Você está na página 1de 201

EXPEDIENTE

Diretora editorial Juliana Pivotto


Assessoria Editorial Mari de Barros
Revisão Equipe de Revisão Nova Concursos
Projeto gráfico Equipe Nova Concursos
Diagramação Willian Lopes

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação


(CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057

Chieregatti, Bruno Galelli


Raciocínio lógico-matemático / Bruno Galelli Chieregatti,
João de Sá Brasil Lima. -- São Paulo : Nova Concursos, 2019.
?? p. (Resumo para Concurso Público)

ISBN 978-65-80143-35-1

1. Lógica simbólica e matemática 2. Lógica 3. Serviço público -


Brasil – Concursos I. Título II. Lima, João de Sá Brasil

CDU 510.6

19-1209

Índices para catálogo sistemático:


1. Lógica simbólica e matemática

© 2019 - Todos os direitos reservados à

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, especialmente
gráfico, fotográfico, fonográfico, videográfico, internet. Essas proibições aplicam-se também às
características de editoração da obra. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184
e parágrafos, do Código Penal), com pena de prisão e multa, conjuntamente com busca e apreensão
e indenizações diversas (artigos 102, 103, parágrafo único, 104, 105, 106 e 107,incisos I, II e III, da Lei
n. 9.610, de 19/02/1998, Lei dos Direitos Autorais).

RC002-19-RACIOCINIO-LOGICO-MATEMATICO
APRESENTAÇÃO DA OBRA

Este livro, da série Resumo para Concurso Público, elaborado pela


Editora Nova, é um aliado na busca do sonho de ser aprovado em
concurso público. O conteúdo está organizado por tópicos da maté-
ria, cobrados nas provas, e traz também boxes interativos com pontos
importantes do conteúdo e dicas para escapar das famosas “pegadi-
nhas”. No fim da obra, há a seção “Hora de Praticar”, com questões
gabaritadas extraídas de provas de concursos.
Os autores de nossas obras têm larga experiência na área do
concurso público, sendo muitos deles também responsáveis pelas au-
las que você encontra em nossos Cursos Online. A teoria ensinada em
nossos Cursos juntamente com esse livro tornam-se uma importante
ferramenta de aprendizagem e estudo.
Caro aluno, a meta é estudar até passar!

Muito obrigado.
Editores da Nova Concursos
SUMÁRIO

CONCEITO FUNDAMENTAL........................................................................................................11
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................11
VALORES LÓGICOS DAS PROPOSIÇÕES – LEIS DE PENSAMENTO...................... 13
TIPOS DE PROPOSIÇÕES...................................................................................................... 14

CONECTIVOS LÓGICOS.................................................................................................................17
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................17
A NEGAÇÃO – CONECTIVO “NÃO”.................................................................................. 17
A CONJUNÇÃO – CONECTIVO “E”................................................................................... 18
A DISJUNÇÃO – CONECTIVO “OU”.................................................................................. 19
A DISJUNÇÃO EXCLUSIVA – CONECTIVO “OU EXCLUSIVO”.................................. 20
A CONDICIONAL – CONECTIVO “SE... ENTÃO”........................................................... 22
“PEGADINHAS” DA CONDICIONAL................................................................................. 23
A BICONDICIONAL – CONECTIVO “SE E SOMENTE SE”.......................................... 25

TABELAS-VERDADE.........................................................................................................................27
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................27
TABELA-VERDADE DE PROPOSIÇÃO SIMPLES: NEGAÇÃO..................................... 27
TABELA-VERDADE PARA DUAS PROPOSIÇÕES SIMPLES........................................ 28
TABELA-VERDADE DA CONJUNÇÃO (“E”)..................................................................... 29
TABELA-VERDADE DA DISJUNÇÃO (“OU”)................................................................... 31
TABELA-VERDADE DA CONDICIONAL (“SE... ENTÃO”)............................................. 32
TABELA-VERDADE DA BICONDICIONAL (“SE E SOMENTE SE”)............................ 32
MONTAGEM DE TABELAS USANDO MAIS DE UM OPERADOR LÓGICO.......... 33
1. Tabela-Verdade para 3 Proposições Simples...................................................... 37
2. Tabela-Verdade para 4 Proposições Simples...................................................... 42
CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES SEGUNDO A TABELA-VERDADE............. 45
1. Tautologia.........................................................................................................................45
2. Contradição......................................................................................................................47
3. Contingência....................................................................................................................47
Resumo para Concurso Público

PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS...................................................................................................49
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................49
“TODO A É B”............................................................................................................................49
“NENHUM A É B”....................................................................................................................50
“ALGUM A É B”.........................................................................................................................50
“ALGUM A NÃO É B”.............................................................................................................. 51
CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS................................................ 52
RELAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS............................................................. 52
ANÁLISE COM MAIS DE UMA PROPOSIÇÃO CATEGÓRICA ENVOLVIDA.......... 53

EQUIVALÊNCIA LÓGICA................................................................................................................57
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................57
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS NOTÁVEIS............................................................................. 57
1. Dupla Negação............................................................................................................... 57
2. Idempotência...................................................................................................................57
3. Comutação.......................................................................................................................58
4. Associação........................................................................................................................58
5. Distribuição......................................................................................................................59
NEGAÇÃO DOS OPERADORES LÓGICOS...................................................................... 59
1. Negação da Conjunção – Regra de De Morgan................................................ 59
2. Negação da Disjunção – Regra de De Morgan.................................................. 60
3. Negação da Condicional............................................................................................. 61
4. Negação da Bicondicional.......................................................................................... 62
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS DA CONDICIONAL E BICONDICIONAL..................... 63
1. Implicação Material....................................................................................................... 63
2. Transposição....................................................................................................................64
3. Equivalência Material.................................................................................................... 65

LÓGICA DA ARGUMENTAÇÃO...................................................................................................67
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................67
ANÁLISE DA VALIDADE DOS ARGUMENTOS............................................................... 68
1. Diagramas de Conjuntos (Euler).............................................................................. 68
2. Premissas Verdadeiras.................................................................................................. 71
3. Tabela-Verdade............................................................................................................... 73
CONCLUSÃO FALSA............................................................................................................... 76
Sumário

PROBLEMAS LÓGICOS..................................................................................................................79
IMPLICAÇÃO LÓGICA............................................................................................................ 79
1. Implicação Lógica Tipo I – Premissas Verdadeiras............................................ 79
2. Implicação Lógica Tipo II............................................................................................ 82
ASSOCIAÇÃO LÓGICA........................................................................................................... 86
QUEM ESTÁ MENTINDO?.................................................................................................... 96

TEORIA DOS CONJUNTOS...........................................................................................................99


CONCEITOS FUNDAMENTAIS............................................................................................ 99
CLASSIFICAÇÃO DE CONJUNTOS..................................................................................... 99
1. Conjunto Finito............................................................................................................... 99
2. Conjunto Infinito............................................................................................................ 99
3. Conjunto Vazio................................................................................................................ 99
4. Conjunto Unitário........................................................................................................100
REPRESENTAÇÃO..................................................................................................................100
1. Compreensão................................................................................................................100
2. Extensão...........................................................................................................................100
3. Diagrama de Venn.......................................................................................................100
RELAÇÕES ENTRE ELEMENTOS E CONJUNTOS.........................................................101
1. Relação Entre Elemento e Conjunto.....................................................................101
2. Relação Entre Conjuntos...........................................................................................101
3. Subconjuntos.................................................................................................................101
4. Igualdade de Conjuntos............................................................................................102
OPERAÇÕES ENTRE CONJUNTOS...................................................................................102
1. União de Conjuntos....................................................................................................102
2. Intersecção de Conjuntos.........................................................................................102
3. Quantidade de Elementos no Conjunto União................................................103
4. Diferença Entre Conjuntos........................................................................................103
PROBLEMAS............................................................................................................................103

ANÁLISE COMBINATÓRIA..........................................................................................................107
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................107
PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO.............................................................................................108
FATORIAL..................................................................................................................................111
Resumo para Concurso Público

PERMUTAÇÃO........................................................................................................................112
1. Permutação Sem Repetição de Elementos........................................................112
2. Permutações Com Repetição de Elementos......................................................114
3. Permutação Circular....................................................................................................116
COMBINAÇÃO SIMPLES.....................................................................................................118
ARRANJO SIMPLES...............................................................................................................119

PROBABILIDADES..........................................................................................................................121
CONCEITOS FUNDAMENTAIS.......................................................................................121
1. Espaço Amostral...........................................................................................................121
2. Evento...............................................................................................................................121
PROBABILIDADE DE UM EVENTO QUALQUER.....................................................122
PROBABILIDADE DE EVENTOS INDEPENDENTES...............................................123
PROBABILIDADE COM UNIÃO E INTERSECÇÃO DE EVENTOS.....................125
PROBABILIDADE CONDICIONAL.................................................................................127

HORA DE PRATICAR.....................................................................................................................131
GABARITO..........................................................................................................................................198
CONCEITO FUNDAMENTAL

INTRODUÇÃO

No Ensino Fundamental, aprendemos que os seres humanos são diferentes dos


outros animais e a justificativa é que os humanos pensam e os animais não pen-
sam. Porém, há animais com inteligência suficiente para serem treinados a executar
tarefas, como os chimpanzés e os golfinhos. Assim, qual é o real motivo que nos
diferenciam de todos os outros seres vivos?

A resposta envolve não somente o ato se pensar como também o de se comu-


nicar. Primeiro, aprendemos a falar, depois, a escrita dividiu nossa existência em Pré-
-História e História. Os registros por escrito guardaram os pensamentos de nossos
antepassados, proporcionando às gerações futuras dados importantíssimos para
além daquilo que já foi feito.

Porém, acabou surgindo o grande desafio que norteou a disciplina de lógica:


Como interpretar esses registros?

A grande diferença do ser humano em relação aos outros seres vivos está nesse
ponto, pois tão importante é o ato de se interpretar uma informação quanto é o de
a elaborar. Assim, nossa mente é capaz de receber dados e deles extrair uma conclu-
são. Essa habilidade está diretamente ligada ao raciocínio lógico.

Muitos pensam que essa disciplina está voltada apenas para as pessoas de
“exatas”, mas ela é voltada para o público em geral e aqui seguem alguns exemplos
que provam nosso conceito:

٠ Um advogado reúne todas as informações dos autos do processo e, por


meio do Raciocínio Lógico, elabora sua tese de acusação ou defesa;

٠ Um médico, ao estudar todos os exames, consegue a partir de raciocínio


lógico, elaborar um diagnostico e propor um tratamento;

٠ Um CEO de uma empresa, por meio dos relatórios mensais, consegue definir
o plano de ação para estimular o crescimento da companhia.

Todos os exemplos anteriores apresentam como será o estudo da disciplina, da qual


receberemos informações e delas extrairemos respostas ou em outras palavras, conclusões.

No Raciocínio Lógico, essas informações terão uma particularidade: Elas sem-


pre serão declarações que poderemos classificá-las de duas maneiras, VERDADEIRA
ou FALSA. Essas declarações serão chamadas de PROPOSIÇÕES.

11
Resumo para Concurso Público

As proposições são a base do pensamento lógico. Este pensamento pode ser


composto por uma ou mais sentenças lógicas, formando uma ideia mais complexa.
É importante ressaltar que o objetivo fundamental de uma proposição é transmitir
uma tese, que afirmam fatos ou juízos que formamos a respeito das coisas.

Sabendo disso, uma questão importante tem que ser respondida: como real-
mente podemos identificar uma proposição? A única técnica direta que temos é
verificar se podemos atribuir o valor de verdadeiro ou falso a elas. Entretanto, existe
uma técnica indireta que facilita muito o trabalho de identificação de uma proposi-
ção e é frequentemente cobrada em concursos públicos.

A técnica consiste em sabermos o que não é proposição e por eliminação achar


a proposição. A seguir, seguem exemplos do que não é proposição e a recomenda-
ção é que se memorizem esses tipos para facilitar na hora da prova:

I) Sentenças Imperativas: Todas as declarações que remeterem a uma ordem


não são proposições.

Exemplo: “Apague a luz.”, “Observe aquele painel”, “Não faça isso”.

II) Sentenças Interrogativas: Perguntas não são definidas como proposições:

Exemplo: “Olá, tudo bem?”, “Qual a raiz quadrada de 5?”, “Onde está minha
carteira?”

III) Sentenças Exclamativas:

Exemplo: “Como o dia está lindo!”, “Isto é um absurdo!”, “Não concordo com isto!”

IV) Sentenças que não tem verbo: 

Exemplo: “A bicicleta de Bruno”, “O cartão de João”.

V) Sentenças abertas: Este tipo de sentença possui uma grande quantidade de


exemplos e os exemplos são importantes para sabermos identifica-las:

Exemplo: “x é menor que 7 ou x < 7” – Essa expressão por si só é genérica pois


não temos informações de x para saber se ele é ou não menor que 7. Entretanto,
caso seja atribuído um valor a x, essa sentença se tornará uma proposição, pois
será possível atribuir VERDADEIRO ou FALSO a sentença original. Assim, a expressão
“Para x=5, tem-se que: 5 é menor que 7” é uma proposição e é VERDADEIRA. Por
outro lado, “Para x=9, tem-se que: 9 é menor que 7” é uma proposição, mas é FALSA.

Exemplo: “z é a capital da França” – As sentenças abertas não necessariamente


são números, como mostra o exemplo. Se substituirmos “z” por “Toulouse”, a sen-
tença virará proposição e será FALSA. Se z = Paris, a proposição será VERDADEIRA.

12
Conceito Fundamental

(SEFAZ-SP – AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS – FCC – 2006) Das


cinco frases abaixo, quatro delas têm uma mesma característica lógica em co-
mum, enquanto uma delas não tem essa característica. 
I. Que belo dia! 
II. Um excelente livro de raciocínio lógico. 
III. O jogo terminou empatado? 
IV. Existe vida em outros planetas do universo. 
V. Escreva uma poesia. 
A frase que não possui essa característica comum é a
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V

Resposta: Letra D. Podemos interpretar do exercício que se quer a identificação


da proposição. As alternativas “a”, “b”, “c” e “e” são respectivamente sentenças
exclamativas, sem verbo, interrogativa e imperativa, o que não as caracterizam
como proposições. Já a alternativa “d” é uma sentença que pode ser classificada
como verdadeira ou falsa, caracterizando uma proposição.

VALORES LÓGICOS DAS PROPOSIÇÕES – LEIS DE PENSAMENTO

Definido o que é preposição, podemos aprofundar o conceito apresentando as


leis fundamentais (axiomas) que norteiam a lógica:

1) Princípio do Terceiro Excluído: “Toda proposição ou é verdadeira ou é falsa,


isto é, verifica-se sempre um destes casos e nunca um terceiro”.

Pode parecer óbvio, mas às vezes as pessoas se confundem em questões de


concursos públicos quando aparecem as alternativas “VERDADEIRO”, “FALSO” ou
“NENHUMA DAS ANTERIORES”. Qualquer proposição lógica será verdadeira ou fal-
sa, não existe uma terceira opção.

2) Princípio da Identidade: “Se uma proposição é verdadeira, então todo ob-


jeto idêntico a ela também será verdadeiro”.

13
Resumo para Concurso Público

Esse princípio coloca que se duas proposições que apresentam a mesma infor-
mação, mas são escritas de maneiras distintas, devem possuir o mesmo valor lógico.
Por exemplo, “Bruno é 5 anos mais velho que João” e “João é 5 anos mais novo que
Bruno”. As duas proposições dizem a mesma coisa, mas de maneira diferente. Por-
tanto, se uma delas é verdadeira, a outra deve ser.
3) Princípio da Não Contradição: “Uma proposição não pode ser verdadeira
ou falsa ao mesmo tempo”.
Esse axioma é importante, pois a partir do momento que uma proposição re-
cebe um valor lógico, ele deve ser carregado em toda a análise para evitar contra-
dições.

(NOVA CONCURSOS – 2018) Assinale a alternativa que representa um não


cumprimento das 3 leis de pensamento da lógica 
a) Se Abelardo é mais alto que Hormindo, pelo princípio da identidade posso
dizer que Hormindo é mais baixo que Abelardo.
b) A proposição “Choveu esta manhã na cidade” pode ser considerada “meia
verdade” se apenas uma leve garoa atingir a cidade.
c) O réu no processo afirmou que não estava dirigindo embriagado, porém o
mesmo foi encontrado sentado no banco do motorista durante a abordagem
policial, caracterizando uma contradição.
d) Eu sou milionário pois tenho patrimônio acima de 1 milhão de reais. Joseval-
do possui menos que 1 milhão e não pode ser considerado um milionário.
e) Não estava presente para afirmar que foi o gato que derrubou o vaso.

Resposta: Letra B. Não existe “meia verdade” dentro da lógica. As proposições


receberão apenas dois valores lógicos: Verdadeiro ou Falso.

TIPOS DE PROPOSIÇÕES

Existem dois tipos de proposições: Simples e Compostas.


As proposições simples são aquelas que não contêm nenhuma outra proposi-
ção como parte de si mesma. São, geralmente, designadas por letras minúsculas do
alfabeto (p, q, r, s, ...). Uma definição equivalente é de uma proposição que não se
consegue dividi-la em partes menores, de tal maneira que as partes divididas gerem
novas proposições. Exemplos:
p – O rato comeu o queijo;

14
Conceito Fundamental

q – Astolfo é advogado;
r – Hermenegildo gosta de pizza;
s – Raimunda adora samba.
Já as proposições compostas são formadas por uma ou mais proposições que
podem ser divididas, formando proposições simples. São, geralmente, designadas
por letras maiúsculas do alfabeto (P, Q, R, S, ...). Exemplos:
P – O rato é branco e comeu o queijo;
Q – Astolfo é advogado e gosta de jogar futebol;
R – Hermenegildo gosta de pizza e de suco de uva;
S – Raimunda adora samba e seu tênis é vermelho.
Veja que as proposições acima podem ser divididas em duas partes. Observe:

a - O rato é branco
b - O rato comeu o queijo , Divisões da proposição P

c - Astolfo é Advogado
d - Astolfo gosta de jogar futebol , Divisões da proposição Q

e - Hermenegildo gosta de pizza


f - Hermenegildo gosta de suco de uva , Divisões da proposição R

g - Raimunda adora samba


h - O tênis de Raimunda é vermelho , Divisões da proposição S

As sentenças compostas dos exemplos acima não são ligadas apenas pela con-
junção “e”, podem ser ligadas por outros CONECTORES LÓGICOS (Capítulo 2). Se-
guem alguns exemplos para iniciar sua curiosidade pelo próximo capítulo:
T – Osmar tem uma moto OU Tainá tem um carro.
U – SE Kléber é asiático ENTÃO eu sou brasileiro.

Importante!

As proposições compostas irão nortear seus estudos nos próximos capítulos,


então atente-se a saber como dividir as proposições compostas em duas ou
mais proposições simples!

15
Resumo para Concurso Público

1. (NOVA CONCURSOS – 2019) Avalie as afirmações a seguir a respeito das


proposições e de seus valores lógicos.
I. A frase “3 + 8 > 7” é uma proposição verdadeira.
II. A frase “Paula é loira ou Maria é ruiva” é uma proposição simples.
III. A frase “Pelé é japonês” é uma proposição.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I
b) II
c) I e III
d) I e II
e) II e III

Resposta: Letra C. A primeira proposição está correta pois temos como obter
o valor do lado esquerdo da inequação e compará-lo com o número 7, sendo,
portanto, uma sentença fechada. A segunda proposição está incorreta pois se
trata de uma proposição composta de 2 proposições simples, ligadas através do
conectivo “ou” e a terceira, apesar de seu conteúdo absurdo, é uma proposição.

2. (NOVA CONCURSOS – 2019) Das frases abaixo, a única que representa uma
proposição é:
a) Que absurdo!
b) Isso é problema meu?
c) Contenha-se diante dela.
d) Os papéis foram rasgados

Resposta: Letra D. A alternativa “a” trata de uma frase exclamativa e não pode
ser definida como proposição, a letra “b” devido ao fato de ser uma frase inter-
rogativa, também não é proposição, assim como a letra “c” que é uma oração
imperativa.

16
CONECTIVOS LÓGICOS

INTRODUÇÃO

Como visto rapidamente no capítulo anterior, os conectivos lógicos são es-


truturas usadas para formar proposições compostas a partir da junção de propo-
sições simples. As proposições compostas são linhas de raciocínio mais complexas
e permitem se formular teses lógicas com vários níveis de pensamento. Observe o
exemplo a seguir:
“Otávio gosta de jogar futebol e seu irmão não gosta de jogar futebol”
Facilmente conseguimos separar essa sentença em duas: “Otávio gosta de jogar
futebol” e “O irmão de Otávio não gosta de jogar futebol”. Entretanto, ao invés de
tratarmos as duas proposições simples separadamente, ligamos as mesmas com a
palavrinha “e”, que é um dos conectores lógicos que iremos estudar a seguir.
Logo, com esse vínculo, poderemos estudar se a proposição composta é intei-
ramente verdadeira ou inteiramente falsa, dependendo do valor lógico de cada pro-
posição simples, ou seja, cada proposição simples interfere no valor a ser atribuído
na proposição composta.
As seções a seguir irão estudar os cinco conectivos lógicos, apresentando suas
características principais e as combinações possíveis entre duas proposições simples.

A NEGAÇÃO – CONECTIVO “NÃO”

O primeiro conectivo a ser estudado é o mais simples de todos e remete a ne-


gação de uma proposição. A importância deste conectivo se dá na ligação entre o
valor lógico VERDADEIRO e o valor lógico FALSO pois a negação de um valor lógico
será exatamente o outro valor lógico, ou seja:
I) Se uma proposição for VERDADEIRA, sua negação será FALSA.
II) Se uma proposição for FALSA, sua negação será VERDADEIRA.
Aqui conseguimos observar a importância do “Princípio do terceiro excluído”,
explicado no capítulo 1. Se tivéssemos mais do que dois valores lógicos, a negação
se tornaria impossível pois não conseguiríamos criar um vínculo de “ida e volta”
entre os valores lógicos.
O conectivo NÃO possui dois símbolos e recomenda-se que o leitor conheça
ambos pois as bancas de concursos não possuem um padrão de qual símbolo usar.
Observe o exemplo a seguir:
p : A secretária foi ao banco esta tarde.

17
Resumo para Concurso Público

O exemplo anterior já usa os conceitos vistos no capítulo 1, no qual temos uma


proposição simples e chamaremos essa proposição por uma letra minúscula “p”
(Lê-se “proposição p”). Vamos agora negar essa proposição usando os dois símbolos
possíveis:
~ p : A secretária não foi ao banco esta tarde.
¬ p : A secretária não foi ao banco esta tarde.
Os símbolos “~” e “¬” são os símbolos que indicam negação. É Importante fri-
sar que os símbolos de negação não indicam a presença da palavra “não” na frase.
Observe este outro exemplo:
q : Bráulio não comprou detergente.
Observe que a proposição q possui a palavra “não” e quando negarmos a mes-
ma, ficaremos com a frase afirmativa:
~ q : Bráulio comprou detergente.
¬ q : Bráulio comprou detergente.

Importante!

No Raciocínio Lógico, pode-se existir a “negação da negação” que chamaremos


de Dupla Negação e veremos isso mais adiante no capítulo 4. O que você preci-
sa saber neste momento é que negando uma negação, voltaremos a uma frase
afirmativa, ou na linguagem coloquial: “O não do não é o sim”.

A CONJUNÇÃO – CONECTIVO “E”

O próximo conectivo lógico certamente é um dos mais usados dentro do ra-


ciocínio lógico e é também um dos mais conhecidos. O “e” também é chamado de
conjunção e segue a mesma classificação da própria língua portuguesa.
Diferentemente do conectivo “não”, a conjunção irá relacionar duas proposi-
ções simples, formando uma proposição composta. Vamos ao exemplo:
p : Carlos gosta de jogar badminton.
q : Pablo tomou suco de maçã.
Temos duas proposições simples e podemos formar uma proposição composta
usando o conectivo “e”:
R = p ∧ q: Carlos gosta de jogar badminton e Pablo tomou suco de maçã.

18
Conectivos Lógicos

Seguindo as definições do capítulo 1, a proposição composta será indicada


com uma letra maiúscula, neste caso, R. O símbolo ∧ indica a conjunção, ou seja,
quando ele aparecer, estaremos usando o conectivo “e”.
Se invertermos a ordem das proposições simples, formaremos outra proposi-
ção composta:
S = q ∧ p: Pablo tomou suco de maçã e Carlos gosta de jogar badminton.
No caso da conjunção, o valor lógico da proposição composta não se altera
com a inversão das proposições simples, mas outros conectivos que veremos a se-
guir podem ter alterações dependendo da ordem das proposições simples.
Vamos agora analisar quais os valores lógicos possíveis para uma proposição
composta formada pelo conectivo “e”. Neste livro, aprenderemos sobre as tabe-
las-verdade e elas ajudarão (e muito!) na memorização das combinações possíveis
dos conectivos lógicos. Por enquanto, vamos enumerar todos os casos para fami-
liarização:
I) Uma proposição composta formada por uma conjunção será VERDADEIRA se
todas as proposições simples forem VERDADEIRAS.
II) Uma proposição composta formada por uma conjunção será FALSA se uma
ou mais proposições simples forem FALSAS.
Recuperando o exemplo anterior:
R = p ∧ q: Carlos gosta de jogar badminton e Pablo tomou suco de maçã.
Termos que R será VERDADEIRO somente se p e q forem VERDADEIROS. Se
uma (ou as duas) proposições simples for (forem) falsa(s), R será FALSO.

A DISJUNÇÃO – CONECTIVO “OU”

O conectivo “ou”, também conhecido como disjunção, segue a mesma linha de


pensamento que o conectivo “e”, relacionando duas proposições simples, formando
uma proposição composta. Vamos manter o exemplo da seção anterior:
p : Carlos gosta de jogar badminton.
q : Pablo tomou suco de maçã
Temos duas proposições simples e vamos formar agora uma proposição com-
posta usando o conectivo “ou”:
R = p ∨ q: Carlos gosta de jogar badminton ou Pablo tomou suco de maçã.
O símbolo ∨ indica a disjunção, ou seja, quando ele aparecer, estaremos usando
o conectivo “ou”. Observe que ele é o símbolo do conectivo “e” invertido, então,
muita atenção na hora de identificar um ou o outro.

19
Resumo para Concurso Público

Se invertermos a ordem das proposições simples, formaremos outra proposi-


ção composta:
S = q ∨ p: Pablo tomou suco de maçã ou Carlos gosta de jogar badminton.
No caso da disjunção, o valor lógico da proposição composta também não se
altera com a inversão das proposições simples (igual a conjunção).
Vamos agora analisar quais os valores lógicos possíveis para uma proposição
composta formada pelo conectivo “ou”. Novamente vale lembrar que no capítulo 3
aprenderemos sobre as tabelas-verdade e elas ajudarão (e muito!) na memorização
das combinações possíveis dos conectivos lógicos. Por enquanto, vamos enumerar
todos os casos para familiarização:
I) Uma proposição composta formada por uma disjunção será VERDADEIRA se
uma ou mais proposições forem VERDADEIRAS.
II) Uma proposição composta formada por uma disjunção será FALSA se todas
as proposições simples forem FALSAS.
Comparando com a conjunção, observa-se que houve uma certa “inversão”
em relação as combinações das proposições simples. Enquanto na conjunção pre-
cisávamos de todas as proposições simples VERDADEIRAS para que a proposição
composta viesse a ser VERDADEIRA, no operador “ou” precisamos de apenas 1 delas
para tornar a proposição composta VERDADEIRA.
No caso do valor lógico FALSO também há inversão, uma vez que com o conec-
tivo “e” basta 1 proposição simples ser FALSA e na disjunção, precisamos de todas
FALSAS.
Assim:
R = p ∨ q: Carlos gosta de jogar badminton ou Pablo tomou suco de maçã.
Termos que R será VERDADEIRO se uma (ou as duas) proposição (ões) for
(orem) VERDADEIRAS e R será FALSO se p e q forem FALSOS.

A DISJUNÇÃO EXCLUSIVA – CONECTIVO “OU EXCLUSIVO”

O conectivo “ou” possui um caso particular que normalmente é cobrado em


concursos públicos de maior complexidade, porém é importante que o leitor tenha
conhecimento disso, pois pode se tornar um diferencial importante em concursos
públicos de maior disputa.
Este caso particular é chamado de “ou exclusivo” pois implica que as proposi-
ções simples são eliminatórias, ou seja, quando uma delas for VERDADEIRA, a outra
será necessariamente FALSA. Veja o exemplo:
p: Diego nasceu no Brasil.
q: Diego nasceu na Argentina.

20
Conectivos Lógicos

Temos duas proposições referentes a nacionalidade de Diego. Fica claro que ele
não pode ter nascido em dois locais diferentes, ou seja, se p for VERDADEIRO, q é
necessariamente FALSO e vice-versa. Assim, quando montarmos a disjunção, temos
que indicar essa questão e será feito da seguinte forma:
R = p Q q: Ou Diego nasceu no Brasil ou na Argentina.
A leitura da proposição lógica acrescenta mais um “ou” no início e o restante
é como se fosse um operador “ou” convencional (que para diferenciar, é chamado
de inclusivo), porém, o símbolo é sublinhado para indicar exclusividade: Q . Os casos
possíveis para o “ou exclusivo” são:
I) Uma proposição composta formada por uma disjunção exclusiva será VERDA-
DEIRA se apenas uma das proposições for VERDADEIRA.
II) Uma proposição composta formada por uma disjunção exclusiva será FALSA
se todas as proposições simples forem FALSAS ou se as duas proposições forem
VERDADEIRAS.
Perceba que a diferença é sutil entre os casos inclusivo e exclusivo e ela se dá
no caso de as duas proposições simples serem VERDADEIRAS. No caso exclusivo,
isso é uma contradição e assim a proposição composta deve ser FALSA. Usando o
exemplo:
R = p Q q: Ou Diego nasceu no Brasil ou na Argentina.
Temos que R é VERDADEIRO se p for VERDADEIRO e q FALSO ou p FALSO e q
VERDADEIRO. R é FALSO se p e q forem ambas VERDADEIRAS ou ambas FALSAS.

(PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – IBGP –


2018) “Cecília comprará ou o vestido azul ou o vestido preto.” 
Com base na estrutura lógica, assinale a alternativa CORRETA.
a) p Q q
b) p ∧ q
c) p ∨ q
d) p → q

Resposta: Letra C. Provavelmente muitos devem ter pensado que este era um
caso de “ou exclusivo”, mas observe que o verbo em questão é “comprar” e não
“vestir”. Cecília pode muito bem comprar os dois vestidos, não há nada lógico
que impeça isso, porém se a proposição fosse “Cecília vestirá ou o vestido azul
ou o vestido preto”, aí teríamos o caso de “ou exclusivo” pois ela não poderia
vestir os dois vestidos ao mesmo tempo.

21
Resumo para Concurso Público

A CONDICIONAL – CONECTIVO “SE... ENTÃO”

O conectivo “Se... então”, conhecido como condicional não é tão conhecido


quanto o “e” e o “ou”, porém é o que normalmente gera mais dúvidas e o que
contém as famosas “pegadinhas” que confundem o candidato durante a prova. A
principal característica dele é que se você inverter a ordem das proposições simples,
o valor lógico da proposição composta muda, o que não acontecia na conjunção e
na disjunção. Vamos recuperar o mesmo exemplo já mencionado.
p : Carlos gosta de jogar badminton.
q : Pablo tomou suco de maçã.
Temos anteriormente duas proposições simples e vamos formar agora uma
proposição composta usando o conectivo “Se... então”:
R = p → q: Se Carlos gosta de jogar badminton então Pablo tomou suco de
maçã.
Observe que agora temos uma condição para que Pablo tome o suco de maçã.
A frase em si pode parecer sem nexo, mas no Raciocínio Lógico nem sempre fará
sentido a conexão de duas proposições e até por isso nós montamos esses exem-
plos para o leitor ficar mais familiarizado com essa situação!
O símbolo “→” indica a condicional, mostrando que a proposição da esquerda
condiciona o acontecimento da proposição da direita. As combinações possíveis
para esse conector são:
I) Uma proposição composta formada por uma condicional será VERDADEIRA
se ambas as proposições forem VERDADEIRAS ou a proposição a esquerda
do conector for FALSA.
II) Uma proposição composta formada por uma condicional será FALSA se a
proposição a esquerda (antecedente) do conector for VERDADEIRA e a pro-
posição a direita (consequente) do conector for FALSA.
Observe agora que a posição da proposição em relação ao conector lógico
importa no resultado da proposição composta. Considerando os casos observados,
o leitor certamente deve estar com dúvidas em relação a situação da proposição
a esquerda do conector ser falsa e isso implicar que a proposição composta seja
verdadeira.
A explicação é a seguinte: Na condicional, limitamos apenas ao caso da pro-
posição da esquerda do conector em si e não em relação a sua negação, ou seja,
quando montamos p→q, estamos condicionando apenas ao caso de p ocorrer, ou
em outras palavras, p ser VERDADEIRO. Se p for FALSO, não há nenhuma condição
para q, ou seja, não importa o que acontecer com q, já que p não é VERDADEIRO.
Assim, define-se p→q sempre VERDADEIRO quando p for FALSO. Logo:
R = p → q: Se Carlos gosta de jogar badminton então Pablo tomou suco de
maçã.

22
Conectivos Lógicos

Temos R VERDADEIRO se p for FALSO ou se p for VERDADEIRO e q VERDADEI-


RO e R é FALSO apenas se p for VERDADEIRO e q FALSO.

(EMATER-MG – ASSESSOR JURÍDICO – GESTÃO CONCURSO – 2018) Consi-


dere as proposições compostas abaixo, identificadas como P e Q.
P: Se faz frio, então bebo muita água.
Q: Se estudo e trabalho no mesmo dia, fico muito cansado.
Sabendo-se que as duas proposições citadas no enunciado são falsas, é verdade
afirmar que
a) Fico muito cansado ou bebo muita água
b) Não estudo e trabalho no mesmo dia e faz frio
c) Não fico muito cansado e não bebo muita água
d) Se faz frio, então não estudo e trabalho no mesmo dia

Resposta: Letra C. O enunciado nos diz que as duas condicionais são falsas, ou
seja, podemos afirmar que “Faz frio” e “Estudo e trabalho no mesmo dia” são
VERDADEIRAS e “Bebo muita água” e “Fico muito cansado” são FALSAS, pois é
a única combinação possível para as condicionais serem FALSAS. Logo, a letra
A é FALSA pois ambas são FALSAS e a disjunção será FALSA, a letra B é FALSA
pois “Não estudo e trabalho” é FALSO o que faz a conjunção ser FALSA. A letra
C é VERDADEIRA pois as duas negações geram proposições VERDADEIRAS que
combinada em uma conjunção, formam uma proposição VERDADEIRA. E por
fim a letra D é FALSA pois “Faz frio” é VERDADEIRO e “Não estudo e trabalho no
mesmo dia” é FALSO e combinados em uma condicional, gera uma proposição
FALSA.

“PEGADINHAS” DA CONDICIONAL

Este tópico é uma análise complementar da condicional. Em concursos mais


apurados, sobretudo de ensino superior, existem certas “pegadinhas” que testam a
atenção do candidato em relação ao seu conhecimento. Existem quatro formas de
raciocínio que envolvem a condicional que merecem destaque:
I) Modus Ponens: Essa linha de raciocínio é o básico da condicional onde con-
sidera a mesma VERDADEIRA e no caso da ocorrência de p, podemos afirmar
com certeza que q ocorreu:

p→q Se p ocorre, então q ocorre


p p ocorre
____________ ____________________________
q Conclusão: q ocorre

23
Resumo para Concurso Público

Exemplo:
p→q Se Zuleika ficou resfriada,então ela tomou chuva
p
____________ Zuleika ficou resfriada
____________________________
q Logo, ela tomou chuva

II) Falácia de afirmar o consequente: Pode-se dizer que é a pegadinha mais


clássica da condicional pois induz a pessoa a considerar que se o consequente
ocorreu (q), pode-se afirmar que o antecedente (p) também ocorreu:

p→q Se p ocorre, então q ocorre


q q ocorre
____________ ____________________________
p Conclusão: p ocorre

Esse raciocínio está INCORRETO. Para justificar, lembre-se dos casos em que a
condicional é VERDADEIRA. Em um desses casos, se o antecedente (p) for FALSO,
não importa o valor lógico de q, a proposição com condicional será VERDADEIRA.
Assim, se q ocorrer, não é garantia que p também ocorreu:
p→q Se Zuleika ficou resfriada ,então ela tomou chuva
q Zuleika tomou chuva
____________ ____________________________
p Logo, Zuleika ficou resfriada

III) Modus Tollens: Nessa linha de raciocínio, estamos negando que o conse-
quente (q) ocorreu e, se olharmos os casos possíveis da condicional, isso só será
possível se o antecedente (p) também não ocorrer:
p→q Se p ocorre, então q ocorre
~q q não ocorre
____________ ____________________________
~p Conclusão: p não ocorre

Exemplo:

p→q Se Zuleika ficou resfriada, então ela tomou chuva


~q Zuleika não tomou chuva
____________
~p Logo, Zuleika não ficou resfriada

IV) Falácia de negar o antecedente: Novamente um erro de pensamento refe-


rente aos casos possíveis da condicional. Se você nega o antecedente (p) não é
garantia que o consequente (q) não irá ocorrer, pois a partir do momento que
temos ~p, o valor lógico de q pode ser qualquer um e a condicional se manterá
VERDADEIRA:
p→q Se p ocorre, então q ocorre
~p p não ocorre
____________ ____________________________
~q Conclusão: q não ocorre

24
Conectivos Lógicos

Exemplo:

p→q Se Zuleika ficou resfriada, então ela tomou chuva


~p
____________ Zuleika não ficou resfriada
~q Zuleika não tomou chuva

Importante!

As pegadinhas da condicional nem sempre são cobradas em concursos, mas se


você observar os exercícios resolvidos deste capítulo, verá o quanto é importan-
te este conector lógico e o conhecimento de todos os casos possíveis.

A BICONDICIONAL – CONECTIVO “SE E SOMENTE SE”

O conectivo “Se e somente se”, conhecido como bicondicional, elimina justa-


mente o limitante da condicional de não ser possível inverter a ordem das proposi-
ções sem perder o valor lógico da proposição composta. Agora, os dois valores lógi-
cos serão limitantes, tanto se a proposição a esquerda do conector for VERDADEIRA
ou FALSA. Novamente vamos ao mesmo exemplo:
p : Carlos gosta de jogar badminton.
q : Pablo tomou suco de maçã.
Temos anteriormente duas proposições simples e vamos formar agora uma
proposição composta usando o conectivo “Se e somente se”:
R = p ↔ q: Carlos gosta de jogar badminton se e somente se Pablo tomou
suco de maçã.
O símbolo ↔ indica a bicondicional, ou seja, os dois sentidos devem ser satis-
feitos. Em outras palavras, a bicondicional será VERDADEIRA apenas se os valores
lógicos das duas proposições forem iguais:
I) Uma proposição composta formada por uma bicondicional será VERDADEIRA
se ambas as proposições forem VERDADEIRAS ou se ambas as proposições
forem FALSAS.
II) Uma proposição composta formada por uma bicondicional será FALSA se
uma proposição for VERDADEIRA e outra for FALSA e vice-versa.
Assim:
R = p ↔ q: Carlos gosta de jogar badminton se e somente se Pablo tomou
suco de maçã.

25
Resumo para Concurso Público

A proposição R será VERDADEIRA se p e q forem VERDADEIROS ou p e q forem


FALSOS e R será FALSO se p for VERDADEIRO e q FALSO ou p FALSO e q VERDADEIRO.

(COLÉGIO PEDRO II – ANALISTA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 2018)


Considere as seguintes proposições P e Q, sendo que P é falsa e Q é verdadeira; 
P: Se o monitor está funcionando, então a placa de vídeo não está com defeito.   
Q: A placa de vídeo está com defeito se, e somente se, a memória não apresenta
defeito. 
Logo, é verdadeira a proposição:
a) Se o monitor não está funcionando, então a memória não apresenta defeito.
b) Ou o monitor está funcionando ou a memória não apresenta defeito.
c) O monitor não está funcionando ou a memória apresenta defeito.
d) O monitor está funcionando e a memória apresenta defeito.

Resposta: Letra A e B (Anulada). Como P é uma condicional FALSA, temos que


“O monitor está funcionando” é VERDADEIRO e “A placa de vídeo não está com
defeito” é FALSO. No caso de Q temos duas possibilidades: “A placa de vídeo
está com defeito” e “A memória não apresenta defeito” são ambas VERDADEI-
RAS ou ambas FALSAS. Entretanto, como vimos em P que “A placa de vídeo
está com defeito” é VERDADEIRO, só teremos um caso, onde “A memória não
apresenta defeito” também é VERDADEIRO. A alternativa A é VERDADEIRA pois
temos uma condicional e a proposição “O monitor não está funcionando” é
FALSA, o que faz a condicional ser VERDADEIRA. A alternativa B é VERDADEIRA
também pois “O monitor está funcionando” é VERDADEIRO e isso já basta para
uma disjunção ser VERDADEIRA, além disso, “A memória não apresenta defeito”
também é VERDADEIRA. A alternativa C é FALSA pois “O monitor não está fun-
cionando” é FALSO e “A memória apresenta defeito” também é FALSA, sendo o
único caso em que a disjunção é FALSA. Por fim, a alternativa D também é falsa
pois “A memória apresenta defeito” é FALSA e isso na conjunção já caracteriza
uma proposição composta FALSA.

26
TABELAS-VERDADE

INTRODUÇÃO

A tabela-verdade é um dispositivo prático muito usado para organizar os va-


lores lógicos de proposições compostas, pois ela ilustra todos os possíveis valores
lógicos da estrutura composta, correspondentes a todas as possíveis atribuições de
valores lógicos às proposições simples.
Para se construir uma tabela-verdade, são necessárias três informações iniciais:
O número de proposições que compõem a proposição composta, o número de
linhas que a tabela-verdade irá ter e a variação dos valores lógicos.
A primeira informação é puramente visual, basta olhar a proposição composta
e verificar quantas proposições simples a compõem, contando a quantidade de le-
tras distintas que existem nela, vejam os exemplos:
p ∧ q: Temos as proposições simples p e q, ou seja, a proposição composta
possui duas proposições;
(p ∧ q) → (~ q ↔ p): Esta estrutura possui duas proposições simples também,
p e q. Não se deve considerar a repetição das proposições que, no caso de p e q,
repetiram duas vezes;
r ↔ (p ∨ q): Neste caso, com a presença da proposição r, temos três proposi-
ções simples distintas, p, q e r.
A segunda informação, que é o número de linhas da tabela verdade, deriva do número
de proposições simples que a estrutura composta possui. Usando essa conta simples:
L = 2n
Em que L é o número de linhas da tabela-verdade e n é o número de proposições
simples que ela possui. Ou seja, para duas proposições simples, temos 4 linhas na tabe-
la-verdade, para 3 proposições simples, 8 linhas na tabela e para 4 proposições simples,
a tabela possui 16 linhas. Além disso, para o caso de uma proposição simples, pode-se
aplicar a fórmula também, e teremos duas linhas na tabela-verdade.
Esses valores são derivados da organização da tabela, para que tenhamos to-
dos os casos possíveis avaliados. Com essa informação, podemos organizar a tabela
e isso será apresentado caso a caso nas seções seguintes.

TABELA-VERDADE DE PROPOSIÇÃO SIMPLES: NEGAÇÃO

Seguiremos a ordem do capítulo anterior e apresentaremos a montagem das


tabelas-verdade para os operadores lógicos descritos. Inicia-se pela negação, que é
uma proposição simples e terá apenas duas linhas na tabela-verdade.

27
Resumo para Concurso Público

Observe que a tabela possui duas colunas. A primeira contém os valores possí-
veis para a proposição simples, que pela fundamentação da lógica é o VERDADEIRO
(V) e o FALSO (F).

p ~p
V F
F V

Já a segunda coluna possui o operador lógico negação. O operador foi aplicado


em cada linha da tabela, gerando o resultado correspondente. Ou seja, se a propo-
sição p é V, sua negação será F e vice-versa.
É importante frisar que as operações da tabela-verdade ocorrem de linha em linha,
ou seja, se na primeira linha temos que a proposição p é V, esse valor permanecerá
assim até que todas as operações daquela linha correspondente tenham terminado.

TABELA-VERDADE PARA DUAS PROPOSIÇÕES SIMPLES

Chegamos a seções nas quais a tabela-verdade fará mais sentido, pois ela é
aplicada em proposições compostas. Iniciando com uma estrutura de duas proposi-
ções simples, vamos primeiramente explicar a organização destas proposições.
Como já sabemos que são duas proposições simples, que chamaremos de p e
q, temos que a tabela-verdade terá quatro linhas:

p q

Importante!

Observe que além das linhas correspondentes da tabela-verdade, inserimos


uma linha inicial indicando qual a proposição que estamos atribuindo o valor
lógico. Isso é de suma importância para se dominar esse conteúdo.

28
Tabelas-Verdade

Agora temos que combinar os dois valores lógicos possíveis entre as proposições,
formando as quatro linhas. Para isso, recomenda-se que sigam os seguintes passos:
I) Na coluna da primeira proposição, atribua o valor de V para a primeira meta-
de das linhas e F para a segunda metade. Ou seja, as duas primeiras linhas são
V e as duas últimas são F:

p q
V
V
F
F

II) Para a segunda coluna, repita o mesmo procedimento dentro de cada valor
lógico atribuído para a coluna anterior. Ou seja, como temos V nas duas primeiras
linhas de p, vamos colocar V na primeira linha e F na segunda. Da mesma forma,
vamos fazer o mesmo procedimento para as duas linhas de p que contém F:

p q
V V
V F
F V
F F

Pronto, a tabela-verdade para duas proposições foi organizada e agora pode-


mos passar para as proposições compostas.

TABELA-VERDADE DA CONJUNÇÃO (“E”)

Seguindo a ordem do capítulo anterior, temos o operador lógico “e”, ou a con-


junção. Para atribuir valores lógicos a essa expressão, cria-se uma terceira coluna na
tabela-verdade e insere no título qual proposição lógica iremos tratar, desta maneira:

p q p∧q
V V
V F
F V
F F

29
Resumo para Concurso Público

No caso da conjunção, temos que ela é VERDADEIRA apenas se as duas pro-


posições compostas, p e q, forem VERDADEIRAS, caso contrário, ela será FALSA.
Usando essa informação, vamos preencher a tabela a seguir.
Na primeira linha, temos que p é VERDADEIRO e q é VERDADEIRO, logo, a con-
junção nesse caso será VERDADEIRA por definição:

p q p∧q
V V V
V F
F V
F F

A segunda linha possui p = V e q = F. Para a conjunção é necessário que as


duas proposições sejam V para ela ser V, logo, ela será FALSA:

p q p∧q
V V V
V F F
F V
F F

Seguindo o mesmo raciocínio, a terceira linha possui p = F e q = V, o que faz


a conjunção ser FALSA:

p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F

Finalmente, a quarta linha possui as duas proposições simples com valor lógico
FALSO, o que faz a conjunção ser FALSA também:

p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F

Esta é a tabela-verdade para conjunção e deve ser memorizada ou resolvida de


forma rápida no caso de tabelas maiores.

30
Tabelas-Verdade

TABELA-VERDADE DA DISJUNÇÃO (“OU”)

Passando agora para o próximo conectivo, que é a disjunção (“ou”). Esse operador
possui a definição contrária a conjunção, de modo que ele só será FALSO no caso de
as duas proposições simples serem FALSAS, caso contrário, será sempre VERDADEIRO.
Montando a tabela:

p q p∨q
V V
V F
F V
F F

A primeira, segunda e terceira linhas possuem ao menos 1 valor lógico VERDA-


DEIRO, ou seja, condição suficiente para o operador lógico ser VERDADEIRO:

p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F

Já a última linha, possui ambas proposições simples com o valor lógico FALSO,
o que faz a disjunção ser FALSA também:

p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F F

A tabela anterior é a tabela da disjunção e também deve ser memorizada.

31
Resumo para Concurso Público

TABELA-VERDADE DA CONDICIONAL (“SE... ENTÃO”)

O próximo conector lógico é a condicional (“Se...então”) e montaremos a tabe-


la-verdade assim como foi feito para com os anteriores:

p q p→q
V V
V F
F V
F F

O princípio deste operador lógico está na relação entre o antecedente (p) e o


consequente (q). Ele será FALSO apenas se p = V e q = F, o que ocorre na segunda
linha. Nos outros casos, ele será VERDADEIRO. Em caso de dúvidas deste operador,
recomenda-se a releitura do capítulo 2.

p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

TABELA-VERDADE DA BICONDICIONAL (“SE... E SOMENTE SE”)

O último operador é o Bicondicional (“Se e somente se”) e a tabela será mon-


tada da mesma forma:

p q p↔q
V V
V F
F V
F F

Montaremos a tabela usando sua lógica simples: Ele será VERDADEIRO se as


duas proposições simples tiverem o mesmo valor lógico e FALSO se tiverem valores
diferentes.

32
Tabelas-Verdade

Com essas informações memorizadas é possível montar QUALQUER tabela-verdade.

p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V

MONTAGEM DE TABELAS USANDO MAIS DE UM OPERADOR LÓGICO

Obviamente que as seções anteriores introduziram as tabelas-verdade fundamen-


tais, que vão auxiliar na montagem de tabelas mais complexas. Vamos apresentar um
exemplo no qual isso será aplicado. Considere a seguinte proposição composta:
(p ∧ q) ↔ (~ p ∨ q)
Observe que a proposição possui duas proposições simples, mas possui três
operações lógicas. Para montar a tabela-verdade desta proposição, devemos fazer
combinações dos resultados fundamentais vistos anteriormente.
Iniciando, vamos montar a estrutura inicial, com as colunas de p e q:

p q
V V
V F
F V
F F

Agora, vamos analisar a expressão: temos dois parênteses separados por uma
bicondicional, portanto, teremos que saber os valores lógicos de cada parêntese
antes de resolver o “se e somente se”. Para isso, vamos criar colunas específicas na
tabela para cada informação e depois agrupá-las.
Começando com a conjunção no primeiro parêntese e atribuindo os valores
lógicos de cada linha, cria-se uma terceira coluna a partir da primeira e da segunda:

p q (p ∧ q)
V V V
V F F
F V F
F F F

33
Resumo para Concurso Público

Agora, vamos resolver o segundo parêntese. Para isso, precisaremos da nega-


ção de p para fazer uma disjunção com q. Logo, vamos criar primeiro uma coluna da
negação e depois faremos a disjunção:

p q (p ∧ q) ~p
V V V F
V F F F
F V F V
F F F V

Observe que esta quarta coluna é a negação da primeira, como deve ser, já
que estamos negando a proposição p. Criaremos agora uma quinta coluna, na qual
faremos a disjunção de ~p (quarta coluna) e q (segunda coluna):

p q (p ∧ q) ~p (~ p ∨ q)
V V V F
V F F F
F V F V
F F F V

Nós temos que utilizar os valores lógicos da quarta e segunda colunas em cada
linha correspondente da tabela. É aqui que muitos candidatos se confundem e aca-
bam usando colunas diferentes. Na primeira linha, temos que a quarta coluna tem
valor F e a segunda coluna tem valor V, assim a disjunção entre elas será V:

p q (p ∧ q) ~p (~ p ∨ q)
V V V F V
V F F F
F V F V
F F F V

34
Tabelas-Verdade

Na segunda linha, temos a quarta e a segunda coluna com valores lógicos FAL-
SO, o que faz a disjunção FALSA:

p q (p ∧ q) ~p (~ p ∨ q)
V V V F V
V F F F F
F V F V
F F F V

Na terceira linha, temos ambos VERDADEIROS, o que faz a disjunção VERDADEIRA:

p q (p ∧ q) ~p (~ p ∨ q)
V V V F V
V F F F F
F V F V V
F F F V

E na quarta linha, temos a quarta coluna VERDADEIRA e a segunda coluna FAL-


SA, o que faz a disjunção ser VERDADEIRA:

p q (p ∧ q) ~p (~ p ∨ q)
V V V F V
V F F F F
F V F V V
F F F V V

Importante!

Fizemos uma disjunção entre a quarta e a segunda coluna, NESTA ORDEM. No


caso da disjunção, se fizéssemos invertido, não haveria problemas, mas nem
sempre isso acontece. A recomendação é que se mantenha a ordem da opera-
ção lógica.

35
Resumo para Concurso Público

Finalmente, vamos criar a sexta coluna que será a bicondicional da terceira e


quinta coluna:

p q (p ∧ q) ~p (~p ∨ q) (p ∧ q)↔(~p ∨ q)
V V V F V
V F F F F
F V F V V
F F F V V

Na primeira linha, temos a terceira coluna VERDADEIRA e a quinta também, que


pela bicondicional gera um valor VERDADEIRO:

p q (p ∧ q) ~p (~p ∨ q) (p ∧ q)↔(~p ∨ q)
V V V F V V
V F F F F
F V F V V
F F F V V

Na segunda linha, temos ambas as colunas FALSAS, que pela bicondicional gera
um valor VERDADEIRO:

p q (p ∧ q) ~p (~p ∨ q) (p ∧ q)↔(~p ∨ q)
V V V F V V
V F F F F V
F V F V V
F F F V V

Na terceira e quarta linhas temos o mesmo caso, com a terceira coluna FALSA e
a quinta VERDADEIRA, o que gera um valor FALSO na bicondicional:

p q (p ∧ q) ~p (~p ∨ q) (p ∧ q)↔(~p ∨ q)
V V V F V V
V F F F F V
F V F V V F
F F F V V F

36
Tabelas-Verdade

Pronto, esses são os resultados possíveis da proposição composta (p ∧ q) ↔ (~ p ∨ q),


variando os valores lógicos das proposições simples p e q que a compõem.

(EMATER-MG – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – GESTÃO CONCURSO – 2018)


Para Alencar (2002, p.14), “na tabela verdade figuram todos os possíveis valores
lógicos da proposição composta, correspondentes a todas as possíveis atribuições
de valores lógicos às proposições simples correspondentes.” Considerando duas
proposições identificadas como p e q, deseja-se construir a tabela verdade da pro-
posição composta ~ (p ᴧ ~ q), conforme descrito na tabela a seguir.

p q ~q (p ∧ ~ q) ~(p ∧ ~ q)
V V
V F
F V
F F
Os valores lógicos da proposição composta ~ (p ᴧ ~ q), descritos de cima para
baixo na última coluna da tabela, serão, respectivamente,
a) (F);(F);(F);(F)
b) (F);(V);(F);(F)
c) (V);(V);(V);(V)
d) (V);(F);(V);(V)

Resposta: Letra D. O exercício já auxiliou deixando a tabela com todas as colu-


nas organizadas. A “pegadinha” é se você esquecer de fazer a negação final, isso
faria você marcar a alternativa B e não a D.

p q ~q (p ∧ ~ q) ~(p ∧ ~ q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V

1. Tabela-Verdade para 3 Proposições Simples

Vamos agora aumentar a complexidade do problema inserindo uma terceira


proposição, que chamaremos de r. Verifique a seguir como ficará a tabela.

37
Resumo para Concurso Público

Pela relação de número de linhas da tabela, teremos então L = 23 = 8 linhas. A


tabela fica na seguinte forma:

p q r

Para organizar todas as combinações possíveis dos valores lógicos, vamos usar
o mesmo artifício visto na tabela com duas proposições simples. Primeiro, vamos
dividir a primeira coluna em dois blocos de 4 linhas, de modo que o primeiro bloco
será VERDADEIRO e o segundo, FALSO:

p q r
V
V
V
V
F
F
F
F

Na segunda coluna, vamos subdividir cada bloco da primeira coluna em dois nova-
mente, colocando VERDADEIRO na primeira parte e FALSO na segunda, desta maneira:

p q r
V V
V V
V F
V F
F
F
F
F

38
Tabelas-Verdade

Veja que o primeiro bloco da primeira coluna, que é VERDADEIRO foi dividido
em dois blocos de duas linhas cada, em um, colocamos duas linhas VERDADEIRO e
nas outras duas linhas, FALSO. Fazendo o mesmo para o bloco seguinte:

p q r
V V
V V
V F
V F
F V
F V
F F
F F

A terceira coluna é mais simples, basta subdividir cada bloco de duas linhas em
uma linha cada, colocando V e F intercalado, montando assim todas as combinações
possíveis:

p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Como exemplo, vamos montar a tabela-verdade da seguinte proposição com-


posta: (~ p → ( q ∧ r)) ↔ (p ∨ r). Com a tabela anterior, vamos organizar quais
informações precisamos para montar a expressão final. Observando o primeiro pa-
rênteses, precisaremos da negação de p, ou seja, ~p.

39
Resumo para Concurso Público

Criando uma quarta coluna e preenchendo em função da primeira:

p q r ~p
V V V F
V V F F
V F V F
V F F F
F V V V
F V F V
F F V V
F F F V

Agora precisaremos fazer a conjunção entre q e r no primeiro parênteses para


poder combinar com a negação de p. Montando a quinta coluna com (q ∧ r), que é
a combinação entre a segunda e a terceira coluna, temos que:

p q r ~p (q ∧ r)
V V V F V
V V F F F
V F V F F
V F F F F
F V V V V
F V F V F
F F V V F
F F F V F

Interessante observar que ficamos apenas com duas linhas com o valor lógico VER-
DADEIRO e isso não é nenhum problema, pois quando se realiza operações lógicas não
teremos sempre a divisão de 50% VERDADEIRO e 50% FALSO. Combinando a quarta e
quinta colunas, podemos formar o primeiro parênteses, que é (~ p → (q ∧ r)):

p q r ~p (q ∧ r) (~ p → (q ∧ r))
V V V F V V
V V F F F V
V F V F F V
V F F F F V
F V V V V V
F V F V F F
F F V V F F
F F F V F F

40
Tabelas-Verdade

Antes de montarmos a bicondicional entre os dois parênteses, precisamos


montar a coluna relativa ao segundo parênteses da expressão. Colocando a conjun-
ção p ∨ r a partir da primeira e terceira colunas:

p q r ~p (q ∧ r) (~ p → ( q ∧ r)) (q ∧ r)
V V V F V V V
V V F F F V V
V F V F F V V
V F F F F V V
F V V V V V V
F V F V F F F
F F V V F F V
F F F V F F F

Finalmente, a oitava coluna é montada a partir da combinação entre a sexta e


a sétima colunas:

p q r ~p (q ∧ r) (~ p → ( q ∧ r)) (q ∧ r) (~p → (q ∧ r)) ↔ (p ∨ r)


V V V F V V V V
V V F F F V V V
V F V F F V V V
V F F F F V V V
F V V V V V V V
F V F V F F F V
F F V V F F V F
F F F V F F F V

O resultado é interessante, pois apenas a sétima linha da proposição completa


possui valor lógico FALSO. Isso pode ser facilmente uma questão de concurso, na
qual pergunta-se quais são os valores lógicos para que a proposição anterior seja
FALSA. A resposta correta é p e q FALSOS e r VERDADEIRO.

41
Resumo para Concurso Público

(EMATER-MG – ASSESSOR JURÍDICO – GESTÃO CONCURSO – 2018) Consi-


dere que temos três proposições, identificadas como p, q e r. Objetiva-se cons-
truir uma tabela-verdade para avaliar os valores lógicos que a proposição com-
posta p v ~ r → q ᴧ ~ r. A esse respeito, avalie as afirmações a seguir.
I. A tabela-verdade, nesse caso, terá seis linhas.
II. A tabela-verdade, nesse caso, terá oito linhas.
III. Haverá apenas três linhas da tabela-verdade na coluna correspondente à
proposição composta p v ~ r → q ᴧ ~ r, que assumirá o valor verdadeiro.
Está correto apenas o que se afirma em 
a) II
b) III
c) I e III
d) II e III

RESPOSTA: Letra A. Antes de montarmos a tabela-verdade, já podemos veri-


ficar que a afirmação I está errada e a II está certa, pois está relacionada com
o número de linhas da tabela, que é uma função apenas da quantidade de
proposições simples, neste caso 3. Montando a tabela-verdade e respeitando a
ordem de resolução dos operadores lógicos, pois não temos parênteses (nega-
ção primeiro, depois as conjunções e disjunções e por fim a condicional), você
verificará que as linhas 2, 5, 6 e 7 são VERDADEIRAS, tornando a afirmação III
incorreta pois ela afirma que são 3 linhas que são VERDADEIRAS.

2. Tabela-Verdade para 4 Proposições Simples


Os problemas envolvendo 4 proposições simples são mais trabalhosos pois
envolvem 16 linhas de análise. Entretanto, a resolução é a mesma dos problemas de
duas ou três proposições simples. Considerando as proposições p, q, r e s, a tabela
fica da seguinte maneira:

p q r s

Continuação da tabela na página seguinte.

42
Tabelas-Verdade

A primeira coluna é dividida em dois blocos de oito linhas, atribuindo V ao pri-


meiro bloco e F ao segundo.

p q r s
V
V
V
V
V
V
V
V
F
F
F
F
F
F
F
F

43
Resumo para Concurso Público

A segunda coluna subdivide a primeira novamente em dois, formando blocos


de quatro linhas, intercalando os valores V e F:

p q r s
V V
V V
V V
V V
V F
V F
V F
V F
F V
F V
F V
F V
F F
F F
F F
F F

A terceira coluna subdivide a segunda em blocos de duas linhas, intercalando V e F:

p q r s
V V V
V V V
V V F
V V F
V F V
V F V
V F F
V F F
F V V
F V V
F V F
Continuação da tabela na página seguinte.

44
Tabelas-Verdade

F V F
F F V
F F V
F F F
F F F

À quarta coluna basta intercalar V e F:

p q r s
V V V V
V V V F
V V F V
V V F F
V F V V
V F V F
V F F V
V F F F
F V V V
F V V F
F V F V
F V F F
F F V V
F F V F
F F F V
F F F F

CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES SEGUNDO A TABELA-VERDADE

Após a montagem de qualquer proposição composta na tabela-verdade, pode-


mos classificar seu resultado de três maneiras:

1. Tautologia
A tautologia ocorre quando todas as linhas da coluna correspondente à propo-
sição composta forem VERDADEIRAS. Ou seja, não importa os valores lógicos das
proposições simples, a proposição composta terá sempre o valor lógico V.

45
Resumo para Concurso Público

Veja a seguir o exemplo. Tabela-verdade para a proposição (p ∧ q) →( p ∨ q).


São duas proposições simples, o que formará quatro linhas na tabela:

p q
V V
V F
F V
F F

Inserindo os dois parênteses na terceira e quarta colunas:

p q (p ∧ q) (p ∨ q)
V V V V
V F F V
F V F V
F F F F

Aplicando a condicional entre a terceira e quarta colunas:

p q (p ∧ q) (p ∨ q) (p ∧ q) → (p ∨ q)
V V V V V
V F F V V
F V F V V
F F F F V

O resultado da proposição composta mostra que todas as linhas geraram um


valor lógico VERDADEIRO. Assim, podemos classificar essa proposição composta
como Tautologia.

Importante!

O exemplo de tautologia foi com duas proposições simples, mas considere que
a classificação é válida também para três ou mais proposições simples.

46
Tabelas-Verdade

2. Contradição

A contradição é exatamente o contrário da tautologia, uma vez que todos os


resultados lógicos da operação da proposição composta devem ser FALSOS. Obser-
ve o exemplo:

Tabela verdade para (p ↔ ~ q) ∧ (p ∧ q).

Antes de montarmos a proposição composta, precisaremos montar a negação


de q, a bicondicional do primeiro parênteses e a disjunção do segundo, assim:

p q ~q (p ↔ ~ q) (p ∧ q)

V V F F V

V F V V F

F V F V F

F F V F F

Combinando a quarta e quinta colunas para montar a disjunção entre os dois


parênteses:

p q ~q (p ↔ ~ q) (p ∧ q) (p ↔ ~ q) ∧ (p ∧ q)

V V F F V F

V F V V F F

F V F V F F

F F V F F F

Como todas as linhas do resultado final são FALSAS, temos uma contradição.

3. Contingência

A contingência é o caso mais simples de todos pois são as tabelas-verdade que


não são tautologia ou contradição, ou seja, possui os dois valores lógicos (V e F) no
resultado final.

47
Resumo para Concurso Público

1. (COLÉGIO PEDRO II – ANALISTA DE TI – CPII - 2019) Considere as proposi-


ções P, Q e R e a seguinte linha de uma tabela verdade, em que V representa o
valor lógico verdadeiro e F, o falso.

P Q R
? ? ? ? F F
Para que a tabela seja corretamente preenchida, os valores lógicos de P e Q
devem ser, respectivamente, iguais a:
a) V e V
b) V e F
c) F e V
d) F e F

Resposta. Letra B. Olhando a proposição P→Q, a única maneira dela ser FALSA
é com P sendo VERDADEIRO e Q sendo FALSO.

2. (CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA – AGENTE ADMINISTRATIVO


– IBFC – 2017) De acordo com o raciocínio lógico proposicional a proposição
composta [p ∨ (~q ↔ r)] → ~p é uma: 
a) Contingência
b) Tautologia
c) Contradição
d) Equivalência

Resposta: Letra A. Construindo a tabela verdade:

p q r ~p ~q (~q ↔ r) p ∨ (~q ↔ r) [p ∨ (~q ↔ r)]→ ~p


V V V F F F V F
V V F F F V V F
V F V F V V V F
V F F F V F V F
F V V V F F F V
F V F V F V V V
F F V V V V V V
F F F V V F F V

48
PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS

INTRODUÇÃO

As proposições categóricas são formadas basicamente por três palavras: Todo,


Nenhum e o Algum. Desta última, deriva-se também o “Algum Não” para comple-
tar as quatro proposições fundamentais. Assim, vamos interpretar e representar as
seguintes expressões:

“TODO A É B”

A primeira proposição categórica é bem conhecida e facilmente interpretada.


Ela afirma que todos os elementos que pertencem ao grupo (ou na nossa lingua-
gem, conjunto) A, também pertence ao conjunto B. Para este caso, temos duas
representações possíveis:

O primeiro caso talvez seja o que a maioria das pessoas pensam quando se diz
que “Todo A é B”, ou seja, o conjunto A sendo subconjunto do conjunto B. Entre-
tanto, quando ambos os conjuntos são coincidentes, ou seja, são exatamente iguais,
a proposição ainda é válida, com todos os elementos do conjunto A pertencentes
também ao conjunto B.

Importante!

Observe que quando falamos que “Todo A é B” não é necessariamente verdade


que “Todo B é A” pois o primeiro caso da figura anterior justifica que nem todos
os elementos de B podem pertencer ao conjunto A.

49
Resumo para Concurso Público

“NENHUM A É B”

A segunda proposição categórica é a mais simples de se observar através do


diagrama de conjuntos pois quando falamos que “Nenhum A é B”, conclui-se que
nenhum elemento do conjunto A pertence ao conjunto B, ou seja, são dois conjun-
tos distintos sem nenhuma intersecção:

Diferentemente da proposição “Todo A é B”, dizer que “Nenhum A é B” é logi-


camente equivalente a dizer que “Nenhum B é A”, ou seja, permite-se a inversão dos
conjuntos sem prejudicar o raciocínio.

“ALGUM A É B”

As próximas duas proposições também são categóricas, mas não casos extre-
mos como as anteriores em que ou temos todos os elementos de A pertencentes
a B ou não temos nenhum. A expressão “Algum A é B” estabelece que ao menos
um elemento pertence também ao conjunto B. Ela não fala quantos elementos de A
pertencem a B (podem ser todos inclusive), o que ela descarta é o fato de nenhum
elemento de A pertencer a B, e essa consideração será importante quando estudar-
mos a negação das proposições categóricas.
Além disso, são quatro diagramas possíveis para interpretar essa proposição:

50
Proposições Categóricas

Os dois primeiros casos remetem ao conjunto A ser subconjunto de B ou vice-


-versa. Em ambos conseguimos afirmar que existe ao menos um elemento de A que
pertence a B. O terceiro caso é o mesmo de “Todo A é B” pois, como dissemos, essa
proposição afirma que temos no mínimo um elemento de A que está em B, então
logicamente todos os elementos de A que pertencerem a B atendem a “Algum A
é B”. E o último caso é aquele em que temos termos exclusivos de A e B, mas uma
região de interseção na qual há elementos pertencentes aos dois conjuntos, satisfa-
zendo a proposição.
Além disso, é possível inverter os conjuntos de posição e manter a lógica cor-
reta, ou seja, se falarmos que “Algum A é B”, pode-se afirmar que “Algum B é A”.

“ALGUM A NÃO É B”

Análogo a proposição anterior, a proposição “Algum A não é B” estabelece que


há ao menos um elemento de A que não pertence ao conjunto B. Novamente não
se estipula quantos elementos de A não são de B (e podem ser todos eles inclusive),
mas sim que não temos todos os elementos de A pertencendo a B, algum necessa-
riamente não será. São três diagramas para representar essa proposição categórica:

No primeiro caso, como temos elementos exclusivos de A e B, esses elementos


exclusivos satisfazem a proposição. No segundo caso, temos B como subconjunto
de A sem serem coincidentes, o que também deixam alguns elementos de A não
pertencendo a B. Finalmente, o terceiro caso, em que A e B não possuem intersecção
(coincidente com “Nenhum A é B”), temos que os elementos de A não pertencem a
B, bastava apenas 1 mas nesse caso foram todos.

51
Resumo para Concurso Público

CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS

As quatro proposições categóricas também possuem nomes formalizados que


são de importante conhecimento para se interpretar enunciados de concursos que
utilizarem essas definições. Vamos a elas:
I) Proposição Universal Afirmativa: A proposição universal afirmativa é equi-
valente a expressão “Todo A é B”, ou seja, todo o universo do conjunto A per-
tence a B.
II) Proposição Universal Negativa: A proposição universal negativa é equiva-
lente a expressão “Nenhum A é B”, ou seja, todo o universo do conjunto A não
pertence a B.
III) Proposição Particular Afirmativa: A proposição particular afirmativa é
equivalente a expressão “Algum A é B”, ou seja, algum caso de todo o universo
do conjunto A pertence a B.
IV) Proposição Particular Negativa: A proposição particular negativa é equi-
valente a expressão “Algum A não é B”, ou seja, algum caso de todo o universo
do conjunto A não pertence a B.

RELAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS


As proposições categóricas possuem relações entre si para aplicarmos valores
lógicos quando necessário. Para ajudar na memorização, construiu-se um diagrama
com as definições apresentadas a seguir:

As proposições que são contraditórias entre si, ou seja, aquelas ligadas pela
diagonal do problema serão justamente as negações lógicas da proposição categó-
rica considerada, ou seja:

52
Proposições Categóricas

- A negação de “Todo A é B” é “Algum A não é B”


- A negação de “Nenhum A é B” é “Algum A é B”
- A negação de “Algum A é B” é “Nenhum A é B”
- A negação de “Algum A não é B” é “Todo A é B”
Nas proposições categóricas, negar uma proposição universal é transformá-la
em uma proposição particular de afirmação contrária e vice-versa. Isso reforça o que
foi dito no início do capítulo: que a negação de “Todo A é B” não é “Nenhum A é B”.
E, agora fica fácil de entender pois para que “Todo A é B” seja falso, basta apenas
um único elemento de A não pertencer a B, o que caracteriza a proposição “Algum
A não é B”.
No caso das relações “subalternas”, quando temos o valor lógico definido da
proposição universal, podemos expandi-lo para a sua correspondente proposição
particular, ou seja:
- O valor lógico da proposição particular afirmativa será o mesmo que o da
proposição universal afirmativa.
- O valor lógico da proposição particular negativa será o mesmo que o da pro-
posição universal negativa.

(PC-ES – PERITO CRIMINAL – FUNCAB – 2013) A negação de “Todos os padei-


ros dessa cidade são talentosos” é:
a) Todos os padeiros dessa cidade não são talentosos.
b) Somente um padeiro dessa cidade é talentoso.
c) Não há padeiro talentoso nessa cidade.
d) Existe algum padeiro dessa cidade que não é talentoso.
e) Não há padeiros nessa cidade.

Resposta: Letra D. A negação de uma proposição universal afirmativa será uma


proposição particular negativa, ou seja, “Algum A não é B” que nesse caso é
“Algum padeiro dessa cidade não é talentoso”.

ANÁLISE COM MAIS DE UMA PROPOSIÇÃO CATEGÓRICA ENVOLVIDA

Os problemas envolvendo proposições categóricas podem ser simples de se


resolver, como visto no exercício comentado anteriormente, porém, existem casos
mais elaborados, nos quais pode haver 3 ou mais conjuntos para serem analisados.

53
Resumo para Concurso Público

Observe esse exemplo extraído de uma banca que aborda muito o raciocínio lógico,
a ESAF:

1. (SERPRO – ANALISTA – ESAF – 2001) Todos os alunos de Matemática são,


também, alunos de Inglês, mas nenhum aluno de inglês é aluno de História.
Todos os alunos de Português são também alunos de informática, e alguns alu-
nos de informática são também alunos de história. Como nenhum aluno de
informática é aluno de inglês, e como nenhum aluno de Português é aluno de
História, então:
a) pelo menos um aluno de Português é aluno de Inglês
b) pelo menos um aluno de Matemática é aluno de História
c) nenhum aluno de Português é aluno de Matemática
d) todos os alunos de Informática são alunos de Matemática
e) todos os alunos de Informática são alunos de Português

Resposta: Letra C. São muitos diagramas para se montar, porém quase todos
são proposições universais de fácil entendimento. Unificando todas as infor-
mações, monta-se o diagrama e se observa que nenhum aluno de Português é
aluno de Matemática.

2. (TTN – ESAF – 1998) Se é verdade que “Alguns A são R” e que “Nenhum G é


R”. então é necessariamente verdadeiro que:
a) Algum A não é G;
b) Algum A é G;
c) Nenhum A é G;
d) Algum G é A;
e) Nenhum G é A.

A resolução continua na página seguinte.

54
Proposições Categóricas

Resposta: Letra A. Observe neste caso que temos 3 conjuntos: A, R e G e eles


estão relacionados por meio de proposições categóricas. Para resolver esse tipo
de problema, temos que utilizar dos diagramas de conjuntos para entendê-lo.
A ordem de aplicação das proposições determina seu êxito no exercício, no
qual recomenda-se começar pelas proposições universais e depois partir para
as particulares. Iniciando, então, por “Nenhum G é R”, o diagrama fica da se-
guinte forma:

Nesse caso, G e R não possuem intersecções. Feito isso, deve-se analisar a pro-
posição “Algum A é R”, que possui 4 casos distintos. Além disso, não sabemos
se A intersecta ou não o conjunto G, portanto teremos que considerar ambos
os casos:
- A é subconjunto de R: Nesta primeira situação, A não poderá intersectar G pois
está dentro de R e nenhum R é G:

- R é subconjunto de A: Nesta primeira situação, podemos ter A intersectando


G ou não:

- A e R são coincidentes: Neste caso, A não cruza G pois nenhum R é G;

A resolução continua na página seguinte.

55
Resumo para Concurso Público

- A e R possuem intersecção com elementos exclusivos: Neste caso, pode-se


haver intersecção ou não de A em G:

Portanto são 6 casos para se analisar e verificar qual alternativa atende todos
simultaneamente:
a) Algum A não é G: Se observarmos os 6 casos, sempre há ao menos um entre
todos os elementos de A que não pertencem a G, ou seja, não há nenhum caso
em que todos os elementos de A estão dentro de G. Logo, esta alternativa apa-
renta ser a correta.
b) Algum A é G: No primeiro, terceiro, quarto e sexto casos, nenhum elemento
de A pertence a G, logo, esta alternativa não é a correta.
c) Nenhum A é G: No segundo e quinto casos, há elementos de A que estão
em G, logo, esta alternativa não é a correta.
d) Algum G é A: Os casos em que A e G não se cruzam eliminam esta alterna-
tiva do mesmo modo que na alternativa b
e) Nenhum G é A: De igual modo às alternativas “b” e “d”, os casos em que A e
G possuem intersecção são suficientes para eliminar esta alternativa.
Logo, encontramos a alternativa correta. O que é importante observar é que
problemas envolvendo mais de uma proposição categórica podem ser com-
plicados e requererem uma análise aprofundada de todos os casos.

56
EQUIVALÊNCIA LÓGICA

INTRODUÇÃO

A equivalência lógica é a relação entre duas proposições lógicas que serão ditas
equivalentes, ou seja, ao se montar a tabela-verdade de ambas, a distribuição dos
valores lógicos será a mesma.
O domínio desta teoria passará ao candidato a segurança de se manipular ex-
pressões lógicas, buscando a equivalência correta nas alternativas da questão. Na
maioria das vezes, os enunciados das questões de equivalência lógica, usando frases
simples como: “A negação da expressão ... é:” ou também “A expressão logicamente
equivalente a ... é:”.
Para resolver esses exercícios, o candidato deverá reconhecer na expressão ori-
ginal que tipo de equivalência pode ser usada e é isso que iremos apresentar nas
seções a seguir.

EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS NOTÁVEIS

Iniciando pelas equivalências mais simples, apresentaremos os cinco primeiros


casos de relações lógicas:
1. Dupla Negação: A dupla negação já foi introduzida quando se definiu o
operador lógico negação, ou o “não” e se apresentou que “a negação da negação
é a própria afirmação”. Em outras palavras, a dupla negação anula dois operadores
“não” que estão juntos, como no exemplo a seguir:
~(~p) = p
Ou seja, os dois operadores lógicos “~” são retirados, restando apenas a pro-
posição simples.
2. Idempotência: A idempotência trata de duas relações, uma com o operador
“e” (conjunção) e outra com o operador “ou” (disjunção). A ideia básica é mostrar
que quando se aplica esses operadores na mesma proposição simples, o resultado
é a própria proposição. Vejam os casos:

p∧p=p
p∨p=p

57
Resumo para Concurso Público

Essa equivalência é fácil verificar na tabela-verdade:

p p∧p p∨p
V V V
F F F

Tanto na tabela-verdade da disjunção e da conjunção, quando ambas as propo-


sições são VERDADEIRAS, o resultado é VERDADEIRO e quando ambas são FALSAS,
o resultado da proposição composta é FALSO.
Usando frases nas proposições, essa propriedade nos permite dizer que se p =
“João é professor”, temos que:
João é professor e João é professor = João é professor
João é professor ou João é professor = João é professor
3. Comutação: A propriedade comutativa da equivalência lógica é análoga a pro-
priedade de mesmo nome da matemática. Ela descreve que podemos mudar a
ordem das proposições simples sem afetar o resultado final. Existem três casos:
p∧q=q∧p
p∨q=q∨p
p↔q=q↔p
Ou seja, para a disjunção, conjunção e bicondicional é possível inverter a ordem das
proposições simples, mantendo o resultado final da proposição composta. Usando nova-
mente frases como exemplo, temos que se p = “Andei 5km” e q = “Tomei um suco”:
Andei 5km e tomei um suco = Tomei um suco e andei 5 km
Andei 5km ou tomei um suco = Tomei um suco ou andei 5 km
Andei 5km se e somente se tomei um suco = Tomei um suco se e somente se
andei 5 km

Importante!

O leitor mais atento percebeu uma potencial “pegadinha” nesta propriedade,


pois ela não vale para o operador “Se...então” que é a condicional. Muita aten-
ção quando for utilizar essa propriedade!

4. Associação: A propriedade associativa também tem a mesma característica


encontrada na matemática, na qual você pode inverter a ordem das operações
lógicas. Isso só pode ser feito caso tenhamos APENAS disjunção e conjunção
nas operações, observe:

58
Equivalência Lógica

p ∧ (q ∧ r) = (p ∧ q) ∧ r
p ∨ (q ∨ r) = (p ∨ q) ∨ r
O que a propriedade nos mostrou é que podemos fazer a operação entre p e q
antes de realizar a operação entre q e r.
5. Distribuição: A propriedade distributiva também segue a analogia da pro-
priedade vista na matemática, sendo conhecida também como a propriedade
“chuveirinho”, em que a partir de um operador lógico externo aos parênteses,
faz-se a distribuição nos elementos internos, desta forma:
p ∧ (q ∨ r) = (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
p ∨ (q ∧ r) = (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
Observe novamente que essa propriedade também é válida APENAS para os
operadores disjunção (“e”) e conjunção (“ou”), sendo incorreto aplicar na condicio-
nal e na bicondicional. Usando frases como exemplo, considere que: p = “Almir é
biólogo”, q = “Joseval é escritor” e r = “Arlequina é bandida”, assim:
A propriedade p ∧ (q ∨ r) = (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) nos permite dizer que a proposição: “Al-
mir é biólogo, e Joseval é médico ou Arlequina é bandida” é equivalente à proposição:
“Almir é biólogo e Joseval é escritor, ou Almir é biólogo e Arlequina é bandida”
Já a propriedade p ∨ (q ∧ r) = (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) nos permite dizer que a proposição:
“Almir é biólogo, ou Joseval é médico e Arlequina é bandida” é equivalente à proposi-
ção: “Almir é biólogo ou Joseval é escritor, e Almir é biólogo ou Arlequina é bandida”

NEGAÇÃO DOS OPERADORES LÓGICOS

Este tópico provavelmente é o mais importante deste capítulo pois apresen-


tará as negações das proposições lógicas mais utilizadas: “Disjunção”, “Conjunção”,
“Condicional” e “Bicondicional”.
1. Negação da Conjunção – Regra de De Morgan: As negações da conjunção
e da disjunção são conhecidas como Regras de De Morgan e são fáceis de me-
morizar pela sua estrutura simples:
∼(p ∧ q) = ~p ∨ ∼q
A regra nos diz que ao negar uma conjunção, podemos negar individualmente
cada proposição simples trocando o operador “e” por um operador “ou”. A prova
desta relação se dá na tabela-verdade a seguir:

p q (p ∧ q) ~(p ∧ q) ~p ~q ~p ∨ ∼q
V V V F F F F
V F F V F V V
F V F V V F V
F F F V V V V

59
Resumo para Concurso Público

Observando a quarta e a sétima coluna, verifica-se o mesmo valor lógico em


todas as linhas, o que prova a equivalência.
Usando frases como exemplo, se considerarmos p = “Eu sei nadar” e q = “Eu
sei correr”, a negação correta de “Eu sei nadar e sei correr” será “Eu não sei nadar
ou não sei correr”

(EMSERH – PSICÓLOGO – FUNCAB – 2016) Dizer que não é verdade que Fran-
cisco é dentista e Tânia é enfermeira, é logicamente equivalente a dizer que é
verdade que:
a) Se Francisco não é dentista, então Tânia não é enfermeira.
b) Francisco não é dentista e Tânia não é enfermeira.
c) Se Francisco não é dentista, então Tânia é enfermeira.
d) Francisco não é dentista ou Tânia não é enfermeira.
e) Francisco é dentista ou Tânia não é enfermeira.

Resposta: Letra D. Aplicando a regra de De Morgan, a negação da conjunção


será a disjunção das negações, então nega-se ambas as proposições e aplica-se
o operador “ou”.

2. Negação da Disjunção – Regra de De Morgan: A negação da disjunção


também é conhecida como Regra de De Morgan:
∼(p ∨ q) = ~p ∧ ∼q
A regra nos diz que ao negar uma disjunção, podemos negar individualmente
cada proposição simples trocando o operador “ou” por um operador “e”. A prova
desta relação se dá na tabela-verdade a seguir:

p q (p ∨ q) ~(p ∨ q) ~p ~q ~p ∧ ∼q
V V V F F F F
V F V F F V F
F V V F V F F
F F F V V V V

Observando a quarta e a sétima coluna, verifica-se o mesmo valor lógico em


todas as linhas, o que prova a equivalência.

60
Equivalência Lógica

Usando frases como exemplo, se considerarmos p = “Andei de bicicleta” e q


= “joguei futebol”, a negação correta de “Eu andei de bicicleta ou joguei futebol”
será “Eu não andei de bicicleta e não joguei futebol”.

(TJ-SP – ESCREVENTE – VUNESP – 2017) Uma negação lógica para a afirmação


“João é rico, ou Maria é pobre” é:
a) Se João é rico, então Maria é pobre
b) João não é rico, e Maria não é pobre
c) João é rico, e Maria não é pobre
d) Se João não é rico, então Maria não é pobre
e) João não é rico, ou Maria não é pobre

Resposta: Letra B. Aplicando a regra de De Morgan, a negação da disjunção


será a conjunção das negações.

3. Negação da Condicional: A negação da condicional é uma expressão que


vem derivada de outras duas equivalências lógicas: Regra de De Morgan e
Implicação material (apresentada nos tópicos seguintes). Como a ideia não é
apresentar deduções, vamos mostrar a equivalência e prová-la através da ta-
bela-verdade:
∼(p → q) = p ∧ ∼q
Montando a tabela-verdade:

p q (p → q) ~(p → q) ~q p ∧ ∼q
V V V F F F
V F F V V V
F V V F F F
F F V F V F

Comparando a quarta e sexta colunas, podemos observar que todas as linhas


possuem os mesmos valores lógicos, comprovando a equivalência desta negação.
Usando frases como exemplo, se considerarmos p = “Fiz muitos gols” e q =
“Sou o artilheiro”, a negação correta de “Se fiz muitos gols então sou o artilheiro”
será “Fiz muitos gols e não sou o artilheiro”.

61
Resumo para Concurso Público

(PREFEITURA DE MARILÂNDIA – AGENTE ADMINISTRATIVO – IDECAN


– 2016) A negação da proposição composta “Se goleia o rival, então é cam-
peão” é equivalente a:
a) Não goleia o rival e é campeão.
b) Goleia o rival e não é campeão.
c) Não goleia o rival ou é campeão.
d) Nem goleia o rival, nem é campeão.

Resposta: Letra B. A negação da condicional é uma conjunção da primeira


proposição com a negação da segunda, o que aparece na alternativa B.

4. Negação da Bicondicional: Certamente a negação da bicondicional é a ex-


pressão mais difícil dentre as apresentadas na equivalência lógica. Ela não é
simples de deduzir e usaremos a mesma abordagem da negação da condicio-
nal, que é apresentar a expressão e provar com a tabela-verdade:

∼(p ↔ q) = (p ∧ ∼q) ∨ (q ∧ ~p)

Montando a tabela-verdade:

p q p ↔ q ~(p ↔ q) ~p ~q (p ∧ ∼q) (q ∧ ~p) (p ∧ ∼q) ∨ (q ∧ ~p)


V V V F F F F F F
V F F V F V V F V
F V F V V F F V V
F F V F V V F F F

Observando a quarta e nona colunas, verifica-se o mesmo valor lógico em to-


das as linhas, o que prova a equivalência lógica.
Usando frases como exemplo, se considerarmos p = “Passei de ano” e q =
“Tirei 10 na prova”, a negação correta de “Passei de ano se e somente se tirei
10 na prova” será “Passei de ano e não tirei 10 na prova ou tirei 10 na prova e não
passei de ano”.

62
Equivalência Lógica

(TJ-PR – ANALISTA JUDICIÁRIO – PUC-PR – 2017) Arno, especialista em ló-


gica, perguntou: qual a negação de “hoje é carnaval se, e somente se, for 8 ou
9 de fevereiro”?
A resposta CORRETA é: 
a) Hoje não é Carnaval se, e somente se, não for 8 ou 9 de fevereiro.
b) Hoje não é Carnaval e não é 8 nem 9 de fevereiro.
c) Hoje não é Carnaval e é 8 ou 9 de fevereiro ou hoje é Carnaval e não é nem
8 e nem 9 de fevereiro.
d) Hoje é Carnaval e é 8 de fevereiro.
e) Hoje é Carnaval e é 8 ou 9 de fevereiro ou hoje não é Carnaval e não é nem
8 e nem 9 de fevereiro.

Resposta: Letra C. Questão trabalhosa, mas possível. Considere p = “Hoje é


Carnaval” e q = “É 8 ou 9 de fevereiro”. Aplicando a negação da bicondicio-
nal, temos que: (p ∧ ∼q) ∨ (q ∧ ~p) = Hoje é carnaval e não é nem 8 e nem 9
de fevereiro ou é 8 ou 9 de fevereiro e não é carnaval. Usando a propriedade
comutativa na qual podemos inverter a ordem das proposições, conseguimos
montar a alternativa C.

EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS DA CONDICIONAL E BICONDICIONAL

Além das negações dos operadores lógicos condicional e bicondicional, exis-


tem outras equivalências lógicas importantes que estatisticamente são cobradas
com certa frequência nos concursos públicos e serão apresentadas a seguir:
1. Implicação Material: A implicação material é uma equivalência lógica aplicada
ao operador condicional que transforma esse operador em uma disjunção (“ou”):
(p → q) = ~p ∨ q
Montando a tabela-verdade:

p q (p → q) ~p ~p ∨ q
V V V F V
V F F F F
F V V V V
F F V V V

A terceira e quinta colunas possuem os mesmos valores lógicos em todas as


linhas, podendo afirmar que são, portanto, proposições equivalentes.

63
Resumo para Concurso Público

Usando frases como exemplo, se considerarmos p = “Andei distraído” e q =


“Tropecei na calçada”, uma expressão equivalente a “Se andei distraído então tro-
pecei na calçada” será “Não andei distraído ou tropecei na calçada”.

(ANAC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF – 2016) A proposição “se o voo


está atrasado, então o aeroporto está fechado para decolagens” é logicamente
equivalente à proposição:
a) o voo está atrasado e o aeroporto está fechado para decolagens.
b) o voo não está atrasado e o aeroporto não está fechado para decolagens.
c) o voo está atrasado, se e somente se, o aeroporto está fechado para decolagens.
d) se o voo não está atrasado, então o aeroporto não está fechado para decolagens.
e) o voo não está atrasado ou o aeroporto está fechado para decolagens.

Resposta: Letra E. Como a questão envolve condicional, devemos pensar em


aplicar a implicação material ou a transposição. Olhando as alternativas, temos
apenas uma delas que é condicional, então provavelmente será melhor aplicar
a implicação material primeiro, que gera o seguinte resultado: “O voo não está
atrasado ou o aeroporto está fechado para decolagens”.

2. Transposição: A transposição, como o próprio nome diz, é aplicada ao ope-


rador condicional, trocando de posição as proposições simples, algo que não é
permitido diretamente pela propriedade comutativa apresentada anteriormen-
te. A equivalência é a seguinte:
(p → q) =(~q → ~p)
Ou seja, nega-se e inverte-se as proposições simples para formar a equivalên-
cia. Comprovando pela tabela-verdade:

p q (p → q) ~p ~q (~q → ~p)
V V V F F V
V F F F V F
F V V V F V
F F V V V V

Assim, como a terceira e sexta colunas são idênticas, temos a equivalência ló-
gica comprovada.
Usando as frases da implicação material como exemplo novamente, se con-
siderarmos p = “Andei distraído” e q = “Tropecei na calçada”, uma expressão
equivalente a “Se andei distraído então tropecei na calçada” será “Se não tropecei
na calçada, então não andei distraído”.

64
Equivalência Lógica

Importante!

Sempre que no enunciado de um exercício de equivalência tivermos o operador


condicional, desconfie se não será aplicada as regras de implicação material ou
transposição, normalmente elas serão utilizadas para resolver a questão!

(PM-RJ – ADMINISTRADOR – PM-RJ – 2016) Uma proposição logicamente


equivalente a “se eu não posso pagar um táxi, então vou de ônibus” é a seguinte: 
a) se eu não vou de ônibus, então posso pagar um táxi 
b) se eu posso pagar um táxi, então não vou de ônibus
c) se eu vou de ônibus, então não posso pagar um táxi
d) se eu não vou de ônibus, então não posso pagar um táxi

Resposta: Letra A. Como todas as alternativas são condicionais, provavelmente


o exercício se resolve aplicando a transposição. Negando as duas proposições
e invertendo a ordem, temos que “Se eu não vou de ônibus, então posso pagar
um táxi”. Observe que já temos uma negação na frase original e, na hora de
negarmos, faremos uma dupla negação, eliminando os dois “não”.

3. Equivalência Material: A equivalência material é a última relação que ve-


remos neste capítulo e envolve o operador bicondicional que sempre irá pro-
porcionar expressões maiores para memorização. Além disso, são dois casos
para se analisar: O primeiro, transforma-se a bicondicional em duas operações
condicionais:
(p ↔ q) = (p → q) ∧ (q → p)
Intuitivamente essa expressão não é difícil pois o próprio nome “bicondicional”
já se refere a “duas condicionais”. O importante é lembrar que as duas condicionais
são ligadas por um operador “e” e não por um operador “ou”. A tabela-verdade fica:

p q (p ↔ q) (p → q) (q → p) (p → q) ∧ (q → p)
V V V V V V
V F F F V F
F V F V F F
F F V V V V

65
Resumo para Concurso Público

Usando frases como exemplo, se considerarmos p = “A bolsa é azul” e q = “O


estojo é vermelho”, uma expressão equivalente para “A bolsa é azul se e somente se
o estojo é vermelho” será “Se a bolsa é azul então o estojo é vermelho e se o estojo
é vermelho então a bolsa é azul”.
O outro caso de equivalência material é a conversão da bicondicional em ope-
radores “ou” e “e”:
(p ↔ q) = (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)
Essa expressão não é tão intuitiva como o primeiro caso, mas dá para se criar um
raciocínio imaginando que a bicondicional foi separada em duas conjunções das afir-
mações e negações ligadas por uma disjunção. A tabela-verdade fica desta maneira:

p q (p ↔ q) ~p ~q (p ∧ q) (~p ∧ ~q) (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)


V V V F F V F V
V F F F V F F F
F V F V F F F F
F F V V V F V V

Com a terceira e oitava coluna idênticas, temos a equivalência comprovada.


Usando as mesmas frases como exemplo, se considerarmos p = “A bolsa é azul” e
q = “O estojo é vermelho”, uma outra expressão equivalente para “A bolsa é azul se
e somente se o estojo é vermelho” será “A bolsa é azul e o estojo é vermelho ou a
bolsa não é azul e o estojo não é vermelho”.

(PM-RJ – ADMINISTRADOR – PM-RJ – 2016) A proposição equivalente para


“A lua é um satélite natural se e somente se Saturno tem anéis” é:
a) Se a Lua é um satélite natural, então Saturno tem anéis ou Se Saturno tem
anéis, então a Lua é um satélite natural
b) Se a Lua é um satélite natural, então Saturno não tem anéis e Se Saturno não
tem anéis, então a Lua é um satélite natural
c) Se a Lua é um satélite natural, então Saturno tem anéis e Se Saturno tem
anéis, então a Lua é um satélite natural
d) Se a Lua não é um satélite natural, então Saturno não tem anéis e Se Saturno
tem anéis, então a Lua é um satélite natural

Resposta: Letra C. Aplicando a equivalência material que transforma a bicon-


dicional em duas condicionais, temos que “Se a Lua é um satélite natural, então
saturno tem anéis e se Saturno tem anéis, então a Lua é um satélite natural”.

66
LÓGICA DA ARGUMENTAÇÃO

INTRODUÇÃO

Tanto o argumento quanto a proposição formam as bases para o estudo da


lógica. Todavia, a proposição ainda continua sendo o elemento fundamental, pois
a partir dela que são construídos os argumentos. Mas, afinal de contas, o que é
um Argumento? Essa definição é importante para o seguimento do capítulo e será
apresentada a seguir.
Um argumento é feito de uma composição de duas ou mais proposições. Dife-
rentemente de uma proposição composta, o argumento apresenta as proposições
de maneira separada, classificando-as em dois tipos: Premissas e Conclusão. As pre-
missas são as bases e as informações que irão nortear a Conclusão (que é única, ape-
nas 1 proposição pode ser a conclusão). Assim, a estrutura básica de um argumento
é: Premissas → Conclusão.
Normalmente, os argumentos são apresentados na forma vertical, separando
as premissas e a conclusão por um traço, desta maneira:

As três premissas informam que há uma característica genética de olhos azuis


na família, na qual seu pai e você possuem olhos azuis. Dadas essas informações,
concluiu-se que seu filho terá a mesma característica, ou seja, olho azul.
Como este argumento é mais genérico, vamos a um mais direto que se lida em
concursos:

Todos os brasileiros são devedores


Eu sou brasileiro
Logo, eu sou um devedor

A argumentação apresenta que o grupo denominado “brasileiros” pertence em


sua integralidade ao conjunto “devedores”. Assim, se eu pertenço ao grupo dos
“brasileiros”, naturalmente estarei no grupo “devedores”.
Um ponto importante a se ressaltar neste exemplo é a estrutura particular dele.
Quando tivermos um argumento composto por 2 (duas) premissas e a conclusão,
ele será considerado um caso particular e terá o nome de silogismo.
Ambos os argumentos foram conclusões verdadeiras das premissas que con-
sideramos. Neste caso, iremos classificá-los como argumentos válidos, ou seja, as
premissas levam a esta conclusão.

67
Resumo para Concurso Público

A oposição disso é justamente uma ou mais premissas falharem na conclusão, e


isso tornará o argumento inválido, pois não atende integralmente todas as premissas.
Outros casos de argumentos que podem ser cobrados são aqueles que envolvem
conectivos lógicos como, por exemplo, este exercício que caiu em um concurso:

Se a lógica é fácil, então Sócrates foi mico de circo


Lógica não é fácil
Logo, Sócrates foi mico de circo

p: A lógica é fácil e q: Sócrates foi mico de circo, tem-se que:


p"q
~p
~q
Ou seja, toda a argumentação é montada sob proposições compostas ligadas pe-
los conectivos lógicos. Nos concursos públicos, isso pode aparecer diretamente, ou em
forma de frases em que o leitor deverá convertê-la para expressões lógicas. Para verificar
se o argumento é válido ou não, usaremos as técnicas apresentadas a seguir.

ANÁLISE DA VALIDADE DOS ARGUMENTOS

Normalmente, quando os argumentos são analisados, a primeira estratégia


pensada é o uso dos diagramas de conjuntos, ou conhecidos também como diagra-
mas de Euler. Essa estratégia será a primeira a ser apresentada nesta seção, porém,
é importante que fique claro que ela funciona em alguns casos específicos e que em
casos onde o argumento foi construído sob conectivos lógicos (exemplo anterior),
sua praticidade não é encontrada. Logo, serão apresentadas 4 estratégias definitivas
para se resolver qualquer problema de argumentação.

Importante!

Você encontrará exercícios nos quais mais de uma técnica pode ser usada para
sua resolução. Esta apostila será uma referência para sugestão de qual técni-
ca utilizar. Caso consiga resolver por outra técnica, é um ponto a mais no seu
aprendizado.

1. Diagramas de Conjuntos (Euler)


A análise de argumentos usando os diagramas de conjuntos só é efetivamente vanta-
josa se os argumentos forem montados com proposições categóricas (capítulo 5). Ou seja,
as premissas devem conter as expressões que designam este tipo, como todo, nenhum,
algum e algum não. Algumas variações podem existir, como pelo menos um e cada um,
mas sempre serão remetidas as proposições que aprendemos no capítulo anterior.

68
Lógica da Argumentação

Este método prevê que desenharemos as premissas dentro de cada conjunto


correspondente, procurando as interseções entre eles. Após a construção do diagra-
ma, verifica-se a validade do argumento.
Exemplo:

Todas as mulheres são morenas


Nenhuma morena canta
Logo, nenhuma mulher canta

O ponto chave da lógica da argumentação é verificar se a conclusão é uma


consequência lógica das premissas. Isso será feito neste caso usando os conjuntos.
A primeira proposição diz que todas as mulheres são morenas, assim o conjunto
“mulheres” está dentro ou é coincidente ao conjunto “morenas”:

A segunda proposição diz que nenhuma morena canta, ou seja, não há inter-
secção entre esses conjuntos:

69
Resumo para Concurso Público

Assim, a conclusão torna-se válida pois o conjunto mulheres também não pos-
sui intersecção com o conjunto “cantoras”, tornando o argumento válido. É impor-
tante frisar que sabemos que parte das mulheres não são morenas, mas isso não
pode interferir na validade do argumento. A única coisa que devemos ver sob o
ponto de vista lógico é que se as premissas forem verdadeiras, temos que ter a
conclusão verdadeira.
Agora, um exemplo de argumento inválido. Observe:
Todos os convidados são parentes do aniversariante
Roberto não é um convidado
Logo, Roberto não é parente do aniversariante

Repetindo a estratégia do exemplo anterior, temos que a primeira premissa


nos mostra que o conjunto “convidados” está dentro ou é coincidente ao conjunto
“parentes”:

ou

A segunda premissa nos mostra que Roberto não é um convidado. Neste caso,
veja que temos três possibilidades, duas no primeiro caso da premissa e um no se-
gundo caso. A posição de Roberto está indicada com um “X”:

ou ou

70
Lógica da Argumentação

A conclusão nos fala que Roberto não é parente, o que é verdade na segunda
e na terceira possibilidade. Na primeira, ambas as premissas são atendidas, mas a
conclusão é falsa, já que Roberto está dentro do conjunto parentes.
Quando uma ou mais das possibilidades falha, não temos garantia integral do
argumento, tornando-o inválido.

(TCE-RS – ENGENHEIRO – CESPE – 2004) A seguinte afirmação é válida:


Premissa 1: Toda pessoa honesta paga os impostos devidos
Premissa 2: Carlos paga os impostos devidos
Conclusão: Carlos é uma pessoa honesta
( ) CERTO   ( ) ERRADO

Resposta: Errado. Montando as premissas dentro do diagrama de Euler, se o


conjunto “pagam impostos” e “honestos” não forem coincidentes, não há como
garantir que Carlos está necessariamente dentro do conjunto “honestos”. Por-
tanto, o argumento torna-se inválido.

2. Premissas Verdadeiras
A segunda estratégia já envolve premissas que não tenham as proposições categó-
ricas. Ela é eficiente quando ao menos uma das proposições é simples, ou seja, não há
nenhum conectivo lógico com ela, ou se temos uma das premissas com uma conjunção,
pois assim conseguimos valorar logicamente as proposições simples que a compõem.
Para avaliar a validade do argumento, basta adotar que todas as premissas são
verdadeiras e a partir da proposição simples, verificar se a conclusão mantém-se
verdadeira.
Se o resultado da conclusão for verdadeiro, o argumento é válido, caso con-
trário, se a conclusão for falsa ou se você não conseguir definir seu valor lógico, ele
será inválido.
Vamos a um exemplo:
P"Q

R " ~Q
R
~P
Esse argumento está montado apenas com os valores lógicos e temos uma
proposição simples no terceiro argumento. Assim, vamos adotar a estratégia de
premissas verdadeiras.

71
Resumo para Concurso Público

Ou seja:
P"Q=V
R " ~Q = V

R=V
~P
Na terceira proposição, temos que R é verdadeiro e a partir disso, para a segun-
da premissa ser verdadeira, temos que ter ~Q = V, ou seja Q = F.
Esse resultado implica na primeira premissa, pois se Q = F, para a condicional
ser verdadeira, precisaremos ter que P seja falso, ou seja, P = F.
Com os três valores lógicos, podemos avaliar a conclusão, em que se P = F,
temos ~P = V, tornando a conclusão verdadeira e o argumento válido.
Se após essas associações tivéssemos encontrado ~P = F, teríamos uma contra-
dição, o que tornaria o argumento inválido.

(TCE-AC – ANALISTA – CESPE – 2008) Considere que as seguintes proposições


são premissas de um argumento:
1. César é o presidente do tribunal de contas e Tito é um conselheiro.
2. César não é o presidente do tribunal de contas ou Adriano impõe penas dis-
ciplinares na forma da lei.
3. Se Adriano é vice-presidente do tribunal de contas, então Tito não é o corregedor.
Com base nas definições apresentadas no texto acima, assinale a opção em que a
proposição apresentada, junto com essas premissas, forma um argumento válido:
a) Adriano não é o vice-presidente do tribunal de contas.
b) Se César é o presidente do tribunal de contas, então Adriano não é o corregedor.
c) Se Tito é o corregedor, então Adriano é o vice-presidente do tribunal de contas.
d) Tito não é o corregedor.
e) Adriano impõe penas disciplinares na forma da lei.
Resposta: Letra E. Utilizando o método de premissas verdadeiras, a primeira pre-
missa já nos garante que César é o presidente do tribunal de contas e Tito é um
conselheiro. Na segunda, como temos uma disjunção e a primeira proposição é fal-
sa, já que César é o presidente do tribunal, temos que ter que Adriano impõe penas
disciplinares na forma da lei, o que é exatamente a alternativa E. Para completar, a
terceira premissa fica indefinida sob o ponto de vista lógico, uma vez que não te-
mos informações suficientes para determinar se Adriano é ou não vice-presidente
do TCE, mas isto não afeta a escolha da alternativa correta.

72
Lógica da Argumentação

3. Tabela-Verdade

O método de resolução do argumento por tabela verdade é utilizado quando


não se consegue resolver pelos dois métodos anteriores, ou seja, quando não temos
proposições categóricas ou quando não temos premissas sob a forma de proposi-
ções simples ou uma delas sendo uma conjunção. Entretanto, mesmo para o caso
em que o método de premissas verdadeiras é aplicável, a tabela verdade pode ser
utilizada, tornando um método mais genérico.

A resolução se baseia na construção da tabela verdade e temos que olhar as


linhas correspondentes a todas as premissas possuírem o valor VERDADEIRO. Se
nessa linha, a conclusão também for VERDADEIRA, temos um argumento válido,
caso contrário, ele será inválido.

Importante!

Lembre-se que a quantidade de linhas da tabela-verdade é calculada em fun-


ção da quantidade de proposições simples que formam as premissas. Quanto
maior o problema, mais trabalhoso será a sua resolução!

Vamos analisar um exemplo passo a passo:

Analise o argumento a seguir e verifique se ele é válido:

Se Pablo é ator e Irene é médica, então João é carpinteiro.

João não é carpinteiro ou Irene é médica.

Logo, Pablo não é ator ou Irene é médica.

Passando para a linguagem lógica, temos que:

(p / q) " r
~r 0 q
~ 0 ~q

Observe que este argumento possui duas premissas e uma conclusão, porém é
formado por três proposições simples. Assim, a tabela-verdade terá 8 linhas e não 4.
Construindo a base da tabela:

73
Resumo para Concurso Público

p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

As próximas duas colunas serão correspondentes à primeira premissa:

p q r (p ∧ q) (p ∧ q) → r
V V V V V
V V F V F
V F V F V
V F F F V
F V V F V
F V F F V
F F V F V
F F F F V

As duas colunas seguintes são correspondentes à segunda premissa:

p q r (p ∧ q) (p ∧ q) → r ~r ~r ∨ q
V V V V V F V
V V F V F V V
V F V F V F F
V F F F V V V
F V V F V F V
F V F F V V V
F F V F V F F
F F F F V V V

74
Lógica da Argumentação

Agora, as próximas três colunas se referem a conclusão:

p q r (p ∧ q) (p ∧ q) → r ~r ~r ∨ q ~p ~q ~p ∨ ~q
V V V V V F V F F F
V V F V F V V F F F
V F V F V F F F V V
V F F F V V V F V V
F V V F V F V V F V
F V F F V V V V F V
F F V F V F F V V V
F F F F V V V V V V

Com a tabela construída, temos que identificar as linhas que possuem ambas
as premissas verdadeiras, ou seja, temos que analisar a quinta e sétima colunas, pro-
curando as linhas em que ambas são V. Se observarmos, encontraremos a primeira,
quarta, quinta, sexta e oitava linhas nesta configuração:

p q r (p ∧ q) (p ∧ q) → r ~r ~r ∨ q ~p ~q ~p ∨ ~q
V V V V V F V F F F
V V F V F V V F F F
V F V F V F F F V V
V F F F V V V F V V
F V V F V F V V F V
F V F F V V V V F V
F F V F V F F V V V
F F F F V V V V V V

Observando essas cinco linhas, temos que a conclusão (última coluna) é VER-
DADEIRA em quatro delas, excetuando-se apenas a primeira linha, na qual a conclu-
são, assim, como nem todos os casos foram atendidos, o argumento é inválido. Vale
lembrar que basta 1 caso FALSO para o argumento não ser válido.

75
Resumo para Concurso Público

(PF – ESCRIVÃO – CESPE – 2009) A sequência de proposições a seguir constitui


uma dedução correta:
Se Carlos não estudou, então ele fracassou na prova de Física.
Se Carlos jogou futebol, então ele não estudou.
Carlos não fracassou na prova de Física.
Carlos não jogou futebol.
( ) CERTO  ( ) ERRADO

Resposta: Certo. Considerando as três primeiras linhas como premissas e a úl-


tima como conclusão, chamaremos de a: Carlos estudou, b: Carlos fracassou na
prova de Física e c: Carlos jogou futebol. Construindo a tabela-verdade com a
ordem estudada nesta apostila, teremos que apenas a linha 4 terá as 3 premis-
sas VERDADEIRAS simultaneamente e nesta linha temos também a conclusão
VERDADEIRA. Logo, este argumento é válido.

CONCLUSÃO FALSA

Para os casos em que temos um número de proposições simples maior (acima


de 3), uma alternativa ao invés de se aplicar uma tabela verdade que terá muitas
linhas será o método da conclusão Falsa, ou seja, considera-se o valor lógico FALSO
na conclusão além de considerar as premissas VERDADEIRAS. Se este caso existir, te-
remos um argumento inválido, caso contrário, ele será válido. Este método funciona
bem quando a conclusão é uma condicional ou uma conjunção, pois conseguiremos
atribuir valores lógicos a todas as proposições simples que a compõem.
Observe o exemplo a seguir, extraído do livro Raciocínio Lógico Simplificado, de
Sérgio Carvalho e Weber Campos, um dos livros que usamos como referência para
montar esta apostila:
A " (B 0 C)

B " ~A

D " ~C
A " ~D
Temos 4 proposições simples formando o argumento, o que faria a tabela-ver-
dade ter 16 linhas. Se tentarmos pelo método de premissas verdadeiras, teríamos
muitos casos a analisar, uma vez que as mesmas são condicionais. Para facilitar,
vamos então adotar também a conclusão FALSA, o que para a condicional tem-se
apenas um caso, que é a proposição da esquerda VERDADEIRA e da direita FALSA,
assim, temos que A = V e ~D = F ⟹ D = V.

76
Lógica da Argumentação

Com esses valores lógicos definidos, podemos ir para a segunda premissa, na qual
sabemos o valor de ~A = F. Para essa premissa ser verdadeira, teremos que ter B = F. Na
primeira premissa, a condicional será verdadeira, dado que A = V se (B ∨ C) = V. Como
B = F, temos que ter C = V para atender a primeira premissa. Finalmente, como D
= V, temos que ter ~C = V ⟹ C = F, mas isso contradiz a primeira premissa que
determinou que C = V.
Como houve falha em provar que a conclusão é FALSA com as premissas VER-
DADEIRAS, temos que a conclusão é VERDADEIRA o que faz o argumento VÁLIDO!

1. (PREF. PORTO CALVO-AL – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – UFAL – 2019)


Dados os argumentos:
I. Todos os alagoanos são hospitaleiros
Geraldo é hospitaleiro
Logo, Geraldo é alagoano
II. Todos os alagoanos são hospitaleiros
Geraldo é alagoano
Logo, Geraldo é hospitaleiro.
III. Todos os maceioenses são alagoanos
Existem alagoanos estudiosos
Logo, existem maceioenses estudiosos.
Verifica-se que são válidos
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas
e) I, II e III.

Resposta. Letra B. O primeiro argumento é inválido pois sabemos apenas que


todos os alagoanos são hospitaleiros, mas não sabemos se há hospitaleiros que
não são alagoanos, sem essa certeza, o argumento é inválido. No segundo, o
fato do conjunto alagoano pertencer integralmente ao conjunto hospitaleiros
faz com que esse argumento seja válido e o terceiro argumento é inválido pois
o fato de existir alagoanos estudiosos não me garante que algum deles seja
maceioense.

77
Resumo para Concurso Público

2. (SEGER-ES – TODOS OS CARGOS – CESPE – 2011)


· Começo do mês é tempo de receber salário.
· Se as contas chegam, o dinheiro (salário) sai.
· Se o dinheiro (salário) sai, a conta fica no vermelho muito rapidamente.
· Se a conta fica no vermelho muito rapidamente, então a alegria dura pouco
· As contas chegam.
Pressupondo que as premissas apresentadas acima sejam verdadeiras e consi-
derando as propriedades gerais dos argumentos, julgue os itens subsequentes:
A afirmação: “Começo do mês é tempo de receber salário, porém a alegria dura
pouco”, é uma conclusão válida a partir das premissas apresentadas acima.
( ) CERTO  ( ) ERRADO

A afirmação: “Se as contas chegam, então a alegria dura pouco” é uma conclu-
são válida a partir das premissas apresentadas acima.
( ) CERTO  ( ) ERRADO

Resposta: CERTO e CERTO. Chamando de p: Começo do mês é tempo de


receber salário, q: As contas chegam; r: O dinheiro (salário) sai, s: A conta fica
no vermelho muito rapidamente e t: A alegria dura pouco, vamos resolver a
primeira afirmação (p ∧ t) utilizando apenas premissas verdadeiras: Como q =
V na quinta premissa, a segunda premissa só será VERDADEIRA se r=V. Isso
vale para a terceira premissa, fazendo s = V e na quarta premissa, fazendo t=V.
Assim, como a primeira premissa é o valor lógico de p=V, temos que p ∧ t = V.
Na segunda afirmação, vamos usar a conclusão FALSA, ou seja, q → t = F. Como
a quinta premissa é q = V, temos que ter t = F, mas isso contradiz justamente
a quarta premissa, em que t = V, mostrando que há contradição na conclusão
FALSA, tornando-a VERDADEIRA ou um argumento válido

78
PROBLEMAS LÓGICOS

IMPLICAÇÃO LÓGICA

Os problemas de implicação lógica são muito semelhantes à estrutura apresen-


tada no capítulo de lógica da argumentação. Eles são constituídos de proposições,
simples ou compostas, que irão levar a uma conclusão, que nesse caso será válida
uma vez que foi deduzida a partir das hipóteses.
A estratégia de resolução, portanto, será a mesma utilizada na lógica da argu-
mentação, com algumas alterações. São dois tipos de problemas que serão apre-
sentados a seguir:

1. Implicação Lógica Tipo I – Premissas Verdadeiras


O primeiro tipo de implicação lógica adota a mesma resolução que o méto-
do de premissas verdadeiras da lógica da argumentação. Consideram-se todas as
premissas verdadeiras para se conseguir atribuir os valores lógicos das proposições
simples. Com esses valores definidos, testam-se as alternativas, procurando a res-
posta correta.
Vale lembrar que no caso de problemas de premissas verdadeiras é necessário
que tenhamos nas hipóteses ao menos 1 proposição simples ou uma conjunção
(operador “e”) para iniciarmos o problema. Sem essa condição, os problemas serão
do tipo II que serão apresentados na sequência.
Vamos iniciar com um exemplo, que foi cobrado em um concurso de fiscal, pela
banca ESAF, em 2013:
Exemplo: André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente, então Caio é
culpado. Caio é inocente, se e somente se, Dênis é culpado. Ora, Dênis é culpado, Logo:
a) Caio e Beto são inocentes
b) André e Caio são inocentes
c) André e Beto são inocentes
d) Caio e Dênis são culpados
e) André e Dênis são culpados
Diferente de um exercício comentado, este nós iremos destrinchar em todos os de-
talhes, para que o leitor consiga fazer os próximos a partir do raciocínio proposto aqui.
Iniciando, temos 4 proposições nas quais se pede uma conclusão. Reparem que
a última delas, “Dênis é culpado”, é uma proposição simples, portanto, podemos
adotar o método de premissas verdadeiras para obter os valores lógicos desejados.

79
Resumo para Concurso Público

Considerando as proposições simples A: André é inocente, B: Beto é inocente,


C: Caio é inocente e D: Dênis é inocente, vamos começar a atribuir os valores lógicos
em cada uma delas.
Pelo método, iniciamos justamente pela proposição simples, ou seja, “Dênis é cul-
pado”. Se ela é considerada VERDADEIRA, então temos que Dênis não é inocente, logo:
D=F
Com o valor lógico de D, parte-se para a terceira hipótese, que é “Caio é ino-
cente, se e somente se, Dênis é culpado”. Como Dênis é culpado e no operador
bicondicional temos que ter os dois valores lógicos das proposições simples iguais
para ter a proposição composta VERDADEIRA, temos que Caio é inocente, logo:
C=V
Partindo agora para a segunda hipótese, “Se Beto é inocente, então Caio é
culpado”, temos o valor lógico de C, que na hipótese entra como FALSO, pois Caio é
inocente. Como se trata de um operador condicional, o único caso em que a propo-
sição é VERDADEIRA com a segunda proposição simples FALSA é quando a primeira
também é FALSA, logo Beto não é inocente:
B=F
Por fim, a primeira hipótese, “André é inocente ou Beto é inocente” é uma dis-
junção e como Beto não é inocente, para que a proposição composta seja VERDA-
DEIRA, temos que André é inocente, logo:
A=V
Com os valores lógicos, testam-se as alternativas:
a) Caio e Beto são inocentes – Errado, Beto é culpado.
b) André e Caio são inocentes – Certo, ambos são inocentes.
c) André e Beto são inocentes – Errado, Beto é culpado.
d) Caio e Dênis são culpados – Errado, Caio é inocente
e) André e Dênis são culpados – Errado, André é inocente.
Assim a alternativa correta é a B.
Para o leitor ter um segundo exemplo mais detalhado, observe este agora, tam-
bém da banca Esaf:
Exemplo: Se a professora de Matemática foi a reunião, nem a professora de
Inglês nem a professora de Francês deram aula. Se a professora de Francês não deu
aula, a professora de Português foi a reunião. Se a professora de Português foi a
reunião, todos os problemas foram resolvidos. Ora, pelo menos um problema não
foi resolvido. Logo:
a) a professora de Matemática não foi a reunião e a professora de Francês não
deu aula.

80
Problemas Lógicos

b) a professora de Matemática e a professora de Português não foram à reunião.


c) a professora de Francês não deu aula e a professora de Português não foi à
reunião.
d) a professora de Francês não deu aula ou a professora de Português foi à
reunião
e) a professora de Inglês e a professora de Francês não deram aula.
Novamente é um problema de Implicação Lógica Tipo I, pois temos uma pro-
posição simples envolvida: “Um problema não foi resolvido”. Nomeando as propo-
sições, temos que:
M: A professora de Matemática foi a reunião.
I: A professora de Inglês deu aula.
F: A professora de Francês deu aula.
P: A professora de Português foi a reunião.
R: Todos os problemas foram resolvidos.
Com a nomenclatura, podemos transformar as hipóteses em operações lógicas,
desta maneira:
“Se a professora de Matemática foi a reunião, nem a professora de Inglês nem
a professora de Francês deram aula” = M → (~I ∧ ~F)
“Se a professora de Francês não deu aula, a professora de Português foi a reu-
nião” = (~F) → P
“Se a professora de Português foi a reunião, todos os problemas foram resol-
vidos” = P → R
“Um problema não foi resolvido” = ~R

Como todas as premissas são VERDADEIRAS, vamos novamente partir da pro-


posição simples, que nos dará que R = F.
Com essa informação, para que a terceira hipótese, que é uma condicional, seja
VERDADEIRA, temos que ter: P =F.
Analogamente, a segunda hipótese segue o mesmo raciocínio, com (~F) = F
ou seja: F = V.
Já a primeira hipótese, temos que (~F) = F, ou seja, a conjunção entre parênte-
ses será FALSA, independente do valor lógico de I. Para a hipótese ser VERDADEIRA,
temos que ter: M = F.
Este problema é interessante, pois não conseguimos atribuir um valor lógico
para I e isto não é nenhum contratempo, basta utilizar essa informação para testar
as alternativas:

81
Resumo para Concurso Público

a) a professora de Matemática não foi a reunião e a professora de Francês não


deu aula.
Errado – A professora de Francês deu aula.
b) a professora de Matemática e a professora de Português não foram à reunião.
Correto – Ambas não foram a reunião.
c) a professora de Francês não deu aula e a professora de Português não foi à
reunião.
Errado – A professora de Francês deu aula.
d) a professora de Francês não deu aula ou a professora de Português foi à
reunião.
Errado – A professora de Francês deu aula.
e) a professora de Inglês e a professora de Francês não deram aula.
Errado – A professora de Francês deu aula e não se pode afirmar sobre a pro-
fessora de Inglês.

(CGU – TODOS OS CARGOS – AFC – 2006) Ana é artista ou Carlos é compo-


sitor. Se Mauro gosta de música, então Flávia não é fotógrafa. Se Flávia não é
fotógrafa, então Carlos não é compositor. Ana não é artista e Daniela não fuma.
Pode-se, portanto, concluir corretamente que:
a) Ana não é artista e Carlos não é compositor.
b) Carlos é compositor e Flávia é fotógrafa.
c) Mauro gosta de música e Daniela não fuma.
d) Ana não é artista e Mauro gosta de música
e) Mauro não gosta de música e Flávia não é fotógrafa

Resposta: Letra B. Esta questão não possui uma proposição simples, mas tem-
-se uma conjunção na última hipótese que nos auxilia a iniciar a resolução. Par-
tindo dela como VERDADEIRA, teremos A = F e D = F. Da primeira hipótese
temos C = V, da segunda, F = V e da terceira, M = F. Substituindo os valores
lógicos nas alternativas, encontra-se a correta.

2. Implicação Lógica Tipo II


O segundo caso de problemas de implicação lógica é justamente aquele que
não compõe o primeiro tipo, ou seja, nas hipóteses não há proposições simples e
nem conjunções de onde parte-se a resolução.

82
Problemas Lógicos

São duas estratégias possíveis. A primeira será utilizar a contradição como fer-
ramenta, ou seja, provar que uma determinada proposição simples não pode ser
VERDADEIRA ou FALSA ao mesmo tempo. Para isso, mantém-se a ideia de premissas
verdadeiras, adicionando a atribuição de um valor lógico (VERDADEIRO ou FALSO) a
uma das proposições simples. Com este valor definido, analisam-se as proposições
e se verifica caso alguma delas atribuir valores diferentes a uma mesma proposição.
Se isso ocorrer, prova-se que o valor lógico atribuído inicialmente está errado e,
portanto, o valor correto é seu oposto. Para o método ficar mais claro, observe o
exemplo a seguir:

Exemplo: Se não durmo, bebo. Se estou furioso, durmo. Se durmo, não estou
furioso. Se não estou furioso, não bebo. Logo:

a) não durmo, estou furioso e não bebo.

b) durmo, estou furioso e não bebo.

c) não durmo, estou furioso e bebo.

d) não durmo, não estou furioso e não bebo.

e) não durmo, não estou furioso e bebo.

Como se pode observar, não há proposições simples ou conjunções. Assim, é


um problema de implicação lógica tipo II. São três proposições simples, “Eu durmo”,
“Eu estou furioso” e “Eu bebo”, que chamaremos de P, Q e R. Assim, traduzindo as
hipóteses para a linguagem lógica:

Se não durmo, bebo = (~P)→R

Se estou furioso, durmo = Q→P

Se durmo, não estou furioso = P→(~Q)

Se não estou furioso, não bebo (~Q)→(~R)=

Agora, temos que escolher uma proposição para atribuirmos um valor lógico.
Pode ser qualquer uma das três mas, para o método ficar mais eficiente, busca-se
aquela que aparece mais vezes nas hipóteses, pois ficará mais fácil para provar a
contradição. Neste caso, tanto P quanto Q aparecem 4 vezes e R aparece 2 vezes.
Vamos escolher então P e atribuiremos a ela o valor VERDADEIRO.

Considerando P = V, observam-se as hipóteses:

A primeira hipótese mostra que se P = V, temos (~P) = F. Assim o valor de R


fica indefinido neste caso.

Na segunda hipótese, considerando P = V, também teremos indefinição sobre


o valor lógico de Q.

83
Resumo para Concurso Público

Na terceira hipótese, se P = V, necessariamente deveremos ter (~Q )= V para a


condicional ser VERDADEIRA, logo Q = F.
Já a quarta hipótese, com os valores lógicos de Q, chega-se à conclusão que
(~R) = V, ou seja R = F.

Observe que todos os casos atenderam as premissas verdadeiras, ou seja, são


os valores lógicos corretos. Obviamente foi um golpe de sorte já acertarmos o valor
lógico de P e para se ter uma ideia como funcionaria a contradição, vamos agora
testar como se tivéssemos atribuído o valor FALSO a P.

Considerando P = F, observam-se as hipóteses:

A primeira hipótese mostra que se P=F, temos (~P) = V. Assim o valor de R


deverá ser VERDADEIRO para a condicional ser VERDADEIRA.

Na segunda hipótese, considerando P = F, temos que ter o valor lógico de Q


também FALSO para a condicional ser VERDADEIRA.

Na terceira hipótese, se P = F, Q poderia ser qualquer valor, mas como já defi-


nimos que Q é FALSO, a premissa está correta.

Finalmente na quarta hipótese, como Q = F e R = V, temos que (~Q) → (~R)


= V → F = F, ou seja, com esses valores lógicos, a quarta hipótese falha e não será
VERDADEIRA. Com isso, prova-se a contradição mostrando que o valor lógico de P
não pode ser FALSO e sim VERDADEIRO.

Mostrada a solução pelo método da contradição, vamos apresentar a segunda


estratégia agora, que é a mais clássica e mais popular entre os estudantes de racio-
cínio lógico: A Tabela-Verdade. Recordando o capítulo de lógica da argumentação,
praticamente todos os problemas deste tipo podem ser solucionados com a Tabe-
la-Verdade e neste caso não seria diferente. Mantendo a mesma nomenclatura das
proposições e usando as expressões lógicas já feitas, montamos a seguinte tabela:

P Q R (~P) → R Q→P P → (~Q) (~Q) → (~R)


V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

84
Problemas Lógicos

Agora basta preencher as colunas das hipóteses com os valores lógicos de cada
linha, resultando em:

P Q R (~P)→R Q→P P→(~Q) (~Q)→(~R)


V V V V V F V
V V F V V F V
V F V V V V F
V F F V V V V
F V V V F V V
F V F F F V V
F F V V V V F
F F F F V V V

Se você observar, apenas uma linha terá as 4 hipóteses VERDADEIRAS, que nes-
te caso é a quarta linha. Assim, os valores lógicos de P, Q e R respectivamente são
VERDADEIRO, FALSO e FALSO como encontrado no primeiro método.

Com os valores obtidos, testam-se as alternativas:

a) não durmo, estou furioso e não bebo.

Errado, pois “Eu estou furioso é FALSO” e “Eu não durmo” é FALSO.

b) durmo, estou furioso e não bebo.

Errado, pois “Eu estou furioso é FALSO”.

c) não durmo, estou furioso e bebo.

Errado, pois “Eu estou furioso é FALSO”, “Eu não durmo” é FALSO e “Eu bebo”
é FALSO.

d) durmo, não estou furioso e não bebo.

Certo, pois “Eu durmo” é VERDADEIRO, “Eu não estou furioso” é VERDADEIRO
e “Eu não bebo” é VERDADEIRO.

e) não durmo, não estou furioso e bebo.

Errado, “Eu não durmo” é FALSO e “Eu bebo” é FALSO.

Assim, a alternativa correta é a D.

85
Resumo para Concurso Público

(MPOG – TODOS OS CARGOS – ESAF – 2006) Ana, Beatriz e Carla desempe-


nham diferentes papéis em uma peça de teatro. Uma delas faz o papel de bruxa,
a outra o de fada e a outra o de princesa. Sabe-se que: ou Ana é Bruxa, ou Carla
é bruxa; ou Ana é fada, ou Beatriz é princesa; ou Carla é princesa, ou Beatriz é
princesa; ou Beatriz é fada, ou Carla é fada. Com essas informações conclui-se
que os papéis desempenhados por Ana e Carla são respectivamente
a) bruxa e fada
b) bruxa e princesa
c) fada e bruxa
d) princesa e fada
e) fada e princesa

Resposta: Letra B. Este problema é interessante, pois não há condicionais, ape-


nas disjunções, exclusivas ou não. Testando o método da contradição, vamos
atribuir que Ana é Bruxa. Na primeira hipótese, se Ana é Bruxa, Carla não pode
ser, portanto está correta. Já a segunda hipótese, como Ana é Bruxa, Beatriz
necessariamente tem que ser a princesa. Na terceira, como Beatriz é a princesa,
Carla não é, portanto está correta. E, a quarta, como Beatriz não é a Fada, sobra
Carla ser a Fada, o que é consistente com Ana ser a Bruxa e Beatriz a princesa.

ASSOCIAÇÃO LÓGICA

Os problemas de associação lógica, por mais que se tenha uma definição for-
mal deles, são problemas considerados educativos, ou na melhor das palavras, lúdi-
cos. São os famosos desafios que você recebe pela internet, ou quando compra uma
revistinha de passatempo.

A palavra associação vem justamente da estratégia que será utilizada. Os pro-


blemas terão diversas categorias como, por exemplo, nomes de pessoas, cores, veí-
culos e cidades, e a ideia será associar um membro de cada categoria com um
membro das outras, neste caso, um nome de pessoa, com uma cor, um veículo e
uma cidade.

Como no caso de problemas de implicação lógica, não há um desenvolvimento


de teoria neste tipo de problema, pois o aprendizado se dá por exemplos e orga-
nização dos dados. O que vocês irão observar é que os enunciados irão descrever
o problema e passar as dicas que serão as informações para se obter a solução.
Observe os exemplos a seguir:

86
Problemas Lógicos

Exemplo: Vamos utilizar outro exemplo da banca ESAF, pois ela é especialista
neste tipo de abordagem: “Os carros de Artur, Bernardo e César são, não necessaria-
mente nesta ordem, uma Brasília, uma Parati e um Santana. Um dos carros é cinza,
um outro é verde e o outro é azul. O carro de Artur é cinza, o carro de César é o
Santana; o carro de Bernardo não é verde e não é a Brasília. As cores da Brasília, da
Parati e do Santana são, respectivamente:
a) cinza, verde e azul.
b) azul, cinza e verde.
c) azul, verde e cinza.
d) cinza, azul e verde.
e) verde, azul e cinza.
Como descrevemos na introdução da seção, os problemas lógicos terão várias ca-
tegorias que devem ter um membro de cada uma delas associada a um membro das
outras. Neste caso, temos 3 categorias: nome, carro e cor. Ou seja, uma pessoa tem um
carro com uma determinada cor e o objetivo é saber justamente como é cada caso.
Para fazer isso, vamos novamente recorrer ao uso das tabelas, mas neste caso,
não é a tabela-verdade, sendo apenas uma tabela de organização. A tabela é mon-
tada a partir de uma das categorias e a partir dela vamos associando as outras. Nes-
te tipo de exemplo, normalmente utilizam-se as pessoas como referências e assim o
faremos. Montando a tabela, ficamos com a seguinte divisão:

Carro Cor do Carro


Nomes Brasília Parati Santana cinza verde azul
Artur
Bernardo
César

Com essa tabela, conseguimos associar uma pessoa a uma categoria, usando
as dicas presentes no enunciado. Começando com a primeira, o enunciado fala que
o carro de Artur é cinza, ou seja, podemos marcar um “X”, na linha correspondente
a Artur, a cor cinza:

Carro Cor do Carro


Nomes Brasília Parati Santana cinza verde azul
Artur X
Bernardo
César

87
Resumo para Concurso Público

Com essa informação, conseguimos eliminar algumas possibilidades, como por


exemplo, o fato de Bernardo e César não terem carros cinza e Artur não ter carro
nem verde e nem azul, assim:

Carro Cor do Carro


Nomes Brasília Parati Santana cinza verde azul
Artur X - -
Bernardo -
César -

A segunda dica nos fala que “O carro de César é o Santana”, preenchendo a


tabela, já colocando as eliminações:

Carro Cor do Carro


Nomes Brasília Parati Santana cinza verde azul
Artur - X - -
Bernardo - -
César - - X -

A terceira dica nos diz que “O carro de Bernardo não é verde e não é a Brasília”,
assim, temos apenas eliminações para fazer:

Carro Cor do Carro


Nomes Brasília Parati Santana cinza verde azul
Artur - X - -
Bernardo - - - -
César - - X -

Com as dicas postas, podemos tirar algumas conclusões. A primeira delas é que
se a Brasília não é de Bernardo e não é de César, ela será necessariamente de Artur:

Carro Cor do Carro


Nomes Brasília Parati Santana cinza verde azul
Artur X - X - -
Bernardo - - - -
César - - X -

88
Problemas Lógicos

Como Artur tem a Brasília, não terá a Parati, que sobra para Bernardo:

Carro Cor do Carro


Nomes Brasília Parati Santana cinza verde azul
Artur X - - X - -
Bernardo - X - - -
César - - X -

Analogamente, como o carro de Artur e de Bernardo não é verde, sobra essa


cor para César e por eliminação, sobra a cor azul para Bernardo:

Carro Cor do Carro


Nomes Brasília Parati Santana cinza verde azul
Artur X - - X - -
Bernardo - X - - - X
César - - X - X -

Assim, Artur tem uma Brasília cinza, Bernardo tem uma Parati azul e César tem
um Santana Verde. Logo, a alternativa correta é a D.
Vamos agora trocar um pouco de banca, e vamos usar um exemplo da FCC,
com uma tabela maior.
Exemplo: Cinco amigos, que estudaram juntos no colégio estão reunidos num jan-
tar. São eles: Almir, Branco, Caio, Danilo e Edílson. Atualmente eles moram nas cidades
de Atibaia, Batatais, Catanduva, Dracena e Embu, onde exercem as seguintes profissões:
advogado, bibliotecário, contabilista, dentista e engenheiro. Considere que:
I. Nenhum deles vive na cidade que tem a mesma letra inicial de seu nome, nem
o nome de sua ocupação tem a mesma inicial de seu nem da cidade em que vive.
II. Almir não reside em Batatais e Edílson, que não é bibliotecário e nem dentis-
ta, tampouco aí vive.
III. Branco, que não é contabilista e nem dentista, não mora em Catanduva e
nem em Dracena.
IV. Danilo vive em Embu, não é bibliotecário e nem advogado.
V. O bibliotecário não mora em Catanduva.
Nessas condições, é verdade que:
a) Almir é contabilista e reside em Dracena.

89
Resumo para Concurso Público

b) Branco é advogado e reside em Atibaia.


c) Caio é dentista e reside em Catanduva.
d) Danilo é dentista e reside em Embu.
e) Edílson é advogado e reside em Catanduva.
Bom, temos muitas dicas e 3 categorias com 5 membros cada. A tabela ficará
grande, mas é possível organizá-la abreviando os nomes:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir
Branco
Caio
Danilo
Edílson

Iniciando a primeira dica, temos que ninguém vive na cidade que começa com
a letra do seu nome, assim faremos uma eliminação em diagonal:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir -
Branco -
Caio -
Danilo -
Edílson -

A segunda parte da primeira dica fala que a profissão da pessoa também não
se inicia com a letra do nome e também com a letra da cidade, logo teremos uma
eliminação em diagonal também na parte de profissão:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - -
Branco - -
Caio - -
Danilo - -
Edílson - -

90
Problemas Lógicos

Ainda falta a parte que o nome da cidade e da profissão não são os mesmos,
mas não temos de colocar isso na tabela agora pois faltam informações. Deve-se
lembrar de usar ao longo da resolução.
A segunda dica elimina informações sobre Almir e Edilson:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - -
Branco - -
Caio - -
Danilo - -
Edílson - - - - -

Usamos todas as informações da dica. A terceira fala sobre Branco:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - -
Branco - - - - - -
Caio - -
Danilo - -
Edílson - - - - -

Também usamos todas as informações da dica. A quarta fala sobre Danilo;

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - -
Branco - - - - - -
Caio - -
Danilo - X - - -
Edílson - - - - -

91
Resumo para Concurso Público

Para completar a quarta dica, vamos preencher as eliminações da informação


de que Danilo vive em Embu.

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - - -
Branco - - - - - - -
Caio - - -
Danilo - - - - X - - -
Edílson - - - - -

Além das informações da cidade, há uma outra eliminação que podemos fazer.
Como descobrimos a cidade de Danilo, sabemos que sua profissão não pode come-
çar com a inicial do seu nome nem do nome da cidade. Como ele vive em Embu, ele
não pode ser engenheiro:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - - -
Branco - - - - - - -
Caio - - -
Danilo - - - - X - - - -
Edílson - - - - -

Com esse dado, resta apenas que Danilo é Contabilista. Fazendo a marcação e
preenchendo as eliminações:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - - - -
Branco - - - - - - -
Caio - - -
Danilo - - - - X - - X - -
Edílson - - - - - -

92
Problemas Lógicos

Como a quinta dica relaciona uma cidade com uma profissão, não temos como
preencher na tabela agora e vamos usar assim que possível. Dando seguimento,
com a definição da profissão de Danilo, definiu-se também a profissão de Edílson,
que é advogado:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - - - -
Branco - - - - - - -
Caio - - -
Danilo - - - - X - - X - -
Edílson - - X - - - -

Fazendo as eliminações relativas a profissão e descartando que ele vive em


Atibaia, temos que:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - - - -
Branco - - - - - - - -
Caio - - - -
Danilo - - - - X - - X - -
Edílson - - - X - - - -

Com essas eliminações, resolvemos a associação relativa a Branco. Sobrou para


ele viver em Atibaia e ser Engenheiro:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - - - -
Branco X - - - - - - - - X
Caio - - - -
Danilo - - - - X - - X - -
Edílson - - - X - - - -

93
Resumo para Concurso Público

Aplicando as eliminações:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - - - - -
Branco X - - - - - - - - X
Caio - - - - - -
Danilo - - - - X - - X - -
Edílson - - - X - - - -

Agora, vamos olhar para Caio que só resta como possibilidade de Batatais:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - - - - -
Branco X - - - - - - - - X
Caio - X - - - - -
Danilo - - - - X - - X - -
Edílson - - - X - - - -

Fazendo as eliminações sobre a cidade e descartando que ele seja bibliotecário,


tem-se que:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - - - - -
Branco X - - - - - - - - X
Caio - X - - - - - - -
Danilo - - - - X - - X - -
Edílson - - - X - - - -

94
Problemas Lógicos

Com essa eliminação, sobra para Caio a profissão de Dentista:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - - - - - -
Branco X - - - - - - - - X
Caio - X - - - - - - X -
Danilo - - - - X - - X - -
Edílson - - - X - - - -

Assim, Almir será o Bibliotecário:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - - - X - - -
Branco X - - - - - - - - X
Caio - X - - - - - - X -
Danilo - - - - X - - X - -
Edílson - - - X - - - -

Com as profissões resolvidas, resta saber onde Almir e Edílson vive. Para isso,
usa-se a quinta dica que fala que o Bibliotecário não vive em Catanduva, ou seja,
Almir mora em Dracena e Edílson em Catanduva:

Cidade Profissão
Nomes At. Bat. Cat. Dra. Emb. Adv. Bibl. Cont. Dent. Eng.
Almir - - - X - - X - - -
Branco X - - - - - - - - X
Caio - X - - - - - - X -
Danilo - - - - X - - X - -
Edílson - - X - - X - - - -

Conclui-se que a alternativa é a E.

95
Resumo para Concurso Público

QUEM ESTÁ MENTINDO?

O último tipo de problema a ser estudado neste capítulo são as verdades e


mentiras. Basicamente são problemas nos quais receberemos afirmações de pes-
soas e uma delas estará mentindo. Os enunciados apresentarão as orações e tere-
mos que determinar quem está faltando com a verdade.
Análogo aos outros dois tipos de problemas, não temos uma teoria envolvida
para a resolução, apenas técnicas com as ferramentas que já aprendemos em racio-
cínio lógico. Vamos aos exemplos, começando com um da ESAF:
Exemplo: Cinco colegas foram a um parque de diversões e um deles entrou
sem pagar. Apanhados por um funcionário do parque, que queria saber qual deles
entrou sem pagar, eles informaram:
“Não fui eu, nem o Manuel”, disse Marcos
“Foi o Manuel ou a Maria”, disse Mário
“Foi a Mara”, disse Manuel, disse Manuel
“O Mário está mentindo”, disse Mara
“Foi a Mara ou o Marcos”, disse Maria
Sabendo-se que um e somente um dos cinco colegas mentiu, conclui-se logi-
camente que quem entrou sem pagar foi...
Para resolver o problema, temos que achar o mentiroso e por consequência,
quem entrou sem pagar, cuidado com a pegadinha neste caso pois o mentiroso não
necessariamente é o que entrou sem pagar.
Casos que envolvem verdades e mentiras geralmente são resolvidos através de
testes das hipóteses colocadas, atribuindo a mentira a uma delas e verificando se
as outras se mantém consistentes. Vamos iniciar então considerando que Marcos
mentiu.
Se Marcos mentiu, então ou ele entrou sem pagar, ou Manuel. Vamos compa-
rar, portanto, com as outras falas. Mário disse que foi Manuel ou Maria e isso pode
ser verdade, uma vez que Manuel ou Marcos são os suspeitos. Entretanto, a fala de
Manuel contradiz a nossa hipótese pois se Marcos ou Manuel são os suspeitos, ao
afirmar que foi Mara, Manuel também está mentindo, mas sabemos que há apenas
1 mentiroso na história. Assim Marcos está falando a VERDADE.
Como Marcos fala a VERDADE, já sabemos que não foi ele e nem Manuel que
entraram sem pagar. Vamos testar agora a hipótese de Mário estar mentindo. Se
ele está mentindo, então temos que nem Manuel e nem Maria entraram em pagar,
o que por enquanto pode ser VERDADE. Pegando a fala de Manuel, temos que ele
acusa a Mara, e como admitimos que ele fala a VERDADE, é Mara que entrou sem
pagar.

96
Problemas Lógicos

Porém, temos que ver se isso não cai em contradição com as falas de Mara e
Maria. Mara diz que o Mário está mentindo e isto está correto pois estamos consi-
derando isto também. Já Maria, disse que ou foi a Mara ou foi o Marcos, mas como
Marcos está falando a VERDADE e ele afirma que não foi ele, resta apenas Mara
como a pessoa que entrou sem ingresso.
Como todas as hipóteses foram consistentes, temos que Mário mentiu e Mara
entrou sem pagar, assinalando a alternativa C.
Vale como exercício vocês provarem a contradição considerando os casos em
que Manuel, Mara e Maria mentiram individualmente.
Vamos partir para mais um exemplo, no qual vocês verão exatamente a mesma
estratégia, em que testaremos quem está mentindo e testando se as outras falas
permanecem coerentes:
Exemplo: Quatro amigos, André, Beto, Caio e Dênis, obtiveram os quatro pri-
meiros lugares em um concurso de oratória julgado por uma comissão de três juí-
zes. Ao comunicarem a classificação final, cada juiz anunciou duas colocações, sendo
uma delas verdadeira e a outra falsa:
Juiz 1: “André foi o primeiro, Beto foi o segundo”.
Juiz 2: “André foi o segundo, Dênis foi o terceiro”.
Juiz 3: “Caio foi o segundo, Dênis foi o quarto”.
Sabendo que não houve empates, o primeiro, o segundo, o terceiro e o quarto
colocados foram respectivamente:
a) André, Caio, Beto e Dênis.
b) André, Caio, Dênis e Beto.
c) Beto, André, Dênis e Caio.
d) Beto, André, Caio, Dênis.
e) Caio, Beto, Dênis, André.
Observe que desta vez não há um juiz que está mentindo integralmente, mas
todos estão mentindo parcialmente. Logo, o teste de verdades e mentiras deve ser
mais cuidadoso, porém com a mesma metodologia.
Vamos iniciar com o Juiz 1, considerando a primeira afirmação VERDADEIRA e
a segunda FALSA, ou seja, André foi o primeiro e Beto não foi o segundo. No Juiz
2, temos que André foi o segundo, mas como consideramos ele como primeiro
lugar no Juiz 1, essa tem que ser a mentira e logo Dênis será o terceiro. No Juiz 3,
afirma-se que Caio foi o segundo e Dênis o quarto, mas como Dênis foi o terceiro,
segundo a verdade do Juiz 2, temos que Caio será o segundo, o que condiz com o
que o Juiz 1 falou de Beto não ser o segundo. Logo, tudo permaneceu coerente com
André em primeiro, Caio em segundo, Dênis em terceiro e Beto em quarto, o que
resulta na alternativa B.

97
Resumo para Concurso Público

Para caráter didático, vamos inverter a verdade do Juiz 1, considerando que


André não foi o primeiro e Beto foi o segundo. No Juiz 2, ele afirma que André foi
o segundo, mas Beto foi o segundo de acordo com o Juiz 1, assim, essa é a mentira
e a verdade é que Dênis foi o terceiro. O Juiz 3 afirma que Caio foi o segundo, mas
não pode ser já que André é o segundo pelo Juiz 1, sobra a verdade de que Dênis
foi o quarto, mas isso contradiz com o Juiz 2 que afirmou que Dênis foi o terceiro.
Logo, por contradição, a hipótese de Beto ser segundo e André não ser o primeiro é
equivocada, restando apenas o caso inverso descrito anteriormente.

(TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2012) Huguinho, Zezinho e Luizinho, três


irmãos gêmeos, estavam brincando na casa de seu tio quando um deles que-
brou seu vaso de estimação. Ao saber do ocorrido, o tio perguntou a cada um
deles quem havia quebrado o vaso. Leia as respostas de cada um:
Huguinho: Eu não quebrei o vaso.
Zezinho: Foi o Luizinho quem quebrou o vaso.
Luizinho: O Zezinho está mentindo.
Sabendo que somente um dos três falou a verdade, conclui-se que o sobrinho
que quebrou o vaso e o que disse a verdade são, respectivamente,
a) Huguinho e Luizinho
b) Huguinho e Zezinho
c) Zezinho e Huguinho
d) Luizinho e Zezinho
e) Luizinho e Huguinho

RESPOSTA: Letra A. Agora, ao invés de termos um mentindo, temos apenas


uma pessoa dizendo a verdade. Vamos aos testes. Considerando que Huguinho
está falando a verdade, ele afirma que não quebrou o vaso, já Zezinho, mentin-
do, está dizendo que foi Luizinho, o que não é verdade, sendo por eliminação o
próprio Zezinho quem quebrou. Mas Luizinho diz que Zezinho está mentindo, o
que é verdade, mas não poderia ser já que consideramos que Huguinho falava
a verdade. Com essa contradição, já sabemos que Huguinho mente, ou seja, ele
que quebrou o vaso. Resta saber quem fala a verdade, mas nesse caso é fácil, já
que Luizinho afirma que Zezinho está mentindo. Se ele está dizendo a verdade,
Zézinho realmente mentiu, o que faz sentido pois quem quebrou o vaso foi
Huguinho. Logo, Luizinho fala a verdade.

98
TEORIA DOS CONJUNTOS

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

O conceito de conjunto é um conceito primitivo e, portanto, não existe uma de-


finição clara para tal. Porém, conjuntos fazem parte do dia a dia de todas as pessoas
nas mais diversas situações: conjunto de pessoas, conjunto de objetos, conjunto de
arquivos em um computador, conjunto de fotografias.
Considere, em uma empresa, uma equipe de trabalho com 4 membros. Essa
equipe nada mais é do que um conjunto de pessoas, em que cada um dos membros
é um elemento desse conjunto.

CLASSIFICAÇÃO DE CONJUNTOS

1. Conjunto Finito
Um conjunto finito é um conjunto que possui um número limitado (finito) de
elementos. Por exemplo, o conjunto dos números naturais, ímpares e inferiores a 10.
Esse conjunto contém apenas os elementos 1,3,5,7 e 9. O conjunto é expresso por:
A = {1, 3, 5, 7, 9}
Note que o conjunto é expresso por uma letra maiúscula e os elementos são
apresentados entre colchetes.

2. Conjunto Infinito
Um conjunto infinito é um conjunto que possui um número ilimitado (infinito)
de elementos. Por exemplo, o conjunto dos números naturais e pares maiores do
que 1. Não há um número limitado de números naturais e pares, começa com 2, 4,
6… e assim sucessivamente. O conjunto é expresso por:
B = {2, 4, 6, 8…}

3. Conjunto Vazio
Um conjunto vazio é um conjunto que não possui elementos. Por exemplo, o
conjunto dos números múltiplos de 10, maiores do que 1 e menores do que 2. Como
é possível notar, não há nenhum múltiplo de 10 entre 1 e 9, portanto esse conjunto
não possui elementos. O conjunto é expresso por:
C = ϕ ou C = { }

99
Resumo para Concurso Público

4. Conjunto Unitário
Um conjunto unitário é um conjunto que possui um único elemento. Por exem-
plo, o conjunto dos números pares maiores do que 3 e menores do que 5. Nota-se
que o único número par maior do que 3 e menor do que 5 é o número 4 e, portanto,
é o único elemento do conjunto. Assim, o conjunto é unitário e expresso por:
D = {4}

REPRESENTAÇÃO

Há três formas principais para representar conjuntos: compreensão, extensão e


diagrama de Venn. Cada uma delas possui características específicas.

1. Compreensão
Nesse tipo de representação, o conjunto é expresso de modo a apresentar uma
característica dos seus elementos. Por exemplo, o conjunto dos números pares, nes-
sa representação é expresso por:
E={y|y é um número par}
onde y representa qualquer elemento do conjunto.

2. Extensão
Nesse tipo de representação, o conjunto é apresentado com todos os seus ele-
mentos. Os elementos são apresentados entre chaves e separados por vírgulas. Por
exemplo, o conjunto dos números naturais, ímpares e menores do que 10:
F={1, 3, 5, 7, 9}

3. Diagrama de Venn
Esse tipo de representação, nada mais é do que uma representação gráfica em
que os elementos do conjunto são apresentados dentro de uma forma geométrica.
Por exemplo, o mesmo conjunto apresentado anteriormente (números naturais, ím-
pares e menores do que 10), pode ser expresso em um diagrama de Venn:

100
Teoria dos Conjuntos

RELAÇÕES ENTRE ELEMENTOS E CONJUNTOS

Aqui são apresentadas as relações: entre elemento e conjunto e entre conjuntos.

1. Relação Entre Elemento e Conjunto


Quando se analisa a relação entre um elemento e um conjunto há duas possi-
bilidades: ou o elemento pertence ao conjunto ou não pertence ao conjunto. A essa
relação, dá-se o nome de pertinência. A seguir, um exemplo:
Conjunto X = {1, 5, 10, 15, 20}
O elemento 1 pertence ao conjunto X. O símbolo que indica essa relação é: ∈.
Assim, a relação é expressa por: 1 ∈ X
O elemento 4 não pertence ao conjunto X. O símbolo que indica essa relação é:
∉. Assim, a relação é expressa por: 4 ∉ X.

2. Relação Entre Conjuntos


Quando se analisa a relação entre dois conjuntos, há duas possibilidades: ou
um conjunto está contido em outro ou não está contido. A essa relação dá-se o
nome de continência. Para explicar essa relação, é necessário definir o conceito de
subconjunto. A seguir um exemplo:
Sejam dois conjuntos Y = {1, 2, 3} e Z = {1, 2, 3, 7, 8, 9}.
Nota-se que todos os elementos do conjunto Y pertencem ao conjunto Z. As-
sim, diz-se que Y é um subconjunto de Z e, portanto, Y está contido em Z. O símbolo
que indica essa relação é: ⊂. Assim a relação é expressa por: Y ⊂ Z.
Sejam, agora, dois outros conjuntos W = {1, 3, 5} e T = {1, 2, 3, 8, 10}.
Nota-se que nem todos os elementos do conjunto W pertencem ao conjunto
T. Assim, W não está contido em T (pelo menos um elemento de W não pertence a
T). O símbolo que indica essa relação é: ⊄. Assim, a relação é expressa por: W ⊄ T.

Importante!

A relação de um conjunto unitário e outro conjunto é de continência e não de


pertinência. Seja: A={2, 4, 6}, diz-se que {4} ⊂ A e não que {4} ∈ A.

3. Subconjuntos
Da definição de subconjunto, decorrem três premissas
a) Todo conjunto é subconjunto de si mesmo, ou seja, X ⊂ X

101
Resumo para Concurso Público

b) Se X ⊂ Y e Y ⊂ X, então X ≡ Y
c) O conjunto vazio é subconjunto de todo e qualquer conjunto, ou seja: ϕ ⊂ X

4. Igualdade de Conjuntos
Diz-se que dois conjuntos são iguais se e somente se ambos possuem os mes-
mos elementos. Se houver ao menos um elemento diferente em um dos conjuntos,
não se pode dizer que ambos são iguais. A seguir, um exemplo:
Sejam os conjuntos: X = {1, 2, 3, 4}, Y = {1, 2, 3, 4, 5} e Z = {1,2,3,4}
Os conjuntos X e Z possuem os mesmos elementos e, portanto, são iguais:
X≡Z. Já o conjunto Y não é igual a nenhum dos outros dois, pois tem um elemento
diferente de ambos (elemento 5).

OPERAÇÕES ENTRE CONJUNTOS

1. União de Conjuntos
Para explicar a união de conjuntos, será utilizado um exemplo. Sejam dois con-
juntos X = {10, 20, 30, 40} e Y = {30, 40, 50, 60}. A união desses dois conjuntos resulta
em um terceiro conjunto, Z, que é expresso por: Z = {10, 20, 30, 40, 50, 60}. Note
que o conjunto Z contém todos os elementos de X e Y, sem repetir os elementos em
comum. Essa operação é representada por: Z = X∪Y.
É possível visualizar a operação utilizando o diagrama de Venn:

2. Intersecção de Conjuntos
Para explicar a intersecção de conjuntos, observaremos o exemplo anterior. Se-
jam dois conjuntos X = {10, 20, 30, 40} e Y = {30, 40, 50, 60}. A intersecção desses
dois conjuntos resulta em um terceiro conjunto, Z, que é expresso por: Z = {30, 40}.
Note que o conjunto Z contém todos os elementos que pertencem tanto ao conjun-
to X quanto ao conjunto Y. Essa operação é representada por: Z = X∩Y.

102
Teoria dos Conjuntos

É possível visualizar a operação utilizando o diagrama de Venn:

3. Quantidade de Elementos no Conjunto União


A quantidade de elementos, ou número de elementos, de qualquer conjunto é
denotado da seguinte forma: n(X) representa o número de elementos do conjunto
X. O número de elementos do conjunto união é calculado por:
n (X∪Y) = n(X) + n(Y) - n (X∩Y)
Ou seja, o número de elementos do conjunto união consiste na soma do nú-
mero de elementos de cada um dos conjuntos subtraído do número de elementos
da intersecção entre os dois conjuntos. Como os elementos em comum a ambos
pertencem aos dois conjuntos, é necessário subtrair n (X∩Y) para não contar esses
elementos duas vezes.

4. Diferença Entre Conjuntos


Para explicar a diferença entre conjuntos, manteremos o exemplo. Sejam dois
conjuntos X = {10, 20, 30, 40} e Y = {30, 40, 50, 60}. A diferença entre esses dois
conjuntos, nessa ordem (ou seja, X - Y), resulta em um terceiro conjunto, Z, que é
expresso por: Z = {10, 20}. Note que o conjunto Z contém todos os elementos que
pertencem tanto ao conjunto X excluídos os elementos em comum com o conjunto
Y. Essa operação é representada por: Z = X - Y.
Se a diferença fosse Z= Y-X, o resultado seria Z = {50, 60}. Em resumo, o con-
junto diferença contém todos os elementos do primeiro conjunto excluindo-se os
elementos em comum com o segundo conjunto.
Se o segundo conjunto (Y) for um subconjunto do primeiro (X), a diferença X-Y
é expressa por CXy , onde lê-se complementar de Y em relação a X.

PROBLEMAS

É comum encontrar em diversas provas problemas que precisam de noções de


conjuntos para serem resolvidos. São problemas que requerem o uso do diagrama
de Venn e têm uma mecânica característica de solução. A seguir será apresentado
um exemplo:

103
Resumo para Concurso Público

Uma pesquisa foi feita com os funcionários de uma empresa, para ver quais
eram as preferências alimentícias de cada um deles. Para isso, foi perguntado se o
funcionário come carne vermelha, frango, peixe ou não come nenhum tipo de carne.
Após entrevistar os 200 funcionários, chegou-se aos seguintes resultados:
110 funcionários comem carne vermelha
100 funcionários comem frango
80 funcionários comem peixe
44 funcionários comem carne vermelha e frango
43 funcionários comem frango e peixe
41 funcionários comem carne vermelha e peixe
15 funcionários comem carne vermelha, frango e peixe
De acordo com a pesquisa, quantos funcionários não comem nenhum tipo de
carne? Quantos funcionários comem somente carne vermelha?
O primeiro passo é montar o diagrama de Venn do problema, onde cada circun-
ferência representará um conjunto. Há três conjuntos: carne vermelha, frango e peixe.

O próximo passo é preencher os campos do diagrama. Quando houver o dado,


o primeiro espaço a ser preenchido é a intersecção dos três conjuntos. Nesse caso,
corresponde à quantidade de funcionários que comem os três tipos de carne.

104
Teoria dos Conjuntos

44 funcionários comem carne vermelha e frango. Dessas 44 pessoas, 15 comem


carne vermelha, frango e peixe. Então, 44-15 = 29 pessoas comem somente carne
vermelha e frango.
43 funcionários comem frango e peixe. Dessas 41 pessoas, 15 comem carne
vermelha, frango e peixe. Então, 43-15 = 28 pessoas comem somente frango e peixe.
41 funcionários comem carne vermelha e peixe. Dessas 41 pessoas, 15 comem
carne vermelha, frango e peixe. Então, 41-15 = 26 pessoas comem somente carne
vermelha e peixe.
Agora, coloca-se todos os valores encontrados no diagrama:

Os próximos passos consistem em preencher os outros espaços que há em


comum entre os conjuntos.
110 funcionários comem carne vermelha. O número de funcionários que co-
mem somente carne vermelha corresponde a: 110-29-15-26 = 40 funcionários.
100 funcionários comem carne de frango. O número de funcionários que co-
mem somente frango corresponde a: 100-29-15-28 = 28 funcionários.
80 funcionários comem peixe. O número de funcionários que comem somente
peixe corresponde a: 80-28-15-26 = 11 funcionários.
Agora, coloca-se todos os valores encontrados no diagrama:

A quantidade de funcionários que não comem carne, pode ser encontrada so-
mando-se todos os valores que constam no diagrama e, em seguida, calcula-se a
diferença entre o total de funcionários e a soma encontrada.

105
Resumo para Concurso Público

Assim: 200 - (40 + 29 + 15 + 26 + 28 + 28 + 11) = 23 funcionários. Assim:

Analisando o diagrama final é possível


responder às duas perguntas do pro-
blema:
23 funcionários não comem carne
40 funcionários comem somente carne
vermelha

Importante!

Sempre confira se a soma de todos os números que constam nos espaços dos
diagramas corresponde à quantidade total do problema. Se não corresponder,
há um conjunto dos que não se encaixa em nenhum dos conjuntos do problema
(no caso anterior, é o conjunto dos que não comem carne).

(AFAP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FCC – 2019) Foi feita uma pesquisa


entre todos os funcionários da empresa X e constatou-se que 50 deles falavam
inglês, 45 espanhol e 15 falavam as duas línguas. Verificou-se também que 5
dos funcionários não falavam nenhuma língua estrangeira. Então, o número de
funcionários da empresa X é
a) 95  b) 75  c) 85  d) 80  e) 90

Resposta: Letra C. O diagrama de Venn do problema é o seguinte:

Assim, o total de funcionários da empresa é igual a: 35 + 15 + 30 + 5 = 85 funcionários.

106
ANÁLISE COMBINATÓRIA

INTRODUÇÃO

A análise combinatória surgiu na matemática para resolver um problema que


pode parecer banal no começo, mas é de suma relevância no dia a dia: “Aprender
a contar”. O leitor pode achar que é uma brincadeira, já que aprendemos a contar
quando ainda somos pequenos. Porém, vamos provar para vocês que “contar” pode
se tornar complicado.
Imagine o seguinte problema: Você possui 3 camisetas (vermelha, preta e ver-
de) e 2 bermudas (azul e verde). Quantas maneiras distintas você pode se vestir?
A resolução é simples, primeiro você veste a bermuda azul e varia as três camisetas:

Depois, você veste a bermuda verde e varia as três camisetas:

Como são 3 casos para cada bermuda, temos um total de 6 possibilidades.

107
Resumo para Concurso Público

Até este ponto, o leitor acha que contagem é fácil, mas agora, vamos “compli-
car” um pouco.
Imagine que agora você tenha 5 camisetas diferentes, 3 bermudas diferentes,
além de 3 tênis diferentes, quantas maneiras distintas você poderá se vestir?
É possível resolver este problema com o procedimento anterior, mas levará um
bom tempo para contar todas as soluções. Mas, se nós queremos apenas a quan-
tidade total, sem a necessidade de listá-las, será que não tem um meio mais fácil?
A resposta é sim, e você verá a seguir.

PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO

O princípio fundamental da contagem permite quantificar situações ou casos


de uma determinada situação ou evento. Em outras palavras, é uma maneira siste-
mática de “contar” a quantidade de “coisas”.
A base deste princípio se dá pela separação de casos e quantificação dos mes-
mos. Após isso, uma multiplicação de todos estes números é feita para achar a
quantidade total de possibilidades. O exemplo a seguir irá ilustrar isso.
“João foi almoçar em um restaurante no centro da cidade, ao chegar no local,
percebeu que oferecem 3 tipos de saladas, 2 tipos de carne, 6 bebidas diferentes e
5 sobremesas diferentes. De quantas maneiras distintas ele pode fazer um pedido,
pegando apenas 1 tipo de cada alimento?”
Resolução: O princípio da contagem depende fortemente de uma organização
do problema. A sugestão é sempre organizar cada caso em traços e preenchendo a
quantidade de possibilidades. Como temos 4 casos distintos (salada, carne, bebida
e sobremesa), iremos fazer 4 traços:

Salada Carne Bebida Sobremesa

Agora, preencheremos a quantidade de possibilidades de cada caso:


3 2 6 5
Salada Carne Bebida Sobremesa

Finalmente, multiplicamos os números:

3 2 6 5
× × × = 180
Salada Carne Bebida Sobremesa

Assim, João tem 180 possibilidades diferentes de se montar um prato.


Agora que aprendeu o princípio multiplicativo, você consegue resolver o exem-
plo das camisetas, bermudas e tênis da seção anterior?
Se temos 5 camisetas, 3 bermudas e 3 tênis distintos, a quantidade de jeitos de
se vestir será 5 × 3 × 3 = 45.

108
Análise Combinatória

Os problemas de princípio multiplicativo são simples quando os grupos são


fáceis de se identificar e se retira apenas 1 elemento de cada grupo. Agora, vamos
aprofundar um pouco mais, considerando que podemos tirar mais de um elemen-
to por grupo. Veja o exemplo do restaurante novamente, mas com uma pergunta
diferente:
“João foi almoçar em um restaurante no centro da cidade, ao chegar no local,
percebeu que oferecem 3 tipos de saladas, 2 tipos de carne, 6 bebidas diferentes e
5 sobremesas diferentes. De quantas maneiras distintas ele pode fazer um pedido,
pegando 1 salada, 1 carne, 1 bebida e 2 sobremesas diferentes?”
Resolução: Agora, a montagem do problema ganha uma atenção especial pois
não iremos retirar apenas 1 elemento do grupo sobremesa, e sim 2. Neste caso, a
montagem fica desta maneira:

Salada Carne Bebida Sob. 1 Sob. 1

Temos que adicionar uma linha, referente a segunda sobremesa e diferenciar


da primeira, já que o enunciado fala que são sobremesas diferentes. Em relação aos
valores a serem colocados, os grupos salada, carne e bebida seguem a mesma linha
do exercício anterior, tirando 1 elemento de cada, logo:

3 2 6
Salada Carne Bebida Sob. 1 Sob. 1

Para a primeira sobremesa, temos a 5 disponíveis, logo:

3 2 6 5
Salada Carne Bebida Sob. 1 Sob. 1

Já para a segunda sobremesa, devemos ficar atentos ao enunciado pois ele


trata as mesmas como diferentes, ou seja, a que foi retirada anteriormente não pode
entrar na contagem, assim, ao invés de 5 possibilidades, a segunda sobremesa terá
4, logo:

3 2 6 5 4
Salada Carne Bebida Sob. 1 Sob. 1

Com tudo organizado, basta aplicar o princípio multiplicativo:


3 2 6 5 4
× × × × = 720
Salada Carne Bebida Sob. 1 Sob. 1

Ou seja, 720 maneiras de se montar um prato.


Outra variação dos problemas de princípio multiplicativo são os que possuem
alguma restrição, ou seja, alguns casos devem ser descartados por não atenderem
algum critério dado no enunciado.

109
Resumo para Concurso Público

Veja o exemplo:
“Uma empresa de propaganda pretende criar panfletos coloridos para divulgar
certo produto. O papel pode ser laranja, azul, preto, amarelo, vermelho ou roxo,
enquanto o texto é escrito no panfleto em preto, vermelho ou branco. De quantos
modos distintos é possível escolher uma cor para o fundo e uma cor para o texto se,
por uma questão de contraste, as cores do fundo e do texto não podem ser iguais?”
Resolução: O problema parece seguir o mesmo padrão do princípio multiplica-
tivo, em que se separa os grupos e faz a multiplicação. Porém, temos uma restrição
que não nos permite ter papel e letra do texto iguais. Para resolver este problema
a estratégia é simples: Calcula-se o total de casos, sem restrições, depois quantifica
a quantidade de casos que não podem ser contabilizados e realiza-se a subtração.
Veja como fica:

6 3
× = 18
Papel Texto

Sem restrições, temos 18 possibilidades. Olhando as cores dos papéis e dos


textos, percebe-se que não se pode escolher o papel preto com o texto preto e o
papel vermelho e o texto vermelho, o que totaliza 2 restrições. Logo, o número de
casos possíveis será o total subtraído das restrições:
18 - 2 = 16

(UNESP-SP – VESTIBULAR – VUNESP – 2009) Uma rede de supermercados


fornece a seus clientes um cartão de crédito cuja identificação é formada por 3
letras distintas (dentre 26), seguidas de 4 algarismos distintos. Uma determina-
da cidade receberá os cartões que têm L como terceira letra, o último algarismo
é zero e o penúltimo é 1. A quantidade total de cartões distintos oferecidos por
tal rede de supermercados para essa cidade é:
a) 33600
b) 37800
c) 43200
d) 58500
e) 67600

RESPOSTA: Letra A. Como são algarismos e letras distintas, temos que ter atenção
na hora de avaliar quantas possibilidades terão em cada grupo. Como L já é a ter-
ceira, a primeira letra terá 25 possibilidades e a segunda 24. Nos algarismos, como
temos 1 e 0 preenchendo as últimas casas, restam outras duas, que terão 8 e 7
possibilidades respectivamente. Assim: N = 25 × 24 × 8 × 7 = 33600

110
Análise Combinatória

FATORIAL

Antes de definirmos casos particulares de contagem, iremos definir uma opera-


ção matemática que será utilizada nas próximas seções: o fatorial. Define-se o sinal
de fatorial pelo ponto de exclamação, ou seja, “!”. Assim, quando encontrarmos 2!
Significa que estaremos calculando o “fatorial de 2” ou “2 fatorial”. A definição de
fatorial está apresentada a seguir:
n! = n ⋅ (n - 1)⋅(n - 2)⋅(n-3)… 3 ⋅ 2 ⋅ 1
Ou seja, o fatorial de um número é caracterizado pelo produto deste número e
seus antecessores, até se chegar ao número 1. Veja os exemplos a seguir:
3! = 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 6
5! = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 120
Assim, basta ir multiplicando os números até se chegar ao número 1. Observe
que os fatoriais aumentam muito rápido, veja quanto é 10!:
10! = 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 3.628.800
Já estamos na casa dos milhões! Para não trabalharmos com valores tão altos,
as operações com fatoriais são normalmente feitas por último, procurando fazer o
maior número de simplificações possíveis. Observe este exemplo:

Calcule 10!
7!

Resolução: Ao invés de calcular os valores de 7! e 10! separadamente e depois


fazer a divisão, o que levaria muito tempo, nós simplificamos os fatoriais primeiro.
Pela definição de fatorial, temos o seguinte:

10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
=
7! 7 ⋅6 ⋅ 5 ⋅4 ⋅ 3 ⋅2 ⋅ 1

Observe que o denominador pode ser inteiramente cancelado, pois 10! Possui
todos os termos de 7!. Essa é uma particularidade interessante e facilitará demais a
simplificação. Se cancelarmos, restará apenas um produto de 3 termos:

10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
= = 10 ⋅ 9 ⋅ 8 = 720
7! 7 ⋅6 ⋅ 5 ⋅4 ⋅ 3 ⋅2 ⋅ 1

Essa operação é muito mais fácil que calcular os fatoriais desde o começo!
Para casos onde temos mais de um fatorial no denominador, a estratégia é
mesma e a dica é simplificar o fatorial do numerador com o maior fatorial que temos
no denominador. Veja o exemplo:
8!
Calcule
5! 3!
111
Resumo para Concurso Público

Vamos abrir os fatoriais de 8 e 5:

8! 8 ⋅7 ⋅ 6 ⋅5 ⋅ 4 ⋅3 ⋅ 2 ⋅1
=
5! 3! 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 3!

Simplificamos os termos comuns e ficamos com:

8! 8 ⋅7 ⋅ 6 8⋅ 7 ⋅ 6
= = = 8 ⋅ 7 = 56
5! 3! 3! 3⋅ 2 ⋅ 1

Essa estratégia será muito utilizada quando abordarmos as seções seguintes,


que envolvem fatorial em suas operações.

1
(EsFCEx – PROFESSOR – EsFCEx – 2006) Para n ≥ 2, a expressão n²⋅ n−2 ! ⋅ 1−
n
vale:
a) n!
b) (n - 1)!
c) (n + 1)!
d) n ⋅ (n + 1)!
e) (n - 2)!

n−1
Resposta: Letra A. Manipulando o parênteses, chega-se a , onde o “n” do
n
denominador é cancelado usando n². Resta, portanto n ⋅ (n-2)! ⋅ (n-1) que rear-
ranjando fica n ⋅ (n-2)! ⋅ (n-1) = n ⋅ (n-1) ⋅ (n-2)! = n!

PERMUTAÇÃO

1. Permutação Sem Repetição de Elementos


As permutações são definidas como situações nas quais o número de elemen-
tos é igual ao número de posições em que podemos posicioná-los. Considere o
exemplo no qual temos 5 pessoas e 5 cadeiras alinhadas. Queremos saber de quan-
tas maneiras diferentes podemos posicionar essas pessoas. Esquematizando o pro-
blema, chamando de P as pessoas e C as cadeiras:

112
Análise Combinatória

Em problemas em que o número de elementos é igual ao número de posições,


sempre teremos uma permutação. A fórmula da permutação, considerando que não
há repetição de elementos é a seguinte:
Pn = n!
Ou seja, para permutar 5 elementos em 5 posições, basta eu calcular o fatorial
de 5:
P5 = 5! = 120
Logo, eu posso posicionar as pessoas de 120 maneiras diferentes na fileira de
cadeiras.
Observe que a fórmula geral da permutação é utilizada quando não há repe-
tição de elementos, mas e quando temos elementos repetidos? A seção seguinte
tratará disso.

(PF – ESCRIVÃO – CESPE – 2009) Na sequência crescente de todos os números


obtidos, permutando-se os algarismos 1, 2, 3, 7, 8, a posição do número 78.312 é a:
a) 94ª
b) 95ª
c) 96ª
d) 97ª
e) 98ª

Resposta: Letra B. Deve-se contar todos os números anteriores a 78312. Ini-


ciando com 1_ _ _ _, temos 4 espaços, ou seja 4! = 24 números; iniciando com
2 _ _ _ _ temos outros 24 números, assim como iniciando com 3_ _ _ _. Depois
temos os números iniciados com “71_ _ _” que são 6 (3!), assim como os inicia-
dos em “72_ _ _” e “73_ _ _”. Depois aparece o iniciado com “781_ _” que são 2
números, assim como o “782 _ _”. O próximo já será o 78312. Somando: 24 + 24 +
+ 24 + 6 + + 6 + 6 + 2 + 2 = 94. Logo, ele será o 95° número.

113
Resumo para Concurso Público

2. Permutações Com Repetição de Elementos


A fórmula da permutação com repetição terá uma complementação, para des-
considerar casos repetidos que serão contados 2 ou mais vezes se utilizarmos a
fórmula sem repetição.
O exemplo mais comum destes casos é o que chamamos de Anagramas. Os
anagramas são permutações das letras de uma palavra, formando novas palavras,
sem a necessidade de terem sentido ou não. Usando primeiramente um exemplo
sem repetição, veja quantos anagramas podemos formar com o nome BRUNO:
Montando a esquematização:

Ou seja, temos que posicionar as letras nas 5 casas correspondentes e neste


caso, é um problema de permutação sem repetição como já foi visto:
P5 = 5! = 120
Logo, podemos formar 120 anagramas com a palavra BRUNO. Agora, vamos
olhar o mesmo problema, mas com a palavra MARIANA. Ela possui 7 letras, logo
teremos 7 posições:

Entretanto, temos a repetição da letra A. Veja o que acontece quando montar-


mos um anagrama qualquer da palavra:

114
Análise Combinatória

Não conseguimos saber qual letra “A” foi utilizada nas posições C1, C3 e C5.
Se trocarmos as letras de posição entre si, ficaremos com os mesmos anagramas,
caracterizando uma repetição. Assim, para saber a quantidade de anagramas com
repetição, corrigiremos a fórmula da permutação da seguinte forma:
n!
Pn =
a
a!
Ou seja, calcula-se a permutação de “n” elementos com “a” repetições. Consi-
derando que MARIANA tem 7 letras (n=7) e a letra “A” se repete 3 vezes, temos que:

7! 7 ⋅6 ⋅ 5 ⋅4 ⋅ 3 ⋅2 ⋅ 1
P73 = = = 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 = 840
3! 3 ⋅2 ⋅ 1

Assim, a palavra MARIANA tem 840 anagramas possíveis.

Outro exemplo para deixar este conceito bem claro, é quando temos dois ele-
mentos se repetindo. Por exemplo, vamos calcular os anagramas da palavra TALITA:

Observe que a letra “T” repete 2 vezes e a letra “A” também repete duas vezes.
Na fórmula da permutação com repetição, faremos duas divisões:

n!
Pna,b =
a! b!

Ou seja, se houver 2 ou mais elementos se repetindo, a correção é feita dividin-


do pelas repetições de cada um. Como ambos repetem duas vezes:

6! 6 � 5 � 4 � 3 � 2 � 1 6 � 5 � 4 � 3 360
P62,2 = = = = = 180
2! 2! 2�1 �2 �1 2�1 2

Assim, a palavra TALITA tem 180 anagramas.

Esse mesmo tipo de problema pode ser feito com números e segue o mesmo
princípio.

115
Resumo para Concurso Público

(PUC-RS – TODOS OS CARGOS – PUC-RS – 2008) O número de Anagramas da


palavra CONJUNTO que começam com C e terminam por T é:
a) 15
b) 30
c) 180
d) 360
e) 720

Resposta: Letra C. Trata-se de um problema de permutação com repetição,


além de termos restrições em algumas posições. Como as letras C e T estão tra-
vadas na primeira e última posições, sobram as 6 posições entre as duas. Dessas
6 posições, temos que colocar as letras O, N, J, U, N, O, onde temos a letra O
repetindo duas vezes e a letra N repetindo duas vezes também. Calculando a
6!
permutação: = 180 .
2!2!

3. Permutação Circular
A permutação circular é um caso bem específico e normalmente suas questões
são diferenciais entre os candidatos em concursos públicos. Para entender melhor
o conceito, observe o exemplo a seguir: Suponha que 5 amigos, A, B, C, D, E vão se
sentar em uma mesa circular de 5 lugares conforme esquema a seguir. De quantas
maneiras eles poderão se dispor na mesa?

A primeira vista, o leitor interpreta que este é um problema de permutação sem


repetição, já que o número de elementos é igual ao número de posições e simples-
mente calcula o número de possibilidades utilizando a fórmula P5=120.
Mas este resultado está INCORRETO. Vamos utilizar como exemplo a configura-
ção mais simples, colocando os elementos em ordem alfabética na direção horária:

116
Análise Combinatória

Agora, vamos colocar cada elemento na sua cadeira a esquerda, desta maneira:

Finalmente, vamos repetir esse processo mais 3 vezes:

Cada um destes casos está contabilizado dentre os 120 casos que se calculou
anteriormente. Mas agora observe bem cada uma destas 5 configurações: O ele-
mento A tem sempre a sua esquerda o elemento B e a sua direita o elemento E,
não importa a configuração que esteja. Da mesma forma podemos ver os mesmos
padrões para os elementos B, C, D e E, ou seja, em casos de meras rotações nas po-
sições, a disposição dos elementos é a mesma, tornando-as disposições repetidas.
Isso vale para qualquer disposição destes 5 elementos, assim, como temos 5 repe-
tições, temos que dividir o valor total de 120 por 5, chegando a resposta correta de
24 possibilidades.
Em outras palavras, na permutação circular, o número de configurações distin-
tas é dado por:

PnC = n − 1 !

Onde “C” indica que a permutação é circular.

117
Resumo para Concurso Público

(OBM – OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA – OBM – 2014) Um grupo de 6 crian-


ças decide brincar de ciranda e para isso elas devem dar as mãos umas às outras
e formar uma roda. Dentre elas estão Aline, Bianca e Carla. De quantas maneiras
esta roda pode ser formada sabendo que estas três são muito amigas e decidi-
ram ficar sempre juntas?
a) 6
b) 12
c) 18
d) 24
e) 36

Resposta: Letra E. Atenção a este problema pois ele não envolve apenas per-
mutação circular. Quando se tem a restrição que as amigas devem ficar juntas,
podemos considerá-la um grupo só, restando assim 4 elementos (outras 3 pes-
soas mais o grupo) para 4 posições. Sendo uma permutação circular, calcula-se
c
P 4 = (4-1)! = 3! = 6. Porém, o grupo das três amigas pode permutar internamente,
já que a restrição diz apenas que elas devem estar juntas e não especifica uma or-
dem. Assim, as 3 amigas permutam 3 posições no grupo, chegando a P3 = 3! = 6.
Multiplicando os resultados pelo princípio multiplicativo, chega-se a 36.

COMBINAÇÃO SIMPLES

A combinação simples, juntamente com o arranjo simples, se difere da permutação


por serem casos em que o número de elementos é maior que o número de posições
para serem ocupadas, ou seja, restarão elementos que não serão posicionados.
Assim, não se pode aplicar simplesmente a fórmula Pn=n!. Porém, é possível a
partir dela, deduzir a fórmula da combinação. Vamos considerar um problema em
que temos n elementos distintos para se posicionar em n posições:

118
Análise Combinatória

Agora, se posicionarmos n elementos nas p posições, sobrarão n-p elementos para


fora. Na combinação simples, a disposição dos elementos não importa e por isso as
configurações repetidas devem ser descartadas. Lembrando o problema de permutação
com repetição, teremos, portanto, dois casos para descartar: Os n-p elementos que não
foram posicionados e os p elementos que estão posicionados, assim:
n!
Pnp,n−p = Cn,p =
p! n − p !

Logo, a combinação simples nada mais é do que uma permutação com ele-
mentos repetidos. Para facilitar, basta ter em mente que o número de elementos
é maior que o número de posições e a ordem da disposição dos elementos não
importa, o problema deve ser atacado como uma combinação.

(BANRISUL – ESCRITURÁRIO – FCC – 2019) Ana e Beatriz são as únicas mu-


lheres que fazem parte de um grupo de 7 pessoas. O número de comissões de 3
pessoas que poderão ser formadas com essas 7 pessoas, de maneira que Ana e
Beatriz não estejam juntas em qualquer comissão formada, é igual a
a) 20
b) 15
c) 30
d) 18
e) 25

Resposta: Letra C. Problema envolvendo restrição em que a estratégia é a mes-


ma, calculando o total de possibilidades e subtraindo a quantidade de casos
restritos. O total de comissões de 3 pessoas que podem ser formadas a partir de
um número de 7 é C7,3 = 3! = 35 . Os casos que não podem são as comissões
7!
7−3 !

formadas por Ana, Beatriz e mais uma pessoa dentre as 5 possíveis, ou seja, 5
grupos. Logo: 35 - 5 = 30.

ARRANJO SIMPLES

O arranjo simples segue a mesma linha de pensamento que a combinação sim-


ples, ou seja, a quantidade de elementos a serem dispostos é maior que o número
de posições possíveis. Entretanto, a diferença entre combinação e arranjo se dá na
questão da disposição dos elementos nas posições. Enquanto na combinação a or-
dem da disposição dos elementos não importa, para o arranjo ela é considerada e
isso muda completamente o resultado.

119
Resumo para Concurso Público

Partindo da mesma dedução que a combinação, em um grupo de n elementos,


vamos posicioná-lo em p posições:

A diferença agora é que a única parte em que a ordem não importa é nos n-p
elementos que sobraram. Assim, a permutação com repetição fica:

n!
Pnn−p = An,p =
n− p !

Outra abordagem é considerar que o problema de Arranjo é simplesmente um


problema de combinação, permutando os elementos que foram posicionados, logo:

n! n!
An ,p = Cn,p � Pp = � p! =
p! n − p ! n −p !

(AGU – TÉCNICO – IDECAN – 2019) Considerando os algarismos 1, 2, 3, 5, 7 e


9, quantos números pares podem-se formar com 5 algarismos diferentes?
a) 720
b) 120
c) 240
d) 1
e) 0

Resposta: Letra B. Como o número de 5 algarismos deve ser par, então a po-
sição das unidades só poderá ser ocupada pelo número 2. Nas outras 4 posi-
ções, temos 5 algarismos distintos para posicionar e a ordem é relevante uma
vez que trocando um algarismo de posição, o número final é diferente. Assim:
5!
A5,4 = = 120.
5−4 !

120
PROBABILIDADES

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

No estudo de probabilidades, em todos os casos estudados, serão conside-


rados experimentos aleatórios, ou seja, experimentos no qual o resultado não seja
conhecido previamente. Diz-se que o resultado é imprevisível. Há alguns exemplos
clássicos como: o lançamento de um dado (qualquer número pode ser o resultado),
a retirada da carta de um baralho completo, o lançamento de uma moeda (cara e
coroa), entre tantos outros exemplos.
Para iniciar o estudo de probabilidades é necessário definir alguns conceitos
fundamentais que serão utilizados em todos os tópicos desse capítulo. São eles:
espaço amostral e evento.

1. Espaço Amostral
O espaço amostral é definido como o conjunto universo de um experimento
aleatório qualquer. Em resumo, é um conjunto que contém todas as possibilidades
de um experimento. Por exemplo, em um lançamento de uma moeda há duas pos-
sibilidades, apenas: cara ou coroa. Portanto, o espaço amostral do lançamento de
uma moeda contém dois elementos (cara e coroa). O espaço amostral é denotado
pela letra S, e o número de elementos por n(S). Assim, nesse caso do lançamento de
uma moeda tem-se que: S = {Cara,Coroa} e n(S) = 2.
Considerando um outro exemplo, o lançamento de um dado não viciado (ou
seja, no lançamento todo número tem a mesma chance de ser o resultado), o espaço
amostral é: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e, portanto, n(S) = 6.

2. Evento
Evento é um subconjunto do espaço amostral, ou seja, é uma das possibilida-
des do experimento aleatório. Considere o primeiro exemplo da seção anterior, o
lançamento de uma moeda. Após o lançamento há duas possibilidades: cara e coroa
(espaço amostral). Diz-se, então, que “sair cara” é um evento do experimento alea-
tório “lançar uma moeda”. Já no lançamento de um dado, “sair 3” é um evento desse
experimento. Assim como “sair 4”, e todos os outros números.
Geralmente, em um exercício de concurso público o objetivo é encontrar a pro-
babilidade da ocorrência de um evento. Se o exercício pede para calcular a proba-
bilidade de “sair 5 em um lançamento de um dado”, o evento desejado será “sair 5”.
O evento é denotado por E e o número de eventos possíveis é denotado por
n(E). Seguindo no exemplo do lançamento de um dado, deseja-se saber a probabili-
dade de “sair um número par”. Os eventos possíveis são E = {2, 4, 6} e, portanto, há
três possibilidades para esse evento. Logo, n(E) = 3.

121
Resumo para Concurso Público

PROBABILIDADE DE UM EVENTO QUALQUER

A probabilidade da ocorrência de um evento qualquer representa a chance de


ocorrência desse evento. Seja um evento E, contido em um espaço amostral S. A
probabilidade de ocorrência de E é definida por:
n (E)
P (E) =
n (S)
É possível ver a aplicação dessa fórmula em situações simples. Considere o lan-
çamento de um dado não viciado. Calculam-se as seguintes probabilidades:
a) probabilidade do resultado do lançamento ser igual a 5
b) probabilidade do resultado do lançamento ser um número ímpar
Solução:
Para ambos os casos, o espaço amostral é S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e, consequen-
temente, n(S) = 6. No item a), para o evento (resultado do lançamento ser igual a
5) há somente uma possibilidade. Portanto, E = {5} e, n(E) = 1. Assim, nesse caso, a
probabilidade do resultado do lançamento ser igual a 5 é:

n E 1
P E = = = 0,166… = 16,67%
n S 6

Já no item b), para o evento (resultado do lançamento ser um número ímpar)


há três possibilidades, E = {1, 3, 5} e, n(E) = 3. Assim, nesse caso, a probabilidade do
resultado do lançamento ser igual a 5 é:

n E 3
P E = = = 0,5 = 50%
n S 6

Importante!

A resposta de uma probabilidade pode ser dada tanto na forma de uma fração
ou de uma porcentagem.

Veja um outro exemplo.


Considere um baralho completo (52 cartas, 13 de cada naipe – paus, espadas,
ouros e copas). Desse baralho será sorteada uma carta qualquer. Calcule as seguin-
tes probabilidades:
a) probabilidade da carta sorteada ser o número 6

122
Probabilidades

Solução:
O espaço amostral corresponde a todas as cartas do baralho (não serão todas
escritas aqui para não poluir o texto). Ou seja, n(S) = 52, que é o total de cartas do
baralho. Já o evento (carta ser igual ao número 6), pode ter quatro possibilidades
pois em um baralho completo há 4 cartas de cada número ou letra, sendo uma de
cada naipe: n(E) = 4. Logo, a probabilidade pedida é igual a:

n E 4 1
P E = = =
n S 52 13

b) a probabilidade da carta sorteada ser uma letra


Solução:
No baralho há cartas com números e letras, sendo elas J, Q e K (valete, rainha e
rei, respectivamente). Para cada naipe há três cartas que são letras e como há quatro
naipes no baralho, o total de cartas que são letras é igual a 4 ∙ 3 = 12. Assim, n(E) = 12 e
a probabilidade pedida é igual a:

n E 12 3
P E = = =
n S 52 13

PROBABILIDADE DE EVENTOS INDEPENDENTES

Eventos são independentes quando a ocorrência de um não interfere na chance


do outro ocorrer. Por exemplo, ao lançar um dado não viciado duas vezes conse-
cutivas, o resultado do primeiro lançamento não interfere em nada o resultado do
segundo lançamento. Assim, dois lançamentos de um mesmo dado são eventos
independentes.
Aqui tem origem o cálculo de probabilidades de eventos independentes e a
regra para esse cálculo é conhecida por “regra do produto”. Sejam dois eventos in-
dependentes A e B. A probabilidade da ocorrência de ambos é denotada por P(A∩B)
e o seu cálculo é dado por:
P(A∩B) = P(A) ∙ P(B)

Importante!

Geralmente utiliza-se essa regra quando no enunciado há o conectivo “e”, quan-


do se deseja calcular a probabilidade de que ambos os eventos ocorram.

123
Resumo para Concurso Público

Considere um dado não viciado. Qual a probabilidade de que, em dois lança-


mentos consecutivos, os dois números sejam pares?

Solução:

O enunciado deseja calcular a probabilidade de que o primeiro número seja par


e o segundo, também (note o destaque no conectivo “e”). Assim, são considerados
os dois eventos:

A: resultado do lançamento ser um número par

B: resultado do lançamento ser um número par

Nesse caso, ambos os eventos são iguais então basta calcular a probabilidade
de um deles para utilizar a regra do produto. Vale destacar que não necessariamente
as probabilidades dos eventos independentes serão as mesmas, afinal não é sempre
que os eventos serão iguais.
Como já visto em exemplos anteriores, o espaço amostral no lançamento de
um dado é S={1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(S) = 6. Já para o evento “resultado ser par”, tem-se
A={2, 4, 6} e, portanto, n(A) = 3. Logo, a probabilidade da ocorrência do evento A (e
consequentemente do evento B) é igual a: = = . Agora, aplica-se a regra
n A 3 1
P A =
n S 6 2

do produto, para calcular a probabilidade de que ambos os eventos ocorram:

1 1 1
P A∩ B = P A ∙P B = ∙ = = 0,25 = 25%
2 2 4

A seguir, um outro exemplo.

Considere uma urna com 4 bolas verdes e 5 bolas amarelas. Uma pessoa irá
retirar duas bolas dessa urna, sem reposição, ou seja, após retirada a bola não retor-
na para a urna. Calcule a probabilidade de, em um mesmo sorteio, ambas as bolas
sorteadas serem amarelas.
Solução:

Problemas com sorteio de objetos são comuns. Aqui é sempre importante saber se
há ou não reposição entre um sorteio e outro pois isso afeta diretamente o cálculo.
Nesse caso não há reposição e, portanto, o espaço amostral muda para cada evento. O
exercício deseja saber a probabilidade de que a primeira bola seja amarela e a segunda,
também. Para o primeiro sorteio, há 9 bolas na urna e, portanto, n(S) = 9. O total de
bolas amarelas é igual a 5. Logo, a probabilidade de, no primeiro sorteio, a bola
n A 5
sorteada ser amarela é igual a P A = = . Para o segundo sorteio, como não há
n S 9
reposição, há 8 bolas na urna sendo 4 delas amarelas. Assim, o espaço amostral
desse evento é igual a n(S)=8 e o total de possibilidades para o evento é igual a
n(B)=4. A probabilidade de uma bola sorteada no segundo sorteio ser amarela é:
n A 5
P A = = .
n S 9

124
Probabilidades

Assim, a probabilidade de que ambas as bolas sorteadas sejam amarelas é igual a:

5 4 20 5
P A∩B = P A �P B = � = =
9 8 72 18

(AL-RO – ASSISTENTE LEGISLATIVO – FGV – 2018) Em uma caixa há 4 cartões


amarelos e 6 cartões vermelhos. Foram retirados, aleatoriamente, 2 cartões da
caixa. A probabilidade de os dois cartões retirados serem vermelhos é de
a) 1/2
b) 1/3
c) 1/4
d) 1/5
e) 1/6

RESPOSTA: Letra B. Os sorteios, de cada um dos cartões, são eventos indepen-


dentes. Como não haverá reposição, após o sorteio do primeiro cartão vermelho
6 5 30 1
restarão 5 cartões na caixa. A probabilidade pedida é igual a P = � = = .
10 9 90 3

PROBABILIDADE COM UNIÃO E INTERSECÇÃO DE EVENTOS

Nesse caso, serão considerados dois eventos A e B de um mesmo espaço amos-


tral S. É possível que entre esses eventos haja algum elemento em comum ou não. A
probabilidade de ocorrer a união desses dois eventos é calculada por:
P (A∪B) = P(A) + P(B) - P (A∩B)

Importante!

Geralmente utiliza-se essa regra quando no enunciado há o conectivo “ou”,


quando deseja-se calcular a probabilidade de ocorrer um evento ou o outro.

A seguir um exemplo.
Considere um baralho completo. Qual é a probabilidade de, ao sortear uma
carta, essa carta ser um valete ou um ás?

125
Resumo para Concurso Público

Solução:
Os eventos considerados são os seguintes:
A: carta ser um valete
B: carta ser um ás
Nesse caso, os eventos não possuem elementos em comum pois é impossível
que a carta sorteada seja, ao mesmo tempo, um valete e um ás. Assim, na fórmula
apresentada anteriormente, o último termo é nulo, P(A∩B)=0. Portanto a probabili-
dade pedida será, simplesmente:
P(A∪B) = P(A) + P(B)
Em um baralho de 52 cartas (n(S)=52), há 4 valetes (n(A)=4) e 4 ases (n(B)=4).
Assim, a probabilidade de cada um dos eventos será igual a:

1 1 2 e n B 4 1
P A∪B = + = P B = = =
13 13 13 n S 52 13

Portanto, a probabilidade pedida será igual a:

1 1 2
P A∪B = + =
13 13 13

Agora, um outro exemplo.


Considere um baralho completo. Qual é a probabilidade de, ao sortear uma
carta, essa carta ser um rei ou uma carta de espada?
Os eventos considerados são os seguintes:
A: carta ser um rei
B: carta ser de espadas
Analogamente ao exemplo anterior, em um baralho de 52 cartas (n(S)=52), há
4 reis (n(A)=4) e 13 cartas de espadas (n(B)=13). Assim, a probabilidade de cada um
dos eventos será igual a:

n A 4 1 n B 13 1
P A = = = e P B = = =
n S 52 13 n S 52 4

Mas nesse caso, os eventos têm um elemento em comum pois, ao sortear uma
carta é possível que ela seja ao mesmo tempo um rei de espadas e, portanto, per-
tence aos dois eventos simultaneamente. Nesse caso, o terceiro termo da expressão
para o cálculo da probabilidade com união de eventos, não é nulo e deve ser calcu-
lado. Nesse caso, como há somente um rei de espadas em 52 cartas, a probabilidade
da ocorrência simultânea entre os eventos A e B é igual a P A∩B =
1
. Assim, a pro-
52

babilidade de carta sorteada ser um rei ou uma carta de espadas é igual a:

126
Probabilidades

1 1 1 16 4
P A∪ B = P A +P B − P A∩ B = + − = =
13 4 52 52 13

(UPE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – IAUPE – 2017) Uma loja pretende


dar um brinde aos dois primeiros clientes do dia. Qual a probabilidade de esses
clientes serem do mesmo sexo?
a) 25%
b) 5%
c) 100%
d) 20%
e) 50%

Resposta: Letra E. Há duas possibilidades nesse caso: ou ambas as clientes são


mulheres ou ambos são homens. A probabilidade de um cliente ser homem ou
1
mulher é de 50%, ou . Assim, a probabilidade de ambas serem mulheres é
2
P=
1 1 1
� = , que é a mesma probabilidade de ambos serem homens. Como não é
2 2 4

possível que um cliente seja homem e mulher ao mesmo tempo, a probabilidade


1 1 2 1
pedida é igual a P = P(homens) + P(mulheres) → P= + = =
4 4 4 2
→ P = 0,5 = 50%.

PROBABILIDADE CONDICIONAL

Entende-se por probabilidade condicional a probabilidade da ocorrência de um


evento, sabendo-se que um outro evento dependente já ocorreu. Sejam os eventos
A e B, a probabilidade do evento A ocorrer sabendo-se da ocorrência de B é deno-
tada por P(A/B) e lê-se “probabilidade de A dado B”. O cálculo dessa probabilidade
é dado por:

P A∩B
P A ⁄B =
P B

Um problema que envolve o cálculo de uma probabilidade condicional pode


ser resolvido com o auxílio do Diagrama de Venn. A seguir, um exemplo:

127
Resumo para Concurso Público

Em uma equipe, todos são formados em administração, porém cada um tem


uma especialização diferente. Dos 20 membros da equipe, 12 possuem especiali-
zação em marketing, 8 possuem especialização em finanças e 2 possuem ambas
as especializações. Calcule a probabilidade de um membro da equipe que possui a
especialização em finanças também possuir em marketing.
Solução:
É um problema de probabilidade condicional pois deseja-se saber a probabili-
dade de um membro da equipe possuir a especialização em marketing sabendo que
ele possui especialização em finanças. Para auxiliar, monta-se o diagrama de Venn
do problema:

Sejam os eventos
A: ter especialização em marketing
B: ter especialização em finanças
A probabilidade de que um membro possua ambas as especializações é dada
por:

2 1
P A∩B = =
20 10

A probabilidade de que ele tenha especialização em finanças é igual a:

8 2
P B = =
20 5

Assim, a probabilidade de um membro ter especialização em marketing saben-


do que ele possui especialização em finanças é dada por:

P A ∩B 1⁄10 1 5 5 1
P A ⁄B = = = � = =
P B 2⁄5 10 2 20 4

128
Probabilidades

(CÂMARA DE CURRAIS NOVOS – AGENTE – COMPERVE – 2017) Em uma


pesquisa realizada com 1.100 moradores da cidade de Currais Novos, identifi-
cou-se que 650 consomem queijo manteiga e 600 consomem queijo coalho. Sa-
bendo que nesse grupo de moradores existem aqueles que consomem os dois
tipos de queijos e que todos os pesquisados consomem pelo menos um dos
tipos, ao se escolher aleatoriamente um morador que gosta de queijo manteiga,
a probabilidade de que ele também consuma queijo coalho é de
a) 3/22
b) 3/13
c) 3/10
d) 3/25

Resposta: Letra B. Trata-se de um problema de probabilidade condicional pois


deseja-se saber a probabilidade de um morador consumir queijo coalho saben-
do-se que ele gosta de queijo manteiga. O diagrama de Venn do problema é
o seguinte (não é conhecida a quantidade de moradores que consome ambos
os queijos):

Como há 1100 moradores: 650 - x + x + 600 - x = 1100 → 1250 - x = 1100 → x


= 150. Atualizando o diagrama de Venn:

Assim, considerando os 650 moradores que consomem queijo manteiga, desses


650, nota-se que 150 também consomem queijo de coalho. A probabilidade

pedida é, então igual a: P=


150 3
= .
650 13

129
Hora de Praticar

HORA DE PRATICAR

1. (FDSBC – OFICIAL ADMINISTRATIVO – QUADRIX – 2019) Das frases a seguir, a


única que representa uma proposição é:

a) Ronaldo, venha até aqui, por favor.


b) Que tarde agradável!
c) Sim.
d) Maria preparou os documentos.
e) Onde estão os documentos?

2. (CAU-AC – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – IADES – 2019) Considere as propo-


sições a seguir.
p: Ricardo é arquiteto;
q: Fernando é acriano.
A proposição “Ricardo não é arquiteto e Fernando é acriano” é representada por:

a) ~p∨~q
b) ~p∧~q
c) ~p∨q
d) ~p∧q
e) p∧~q

3. (IF-MS – PEDAGOGO – IF-MS – 2019) Sejam dadas as proposições simples a


seguir:

A: Campo Grande é a capital de Mato Grosso do Sul.


B: Jair Bolsonaro foi eleito Presidente do Brasil nas eleições de 2018.

Considerando os valores lógicos de A e B, pode-se afirmar que:

a) a condicional A⟶B é verdadeira


b) a bicondicional A⟷B é falsa
c) a conjunção (e) entre ambas é falsa
d) a disjunção (ou) entre ambas é falsa
e) a disjunção exclusiva (ou...ou) é verdadeira

4. (CAU-AC – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – IADES – 2019) Para construir a tabe-


la verdade da proposição ~ (p∨~q), um estudante montou o quadro apresentado.

131
Resumo para Concurso Público

Ao se preencher completamente e corretamente a tabela, o número de F encontra-


do na última coluna é igual a:

p q ~q (p∨~q) ~ (p∨~q)

a) 1.
b) 3.
c) 4.
d) 0.
e) 2.

5. (PC-ES – INVESTIGADOR – AOCP – 2019) Considerando p e q duas proposições


quaisquer, assinale a alternativa que representa, logicamente, uma tautologia:

a) ~p∧p
b) ~p∧~q
c) (p∧q)⟶(p∨q)
d) (p∨q)⟶(p∧q)
e) p∨q

6. (AFAP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FCC – 2019) Considere as seguintes


afirmações:

I. Todo amapaense é brasileiro.


II . Todo brasileiro é sul-americano.

Então, é correto afirmar:

a) Todo brasileiro é amapaense.


b) Todo sul-americano é brasileiro
c) Existe amapaense que não é brasileiro.
d) Existe brasileiro que não é sul-americano
e) É possível que exista um sul-americano que não seja amapaense.

7. (SEASTER-PA – ENFERMEIRO – IBADE – 2019) Antônia possui uma calça, uma


camisa e um vestido, todos de cores diferentes, entre azul, branca ou vermelha.
Sabe-se que:

1) ou a calça é azul, ou o vestido é azul;


2) ou a camisa é azul, ou a calça é branca;
3) ou a calça é branca, ou o vestido é branco.

132
Hora de Praticar

Nesse caso, as cores da calça, da camisa e do vestido são, respectivamente,

a) branca, vermelha e azul


b) vermelha, azul e branca
c) branca, azul e vermelha
d) azul, vermelha e branca
e) vermelha, branca e azul

8. (IF-PA – ADMINISTRADOR – IF-PA – 2019) Ângela, Bruna, Carol e Denise são


quatro amigas com diferentes idades. Quando se perguntou qual delas era a mais
jovem, elas deram as seguintes respostas:

• Ângela: Eu sou a mais velha;


• Bruna: Eu sou nem a mais velha nem a mais jovem
• Carol: Eu não sou a mais jovem
• Denise: Eu sou a mais jovem.

Sabendo que uma das meninas não estava dizendo a verdade, a mais jovem e a mais
velha, respectivamente, são:

a) Bruna é a mais jovem e Ângela é a mais velha


b) Ângela é a mais jovem e Denise é a mais velha
c) Carol é a mais jovem e Bruna é a mais velha
d) Denise é a mais jovem e Carol é a mais velha
e) Carol é a mais jovem e Denise é a mais velha

9. (PC-ES – INVESTIGADOR – AOCP – 2019) Antônio, Bruno, Carlos, Davi e Elias foram
selecionados para participar de um programa de televisão, onde eles deveriam ficar
trancados em uma casa por 4 semanas. Sobre esses candidatos, sabemos que

- os 5 rapazes são de estados diferentes: RJ, SP, SC, ES e PR;


- Antônio e o rapaz que mora no RJ ficaram logo amigos;
- Antônio não é paulista e nem catarinense;
- Elias nasceu no estado do ES;
- Carlos torce para o mesmo time do rapaz que mora em SP, enquanto o rapaz ca-
rioca torce para o time arquirrival;
- o rapaz paulista e Davi jogaram damas.

Considerando as informações apresentadas, de qual estado é o rapaz chamado


Davi?

a) RJ
b) SP
c) SC
d) ES
e) PR

133
Resumo para Concurso Público

10. (PC-ES – INVESTIGADOR – AOCP – 2019) Três funcionários públicos, Antônio,


Bruno e Carlos, foram contratados para 3 cargos distintos: perito, legista e médico.
Esses funcionários possuem meios de locomoção diferentes: um tem carro, o outro
uma moto e o outro uma bicicleta. Considere as seguintes afirmações:

- o médico possui o carro;


- Carlos têm uma bicicleta;
- Antônio é legista.

De acordo com essas afirmações, é correto afirmar que

a) Antônio não tem uma moto


b) Carlos é médico
c) Bruno é perito
d) Antônio tem um carro
e) Bruno tem um carro

11. (PREF. TERESINA – GUARDA CIVL – NUCEPE – 2019) O Senhor Mateus e seus
filhos fazem aniversário no mesmo dia do ano. Ele possui exatos 40 anos, e seus 6
filhos, sendo 5 homens e 1 mulher, têm diferença exata de dois anos entre o nas-
cimento de cada um. Os nomes dos filhos são: Márcio, Maurício, Mário, Marcos,
Moacir e Marcela. Considere que os 6 filhos possuem idades distintas e que:

- Mário é mais novo que Moacir;


- Moacir não é mais novo que Marcos, tampouco mais novo que Maurício;
- Marcela é mais velha que Márcio e mais velha que Maurício, mas não é mais velha
que Marcos;
- Márcio nasceu há um ano;
- Mário é mais velho que Márcio, mas não é mais velho que Maurício.

Em quantos anos a idade do pai será o quádruplo da idade da filha?

a)   Em 5 anos    c)   Em 3 anos    e)   Em 7 anos


b)   Em 4 anos    d)   Em 6 anos

12. (TJ-SP – CONTADOR JUDICIÁRIO – VUNESP – 2019) Considere que haja ele-
mentos em todas as seções e interseções do diagrama.

134
Hora de Praticar

A partir dessas informações, é correto afirmar que

a) qualquer elemento de C, que não é elemento de B, é também elemento de


A ou de D.
b) todos os elementos de D, que não são elementos apenas de D, são também
elementos de A e de B e de C.
c) qualquer elemento que pertença a três desses conjuntos pertence ao con-
junto B.
d) dentre os elementos que pertencem a dois, e apenas dois conjuntos, não há
elemento de C que também seja elemento de A.
e) todo elemento de A, que não é elemento de B e não é elemento de D, é
também elemento de C ou apenas elemento de A.

13. (TJ-SP – ENFERMEIRO JUDICIÁRIO – VUNESP – 2019) Considere o diagrama


de conjuntos.

O total de elementos do conjunto A é 37. O total de elementos do conjunto C é 37.


Sabendo que há elementos em todas as seções e interseções e que x é o dobro de
w, o menor número de elementos possível para o conjunto B é igual a:

a) 30
b) 26
c) 28
d) 32
e) 34

14. (TJ-SP – CONTADOR JUDICIÁRIO – VUNESP – 2019) São três os conjuntos. A to-
talidade de elementos que estão nesses três conjuntos é 42. A totalidade de elementos
que estão em dois, e apenas dois desses conjuntos, é 42. A totalidade de elementos que
estão em um, e apenas um desses conjuntos é 42. Sabendo que em todas as seções e
interseções desses três conjuntos há pelo menos um elemento, e que não há seção e
nem mesmo interseção com um mesmo número de elementos, então o maior número
possível para o total de elementos de um desses três conjuntos é:

a) 132
b) 120
c) 110
d) 124
e) 118

135
Resumo para Concurso Público

15. (IF-ES – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – IF-ES – 2019) Um shopping realizou


uma pesquisa sobre a preferência do público quanto à premiação para quem realizar
compras de final de ano nas lojas parceiras. Nessa pesquisa, foram entrevistadas 250
pessoas, entre homens e mulheres, escolhidas aleatoriamente. Desse grupo, 100 eram
mulheres e dessas, 40 não preferem carro como premiação. Se o total de pessoas pes-
quisadas que têm preferência por carro foi de 170 pessoas, o número de homens que
não têm preferência por carro como premiação de final de ano é igual a:

a) 150
b) 110
c) 60
d) 40
e) 20

16. (MPE-GO – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – MPE-GO – 2019) Uma pesquisa


realizada entre os 80 formandos de uma turma de Direito, constatou que 20 deles
cursaram a matéria optativa de Criminalística; 30 frequentaram a de Medicina Legal
e 15 estudaram tanto Criminalística quanto Medicina Legal. Quantos alunos não
fizeram nenhuma das duas matérias?

a) 30
b) 40
c) 45
d) 50
e) 60

17. (UFMS – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – FAPEC – 2019) Dados os con-


juntos A = {a, b, c, d, e} e B = {a, e, i, o, u}, o conjunto C formado pelos elementos
de A ou B é

a) C = {a, e}
b) C = {b, c, d}
c) C = {i, o, u}
d) C = {b, c, d, i, o, u}
e) C = {a, b, c, d, e, i, o, u}

18. (CRF-TO – ANALISTA DE TI – IADES – 2019) Suponha que, no Conselho Federal


de Farmácia, trabalhem 5 analistas de tecnologia da informação. Uma nova rede de
computadores será projetada e implementada para modernização dos processos. Para
tanto, será montada uma equipe com 4 analistas, sendo 2 responsáveis unicamente
por projetar a rede e outros 2 responsáveis unicamente por instalar e configurar a rede.
Quantas equipes distintas podem ser formadas para a execução da tarefa?

a) 20
b) 40
c) 35
d) 30
e) 25

136
Hora de Praticar

19. (CRF-TO – ANALISTA DE TI – IADES – 2019) Geraldo tem 4 porta-arquivos de


mesa de cores diferentes (azul, verde, amarelo e vermelho) para organizar os pro-
cessos administrativos da própria repartição. Ele pretende colocar os porta-arquivos
lado a lado sobre uma escrivaninha. De quantas maneiras diferentes ele pode orga-
nizar esses porta-arquivos?

a) 36
b) 12
c) 24
d) 48
e) 8

20. (PREF.RECIFE – ASSISTENTE DE GESTÃO – FCC – 2019) Uma determinada se-


cretaria municipal conta com dois assessores (A1 e A2) e cinco supervisores (S1, S2,
S3, S4 e S5). Deseja-se formar uma comissão formada por quatro membros, pelo
menos um dos quais deve ser um assessor e os demais, supervisores. Ainda, se A1
for membro da comissão, S1 não deve ser. Nessas condições, podem ser formadas

a) 15 comissões diferentes
b) 30 comissões diferentes
c) 20 comissões diferentes
d) 44 comissões diferentes
e) 60 comissões diferentes

21. (DEINFRA-SC – ENGENHEIRO – FEPESE – 2019) Durante a programação diária


de um canal de televisão, os intervalos são preenchidos com 6 comerciais diferentes.
A cada intervalo, os seis comerciais são apresentados, mas sempre em ordem dife-
rente e uma ordem não é repetida até que todas as outras possíveis ordens tenham
sido apresentadas.
Após quantos intervalos, no mínimo, todas as possíveis ordens dos comerciais terão
sido apresentadas?

a) Mais que 800


b) Mais que 750 e menos que 800
c) Mais que 700 e menos que 750
d) Mais que 700 e menos que 750
e) Menos que 650

Instrução: Na questão a seguir preencha com o código C, caso julgue o item CERTO;
ou com o código E, caso julgue o item ERRADO.

22. (CRESS-SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JR. – QUADRIX – 2019) Um ana-


grama (do grego ana = voltar ou repetir + graphein = escrever) é uma espécie de
jogo de palavras que resulta do rearranjo das letras de uma palavra ou expressão
para produzir outras palavras ou expressões, utilizando todas as letras originais exa-
tamente uma vez. Um exemplo conhecido é a personagem Iracema, anagrama de
América, no romance de José de Alencar.

137
Resumo para Concurso Público

Com base nessas informações, julgue o item a respeito do princípio da contagem,


de permutações, de combinações e do cálculo de probabilidade.

Há mais de 160.000 anagramas possíveis de serem obtidos a partir da palavra


“ASSISTENTE”. 

( ) CERTO  ( ) ERRADO

23. (NOVA CONCURSOS – QUESTÃO INÉDITA – NOVA – 2019) Em uma urna de


sorteio de prêmios existem nove bolas enumeradas de 1 a 9. Determine o número
de possibilidades existentes num sorteio cujo prêmio é formado por uma sequência
de 5 algarismos.

a) 120
b) 210
c) 1680
d) 15120

24. (PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – IBGP –


2018) Analise o trecho e assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a la-
cuna: “___________ são declarações às quais pode ser atribuído ou valor verdadeiro
ou valor falso.” 

a) Proposições
b) Conjunções
c) Permutações
d) Afirmações

25. (PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – IBGP –


2018) Acerca das proposições, analise. 

I. A árvore é vermelha. Pode-se dizer que essa afirmação ou é falsa ou é verdadeira.


Portanto, trata-se de uma proposição.
II. Bom dia! Trata-se de uma saudação. Não podemos dizer que a frase é falsa, nem
mesmo que é verdadeira. Portanto, a frase não é uma proposição.
III. As informações das proposições possuem valor lógico totalmente verdadeiro ou
totalmente falso. Nunca uma proposição será verdadeira e falsa ao mesmo tempo. 

Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s).

a) I apenas
b) III apenas
c) I e II apenas
d) I, II, III

138
Hora de Praticar

26. (EMATER-MG – ASSESSOR JURÍDICO – GESTÃO CONCURSO – 2018) Avalie as


afirmações a seguir a respeito das proposições e de seus valores lógicos.

I. A frase “2 + 3 > 7” é uma proposição verdadeira.


II. A frase “Josimar é alto e Cleiton é magro” é uma proposição composta.
III. A frase “Belo Horizonte é a capital do estado de São Paulo” é uma proposição.

Está correto apenas o que se afirma em:

a) I
b) II
c) I e II
d) II e III

27. (EMATER-MG – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – GESTÃO CONCURSO –


2018) Das frases abaixo, a única que representa uma proposição é:

a) Que frio!
b) Você foi a aula ontem?
c) Carlos é um menino alto.
d) Ele trabalhou durante todo o evento ontem.

28. (SECOM-PA – JORNALISTA – AOCP – 2018). Define-se uma proposição como


sendo uma sentença declarativa cujo conteúdo poderá ser considerado verdadeiro
ou falso. Dessa forma, assinale a alternativa que identifica uma proposição:

a) Feliz Aniversário!
b) Que dia é hoje?
c) Se Pedro levantar mais cedo, então ele chegará no horário combinado
d) Leia com mais frequência
e) A idade do jogador multiplicada por R$ 50,00 será o valor do prêmio

29. (PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – IBGP – 2018)

“Se o pássaro cantar, então ele está vivo.” 

Com base na estrutura lógica, assinale a alternativa CORRETA.

a) p∨q
b) p∧q
c) p↔q
d) p⟶q

30. (ARCON-PA – ASSISTENTE TÉCNICO – IADES – 2018) Considere as proposi-


ções a seguir.

I) Se Amanda vai ao parque, não está calor;


II) Se está calor, Jorge toma um suco gelado;
III) Se Jorge vai ao parque, Amanda fica em casa.

139
Resumo para Concurso Público

Sabendo que Amanda não fica em casa e que Jorge toma um suco gelado, infere-se que

a) está calor.
b) Amanda vai ao parque.
c) Jorge fica em casa.
d) Jorge não vai ao parque
e) não está calor

31. (PC-SP – AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA – VUNESP – 2018) Considere falsi-


dade a proposição I, e verdade a proposição II:

I. Se Ana é auxiliar de papiloscopista, então Caio é investigador.


II. Caio é investigador ou Monica é escrivã.

Com base no que foi apresentado, é verdade que

a) Caio não é investigador, e Monica não é escrivã.


b) Ana não é auxiliar de papiloscopista, e Monica é escrivã.
c) Ana não é auxiliar de papiloscopista, e Caio não é investigador.
d) Ana é auxiliar de papiloscopista, e Monica é escrivã.
e) Caio é investigador, e Mônica é escrivã.

32. (TRT 6ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC – 2018) Considere a afirmação


I como sendo FALSA e as outras três afirmações como sendo VERDADEIRAS.

I. Lucas é médico ou Marina não é enfermeira.


II. Se Arnaldo é advogado, então Lucas não é médico.
III. Ou Otávio é engenheiro, ou Marina é enfermeira, mas não ambos.
IV. Lucas é médico ou Paulo é arquiteto. 

A partir dessas informações, é correto afirmar que

a) Paulo não é arquiteto ou Marina não é enfermeira


b) Marina é enfermeira e Arnaldo não é advogado
c) Se Lucas não é médico, então Otávio é engenheiro
d) Otávio é engenheiro e Paulo não é arquiteto
e) Arnaldo é advogado ou Paulo é arquiteto

33. (UFMS – ANALISTA – FAPEC – 2018) Sabendo que os valores lógicos das pro-
posições simples p e q são: q falsa e p verdadeira, qual é a alternativa que apresenta
a proposição lógica composta com valor verdadeiro?

a) q∧(p∨q)
b) q∨~p⟶q
c) p→q
d) p⟷q
e) p∨q⟶q

140
Hora de Praticar

34. (IF-GO – JORNALISTA – IF-GO – 2018) A partir das três sentenças a seguir e de
seus respectivos valores lógicos, a alternativa que corresponde ao valor lógico das
proposições compostas p∨(q∧r) e p∧(q∨r), nessa ordem, é:

a) F, F
b) V, V
c) V, F
d) F, V

35. (SULGÁS – ASSISTENTE DE SERVIÇOS – FUNDATEC – 2018) Associe o conetivo da


Coluna 1 à respectiva proposição composta, que exemplifica esse conetivo, da Coluna 2.

Coluna 1 Coluna 2
1 - Negação ( ) Maria e Paulo são técnicos eletricistas.
2 - Conjunção ( ) Maria não recebe auxílio moradia.
3 - Disjunção ( ) Se Paula é técnico eletricista, então ele
trabalha no plantão de emergência.
4 - Condicional ( ) Paulo ou Maria estão de férias.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) 2–4–3–1
b) 1–2–4–3
c) 2–4–1–3
d) 2–1–4–3
e) 3–1–4–2

36. (SULGÁS – ASSISTENTE DE SERVIÇOS – FUNDATEC – 2018) As proposições P,


Q e R são as descritas a seguir.

P: “Ele cuida das nascentes”.


Q: “Ela cuida do meio ambiente”.
R: “Eles gostam de acampar”.

Nesse caso, a proposição (~P)→[Q∨(~R)] está corretamente descrita como

a) “Se ele não cuida das nascentes, então ela cuida do meio ambiente ou eles
não gostam de acampar”.
b) “Se ele não cuida das nascentes, então ela não cuida do meio ambiente ou
eles não gostam de acampar”.
c) “Se ele não cuida das nascentes, então ela não cuida do meio ambiente ou
eles gostam de acampar”.
d) “Se ele não cuida das nascentes, então ela cuida do meio ambiente e eles
não gostam de acampar”.
e) “Se ele não cuida das nascentes, então ela não cuida do meio ambiente e
eles não gostam de acampar”.

141
Resumo para Concurso Público

37. (AL-RS – AGENTE LEGISLATIVO – FUNDATEC – 2018) A tabela-verdade da


fórmula (P→¬(Q∨R)) é equivalente à tabela-verdade da fórmula da alternativa:

a) (¬P→(Q∨R))
b) (P∨(¬Q∨¬R))
c) P∨(Q∨R)
d) (P→(¬Q∧¬R))
e) ((Q∨R)→P)

38. (AL-RS – TÉCNICO LEGISLATIVO – FUNDATEC– 2018) A tabela-verdade da


fórmula ¬(P∨Q)→Q:

a) Só é falsa quando P e Q são falsos


b) É uma tautologia
c) É uma contradição
d) Só é falsa quando P e Q são verdadeiros
e) Só é falsa quando P é verdadeiro e Q é falso

39. (CRF-SP – ANALISTA DE SISTEMAS – IDECAN – 2018) Utilizando o operador


lógico “e”, a tabela-verdade a seguir terá sua equivalência completada na ordem:

A B C AeBeC
V V F
F V F
V F V
V V V
F V V

a) V, V, V, V, V
b) F, F, F, F, F
c) V, V, V, F, V
d) F, F, F, V, F

Instrução: Na questão a seguir preencha com o código C, caso julgue o item CERTO;
ou com o código E, caso julgue o item ERRADO.

40. (BNB – ANALISTA – CESPE – 2018) Julgue o item que segue, a respeito de
lógica proposicional. Se P e Q forem proposições simples, então a proposição
¬[P∨(¬Q)]↔[(¬P)∧Q] é uma tautologia.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

142
Hora de Praticar

41. (PREFEITURA DE NITERÓI – ANALISTA – FGV – 2018) A negação de “Nenhum


analista é magro” é:

a) “Há pelo menos um analista magro”.


b) “Alguns magros são analistas”.
c) “Todos os analistas são magros”.
d) “Todos os magros são analistas”.
e) “Todos os analistas não são magros”.

42. (PBH ATIVOS S.A. – ANALISTA JURÍDICO – IBGP – 2018) A negação da frase
“Toda gestão imobiliária precisa de regulação cadastral” é equivalente a:

a) “Existe alguma gestão imobiliária que não precisa de regularização cadastral”.


b) “Nenhuma gestão imobiliária precisa da regularização cadastral”.
c) “Toda gestão imobiliária independe da regularização cadastral”.
d) “Alguma gestão imobiliária precisa da regularização cadastral”.

43. (PC-SP – AGENTE POLICIAL – VUNESP – 2018) Leia a frase a seguir: “Qualquer
pessoa sabe andar de bicicleta”. A afirmação que corresponde à negação lógica
dessa frase é:

a) Todos que andam de bicicleta também andam de motocicleta.


b) Apenas uma pessoa sabe andar de bicicleta
c) Pelo menos uma pessoa não sabe andar de bicicleta.
d) As crianças não sabem andar de bicicleta
e) Ninguém sabe andar de bicicleta

44. (TJ-SC – TÉCNICO JUDICÁRIO AUXILIAR – FGV – 2018) Considere a afirmação:


“Nenhum médico é cego”. A negação dessa afirmação é:

a) Há, pelo menos, um médico cego.


b) Nenhum cego é médico.
c) Todos os médicos são cegos.
d) Todos os cegos são médicos.
e) Todos os médicos não são cegos.

45. (BANESTES – ANALISTA – FGV – 2018) A negação lógica da sentença “Todo


capixaba é torcedor do Vasco e gosta de moqueca” é

a) Todo capixaba não é torcedor do Vasco e não gosta de moqueca;


b) Todo capixaba não é torcedor do Vasco ou não gosta de moqueca;
c) Algum capixaba é torcedor do Vasco e não gosta de moqueca;
d) Algum capixaba não é torcedor do Vasco ou gosta de moqueca;
e) Algum capixaba não é torcedor do Vasco ou não gosta de moqueca;

143
Resumo para Concurso Público

46. (PC-BA – INVESTIGADOR DE POLICIA – VUNESP – 2018) Considere a seguinte


afirmação: “Todo homem é bípede e mamífero”. A alternativa que apresenta uma
negação lógica para essa afirmação é:

a) nenhum homem é bípede e mamífero


b) nenhum homem é bípede ou mamífero
c) Existe homem que não é bípede ou não é mamífero
d) Existe homem que não é bípede e não é mamífero
e) Alguns homens são bípedes e mamíferos

47. (MPE-PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC – 2018) Considere como verdadei-


ras as premissas seguintes, mesmo que sejam absurdas.

- Todo canadense tem antepassados ingleses.


- Todo inglês tem antepassados saxões.
- Existem alemães com antepassados ingleses.

De acordo com as premissas dadas, entre as sentenças seguintes, a única FALSA é:

a) Todo canadense tem antepassados saxões


b) Alguns alemães têm antepassados saxões
c) Quem não tem antepassados saxões não é inglês
d) Nenhum alemão tem antepassados saxões
e) Quem não tem antepassados ingleses não é canadense

48. (SEFAZ-RS – TÉCNICO TRIBUTÁRIO – CESPE – 2018) A negação da proposição


“O IPTU, eu pago parcelado; o IPVA, eu pago em parcela única” pode ser escrita
como

a) “Eu não pago o IPTU parcelado e não pago o IPVA em parcela única”
b) “Eu não pago o IPTU parcelado e pago o IPVA parcelado”
c) “Eu não pago o IPTU parcelado ou não pago o IPVA em parcela única”
d) “Eu pago o IPTU em parcela única e pago o IPVA parcelado”
e) “Eu pago o IPTU em parcela única ou pago o IPVA parcelado”

49. (PREFEITURA DE MARICÁ – ORIENTADOR PEDAGÓGICO – COESAC – 2018) A


negação lógica da afirmação condicional “se Ana adoece, então Pedro fica triste” é:

a) Se Ana não adoece, Pedro não fica triste.


b) Se Ana adoece, então Pedro não fica triste.
c) Ana adoece ou Pedro não fica triste.
d) Ana adoece e Pedro não fica triste.
e) Se Pedro fica triste, Ana adoece.

144
Hora de Praticar

50. (PREFEITURA DE CONCHAS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – METRO CA-


PITAL SOLUÇÕES – 2018) Sabe-se que Heloísa dança ballet e fala italiano, a nega-
ção desta proposição então é:

a) Heloísa não dança ballet ou não fala italiano.


b) Se Heloísa dança ballet, então não fala italiano.
c) Heloísa não dança ballet, e não fala italiano.
d) Heloísa fala italiano ou não dança ballet.
e) Heloísa não fala italiano ou dança ballet.

51. (PREFEITURA DE NITERÓI – AUDITOR MUNICIPAL – FGV – 2018) Considere


a sentença: “Se Arlindo é baixo, então Arlindo não é atleta”. Assinale a opção que
apresenta a sentença logicamente equivalente à sentença dada.

a) “Se Arlindo não é atleta, então Arlindo é baixo”.


b) “Se Arlindo não é baixo, então Arlindo é atleta”.
c) “Se Arlindo é atleta, então Arlindo não é baixo”.
d) “Arlindo é baixo e atleta”.
e) “Arlindo não é baixo e não é atleta”.

52. (PREFEITURA DE NITERÓI – AUDITOR MUNICIPAL – FGV – 2018) Considere


a afirmação: “Mateus não ganha na loteria ou ele compra aquele carrão”. Uma afir-
mação equivalente a essa afirmação é:

a) Mateus ganha na loteria e não compra aquele carrão.


b) Ou Mateus não compra aquele carrão ou ele não ganha na loteria.
c) Mateus ganha na loteria ou ele compra aquele carrão.
d) Se Mateus ganha na loteria, então ele compra aquele carrão.
e) Se Mateus não ganha na loteria, então ele não compra aquele carrão.

53. (SEGEP-MA – AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO – FCC – 2018) Uma afirmação que


seja logicamente equivalente à afirmação ‘Se Luciana e Rafael se prepararam muito
para o concurso, então eles não precisam ficar nervosos’, é

a) Se Luciana se preparou para o concurso e Rafael não se preparou, então eles


precisam ficar nervosos.
b) Se Luciana e Rafael precisam ficar nervosos, então eles não se prepararam
muito para concurso.
c) Se Luciana e Rafael não precisam ficar nervosos, então eles se preparam
muito para o concurso.
d) Se Luciana não se preparou muito e Rafael se preparou muito para o con-
curso, então Luciana precisa ficar nervosa e Rafael não precisa ficar nervoso.
e) Luciana e Rafael se prepararam muito para o concurso e mesmo assim ficam
nervosos.

145
Resumo para Concurso Público

54. (ISPM – ASSISTENTE DE GESTÃO MUNICIPAL – VUNESP – 2018) Uma afirma-


ção equivalente à afirmação: Se hoje corro, então amanhã descansarei, está contida
na alternativa:

a) Se amanhã não descansarei, então hoje não corro.


b) Se hoje não corro, então amanhã não descansarei.
c) Se amanhã descansarei, então hoje corro.
d) Hoje corro ou amanhã descansarei.
e) Hoje descanso e amanhã correrei

55. (NOVA CONCURSOS – QUESTÃO NOVA – 2018) A proposição equivalente


para “Maria tem medo do escuro, se e somente se, chover a noite” é:

a) Maria não tem medo do escuro e choveu a noite e Maria tem medo do es-
curo e não choveu a noite
b) Maria tem medo do escuro e choveu a noite ou Maria não tem medo do
escuro e não choveu a noite
c) Maria tem medo do escuro ou choveu a noite e Maria não tem medo do
escuro ou não choveu a noite
d) Maria tem medo do escuro e não choveu a noite ou Maria não tem medo
do escuro e choveu a noite

56. (TRT 15° REGIÃO – ANALISTA – FCC – 2018) Considere os dois argumentos a
seguir: 

I. Se Ana Maria nunca escreve petições, então ela não sabe escrever petições.
Ana Maria nunca escreve petições. Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições. 
II. Se Ana Maria não sabe escrever petições, então ela nunca escreve petições.
Ana Maria nunca escreve petições. Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições. 

Comparando a validade formal dos dois argumentos e a plausibilidade das primei-


ras premissas de cada um, é correto concluir que

a) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, mesmo que a primeira


premissa de I seja mais plausível que a de II.
b) ambos os argumentos são válidos, a despeito das primeiras premissas de
ambos serem ou não plausíveis.
c) ambos os argumentos são inválidos, a despeito das primeiras premissas de
ambos serem ou não plausíveis.
d) o argumento I é inválido e o II é válido, pois a primeira premissa de II é mais
plausível que a de I.
e) o argumento I é válido e o II é inválido, mesmo que a primeira premissa de
II seja mais plausível que a de I.

146
Hora de Praticar

57. (PC-SP – ESCRIVÃO – VUNESP – 2018) De um argumento válido, sabe-se que


suas premissas são:
I. Se a investigação é feita adequadamente e as provas são consistentes, então é
certo que o réu será condenado.
II. O réu não foi condenado.
Dessa forma, uma conclusão para esse argumento está contida na alternativa:

a) A investigação não foi feita adequadamente e as provas não foram consis-


tentes.
b) A investigação foi feita adequadamente ou as provas foram consistentes.
c) A investigação não foi feita adequadamente, mas as provas foram consis-
tentes.
d) A investigação não foi feita adequadamente ou as provas não foram consis-
tentes.
e) A investigação foi feita adequadamente mas as provas não foram consistentes.

58. (CEMIG – ANALISTA – FUMARC – 2018) Analise os seguintes argumentos:

I. Se estudasse todo o conteúdo, então seria aprovado em Estatística. Fui reprovado


em Estatística. Concluímos que não estudei todo o conteúdo.
II. Todo estudante gosta de Geometria. Nenhum atleta é estudante. Concluímos que
ninguém que goste de Geometria é atleta.
III.Toda estrela possui luz própria. Nenhum planeta do sistema solar possui luz pró-
pria. Concluímos que nenhuma estrela é um planeta.
Considerando os argumentos I, II e III, é CORRETO afirmar que:

a) apenas I é válido
b) apenas I e III são válidos
c) apenas II e III são válidos
d) I, II e III são válidos

Instrução: Na questão a seguir preencha com o código C, caso julgue o item CERTO;
ou com o código E, caso julgue o item ERRADO.

59. (STJ – TODOS OS CARGOS – CESPE – 2018) Considere as proposições P e Q a


seguir.

P: Todo processo que tramita no tribunal A ou é enviado para tramitar no tribunal B


ou no tribunal C. 
Q: Todo processo que tramita no tribunal C é enviado para tramitar no tribunal B.

A partir dessas proposições, julgue o item seguinte.


Se um processo for iniciado no tribunal A, então, com certeza, ele tramitará no tri-
bunal B.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

147
Resumo para Concurso Público

60. (PETROBRAS – ANALISTA – CESGRANRIO – 2018) Considere o seguinte argu-


mento, no qual a conclusão foi omitida:
Premissa 1: p → [(~r) ˅ (~s)]
Premissa 2: [p ˅ (~q)] ˄ [q ˅ (~p)]
Premissa 3: r ˄ s
Conclusão: XXXXXXXXXX
Uma conclusão que torna o argumento anterior válido é

a) ~(p∨q)
b) (~q)∧p
c) (~p)∧q
d) p∧q
e) p∨q

61. (CAERN – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO – IBADE – 2018) Neto


gosta de samba, então Hermis gosta de forró. Mas Neto gosta de samba se e so-
mente se Lame gostar de funk. Lame não gosta de funk. Analisando as premissas,
pode-se afirmar que:

a) Lame gosta de funk


b) Hermis gosta de samba
c) Neto não gosta de samba
d) Neto gosta de samba
e) Hermis gosta de forró

62. (CÂMARA DE ARAGUARI – ASSESSOR – IDECAN – 2018) Os sobrenomes de


João, André e José são Torres, Silva e Macedo, não necessariamente nessa ordem.
O de sobrenome Silva, que não é o João, é mais velho que José. O de sobrenome
Macedo é o mais velho dos três. Concluímos, então, que os sobrenomes de João,
André e José são, respectivamente:

a) Torres, Macedo e Silva


b) Macedo, Silva e Torres
c) Macedo, Torres e Silva
d) Silva, Torres e Macedo
e) Silva, Macedo e Torres

63. (SEFAZ-RS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2018) Alberto, Anderson,


Bernardo, Cláudio, Dionísio e Tadeu, lotados em um mesmo departamento, viajarão a
serviço, em duplas. Cada dupla utilizará um meio de transporte diferente: avião, trem ou
carro. Alberto e Bernardo viajarão juntos; Anderson viajará de avião; Cláudio não forma-
rá dupla com Dionísio nem viajará de avião; Tadeu não viajará de trem.
Dessas informações conclui-se que:

a) Alberto viajará de trem, e Tadeu, de carro


b) Dionísio viajará de trem, e Anderson e Cláudio formarão uma dupla.
c) Tadeu formará dupla com Dionísio, e Bernardo viajará de avião.
d) Bernardo viajará de carro, e Cláudio, de avião.
e) Anderson viajará de avião, e Alberto, de carro

148
Hora de Praticar

64. (PREF. MARICÁ – ORIENTADOR – COSEAC – 2018) Um grupo de 500 estudan-


tes participa de uma pesquisa. Sabe-se que desses estudantes, 200 estudam Física,
240 estudam Matemática, 80 estudam Matemática e Física. Se um desses estudantes
for sorteado, a probabilidade de que ele não estude Matemática e nem Física é:

a) 14%
b) 28%
c) 36%
d) 45%
e) 50%

65. (FUB – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – CESPE – 2018) Considerando que


4 livros de matemática e 6 livros de física devam ser acomodados em uma estante,
de modo que um fique ao lado do outro, julgue o item seguinte. A quantidade de
maneiras distintas de se acomodar esses livros na estante de forma que os livros de
matemática fiquem todos à esquerda dos livros de física é igual a 720.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

66. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO – 2018) Para mon-


tar uma fração, deve-se escolher, aleatoriamente, o numerador no conjunto N = {1, 3, 7,
10} e o denominador no conjunto D = {2, 5, 6, 35}.
Qual a probabilidade de que essa fração represente um número menor do que 1(um)?

a) 50%
b) 56,25%
c) 25%
d) 75%
e) 87,5%

67. (PREFEITURA DE SALVADOR – TÉCNICO EM NÍVEL SUPERIOR – FGV – 2017)


Considere a sentença:
“Se Jorge é torcedor do Vitória, então ele é soteropolitano”. 

Um cenário no qual a sentença dada é falsa é

a) “Jorge é torcedor do Bahia e é Soteropolitano”


b) “Jorge é torcedor do Vasco e é Carioca”
c) “Jorge é torcedor do Bahia e é Paulista”
d) “Jorge é torcedor do Vitória e é Paulista”
e) “Jorge é torcedor do Flamengo e é Soteropolitano”

68. (TCE-SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO – VUNESP – 2017) Considere verdadei-


ras as afirmações I, II, III e falsa a afirmação IV.

I. Se como, então não sinto fome.


II. Não sinto fome ou choro.

149
Resumo para Concurso Público

III. Se choro, então não sorrio.


IV. Não sinto fome ou grito.

A partir dessas afirmações, é verdade que: 

a) Não grito e não choro


b) Sorrio ou sinto fome
c) Como ou grito
d) Não sorrio e não sinto fome
e) Choro e grito

69. (CRA-SC – CONTADOR – IESES – 2017) Leia as frases abaixo sobre lógica pro-
posicional:

I. A frase “Amanhã é terça-feira?” é uma proposição.


II. A frase “São Paulo é a capital do Brasil” é uma proposição.
III. A frase “4 é maior que 1, se e somente se 1 for menor que 4” trata-se de uma
bi-implicação.
IV. A frase “Hoje está muito frio ou é sábado” é uma disjunção.

A sequência correta é:

a) Apenas as assertivas II e III estão corretas


b) Apenas as assertivas II e IV estão corretas
c) Apenas as assertivas I,III e IV estão corretas
d) Apenas as assertivas II,III e IV estão corretas

70. (IGP-SC – PERITO MÉDICO LEGISTA – IESES – 2017) Ou Nestor compra uma
casa ou sua esposa, Lívia, vai viajar. Se Lívia vai viajar então seu filho Henrique com-
pra um videogame. Se Henrique compra um videogame então seu irmão Celso não
trabalha. Ora, sabe-se que Celso trabalha. Logo:

a) Nestor compra uma casa e Lívia vai viajar


b) Nestor compra uma casa
c) Nestor não compra uma casa
d) Livia vai viajar

71. (IF BAIANO – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FCM – 2017) Observe as pro-


posições p e q abaixo:
p: O número 9 é primo
q: O número 170 é par
Considerando que a proposição p é falsa e a proposição q é verdadeira, avalie as
afirmativas.

I- p ∧ q é falso
II- p ∨ q é verdadeiro
III- ~p ∧ q é verdadeiro
IV- ~p ∨ ~q é falso

150
Hora de Praticar

Está correto apenas o que se afirma em

a) I e II
b) I, II e III
c) II e III
d) II, III e IV
e) III e IV

72. (IGP-SC – PERITO CRIMINAL AMBIENTAL – IESES– 2017) Indique a alternativa


que representa uma tautologia:

a) Se Rafael é inteligente ou Fabricio é chato então Rafael não é inteligente e


Fabricio não é chato.
b) Se Rafael é inteligente e Fabricio é chato então Rafael é inteligente e Fabri-
cio não é chato.
c) Se Rafael é inteligente ou Fabricio é chato então Rafael é inteligente e Fabri-
cio é chato.
d) Se Rafael é inteligente e Fabricio é chato então Rafael é inteligente ou Fabri-
cio é chato.

73. (TJ-PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – IBFC– 2017) As expressões E1: (p ∧ r)∨ (~p ∧ r)
e E2: (q ∨ s) ∧(~q ∨ s) são compostas pelas quatro proposições lógicas p, q, r e s. Os
valores lógicos assumidos pela expressão E1 ∧E2 são os mesmos valores lógicos da
expressão:

a) r∨s
b) ~r∧~s
c) ~r∨s
d) r∨~s
e) r∧s

74. (SERES-PE – AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA – CESPE – 2017) A


partir das proposições simples P: “Sandra foi passear no centro comercial Bom Pre-
ço”, Q: “As lojas do centro comercial Bom Preço estavam realizando liquidação” e
R: “Sandra comprou roupas nas lojas do Bom Preço” é possível formar a proposição
composta S: “Se Sandra foi passear no centro comercial Bom Preço e se as lojas
desse centro estavam realizando liquidação, então Sandra comprou roupas nas lojas
do Bom Preço ou Sandra foi passear no centro comercial Bom Preço”. Considerando
todas as possibilidades de as proposições P, Q e R serem verdadeiras (V) ou falsas
(F), é possível construir a tabela-verdade da proposição S, que está iniciada na tabela
mostrada a seguir.

P Q R S

151
Resumo para Concurso Público

Completando a tabela, se necessário, assinale a opção que mostra, na ordem em


que aparecem, os valores lógicos na coluna correspondente à proposição S, de cima
para baixo.

a) V; V; F; F; F; F; F; F
b) V; V; F; V; V; F; F; V
c) V; V; F; V; F; F; F; V
d) V; V; V; V; V; V; V; V
e) V; V; V; F; V; V; V; F

75. (IFB – PROFESSOR FILOSOFIA – IFB – 2017) Na era digital um professor de


filosofia contribui na formação dos estudantes quando os ajuda a conhecer alguns
princípios da lógica matemática. Assim sendo a proposição: ~p ∧(p ∧~q) é uma:

a) Contingência
b) Tautologia
c) Contradição
d) Indeterminação
e) Inferência

76. (IF-CE – ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO – IF-CE– 2017) Em comparação


com o total de valorações possíveis para as proposições P, Q, R e S, as que fazem a
fórmula (P → Q) ∨ (R ∧ ¬S) ser falsa representam  

a) três dezesseis avos


b) cinco oitavos
c) três quartos
d) sete dezesseis avos
e) três oitavos

77. (PREFEITURA DE TANGUÁ – FISCAL DE TRIBUTOS – MS CONCURSOS – 2017)


A tabela-verdade da proposição (p →q) ∧r ↔(p∧~r) possui:

a) 4 linhas
b) 8 linhas
c) 16 linhas
d) 32 linhas

152
Hora de Praticar

78. (EBSERH – MÉDICO – IBFC – 2017) Sabe-se que p, q e r são proposições compos-
tas e o valor lógico das proposições p e q são falsos. Nessas condições, o valor lógico da
proposição r na proposição composta {[q ∨ (q ∧ ~p)] ∨ r} cujo valor lógico é verdade, é:

a) falso
b) inconclusivo
c) verdade e falso
d) depende do valor lógico de p
e) verdade

79. (TCE-SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO – FCC – 2017) Assinale a alternativa que


apresenta uma afirmação equivalente à afirmação “Se comprei e paguei, então levei”. 

a) Se comprei e não paguei, então não levei.


b) Se não comprei e paguei, então não levei.
c) Se não levei, então não paguei ou não comprei.
d) Se comprei ou paguei, então não levei.
e) Se levei, então comprei e paguei.

80. (CÂMARA DE ARARAQUARA – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2017) Um dire-


tor administrativo verificou que: “Se os funcionários são valorizados, então o balan-
ço mensal não registra queda”. Essa constatação é equivalente a: 

a) O balanço mensal não registra queda se, e somente se, os funcionários são
valorizados
b) Se os funcionários não são valorizados, então o balanço geral registra queda
c) Os funcionários não são valorizados se, e somente se, o balanço geral regis-
tra queda.
d) Se o balanço mensal registra queda, então os funcionários não são valorizados.

81. (UPE – ANALISTA – UPENET/IAUPE – 2017) Considerando que a declara-


ção “Todo gato é pardo” seja verdadeira, assinale a alternativa que corresponde a
uma argumentação CORRETA.

a) Azrael é pardo, portanto é gato.


b) Frajola é pardo, portanto não é gato.
c) Manda-Chuva não é pardo, portanto não é gato.
d) Garfield não é gato, portanto é pardo.
e) Tom não é gato, portanto não é pardo.

82. (IGP-SC – PERITO – IESES – 2017) Ou Nestor compra uma casa ou sua esposa,
Lívia, vai viajar. Se Lívia vai viajar então seu filho Henrique compra um videogame. Se
Henrique compra um videogame então seu irmão Celso não trabalha. Ora, sabe-se
que Celso trabalha. Logo:

a) Nestor compra uma casa


b) Nestor não compra uma casa
c) Nestor compra uma casa e Lívia vai viajar
d) Lívia vai viajar

153
Resumo para Concurso Público

83. (UFES – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – UFES – 2017) Em um determi-


nado grupo de pessoas,

• todas as pessoas que praticam futebol também praticam natação,


• algumas pessoas que praticam tênis também praticam futebol,
• algumas pessoas que praticam tênis não praticam natação.

É CORRETO afirmar que no grupo

a) todas as pessoas que praticam natação também praticam tênis.


b) todas as pessoas que praticam futebol também praticam tênis.
c) algumas pessoas que praticam natação não praticam futebol.
d) algumas pessoas que praticam natação não praticam tênis.
e) algumas pessoas que praticam tênis não praticam futebol.

84. (PREFEITURA DE SALVADOR-BA – TÉCNICO NÍVEL SUPERIOR – FGV – 2017)


Carlos fez quatro afirmações verdadeiras sobre algumas de suas atividades diárias:

▪ De manhã, ou visto calça, ou visto bermuda.


▪ Almoço, ou vou à academia.
▪ Vou ao restaurante, ou não almoço.
▪ Visto bermuda, ou não vou à academia.
Certo dia, Carlos vestiu uma calça pela manhã.

É correto concluir que Carlos:

a) almoçou e foi a academia


b) foi ao restaurante e não foi à academia
c) não foi a academia e não almoçou
d) almoçou e não foi ao restaurante
e) não foi a academia e não almoçou

85. (PREFEITURA DE SALVADOR-BA – TÉCNICO NÍVEL SUPERIOR – FGV – 2017)


Sobre a lógica de argumentação, analise os três argumentos a seguir:

I - Um número natural é par ou ímpar. O número 10 é natural e não é ímpar. Logo,


10 é um número par.
II - Se Maria é irmã de Pedro, então Mônica é tia de Maria. Maria não é irmã de Pe-
dro. Logo, Mônica não é tia de Maria.
III - Alguns Kox são inteligentes. Alguns inteligentes são bons em matemática. Logo,
alguns Kox são bons em matemática.

Após a análise dos argumentos apresentados anteriormente, é correto afirmar que: 

a) o argumento I não é válido e o II é válido


b) os argumentos I e II são válidos, porém o argumento III não é válido.
c) apenas os argumentos II e III não são válidos.
d) todos os argumentos são válidos
e) todos os argumentos não são válidos

154
Hora de Praticar

86. (PREF. IVAPORÃ – AGENTE ADMINISTRATIVO – FAU – 2017) Se considerarmos


os nomes RAFAELA e MATHEUS como sendo um conjunto de letras cada um dos no-
mes. A intersecção entre estes conjuntos resulta no conjunto formado pelas letras:

a) {M,T,H,U,S}
b) {R,A,F,E,L,M,T,H,U,S}
c) {A,E}
d) {R,F,L}
e) Conjunto vazio

87. (PREFEITURA SÃO JOSÉ DO CERRITO – ASSISTENTE SOCIAL – IESES – 2017)


Sabe-se que 20% dos leitores de uma cidade assinam o Jornal A, 39% assinam o
Jornal B e 8% assinam ambos os jornais (A e B). Sabe-se que o restante dos leitores
assina exclusivamente o Jornal C, ou seja, não assinam os Jornais A ou B. Qual é o
percentual de leitores que assina o Jornal C?

a) 43
b) 61
c) 33
d) 49

88. (CONTER – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JR. – QUADRIX – 2017) A quan-


tidade de maneiras distintas de se escrever a sigla CONTER, sem que as duas vogais
fiquem juntas, é 

a) Inferior a 100
b) Superior a 100 e inferior a 200
c) Superior a 200 e inferior a 300
d) Superior a 300 e inferior a 400
e) Superior a 400

89. (IPERON-RO – ANALISTA – IBADE – 2017) Um time de futebol de salão dos


analistas do IPERON joga semanalmente. A probabilidade desse time vencer todas
as vezes que joga é de 60%. Se disputar quatro partidas no mês de novembro de
2017, a probabilidade de vencer pelo menos um dos jogos é:

a) 2,56%
b) 64,80%
c) 48,72%
d) 12,96%
e) 97,44%

90. (CFF – ANALISTA DE SISTEMA – INAZ – 2017) Numa escola, 400 alunos foram
classificados segundo gênero e disciplinas preferidas, conforme a tabela a seguir:

155
Resumo para Concurso Público

Um aluno é escolhido ao acaso. Qual a probabilidade de que este aluno seja um


homem que prefere Português?

a) 1/4
b) 1/8
c) 1/50
d) 5/15
e) 5/18

91. (SEPOG-RO – ANALISTA EM TI – FGV – 2017) Para uma premiação, dois fun-
cionários de uma empresa serão sorteados aleatoriamente entre quatro candidatos:
dois do departamento A e dois do departamento B. A probabilidade de os dois
funcionários sorteados pertencerem ao mesmo departamento é:

a) 1/2
b) 1/3
c) 1/4
d) 1/6
e) 3/4

92. (TRT 2ª REGIÃO – DIVERSOS CARGOS – CESPE – 2017) Se, na presente prova,
em que cada questão tem quatro opções de resposta, um candidato escolher ao
acaso uma única resposta para cada uma das quatro primeiras questões, então a
probabilidade de ele acertar exatamente duas questões será igual a:

a) 1/2
b) 9/16
c) 27/128
d) 9/256

93. (UPE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – IAUPE – 2017) Uma loja pretende


dar um brinde aos dois primeiros clientes do dia. Qual a probabilidade de esses
clientes serem do mesmo sexo?

a) 25%
b) 5%
c) 100%
d) 20%
e) 50%

94. (UPE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – IAUPE – 2017) Qual a probabilidade de,


lançado um dado honesto três vezes, obter-se o número 6 em todos os lançamentos?

a) 1/6
b) 1/3
c) 1/216
d) 1/36
e) 1/108

156
Hora de Praticar

95. (DPU – ANALISTA – CESPE – 2016) A proposição “Caso tenha cometido os cri-
mes A e B, não será necessariamente encarcerado nem poderá pagar fiança” pode
ser corretamente simbolizada na forma (PɅQ)→((~R)V(~S)).

( ) CERTO  ( ) ERRADO

96. (TRE-PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE – 2016) Considerando que p, q, r e s


sejam proposições nas quais p e s sejam verdadeiras e q e r sejam falsas, assinale a
opção em que a sentença apresentada seja verdadeira.

a) ~(p∨r) ∧ (q∧r)∨q
b) ~s∨q
c) ~(~q∨q)
d) ~[(~p∨q) ∧ (~q∨r)∨(~r∨s)]∨(~p∨s)
e) (p∧s) ∧ (q∨~s)

Instrução: Na questão a seguir preencha com o código C, caso julgue o item CERTO;
ou com o código E, caso julgue o item ERRADO.

97. (DPU – ANALISTA – CESPE – 2016) A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre


verdadeira, independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

98. (UNIPAMPA – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FUNDATEC – 2016) A nega-


ção da sentença “algum funcionário está com férias vencidas” é equivalente a:

a) algum funcionário não está com férias vencidas.


b) Pelo menos um funcionário está com férias vencidas.
c) Todos os funcionários não estão com férias vencidas.
d) Nem todos os funcionários estão com férias vencidas.
e) Qualquer funcionário está com férias vencidas.

99. (TRF 3ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2016) Se “todo engenheiro


é bom em matemática” e “algum engenheiro é físico”, conclui-se corretamente que

a) todo físico é bom em matemática.


b) certos bons em matemática não são físicos.
c) existem bons em matemática que são físicos.
d) certos físicos não são bons em matemática.
e) não há engenheiros que sejam físicos.

100. (TRF 3ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC – 2016) Considere verdadei-


ras as afirmações a seguir.

I. Todos os analistas que são advogados, são contadores também.


II. Nem todos os contadores que são advogados, são analistas também.
III. Há advogados que são apenas advogados e isso também acontece com alguns
analistas, mas não acontece com qualquer um dos contadores.

157
Resumo para Concurso Público

A partir dessas afirmações, é possível concluir corretamente que

a) todo analista é advogado e é também contador.


b) qualquer contador que seja analista é advogado também.
c) existe analista que é advogado e não é contador.
d) todo contador que é advogado é também analista.
e) existe analista que não é advogado e existe contador que é analista.

101. (NOVA – 2016) Assinale CERTO se o argumento for válido e ERRADO e o ar-
gumento for INVÁLIDO:

Premissa 1: a ∨ b
Premissa 2: ~c
Premissa 3: a⟶c
Conclusão: ~a∨b

( ) CERTO  ( ) ERRADO

102. (NOVA – 2016) Assinale CERTO se o argumento for válido e ERRADO e o ar-
gumento for INVÁLIDO:

Premissa 1: ~a ∧ b
Premissa 2: a⟶c
Conclusão: ~c

( ) CERTO  ( ) ERRADO

103. (NOVA – 2016) Assinale CERTO se o argumento for válido e ERRADO e o ar-
gumento for INVÁLIDO:

Premissa 1: ~b
Premissa 2: a↔b
Conclusão: ~a

( ) CERTO  ( ) ERRADO

104. (NOVA – 2016) Assinale CERTO se o argumento for válido e ERRADO e o ar-
gumento for INVÁLIDO:

Premissa 1: b→(a ∧ ~c)


Premissa 2: ~a
Conclusão: a↔b

( ) CERTO  ( ) ERRADO

105. (TRF 3ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2016) Amanda, Brenda e


Carmen são médica, engenheira e biblioteconomista, não necessariamente nessa
ordem. Comparando a altura das três, a biblioteconomista, que é a melhor amiga de
Brenda, é a mais baixa.

158
Hora de Praticar

Sabendo-se também que a engenheira é mais baixa do que Carmen, é necessaria-


mente correto afirmar que

a) Brenda é médica.
b) Carmen é mais baixa que a médica.
c) Amanda é biblioteconomista.
d) Carmen é engenheira.
e) Brenda é biblioteconomista.

106. (TRT 14ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC – 2016) Aldo, Daniel e Edu-
ardo são três amigos. Dois deles têm 66 anos, e sempre mentem. O outro deles tem
48 anos e sempre diz a verdade. Se Aldo disse “− A idade de Daniel não é 66 anos”,
então, é correto afirmar que

a) Eduardo e Daniel dizem a verdade.


b) Aldo e Eduardo mentem.
c) Eduardo tem 48 anos.
d) Aldo diz a verdade.
e) Aldo tem 48 anos.

107. (SAEE-BA – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – PLANEJAR – 2016) Em uma pes-


quisa sobre consumo de bebidas de café e de chocolate de uma determinada cidade
do interior do Paraná, foram entrevistados 480 habitantes. Sabendo que 280 entre-
vistados consomem café e 240 consumem chocolate, e que TODOS os entrevistados
consomem algum dos dois tipos de bebida, a quantidade de habitantes que conso-
me os dois produtos é:

a) 80 habitantes
b) 60 habitantes
c) 40 habitantes
d) 20 habitantes
e) 100 habitantes

108. (TRF 3ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2016) Em uma sala estão
presentes apenas técnicos em edificações e técnicos em informática. O número de
técnicos em edificações presentes na sala excede o de técnicos em informática em
4, e cada técnico exerce apenas uma especialidade (edificações ou informática). Sa-
be-se que seria necessário sortear ao acaso 20 pessoas da sala, no máximo, para
garantir a formação de 4 duplas de técnicos, cada uma com um técnico de cada es-
pecialidade. Sendo assim, o número de técnicos em edificações que estão presentes
na sala é igual a

a) 26.
b) 18.
c) 24.
d) 16.
e) 28.

159
Resumo para Concurso Público

109. (TRT 14ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC – 2016) Após combater um
incêndio em uma fábrica, o corpo de bombeiros totalizou as seguintes informações
sobre as pessoas que estavam no local durante o incêndio:

− 28 sofreram apenas queimaduras;


− 45 sofreram intoxicação;
− 13 sofreram queimaduras e intoxicação;
− 7 nada sofreram.

Do total de pessoas que estavam no local durante os acidentes, sofreram apenas


intoxicação

a) 48,38%.
a) 45,00%.
c) 42,10%.
d) 56,25%.
e) 40,00%.

Instrução: As próximas 2 questões dependem da leitura do excerto a seguir. Leia-o


com atenção para respondê-las!

Na zona rural de um município, 50% dos agricultores cultivam soja; 30%, arroz; 40%,
milho; e 10% não cultivam nenhum desses grãos. Os agricultores que produzem
milho não cultivam arroz e 15% deles cultivam milho e soja. Considerando essa situ-
ação, julgue os itens que se seguem.

Instrução: Nas questões a seguir preencha com o código C, caso julgue o item CER-
TO; ou com o código E, caso julgue o item ERRADO.

110. (DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2016) Os agricultores que


plantam arroz, plantam soja.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

111. (DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2016) Em exatamente 30% das


propriedades, cultiva-se apenas milho.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

Instrução: Nas questões a seguir preencha com o código C, caso julgue o item CER-
TO; ou com o código E, caso julgue o item ERRADO.

112. (STJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE – 2015) Designando por p e q as propo-


sições “Mariana tem tempo suficiente para estudar” e “Mariana será aprovada nessa
disciplina”, respectivamente, então a proposição “Mariana não tem tempo suficiente
para estudar e não será aprovada nesta disciplina” é equivalente a ¬p ∧¬q.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

160
Hora de Praticar

113. (STJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE – 2015) Considerando-se como p a


proposição “Mariana acha a matemática uma área muito difícil” de valor lógico ver-
dadeiro e como q a proposição “Mariana tem grande apreço pela matemática” de
valor lógico falso, então o valor lógico de p → ¬q é falso.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

114. (ANAC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF – 2015) Sabendo que os valores


lógicos das proposições simples p e q são, respectivamente, a verdade e a falsidade,
assinale o item que apresenta a proposição composta cujo valor lógico é a verdade.

a) ~p∨q→q
b) p∨ q → q
c) p→ q
d) p↔q
e) q ∧ (p ∨ q)

115. (TCE-CE – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – FCC – 2015) Considere as


afirmações verdadeiras:

− Se compro leite ou farinha, então faço um bolo.


− Se compro ovos e frango, então faço uma torta.
− Comprei leite e não comprei ovos.
− Comprei frango ou não comprei farinha.
− Não comprei farinha. A partir dessas afirmações, é correto concluir que

a) fiz uma torta.


b) não fiz uma torta e não fiz um bolo.
c) fiz um bolo.
d) nada comprei.
e) comprei apenas leite e ovos.

116. (DPE-RR – ENGENHEIRO CIVIL – FCC – 2015) Alberto, Bernardo e Carlos


estão planejando ir a uma festa. Se Alberto for a festa, então Bernardo também irá.
Se Bernardo não for a festa, então Carlos também não irá. De acordo com isso, é
necessariamente correto afirmar que:

a) Se Carlos for a festa, então Bernardo também irá à festa.


b) Se Alberto for a festa, então Carlos também irá à festa.
c) Se Alberto não for a festa, então Bernardo também não irá à festa.
d) Se Alberto não for a festa, então Bernardo irá à festa.
e) Se Carlos for a festa, então Bernardo não irá à festa.

117. (SEFAZ-PE – JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO – FCC – 2015)


Na Escola Recife, todo professor de Desenho Geométrico ensina também Matemá-
tica. Alguns coordenadores, mas não todos, são professores de Matemática. Além
disso, todos os pedagogos da Escola Recife são coordenadores, mas nenhum deles
ensina Desenho Geométrico.

161
Resumo para Concurso Público

Somente com estas informações, é correto concluir que na Escola Recife, necessa-
riamente,

a) pelo menos um pedagogo é professor de Matemática.


b) nem todo pedagogo é professor de Matemática.
c) existe um professor de Desenho Geométrico que não é coordenador.
d) existe um coordenador que não é professor de Desenho Geométrico.
e) todo pedagogo é professor de Desenho Geométrico.

118. (TCE-SP – AGENTE DA FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA – VUNESP – 2015)


Sabe-se que todos os primos de Vanderlei são funcionários públicos e que todos
os primos de Marcelo não são funcionários públicos. Dessa forma, deduz-se corre-
tamente que

a) nenhum funcionário público é primo de Vanderlei.


b) algum primo de Vanderlei é primo de Marcelo.
c) nenhum primo de Vanderlei é funcionário público.
d) algum funcionário público é primo de Marcelo.
e) nenhum primo de Marcelo é primo de Vanderlei.

119. (TCE-SP – AUXILIAR DA FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA – FCC – 2015) É ver-


dade que nenhum professor é rico. É verdade que algum advogado é rico. A partir
dessas afirmações, é verdadeiro concluir, corretamente, que

a) todo advogado é professor.


b) nenhum advogado é professor.
c) algum advogado não é professor.
d) todo advogado não é professor.
e) algum advogado é professor.

120. (TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP – 2015) Se todo


estudante de uma disciplina A é também estudante de uma disciplina B e todo es-
tudante de uma disciplina C não é estudante da disciplina B, então é verdade que

a) algum estudante da disciplina A é estudante da disciplina C.


b) algum estudante da disciplina B é estudante da disciplina C.
c) nenhum estudante da disciplina A é estudante da disciplina C.
d) nenhum estudante da disciplina B é estudante da disciplina A.
e) nenhum estudante da disciplina A é estudante da disciplina B.

121. (TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP – 2015) Considere


verdadeira a seguinte afirmação: “Todos os primos de Mirian são escreventes”. Dessa
afirmação, conclui-se corretamente que

a) se Pâmela não é escrevente, então Pâmela não é prima de Mirian.


b) se Jair é primo de Mirian, então Jair não é escrevente.
c) Mirian é escrevente.
d) Mirian não é escrevente.
e) se Arnaldo é escrevente, então Arnaldo é primo de Mirian.

162
Hora de Praticar

122. (TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP – 2015) Para que


seja falsa a afirmação “todo escrevente técnico judiciário é alto”, é suficiente que

a) alguma pessoa alta não seja escrevente técnico judiciário.


b) nenhum escrevente técnico judiciário seja alto.
c) toda pessoa alta seja escrevente técnico judiciário.
d) alguma pessoa alta seja escrevente técnico judiciário.
e) algum escrevente técnico judiciário não seja alto.

123. (TCE-CE – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – FCC – 2015) Considere como


verdadeiras as afirmações:

− Todo programador sabe inglês.


− Todo programador conhece informática.
− Alguns programadores não são organizados.

A partir dessas afirmações é correto concluir que

a) todos que sabem inglês são programadores.


b) pode existir alguém que conheça informática e não seja programador.
c) todos que conhecem informática são organizados.
d) todos que conhecem informática sabem inglês.
e) pode existir programadores organizados que não sabem inglês.

124. (TCE-CE – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – FCC – 2015) Considere as


afirmações:

I. Se a música toca no rádio, então você escuta.


II. A música não tocou no rádio.
III. Renato é bom em matemática ou é bom em português.
IV. Se as nuvens estão escuras, então vai chover.

Sabe-se que as afirmações I e II são verdadeiras, e as afirmações III e IV são falsas. A


partir dessas afirmações, é correto concluir que

a) Você escutou a música, e Renato não é bom em matemática, e não é bom


em português.
b) A música não tocou no rádio, e as nuvens não estão escuras, e vai chover.
c) Você escutou a música, e Renato é bom somente em matemática, e está
chovendo.
d) A música não tocou no rádio, e Renato não é bom em português, e as nu-
vens estão escuras.
e) A música não tocou no rádio, e Renato não é bom em matemática, e é bom
em português, e não vai chover.

163
Resumo para Concurso Público

125. (MPOG – ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – ESAF – 2015)


Dizer que “Se Marco é marinheiro, então Míriam é mãe” equivale a dizer que

a) se Míriam é mãe, Marco não é marinheiro.


b) se Marco não é marinheiro, então Míriam não é mãe.
c) se Míriam não é mãe, então Marco não é marinheiro.
d) Marco é marinheiro ou Míriam é mãe.
e) Marco não é marinheiro e Míriam não é mãe.

126. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP – AGENTE


ADMINISTRATIVO – VUNESP – 2015) Sendo verdadeira a afirmação a seguir: “Carlos
está lecionando ou Carlos usa sandália e bermuda.” Conclui-se, logicamente, que:

a) Se Carlos está de sapatos, então Carlos está lecionando.


b) Se Carlos está de sandália e bermuda, então Carlos não está lecionando.
c) Ou Carlos leciona ou Carlos usa bermuda.
d) Carlos leciona e Carlos usa sandália ou bermuda.
e) Carlos não leciona quando está de sapatos

127. (SAEG – ANALISTA DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS – VUNESP – 2015) Do


ponto de vista lógico, uma negação para a afirmação: “Os galhos da árvore são finos
ou a quantidade de folhas não é pequena” é:

a) os galhos da árvore não são finos e a quantidade de folhas é pequena.


b) os galhos da árvore são finos ou a quantidade de folhas é pequena.
c) os galhos da árvore não são finos ou a quantidade de folhas é pequena.
d) os galhos da árvore são finos e a quantidade de folhas não é pequena.
e) se os galhos da árvore não são finos, então a quantidade de folhas não é pequena.

128. (SAEG – ANALISTA DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS – VUNESP – 2015) Do


ponto de vista lógico, uma afirmação equivalente à afirmação: “O bolso está furado
ou as moedas não caem no chão” é:

a) o bolso não está furado e as moedas não caem no chão.


b) se o bolso não está furado, então as moedas não caem no chão.
c) o bolso está furado e as moedas caem no chão.
d) se o bolso está furado, então as moedas caem no chão.
e) se as moedas não caem no chão, então o bolso não está furado.

129. (SEFAZ-PE – JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO – FCC – 2015)


Observe a afirmação a seguir, feita pelo prefeito de uma grande capital. Se a inflação
não cair ou o preço do óleo diesel aumentar, então o preço das passagens de ônibus
será reajustado. Uma maneira logicamente equivalente de fazer esta afirmação é:

a) Se a inflação cair e o preço do óleo diesel não aumentar, então o preço das
passagens de ônibus não será reajustado.
b) Se a inflação cair ou o preço do óleo diesel aumentar, então o preço das
passagens de ônibus não será reajustado.

164
Hora de Praticar

c) Se o preço das passagens de ônibus for reajustado, então a inflação não terá
caído ou o preço do óleo diesel terá aumentado.
d) Se o preço das passagens de ônibus não for reajustado, então a inflação terá
caído ou o preço do óleo diesel terá aumentado.
e) Se o preço das passagens de ônibus não for reajustado, então a inflação terá
caído e o preço do óleo diesel não terá aumentado.

130. (SEFAZ-PE – JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO – FCC – 2015)


Antes da rodada final do campeonato inglês de futebol, um comentarista esportivo
apresentou a situação das duas únicas equipes com chances de serem campeãs, por
meio da seguinte afirmação: “Para que o Arsenal seja campeão, é necessário que ele
vença sua partida e que o Chelsea perca ou empate a sua.” Uma maneira equivalen-
te, do ponto de vista lógico, de apresentar esta informação é: “Para que o Arsenal
seja campeão, é necessário que ele

a) vença sua partida e o Chelsea perca a sua ou que ele vença a sua partida e
o Chelsea empate a sua.”
b) vença sua partida ou o Chelsea perca a sua ou que ele vença a sua partida
ou o Chelsea empate a sua.”
c) empate sua partida e o Chelsea perca a sua ou que ele vença a sua partida
e o Chelsea não vença a sua.”
d) vença sua partida e o Chelsea perca a sua e que ele vença a sua partida e o
Chelsea empate a sua.”
e) vença sua partida ou o Chelsea perca a sua e que ele vença a sua partida ou
o Chelsea empate a sua.”

131. (TCE-CE – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – FCC – 2015) Dois amigos


estavam conversando sobre exercícios físicos quando um deles disse: “Se você fizer
esteira, então você emagrecerá e melhorará o condicionamento físico”. O outro ami-
go, para negar a afirmação, deverá dizer:

a) Faça esteira e você não emagrecerá e não melhorará o condicionamento físico.


b) Faça esteira e você não emagrecerá ou não melhorará o condicionamento físico.
c) Se você fizer esteira e não emagrecer, então não vai melhorar o condiciona-
mento físico.
d) Faça esteira e você emagrecerá e não melhorará o condicionamento físico.
e) Se você fizer esteira e emagrecer, então não melhorará o condicionamento físico.

132. (TCE-CE – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – FCC – 2015) A afirmação que


é logicamente equivalente à afirmação: “Se faço karatê, então sei me defender” é

a) Se não faço karatê, então não sei me defender.


b) Se sei me defender, então faço karatê.
c) Se não sei me defender, então não faço karatê.
d) Se não sei me defender, então faço karatê.
e) Se faço karatê, então não sei me defender.

165
Resumo para Concurso Público

133. (TCE-CE – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – FCC – 2015) Um casal está


no supermercado fazendo compras do mês e o marido diz para a esposa: “Vamos
comprar macarrão ou arroz integral”. A esposa negando a afirmação diz:

a) Se vamos comprar macarrão, então não vamos comprar arroz integral.


b) Não vamos comprar macarrão ou não vamos comprar arroz integral.
c) Se não vamos comprar macarrão, então não vamos comprar arroz integral.
d) Não vamos comprar macarrão e não vamos comprar arroz integral.
e) Se não vamos comprar macarrão, então vamos comprar arroz integral.

Instrução: As próximas 5 questões dependem da leitura do excerto a seguir. Leia-o


com atenção para respondê-las!

Em campanha de incentivo à regularização da documentação de imóveis, um cartó-


rio estampou um cartaz com os seguintes dizeres: “O comprador que não escritura
e não registra o imóvel não se torna dono desse imóvel”.
A partir dessa situação hipotética e considerando que a proposição P: “Se o com-
prador não escritura o imóvel, então ele não o registra” seja verdadeira, julgue os
itens seguintes.

Instrução: Nas questões a seguir preencha com o código C, caso julgue o item CER-
TO; ou com o código E, caso julgue o item ERRADO.

134. (TCE-RN – ADMINISTRADOR – CESPE – 2015) A proposição P é logicamente


equivalente à proposição “O comprador escritura o imóvel, ou não o registra”.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

135. (TCE-RN – ADMINISTRADOR – CESPE – 2015) Se A for o conjunto dos com-


pradores que escrituram o imóvel, e B for o conjunto dos que o registram, então B
será subconjunto de A.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

136. (TCE-RN – ADMINISTRADOR – CESPE – 2015) A proposição do cartaz é lo-


gicamente equivalente a “Se o comprador não escritura o imóvel ou não o registra,
então não se torna seu dono”.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

137. (TCE-RN – ADMINISTRADOR – CESPE – 2015) Um comprador que tiver regis-


trado o imóvel, necessariamente, o escriturou.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

166
Hora de Praticar

138. (TCE-RN – ADMINISTRADOR – CESPE – 2015) A negação da proposição P


pode ser expressa corretamente por “Se o comprador escritura o imóvel, então ele
o registra”.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

139. (TCE-SP – AGENTE DA FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA – VUNESP – 2015) Uma


equivalente para a afirmação “Se Carlos foi aprovado no concurso, então ele estu-
dou” está contida na alternativa:

a) Carlos não foi aprovado no concurso e não estudou.


b) Se Carlos não estudou, então ele não foi aprovado no concurso.
c) Carlos foi aprovado no concurso e não estudou.
d) Se Carlos não foi aprovado no concurso, então ele não estudou.
e) Carlos estudou e não foi aprovado no concurso.

140. (TCE-SP – AUXILIAR DA FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA – FCC – 2015) Consi-


dere a afirmação: Se Kléber é escritor, então ou João é biólogo ou é matemático.
Uma afirmação equivalente é:

a) Se João é biólogo e matemático, então Kléber é escritor.


b) Se João não é biólogo e é matemático, então Kléber não é escritor.
c) Se João não é biólogo nem matemático ou se João é biólogo e matemático,
então Kléber não é escritor.
d) Se João é biólogo e não é matemático, então Kléber não é escritor.
e) Se João é biólogo e não é matemático ou se João não é biólogo e é mate-
mático, então Kléber não é escritor.

141. (TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP – 2015) Uma equi-


valente da afirmação “Se eu estudei, então tirei uma boa nota no concurso” está
contida na alternativa:

a) Não estudei e não tirei uma boa nota no concurso.


b) Se eu não tirei uma boa nota no concurso, então não estudei.
c) Se eu não estudei, então não tirei uma boa nota no concurso.
d) Se eu tirei uma boa nota no concurso, então estudei.
e) Estudei e tirei uma boa nota no concurso.

142. (TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP – 2015) A afirmação


“canto e danço” tem, como uma negação, a afirmação contida na alternativa

a) não canto e não danço.


b) canto ou não danço.
c) não danço ou não canto.
d) danço ou não canto.
e) danço ou canto.

167
Resumo para Concurso Público

143. (TRE-MT – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE – 2015) A negação da proposição:


“Se o número inteiro m > 2 é primo, então o número m é ímpar” pode ser expressa
corretamente por

a) “O número inteiro m > 2 é não primo e o número m é ímpar”.


b) “Se o número inteiro m > 2 não é primo, então o número m não é ímpar”.
c) “Se o número m não é ímpar, então o número inteiro m > 2 não é primo”.
d) “Se o número inteiro m > 2 não é primo, então o número m é ímpar”.
e) “O número inteiro m > 2 é primo e o número m não é ímpar”.

144. (ANAC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF – 2015) A proposição “se o


voo está atrasado, então o aeroporto está fechado para decolagens” é logicamente
equivalente à proposição:

a) o voo está atrasado e o aeroporto está fechado para decolagens.


b) o voo não está atrasado e o aeroporto não está fechado para decolagens.
c) o voo está atrasado, se e somente se, o aeroporto está fechado para decolagens.
d) se o voo não está atrasado, então o aeroporto não está fechado para decolagens.
e) o voo não está atrasado ou o aeroporto está fechado para decolagens.

145. (DPE-RR – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FCC – 2015) Maria disse: Gerusa estava
doente e não foi trabalhar. Sabe-se que Maria mentiu. Sendo assim, é correto afirmar que

a) Gerusa não estava doente, mas não foi trabalhar.


b) Gerusa não estava doente e não foi trabalhar.
c) Gerusa não estava doente ou foi trabalhar.
d) se Gerusa foi trabalhar, então não estava doente.
e) Gerusa estava doente ou foi trabalhar.

146. (CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS-SP – ASSISTENTE TÉCNICO E GESTOR


DE INFORMAÇÃO – VUNESP – 2015) Considere a frase: Se existe algum chevete
bonito, então qualquer fusca é charmoso. Do ponto de vista lógico, uma frase equi-
valente a essa é

a) Os chevetes são bonitos e os fuscas são charmosos.


b) Algum fusca é charmoso ou algum chevete é bonito.
c) Se algum fusca não é charmoso, então não existe chevete bonito.
d) Se todos os fuscas são charmosos, então existe pelo menos um chevete bonito.
e) Se os chevetes não são bonitos, então os fuscas não são charmosos.

147. (CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS-SP – ASSISTENTE TÉCNICO E GESTOR


DE INFORMAÇÃO – VUNESP – 2015) Considere a afirmação: José é enfermeiro e
Lucas não é médico. Do ponto de vista lógico, uma afirmação que corresponde à
negação dessa afirmação é

a) José não é enfermeiro e Lucas é médico.


b) Se José é enfermeiro, então Lucas é médico.
c) José é enfermeiro ou Lucas é médico.
d) Se Lucas não é médico, então José não é enfermeiro.
e) José é médico e Lucas não é enfermeiro.

168
Hora de Praticar

148. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP – ASSISTENTE EM


GESTÃO MUNICIPAL – VUNESP – 2015) Numa sexta-feira de chuva forte Lívia afirmou
que: “se chover no fim de semana, então não irei ao estádio ver meu time jogar”. Na se-
gunda-feira, o irmão de Lívia confirmou que toda vez que chove muito forte ela sempre
mente, o que permite concluir corretamente que, nesse fim de semana,

a) não choveu.
b) Lívia não foi ao estádio.
c) Lívia foi ao estádio.
d) Lívia foi ao estádio apenas se tiver chovido.
e) se Lívia foi ao estádio, então não choveu.

149. (TRE-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – CESPE – 2015) Assinale a opção que


apresenta um argumento lógico válido.

a) Todos os garotos jogam futebol e Maria não é um garoto, então Maria não
joga futebol.
b) Não existem cientistas loucos e Pedro não é louco. Logo, Pedro é um cientista.
c) O time que ganhou o campeonato não perdeu nenhum jogo em casa, o vice
colocado também não perdeu nenhum jogo em casa. Portanto, o campeão
é o vice colocado.
d) Todas as aves são humanas e nenhum cachorro é humano, logo nenhum
cachorro é uma ave.
e) Em Brasília moram muitos funcionários públicos, Gustavo é funcionário pú-
blico. Logo, Gustavo mora em Brasília.

150. (METRÔ-SP – AGENTE DE SEGURANÇA – FCC – 2015) Quatro corredores


participaram de uma corrida de 100 metros rasos. Sabe-se que Cláudio (C) chegou
imediatamente atrás de Bruno (B); e Daniel (D) chegou no meio entre Adriano (A) e
Cláudio. De acordo com essas informações, a classificação final da corrida foi

a) 1º A, 2º B, 3º D, 4º C.
b) 1º B, 2º C, 3º D, 4º A.
c) 1º B, 2ºD, 3º A, 4º C.
d) 1º A, 2º B, 3º C, 4º D.
e) 1º B, 2º A, 3º C, 4º D.

151. (METRÔ-SP – AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA – FCC – 2015) Três


amigos fazem as seguintes afirmações:
André: − Beto é mentiroso.
Beto: − Carlos diz a verdade.
Carlos: − André e Beto são mentirosos.

Do ponto de vista lógico, é possível que

a) André e Beto estejam dizendo a verdade.


b) André esteja mentindo.
c) Carlos esteja mentindo.
d) André e Carlos estejam mentindo.
e) Beto esteja dizendo a verdade.

169
Resumo para Concurso Público

152. (TCE-CE – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – FCC – 2015) Em uma família


de 6 pessoas, um bolo foi dividido no jantar. Cada pessoa ficou com 2 pedaços do
bolo. Na manhã seguinte, a avó percebeu que tinham roubado um dos seus dois
pedaços de bolo. Indignada, fez uma reunião de família para descobrir quem tinha
roubado o seu pedaço de bolo e perguntou para as outras 5 pessoas da família:
“Quem pegou meu pedaço de bolo?”
As respostas foram:
Guilherme: “Não foi eu”.
Telma: “O Alexandre que pegou o bolo”.
Alexandre: “A Caroline que pegou o bolo”.
Henrique: “A Telma mentiu”.
Caroline: “O Guilherme disse a verdade”.

A avó, sabendo que uma pessoa estava mentindo e que as outras estavam falando a
verdade, pôde concluir que quem tinha pegado seu pedaço de bolo foi

a) Guilherme.
b) Telma.
c) Alexandre.
d) Henrique.
e) Caroline.

153. (TRT 9ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2015) Luiz, Arnaldo, Mariana e
Paulo viajaram em janeiro, todos para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia,
Curitiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram, sabe-se que:

− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;


− Mariana viajou para Curitiba;
− Paulo não viajou para Goiânia;
− Luiz não viajou para Fortaleza. É correto concluir que, em janeiro,

a) Paulo viajou para Fortaleza.


b) Luiz viajou para Goiânia.
c) Arnaldo viajou para Goiânia.
d) Mariana viajou para Salvador.
e) Luiz viajou para Curitiba.

154. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP– ASSISTENTE


EM GESTÃO MUNICIPAL – VUNESP – 2015) Uma pesquisa feita em uma empresa
com 400 funcioná­rios indicou que 250 são fluentes na língua inglesa, 200 na lín-
gua espanhola e 190 na língua alemã. Todos os funcionários que falam espanhol
também falam uma das outras duas línguas mencionadas e nenhum funcionário é
fluente nessas três línguas. São fluentes em inglês e alemão 100 pessoas e 40 funcio-
nários falam apenas em inglês. Nessa empresa, o número de funcionários que não
domina nenhuma das três línguas pesquisadas é

a) 20.
b) 30.
c) 40.
d) 50.
e) 60.

170
Hora de Praticar

155. (SAEG – ANALISTA DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS – VUNESP – 2015) Os


conjuntos A, B e C possuem elementos. Todos os 17 elementos que pertencem ao
conjunto A também pertencem ao conjunto B. Há exatamente 5 elementos do con-
junto A que pertencem a apenas dois conjuntos. Além desses 17 elementos, o con-
junto B possui outros 14 elementos, dos quais exatamente 4 elementos pertencem
apenas ao conjunto B. O conjunto C possui, ao todo, 25 elementos. Desta maneira, é
possível determinar, corretamente, que a diferença entre o número total de elemen-
tos que pertencem a apenas dois dos conjuntos e o número total de elementos que
pertencem a apenas um dos conjuntos é igual a

a) 12.
b) 11.
c) 10.
d) 9.
e) 8.

Instrução: As próximas 2 questões dependem da leitura do excerto a seguir. Leia-o


com atenção para respondê-las!

Determinada faculdade oferta, em todo semestre, três disciplinas optativas para alu-
nos do quinto semestre: Inovação e Tecnologia (INT); Matemática Aplicada (MAP);
Economia do Mercado Empresarial (EME). Neste semestre, dos 150 alunos que pos-
suíam os requisitos necessários para cursar essas disciplinas, foram registradas ma-
trículas de alunos nas seguintes quantidades:

• 70 em INT;
• 45 em MAP;
• 60 em EME;
• 25 em INT e MAP;
• 35 em INT e EME;
• 30 em MAP e EME;
• 15 nas três disciplinas.
Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem.

Instrução: Nas questões a seguir preencha com o código C, caso julgue o item CER-
TO; ou com o código E, caso julgue o item ERRADO.

156. (STJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE – 2015) A quantidade de alunos que se


matricularam apenas na disciplina MAP é inferior a 10.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

157. (STJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE – 2015) Ao se escolher um aluno ao


acaso, a probabilidade de ele estar matriculado em apenas duas das três disciplinas
será maior que a probabilidade de ele estar matriculado apenas em INT.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

171
Resumo para Concurso Público

158. (TCE-SP – AUXILIAR DA FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA – FCC – 2015) Em


um grupo de 33 operários da construção civil há serralheiros, carpinteiros e pedrei-
ros. Alguns deles exercem mais de uma dessas funções quando necessário. Nesse
grupo não há serralheiro que também não seja pedreiro, e 5 dos serralheiros tam-
bém são carpinteiros. Os carpinteiros que são pedreiros, também são serralheiros.
São 12 os serralheiros que não são carpinteiros. Os demais operários exercem ape-
nas uma dessas funções. Com essas informações é possível determinar que o núme-
ro de operários que exercem mais de uma função supera o número daqueles que
exercem apenas uma função em

a) 5.
b) 3.
c) 4.
d) 1.
e) 2.

159. (TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP – 2015) Uma avalia-


ção com apenas duas questões foi respondida por um grupo composto por X pes-
soas. Sabendo-se que exatamente 160 pessoas desse grupo acertaram a primeira
questão, que exatamente 100 pessoas acertaram as duas questões, que exatamente
250 pessoas acertaram apenas uma das duas questões, e que exatamente 180 pes-
soas erraram a segunda questão, é possível afirmar, corretamente, que X é igual a

a) 520.
b) 420.
c) 370.
d) 470.
e) 610.

160. (TRE-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – CESPE – 2015) Um grupo de 300 solda-


dos deve ser vacinado contra febre amarela e malária. Sabendo-se que a quantidade
de soldados que receberam previamente a vacina de febre amarela é o triplo da
quantidade de soldados que receberam previamente a vacina de malária, que 45
soldados já haviam recebido as duas vacinas e que apenas 25 não haviam recebido
nenhuma delas, é correto afirmar que a quantidade de soldados que já haviam rece-
bido apenas a vacina de malária é:

a) superior a 40.
b) inferior a 10.
c) superior a 10 e inferior a 20.
d) superior a 20 e inferior a 30.
e) superior a 30 e inferior a 40.

172
Hora de Praticar

161. (DPE-RR – ENGENHEIRO CIVIL – FCC – 2015) Analisando a carteira de vacina-


ção de 112 crianças, um posto de saúde verificou que 74 receberam a vacina A, 48
receberam a vacina B, e 25 não foram vacinadas. Do total das 112 crianças, recebe-
ram as duas vacinas (A e B) apenas

a) 32,75%.
b) 28,75%.
c) 31,25%.
d) 34,25%.
e) 29,75%

162. (CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS-SP – ASSISTENTE TÉCNICO E GESTOR


DE INFORMAÇÃO – VUNESP – 2015) Sabe-se que:

• todos os elementos de A são também elementos de B;


• todos os elementos de B são também elementos de C;
• todos os elementos de C são elementos de D;
• o número total de elementos de A é 10;
• o número total de elementos de B é 18;
• o número total de elementos de C é 24;
• o número total de elementos de D é 33.

Dessa maneira, é possível concluir corretamente que o número de elementos de B


que não são elementos de A, somado com o número de elementos de D que não
são elementos de C, é igual a

a) 11.
b) 14.
c) 17.
d) 23.
e) 32.

163. (SAEG – ANALISTA DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS – VUNESP – 2015)


Usando o Raciocínio Lógico, com as letras da palavra RESÍDUO pode-se formar um
total de 5040 palavras diferentes, não importando se elas tenham ou não signifi-
cado. Se essas palavras forem ordenadas como em um dicionário, a primeira será
DEÍORSU, e a 5040a será USROÍED. Nessa ordenação, a palavra EDÍOURS será a

a) 725 ª
b) 724ª
c) 723ª
d) 722ª
e) 721ª

173
Resumo para Concurso Público

164. (SEFAZ-PE – JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO – FCC – 2015) A


prova de raciocínio lógico de um concurso foi elaborada com 10 questões, sendo 4
fáceis, 3 médias e 3 difíceis. Para criar diferentes versões dessa prova, a organização
do concurso pretende trocar a ordem das questões, mantendo sempre as fáceis no
início, as médias no meio e as difíceis no final e respeitando as seguintes restrições
colocadas pelo elaborador:

− há duas questões fáceis que, por se referirem a uma mesma figura, devem ser
mantidas uma após a outra, em qualquer ordem;
− há ainda uma questão média e uma difícil que se referem a um mesmo texto, de-
vendo também ser mantidas uma após a outra, com a média aparecendo primeiro.

Nessas condições, o número de diferentes versões que a organização do concurso


poderá criar para essa prova é igual a

a) 54.
b) 40.
c) 24.
d) 36.
e) 48.

165. (SEFAZ-PE – JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO – FCC – 2015) A


tabela a seguir mostra a pontuação obtida pelas cinco empresas que participaram
da concorrência pública para a construção das dez estações de uma linha de metrô.

Empresa Pontuação
I 500
II 300
II 200
IV 120
V 80

De acordo com as regras do edital da concorrência, somente as empresas com mais


de 150 pontos seriam consideradas aprovadas. Além disso, o edital determinava que
as dez estações seriam distribuídas entre as empresas aprovadas proporcionalmen-
te ao número de pontos que cada uma delas obteve. Sabendo que as dez estações
são iguais, o número de maneiras diferentes de distribuí-las entre as empresas apro-
vadas, de acordo com as regras do edital, é igual a

a) 7560.
b) 5040.
c) 2520.
d) 1260.
e) 3780.

174
Hora de Praticar

166. (TCE-CE – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – FCC – 2015) Observe as di-


versas sequências de quatro letras: IHFG; FGHI; GIFH; IHGF; FHGI; HIGF; FHIG; GHFI;
GHIF; IFGH; HGIF; HIFG; IGFH. Se cada sequência dessas quatro letras fosse conside-
rada uma palavra, e se as palavras fossem colocadas em ordem alfabética, com a 1a
palavra sendo FGHI, a sequência de quatro letras que ocuparia a 8ª posição nessa
lista alfabética seria

a) IFGH
b) FGHI
c) HIGF
d) HGIF
E) HIFG

167. (TRE-MT – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE – 2015) Em um campeonato de


futebol amador de pontos corridos, do qual participam 10 times, cada um desses
times joga duas vezes com cada adversário, o que totaliza exatas 18 partidas para
cada. Considerando-se que o time vencedor do campeonato venceu 13 partidas e
empatou 5, é correto afirmar que a quantidade de maneiras possíveis para que esses
resultados ocorram dentro do campeonato é

a) superior a 4.000 e inferior a 6.000.


b) superior a 6.000 e inferior a 8.000.
c) superior a 8.000.
d) inferior a 2.000.
e) superior a 2.000 e inferior a 4.000.

168. (TRT 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2015) Rafael quer criar uma
senha de acesso para um arquivo de dados. Ele decidiu que a senha será um número
de três algarismos, divisível por três, e com algarismo da centena igual a 5. Nessas
condições, o total de senhas diferentes que Rafael pode criar é igual a

a) 33.
b) 27.
c) 34.
d) 28.
e) 41.

169. (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO-SP – ANALISTA DE POLÍTI-


CAS PÚBLICAS – VUNESP – 2015) Uma comissão foi criada para planejar as ações
e decidir as prioridades de uma diretoria de ensino do município. A comissão foi
formada apenas por professores, administradores escolares e técnicos da prefeitura.
Várias dessas pessoas foram escolhidas por terem formação para exercer mais de
uma dessas funções. Ao todo, são 24 os professores e 16 os administradores escola-
res, além dos técnicos da prefeitura. Considerando esses três grupos de pessoas, são
10 as que têm formação para exercer duas, e apenas duas, dessas funções, exceto
ser apenas professor e administrador escolar, o que nenhuma dessas pessoas é.
São 20 as pessoas com formação para exercer uma, e apenas uma, dessas funções,
exceto ser apenas técnico da prefeitura, o que nenhuma dessas pessoas é. São 5 as
pessoas com formação para exercer as três funções simultaneamente.

175
Resumo para Concurso Público

Uma dessas pessoas será sorteada aleatoriamente para ocupar a presidência da co-
missão. A probabilidade de essa pessoa sorteada ser uma pessoa com formação
para exercer apenas uma dessas funções é igual a

a) 4
7

b) 3
4

c) 2
3

d) 4
5

e) 9
11

Instrução: As próximas 4 questões dependem da leitura do excerto a seguir. Leia-o


com atenção para respondê-las!

Para fiscalizar determinada entidade, um órgão de controle escolherá 12 de seus


servidores: 5 da secretaria de controle interno, 3 da secretaria de prevenção da cor-
rupção, 3 da corregedoria e 1 da ouvidoria. Os 12 servidores serão distribuídos, por
sorteio, nas equipes A, B e C; e cada equipe será composta por 4 servidores. A equi-
pe A será a primeira a ser formada, depois a equipe B e, por último, a C.
A respeito dessa situação, julgue os itens subsequentes.

Instrução: Nas questões a seguir preencha com o código C, caso julgue o item CER-
TO; ou com o código E, caso julgue o item ERRADO.

170. (TCE-RN – ADMINISTRADOR – CESPE – 2015) A chance de a equipe A ser


composta por um servidor de cada unidade é superior a 10%.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

171. (TCE-RN – ADMINISTRADOR – CESPE – 2015) A probabilidade de um ser-


vidor que não for sorteado para integrar a equipe A ser sorteado para integrar a
equipe B é igual a 0,5.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

172. (TCE-RN – ADMINISTRADOR – CESPE – 2015) A probabilidade de a equipe A


ser composta por quatro servidores da secretaria de controle interno é inferior a 0,01.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

176
Hora de Praticar

173. (TCE-RN – ADMINISTRADOR – CESPE – 2015) Se, após a formação das 3


equipes, as quantidades de servidores das unidades mencionadas forem iguais nas
equipes A e B, então a equipe C será formada por 1 servidor de cada unidade.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

174. (MPOG – ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – ESAF – 2015)


Um restaurante especializado em carnes recebe somente 3 tipos de clientes, a saber:
os que gostam de carne de gado, os que gostam de carne de javali e os que gostam
de carne de jacaré. Desses clientes que frequentam o restaurante, 50% deles gostam
de carne de gado, 40% gostam de carne de javali e 10% gostam de carne de jacaré.
Por outro lado, dos clientes que gostam de carne de gado, 80% das vezes que vão
ao restaurante eles bebem cerveja; dos clientes que gostam de carne de javali, 90%
das vezes que vão ao restaurante, eles bebem cerveja; dos clientes que gostam de
carne de jacaré, 95% das vezes que vão ao restaurante, eles bebem cerveja. Um
cliente, ao sair do restaurante, informa que não bebeu cerveja. Assim, a probabilida-
de de que ele goste de carne de javali é igual a:

a) 8/29
b) 1/5
c) 45/47
d) 7/8
e) 25/32

175. (ANAC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF – 2015) Uma caixa contém seis
bolas brancas e quatro pretas. Duas bolas serão retiradas dessa caixa, uma a uma e
sem reposição, então a probabilidade de uma ser branca e a outra ser preta é igual a

a) 4/15.
b) 7/15.
c) 2/15.
d) 8/15.
e) 11/15.

176. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CESGRANRIO – 2015) Em uma de-


terminada agência bancária, para um cliente que chega entre 15 h e 16 h, a probabi-
lidade de que o tempo de espera na fila para ser atendido seja menor ou igual a 15
min é de 80%. Considerando que quatro clientes tenham chegado na agência entre
15 h e 16 h, qual a probabilidade de que exatamente três desses clientes esperem
mais de 15 min na fila?

a) 0,64%
b) 2,56%
c) 30,72%
d) 6,67%
e) 10,24%

177
Resumo para Concurso Público

177. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CESGRANRIO – 2015) Um grupo


de analistas financeiros composto por 3 especialistas – X, Y e Z – possui a seguinte
característica: X e Y decidem corretamente com probabilidade de 80%, e Z decide
corretamente em metade das vezes. Como as decisões são tomadas pela maioria, a
probabilidade de o grupo tomar uma decisão correta é:

a) 0,16
b) 0,64
c) 0,48
d) 0,32
e) 0,80

178. (MPE-BA – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO – AOCP – 2014) Laura,


Daniela e Luciana possuem números de filhos diferentes. Uma possui um filho; ou-
tra, dois filhos; e outra, três. Sabendo que

• ou Daniela possui um filho, ou Luciana possui um filho;


• ou Laura possui dois filhos ou Luciana possui três filhos;
• ou Luciana possui três filhos, ou Daniela possui três filhos.

Podemos afirmar que Laura, Daniela e Luciana possuem, respectivamente:

a) dois filhos, um filho e três filhos.


b) dois filhos, três filhos e um filho.
c) três filhos, dois filhos e um filho
d) três filhos, um filho e dois filhos
e) um filho, dois filhos e três filhos

179. (IBGE – ANALISTA CENSITÁRIO DE GEOPROCESSAMENTO – CESGRANRIO


– 2014) Sejam p e q duas proposições lógicas simples e E uma expressão composta
a partir de p e q, exclusivamente. Sabe-se que a expressão E é logicamente equiva-
lente à expressão [(p ˄ q) ˅ ((~p) ˅ (~q))].
A expressão lógica E é um(a)

a) absurdo
b) contradição
c) contigência
d) demonstração
e) tautologia

180. (IBGE – ANALISTA CENSITÁRIO – CESGRANRIO - 2014) Sabe-se que:

• Todo M é N ou P;
• Algum Q é M e R.
• Todo P não é R.

178
Hora de Praticar

Portanto, algum Q

a) é N.
b) é P.
c) é R e P.
d) não é M.
e) não é R.

181. (RECEITA FEDERAL – AUDITOR FISCAL – ESAF – 2014) Se é verdade que


alguns adultos são felizes e que nenhum aluno de matemática é feliz, então é neces-
sariamente verdade que:

a) algum adulto é aluno de matemática.


b) nenhum adulto é aluno de matemática.
c) algum adulto não é aluno de matemática.
d) algum aluno de matemática é adulto.
e) nenhum aluno de matemática é adulto.

182. (RECEITA FEDERAL – AUDITOR-FISCAL – ESAF – 2014) Ana está realizando


um teste e precisa resolver uma questão de raciocínio lógico. No enunciado da
questão, é afirmado que: “todo X1 é Y. Todo X2, se não for X3, ou é X1 ou é X4. Após,
sem sucesso, tentar encontrar a alternativa correta, ela escuta alguém, acertadamen-
te, afirmar que: não há X3 e não há X4 que não seja Y. A partir disso, Ana conclui,
corretamente, que:

a) todo Y é X2.
b) todo Y é X3 ou X4.
c) algum X3 é X4.
d) algum X1 é X3.
e) todo X2 é Y.

183. (BANCO DA AMAZÔNIA – CESGRANRIO – 2014) Dadas duas proposições sim-


ples, p e q, uma das leis de De Morgan perpassa a tautologia [~(p∧q)]↔[(~p)∨(~q)].

Essa tautologia é logicamente equivalente à expressão

a) [~((~p)∧(~q))]↔[p∨q]
b) [~((~p)∨(~q))]↔[p∨q]
c) [~((~p)∧(~q))]↔[p∧q]
d) [(~p)∧(~q)]↔[~(p∧q)]
e) [(~p)∨(~q)]↔[~(p∨q)]

184. (IBGE – ANALISTA CENSITÁRIO DE GEOPROCESSAMENTO – CESGRANRIO


– 2014) É verdade que:
É um dia do mês de janeiro, se, e somente se, nesse dia, eu vou à praia e não trabalho.
Se anteontem foi dia 2 de dezembro, então, ontem, eu

a) fui à praia ou trabalhei.


b) trabalhei e não fui à praia.

179
Resumo para Concurso Público

c) fui à praia ou não trabalhei.


d) trabalhei ou não fui à praia.
e) não fui à praia nem trabalhei.

185. (FINEP – ANALISTA – CESGRANRIO – 2014) No contexto do Cálculo Propo-


sicional, é verdadeira a afirmação

a) (~p ˄ q) é equivalente a ~(p ˅ q)


b) ~(p ˄ q ) é equivalente a (p → ~q)
c) (p ˅ q) é equivalente a ~(p ˄ q)
d) (p → q) é equivalente a (p ˄ ~q)
e) ~(p → q) é equivalente a (~p ˅ q)

186. (IBGE – ANALISTA CENSITÁRIO DE GEOPROCESSAMENTO – CESGRANRIO


– 2014) Dadas três proposições lógicas p, q e r, tem-se que r → [(~p) ˄ (~q)] se, e
somente se,

a) [(~p) ˄ (~q)] → r
b) (~r) → (p ˄ q)
c) (p ˅ q) → (~r)
d) (p ˄ q) → (~r)
e) (p ˅ q) → r

187. (MF– TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – ESAF – 2014) A negação da proposição


“se Paulo trabalha oito horas por dia, então ele é servidor público” é logicamente
equivalente à proposição:

a) Paulo trabalha oito horas por dia ou é servidor público.


b) Paulo trabalha oito horas por dia e não é servidor público.
c) Paulo trabalha oito horas por dia e é servidor público.
d) Se Paulo não trabalha oito horas por dia, então não é servidor público.
e) Se Paulo é servidor público, então ele não trabalha oito horas por dia.

188. (SP-URBANISMO – ASSISTENTE TÉCNICO – VUNESP – 2014) Considere a


seguinte afirmação: “Se João estuda e Pedro não trabalha, então Maria cuida da
casa.” Uma afirmação equivalente a essa é:

a) Se Maria cuida da casa, então João estuda e Pedro não trabalha.


b) Se Maria cuida da casa, então João estuda ou Pedro não trabalha.
c) Se Maria não cuida da casa, então João não estuda ou Pedro não trabalha.
d) Se Maria não cuida da casa, então João não estuda ou Pedro trabalha.
e) Se Maria não cuida da casa, então João não estuda e Pedro trabalha.

189. (CEFET-RJ – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO – 2014) Se todos os


amigos de Fernanda tivessem ido à sua festa de aniversário e se tivesse feito bom
tempo, então ela teria ficado feliz. Como Fernanda não ficou feliz, então

a) nenhum amigo foi à sua festa de aniversário e choveu.


b) nenhum amigo foi à sua festa de aniversário ou choveu.

180
Hora de Praticar

c) algum amigo não foi à sua festa e não fez bom tempo.
d) algum amigo não foi à sua festa ou não fez bom tempo.
e) havia sempre algum amigo ausente quando o tempo ficava bom.

190. (BANCO DA AMAZÔNIA – CESGRANRIO – 2014) Considere a seguinte afir-


mação: Jorge se mudará ou Maria não será aprovada no concurso. Tal afirmação é
logicamente equivalente à afirmação:

a) Se Maria não for aprovada no concurso, então Jorge se mudará.


b) Se Maria for aprovada no concurso, então Jorge não se mudará.
c) Se Maria for aprovada no concurso, então Jorge se mudará.
d) Jorge não se mudará ou Maria será aprovada no concurso.
e) Jorge se mudará se, e somente se, Maria não for aprovada no concurso.

191. (IBGE – ANALISTA CENSITÁRIO – CESGRANRIO – 2014) João, Jorge e Carlos


são três amigos e cada um deles possui um carro. O carro de um deles é azul, a cor
do carro de outro é branca e a cor do carro restante é vermelha. O carro azul é de
João, ou não é de Jorge. O carro branco não é de Carlos, ou é de João. O carro ver-
melho não é de Jorge, ou é de Carlos. Ou o carro branco não é de Jorge, ou o carro
vermelho não é de Carlos.
Os carros de Carlos, João e Jorge são, respectivamente,

a) vermelho, azul, branco


b) vermelho, branco, azul
c) branco, azul, vermelho
d) azul, vermelho, branco
e) azul, branco, vermelho

192. (SP-URBANISMO – ASSISTENTE TÉCNICO – VUNESP – 2014) Três amigos,


Antônio, Bento e Carlos, foram à floricultura do seu José e encomendaram, cada um,
um vasinho de flores, que deveria ser entregue às suas respectivas namoradas. Um
deles encomendou margaridas, o outro, violetas, e, o outro, begônias, não necessa-
riamente nessa ordem. Conversaram muito com o seu José e depois foram embora.
Por algum motivo, perdeu-se a informação de qual era a flor que cada um dos três
amigos havia encomendado. Relembrando a conversa que tivera com os rapazes,
seu José lembrou-se, com certeza, dos seguintes fatos:

I. Bento não encomendou violetas.


II. Carlos é mais velho do que o rapaz que encomendou violetas.
III. O rapaz que encomendou as margaridas é o mais jovem dos três.

Com base nessas informações, pode-se concluir corretamente que

a) Carlos encomendou margaridas e Bento, begônias.


b) Antônio encomendou margaridas e Carlos, begônias.
c) Bento encomendou begônias e Carlos, violetas.
d) Antônio encomendou begônias e Carlos, margaridas.
e) Bento encomendou margaridas e Carlos, begônias.

181
Resumo para Concurso Público

193. (BANCO DA AMAZÔNIA – TODOS OS CARGOS – CESGRANRIO – 2014) O


conjunto diferença X - Y, entre dois subconjuntos X e Y de um mesmo conjunto
universo U, é definido por:
X - Y = {u d U / u d X e u z Y}
Considere três subconjuntos, A, B e C, do mesmo conjunto Universo U.
O conjunto A - (B + C) é igual ao conjunto

a) (A - B) (A - C)
b) (A - B) , (A - C)
c) (A - B) + C
d) (A - B) , C
e) (A - B) - C

194. (IBGE – ANALISTA CENSITÁRIO – CESGRANRIO – 2014) Uma prova semes-


tral é composta por 10 questões. As questões que compõem a prova são seleciona-
das de um banco com questões de quatro tópicos: T1 , T2 , T3 e T4 .
Cada questão que compõe a prova aborda apenas um desses quatro tópicos e, no
banco, há centenas de questões sobre cada um deles. Cada prova possui uma chave
(t1 , t2 , t3 , t4 ) que indica o número de questões, sobre os respectivos tópicos, que
estão presentes na prova. Dessa forma, os números t1, t2 , t3 e t4 são inteiros não
negativos e tais que t1 + t2 + t3 + t4 = 10. Por exemplo, uma prova cuja chave é (3, 2,
4, 1) é composta por 3 questões do tópico T1 , 2 questões do tópico T2 , 4 questões
do tópico T3 e 1 questão do tópico T4 . Uma prova com chave (0,0,5,5) não seria
composta por questões sobre os tópicos T1 ou T2 , mas sim por 5 questões do tópico
T3 e 5 questões do tópico T4 .
Qual é o número máximo de chaves distintas que poderiam indicar alguma eventual
composição de prova?

13!
a)
10! 3!
b) 4 · 10!
c) 10 · 4!
10!
d) 4 ·
6! 4!
e) 104

195. (IBGE – ANALISTA CENSITÁRIO – CESGRANRIO – 2014) Um sistema com-


putacional listou todas as senhas distintas que podem ser formadas por 3 letras,
todas maiúsculas, sendo duas delas vogais e uma consoante. O sistema considerou
5 vogais e 21 consoantes disponíveis para a formação das senhas. Foi permitida a
repetição de vogais. São exemplos de senhas admissíveis: FAE, ERE, UOW. Quantas
senhas foram listadas pelo sistema computacional?

a) 3150
b) 2835
c) 2520
d) 1575
e) 315

182
Hora de Praticar

196. (EPE – ANALISTA – CESGRANRIO – 2014) A probabilidade de um indivíduo


selecionado aleatoriamente em uma população apresentar problemas circulatórios
é de 25%. Sabe-se que indivíduos com problemas de circulação apresentam o do-
bro da probabilidade de serem fumantes do que aqueles sem tais problemas. Se
um indivíduo fumante é selecionado dessa população, qual a probabilidade de ele
apresentar problemas circulatórios?

a) 2/5
b) 1/4
c) 1/3
d) 1/2
e) 2/3

197. (MF – TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – ESAF – 2014) Considere que há três


formas de Ana ir para o trabalho: de carro, de ônibus e de bicicleta. Em 20% das
vezes ela vai de carro, em 30% das vezes de ônibus e em 50% das vezes de bicicleta.
Do total das idas de carro, Ana chega atrasada em 15% delas, das idas de ônibus,
chega atrasada em 10% delas e, quando vai de bicicleta, chega atrasada em 8%
delas. Sabendo-se que um determinado dia Ana chegou atrasada ao trabalho, a
probabilidade de ter ido de carro é igual a

a) 20%.
b) 40%.
c) 60%.
d) 50%.
e) 30%.

198. (PETROBRAS – TODOS OS CARGOS – CESGRANRIO – 2014) Em um cen-


tro de pesquisa trabalham 30 pesquisadores, dos quais 14 são biólogos. O diretor
comunicou aos pesquisadores que três deles seriam escolhidos para participar de
um congresso. Considerando-se que a escolha seja feita de forma aleatória, qual a
probabilidade de que exatamente dois biólogos sejam escolhidos?

a) 1
7

b) 3
14
7
c)
15

d) 52
145

e) 52
145
183
Resumo para Concurso Público

199. (CEFET-RJ – ECONOMISTA – CESGRANRIO – 2014) Dois dados comuns, com


as 6 faces igualmente prováveis, foram lançados simultaneamente, e a soma dos re-
sultados obtidos foi igual a 8. A probabilidade de que o resultado de um dos dados
tenha sido 5, condicionada à soma dos dois ser igual a 8, é de

a) 10%
b) 20%
c) 30%
d) 40%
e) 50%

200. (BANCO DA AMAZÔNIA – CESGRANRIO – 2014) Em uma urna há cinco car-


tões de papel com mesmo formato, cada um deles contendo uma única letra: três
cartões contêm a letra A, e os dois cartões restantes contêm a letra R. Retirando-se
os cartões da urna, um a um, de forma aleatória e sem reposição, qual é a probabi-
lidade da sequência retirada ser “A R A R A” ?

a) 1
120

b) 1
60

c) 1
20

d) 1
10

e) 1
5

201. (MPE-PR – TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES – ESPP – 2013) Se p e q são proposições


e ~p e ~q suas respectivas negações, então podemos dizer que (p → q )↔ (~ q ∨ p) é
uma:  

a) Tautologia
b) Contingência
c) Contradição
d) Equivalência
e) Implicação

202. (MF – ANALISTA TÉCNICO – ESAF – 2013) Conforme a teoria da lógica pro-
posicional, a proposição ~ P Λ P é:

a) uma tautologia.
b) equivalente à proposição ~ P V P .
c) uma contradição.
d) uma contingência.
e) uma disjunção.

184
Hora de Praticar

203. (MF – ANALISTA TÉCNICO – ESAF – 2013) Considere verdadeiras as premis-


sas a seguir:

– se Ana é professora, então Paulo é médico;


– ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;
– Marta não é estudante.

Sabendo-se que os três itens listados anteriormente são as únicas premissas do


argumento, pode-se concluir que:

a) Ana é professora.
b) Ana não é professora e Paulo é médico.
c) Ana não é professora ou Paulo é médico.
d) Marta não é estudante e Ana é Professora.
e) Ana é professora ou Paulo é médico

204. (MTUR – ANALISTA TÉCNICO – ESAF – 2013) Assinale qual das proposições
das opções a seguir é uma tautologia.

a) pVq " q
b) pɅq " q
c) pɅq ) q
d) (p Ʌ q) V q
e) pVq ) q

205. (PC-ES – PERITO – FUNCAB – 2013) Se “alguns peritos são capixabas” e “to-
dos os capixabas são brasileiros” então, necessariamente:

a) Todo capixaba é perito


b) Algum perito é brasileiro
c) Nenhum brasileiro é perito
d) Todo brasileiro é capixaba
e) Nenhum perito não é brasileiro

206. (MF – ANALISTA TÉCNICO – ESAF – 2013) A negação da proposição “Brasília


é a Capital Federal e os Territórios Federais integram a União” é:

a) Brasília não é a Capital Federal e os Territórios Federais não integram a


União.
b) Brasília não é a Capital Federal ou os Territórios Federais não integram a
União.
c) Brasília não é a Capital Federal ou os Territórios Federais integram a União.
d) Brasília é a Capital Federal ou os Territórios Federais não integram a União.
e) Brasília não é a Capital Federal e os Territórios Federais integram a União.

185
Resumo para Concurso Público

207. (MTUR – ANALISTA TÉCNICO – ESAF – 2013) A proposição “se Catarina é


turista, então Paulo é estudante” é logicamente equivalente a

a) Catarina não é turista ou Paulo não é estudante.


b) Catarina é turista e Paulo não é estudante.
c) Se Paulo não é estudante, então Catarina não é turista.
d) Catarina não é turista e Paulo não é estudante.
e) Se Catarina não é turista, então Paulo não é estudante.

208. (PGE-BA – ANALISTA – FCC – 2013) Há uma forma de raciocínio dedutivo


chamado silogismo. Nesta espécie de raciocínio, será formalmente válido o argu-
mento cuja conclusão é consequência que necessariamente deriva das premissas.
Neste sentido, corresponde a um silogismo válido:

a) Premissa 1: Todo maceronte gosta de comer fubá


Premissa 2: As selenitas gostam de fubá
Conclusão: As selenitas são macerontes
b) Premissa 1: Todo maceronte gosta de comer fubá
Premissa 2: Todo maceronte tem asas
Conclusão: Todos que têm asas gostam de comer fubá
c) Premissa 1: Nenhum X é Y
Premissa 2: Algum X é Z
Conclusão: Algum Z não é Y
d) Premissa 1: Todo X é Y
Premissa 2: Algum Z é Y
Conclusão: Algum Z é X
e) Premissa 1: Capitu é mortal
Premissa 2: Nenhuma mulher é imortal
Conclusão: Capitu é mulher

209. (ATA-MF – TODOS OS CARGOS – ESAF – 2013) Considere verdadeiras as


premissas a seguir:

- Se Ana é professora, então Paulo é médico


- ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante
- Marta não é estudante

Sabendo-se que os três itens listados anteriormente são as únicas premissas do


argumento, pode-se concluir que

a) Ana é professora
b) Ana não é professora e Paulo é médico
c) Ana não é professora ou Paulo é médico
d) Marta não é estudante e Ana é professora
e) Ana é professora ou Paulo é médico

186
Hora de Praticar

210. (USP – VESTIBULAR – FUVEST – 2013) Maria deve criar uma senha de 4 dí-
gitos para sua conta bancária. Nessa senha, somente os algarismos 1,2,3,4,5 podem
ser usados e um mesmo algarismo não pode aparecer mais de uma vez. Contudo,
supersticiosa, Maria não quer que sua senha contenha o número 13, isto é, o algaris-
mo 1 seguido imediatamente pelo algarismo 3. De quantas maneiras distintas Maria
pode escolher sua senha?

a) 120
b) 84
c) 64
d) 56

211. (MF – ANALISTA TÉCNICO – ESAF – 2013) O número de anagramas da pala-


vra FAZENDA que começam com FA e nessa ordem é igual a:

a) 130
b) 124
c) 120
d) 115
e) 136

212. (MF – ANALISTA TÉCNICO – ESAF – 2013) Uma comissão com 6 pessoas será
formada para representar o Ministério da Fazenda em um congresso internacional. Essas
6 pessoas serão selecionadas de um grupo formado por 5 homens e 6 mulheres. O nú-
mero de possibilidades de nessa comissão termos 4 pessoas do mesmo sexo é igual a:

a) 210
b) 215
c) 245
d) 225
e) 240

213. (MTUR – ANALISTA TÉCNICO – ESAF – 2013) Com os dígitos 3, 4, 5, 7, 8 e 9


serão formadas centenas com dígitos distintos. Se uma centena for selecionada ao
acaso, a probabilidade de ser menor do que 500 e par é

a) 15%
b) 10%
c) 25%
d) 30%
e) 20%

214. (MTUR – ANALISTA TÉCNICO – ESAF – 2013) Com as letras M, N, O, P, Q, S,


T e X, formam-se códigos de quatro letras, sendo que repetições das letras não são
permitidas. O número de códigos possíveis é igual a:

a) 1.680
b) 1.560

187
Resumo para Concurso Público

c) 1.590
d) 1.670
e) 1.650

215. (BNDES – PROFISSIONAL BÁSICO – CESGRANRIO – 2013) Compareceram a


uma festa exatamente 20 homens com suas respectivas esposas. Quantos pares (A,
B) podem ser formados, de maneira que A é um homem, B é uma mulher e A não é
casado com B?

a) 20
b) 40
c) 210
d) 380
e) 400

216. (BNDES – PROFISSIONAL BÁSICO – CESGRANRIO – 2013) Cinco pessoas de-


vem ficar em fila, sendo que duas delas (João e Maria) precisam ficar sempre juntas.
De quantas formas diferentes essas pessoas podem-se enfileirar?

a) 48
b) 50
c) 52
d) 54
e) 56

Instrução: Na questão a seguir preencha com o código C, caso julgue o item CERTO;
ou com o código E, caso julgue o item ERRADO.

217. (POLÍCIA FEDERAL – AGENTE DE POLÍCIA – FUVEST – 2013) Em um aero-


porto, 30 passageiros que desembarcaram de determinado voo e que estiveram nos
países A, B ou C, nos quais ocorre uma epidemia infecciosa, foram selecionados para
ser examinados. Constatou-se que exatamente 25 dos passageiros selecionados es-
tiveram em A ou em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6 desses 25
passageiros estiveram em A e em B.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que segue.

Se 2 dos 30 passageiros selecionados forem escolhidos ao acaso, então a proba-


bilidade de esses 2 passageiros terem estado em 2 desses países é inferior a 1/30.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

218. (AL-MA – TÉCNICO DE GESTÃO – FGV – 2013) Em um escritório de advocacia


há cinco advogados recentemente contratados e, entre eles há um casal. Três deles
serão selecionados por sorteio para trabalhar no fim de semana seguinte. A proba-
bilidade de que o casal não esteja trabalhando junto nesse fim de semana é de

a) 40%
b) 50%

188
Hora de Praticar

c) 60%
d) 70%
e) 80%

219. (MF – ANALISTA TÉCNICO – ESAF – 2013) No quadro a seguir, tem-se a lis-
tagem dos 150 funcionários de uma empresa:

Mulher Homem
Gerente 4 3
Serviços gerais 33 102
Departamento financeiro 5 3

Uma bicicleta será sorteada entre os funcionários dessa empresa; a probabilidade


de que uma mulher que desempenha a função de serviços gerais ganhe a bicicleta
é igual a:

a) 22%
b) 23%
c) 20%
d) 24%
e) 21%

220. (MF – ANALISTA TÉCNICO – ESAF – 2013) Beatriz é servidora do Ministério da


Fazenda e costuma se deslocar de casa para o trabalho de carro próprio ou de ôni-
bus. Sabe-se que Beatriz se desloca de carro próprio em 90% das vezes e de ônibus
em 10% das vezes. Quando Beatriz se desloca de ônibus, chega atrasada em 30%
das vezes e, quando se desloca de carro próprio, chega atrasada em 10% das vezes.
Em um determinado, dia Beatriz chegou atrasada ao trabalho.
Qual a probabilidade de ela ter ido de ônibus neste dia?

a) 30%
b) 15%
c) 20%
d) 10%
e) 25%

221. (MTUR – ANALISTA TÉCNICO – ESAF – 2013) Uma caixa contém 3 moedas de
um real e 2 moedas de cinquenta centavos. 2 moedas serão retiradas dessa caixa ao
acaso e obedecendo às condições: se a moeda retirada for de um real, então ela será
devolvida à caixa e, se for de cinquenta centavos, não será devolvida à caixa. Logo, a
probabilidade de pelo menos uma moeda ser de um real é igual a

a) 80%
b) 75%

189
Resumo para Concurso Público

c) 90%
d) 70%
e) 85%

222. (INNOVA – ANALISTA DE SISTEMAS JÚNIOR – CESGRANRIO – 2012)


As seguintes afirmações são verdadeiras:

I - Se o desenvolvedor pergunta então o usuário responde.


II - O usuário não responde ou o chefe de seção responde.
III - O desenvolvedor pergunta.

Conclui-se que o

a) chefe de seção responde.


b) chefe de seção não responde.
c) usuário não responde.
d) usuário responde e o chefe de seção não responde.
e) desenvolvedor não pergunta e o usuário responde.

223. (INNOVA – ANALISTA DE SISTEMAS JÚNIOR – CESGRANRIO – 2012) Qual


das fórmulas é satisfazível, mas não é tautologia?

a) p → (p → q ˄ não q )
b) (( p → q ) → r ) → (p → (q→ r))
c) (p ˄ q) ˄ não (p ˅ q)
d) p ˅ não p → q ˄ não q
e) (não (p ˅ não q) ˅ r) ˅ (r →(q→p))

224. (INNOVA – ANALISTA DE SISTEMAS JÚNIOR – CESGRANRIO – 2012) Na


avaliação de um computador, foram feitos testes exaustivos da taxa de falhas nas
operações de acesso à memória. Seja p uma proposição representando que um
acesso à memória foi bem sucedido, e q, uma proposição representando que houve
sobrecarga de tensão. Foi constatado nos testes que, em todas as situações em que
o acesso à memória falhou, houve sobrecarga de tensão, fato que pode ser repre-
sentado pela fórmula ¬ p → q da lógica proposicional. Em um novo teste, consta-
tou-se que não houve sobrecarga de tensão.
Sobre esse novo teste, e considerando-se os resultados obtidos nos testes anterio-
res, pode-se deduzir que

a) q
b) p
c) ¬p
d) p˄q
e) ¬p˄¬q

190
Hora de Praticar

225. (INNOVA – ANALISTA DE SISTEMAS JÚNIOR – CESGRANRIO – 2012) Con-


sidere que três fatos acerca de situações pertinentes ao domínio de um sistema são
representados pelas proposições p, q e r da lógica proposicional. Para que o módulo
A desse sistema seja executado, basta que aconteçam ambos os fatos p e q simul-
taneamente. Por sua vez, para que o módulo B seja executado, é suficiente que um
entre os fatos q e r aconteça. Uma situação na qual, certamente, ambos os módulos
são executados, está representada por

a) (p ∨q)∨r
b) (p ∨ q)∧r
c) (p ∧q)∨r
d) p ∧(q∨r)
e) p ∧(q∧r)

226. (TRANSPETRO – ANALISTA DE SISTEMAS – CESGRANRIO – 2012) Considere


que para duas proposições p e q da lógica proposicional vale a fórmula p → q. Nesse
cenário, e na ausência de qualquer outra informação sobre p ou q, para que seja possível
inferir ¬p sem refutar a validade de p → q, pode-se assumir a validade de

a) q
b) ¬q
c) ¬p ∨ q
d) ¬q ∨ p
e) ¬(p → q)

227. (TCE-RJ – TÉCNICO DE NOTIFICAÇÕES – FEMPERJ – 2012) Considere as


afirmativas a seguir:

I. Somente uma dessas afirmativas é falsa;


II. Somente duas dessas afirmativas são falsas;
III. Somente três dessas afirmativas são falsas;
IV. Somente quatro dessas afirmativas são falsas;
V. As cinco afirmativas são verdadeiras.

O número de afirmativas verdadeiras é:

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

228. (PM-SC – SOLDADO – CESIEP – 2011) Em uma corrida com 10 atletas compe-
tindo pergunta-se: de quantos modos distintos (combinações) podem ser conquis-
tadas as medalhas de Ouro, Prata e Bronze?

a) 800
b) 1000
c) 720
d) 300

191
Resumo para Concurso Público

229. (SEBRAE – TODOS OS CARGOS – CESPE – 2010) Entre as frases apresentadas


a seguir, apenas duas são proposições, assinale a alternativa que indica quais são
elas.

I. Pedro é marceneiro e Francisco, pedreiro.


II. Adriana, você vai para o exterior nessas férias?
III. Que jogador fenomenal!
IV. Todos os presidentes foram homens honrados
V. Não deixe de resolver a prova com a devida atenção

a) IeV
b) II e III
c) II e IV
d) I e IV.

230. (TRT-PI – ANALISTA – FCC – 2010) Considere um argumento composto pelas


seguintes premissas:

- Se a inflação não é controlada, então não há projetos de desenvolvimento;


- Se a inflação é controlada, então o povo vive melhor;
- O povo não vive melhor

Considerando que todas as três premissas são verdadeiras, então, uma conclusão
que tornaria o argumento válido é:

a) A inflação é controlada.
b) Não há projetos de desenvolvimento.
c) A inflação é controlada ou há projetos em desenvolvimento.
d) O povo vive melhor e a inflação não é controlada.
e) Se a inflação não é controlada e não há projetos de desenvolvimento, então
o povo vive melhor.

Instrução: As próximas 2 questões dependem da leitura do texto a seguir. Leia-o


com atenção para respondê-las!

Argumento é a afirmação de que uma sequência de proposições, denominadas pre-


missas, acarreta outra proposição, denominada conclusão. Um argumento é válido
quando a conclusão é verdadeira sempre que as premissas sejam todas verdadeiras.
Assinale CERTO se o argumento for válido e ERRADO e o mesmo for inválido:

Instrução: Nas questões a seguir preencha com o código C, caso julgue o item CER-
TO; ou com o código E, caso julgue o item ERRADO.

231. (TRE-ES – ANALISTA – CESPE – 2010) A partir das premissas “Se Joelson irá a uma
festa e procurará uma namorada, então Joelson precisa cortar o cabelo”, “Se Joelson é
casado, então não precisa cortar o cabelo” e “Se Joelson é casado, então não procurará
uma namorada”, pode-se concluir corretamente que Joelson não é casado.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

192
Hora de Praticar

232. (TRE-ES – ANALISTA – CESPE – 2010) O argumento cujas premissas são


“Quem é casado não precisa cortar o cabelo” e “Quem vai procurar uma namorada
precisa cortar o cabelo” e cuja conclusão é “Quem é casado não vai procurar uma
namorada” é válido.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

233. (TRT-PA – ANALISTA JUDICÁRIO – FCC – 2010) Quatro casais vão jogar uma
partida de buraco, formando quatro duplas. As regras para formação de duplas exigem
que não sejam de marido e esposa. A respeito das duplas formadas, sabe-se que:

- Tarsila faz dupla com Rafael


- Julia não faz dupla com o marido de Carolina
- Amanda faz dupla com o marido de Julia
- Rafael faz dupla com a esposa de Breno
- Lucas faz dupla com Julia
- Nem Rafael, nem Lucas fazem dupla com Amanda
- Carolina faz dupla com o marido de Tarsila
- Pedro é um dos participantes

Com base nessas informações, é correto afirmar que

a) Carolina não é esposa de Breno, nem de Lucas, nem de Pedro


b) Amanda não é esposa de Lucas, nem de Rafael, nem de Pedro
c) Tarsila é esposa de Lucas
d) Rafael é marido de Julia
e) Pedro é marido de Carolina

234. (AFC-STN – TODOS OS CARGOS – ESAF – 2009) Entre os membros de uma


família existe o seguinte arranjo: Se Márcio vai ao shopping, Marta fica em casa. Se
Marta fica em casa, Martinho vai ao shopping. Se Martinho vai ao shopping, Mario
fica em casa. Dessa maneira, se Mário foi ao shopping, pode-se afirmar que

a) Marta ficou em casa


b) Martinho foi ao shopping
c) Márcio não foi ao shopping e Marta não ficou em casa
d) Márcio e Martinho foram ao shopping
e) Márcio não foi ao shopping e Martinho foi ao shopping

235. (TRT-SP – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC – 2008) Amaro, Benito, Corifeu e


Delúbio são funcionários de uma mesma unidade do Tribunal Regional do Trabalho
e cada um deles participou de apenas um entre quatro cursos de informática, reali-
zados em janeiro, fevereiro, março e abril de 2008. Sabe-se também que:

- tais funcionários trabalham no Tribunal a 1,2,4 e 5 anos;


- os cursos tiveram durações de 20,30, 40 e 50 horas;

193
Resumo para Concurso Público

- Delúbio participou do curso realizado no mês de março;


- Corifeu, que é funcionário a mais de 1 ano, fez o curso no mês de janeiro, com a
duração de 30 horas
- Benito, funcionário a 2 anos, fez o curso cuja duração era maior do que a do curso
feito por aquele que é funcionário há 5 anos e menor do que a do curso feito pelo
que é funcionário a 4 anos;
- o funcionário que tem 1 ano de serviço, que não é Delúbio, fez seu curso antes do
mês de abril;
- Amaro fez seu curso após o funcionário que trabalha há 5 anos no tribunal ter feito
o dele.

Com base nessas informações, é correto afirmar que

a) Amaro é funcionário do Tribunal a 2 anos


b) a duração do curso feito por Benito foi de 40 horas
c) Corifeu é funcionário do Tribunal a 4 anos
d) Benito fez o curso em março
e) a duração do curso feito por Delúbio foi de 40 horas

Instrução: As próximas 3 questões dependem da leitura do texto a seguir. Leia-o


com atenção para respondê-las!

A justiça é perfeita
A lei foi feita pelo homem
Toda obra humana é perfeita
Logo, a lei é injusta
Com base nas assertivas que fazem parte do argumento apresentado anteriormen-
te, julgue os itens subsequentes:

Instrução: Em algumas das questões a seguir preencha com o código C, caso julgue
o item CERTO; ou com o código E, caso julgue o item ERRADO.

236. (ISS-ES – AUDITOR – CESPE – 2007) A “lei foi feita pelo homem” é uma pre-
missa desse argumento

( ) CERTO  ( ) ERRADO

237. (ISS-ES – AUDITOR – CESPE – 2007) A “lei é injusta” é a conclusão desse ar-
gumento

( ) CERTO  ( ) ERRADO

194
Hora de Praticar

238. (ISS-ES – AUDITOR – CESPE – 2007) Trata-se de um exemplo de argumento


válido

( ) CERTO  ( ) ERRADO

239. (MPE-PE – TÉCNICO MINISTERIAL – FCC – 2006) Considere verdadeiras to-


das as três afirmações:

I. Todas as pessoas que estão no grupo de Alice são também as que estão no grupo
de Benedito.
II. Benedito não está no grupo de Celina.
III. Dirceu está no grupo de Emília.

Se Emília está no grupo de Celina, então

a) Alice está no grupo de Celina.


b) Dirceu não está no grupo de Celina.
c) Benedito está no grupo de Emília.
d) Dirceu não está no grupo de Alice.
e) Alice está no grupo de Emília.

240. (PC-PE – PERITO – IPAD – 2006) Sabe-se que algum B não é A e que algum C
é A. Podemos afirmar com certeza que:

a) algum A não é B
b) algum A não é C
c) nenhum B é C
d) algum B é C
e) algum A é C

Instrução: As próximas 6 questões dependem da leitura do texto a seguir. Leia-o


com atenção para respondê-las!

Uma argumentação é uma sequência finita de k proposições (que podem estar nu-
meradas) em que as (k-1) primeiras proposições ou são premissas (hipóteses) ou são
colocadas na argumentação por alguma regra de dedução. A k-ésima proposição é
a conclusão da argumentação. Com base nas informações, assinale CERTO para os
argumentos válidos e ERRADO para os argumentos inválidos:

241. (MPE-TO – ANALISTA – CESPE – 2006)


1. Se um casal é feliz, então os parceiros têm objetivos comuns
2. Se os parceiros têm objetivos comuns, então trabalham no mesmo Ministério Público
3. Há rompimento se o casal é infeliz
4. Há rompimento se os parceiros não trabalham no mesmo Ministério Público

( ) CERTO  ( ) ERRADO

195
Resumo para Concurso Público

242. (MPE-TO – ANALISTA – CESPE – 2006)


1. Se Filomena levou a escultura ou Silvia Mentiu, então um crime foi cometido
2. Silvia não estava em casa
3. Se um crime foi cometido, então Silvia estava em casa
4. Filomena não levou a escultura

( ) CERTO  ( ) ERRADO

243. (MPE-TO – ANALISTA – CESPE – 2006) Considere o seguinte texto: “Se há


mais pares de sapatos do que caixas para acomodá-los, então dois pares de sapatos
são colocados em uma mesma caixa. Dois pares de sapatos são colocados em uma
mesma caixa. Conclui-se então que há mais pares de sapatos do que caixas para
acomodá-los”.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

244. (MPE-TO – ANALISTA – CESPE – 2006) Considere a argumentação em que


duas proposições simbólicas a seguir são premissas, isto é, têm avaliação V.

1. (A ∧ ~B) ⟶ C
2. ~C
Neste caso, se a conclusão for a proposição (~A∨B), tem-se uma argumentação válida.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

245. (MPE-TO – ANALISTA – CESPE – 2006) Considere que as proposições “Todo


advogado sabe lógica” e “Todo funcionário do fórum é advogado” são premissas de
uma argumentação cuja conclusão é “Todo funcionário do fórum sabe lógica”. Então
essa argumentação é válida.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

246. (MPE-TO – ANALISTA – CESPE – 2006) Considere uma argumentação em que


duas premissas são da forma: “Nenhum A é B” e “Todo C é A” e a conclusão é da
forma “Nenhum C é B”. Essa argumentação não pode ser considerada válida.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

247. (CGU – TODOS OS CARGOS – ESAF – 2006) Cinco irmãs nasceram, cada uma,
em um Estado diferente do Brasil. Lúcia é morena como a cearense, é mais moça do
que a gaúcha e mais velha do que Maria. A cearense, a paulista e Helena gostam de
teatro tanto quanto Norma. A paulista, a mineira e Lúcia são, todas, psicólogas. A
mineira costuma ir ao cinema com Helena e Paula. A paulista é mais moça do que
a goiana, mas é mais velha do que a mineira, esta, por sua vez, é mais velha do que
Paula. Logo:

a) Norma é gaúcha, a goiana é mais velha que a mineira e Helena é mais moça
do que a paulista.

196
Hora de Praticar

b) Paula é gaúcham Lúcia é mais velha do que a Helena e a mineira é mais


velha do que Maria.
c) Norma é mineira, a goiana é mais velha do que a gaúcha, e Maria é mais
moça do que a cearense.
d) Lúcia é goiana, a gaúcha é mais moça do que a cearense, e Norma é mais
velha do que a mineira.
e) Paula é a cearense, Lúcia é a mais velha do que a paulista, e Norma é mais
moça do que a gaúcha.

248. (PREF. JABOATÃO – AUDITOR – FCC – 2006) Três amigos têm o hábito de al-
moçar em um certo restaurante no período de segunda à sexta-feira e, em cada um
destes dias, pelo menos um deles almoça nesse local. Consultados sobre tal hábito,
eles fizeram as seguintes afirmações:

- Antônio: “Não é verdade que vou às terças, quartas ou quintas-feiras.”


- Bento: “Não é verdade que vou às quartas ou sextas-feiras.”
- Carlos: “Não é verdade que vou às segundas ou terças-feiras.”

Se somente um deles está mentindo, então o dia da semana em que os três costu-
mam almoçar nesse restaurante é

a) sexta-feira
b) quinta-feira
c) quarta-feira
d) terça-feira
e) segunda-feira

249. (TCU – ANALISTA – ESAF – 1999) Se é verdade que “Alguns escritores são poetas”
e que “Nenhum músico é poeta”, então, também é necessariamente verdade que:

a) nenhum músico é escritor.


b) algum escritor é músico.
c) algum músico é escritor.
d) algum escritor não é músico.
e) nenhum escritor é músico.

250. (SEFAZ-SP – ANALISTA – FCC – 1997) Assinale a alternativa em que ocorre


uma conclusão verdadeira (que corresponde a realidade) e o argumento inválido
(do ponto vista lógico)

a) Sócrates é homem e todo homem é mortal, portanto, Sócrates é mortal.


b) Toda pedra é um homem, pois alguma pedra é um ser, e todo ser é homem.
c) Toda cadeira é objeto, e todo objeto tem cinco pés, portanto, algumas ca-
deiras têm quatro pés.
d) Todo pensamento é um raciocínio, portanto, todo pensamento é um movi-
mento visto que todos os raciocínios são movimentos.
e) Todo cachorro mia, e nenhum gato mia, portanto, cachorros não são gatos.

197
Resumo para Concurso Público

GABARITO

1 D 34 B 67 D
2 D 35 D 68 B
3 A 36 A 69 D
4 B 37 D 70 B
5 C 38 A 71 B
6 E 39 D 72 D
7 A 40 ERRADO 73 E
8 D 41 A 74 D
9 C 42 A 75 C
10 D 43 C 76 A
11 B 44 A 77 B
12 E 45 E 78 E
13 A 46 C 79 C
14 B 47 D 80 D
15 D 48 C 81 C
16 C 49 D 82 A
17 E 50 A 83 E
18 D 51 C 84 B
19 C 52 D 85 C
20 C 53 B 86 C
21 C 54 A 87 D
22 ERRADO 55 B 88 A
23 D 56 E 89 E
24 A 57 D 90 E
25 D 58 B 91 B
26 D 59 CERTO 92 C
27 C 60 A 93 E
28 C 61 C 94 C
29 D 62 B 95 ERRADO
30 D 63 A 96 D
31 D 64 B 97 CERTO
32 E 65 ERRADO 98 C
33 B 66 B 99 C

198
Hora de Praticar

100 E 135 CERTO 170 ERRADO


101 CERTO 136 ERRADO 171 CERTO
102 ERRADO 137 CERTO 172 ERRADO
103 CERTO 138 ERRADO 173 CERTO
104 CERTO 139 B 174 A
105 C 140 C 175 D
106 C 141 B 176 B
107 C 142 C 177 E
108 D 143 E 178 B
109 E 144 E 179 E
110 ERRADO 145 C 180 A
111 ERRADO 146 C 181 C
112 CERTO 147 B 182 E
113 ERRADO 148 C 183 A
114 A 149 D 184 D
115 C 150 B 185 B
116 A 151 C 186 C
117 D 152 E 187 B
118 E 153 B 188 D
119 C 154 E 189 D
120 C 155 E 190 C
121 A 156 CERTO 191 D
122 E 157 CERTO 192 E
123 B 158 D 193 B
124 D 159 D 194 A
125 C 160 E 195 D
126 A 161 C 196 A
127 A 162 C 197 E
128 B 163 A 198 D
129 E 164 E 199 D
130 A 165 C 200 D
131 B 166 E 201 B
132 C 167 C 202 C
133 D 168 A 203 C
134 CERTO 169 A 204 B

199
Resumo para Concurso Público

205 E 240 E
206 B 241 CERTO
207 C 242 ERRADO
208 C 243 ERRADO
209 C 244 CERTO
210 B 245 CERTO
211 C 246 ERRADO
212 D 247 E
213 B 248 E
214 A 249 D
215 D 250 C
216 A
217 ERRADO
218 D
219 A
220 E
221 C
222 A
223 A
224 B
225 C
226 B
227 D
228 C
229 D
230 B
231 ERRADO
232 ERRADO
233 A
234 C
235 B
236 CERTO
237 CERTO
238 CERTO
239 D

200

Você também pode gostar