,00 faltantes representam

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Todavia, é praxe que a expressão situação líquida seja entendida também como
patrimônio líquido (embora o patrimônio líquido seja uma das espécies do
gênero situação líquida). Mas, para nós, se a questão disser situação líquida ou
patrimônio líquido, trataremos de maneira igual: vamos achar o capita próprio!

Vejamos os tipos de situações líquidas patrimoniais existentes.

ATIVO MAIOR DO QUE PASSIVO.

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens 1.000 Obrigações 500
Direitos 1.000 SL ?
TOTAL 2.000 TOTAL 2.000

Há que se observar que o ativo é maior do que o passivo exigível por terceiros
(isto é, obrigações). Como os bens e direitos não são iguais às obrigações,
devemos achar a situação através da equação básica da contabilidade.

Situação líquida = Ativo – Passivo = 2.000 – 500 = 1.500.

Essa é uma situação confortável para a empresa. Dissemos que as origens do


capital podem ser de terceiros (obrigações) ou próprias (patrimônio líquido ou
situação líquida). Neste exemplo temos 75% de capital próprio (1.500/2000), o
que pode representar uma boa administração da empresa. A ESAF explorou
este conhecimento recentemente, na prova para Analista de Finanças e
Controle da CGU.

O(ESAF/AFC/CGU/2010)
item está correto. A Situação Líquida é positiva quando o ativo é maior
que o passivo exigível.
Neste tipo de situação, temos:

Ativo > Passivo exigível


Situação líquida > 0

ATIVO MENOR DO QUE PASSIVO.

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens 1.000 Obrigações 2.500
Direitos 1.000 SL ?
TOTAL 2.000 TOTAL 2.000

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Esta é a situação líquida em que se “deve mais do que se tem”.

Imagine uma empresa que tenha tão-somente R$ 1.000 em caixa e um carro


velho avaliado em R$ 1.000, mas deve R$ 2.500 a um fornecedor. Esta é a
chamada situação líquida negativa, pois os elementos negativos superam os
elementos positivos do balanço.

Essa parte do Passivo para o qual não temos recursos suficientes para pagar é
denominada passivo a descoberto. Este conceito é explorado pelas bancas de
forma mais conceitual. Vejam como o CESPE o fez:

O(Assistente de Saneamento/Técnico
item transcreve Contábil/Embasa/2009/Cespe)
exatamente o que dissemos aqui! Quando o
valor do passivo é maior que o do ativo, ocorre a situação de passivo a
descoberto.
Essa questão é recorrente em concursos.

Neste tipo de situação, temos:

Ativo < Passivo


Patrimônio Líquido < 0

ATIVO IGUAL AO PASSIVO

Nesta situação o ativo é igual ao passivo exigível, não havendo que se falar em
resíduo para os proprietários no caso de dissolução da empresa, isto é, não
existe capital próprio. O total dos bens e direitos é igual aos valores das
obrigações dos proprietários.

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens 1.000 Obrigações 2.000
Direitos 1.000 SL ???
TOTAL 2.000 TOTAL 2.000

A situação líquida neste caso é nula.

ATIVO IGUAL A SITUAÇÃO LÍQUIDA

Este é o caso típico da constituição da sociedade. Quando um sócio emprega R$


100,00 de capital nas atividades (e este é o único fato contábil existente),
teremos:

BALANÇO PATRIMONIAL

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ATIVO PASSIVO
Bens 100 PL 100
TOTAL 100 TOTAL 100

Esta é a situação típica da constituição da empresa. O ativo é igual ao


patrimônio líquido.

Pode ser o caso também de uma entidade que somente trabalhe com recursos
próprios e não queria captar capitais de terceiros. Não há qualquer dívida
quando se está diante desta situação.

ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS LÓGICAS

De tudo o que expusemos até o momento, podemos tomar algumas conclusões.


São elas:

O ativo pode ser maior ou igual a zero. O ativo não poderá, jamais, ser
negativo. Não podemos ter, por exemplo, um veículo que valha R$ - 100,00, ou
caixa no montante de R$ - 30,00.

O mesmo vale para o passivo, que pode ser maior ou igual a zero, mas não
negativo. Não há possibilidade de ter obrigação de R$ - 1.000,00 com terceiros.

O patrimônio líquido (situação líquida), por seu turno, pode ser


positivo, negativo ou nulo.

VARIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO: RECEITA, DESPESA, GANHOS


O patrimônio líquido da entidade pode variar. Mas variar como? As empresas
E PERDAS.
que exploram atividade econômica precisam auferir lucro para o seu
crescimento. Todavia, nem sempre o conseguem. O resultado obtido, lucro ou
prejuízo, integra o chamado capital próprio.

A apuração do lucro da entidade é feita em uma demonstração à parte,


chamada demonstração do resultado do exercício. Lá, fazemos o cotejo entre
receitas e despesas. Sobrepondo-se as receitas às despesas, temos lucro. Ao
revés, prejuízo.

Esse resultado é transferido para o patrimônio líquido (capital próprio), fazendo


com que ele varie.

Esse assunto será estudado com mais profundidade quando estudarmos o


grupo do patrimônio líquido e a demonstração do resultado do exercício. Por
ora, basta que você saiba isto: o patrimônio líquido varia conforme o lucro ou
prejuízo do exercício seja transferido para o balanço patrimonial.

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CONTA: CONCEITO, DÉBITO, CRÉDITO E SALDO. TEORIAS, FUNÇÃO E


ESTRUTURA DAS CONTAS. CONTAS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO.
APURAÇÃO DE RESULTADOS.

CONCEITO DE CONTA, CONTAS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO


Na contabilidade, conta é o “nome dado aos componentes patrimoniais (bens,
direitos e obrigações) e de resultado (despesas e receitas)”.

De agora em diante, quando falarmos em caixa de uma empresa, falaremos em


conta caixa. Quando falarmos em bancos, entenda-se conta bancos. Os
registros contábeis são feitos através das contas. Todos os acontecimentos que
ocorrem na empresa, como compra, venda, pagamento, recebimento, são
registrados por meio de contas.

As contas podem ser de dois tipos: patrimoniais e de resultado.

CONTAS PATRIMONIAIS
As patrimoniais são as que representam os bens, direitos, obrigações e o
patrimônio líquido da empresa. Por exemplo, conta caixa, conta bancos
movimento, conta capital social, conta estoques de produtos acabados, conta
reserva de ágio na emissão de ações.

RESULTADO
As contas de resultado são as receitas e despesas. Elas não estão no balanço
patrimonial e servem para saber se a empresa apresentou lucro ou prejuízo.
Aparecem na demonstração do resultado do exercício.

Por exemplo, receita de vendas, custo das mercadorias vendidas, ICMS sobre
vendas, despesas operacionais.

GRAVE-SE:

Contas patrimoniais  Ativo, passivo e patrimônio líquido


Contas de resultado  Receitas e despesas

RAZONETE E CONTAS

As contas, a partir de agora, serão apresentadas no chamado razonete. Como


funciona? A título de exemplo, mostremos o razonete da conta caixa:

Caixa
Lado do débito Lado do crédito

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Saldo devedor Saldo credor

Funcionará assim para todas as contas, sejam elas patrimoniais ou de


resultado: sempre que desejarmos fazer lançamentos contábeis, devemos
“abrir” um razonete.

Fornecedores Bancos Conta Movimento


Lado do débito Lado do crédito Lado do débitoLado do crédito

Saldo devedor Saldo credor Saldo devedor Saldo credor

A conta tem por finalidade representar cada um dos itens contábeis, quer
patrimoniais, quer de resultado.

Embora, para nós, as contas sejam representadas da forma como expusemos


acima, formalmente, elas são assim apresentadas no livro razão:

Razão Analítico (Exemplo)

KLS Comércio LTDA Data: CNPJ: 00.000.000/0001-00 Período:


Conta: Bancos Conta Movimento - Bradesco S/A
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
01.01.2008 Saldo Inicial 1.000,00 D
02.01.2008 Depósito 500,00 1.500,00 D
02.01.2008 Cheque nº 050070 200,00 1.300,00 D
Totais 500,00 200,00 1.300,00 D

São elementos essenciais das contas:

- Nome da conta;
- Valor debitado;
- Valor creditado;
- Saldo devedor ou credor;
- Histórico do lançamento;
- Data do lançamento.

Algumas contas aumentam por meio de débito (contas de natureza devedora),


outras por meio de crédito (contas de natureza credora).

- Contas de natureza devedora: contas de ativo (bens e direitos), contas de


despesa,
- Contas de natureza credora: contas do passivo (obrigações), contas do
patrimônio líquido, contas de receita.

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Assim, por exemplo, considere os seguintes lançamentos na conta caixa:

Primeiro temos de analisar: a que grupo pertence a conta caixa? Ao ativo, logo,
é uma conta de natureza devedora (aumenta a débito), e, conseqüentemente,
diminui a crédito.

- Recebimento de R$ 100,00 em espécie, pelo integralização de capital social.


- Saída de R$ 50,00 para aquisição de mercadorias;
- Entrada de R$ 30,00 pela venda de mercadorias.

Ficaria assim:

Caixa

100,00 50,00
30,00

80,00

Além disso, as contas podem ser vistas por dois aspectos: qualitativos e
quantitativos.

Segundo o aspecto qualitativo, devemos olhar para o que a conta representa.


Por exemplo, a conta caixa, em seu aspecto qualitativo, representa os
numerários que temos guardados. Já pelo aspecto quantitativo representa o
quanto temos guardado.

TEORIA DAS CONTAS

As principais teorias das contas exploradas pelas bancas examinadoras são as


seguintes:

1) Teoria personalista;
2) Teoria materialística; e
3) Teoria patrimonialista.

TEORIA PERSONALISTA

Segundo a teoria personalista, as contas são fictamente como pessoas. Temos


três tipos de pessoas: proprietários, correspondentes e agentes consignatários.
Representa a contabilidade sob uma visão mais jurídica.

A) PROPRIETÁRIOS: Os proprietários são os responsáveis pelas contas do


patrimônio líquido e pelas receitas e despesas da sociedade. Portanto, são
contas dos proprietários: capital social, receita de vendas, custo da mercadoria

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vendida, ICMS sobre vendas, devoluções de vendas, receitas financeiras,
reserva legal.
B) CORRESPONDENTES: São as pessoas que representam as contas de
direitos (logo, ativo) e obrigações (logo, passivo). São as pessoas com quem a
entidade mantém esse tipo de relação jurídica, tal como clientes e
fornecedores.
C) CONSIGNATÁRIOS: São as pessoas a quem a entidade confia a guarda
bens (ativo). Por exemplo, caixa, veículos, terrenos.

TEORIA MATERIALÍSTICA
Esta é uma visão mais econômica do que vem a ser a conta. Para esta teoria,
as contas não são pessoas, mas, tão-somente, entradas e saídas de valores.

As contas são divididas em apenas dois grupos:

A) CONTAS INTEGRAIS: Representam o ativo e passivo exigível (obrigações);


B) CONTAS DIFERENCIAIS: Representam o patrimônio líquido, receitas e
despesas.

TEORIA PATRIMONIALISTA
Pela teoria patrimonialista, que é a utilizada na contabilidade hodierna, as
contas podem ser divididas em dois grandes grupos, a saber:

A) CONTAS PATRIMONIAIS: Representam as contas de ativo, passivo e


patrimônio líquido.
B) CONTAS DE RESULTADO: Representam as receitas e despesas.

Um rápido resumo sobre isso:

Teoria Personalista:
- Agentes consignatários (bens)
- Agentes correspondentes (direitos e obrigações)
- Proprietários (receitas, despesas e Patrimônio líquido)

Teoria Materialista:
- Integrais (bens, direitos e obrigações)
- Diferenciais (receitas, despesas e Patrimônio líquido)

Teoria Patrimonialista:
- Patrimoniais (bens, direitos, obrigações e Patrimônio Líquido)
- Resultado (receitas e despesas)

ATOS E FATOS CONTÁBEIS E RESPECTIVAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS.

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O patrimônio societário sofre constante movimento, haja vista que sofrem atos
de gestão contínua. Esses acontecimentos podem ser divididos basicamente em
dois grandes grupos:

A) Atos contábeis.
B) Fatos contábeis.

Os atos contábeis são acontecimentos que ocorrem na entidade e não


provocam alterações do patrimônio, tais como admissão de empregados,
assinatura de um contrato de compra, venda, o aval de um título de crédito,
uma fiança prestada em favor de terceiros.

Os atos relevantes que façam parte das atividades da empresa devem ser
apresentados em notas explicativas, como ordena a Lei 6.404/76:

Art. 176. (...) § 4º As demonstrações serão complementadas por notas


explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis
necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do
exercício.

Art. 176. (...) § 5o As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações


financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para
negócios e eventos significativos; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no
Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das
demonstrações financeiras; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada;
e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
IV – indicar: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,
especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão,
de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para
atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; (Incluído pela
Lei nº 11.941, de 2009)
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247,
parágrafo único); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações
(art. 182, § 3o ); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; (Incluído pela
Lei nº 11.941, de 2009)
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a
longo prazo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

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f) o número, espécies e classes das ações do capital social; (Incluído pela Lei
nº 11.941, de 2009)
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;
(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os
resultados futuros da companhia. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Os fatos contábeis, por sua vez, são os acontecimentos que provocam


variações no patrimônio da entidade.

Os fatos contábeis são contabilizados através das contas patrimoniais (ativo,


passivo, patrimônio líquido) e/ou das contas de resultado (receitas e despesas).

Os fatos contábeis podem ser divididos em três tipos: permutativos,


modificativos e mistos. Esse assunto, todavia, será visto quando estudarmos
lançamentos.

TÉCNICAS CONTÁBEIS

São quatro as técnicas utilizadas na contabilidade: escrituração, elaboração


das demonstrações contábeis, auditoria e análise das demonstrações
contábeis.

ESCRITURAÇÃO

Funciona, grosso modo, mais ou menos da seguinte forma: Imagine-se que


nós, Gabriel e Luciano, somos administradores da sociedade KLS. Cada nota
fiscal de compra de mercadoria, cada NF de venda, cada cheque emitido, cada
compra de ativo imobilizado para a produção, tudo isso tem de ser controlado.
Pensem vocês se não houvesse um controle de todos os atos e fatos que
ocorrem no âmbito de uma empresa. O que seria desta empresa?! O que seria
do mercado? E o que seria da economia nacional?

Pois bem, todos esses eventos devem ser contabilizados. Então, no período de
competência, colheremos todos os documentos necessários e lançaremos nos
respectivos livros contábeis. A técnica utilizada para o registro dos fatos
contábeis é chamada de escrituração.

Então, em um primeiro momento, devemos escriturar, por meio de


lançamentos contábeis, todas as notas fiscais e documentos que comprovem
alteração no patrimônio da entidade.

Segundo a Lei 6.404/76:

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Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros


permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei
(a própria 6.404) e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos,
devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e
registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.

Ainda segundo a Lei 6.404/76: a companhia observará exclusivamente em


livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração
mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei
tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto,
que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios
contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a
elaboração de outras demonstrações financeiras (LSA, art. 177, §2º).

E o que quer dizer este artigo? Se, hipoteticamente, ao apurar o Imposto de


Renda do exercício, a legislação do IR prescreva um método diferente que está
previsto nos critérios contábeis, como a utilização de regime de caixa, em vez
de se utilizar do regime de competência, esta apuração tributária deverá ser
feita em um livro auxiliar, sem que haja modificação da escrituração contábil
(que ordena a utilização do regime de competência).

ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As entidades, em sua constituição, elegem o que chamamos de exercício social.


Segundo a Lei das SAs:

Art. 175.
Vejam, O exercício
o exercício social
social temterá duração
duração de 1de 1 (um)
ano. ano equivale
Isso não e a dataado
12 meses
término será fixada no
(juridicamente falando). estatuto.

Parágrafo
Ao términoúnico. Na constituição
do exercício, da companhia
as sociedades têm deepublicar
nos casos de alteração
o que chamamos de
estatutária o exercício social
demonstrações financeiras. poderá ter duração diversa.

Todo mês faremos os lançamentos de fatos contábeis, procedendo à


escrituração dos livros. As demonstrações financeiras são um compilado de
tudo o que ocorreu na empresa durante o exercício social. Vejam que se trata
de uma seqüência cronológica. Se somarmos todas as vendas realizadas no
exercício, encontraremos a chamada receita bruta de vendas, na demonstração
do resultado do exercício.

Se somarmos tudo o que entrou e tudo o que saiu do caixa, teremos achado
então o saldo da conta caixa. E assim por diante.

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Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 176.
Além Ao fim
dessas, de cada
o CPC 26 – exercício social,das
Apresentação a diretoria fará elaborar,
demonstrações com–base
contábeis lista
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes
como demonstrações contábeis a demonstração das mutações do demonstrações
financeiras, que
patrimônio deverão
líquido – exprimir
dmpl e coma clareza a situação do
demonstração dospatrimônio da
resultados
companhia e asEste
abrangentes. mutações
assuntoocorridas no exercício:
ficará mais claro no encontro seguinte.
I - balanço patrimonial;
O FIPECAFI entende que essas demonstrações passam a ser obrigatórias para
II - demonstração
todos dos lucros
os tipos societários, ou prejuízos
inobstante a Lei 6.404 seja silente.
acumulados; III - demonstração do resultado do
exercício; e
AUDITORIA
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº
11.638,de
Uma 2007)
vez elaborada as demonstrações contábeis, elas precisam passar pela
V – se companhia
verificação sobre aberta, demonstraçãoestá
se a escrituração do valor adicionado.
escorreita nos (Incluído
termos do pelaque
prescrevem as normas e princípios contábeis. Esse processo é chamado de
processo de auditoria.

Segundo a Lei 6.404:

AArt. 176: §
auditoria 3o As por
realizada demonstrações
auditores da financeiras das companhias
CVM em companhias abertasabertas
e nas
observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores
fechadas de grande porte é denominada de auditoria independente. Além daMobiliários
e serão
independente,obrigatoriamente submetidas
temos as auditorias a auditoria
interna (elaborada por por auditores
empregados da
independentes nela registrados.
companhia) e fiscal (elaborada por auditores fiscais da União, Estados,
Municípios e/ou Distrito Federal, no âmbito de suas competências).

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Depois que as demonstrações foram publicadas e auditadas, os seus usuários
têm interesse nas informações nelas contidas.

Um investidor desejará saber, por exemplo, o quanto essa empresa está dando
de retorno para cada ação do capital social.

O credor por empréstimo desejará saber o quanto tem de garantia para poder
conceder tranquilamente o empréstimo que deseja. E assim por diante.

Tudo isso é feito através da técnica contábil chamada de análise das


demonstrações contábeis ou análise de balanços.

SISTEMA DE CONTAS, PLANO DE CONTAS. ESCRITURAÇÃO: CONCEITO

Dissemos que a ciência contábil se utiliza, para sua perfeita existência, de


técnicas. Quatro são as técnicas que apresentamos: escrituração, elaboração
das demonstrações contábeis, auditoria e análise de balanços.

Visto o conceito de escrituração, passemos a entender o processo amiúde. O


processo de escrituração hoje está regulamentado pelo CFC 1.330/2011.

A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos princípios de


contabilidade (item 3, CFC 1.330).

O nível de detalhamento da escrituração contábil deve estar alinhado às


necessidades de informação de seus usuários. Nesse sentido, o Conselho
Federal de Contabilidade (CFC) não estabelece o nível de detalhe ou mesmo
sugere um plano de contas a ser observado. O detalhamento dos registros
contábeis é diretamente proporcional à complexidade das operações da
entidade e dos requisitos de informação a ela aplicáveis e, exceto nos casos em
que uma autoridade reguladora assim o requeira, não devem necessariamente
observar um padrão pré-definido.

Com efeito, é de esperar uma complexidade maior nas demonstrações


contábeis de uma entidade tal como a Unilever (que produz mercadorias tais
como Axe, Dove, Ades, Comfort, Seda, entre outros) do que nas demonstrações
de uma pequena locadora de DVDs.

A fim de padronizar a execução da escrituração, a Resolução prescreve certas


formalidades. E essas finalidades são muito cobradas em concursos. Vejamos:

5. A escrituração contábil deve ser executada:

a) em idioma e em moeda corrente nacionais;


b) em forma contábil;
c) em ordem cronológica de dia, mês e ano;

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d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou


emendas; e
e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta,
em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.

Lembrando novamente, dissemos que a escrituração contábil é feita através de


contas. Na contabilidade, conta é o nome dado aos componentes patrimoniais
(bens, direitos e obrigações) e de resultado (despesas e receitas).

O dinheiro em espécie existente, por exemplo, é chamado de conta caixa. As


contas podem ser patrimoniais (ativo [bens e direitos], passivo [obrigações] e
patrimônio líquido [capital próprio]).

O conjunto de todas as contas existentes dentro de uma entidade, para


uniformizar os registros contábeis, é denominado plano de contas. O plano de
contas varia também de uma empresa para outra. Assim, uma indústria de
calçados não terá o mesmo plano de contas de um supermercado. Esse
entendimento está em consonância com o item 4 da Resolução do CFC
1330/2011.

DEFINIÇÃO
Temos ainda o chamado sistema de contas. O sistema de contas é algo que
mais tem a ver com a finalidade das contas em si. Ao agruparmos as contas,
Plano
por de contas:
exemplo, conjunto
em contas de todase as
patrimoniais contas
contas de existentes
resultado. dentro de de
O sistema
uma entidade
contas para uniformizar
racionalmente os registros
organizado contábeis.
vai ajudar a compreender melhor o
patrimônio.

MÉTODOS DE ESCRITURAÇÃO; PARTIDAS DOBRADAS; LANÇAMENTO


Método é o caminho de que nos utilizamos para chegar a uma meta.
CONTÁBIL – ROTINA, FÓRMULAS; PROCESSOS DE ESCRITURAÇÃO.
Na contabilidade, o método utilizado para se escriturar é o método das
partidas dobradas. Esse método consiste em considerar que para todo e
qualquer item que ingressa no patrimônio, há um lugar de onde ele é
proveniente. Ou seja, não há geração espontânea de patrimônio, mas sim uma
origem para todo elemento que se aplica no patrimônio, passando a integrá-lo.

Ao registro de um fato contábil chamamos lançamento. Este é efetuado em


livros contábeis próprios como o diário, razão, caixa, duplicatas a receber etc.
Ao conjunto de registros ou lançamentos é que chamamos escrituração.

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Antes de aprendermos a efetuar lançamentos em espécie, devemos entender
quando e quais contas são lançadas a débito ou a crédito.

CONTAS LANÇADAS A DÉBITO E A CRÉDITO

Não confundir a palavra débito da linguagem comum com a utilizada na


terminologia contábil. Assim, esqueça o entendimento da vala comum de que
débito equivale a uma dívida.

As contas patrimoniais podem ser representadas através de um “T”, o lado


esquerdo é sempre o lado do débito, na terminologia contábil. Assim...

Conta Caixa
Lado do débito Lado do crédito

Gravem isso. Os registros contábeis são feitos nestes “T” e o lado do débito é o
lado esquerdo. E o outro lado? O outro lado só pode ser o do crédito.

Não podemos também confundir a palavra crédito usada na linguagem comum


com o sentido com quem é usada na contabilidade.

Gravem (regra geral):

As contas do ativo e as de despesa têm natureza devedora


E o que quer dizer saldo devedor e saldo credor? Simples. Saldo devedor
As contas do passivo e as de receita têm natureza credora.
significa dizer que o total dos débitos em uma conta supera o total dos créditos.
Assim, se tenho registrado na conta caixa R$ 1.000,00 em débitos e R$ 600,00
em créditos, isto me dá um saldo devedor total de R$ 400,00.

Agora, tivéssemos R$ 4.000,00 de créditos na conta fornecedores e R$


1.000,00 de débitos, o saldo seria credor de R$ 3.000,00.

O saldo poderia também ser nulo, quando os totais dos créditos e dos débitos
se equivalem.

Assim, se a conta caixa aumentar em R$ 500, por causa de um recebimento de


vendas a prazo, teremos a seguinte alteração no nosso “T”, chamado também
de razonete.

Conta Caixa

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500,00

Como as contas do ativo têm natureza devedora, elas aumentam quando


lançamos ali, no lado do débito. Somente isso quer dizer “a conta do ativo tem
natureza devedora”. Significa dizer, repito, que ela aumenta a débito (e
diminui, conseqüentemente, a crédito).

Para entender o método das partidas dobradas, temos que entender que na
contabilidade existe a figura de três pessoas:

1) Proprietário  É o titular do patrimônio, pessoa física ou jurídica,


responsável pelas contas de patrimônio líquido e de resultado (receitas e
despesas).
2) Agentes correspondentes  São pessoas de fora da empresa com as quais o
proprietário mantém contas a receber ou a pagar (direitos e obrigações).
3) Agentes consignatários  São pessoas a quem o proprietário confia a guarda
dos bens. Responsável por contas como caixa, estoques, imóveis,
automóveis, utensílios.

Vamos explicar esta situação por meio de um exemplo. Observem este balanço
patrimonial:

ATIVO PASSIVO

Caixa Fornecedores
300 200

Mercadorias PL
200
Capital Social
300

TOTAL 500 TOTAL 500

Ele equivale ao seguinte:

ATIVO PASSIVO
Caixa 300 Fornecedores 200

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Mercadorias 200 Capital Social 300
TOTAL 500 TOTAL 500

Suponhamos que essa entidade tenha sido constituída por dois sócios, que
firmaram contrato social criando a pessoa jurídica KLS.

Eles dispuseram de R$ 300 (R$ 150 cada) para dar início às atividades. Esse
montante inicial pode ser em dinheiro ou em quaisquer bens suscetíveis de
avaliação em dinheiro (Lei 6.404/76, art. 7º) e é denominado de capital social
(nome importantíssimo!).

Assim, esse registro será feito na conta capital social, que fica dentro do
patrimônio líquido. Já dissemos aqui que o patrimônio líquido é o grupo de
contas que registra as contas dos proprietários perante a sociedade. Esses
sócios terão um crédito com a sociedade no valor de R$ 300. Ao mesmo tempo
esse dinheiro vai para o caixa. O caixa é conta do proprietário, consignatário ou
correspondentes? Isso, consignatário. Imagine o consignatário como uma
pessoa. Esse consignatário (caixa) terá uma dívida, um débito com os
proprietários no valor de R$ 300.

Por isso, o lançamento desta operação será feito da forma

seguinte: Débito – Caixa (ativo) 300,00


Crédito – Capital Social (patrimônio líquido) 300,00

Fácil não é? Está feito. É este o registro contábil (lançamento).

Agora, já em funcionamento, esta empresa compra mercadorias a prazo, no


valor de R$ 200,00. Como é o lançamento contábil?!

Débito – Mercadorias (ativo) 200,00


Crédito – Fornecedores (passivo) 200,00

Veja-se. As mercadorias estão sendo compradas, passando, com a entrega


(tradição) a serem propriedade da empresa. Elas serão depositadas com
agentes consignatários (esta é uma ficção criada pela teoria contábil). Estes
terão um débito perante a sociedade, no valor de R$ 200,00.

Já os fornecedores são agentes correspondentes, que têm um crédito perante a


sociedade de igual valor, R$ 200,00. Note-se, repito, que esses agentes são
trabalhados como uma ficção, apenas para ajudar a entender o mecanismo.
Com o decurso das aulas, estes lançamentos ficarão automáticos, de modo que
vocês saberão:

As contas do ativo e as de despesa têm natureza devedora


As contas do passivo e as de receita têm natureza credora.

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Crédito – Caixa 25.000,00

5) Entrada de outro sócio com capital social de R$ 30.000,00,


integralizado com um
terreno.
Débito – Terrenos 30.000,00
Crédito – Capital Social 30.000,00

ELEMENTOS ESSENCIAIS DE UM LANÇAMENTO

É essencial que conste em um lançamento:

ELEMENTOS
Por exemplo. OESSENCIAIS DOuma
lançamento de LANÇAMENTO
compra à vista de mercadorias no valor de
R$ 100 pode ser descrito da seguinte forma:
1) Local (pode ser suprimido, considerando-se feito no local
do estabelecimento) e data;
Vitória/ES, 21 de
2) Conta para
Todavia, debitada;dezembro
ganhar de 2010.não precisamos fazer isso para “matar”
praticidade,
3) Conta creditada;
questões. Basta fazer
Débito
4) –
Histórico;
Mercadorias
D5)–Valor. Crédito
Mercadorias
– Caixa
C – Caixa 100.

Ou

Mercadorias
a Caixa 100.

A preposição “a” indica conta creditada.

Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos,


desde que permanentes e uniformes, devendo constar o significado dos códigos

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e/ou abreviaturas no Livro Diário ou em registro especial revestido das
formalidades extrínsecas daquele.

FÓRMULAS DO LANÇAMENTO
Os lançamentos podem ser de:

1ª FÓRMULA
Envolve uma conta a débito e uma conta a crédito.

Exemplo: compra de mercadoria à vista

D – Mercadorias
C – Caixa 100.

2ª FÓRMULA
Envolve uma conta a débito e duas ou mais a crédito.

Exemplo: compra de mercadoria, metade à vista, metade a

prazo. D – Mercadorias 100


C – Caixa 50
C – Fornecedores 50.

Ou assim,

Mercadorias 100
a Diversos
a Caixa 50
a Fornecedores 50

3ª FÓRMULA

Envolve duas ou mais contas a débito e uma conta a crédito.

Exemplo: Realização da prestação de serviço, recebida metade à vista e metade


para 30 dias.

D – Caixa 100
D – Clientes 100
C – Receita de prestação de serviços 200

4ª FÓRMULA

Envolve duas ou mais contas a débito e duas ou mais contas a crédito.

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Exemplo: compra de canetas, no valor de R$ 100, sendo metade à vista e


metade a prazo, a ser utilizada metade como estoque de material de consumo e
metade como mercadoria para revenda.

D – Material de consumo 50
D – Mercadoria para revenda 50
C – Caixa 50
C – Fornecedores 50

Macete

O macete para gravar isto é o seguinte:

Lançamento Débito Crédito


1a fórmula 1 1
2a fórmula 1 2
3a fórmula 2 1
4a fórmula 2 2

É só ver a seqüência de números e teremos: 11, 12, 21, 22. Em ordem


crescente.

Observando: onde está escrito 2, deve ser entendido como 2 ou mais.

TIPOS DE FATOS CONTÁBEIS

Dissemos que fatos contábeis são aqueles que têm por escopo promover
alteração no patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) de uma
entidade.

Já os atos contábeis são atos relevantes que não alteram o patrimônio da


entidade, tal como a contratação de empregados, o simples fato de se conceder
fiança a um terceiro ou avalizar um cheque.

Os fatos contábeis são divididos hoje em três grupos:

1) Modificativos;
2) Permutativos;
3) Mistos.

FATO PERMUTATIVO OU QUALITATIVO

Como o próprio nome já diz, os fatos permutativos alteram o patrimônio


somente em aspectos qualitativos. Seria como, por exemplo, trocar o meu
Fusca, avaliado em R$ 3.000,00, pela sua Brasília, avaliada pelo mesmo valor.

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Os fatos permutativos configuram apenas trocas, permutas, entre bens do
ativo e passivo exigível, sem que haja alteração no valor total do patrimônio
líquido e contas de resultado.

As trocas podem ser entre elementos do ativo, passivo, de ambos, ou entre


elementos da situação líquida.

1) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO ATIVO

Suponha a compra de mercadoria à vista no valor de R$ 500,00. O lançamento,


como já visto, é o que se segue:

D – Mercadorias 500,00
C – Caixa 500,00

Vejam que ambas as contas são do ativo. Tivemos um aumento na conta


mercadorias e uma diminuição na conta caixa.

2) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO PASSIVO

Suponha, por exemplo, que a empresa A tenha uma dívida com B, no montante
de R$ 1.000,00. Porém, B pediu a A que promovesse a quitação perante C. Se
na contabilidade de A tivéssemos:

Dívida com B
1.000

Com a transferência da dívida ficaria:

Dívida com B Dívida com C


(i) 1.0001.000 1000 (i)

3) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO ATIVO E PASSIVO

Por exemplo, compra de mercadoria a prazo.

Débito – Mercadoria 1.000,00 (+ Ativo)


Crédito – Fornecedores 1.000,00 (+ Passivo)

Quando promovermos o pagamento desta mercadoria, teremos outro fato


permutativo.

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Débito – Fornecedores 1.000 (- Passivo)
Crédito – Caixa 1.000 (- Ativo)

4) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

A primeira coisa aqui importante é que vocês percebam que não se trata este
tipo de fato permutativo de aumento do grupo PL, mas somente de permuta
entre contas deste grupo.

Por exemplo, se a sociedade A tem uma reserva estatutária no valor de R$


100.000,00 e resolve se utilizar deste valor para aumentar seu capital social.

Isto será registrado pelo lançamento:

D – Reservas estatutárias 100.000,00


C – Capital social 100.000,00

Reservas estatutárias (i) 100.000100.000


Capital Social
(i) 100.000

FATO MODIFICATIVO OU QUANTITATIVO

Os fatos modificativos são aqueles que têm o condão de alterar, para mais ou
para menos, o patrimônio líquido. A doutrina também os denomina como fatos
quantitativos.

Enquanto os fatos permutativos envolvem apenas contas patrimoniais, os fatos


modificativos envolvem também conta de resultados (receitas e despesas).

Assim, frise-se, o fato modificativo provoca aumento ou redução do ativo ou


passivo e, concomitantemente, modificação na situação líquida.

Os fatos modificativos podem ser:

1) MODIFICATIVO AUMENTATIVO

É aquele que provoca aumento da situação líquida mediante aumento do ativo


ou diminuição do passivo. Amigos, quando falamos de situação líquida e
apresentamos contas de resultado (apuradas na DRE), lembrem-se de que o
resultado do exercício (lucro ou prejuízo) integra o capital próprio.

Exemplo 1: Recebimento de receita de juros no valor de R$ 700,00, em


31.05.2011, referente ao mês de maio de 2011.

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Débito – Bancos conta movimento 700,00 (+ Ativo)
Crédito – Receita de juros 700,00 (+ Receita)

Exemplo 2: O Governo do Estado do Rio de Janeiro publicou lei que concede


remissão do ICMS. A empresa ALFA tem débito no valor de R$ 5.000,00 que
foram abrangidos.

Débito – ICMS a pagar 5.000 (- Passivo)


Crédito – Receita operacional/tributária 5.000 (+ Receita)

2) MODIFICATIVO DIMINUTIVO
O fato modificativo diminutivo é aquele que tem o condão de reduzir a situação
líquida da empresa. Essa redução se dá, geralmente, pelo aumento do passivo
ou pela redução do ativo.

Exemplo 1: Apropriação de despesa de salários no valor de R$ 10.000,00,


relativo ao mês de janeiro de 2011, em janeiro de 2011.

Débito – Despesa de salário 10.000,00 (+ Despesa)


Crédito – Salários a pagar 10.000,00 (+ Passivo)

Exemplo 2: Despesa com energia elétrica, no valor de R$ 500,00, paga dentro


do próprio mês.

Débito – Despesa com energia 500 (+ Despesa)


Crédito – Caixa 500 (- Ativo)

FATO MISTO
Fato misto é o que envolve, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato
modificativo. Acarreta, portanto, alterações no ativo e PL, no passivo e no PL ou
no ativo, passivo e PL.

1) FATO MISTO AUMENTATIVO


É quando o fato misto tem o condão de aumentar a situação líquida patrimonial.

Vamos relembrar o exercício que resolvemos acima, que caiu no último ATRFB.
Nele, quando nos pusemos a liquidar a dívida que tínhamos, lançamos:

D – Duplicatas a pagar 1.000,00 (- Passivo)


C – Bancos 800,00 (- Ativo)
C – Descontos financeiros 200,00 (+ Resultado = Receita)

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2) FATO MISTO DIMINUTIVO

É quando o fato misto tem o condão de diminuir a situação líquida patrimonial.


O exemplo clássico aqui é o pagamento de uma duplicata, de R$ 1.000,00 com
a incidência de juros de 10%, por exemplo.

Lançamento:

Débito – Duplicatas a pagar 1.000


Débito – Despesa de juros 100
Crédito – Bancos conta movimento 1.100

LIVROS CONTÁBEIS E FISCAIS

O registro dos fatos contábeis, em seu conjunto, denomina-se escrituração. A


escrituração é encontrada nos livros contábeis e fiscais. Estudemos os
principais.

LIVRO DIÁRIO

Este livro está regulado pelo Código Civil, que prescreve:

OArt. 1.179.
livro diárioO éempresário
um livro quee a contém
sociedade empresária
o registro são obrigados
de todo a seguir um
e cada lançamento em
sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base
ordem cronológica, fato que nos permite compreender a seqüência de na escrituração
uniforme de seus
acontecimentos livros, em
ocorridos nacorrespondência
empresa. Ele écom a documentação
obrigatório para a respectiva,
quase que
e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
totalidade dos empresários (ressalva-se o pequeno empresário previsto na LC
123/2006).
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é INDISPENSÁVEL O
DIÁRIO,bancas
Algumas que pode ser frequentemente
indagam substituído por sefichas no caso dedoescrituração
“a escrituração livro diário
mecanizada
pode ou eletrônica.
ser substituída pela escrituração obrigatória do livro razão”. Tais
questionamentos devem ser tidos como incorretos, pois cada livro cumpre a sua
Parágrafo
função único.distinto.
de modo A adoção de fichas
O livro diário não dispensa pela
é obrigatório o uso de livroempresarial,
legislação apropriado
para o lançamento
comercial, já o livro do balanço
razão patrimonial
é facultativo sob eesta
do de resultado econômico.
ótica.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 42 de


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O registro de uma operação no livro Diário é denominado de “PARTIDA DE


DIÁRIO”, ou simplesmente “LANÇAMENTO” (isso mesmo, o lançamento que
estamos tratando nesta aula). Alguns requisitos existem para essas partidas de
diário, a saber:

Resolução
No Diário 1.330,
serão CFC:
lançadas, com individuação, clareza e caracterização do
documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as
Item 6. A relativas
operações escrituração em forma
ao exercício dacontábil
empresa.de Admite-se
que trata oa item 5 deve conter,
escrituração resumida
no mínimo:
do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente
a) data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu;
a contas, cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do
b) conta devedora;
estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente
c) conta credora;
autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que
d) histórico
permitam queperfeita
a sua represente a essência econômica da transação ou o código de
verificação.
histórico padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro
próprio;
Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico,
devendo do
e) valor registro
ambos ser contábil;
assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente
f) informação
habilitado que
e pelo permita identificar,
empresário de forma
ou sociedade unívoca, todos os registros que
empresária.
integram um mesmo lançamento contábil.
O livro diário possui algumas formalidades, extrínsecas e intrínsecas, vamos
vê-las:

FORMALIDADES DO LIVRO DIÁRIO

EXTRÍNSECAS (FINALIDADE: DIFICULTAR ADULTERAÇÃO):

- Deve ser encadernado;


- As folhas devem ser numeradas;
- Deve ser autenticado pela Junta Comercial do Estado (empresas
mercantis) ou pelo Registro Civil de Pessoas Jurídicas (empresas civis); e
- Deve haver termo de abertura e termo de encerramento.

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INTRÍNSECAS (FINALIDADE: RESGUARDAR A FIDEDIGNIDADE


DOS FATOS OCORRIDOS EM RELAÇÃO AOS FATOS
REGISTRADOS):

- Seguir uma ordem cronológica;


- Não deve haver rasuras, borrões, sinais, linhas em branco, entrelinhas,
folhas em branco, etc; e

Resumindo, o diário é:

Obrigatório (exigido pelo Código Civil);


Principal (registra todos os fatos contábeis);
Comum (para todas as empresas);
Cronológico (fatos contábeis registrados em ordem cronológica).

LIVRO RAZÃO

O livro razão é facultativo, principal (isto é, registram todos os fatos) e


sistemático (leva em conta principalmente a organização das informações).

Segundo a legislação do IR, os contribuintes sujeitos à apuração do lucro real


devem escriturar o livro razão.

Vejamos um exemplo de lançamento no livro razão:

Razão Analítico
XPTO Comércio LTda Data: CNPJ: 01.342.575/0001-87 Período:
Conta: Bancos Cta. Movimento - Bradesco S/A
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
01.01.2008 Saldo Inicial 1.000,00 D
02.01.2008 Depósito 500,00 1.500,00 D
02.01.2008 Cheque nº 050070 200,00 1.300,00 D
Totais 500,00 200,00 1.300,00 D

Esses dois são os dois principais livros que caem em concursos. Vejamos,
porém, outros que podem ser objeto de cobrança:

LIVRO CAIXA

Registra as entradas e saídas de numerário. Os registros devem ser


efetuados em ordem cronológica e, por isso, pode ser utilizado como auxiliar do
Livro Diário, devendo atender a todas as formalidades exigidas.

O livro caixa é obrigatório para contribuintes que estejam no regime


simplificado previsto na Lei Complementar 123/2006.

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LIVRO REGISTRO DE INVENTÁRIO E ENTRADA E SAÍDA


DE MERCADORIAS

Registra os bens de consumo, as mercadorias, as matérias-primas e outros


materiais que se achem estocados nas datas em que forem levantados os
balanços.

Temos ainda os livros registros de entrada e saída de mercadorias, que servem


para auxiliar os empresários a apurarem o quanto entra e sai de mercadoria no
estoque da empresa durante o exercício.

LIVROS OBRIGATÓRIOS PARA AS SOCIEDADES ANÔNIMAS


Segundo a Lei 6.404, artigo 100, a companhia deve ter, além dos livros
obrigatórios para qualquer comerciante, os seguintes, revestidos das mesmas
formalidades legais:

I - o livro de Registro de Ações Nominativas.


II - o livro de "Transferência de Ações Nominativas".
III - o livro de "Registro de Partes Beneficiárias Nominativas" e o de
"Transferência de Partes Beneficiárias Nominativas".
IV - o livro de Atas das Assembléias Gerais.
V - o livro de Presença dos Acionistas.
VI - os livros de Atas das Reuniões do Conselho de Administração, se houver, e
de Atas das Reuniões de Diretoria.
VII - o livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.

RETIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO CONTÁBIL


Retificação de lançamento é o processo técnico de correção de registro
realizado com erro na escrituração contábil da entidade e pode ser feito por
meio de:

a) estorno;
b) transferência; e
c) complementação.

Em qualquer das formas citadas acima, o histórico do lançamento deve precisar


o motivo da retificação, a data e a localização do lançamento de origem.

O estorno consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente,


anulando-o totalmente.

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Lançamento de transferência é aquele que promove a regularização de conta
indevidamente debitada ou creditada, por meio da transposição do registro para
a conta adequada.

Lançamento de complementação é aquele que vem posteriormente


complementar, aumentando ou reduzindo o valor anteriormente registrado.

Os lançamentos realizados fora da época devida devem consignar, nos seus


históricos, as datas efetivas das ocorrências e a razão do registro
extemporâneo.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (FCC/Analista Judiciário/TRT 18/2008) Em relação à escrituração


contábil, é correto afirmar:

(A) Os lançamentos no livro Diário devem ser efetuados diariamente, não se


admitindo exceções.
(B) A escrituração correta e tempestiva do livro Razão permite saber, em
qualquer data, o saldo das contas de resultado e patrimoniais.
(C) O único livro contábil considerado obrigatório pela Receita Federal do Brasil
para apuração da base de cálculo do imposto de renda é o livro Diário.
(D) No Brasil, existe um Plano de Contas padronizado que deve ser seguido por
todas as entidades com fins lucrativos.
(E) Segundo normas do Conselho Federal de Contabilidade, a escrituração
contábil somente pode ser efetuada em sistemas informatizados.

Comentários:

Vamos à análise das assertivas.

a) A alternativa “a” está incorreta.

O livro Diário é um livro contábil obrigatório pela legislação comercial, e registra


as operações da empresa, no seu dia-a-dia, originando-se, desta forma, seu
nome. Deve ser encadernado com folhas numeradas seguidamente, em que
serão lançados, dia a dia, diretamente ou por reprodução, os atos ou operações
da atividade, ou que modifiquem ou possam vir a modificar a situação
patrimonial da pessoa jurídica (Decreto-lei 486/69, art. 5).

Todavia, a legislação também permite:

a) que o lançamento no diário seja feito por meio de partidas mensais;


b) a escrituração resumida ou sintética, com valores totais que não excedam a
operações de um mês, desde que haja escrituração analítica lançada em
registros auxiliares;
c) No caso de a entidade adotar para sua escrituração contábil o processo
eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente,
serão destacados e encadernados em forma de livro.

b) A assertiva “b” está correta.

O livro Razão é facultativo sob a ótica do direito societário. Contudo, para os


contribuintes tributados com base em lucro real o livro passa a ser obrigatório.
Veja um exemplo de livro Razão:

Razão Analítico
XPTO Comércio Ltda. Data:

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CNPJ: 01.342.575/0001-87 Período:
Conta: Bancos Cta. Movimento - Bradesco S/A
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
01.01.200 Saldo Inicial 1.000,00
8 D
02.01.200 Depósito 500,00 1.500,00
8 D
02.01.2008 Cheque nº 050070 200,00 1.300,00 D
Totais 500,00 200,00 1.300,00
D

Vejam que é possível, perfeitamente, saber, em qualquer data, o saldo das


contas de resultado e patrimoniais.

c) Item incorreto.

Existe uma série de livros que são exigidos pela Receita Federal para os
contribuintes que apurem Imposto de Renda pelo Lucro Real. Bastava que o
candidato soubesse que o Livro Razão é obrigatório, para a apuração com
base em lucro real, que já se acertaria a questão.

Entretanto, saibam que o contribuinte do Imposto de Renda sob Lucro Real


deve manter, entre outros, basicamente os seguintes livros:

1) Registro de Inventário;
2) Registro de Compras;
3) Apuração de Lucro Real – LALUR.

d) Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente


estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos
inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a elaboração das
demonstrações contábeis.

A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já


que os usuários de informações podem necessitar detalhamentos específicos,
que um modelo de Plano de Contas geral pode não compreender.

e) O item está incorreto.

Segundo a Lei 6.404/76, a Entidade deve manter um sistema de escrituração


uniforme dos seus atos e fatos administrativos. Esse sistema pode ser feito
através de processo manual, mecanizado ou eletrônico (Resolução do CFC
1.330/2011).

Gabarito  B.

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2. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2007) A devolução pelo banco de uma
duplicata descontada, cujo pagamento não foi honrado pelo devedor, deve ser
contabilizada na escrituração da empresa emitente a débito da conta

(A) Bancos Conta Movimento.


(B) Duplicatas a Receber.
(C) Duplicatas a Pagar.
(D) Duplicatas Descontadas.
(E) Perdas de créditos.

Comentários

Essa é uma questão que deve ser atualizada. Expliquemos!

Os valores das duplicatas descontados eram registradas em conta redutora do


ativo circulante logo após a conta “duplicatas a receber”. Esta conta recebia o
nome de “duplicatas descontadas”, tendo saldo credor.

O tratamento era o seguinte:

a) era creditada, pelo valor dos títulos, no momento em que era efetuada a
operação de desconto e a instituição financeira faz o crédito em conta corrente
da empresa;
b) era debitada no momento da liquidação do título pelo devedor ou quando a
instituição financeira leva a débito em conta corrente da empresa por falta de
pagamento por parte do devedor.

Os encargos financeiros debitados pela instituição financeira eram


contabilizados como "encargos financeiros a transcorrer", já que se tratavam de
despesas antecipadas, sendo debitada por ocasião do desconto e creditadas no
momento em que a despesa era incorrida, observando-se o regime de
competência.

Contabilização:

1) Pelo registro do desconto creditado em conta:

D - Banco C/Movimento (Ativo Circulante)


C – Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante)

2) Pelo registro do débito bancário, relativo a juros e encargos sobre a


operação:

D – Encargos Financeiros a Transcorrer (Ativo Circulante)


C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)

3) Quando da liquidação da duplicata descontada pelo cliente:

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D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante)


C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)

Na hipótese do cliente não ter liquidado a duplicata e o banco debitar o


respectivo valor na conta da empresa, então o lançamento será:

D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante)


C - Banco C/Movimento (Ativo Circulante)

Assim, o gabarito da questão, é a letra d (débito em duplicatas descontadas e


créditos em duplicatas a receber). Façamos agora o comentário de atualização.

Com a aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade, o critério que


muito provavelmente vigerá (de acordo com o FIPECAFI – Manual de
Contabilidade Societária) no registro do desconto de duplicatas será o seguinte:

D - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)


D - Encargos Financeiros a Transcorrer (Retificadora do Passivo Circulante)
C - Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante)

Perceba-se: a conta duplicatas descontadas foi agora para o passivo exigível! A


conta encargos financeiros a transcorrer ficará retificando a conta duplicatas
descontadas. É como se fosse um empréstimo mesmo.

Conforme o período da competência, lançaremos os juros:

D - Despesa de Juros (Resultado)


C - Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo exigível)

Com o recebimento do cliente, o lançamento será:

D - Duplicatas Descontadas (Passivo exigível)


C - Duplicatas a Receber (Ativo circulante)

De qualquer forma, ainda não temos cobrança das bancas neste sentido.

O gabarito da nossa questão é a letra d.

Gabarito  D.

3. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2007) Uma pessoa jurídica aliena ações em


tesouraria, obtendo um resultado positivo. A contrapartida credora do
lançamento contábil respectivo será efetuada em conta de

(A) resultado não-operacional.


(B) resultado operacional.

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(C) ajustes de exercícios anteriores.
(D) patrimônio líquido.
(E) ágio na alienação de investimentos.

Comentários

A conta ações em tesouraria representa ações que a sociedade adquire dela


mesma.

Quando ela adquire as próprias ações lança:

D – Ações em tesouraria (redutora do PL)


C – Caixa.

Conforme essas ações sejam alienadas, poderemos apurar resultados positivos


ou negativos na alienação. Tais resultados não devem integrar o resultado da
empresa. Se tivermos lucro com a alienação de ações em tesouraria
registramos uma reserva de capital.

Exemplificando.

A empresa KLS vende ações em tesouraria, por R$ 10.000,00, cujo valor


contábil é de R$ 8.000,00.

O lançamento pela alienação será:

D – Bancos conta movimento (AC) 10.000,00


C – Ações em tesouraria (PL) 8.000,00
C – R. de capital – Lucro na venda de ações em tesouraria (PL) 2.000,00

Gabarito, portanto, letra D.

Gabarito  D.

4. (FCC/Analista Judiciário/TRF 4ª/2010) A Cia. Esplanada promoveu o


aumento de seu capital em R$ 160.000,00, sendo R$ 120.000,00 integralizados
em dinheiro e em bens e R$ 40.000,00 com incorporação de reservas de lucros.
Na mesma data adquiriu ações de sua própria emissão, no valor de R$
20.000,00, de acionistas dissidentes, pagas em dinheiro. O Patrimônio da
entidade, em virtude da escrituração desses fatos contábeis, sofreu alteração
de aumento do

(A) Ativo em 140.000,00.


(B) Patrimônio Líquido em 120.000,00.
(C) Ativo em 180.000,00.
(D) Patrimônio Líquido em 160.000,00.
(E) Patrimônio Líquido em 100.000,00.

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Comentários

Vamos lá! Os lançamentos são:

1) Aumento do capital social, sendo R$ 120.000,00 em dinheiro e R$


40.000,00 com reservas de lucros.

D – Caixa 120.000,00 (Ativo)


D – Reversão de reservas de lucros 40.000,00 (PL)
C – Capital social 160.000,00 (PL)

2) Aquisição de ações de sua própria emissão, no valor de R$


20.000,00.

D – Ações em tesouraria 20.000,00 (Retificadora do PL)


C – Caixa 20.000,00 (Ativo)

Lembramos que a aquisição de ações da própria empresa fica registrada no


Patrimônio Líquido, na conta “Ações em Tesouria” e possui saldo devedor. Ou
seja, é uma conta retificadora do PL.

Assim, tivemos:

Ativo: + 120.000,00 – 20.000,00 = + 100.000,00.


Patrimônio Líquido: - 40.000,00 + 160.000,00 – 20.000,00 = + 100.000,00.

Nosso gabarito, portanto, é letra E (PL aumentou em R$ 100.000,00).

Gabarito  E.

5. (FCC/AFRE/RO/2010) A Cia. Exatos, empresa de consultoria contábil


iniciou suas atividades em 01.12.x9, com um capital social de R$ 100.000,00,
sendo R$ 60.000,00 integralizados em dinheiro e R$ 40.000,00 a serem
integralizados no mês de janeiro. Durante o mês de dezembro de X9, ocorreram
os seguintes fatos contábeis:

Aquisição, a prazo, de material de consumo R$ 6.000,00


Pagamento de assinatura de jornal em 31/12/X9 R$ 1.000,00
Compra de equipamentos para pagamento em 35 dias sem juros R$ 40.000,00
Pagamento a fornecedores de material de consumo R$ 2.000,00
Recebimento de adiantamento de clientes por serviços contratados a serem
prestados em 40 dias R$ 36.000,00
Reconhecimento da despesa com salários e pró-labore para pagamento em
janeiro de X10 R$
48.000,00

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Aplicação financeira em 31/12/X9 R$ 20.000,00
Serviços prestados a clientes para recebimento em 60 dias R$ 85.000,00
Reconhecimento e pagamento de despesas gerais R$ 5.000,00
Obtenção de empréstimos bancários de longo prazo R$ 28.000,00
Compra à vista de um imóvel R$ 75.000,00

O valor total do Ativo da Cia. Exatos, em 31/12/X9 era, em reais,

(A) 220.000,00
(B) 248.000,00
(C) 269.000,00
(D) 288.000,00
(E) 296.000,00

Comentários

Na constituição da empresa

D – Caixa (+ Ativo) 60.000,00


D – Capital social a integralizar (- PL) 40.000,00
C – Capital Social (+ PL) 100.000,00

Aquisição, a prazo, de material de consumo R$ 6.000,00

D – Estoque de material de consumo (+ Ativo) 6.000,00


C – Fornecedores (+ PC) 6.000,00

Pagamento de assinatura de jornal em 31/12/X9 R$ 1.000,00

D – Despesas antecipadas (+ Ativo) 1.000,00


C – Caixa (- Ativo) 1.000,00

Compra de equipamentos para pagamento em 35 dias sem juros R$


40.000,00

D – Equipamentos (+ Ativo) 40.000,00


C – Financiamentos a pagar (+ Passivo) 40.000,00

Pagamento a fornecedores de material de consumo R$ 2.000,00

D – Fornecedores (- Passivo) 2.000,00


C – Caixa (- Ativo) 2.000,00

Recebimento de adiantamento de clientes por serviços contratados a


serem prestados em 40 dias - R$
36.000,00

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D – Caixa (+ Ativo) 36.000,00
C – Adiantamento de clientes (+ Passivo) 36.000,00

Reconhecimento da despesa com salários e pró-labore para pagamento


em janeiro de X10 R$
48.000,00

D – Despesas com salários (Resultado) 48.000,00


C – Salários a pagar (Passivo) 48.000,00

Aplicação financeira em 31/12/X9 R$ 20.000,00

D – Aplicações financeiras (+ Ativo) 20.000,00


C – Caixa (- Ativo) 20.000,00

Serviços prestados a clientes para recebimento em 60 dias R$


85.000,00

D – Clientes (+ Ativo) 85.000,00


C – Receita de serviços (Resultado) 85.000,00

Reconhecimento e pagamento de despesas gerais R$ 5.000,00

D – Despesas (Resultado) 5.000,00


C – Caixa (- Ativo) 5.000,00

Obtenção de empréstimos bancários de longo prazo R$ 28.000,00

D – Bancos (+ Ativo) 28.000,00


C – Empréstimos a pagar (PNC) 28.000,00

Compra à vista de um imóvel R$ 75.000,00

D – Imóvel (+ Ativo) 75.000,00


C – Caixa (- Ativo) 75.000,00

Agora, resta somar o que tem relação com o ativo: 60.000 + 6.000 + 1.000 –
1.000 + 40.000 – 2.000 + 36.000 + 20.000 – 20.000 + 85.000 – 5.000 +
28.000 + 75.000 – 75.000 = R$ 248.000,00.

Gabarito  B.

6. (FCC/Analista Judiciário/TRT 16/2009) Ocorre aumento de Patrimônio


Líquido:

(A) recebimento de duplicatas a receber, com juros.


(B) pagamento de obrigações em dinheiro.

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(C) compra à vista de móveis e utensílios.
(D) compra de mercadorias a prazo.
(E) recebimento de duplicadas a receber.

Comentários:

Análise das alternativas:

A) Alternativa CORRETA. Contabilização:

D – Caixa ou bancos
C – Receitas Financeiras – Juros ativos
C – Duplicatas a Receber

Portanto, nessa hipótese, ocorre aumento do PL.

B) Alternativa INCORRETA.

Contabilização:

D – Obrigações a pagar (Passivo)


C – Caixa ou Banco (Ativo)

Não afeta o PL

C) Alternativa INCORRETA. Contabilização :

D – Imobilizado – Móveis e Utensílios (Ativo)


C – Caixa ou Banco (Ativo)

Não afeta o PL

D) Alternativa INCORRETA. Contabilização:

D – Mercadoria (Ativo)
C – Fornecedores (Passivo)

Não afeta o PL

E) Alternativa INCORRETA.

Contabilização:

D – Caixa ou Bancos (Ativo)


C – Duplicatas a Receber (Ativo)

Não afeta o PL

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Gabarito  A

7. (FCC/ALESP/2011) O valor estabelecido como representativo da parcela


de participação do sócio na empresa, mas ainda não entregue em dinheiro, é
evidenciado na conta

(A) Capital Social.


(B) Capital Social Autorizado.
(C) Capital Social Vinculado.
(D) Capital Social a Integralizar.
(E) Capital Social a Reduzir.

Comentários

O capital social é o grupo do PL composto pelas ações subscritas na constituição


da sociedade ou com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital
social a realizar. A lei das S.A´s dispõe que:

AArt.
Lei 182. A conta
das S.A´s do capital
prescreve quesocial discriminará mínima
a integralização o montante
é de subscrito e,
10% do capital
por dedução,
social. a parcela
As ações podemainda
sernão realizada. em dinheiro ou quaisquer bens
subscritas
suscetíveis de avaliação em dinheiro.

Exemplo. Se a empresa X fosse constituída com um capital social de R$


100.000,00, totalmente integralizado, o lançamento seria:

D – Caixa 100.000,00 (Ativo)


C – Capital Social 100.000,00 (PL)

Todavia, caso apenas metade deste valor fosse integralizado, o lançamento, no


momento da constituição da sociedade seria:

D – Caixa 50.000,00 (Ativo)


D – Capital Social a Realizar (- PL) 50.000,00
C – Capital Social (PL) 100.000,00

Com a integralização posterior do restante do capital, o lançamento correto será


o seguinte:

D – Caixa 50.000,00 (Ativo)


C – Capital Social a Realizar 50.000,00 (PL)

Gabarito  D.

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8. (FCC/ALESP/2011) No registro de uma venda de produtos, no valor de R$


1 milhão, em que 60% do total serão efetivamente pagos pelo cliente em 60
dias, observa-se

(A) aumento líquido de R$ 400 mil no total do ativo.


(B) reconhecimento de uma receita no valor de R$ 400 mil.
(C) crédito em conta do ativo no valor de R$ 600 mil.
(D) aumento da situação líquida da entidade no valor de R$ 1 milhão.
(E) diminuição de passivo no valor de R$ 1 milhão.

Comentários

O registro, na venda, no momento da entrega da mercadoria, é o seguinte:

D – Clientes R$ 1.000.000,00
C – Receita de vendas R$ 1.000.000,00

Este é o registro da venda. Não importa, dentro do mesmo grupo, se uma parte
será paga amanhã ou daqui a 100 dias. Se for ativo circulante, será classificada
toda a venda como Clientes de CP. Se for ativo não circulante, será classificada
toda a venda como Clientes de LP.

Vejam que tivemos dois efeitos com o registro desta venda:

1) Aumento do ativo no montante de R$ 1 milhão;


2) Reconhecimento da receita de venda no montante de R$ 1 milhão.

As contas de resultado pertencem ao PL. São demonstradas como um grupo à


parte, na DRE, mas fazem parte do PL.

Por isso, o gabarito dado pela banca para esta questão foi a letra D.

Ressaltamos que, na venda de produtos, deveríamos dar baixa do estoque,


através do seguinte lançamento:
D – Custo dos Produtos Vendidos (Resultado)
C – Estoque de produtos acabados (Ativo)

Se considerarmos este lançamento, a situação líquida iria aumentar menos que


$ 1 milhão. Entretanto, nessa questão, a FCC só levou em conta o lançamento
de reconhecimento da receita.

Gabarito  D.

9. (FCC/ALESP/2011) São de natureza credora as contas de

(A) adiantamento de clientes, veículos e de imposto a recuperar.

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(B) impostos a recolher, depreciação acumulada e adiantamento de clientes.
(C) equipamentos, adiantamentos a fornecedores e depreciação acumulada.
(D) adiantamento a empregados, empréstimos obtidos e imposto a recuperar.
(E) depósito compulsório, receitas a apropriar e receitas antecipadas.

Comentários

(A) adiantamento de clientes, veículos e de imposto a recuperar.

Incorreto. Adiantamento de clientes = credor/passivo; veículos =


devedor/ativo; impostos a recuperar = devedor/ativo.

(B) impostos a recolher, depreciação acumulada e adiantamento de


clientes.

Correto. Impostos a recolher = credor/passivo; depreciação acumulada =


credor/retificadora do ativo; adiantamento de clientes = credor/passivo.

(C) equipamentos, adiantamentos a fornecedores e depreciação


acumulada.

Incorreto. Equipamentos = devedor/ativo; adiantamento a fornecedores =


devedor/ativo; depreciação acumulada = credor/retificadora do ativo.

(D) adiantamento a empregados, empréstimos obtidos e imposto a


recuperar.

Incorreto. Adiantamento a empregado = devedor/ativo; empréstimos obtidos


= credor/passivo; impostos a recuperar = devedor/ativo.

(E) depósito compulsório, receitas a apropriar e receitas antecipadas.

Incorreto. Depósito compulsório = devedor/ativo; receitas a apropriar =


credor/passivo não circulante – receitas diferidas; receitas antecipadas =
credor/passivo.

Gabarito  B.

10. (FCC/Analista Judiciário/TRT 3ª/2009) A empresa Falida S.A. obteve


um empréstimo no valor de R$ 150.000,00 no Banco Sem Fundo S.A., no dia
30/11/08, com vencimento em quatro meses e com taxa de juros pré-fixada de
4% a.m. (juros simples). No dia da contratação do empréstimo, a empresa
debitou a conta Bancos no valor de

(A) R$ 150.000,00, debitou a conta Despesas de Juros no valor de R$


24.000,00 e creditou a conta Empréstimos R$ 174.000,00.
(B) R$ 150.000,00 e creditou a conta Empréstimos R$ 150.000,00.

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(C) R$ 150.000,00, debitou a conta Despesas de Juros no valor de R$ 6.000,00
e creditou a conta Empréstimos R$ 156.000,00.
(D) R$ 174.000,00, creditou a conta Juros a Transcorrer (Ativo) no valor de R$
24.000,00 e creditou a conta Empréstimos R$ 150.000,00.
(E) R$ 150.000,00, debitou a conta Juros a Transcorrer (Passivo) no valor de
R$ 24.000,00 e creditou a conta Empréstimos R$ 174.000,00.

COMENTÁRIOS:

Vamos calcular os juros: 4% x 4 meses = 16% (note que a questão menciona


juros simples).

Empréstimo 150.000 x juros 16 % = 24.000

A despesa de juros deve ser reconhecida por competência, à razão de 4 % ao


mês. Assim, a contabilização no dia da contratação é a seguinte:

D – Banco (AC) 150.0000


D – Juros a Transcorrer (PC) 24.000
C – Empréstimos (PC) 174.000

A conta Juros a transcorrer fica no Passivo, retificando o valor da conta


Empréstimos. Após o primeiros mês, a empresa efetuará a seguinte
contabilização:

D – Despesa de Juros (resultado) 6.000


C - Juros a Transcorrer (PC) 6.000

A assim mês a mês, até zerar a conta Juros a Transcorrer.

Gabarito  E.

11. (FCC/Nossa Caixa/2011) Em uma sociedade por ações, no final do


exercício, o lançamento que representa o reconhecimento do passivo referente
ao dividendo obrigatório mínimo é:

(A) D Dividendos a Pagar


C Lucros Acumulados
(B) D Despesa com Dividendos
C Dividendos a Pagar
(C) D Capital
C Dividendos a Pagar
(D) D Lucros Acumulados
C Dividendos a Pagar
(E) D Lucros Acumulados
C Reserva de Lucros

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Comentários

Os dividendos mínimos obrigatórios representam a parcela dos lucros da


sociedade que é devida aos sócios.

Por exemplo, se a sociedade X auferiu um lucro de R$ 10.000,00 no exercício


de 2011 e tem dividendos a pagar de 50% sobre esse valor, deverá fazer o
seguinte lançamento para destinação deste dividendo:

D – Lucros acumulados (conta provisória, de onda é destinado o lucro)


5.000.
C – Dividendos a pagar
5.000.

Conforme a Lei 6404/76, os acionistas têm direito de receber como dividendo


obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou,
se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes
normas:

Dividendos obrigatórios = 50% x (Lucro líquido – reserva legal –


reservas para contingências + reversão das reservas de contingências –
reservas de incentivos fiscais [facultativamente] – reserva de prêmio
na emissão de debêntures [facultativamente]).

Se o Estatuto for omisso e a empresa resolver fixar um percentual


posteriormente, este não poderá ser inferior a 25% do lucro líquido ajustado.

Para gravar:

DIVIDENDOS:

1) O que conta no Estatuto Social.


2) Se o Estatuto for omisso, deve ser no mínimo 50% do lucro ajustado
3) Se o Estatuto for omisso e a empresa quiser fixar um percentual, deve ser
no mínimo de 25% do lucro ajustado.

O gabarito da nossa questão, portanto, é a letra D.

Gabarito  D.

12. (FCC/DP/SP/2009) Uma empresa efetua a quitação antecipada, de uma


fatura relativa ao fornecimento de suprimentos, no valor de R$ 20.000,00
obtendo um desconto de 10%. No registro dessa operação a empresa

(A) registra um débito em conta de ativo no valor de R$ 20.000.


(B) contabiliza um débito de R$ 18.000 em conta do passivo.
(C) lança o valor do desconto como despesas comerciais.

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(D) efetua um crédito de R$ 20.000 em conta de passivo.
(E) reconhece uma receita pelo valor do desconto obtido.

COMENTÁRIOS:

A contabilização do pagamento deve ser registrada da seguinte forma:

D – Fornecedores (Passivo Circulante) 20.000


C – Receita Financeira (descontos obtidos) 2.000
C – Caixa ou Bancos (Ativo Circulante) 18.000

Análise das alternativas:

A) Alternativa Incorreta. Há um crédito em conta de ativo, no valor de 18.000


B) Alternativa Incorreta. O valor do débito em conta de passivo é de 20.000
C) Alternativa Incorreta. O valor do desconto obtido é lançado como Receita
Financeira.
D) Alternativa Incorreta. A conta de Passivo é debitada em 20.000, e não
creditada.
E) Alternativa CORRETA. Os descontos financeiros obtidos são contabilizados
como Receita Financeira.

Gabarito  E.

13. (FCC/DP/SP/2009) O registro da venda à vista de um estoque provoca

(A) um aumento do passivo circulante.


(B) a diminuição do patrimônio líquido.
(C) um crédito em conta de ativo.
(D) uma diminuição de um passivo circulante.
(E) alteração na situação líquida da empresa.

Comentários

Exemplo: Venda à vista de um estoque registrado por R$ 1.000,00 ao preço de


R$ 1.500,00

Pela venda do estoque, lançamos:

D – Caixa 1.500
C – Receita de vendas 1.500

Pela baixa da mercadoria, lançamos:

D – Custo da mercadorias vendida 1.000


C – Estoque 1.000

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Analisemos as assertivas.

(A) um aumento do passivo circulante.

Incorreto. A venda à vista não tem efeitos sobre o passivo circulante.

(B) a diminuição do patrimônio líquido.

Incorreto. O PL é aumentado com a apuração do lucro na venda e a


conseqüente transferência do resultado para o balanço.

(C) um crédito em conta de ativo.


Incorreto. Esta questão contém uma pegadinha. Vejam que ele está pedindo
que trabalhemos com o registro da venda. Não falou a questão sobre a baixa do
estoque. Devemos levar em consideração tão somente o lançamento:

D – Caixa 1.500
C – Receita de vendas 1.500

Assim, não há, neste lançamento, crédito em conta de ativo. Se levássemos


ambos os lançamentos em consideração, aí sim teríamos crédito em conta do
ativo.

(D) uma diminuição de um passivo circulante.

Incorreto. Não há alteração do passivo neste registro.

(E) alteração na situação líquida da empresa.

Correto. O resultado do exercício aumenta com a venda de mercadorias acima


do preço de custo. Este resultado, como sabido, é transferido para o capital
próprio. Assim, o registro de uma venda à vista altera sim a situação líquida da
empresa.

Repare que, nessa questão, a FCC também não considerou a baixa do estoque
e a contabilização do Custo da Mercadoria Vendida.

Gabarito  E.

14. (FCC/Analista Judiciário/TRT/AL/2010) O reconhecimento de um


imposto retido do funcionário em folha de pagamento deve

(A) ser creditado no passivo para efetuar o recolhimento da obrigação do


empregado.
(B) ser debitado no ativo para reconhecer o direito do funcionário contra a
empresa.

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(C) ser creditado em conta de resultado para evidenciar a recuperação dos
valores dos empregados.
(D) controlar extra contabilidade por não ser obrigação da empresa.
(E) ser reconhecido como despesa no resultado da empresa

Comentário:

Vamos demonstrar os lançamentos envolvidos na operação acima:

1) Contabilização da despesa com salários:

D – Despesa com salários (Resultado)


C – Salários a pagar (Passivo)

2) Contabilização da retenção do imposto:

D – Salários a pagar (Passivo)


C – Imposto a Recolher (Passivo)

É importante ressaltar que o contribuinte do imposto retido é o funcionário. A


empresa apenas retém e repassa o imposto.

Gabarito  A.

15. (FCC/Analista Judiciário/TRT/AL/2010) Uma empresa adquire uma


máquina no valor de R$ 10 milhões, pagando à vista uma entrada de 10% e
financiando o restante em 4 anos, com juros mensais de 2%, pagos
mensalmente e, amortizável em 8 prestações semestrais.

Na ocasião do registro dessa operação ocorre no patrimônio da empresa um


aumento, em reais, de

(A) 10.000.000 no ativo total.


(B) 10.000.000 nas obrigações.
(C) 9.800.000 no ativo permanente.
(D) 9.200.000 em conta do passivo.
(E) 9.000.000 no total do ativo.

Comentário:

A contabilização, por ocasião do registro da operação, é a seguinte:

D – Ativo Imobilizado – Máquinas (Ativo) 10.000.000


C – Caixa ou bancos (Ativo) 1.000.000
C – Financiamentos a Pagar (Passivo) 9.000.000

Portanto, houve um aumento no total do ativo no valor de R$ 9.000.000.

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Gabarito  E.

16. (FCC/INFRAERO/2009) A quitação de um passivo circulante com


incidência de juros de mora e multa é um evento que

A) não afeta a situação líquida.


B) permuta valores na situação líquida.
C) afeta negativamente a situação líquida.
D) gera um lançamento de crédito na situação líquida.
E) altera positivamente a situação líquida.

Comentários

Vejamos esta questão por intermédio de um exemplo.

Compra de mercadoria por R$ 10.000,00, a prazo, quitada com atraso, sujeito


à juros de mora de 10% e multa também de 10%.

Pela compra:

D – Mercadorias 10.000,00
C – Fornecedores 10.000,00

Como a obrigação não foi adimplida à data certa, pagaremos 20% sobre o
principal, relativo a juros e multa.

Pelo pagamento, lançaremos:

D – Fornecedores 10.000,00
D – Despesa de juros 1.000,00
D – Despesa com multa 1.000,00
C – Caixa 12.000,00

Analisemos, portanto, as assertivas:

A) não afeta a situação líquida.

Incorreta, posto que a situação líquida diminui pelo registro das despesas.

B) permuta valores na situação líquida.

Incorreta, posto que a situação líquida diminui pelo registro das despesas.

C) afeta negativamente a situação líquida.

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Correto.

D) gera um lançamento de crédito na situação líquida.

Errado, com a transferência do prejuízo para o BP, o lançamento é a débito.

E) altera positivamente a situação líquida.

Incorreta, afeta negativamente.

Gabarito  C

17. (FCC/INFRAERO/2009) A classe das variações patrimoniais que somente


modifica a natureza dos componentes patrimoniais sem repercutirem no
montante do Patrimônio Líquido são denominadas

A) modificativas ou qualitativas.
B) relativas ou qualitativas.
C) permutativas ou modificativas.
D) qualitativa ou permutativas.
E) quantitativas ou relativas.

Comentários

Os fatos contábeis podem ser:

1) Fato Permutativo ou qualitativo: é uma compensação entre os elementos


do Ativo, Passivo Exigível ou Patrimônio Líquido, sem que haja aumento ou
diminuição do Patrimônio Líquido. Por exemplo, a compra a prazo de um ativo
imobilizado aumenta o Ativo e também o Passivo, mas não altera o patrimônio
líquido.

2) Fato Modificativo: neste caso, ocorre modificação no Patrimônio Líquido,


aumentando (fato modificativo aumentativo) ou diminuindo (fato modificativo
diminutivo). Por exemplo, o pagamento de despesa de aluguel é fato
modificativo diminutivo.

3) Fato Misto ou Composto: ocorre quando o fato é ao mesmo tempo


permutativo e modificativo. Por exemplo, o pagamento de duplicatas com juros
é um fato Misto Diminutivo.

Portanto, as variações patrimoniais que somente modifica a natureza dos


componentes patrimoniais sem repercutirem no montante do Patrimônio Líquido
são denominadas Qualitativas ou Permutativas.

Gabarito  D

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18. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2007/Adaptada) É uma conta redutora do
Ativo Não Circulante (exceto o realizável a longo prazo) a provisão

(A) para créditos de liquidação duvidosa.


(B) de ajuste de bens ao valor de mercado.
(C) para perdas prováveis na alienação de investimentos.
(D) para férias.
(E) para contingências.

Comentários

Vejamos as assertivas, uma a uma.

(A) para créditos de liquidação duvidosa.

O item a está incorreto. A PCLD reduz a conta clientes de curto prazo (ativo
circulante) ou do realizável a longo prazo.

(B) de ajuste de bens ao valor de mercado.

A letra b está incorreta. A conta estoques figura no ativo circulante. Os


estoques devem ser avaliados (de acordo com o CPC 16) pelo custo ou pelo
valor realizável líquido, dos dois o menor. Se o valor de alienação for menor do
que o custo, fazemos uma provisão para ajuste ao valor de mercado.

(C) para perdas prováveis na alienação de investimentos.

Este é o nosso gabarito. Os investimentos que não sejam em coligadas ou


controladas são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para
perdas prováveis.

(D) para férias.

A provisão para férias é conta que integra o passivo, sendo considerada uma
obrigação da empresa.
(E) para contingências.

O mesmo comentário da assertiva anterior vale para a letra e. A provisão para


contingências integra o passivo, sendo considerada uma obrigação que
provavelmente gerará desembolso para a empresa.

Gabarito  C.

19. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade /TRE AL/2010) Uma empresa


adquire uma máquina no valor de R$ 10 milhões, pagando à vista uma entrada
de 10% e financiando o restante em 4 anos, com juros mensais de 2% pagos
mensalmente e, amortizável em 8 prestações semestrais. Na ocasião do

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registro dessa operação ocorre no patrimônio da empresa um aumento, em
reais, de:

a) 9.000.000 no total do ativo.


b) 9.200.000 em conta do passivo.
c) 9.800.000 no ativo permanente
d) 10.000.000 nas obrigações
e) 10.000.000 no ativo total.

Comentários

Na aquisição, registramos:

Máquina 10.000.000 Caixa Finan. a Pagar


1.000.000 9.000.000

Os juros serão reconhecidos quando de sua ocorrência, em homenagem ao


princípio da competência. Desta forma, houve aumento de 9.000.000 no ativo
(aumento de 10 milhões em máquinas e diminuição de 1 milhão pela saída no
caixa).

Gabarito  Letra A.

20. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/MPU) Uma companhia


comercial adquiriu mercadorias no valor de R$ 1.950, pagando 20% desse valor
à vista e aceitando uma duplicata pelo valor restante. Após essa transação, o
valor total dos ativos da sociedade.

a) Permaneceu inalterado
b) Aumentou em R$ 650
c) Aumentou em R$ 1.560
d) Aumento em R$ 1.950
e) Diminuiu em R$ 390.

Comentários

O aumento será de 1950 – 20%.1950 = R$ 1.560.

A contabilização é a seguinte:

D – Estoque (Ativo) 1.950


C – Caixa (Ativo) 390
C – Fornecedores (Passivo) 1.560

Gabarito  C.

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21. (FCC/Analista Legislativo/Contador/2007) O reconhecimento da
despesa de salários ao final do período, ainda que o seu efetivo pagamento
ocorra somente no mês seguinte, é um fato

(A) econômico.
(B) compensatório.
(C) permutativo.
(D) modificativo.
(E) financeiro.

Comentários

O que caracteriza um fato permutativo é que eles não alteram a riqueza


patrimonial, ou seja, não envolvem receitas ou despesas. Receitas e despesas
darão origem ao lucro e serão os responsáveis pela alteração da situação
líquida patrimonial. Portanto, fato permutativo é aquele que envolve
exclusivamente contas patrimoniais. Não é o caso da questão!

Os FATOS MODIFICATIVOS são aqueles que alteram a riqueza patrimonial,


porque envolvem receitas e despesas ou custos juntamente com os elementos
patrimoniais, dando origem ou influenciando a geração de lucro ou prejuízo.

O fato modificativo altera positivamente a situação líquida do patrimônio pela


adição das RECEITAS ou provoca a diminuição desse mesmo patrimônio pelo
consumo ou utilização de bens na atividade, denominado DESPESAS.

Os FATOS MISTOS ou COMPOSTOS combinam a permuta de valores dos


ELEMENTOS PATRIMONIAIS com a modificação da riqueza patrimonial
provocada pelos elementos do resultado, RECEITAS E DESPESAS.

Na questão, o lançamento é o que se segue:

D – Despesa de Salários
C – Salários a Pagar

O lançamento é, portanto, modificativo.

Gabarito: Letra D

22. (FCC/ICMS SP/2009) A empresa Aquisições S.A. comprou 100 ônibus à


vista, para substituição de sua frota. Esse evento contábil representa um fato

(A) permutativo entre elementos do Passivo.


(B) modificativo entre elementos do Ativo e do Passivo.
(C) permutativo entre elementos do Ativo.
(D) modificativo no Passivo Não-Circulante.
(E) misto diminutivo no Ativo e no Passivo.

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Comentários:

Os fatos administrativos são classificados em:

1) Fatos Permutativos: São aqueles que não alteram o valor do patrimônio


líquido, constituindo apenas permutações entre elementos patrimoniais.
2) Fatos Modificativos: São os que alteram o valor do patrimônio líquido.
Dividem-se em:
2.1) Fatos Modificativos Aumentativos : Aumentam o valor do PL
2.1) Fatos Modificativos Diminutivos : Diminuem o valor do PL
3) Fatos Mistos ou Compostos: Pode ser :
3.1) Fatos mistos Diminutivos : São simultaneamente permutativos e
modificativos diminutivos.
3.2) Fatos Mistos Aumentativos: São simultaneamente permutativos e
modificativos aumentativos.

Vamos examinar a contabilização da compra de ônibus à vista:

D – Imobilizado (AÑP)
C – Caixa ou Bancos (AC)

Portanto, trata-se de um fato Permutativo, pois não afetou o PL. Afetou apenas
elementos do Ativo.

Gabarito  C.

23. (FGV/Auditor Substituto de Conselheiro/TCM/RJ/2008) A Cia. JMAP


vende o produto PAMJ. A empresa apresenta o seguinte Balanço em 31.08.X8:

Informações adicionais:

i) o Estoque é constituído por 1.000 unidades adquiridas por R$ 25,00 cada. A


empresa adota o CMPM (Custo médio ponderado móvel) – controle
permanente;

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ii) os Móveis e Utensílios são depreciados à taxa de 12% ao ano.

A empresa efetuou as seguintes operações no mês de setembro de X8:

Considerando somente os dados do enunciado, quando da apropriação da


despesa de seguro relativa ao mês de setembro/X8, assinale o lançamento
contábil adequado.

(A) D- Despesas Antecipadas – seguro (AC 6.000,00


C- Disponibilidades (AC) 6.000,00
(B) D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00
C- Disponibilidades (AC) 500,00
(C) D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00
C- Seguros a Pagar (PC) 500,00
(D) D- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 500,00
C- Disponibilidades (AC) 500,00
(E) D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00
C- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 500,00

Comentários

Quando do pagamento do seguro anual, o lançamento foi o seguinte:

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D – Despesa Antecipada – seguro (AC) 6.000,00
C – Caixa/ bancos (AC) 6.000,00

Mensalmente, ocorre a apropriação da despesa por competência:

D - Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00


C- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 500,00

Até zerar a conta Despesa Antecipada, transferindo todo o seu valor para
despesa.

Gabarito  E.

24. (FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/RJ/2009) O


contador da Cia. Quartzo Rosa incorreu em um erro no reconhecimento da
apropriação da receita de juros sobre o investimento em debêntures, deixando
de contabilizar a receita de juros no ano corrente.

Antes que qualquer ajuste seja efetuado, esse erro gera o seguinte efeito no
patrimônio da empresa:

(A) subavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.


(B) subavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.
(C) superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.
(D) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.
(E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do patrimônio líquido.

Comentários

O investimento em debêntures é classificado no ativo não-circulante (em


regra), o lucro do exercício e, consequentemente, o patrimônio líquido da
empresa também deveriam ser maior do que consta no balanço. Em suma, está
tudo subavaliado.

Gabarito  A.

25. (FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/RJ/2010) No


momento da elaboração das demonstrações contábeis, o profissional de
contabilidade responsável deverá definir a estrutura do balanço patrimonial,
considerando a normatização contábil. Esse procedimento tem como objetivo
principal:

(A) aprimorar a capacidade informativa para os usuários das demonstrações


contábeis.
(B) atender às determinações das autoridades tributárias.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 71 de


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(C) seguir as cláusulas previstas nos contratos de financiamento com os
bancos.
(D) acompanhar as características aplicadas no setor econômico de atuação da
empresa.
(E) manter a consistência com os exercícios anteriores.

Comentários

Versa a presente questão sobre os objetivos das demonstrações contábeis. Tal


disposição encontra-se no CPC 26 – Apresentação das Demonstrações
Contábeis. É bem verdade que bastaria o candidato ter bom senso que acertaria
facilmente a questão. Contudo, apresentemos a fundamentação teórica para o
caso. Vejamos.

O Pronunciamento do CPC prescreve o seguinte:

7. (...) já
Assim, Demonstrações
fica claro quecontábeis de propósito
o principal objetivo geral (referidas simplesmente
da contabilidade é fornecer
como demonstrações
informações contábeis)
a seus usuários, são aquelas contábeis
nas demonstrações cujo propósito
como um reside no
todo. Não
atendimento
seria diferente comdas onecessidades informacionais
Balanço Patrimonial. de usuários
Mais especificamente externos
ainda dispôs o
que
CPC: não se encontram em condições de requerer relatórios especificamente
planejados para atender às suas necessidades peculiares.
Finalidade das demonstrações contábeis

9. As demonstrações
Gabarito  A. contábeis são uma representação estruturada da posição
patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das
demonstrações
26. (FGV/Analistacontábeis é o de
de Controle proporcionar informação
Interno/SEFAZ/RJ/2011) acerca da
A respeito do
posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos
Comitê de Pronunciamentos Contábeis, NÃO é correto afirmar quefluxos de caixa
da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas
avaliações
a) e tomada
as normas emitidas pelo de decisões
CPC devem econômicas.
ser aplicadas As demonstrações
nos balanços individuais e
contábeis também objetivam apresentar os resultados da atuação
consolidados das empresas, diferente do que acontece na União Europeia. da
administração na gestão da entidade e sua capacitação na prestação de
contas quanto aos recursos que lhe foram confiados.

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b) o CPC determina que as normas emitidas por ele devem ser aplicadas nas
sociedades abertas, bancos e seguradoras.
c) as modificações introduzidas pelas normas emitidas pelo CPC devem ser
fiscalmente neutras.
d) o CPC fornece tratamento diferenciado a pequenas e médias empresas.
e) o CPC é formado sob a égide de seis entidades não governamentais.

Comentários

Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o Comitê de Pronunciamentos


Contábeis tem como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de
Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação
de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela
entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu
processo de produção, levando sempre em conta a convergência da
Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais".

É atribuição do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - (CPC) estudar,


pesquisar, discutir, elaborar e deliberar sobre o conteúdo e a redação de
Pronunciamentos Técnicos.

O CPC é composto pelas seguintes entidades:

a - ABRASCA - Associação Brasileira das Companhias Abertas;


b - APIMEC NACIONAL - Associação dos Analistas e Profissionais de
Investimento do Mercado de Capitais;
c - BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros; (2)
d - CFC - Conselho Federal de Contabilidade;
e - IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;
f - FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e
Financeiras.

Foi criado em função das necessidades de:

- convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de


elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e
decisões, redução de custo de capital);
- centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas
entidades o fazem);
- representação e processo democráticos na produção dessas informações
(produtores da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia,
governo).

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis - (CPC) poderá emitir Orientações e


Interpretações, além dos Pronunciamentos Técnicos, sendo que todos poderão
ser consubstanciados em Norma Brasileira de Contabilidade pelo CFC e em atos

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normativos pelos órgãos reguladores brasileiros, visando dirimir dúvidas quanto
à implementação desses Pronunciamentos Técnicos.

Analisemos agora as assertivas.

a) as normas emitidas pelo CPC devem ser aplicadas nos balanços


individuais e consolidados das empresas, diferente do que acontece na
União Europeia.

O item está correto. O Brasil é um dos primeiros países que apresenta os


balanços individual e consolidado nos termos das normas internacionais. A
União Europeia começou a adotar os procedimentos do IFRS em 2005. Na UE,
apenas os balanços consolidados estão obrigados a se harmonizarem com as
normas de convergência.

b) o CPC determina que as normas emitidas por ele devem ser


aplicadas nas sociedades abertas, bancos e seguradoras.

O item está incorreto, sendo, pois, nosso gabarito. O Comitê de


Pronunciamentos Contábeis - (CPC) tem por objetivo o estudo, o preparo e a
emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e
a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de
normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e
uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a
convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais. Assim, o
CPC emitiu o CPC 01, por exemplo, que trata da redução ao valor recuperável
de ativos. O CFC emitiu, para seu âmbito de atuação, a Resolução 1.292/10. A
CVM emitiu, para as cias abertas, a Resolução n. 639/10. E assim por diante.

c) as modificações introduzidas pelas normas emitidas pelo CPC devem


ser fiscalmente neutras.

O item está correto, já que as normas do CPC não são suficientes para que
sejam criadas obrigações ou implicações tributárias.

d) o CPC fornece tratamento diferenciado a pequenas e médias


empresas.

O item está correto, tanto que o CPC emitiu, para as pequenas e médias
empresas um pronunciamento especial, chamado PRONUNCIAMENTO TÉCNICO
PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS (PME).

e) o CPC é formado sob a égide de seis entidades não governamentais.

O item está correto.

O CPC é composto pelas seguintes entidades:

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a - ABRASCA - Associação Brasileira das Companhias Abertas;


b - APIMEC NACIONAL - Associação dos Analistas e Profissionais de
Investimento do Mercado de Capitais;
c - BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros; (2)
d - CFC - Conselho Federal de Contabilidade;
e - IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;
f - FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e
Financeiras.

Gabarito  B.

27. (FGV/Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/2011) Uma agência de


turismo vende em agosto dez pacotes para uma viagem, que acontecerá entre
20 a 30 de dezembro, a R$ 6.000 cada. O valor será pago em 3 parcelas de
igual montante, em 10 de setembro, 10 de outubro e 10 de novembro.

Como será contabilizada a receita dessa agência de turismo em relação aos


pacotes vendidos?

a) Receita de R$ 60.000 no mês de agosto.


b) Receita de R$ 60.000 no mês de novembro.
c) Receita de R$ 60.000 no mês de janeiro.
d) Receita de R$ 60.000 no mês de dezembro.
e) Receita de R$ 20.000 nos meses de setembro, outubro e novembro.

Comentários

A receita, segundo o regime de competência, deve ser registrada conforme


ocorra os fatos geradores respectivos. Assim, como os dez pacotes serão
utilizados em dezembro, a receita será incorrida neste mês.

Devemos reconhecer, pois, R$ 60.000,00 de receitas em dezembro.

Gabarito  D.

28. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2013) A Cia. Financiadora


S.A. efetuou um desconto de duplicatas no valor de R$ 100.000,00, à taxa de
juros simples de 2% ao mês.

Como as duplicatas venciam em 90 dias, a instituição financeira cobrou R$


6.000,00 de juros, antecipadamente. O registro dessa operação no Balanço
Patrimonial da Cia. Financiadora S.A. representa um fato:

(A) modificativo diminutivo do Ativo.

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(B) permutativo entre elementos do Ativo.
(C) modificativo entre elementos do Ativo.
(D) permutativo no Ativo e modificativo diminutivo do Ativo e do Passivo.
(E) modificativo aumentativo do Ativo e do Passivo.

Comentários

Inicialmente, a banca considerou o gabarito preliminar a letra e. Todavia, de


acordo com as normas contábeis hoje vigentes, a operação de desconto de
duplicatas é feito da seguinte maneira:

D – Bancos (ativo) 94.000


D – Encargos financeiros a transcorrer (ret. de passivo) 6.000
C – Duplicatas descontadas (passivo) 100.000

Vê-se que não há fato modificativo. O fato modificativo é aquele que tem o
condão de alterar o patrimônio líquido.

O lançamento em epígrafe é permutativo entre elementos do ativo e do


passivo.

Conclui-se, portanto, que não há alternativa correta.

A FCC sabidamente promoveu a anulação da questão.

Gabarito definitivo  Anulado.

29. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2013) As notas explicativas


devem

I. Indicar os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais.


II. Indicar os investimentos em outras sociedades, mesmo que irrelevantes.
III. Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada.

Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

Comentários

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Os atos contábeis são acontecimentos que ocorrem na entidade e não
provocam alterações do patrimônio, tais como admissão de empregados,
assinatura de um contrato de compra, venda, o aval de um título de crédito,
uma fiança prestada em favor de terceiros.

Os atos relevantes que façam parte das atividades da empresa devem ser
apresentados em notas explicativas, como ordena a Lei 6.404/76:

Art. 176. (...) § 4º As demonstrações serão complementadas por notas


explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis
necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do
exercício.

Art. 176. (...) § 5o As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações


financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para
negócios e eventos significativos; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no
Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das
demonstrações financeiras; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma
apresentação adequada; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
IV – indicar: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,
especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão,
de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para
atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; (Incluído pela
Lei nº 11.941, de 2009)
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247,
parágrafo único); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações
(art. 182, § 3o ); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; (Incluído pela
Lei nº 11.941, de 2009)
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a
longo prazo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009)
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)

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i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que


tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os
resultados futuros da companhia. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Analisemos, assim, as assertivas:

I. Indicar os principais critérios de avaliação dos elementos


patrimoniais.

Item correto.

II. Indicar os investimentos em outras sociedades, mesmo que


irrelevantes.

Item incorreto, já que as notas explicativas só devem mencionar investimentos


relevantes.

III. Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias


demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma
apresentação adequada.

Item correto.

Gabarito, portanto, letra c.

Gabarito  C.

30. (FCC/Técnico em contabilidade/FHEMIG/2013) O registro da


aquisição de estoques de mercadorias no valor de R$ 50.000,00, sendo 60%
vencíveis no prazo de 90 dias e 40% à vista, compreende um lançamento
contábil que

(A) altera para mais o patrimônio líquido.


(B) diminui os ativos circulante e não circulante.
(C) apenas permuta valores entre ativos circulante e não circulante.
(D) aumenta o ativo circulante e o passivo circulante.
(E) modifica o patrimônio líquido e diminui o ativo circulante.

Comentários

O registro de estoque de mercadorias por R$ 50.000,00, sendo 60% são


vencíveis no prazo de 90 dias e 40% à vista, é feito do seguindo modo:

Débito – Mercadorias (ativo circulante) 50.000,00


Crédito – Caixa (ativo circulante) 20.000,00
Crédito – Fornecedores (passivo circulante) 30.000,00

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Nota-se, pois que o ativo aumentará em R$ 30.000,00 (50 – 20), enquanto que
o passivo também terá um aumento nesta quantia.

Gabarito  D.

31. (FGV/Analista Contábil/MPE/MS/2013) A corrente de pensamento


contábil, que adota como teoria fundamental a personificação das contas, divide
o patrimônio

(A) em contas de resultado e contas patrimoniais.


(B) em contas integrais e contas diferenciais.
(C) em contas de proprietários e contas de agentes consignatários e
correspondentes.
(D) em contas integrais e contas patrimoniais.
(E) em contas de proprietários e contas de resultado.

Comentários

Segundo a teoria personalista, as contas são fictamente como pessoas. Temos


três tipos de pessoas: proprietários, correspondentes e agentes consignatários.
Representa a contabilidade sob uma visão mais jurídica.

A) PROPRIETÁRIOS: Os proprietários são os responsáveis pelas contas do


patrimônio líquido e pelas receitas e despesas da sociedade. Portanto, são
contas dos proprietários: capital social, receita de vendas, custo da mercadoria
vendida, ICMS sobre vendas, devoluções de vendas, receitas financeiras,
reserva legal.
B) CORRESPONDENTES: São as pessoas que representam as contas de
direitos (logo, ativo) e obrigações (logo, passivo). São as pessoas com quem a
entidade mantém esse tipo de relação jurídica, tal como clientes e
fornecedores.
C) CONSIGNATÁRIOS: São as pessoas a quem a entidade confia a guarda
bens (ativo). Por exemplo, caixa, veículos, terrenos.

Gabarito  C.

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (FCC/Analista Judiciário/TRT 18/2008) Em relação à escrituração


contábil, é correto afirmar:

(A) Os lançamentos no livro Diário devem ser efetuados diariamente, não se


admitindo exceções.
(B) A escrituração correta e tempestiva do livro Razão permite saber, em
qualquer data, o saldo das contas de resultado e patrimoniais.
(C) O único livro contábil considerado obrigatório pela Receita Federal do Brasil
para apuração da base de cálculo do imposto de renda é o livro Diário.
(D) No Brasil, existe um Plano de Contas padronizado que deve ser seguido por
todas as entidades com fins lucrativos.
(E) Segundo normas do Conselho Federal de Contabilidade, a escrituração
contábil somente pode ser efetuada em sistemas informatizados.

2. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2007) A devolução pelo banco de uma


duplicata descontada, cujo pagamento não foi honrado pelo devedor, deve ser
contabilizada na escrituração da empresa emitente a débito da conta

(A) Bancos Conta Movimento.


(B) Duplicatas a Receber.
(C) Duplicatas a Pagar.
(D) Duplicatas Descontadas.
(E) Perdas de créditos.

3. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2007) Uma pessoa jurídica aliena ações em


tesouraria, obtendo um resultado positivo. A contrapartida credora do
lançamento contábil respectivo será efetuada em conta de

(A) resultado não-operacional.


(B) resultado operacional.
(C) ajustes de exercícios anteriores.
(D) patrimônio líquido.
(E) ágio na alienação de investimentos.

4. (FCC/Analista Judiciário/TRF 4ª/2010) A Cia. Esplanada promoveu o


aumento de seu capital em R$ 160.000,00, sendo R$ 120.000,00 integralizados
em dinheiro e em bens e R$ 40.000,00 com incorporação de reservas de lucros.
Na mesma data adquiriu ações de sua própria emissão, no valor de R$
20.000,00, de acionistas dissidentes, pagas em dinheiro. O Patrimônio da
entidade, em virtude da escrituração desses fatos contábeis, sofreu alteração
de aumento do

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(A) Ativo em 140.000,00.
(B) Patrimônio Líquido em 120.000,00.
(C) Ativo em 180.000,00.
(D) Patrimônio Líquido em 160.000,00.
(E) Patrimônio Líquido em 100.000,00.

5. (FCC/AFRE/RO/2010) A Cia. Exatos, empresa de consultoria contábil


iniciou suas atividades em 01.12.x9, com um capital social de R$ 100.000,00,
sendo R$ 60.000,00 integralizados em dinheiro e R$ 40.000,00 a serem
integralizados no mês de janeiro. Durante o mês de dezembro de X9, ocorreram
os seguintes fatos contábeis:

Aquisição, a prazo, de material de consumo R$ 6.000,00


Pagamento de assinatura de jornal em 31/12/X9 R$ 1.000,00
Compra de equipamentos para pagamento em 35 dias sem juros R$ 40.000,00
Pagamento a fornecedores de material de consumo R$ 2.000,00
Recebimento de adiantamento de clientes por serviços contratados a serem
prestados em 40 dias R$ 36.000,00
Reconhecimento da despesa com salários e pró-labore para pagamento em
janeiro de X10 R$
48.000,00
Aplicação financeira em 31/12/X9 R$ 20.000,00
Serviços prestados a clientes para recebimento em 60 dias R$ 85.000,00
Reconhecimento e pagamento de despesas gerais R$ 5.000,00
Obtenção de empréstimos bancários de longo prazo R$ 28.000,00
Compra à vista de um imóvel R$ 75.000,00

O valor total do Ativo da Cia. Exatos, em 31/12/X9 era, em reais,

(A) 220.000,00
(B) 248.000,00
(C) 269.000,00
(D) 288.000,00
(E) 296.000,00

6. (FCC/Analista Judiciário/TRT 16/2009) Ocorre aumento de Patrimônio


Líquido:

(A) recebimento de duplicatas a receber, com juros.


(B) pagamento de obrigações em dinheiro.
(C) compra à vista de móveis e utensílios.
(D) compra de mercadorias a prazo.
(E) recebimento de duplicadas a receber.

7. (FCC/ALESP/2011) O valor estabelecido como representativo da parcela


de participação do sócio na empresa, mas ainda não entregue em dinheiro, é
evidenciado na conta

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(A) Capital Social.


(B) Capital Social Autorizado.
(C) Capital Social Vinculado.
(D) Capital Social a Integralizar.
(E) Capital Social a Reduzir.

8. (FCC/ALESP/2011) No registro de uma venda de produtos, no valor de R$


1 milhão, em que 60% do total serão efetivamente pagos pelo cliente em 60
dias, observa-se

(A) aumento líquido de R$ 400 mil no total do ativo.


(B) reconhecimento de uma receita no valor de R$ 400 mil.
(C) crédito em conta do ativo no valor de R$ 600 mil.
(D) aumento da situação líquida da entidade no valor de R$ 1 milhão.
(E) diminuição de passivo no valor de R$ 1 milhão.

9. (FCC/ALESP/2011) São de natureza credora as contas de

(A) adiantamento de clientes, veículos e de imposto a recuperar.


(B) impostos a recolher, depreciação acumulada e adiantamento de clientes.
(C) equipamentos, adiantamentos a fornecedores e depreciação acumulada.
(D) adiantamento a empregados, empréstimos obtidos e imposto a recuperar.
(E) depósito compulsório, receitas a apropriar e receitas antecipadas.

10. (FCC/Analista Judiciário/TRT 3ª/2009) A empresa Falida S.A. obteve


um empréstimo no valor de R$ 150.000,00 no Banco Sem Fundo S.A., no dia
30/11/08, com vencimento em quatro meses e com taxa de juros pré-fixada de
4% a.m. (juros simples). No dia da contratação do empréstimo, a empresa
debitou a conta Bancos no valor de

(A) R$ 150.000,00, debitou a conta Despesas de Juros no valor de R$


24.000,00 e creditou a conta Empréstimos R$ 174.000,00.
(B) R$ 150.000,00 e creditou a conta Empréstimos R$ 150.000,00.
(C) R$ 150.000,00, debitou a conta Despesas de Juros no valor de R$ 6.000,00
e creditou a conta Empréstimos R$ 156.000,00.
(D) R$ 174.000,00, creditou a conta Juros a Transcorrer (Ativo) no valor de R$
24.000,00 e creditou a conta Empréstimos R$ 150.000,00.
(E) R$ 150.000,00, debitou a conta Juros a Transcorrer (Passivo) no valor de
R$ 24.000,00 e creditou a conta Empréstimos R$ 174.000,00.

11. (FCC/Nossa Caixa/2011) Em uma sociedade por ações, no final do


exercício, o lançamento que representa o reconhecimento do passivo referente
ao dividendo obrigatório mínimo é:

(A) D Dividendos a Pagar


C Lucros Acumulados

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(B) D Despesa com Dividendos
C Dividendos a Pagar
(C) D Capital
C Dividendos a Pagar
(D) D Lucros Acumulados
C Dividendos a Pagar
(E) D Lucros Acumulados
C Reserva de Lucros

12. (FCC/DP/SP/2009) Uma empresa efetua a quitação antecipada, de uma


fatura relativa ao fornecimento de suprimentos, no valor de R$ 20.000,00
obtendo um desconto de 10%. No registro dessa operação a empresa

(A) registra um débito em conta de ativo no valor de R$ 20.000.


(B) contabiliza um débito de R$ 18.000 em conta do passivo.
(C) lança o valor do desconto como despesas comerciais.
(D) efetua um crédito de R$ 20.000 em conta de passivo.
(E) reconhece uma receita pelo valor do desconto obtido.

13. (FCC/DP/SP/2009) O registro da venda à vista de um estoque provoca

(A) um aumento do passivo circulante.


(B) a diminuição do patrimônio líquido.
(C) um crédito em conta de ativo.
(D) uma diminuição de um passivo circulante.
(E) alteração na situação líquida da empresa.

14. (FCC/Analista Judiciário/TRT/AL/2010) O reconhecimento de um


imposto retido do funcionário em folha de pagamento deve

(A) ser creditado no passivo para efetuar o recolhimento da obrigação do


empregado.
(B) ser debitado no ativo para reconhecer o direito do funcionário contra a
empresa.
(C) ser creditado em conta de resultado para evidenciar a recuperação dos
valores dos empregados.
(D) controlar extra contabilidade por não ser obrigação da empresa.
(E) ser reconhecido como despesa no resultado da empresa

15. (FCC/Analista Judiciário/TRT/AL/2010) Uma empresa adquire uma


máquina no valor de R$ 10 milhões, pagando à vista uma entrada de 10% e
financiando o restante em 4 anos, com juros mensais de 2%, pagos
mensalmente e, amortizável em 8 prestações semestrais.

Na ocasião do registro dessa operação ocorre no patrimônio da empresa um


aumento, em reais, de

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(A) 10.000.000 no ativo total.
(B) 10.000.000 nas obrigações.
(C) 9.800.000 no ativo permanente.
(D) 9.200.000 em conta do passivo.
(E) 9.000.000 no total do ativo.

16. (FCC/INFRAERO/2009) A quitação de um passivo circulante com


incidência de juros de mora e multa é um evento que

A) não afeta a situação líquida.


B) permuta valores na situação líquida.
C) afeta negativamente a situação líquida.
D) gera um lançamento de crédito na situação líquida.
E) altera positivamente a situação líquida.

17. (FCC/INFRAERO/2009) A classe das variações patrimoniais que somente


modifica a natureza dos componentes patrimoniais sem repercutirem no
montante do Patrimônio Líquido são denominadas

A) modificativas ou qualitativas.
B) relativas ou qualitativas.
C) permutativas ou modificativas.
D) qualitativa ou permutativas.
E) quantitativas ou relativas.

18. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2007/Adaptada) É uma conta redutora do


Ativo Não Circulante (exceto o realizável a longo prazo) a provisão

(A) para créditos de liquidação duvidosa.


(B) de ajuste de bens ao valor de mercado.
(C) para perdas prováveis na alienação de investimentos.
(D) para férias.
(E) para contingências.

19. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade /TRE AL/2010) Uma empresa


adquire uma máquina no valor de R$ 10 milhões, pagando à vista uma entrada
de 10% e financiando o restante em 4 anos, com juros mensais de 2% pagos
mensalmente e, amortizável em 8 prestações semestrais. Na ocasião do
registro dessa operação ocorre no patrimônio da empresa um aumento, em
reais, de:

a) 9.000.000 no total do ativo.


b) 9.200.000 em conta do passivo.
c) 9.800.000 no ativo permanente
d) 10.000.000 nas obrigações
e) 10.000.000 no ativo total.

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20. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/MPU) Uma companhia
comercial adquiriu mercadorias no valor de R$ 1.950, pagando 20% desse valor
à vista e aceitando uma duplicata pelo valor restante. Após essa transação, o
valor total dos ativos da sociedade.

a) Permaneceu inalterado
b) Aumentou em R$ 650
c) Aumentou em R$ 1.560
d) Aumento em R$ 1.950
e) Diminuiu em R$ 390.

21. (FCC/Analista Legislativo/Contador/2007) O reconhecimento da


despesa de salários ao final do período, ainda que o seu efetivo pagamento
ocorra somente no mês seguinte, é um fato

(A) econômico.
(B) compensatório.
(C) permutativo.
(D) modificativo.
(E) financeiro.

22. (FCC/ICMS SP/2009) A empresa Aquisições S.A. comprou 100 ônibus à


vista, para substituição de sua frota. Esse evento contábil representa um fato

(A) permutativo entre elementos do Passivo.


(B) modificativo entre elementos do Ativo e do Passivo.
(C) permutativo entre elementos do Ativo.
(D) modificativo no Passivo Não-Circulante.
(E) misto diminutivo no Ativo e no Passivo.

23. (FGV/Auditor Substituto de Conselheiro/TCM/RJ/2008) A Cia. JMAP


vende o produto PAMJ. A empresa apresenta o seguinte Balanço em 31.08.X8:

Informações adicionais:

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i) o Estoque é constituído por 1.000 unidades adquiridas por R$ 25,00 cada. A
empresa adota o CMPM (Custo médio ponderado móvel) – controle
permanente;
ii) os Móveis e Utensílios são depreciados à taxa de 12% ao ano.

A empresa efetuou as seguintes operações no mês de setembro de X8:

Considerando somente os dados do enunciado, quando da apropriação da


despesa de seguro relativa ao mês de setembro/X8, assinale o lançamento
contábil adequado.

(A) D- Despesas Antecipadas – seguro (AC 6.000,00


C- Disponibilidades (AC) 6.000,00
(B) D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00
C- Disponibilidades (AC) 500,00
(C) D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00
C- Seguros a Pagar (PC) 500,00
(D) D- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 500,00
C- Disponibilidades (AC) 500,00
(E) D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00
C- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 500,00

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24. (FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/RJ/2009) O
contador da Cia. Quartzo Rosa incorreu em um erro no reconhecimento da
apropriação da receita de juros sobre o investimento em debêntures, deixando
de contabilizar a receita de juros no ano corrente.

Antes que qualquer ajuste seja efetuado, esse erro gera o seguinte efeito no
patrimônio da empresa:

(A) subavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.


(B) subavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.
(C) superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.
(D) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.
(E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do patrimônio líquido.

25. (FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/RJ/2010) No


momento da elaboração das demonstrações contábeis, o profissional de
contabilidade responsável deverá definir a estrutura do balanço patrimonial,
considerando a normatização contábil. Esse procedimento tem como objetivo
principal:

(A) aprimorar a capacidade informativa para os usuários das demonstrações


contábeis.
(B) atender às determinações das autoridades tributárias.
(C) seguir as cláusulas previstas nos contratos de financiamento com os
bancos.
(D) acompanhar as características aplicadas no setor econômico de atuação da
empresa.
(E) manter a consistência com os exercícios anteriores.

26. (FGV/Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/2011) A respeito do


Comitê de Pronunciamentos Contábeis, NÃO é correto afirmar que

a) as normas emitidas pelo CPC devem ser aplicadas nos balanços individuais e
consolidados das empresas, diferente do que acontece na União Europeia.
b) o CPC determina que as normas emitidas por ele devem ser aplicadas nas
sociedades abertas, bancos e seguradoras.
c) as modificações introduzidas pelas normas emitidas pelo CPC devem ser
fiscalmente neutras.
d) o CPC fornece tratamento diferenciado a pequenas e médias empresas.
e) o CPC é formado sob a égide de seis entidades não governamentais.

27. (FGV/Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/2011) Uma agência de


turismo vende em agosto dez pacotes para uma viagem, que acontecerá entre
20 a 30 de dezembro, a R$ 6.000 cada. O valor será pago em 3 parcelas de
igual montante, em 10 de setembro, 10 de outubro e 10 de novembro.

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Como será contabilizada a receita dessa agência de turismo em relação aos
pacotes vendidos?

a) Receita de R$ 60.000 no mês de agosto.


b) Receita de R$ 60.000 no mês de novembro.
c) Receita de R$ 60.000 no mês de janeiro.
d) Receita de R$ 60.000 no mês de dezembro.
e) Receita de R$ 20.000 nos meses de setembro, outubro e novembro.

28. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2013) A Cia. Financiadora


S.A. efetuou um desconto de duplicatas no valor de R$ 100.000,00, à taxa de
juros simples de 2% ao mês.

Como as duplicatas venciam em 90 dias, a instituição financeira cobrou R$


6.000,00 de juros, antecipadamente. O registro dessa operação no Balanço
Patrimonial da Cia. Financiadora S.A. representa um fato:

(A) modificativo diminutivo do Ativo.


(B) permutativo entre elementos do Ativo.
(C) modificativo entre elementos do Ativo.
(D) permutativo no Ativo e modificativo diminutivo do Ativo e do Passivo.
(E) modificativo aumentativo do Ativo e do Passivo.

29. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2013) As notas explicativas


devem

I. Indicar os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais.


II. Indicar os investimentos em outras sociedades, mesmo que irrelevantes.
III. Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada.

Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

30. (FCC/Técnico em contabilidade/FHEMIG/2013) O registro da


aquisição de estoques de mercadorias no valor de R$ 50.000,00, sendo 60%
vencíveis no prazo de 90 dias e 40% à vista, compreende um lançamento
contábil que

(A) altera para mais o patrimônio líquido.


(B) diminui os ativos circulante e não circulante.
(C) apenas permuta valores entre ativos circulante e não circulante.

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(D) aumenta o ativo circulante e o passivo circulante.
(E) modifica o patrimônio líquido e diminui o ativo circulante.

31. (FGV/Analista Contábil/MPE/MS/2013) A corrente de pensamento


contábil, que adota como teoria fundamental a personificação das contas, divide
o patrimônio

(A) em contas de resultado e contas patrimoniais.


(B) em contas integrais e contas diferenciais.
(C) em contas de proprietários e contas de agentes consignatários e
correspondentes.
(D) em contas integrais e contas patrimoniais.
(E) em contas de proprietários e contas de resultado.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO
1 B
2 D
3 D
4 E
5 B
6 A
7 D
8 D
9 B
10 E
11 D
12 E
13 E
14 A
15 E
16 C
17 D
18 C
19 A
20 C
21 D
22 C
23 E
24 A
25 A
26 B
27 D
28 ANULADO
29 C
30 D
31 C

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