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Direito Empresarial
Prof. Cadu Carrilho
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Direito Empresarial
Hora da Verdade – SEFAZ MT
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Cadu Carrilho
t.me/professorcadu Direito Empresarial

Direito Empresarial
Prof. Cadu Carrilho
EXERCÍCIOS FGV
TODOS OS ASSUNTOS DA PROVA

Prof. Cadu Carrilho


(FGV/Juiz/TJ-AP/2022)
No Livro Il da Parte Especial do Código Civil estão dispostas regras quanto à
caracterização e à capacidade do empresário individual. Com base nas prescrições
legais, analise as afirmativas a seguir.
I. Nos casos em que a lei autoriza o prosseguimento da empresa por incapaz, ainda
que seu representante ou assistente seja pessoa que possa exercer atividade de
empresário, o juiz poderá nomear um ou mais gerentes, se entender ser conveniente.
II. Considera-se empresário a pessoa natural, com firma inscrita na Junta Comercial,
que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens ou de serviços.
III. Caso um servidor militar da ativa exerça atividade própria de empresário, todos os
atos relacionados à empresa serão declarados nulos pelo juiz, porém ele responderá
pelas obrigações contraídas até dois anos seguintes da data de sua prática.
Entre as alternativas de resposta apresentadas, está(ão) correta(s) somente:
A) I; B) II; C) III; D) I e II; E) II e III.
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Gabarito: A
Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de
lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um
ou mais gerentes.
§ 1º Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em que o juiz entender
ser conveniente.
§ 2º A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor ou do
interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados.
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se
a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
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(FGV/Juiz/TJ-MG/2022)
João, brasileiro, casado sob o regime de comunhão universal de bens com Maria,
residente e domiciliado em Minas Gerais, pretende constituir sociedade empresária
com Carlos, brasileiro, solteiro, nascido em 2007, residente e domiciliado em São
Paulo, para a consecução de compra e venda de produtos alimentícios.
Com relação à hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) João não pode ser sócio de Carlos, por ser casado sob o regime de comunhão
universal de bens com Maria, o que, nos moldes legais o impede de exercer a
atividade empresarial.
B) Carlos, por ser absolutamente incapaz, não poderá exercer a administração da
sociedade, porém poderá dela fazer parte desde que seja devidamente representado
e o capital social esteja totalmente subscrito e integralizado.
C) Se o representante ou assistente de Carlos for pessoa que, por disposição de lei,
não puder exercer atividade de empresário, ele não poderá ser sócio da sociedade.
D) João, no exercício da atividade empresarial, não poderá gravar de ônus reais os
imóveis que integrem o patrimônio da empresa sem a outorga conjugal de Maria.
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Gabarito: B
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não
tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade
civil e não forem legalmente impedidos.
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
§3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar
contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos,
de forma conjunta, os seguintes pressupostos:
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;
II – o capital social deve ser totalmente integralizado;
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser
representado por seus representantes legais.
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o
regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus
real.
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(FGV/Notário/TJ-SC/2021)
A despeito de o direito brasileiro exigir o pleno gozo da capacidade civil para o
exercício de empresa, há regra diversa para a participação de incapazes, que podem
integrar a sociedade empresária, desde que:
A) se trate de sociedade por ações, o capital social esteja totalmente integralizado e o
incapaz tenha somente ações sem direito a voto;
B) o sócio incapaz não exerça a administração da sociedade, tenha apenas quotas ou
ações sem direito a voto e haja prévia autorização judicial;
C) haja prévia autorização judicial e o sócio relativamente incapaz esteja assistido e o
absolutamente incapaz esteja representado por seus representantes legais;
D) se trate de sociedade do tipo limitada e o sócio relativamente incapaz esteja
assistido e o absolutamente incapaz esteja representado por seus representantes
legais;
E) o sócio incapaz não exerça a administração da sociedade, o capital social esteja
totalmente integralizado, o sócio relativamente incapaz esteja assistido e o
absolutamente incapaz esteja representado por seus representantes legais.
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Gabarito: E
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e
não forem legalmente impedidos.
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa
antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
§1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da
empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz,
ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos
adquiridos por terceiros.
§2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão
ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que
conceder a autorização.
§3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos
ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma
conjunta, os seguintes pressupostos:
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;
II – o capital social deve ser totalmente integralizado;
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado
por seus representantes legais.
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(FGV/Juiz/TJ-AP/2022)
O contrato de transferência ou trespasse do estabelecimento empresarial da sociedade
Jari do Laranjal Lanifício Ltda. estabeleceu a sub-rogação do adquirente nos contratos
firmados pela alienante para sua exploração, sem, contudo, fixar prazo para que
terceiros pudessem pleitear a extinção, por justa causa, dos contratos que tinham com
a sociedade. No dia 11 de agosto de 2021 foi publicado o contrato de transferência do
estabelecimento na imprensa oficial e, no dia 19 de novembro do mesmo ano, Ana
interpelou extrajudicialmente a alienante e o adquirente, apresentando razões
relevantes para a extinção do contrato. Considerando-se as informações e datas acima,
é correto afirmar que:
A) haverá sub-rogação para o adquirente das obrigações da alienante, inclusive em
relação a Ana, pois não houve manifestação tempestiva por parte dela no prazo de
noventa dias da data da publicação do contrato;

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B) não haverá sub-rogação para o adquirente das obrigações da alienante em relação
a Ana, pois houve manifestação tempestiva por parte dela no prazo de cento e vinte
dias da data da publicação do contrato;
C) haverá sub-rogação para o adquirente das obrigações da alienante, inclusive em
relação a Ana, pois houve a publicação do contrato na imprensa oficial, acarretando a
eficácia erga omnes dos efeitos da transferência, ou seja, tanto entre os contratantes
quanto perante terceiros;
D) não haverá sub-rogação para o adquirente das obrigações da alienante, pois a
estipulação contratual não pode produzir efeitos em relação a terceiros, sendo
desnecessária qualquer manifestação formal de Ana, haja ou não publicação da
transferência;
E) haverá sub-rogação para o adquirente das obrigações da alienante, inclusive em
relação a Ana, em razão da estipulação contratual e da eficácia erga omnes da
publicação, sendo intempestiva qualquer oposição a partir da publicação.
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Gabarito: A
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do
adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não
tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a
contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a
responsabilidade do alienante.
Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá
efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da
transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.

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(FGV/Juiz/TJ-MG/2022)
Com relação ao estabelecimento e os institutos complementares da atividade
empresarial, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a
falsa.
( ) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à
transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo
solidariamente obrigado pelo prazo de 2 (dois) anos, a partir, quanto aos créditos
vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
( ) O estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade
empresarial, que poderá ser físico ou virtual.
( ) O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. O adquirente de
estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do
alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente:
A) F – V – F. B) F – V – V. C) V – F – F. D) F – F – V.
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Gabarito: B
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos
anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o
devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos
créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para
exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
§ 1º O estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade
empresarial, que poderá ser físico ou virtual.
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o
contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a
qualificação de sucessor.

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(FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-AM/2022)
No dia 9 de setembro de 2021, o empresário individual Ramsés Borba alienou para
Silves Modas Ltda. o estabelecimento empresarial situado em Itacoatiara, sendo o
contrato referente ao negócio jurídico arquivado na Junta Comercial do Estado do
Amazonas, no dia 11 de setembro de 2021, e publicado, na imprensa oficial, no dia 30
de setembro do mesmo ano. Dentre os credores do alienante, cujos créditos estão
regularmente contabilizados, destacam-se Fiação Anori Ltda. e Cooperativa do Vale do
Solimões. O crédito da Fiação Anori Ltda. em face de Ramsés Borba, no valor de R$
15.500,00 (quinze mil e quinhentos reais) já estava vencido na data da alienação do
estabelecimento e o crédito da Cooperativa do Vale do Solimões, no valor de R$
19.000,00 (dezenove mil reais), terá vencimento no dia 31 de agosto de 2022.
Considerando a solidariedade legal entre o adquirente do estabelecimento e o
alienante em relação ao pagamento dos débitos anteriores à transferência, assinale a
afirmativa correta.

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A) Ramsés Borba permanece responsável pelo pagamento perante Fiação Anori Ltda. pelo
prazo de 6 (seis) meses, a contar de 30 de setembro de 2021, e pelo prazo de 1 (um) ano, a
contar também de 30 de setembro de 2021, perante a Cooperativa do Vale do Solimões;
B) Ramsés Borba permanece responsável pelo pagamento perante Fiação Anori Ltda. pelo
prazo de 6 (seis) meses, a contar de 11 de setembro de 2021 e pelo prazo de 1 (um) ano, a
contar de 31 de agosto de 2022, perante a Cooperativa do Vale do Solimões;
C) Ramsés Borba permanece responsável pelo pagamento perante Fiação Anori Ltda. pelo
prazo de 1 (um) ano, a contar de 9 de setembro de 2021, e pelo prazo de 6 (seis) meses, a
contar de 30 de setembro de 2021, perante a Cooperativa do Vale do Solimões;
D) Ramsés Borba permanece responsável pelo pagamento perante Fiação Anori Ltda. pelo
prazo de 1 (um) ano, a contar de 30 de setembro de 2021, e também pelo prazo de 1 (um)
ano, a contar de 31 de agosto de 2022, perante a Cooperativa do Vale do Solimões;
E) Ramsés Borba permanece responsável pelo pagamento perante Fiação Anori Ltda. pelo
prazo de 6 (seis) meses, a contar de 31 de agosto de 2022, e também pelo prazo de 6 (seis)
meses, a contar de 11 de setembro de 2021, perante a Cooperativa do Vale do Solimões.
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Gabarito: D

Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos


anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o
devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos
créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

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(FGV/Auditor Fiscal/SEF-MG/2023)
Os prepostos do empresário têm importante papel como colaboradores no exercício da
sociedade empresária. Ciente deste fato, o Código Civil lhes destina uma série de regras, fixando
suas prerrogativas e as responsabilidades do preponente. Sobre elas, assinale a afirmativa
correta.
a) Os prepostos, no exercício de suas funções, são solidariamente responsáveis pelos atos
culposos e dolosos perante o preponente e perante terceiros.
b) Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados dentro e fora
dos seus estabelecimentos e relativos à sociedade empresária, ainda que não autorizados por
escrito.
c) As limitações contidas na outorga de poderes ao gerente independem do arquivamento e da
averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, em razão da boa-fé nas
relações empresariais.
d) O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiros,
nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida.
e) O gerente é a pessoa natural que atua permanentemente no exercício da sociedade
empresária, na sede ou em sucursal; por meio dele o empresário adquire direitos, assume
obrigações
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e procede judicialmente.
Gabarito: D
Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos
encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos
efeitos como se o fossem por aquele.
Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis,
perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o
preponente, pelos atos dolosos.
Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos
seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.
Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o
preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela
certidão ou cópia autêntica do seu teor.
Art. 1.174. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros,
dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas
Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente.
Parágrafo único. Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação
do mandato ser arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis.
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Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de
terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi
cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros
da operação.
Art. 1.172. Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta,
ou em sucursal, filial ou agência.
Art. 1.173. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar
todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados.
Parágrafo único. Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a
dois ou mais gerentes.
Art. 1.176. O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do
exercício da sua função.

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(FGV/Auditor Fiscal/SEF-MG/2023)
Sobre a sociedade em conta de participação, analise as afirmativas a seguir e assinale (V)
para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) A sociedade poderá ter um ou mais sócios participantes, mas deverá ter apenas um
sócio ostensivo, pessoa natural ou jurídica, que responderá pessoalmente e ilimitadamente
pelas obrigações assumidas no interesse da sociedade.
( ) A falência do sócio participante acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da
respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito subordinado.
( ) A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio
especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais, porém tal
especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) V – F – V.
b) V – V – F.
c) V – F – F.
d) F – F – V.
e) F – V – V.
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Gabarito: D
Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o
consentimento expresso dos demais.
Art. 996. - Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas serão
prestadas e julgadas no mesmo processo.
Art. 994. - § 2° A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da
respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário.
§ 3° Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da
falência nos contratos bilaterais do falido.

Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio
especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais.
§ 1° A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios.

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(FGV/Auditor Federal/CGU/2022) @profcaducarrilho
No curso de uma investigação instaurada pela CGU para apuração da prática de atos de corrupção
ativa em prejuízo da administração pública, o auditor verificou provas documentais que indicam a
formação de uma sociedade em conta de participação entre três sociedades empresárias em
conjunto com uma quarta, que atuava em nome próprio e no interesse comum, utilizando-se de
interposta pessoa física para ocultar a identidade dos beneficiários dos atos praticados.
Considerando a narrativa e os aspectos que caracterizam a sociedade em conta de participação,
analise as afirmativas a seguir.
I. Trata-se de pessoa jurídica de direito privado, com registro do contrato na Junta Comercial,
atuando seja na pessoa do sócio ostensivo seja nas dos sócios participantes, que poderão ou não
tomar parte nos negócios do sócio ostensivo.
II. Trata-se de sociedade não personificada cuja atuação ocorre sem a utilização de firma ou
denominação social, pois quem se obriga perante terceiros e em nome próprio é o sócio ostensivo.
III. Trata-se de sociedade em comum que se estabelece sem observância das formalidades
prescritas para as demais sociedades, respondendo todos os sócios de maneira solidária e
subsidiária pelas obrigações sociais.
Está correto o que se afirma em:
a) somente II;
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b) somente III; c) somente I e II; d) somente I e III; e) I, II e III.
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Gabarito: A
I) Errada –Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a
eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade
jurídica à sociedade.
II) Correta – Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva
do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e
sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados
correspondentes.
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e,
exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social.
Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer
formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito.
III) Errada – Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que
contratou pela sociedade.
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(FGV/Juiz Estadual/TJ-MG/2022) @profcaducarrilho
Clara e Francisco abriram um cursinho preparatório para concursos públicos em uma pacata
cidade do interior de Minas Gerais. Clara não quis se envolver na atividade constitutiva do objeto
social, obrigando-se apenas perante Francisco nos moldes do contrato social. Já Francisco, por se
tratar de figura notória e de conceituada família, optou por contribuir ativamente e ser
reconhecido perante terceiros como “o dono do negócio” exercendo a atividade constitutiva do
objeto social em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade. Efetivadas
as negociações, foi elaborado um contrato social com as normas, direitos e deveres das partes, o
qual foi registrado regularmente no órgão competente. Sobre a situação apresentada, assinale a
afirmativa correta.
a) Falindo Francisco, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da falência
nos contratos bilaterais do falido.
b) A falência de Francisco acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta,
cujo saldo constituirá crédito quirografário.
c) O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a inscrição de seu instrumento em
qualquer registro confere personalidade jurídica à sociedade.
d) Clara, sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, pode tomar parte nas
relações
Direito Empresarialde Francisco com terceiros, sem com ele responder solidariamente pelas obrigações em
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que intervier.
Gabarito: B @profcaducarrilho
Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é
exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e
exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e,
exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social.
Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo,
patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais.
§ 3º Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os
efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido.
§ 2º A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da
respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário.
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de
seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.
Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio
participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena
de Empresarial
Direito responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier.
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(FGV/Juiz/TJ-MG/2022)
Uma sociedade empresária limitada composta por 16 (dezesseis) sócios reuniu-se em
assembleia para designar administradores em ato separado e o modo de sua remuneração.
Todos os sócios se declararam cientes do local, data, hora e ordem do dia. Acerca das
deliberações dos sócios, assinale a afirmativa correta.
A) Para aprovação da matéria indicada - designação de administradores por ato em
separado e o modo de sua remuneração quando não estabelecidos no contrato - serão
necessários votos correspondentes a mais de metade do capital social.
B) As deliberações tomadas de conformidade com a lei e o contrato vinculam todos os
sócios, exceto os ausentes ou dissidentes.
C) O administrador designado em ato separado investir-se-á no cargo mediante termo de
posse no livro de atas da administração. Se o termo não for assinado nos 10 (dez) dias
seguintes à designação, esta se tornará sem efeito.
D) É imprescindível que se faça o anúncio de convocação da assembleia de sócios o qual
será publicado por 3 (três) vezes, ao menos, devendo mediar, entre a data da primeira
inserção e a da realização da assembleia, o prazo mínimo de 8 (oito) dias, para a primeira
convocação,
Direito Empresarial
Prof. Cadu Carrilho e de 5 (cinco) dias, para as posteriores.
Gabarito: A
Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no
contrato:
I - a aprovação das contas da administração;
II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado;
III - a destituição dos administradores;
IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato;
V - a modificação do contrato social;
VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação;
VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas contas;
VIII - o pedido de concordata.
Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061, as deliberações dos sócios serão tomadas
(Redação dada pela Lei nº 13.792, de 2019)
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.451, de 2022) Vigência
II - pelos votos correspondentes a mais da metade do capital social, nos casos previstos nos
incisos II, III, IV, V, VI e VIII do caput do art. 1.071 deste Código; (Redação dada pela Lei nº
14.451, de 2022) Vigência
III - pela maioria de votos dos presentes, nos demais casos previstos na lei ou no contrato, se este
não Caduexigir
Carrilho maioria mais elevada.
Direito Empresarial
Prof.
Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art. 1.010, serão
tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto no contrato social, devendo
ser convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato.
§ 2o Dispensam-se as formalidades de convocação previstas no § 3o do art. 1.152,
quando todos os sócios comparecerem ou se declararem, por escrito, cientes do local,
data, hora e ordem do dia.
§ 5 o As deliberações tomadas de conformidade com a lei e o contrato vinculam todos
os sócios, ainda que ausentes ou dissidentes.
Art. 1.062. O administrador designado em ato separado investir-se-á no cargo
mediante termo de posse no livro de atas da administração.
§ 1 o Se o termo não for assinado nos trinta dias seguintes à designação, esta se
tornará sem efeito.
§ 2 o Nos dez dias seguintes ao da investidura, deve o administrador requerer seja
averbada sua nomeação no registro competente, mencionando o seu nome,
nacionalidade, estado civil, residência, com exibição de documento de identidade, o
ato e a data da nomeação e o prazo de gestão.
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(FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-AM/2022)
Gabriel Tefé e Paulo de Olivença são sócios minoritários da sociedade Hotelaria Maués
Ltda., possuindo, juntos, 23% (vinte e três por cento) do capital social. A sócia Isabel
Amarutá é titular de quotas que representam o restante do capital. Em reunião com a
presença de todos os sócios foi aprovada, com o voto contrário de Gabriel Tefé e Paulo
de Olivença, a inserção no contrato de cláusula estabelecendo a dissolução da sociedade
em caso de falecimento ou incapacidade da sócia Isabel Amarutá. Você foi consultado(a)
sobre a validade da deliberação quanto ao quórum obtido e quanto à cláusula de
dissolução. Assinale a opção que indica a resposta correta à consulta.
A) A deliberação não foi regular quanto ao quórum, eis que a deliberação deveria ter
sido aprovada pela unanimidade dos sócios; já quanto a inserção da cláusula houve
legalidade, porque o contrato pode prever outras causas de dissolução.
B) A deliberação foi regular apenas quanto ao quórum, eis que superou 3/4 (três
quartos) do capital social; já em relação à inserção da cláusula inserida houve ilegalidade,
porque a sociedade limitada somente se dissolve pelas causas legais ou de pleno direito.
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C) A deliberação foi regular tanto quanto ao quórum, eis que superou ¾ (três quartos)
do capital social, como em relação à cláusula inserida, porque o contrato pode prever
outras causas de dissolução.
D) A deliberação não foi regular nem quanto ao quórum, eis que não foi atingido o
mínimo de 4/5 (quatro quintos) do capital social, nem em relação à cláusula inserida,
porque o falecimento da sócia acarretaria a resolução da sociedade em relação a ela e
não sua dissolução.
E) A deliberação foi regular quanto ao quórum, eis que esse superou a maioria absoluta
do capital social; em relação à inserção da cláusula houve ilegalidade, porque seu teor
fere o princípio da preservação da empresa, privilegiando a dissolução em detrimento
da resolução da sociedade.

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Gabarito: C
Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na
lei ou no contrato:
V - a modificação do contrato social;
Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061, as deliberações dos sócios serão
tomadas (Redação dada pela Lei nº 13.792, de 2019)
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.451, de 2022) Vigência
II - pelos votos correspondentes a mais da metade do capital social, nos casos previstos
nos incisos II, III, IV, V, VI e VIII do caput do art. 1.071 deste Código; (Redação dada
pela Lei nº 14.451, de 2022) Vigência
III - pela maioria de votos dos presentes, nos demais casos previstos na lei ou no
contrato, se este não exigir maioria mais elevada.
Art. 1.035. O contrato pode prever outras causas de dissolução, a serem verificadas
judicialmente quando contestadas.

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(FGV/Analista Econômico-Financeiro/BANESTES/2023)
De acordo com a Lei Federal nº 6.404/76 – Lei das Sociedades por Ações – é correto afirmar
que
a) a sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou
acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
b) pode ser objeto da sociedade anônima qualquer empresa, não contrário à lei, à ordem
pública e aos bons costumes.
c) o nome do fundador, acionista ou pessoa que, por qualquer outro modo, tenha
concorrido para o êxito da empresa deverá figurar na denominação.
d) a companhia é fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam
admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.
e) o estatuto da companhia fixará o valor do capital social, expresso em moeda nacional ou
em dólares.

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Gabarito: A
Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade
dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à
ordem pública e aos bons costumes.
Art. 3º A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões "companhia"
ou "sociedade anônima", expressas por extenso ou abreviadamente mas vedada a utilização da
primeira ao final.
§ 1º O nome do fundador, acionista, ou pessoa que por qualquer outro modo tenha concorrido
para o êxito da empresa, poderá figurar na denominação.
Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários
de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.
Art. 5º O estatuto da companhia fixará o valor do capital social, expresso em moeda nacional.

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(FGV/Juiz/TJ-MG/2022)
Sobre as sociedades anônimas, assinale a afirmativa correta.
a) São direitos essenciais dos acionistas: o direito de participar dos lucros sociais e do
acervo da companhia em caso de liquidação; direito de voto; direito de fiscalizar a gestão
dos negócios sociais; direito de preferência para a subscrição de ações, partes beneficiárias
conversíveis em ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição; e, direito
de retirar-se da sociedade nos casos previstos em Lei.
b) São vedadas as operações de incorporação, de incorporação de ações e de fusão de
companhia aberta que não adote voto plural, e cujas ações ou valores mobiliários
conversíveis em ações sejam negociados em mercados organizados, em companhia que
adote voto plural.
c) A cada ação ordinária corresponde 1 (um) voto nas deliberações da assembleia-geral, não
podendo o estatuto estabelecer limitação ao número de votos de cada acionista.
d) É admitida a criação de 1 (uma) ou mais classes de ações ordinárias com atribuição de
voto plural, não superior a 10 (dez) votos por ação ordinária na companhia fechada; na
companhia aberta, após a negociação de quaisquer ações ou valores mobiliários
conversíveis em ações de sua emissão, em mercados organizados de valores mobiliários.
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Gabarito: B
Art. 109. Nem o estatuto social nem a assembléia-geral poderão privar o acionista dos direitos de:
I - participar dos lucros sociais;
II - participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;
III - fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos negócios sociais;
IV - preferência para a subscrição de ações, partes beneficiárias conversíveis em ações, debêntures
conversíveis em ações e bônus de subscrição, observado o disposto nos artigos 171 e 172;
V - retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta Lei.
Art. 111. O estatuto poderá deixar de conferir às ações preferenciais algum ou alguns dos direitos
reconhecidos às ações ordinárias, inclusive o de voto, ou conferi-lo com restrições, observado o
disposto no artigo 109.
Art. 110-A. É admitida a criação de uma ou mais classes de ações ordinárias com atribuição de
voto plural, não superior a 10 (dez) votos por ação ordinária:
I - na companhia fechada; e
II - na companhia aberta, desde que a criação da classe ocorra previamente à negociação de
quaisquer ações ou valores mobiliários conversíveis em ações de sua emissão em mercados
organizados de valores mobiliários.
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§ 11. São vedadas as operações:
I - de incorporação, de incorporação de ações e de fusão de companhia aberta que não
adote voto plural, e cujas ações ou valores mobiliários conversíveis em ações sejam
negociados em mercados organizados, em companhia que adote voto plural;
Art. 110. A cada ação ordinária corresponde 1 (um) voto nas deliberações da assembléia-
geral.
§ 1º O estatuto pode estabelecer limitação ao número de votos de cada acionista.

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(FGV/Juiz/TJ-MG/2022)Sobre as ações e demais valores mobiliários emitidos pelas sociedades anônimas,
assinale a afirmativa correta.
a) A deliberação sobre emissão de debêntures é de competência privativa do conselho de administração. Na
companhia aberta, o conselho de administração pode deliberar sobre a emissão de debêntures não
conversíveis em ações, salvo disposição estatutária em contrário.
b) A companhia poderá emitir, dentro do limite de aumento de capital autorizado no estatuto, títulos
negociáveis denominados "Bônus de Subscrição" que conferirão aos seus titulares, direito de subscrever
ações do capital social, que será exercido mediante apresentação do título à companhia e pagamento do
preço de emissão das ações. Somente a assembleia-geral pode deliberar sobre a emissão de bônus de
subscrição.
c) A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital
social, denominadas "partes beneficiárias", que conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual
contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais. As partes beneficiárias poderão ser de
mais de uma classe ou série e poderão ser alienadas pela companhia, nas condições determinadas pelo
estatuto ou pela assembleia-geral, ou atribuídas a fundadores, acionistas ou terceiros, como remuneração
de serviços prestados à companhia.
d) As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares, são ordinárias,
preferenciais, ou de fruição. O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no
exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinquenta por cento) do total das ações emitidas. As
ações da companhia aberta somente poderão ser negociadas depois de realizados 30% (trinta por cento) do
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preço de emissão.
Gabarito: D
Art. 59. A deliberação sobre emissão de debêntures é da competência privativa da assembléia-
geral, que deverá fixar, observado o que a respeito dispuser o estatuto:
§ 1º Na companhia aberta, o conselho de administração pode deliberar sobre a emissão de
debêntures não conversíveis em ações, salvo disposição estatutária em contrário.
Art. 75. A companhia poderá emitir, dentro do limite de aumento de capital autorizado no
estatuto (artigo 168), títulos negociáveis denominados "Bônus de Subscrição".
Parágrafo único. Os bônus de subscrição conferirão aos seus titulares, nas condições constantes
do certificado, direito de subscrever ações do capital social, que será exercido mediante
apresentação do título à companhia e pagamento do preço de emissão das ações.
Art. 76. A deliberação sobre emissão de bônus de subscrição compete à assembléia-geral, se o
estatuto não a atribuir ao conselho de administração.

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Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor nominal e
estranhos ao capital social, denominados "partes beneficiárias".
§ 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a
companhia, consistente na participação nos lucros anuais (artigo 190).
§ 2º A participação atribuída às partes beneficiárias, inclusive para formação de reserva para
resgate, se houver, não ultrapassará 0,1 (um décimo) dos lucros.
§ 3º É vedado conferir às partes beneficiárias qualquer direito privativo de acionista, salvo o de
fiscalizar, nos termos desta Lei, os atos dos administradores.
§ 4º É proibida a criação de mais de uma classe ou série de partes beneficiárias.
Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares,
são ordinárias, preferenciais, ou de fruição.
§ 2º O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no exercício
desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinqüenta por cento) do total das ações emitidas.
Art. 29. As ações da companhia aberta somente poderão ser negociadas depois de realizados
30% (trinta por cento) do preço de emissão.
Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo importa na nulidade do ato.
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(FGV/Auditor/Correição/CGU/2022) @profcaducarrilho
Na análise do programa de integridade de uma companhia fechada, sem participação de pessoa
jurídica de direito público no quadro acionário, foi constatada a ausência de disposição sobre a
participação de conselheiros independentes no Conselho de Administração. Em relação a essa
omissão e considerando as disposições da Lei de Sociedades por Ações, é correto afirmar que a
ausência da participação de conselheiros independentes:
a) não revela, por si só, falha nos mecanismos de integridade da sociedade, haja vista que a
obrigatoriedade de conselheiros independentes se aplica às companhias abertas;
b) revela, por si só, falha nos mecanismos de integridade da sociedade, porque a participação de
conselheiros independentes é obrigatória em qualquer sociedade anônima, seja aberta ou
fechada;
c) não revela, por si só, falha nos mecanismos de integridade da sociedade, haja vista que a
obrigatoriedade de conselheiros independentes é restrita às companhias abertas de economia
mista;
d) revela, por si só, falha nos mecanismos de integridade da sociedade, uma vez que é vedada a
constituição de Conselho de Administração em companhias fechadas;
e) não revela, por si só, falha nos mecanismos de integridade da sociedade, uma vez que tal
exigência
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é restrita às sociedades com participação de pessoa jurídica de direito público no capital.
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@profcaducarrilho
Gabarito: A
Art. 140. O conselho de administração será composto por, no mínimo, 3 (três)
membros, eleitos pela assembleia-geral e por ela destituíveis a qualquer tempo,
devendo o estatuto estabelecer:
§ 2º Na composição do conselho de administração das companhias abertas, é
obrigatória a participação de conselheiros independentes, nos termos e nos prazos
definidos pela Comissão de Valores Mobiliários.

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(FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-AM/2022) @profcaducarrilho
A companhia fechada Careiro da Várzea Fertilizantes S/A, por meio de seu conselho de administração,
aprovou o contrato de consórcio formada pela companhia com cinco outras sociedades, liderado pela
Tratores Audazes S/A. O documento de constituição do consórcio, dentre outras estipulações, definiu as
obrigações e responsabilidade de cada sociedade consorciada, das prestações específicas para a
realização do empreendimento comum, sem solidariedade entre elas. Um dos acionistas de Careiro da
Várzea Fertilizantes S/A suscitou a ilegalidade da deliberação por faltar competência ao Conselho de
Administração para a aprovação do contrato, diante da omissão do estatuto social. Considerados estes
fatos, assinale a afirmativa correta.
a) O acionista tem razão porque a competência para aprovar o contrato de consórcio, nas companhias
fechadas, é da Assembleia Geral e, nas companhias abertas, é do Conselho de Administração.
b) O acionista não tem razão porque o Conselho de Administração é competente para aprovar o contrato
de consórcio haja vista que esse contrato não cria uma nova pessoa jurídica.
c) O acionista tem razão quanto à ilegalidade, porém o argumento correto é a dispensa de aprovação do
contrato de consórcio por qualquer órgão da sociedade anônima.
d) O acionista não tem razão porque o Conselho de Administração é competente para aprovar o contrato,
pois cabe a ele autorizar a alienação de bens do ativo não circulante, diante da omissão do estatuto.
e) O acionista tem razão porque o Conselho de Administração invadiu a competência privativa da
Assembleia Geral, que deve, em qualquer sociedade anônima, deliberar sobre a aprovação do contrato de
consórcio.
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@profcaducarrilho
Gabarito: D
Art. 142. Compete ao conselho de administração:
VIII – autorizar, se o estatuto não dispuser em contrário, a alienação de bens do ativo
não circulante, a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de
terceiros;
Art. 279. O consórcio será constituído mediante contrato aprovado pelo órgão da
sociedade competente para autorizar a alienação de bens do ativo não circulante, do
qual constarão:

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(FGV/Juiz/TJ-MG/2022)
A sociedade empresária ABC – Comércio e Indústria Ltda. foi transformada em uma sociedade
anônima, ABCComércio e Indústria S/A. Ato contínuo, incorporou a sociedade empresária XK
– Empreendimentos Ltda., lhe sucedendo em todos os direitos e obrigações. Sobre as
operações indicadas, assinale a afirmativa correta.
a) A falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em relação aos sócios que,
no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à
transformação, e somente a estes, beneficiará.
b) Até 90 (noventa) dias após publicados os atos relativos à incorporação, o credor anterior,
por ela prejudicado, poderá promover judicialmente a anulação deles, e nem mesmo a
consignação em pagamento prejudicará a anulação pleiteada.
c) A transformação depende do consentimento da maioria dos sócios, salvo se prevista no ato
constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade.
d) Até 90 (noventa) dias após publicados os atos relativos à incorporação, o credor anterior,
por ela prejudicado, poderá promover judicialmente a anulação deles. Sendo líquida a dívida,
a sociedade poderá garantir-lhe a execução, suspendendo-se o processo de anulação
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Gabarito: A
Art. 1.115. A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os
direitos dos credores.
Parágrafo único. A falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em
relação aos sócios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os
titulares de créditos anteriores à transformação, e somente a estes beneficiará.
Art. 1.122. Até noventa dias após publicados os atos relativos à incorporação, fusão ou
cisão, o credor anterior, por ela prejudicado, poderá promover judicialmente a anulação
deles.
§ 1o A consignação em pagamento prejudicará a anulação pleiteada.
§ 2o Sendo ilíquida a dívida, a sociedade poderá garantir-lhe a execução, suspendendo-
se o processo de anulação.
Art. 1.114. A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se
prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade,
aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031.
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(FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-AM/2022)
A sociedade empresária pode sofrer alterações em sua estrutura, desde a simples
mudança do tipo, chegando até mesmo a ser extinta pela versão total ou parcial do
patrimônio em outra(s) sociedades(s). Das operações de reorganização societária
apresentadas a seguir, assinale a opção que apresenta aquelas em que não há
possibilidade de criação de sociedade nova ao final da operação.
a) Fusão, incorporação e cisão.
b) Transformação e incorporação.
c) Fusão e incorporação.
d) Transformação e cisão.
e) Transformação, fusão e cisão.

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Gabarito: B
Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar
sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.
Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu
patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes,
extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou
dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.
Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são
absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.
Art. 220. A transformação é a operação pela qual a sociedade passa,
independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro.

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(FGV/Auditor Federal de Finanças/CGU/2022)
Investigações do órgão federal de controle comprovaram a participação de sociedades na
prática de atos de corrupção de agentes públicos através da oferta ou promessa de oferta de
pecúnia para auferimento de vantagens em aquisições de bens para a administração pública,
sobretudo em casos de dispensa de licitação. Os atos praticados por uma das sociedades
envolvidas no esquema corruptor eram, comprovadamente, subvencionados por outra, que
se utilizava de uma terceira pessoa jurídica para ocultar seus reais interesses (“empresa de
fachada”). A investigação das ligações societárias entre as três sociedades revelou que a
sociedade considerada “empresa de fachada” tinha influência significativa nas outras duas.
Nesse contexto, é correto afirmar que a influência significativa:
A) tem relação com o poder de controle de uma sociedade em outra(s), de modo que a
sociedade controladora e suas controladas responderão solidariamente e objetivamente
pelos atos lesivos à Administração Pública;
B) tem relação com a participação recíproca no capital de sociedades que integram grupo
econômico, de modo que a prática de ato lesivo à Administração Pública por qualquer das
sociedades implica a responsabilidade de todas pela reparação do dano, até o limite da
participação
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recíproca;
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C) tem relação com a caracterização de coligação entre as sociedades, que respondem
solidariamente pelos atos lesivos à Administração Pública praticados por qualquer delas
quanto à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado;
D) revela a participação das sociedades em acordo de acionistas de comando, em que a
“empresa de fachada” tem o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou
operacional das demais, ocasionando, por conseguinte, a responsabilidade objetiva e solidária
de todas pelos atos ilícitos;
E) revela a existência de um consórcio vertical entre as sociedades, em que uma delas é
responsável pela prática de atos de corrupção, custeada por uma segunda, que se oculta na
atuação da terceira. No tocante às sanções civis pela prática de atos lesivos à Administração
Pública, deve ser promovida a dissolução compulsória de todas.

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Gabarito: C.
Art. 243. § 1º São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência
significativa.
§ 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de
outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder
de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.
§ 5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por
cento) ou mais dos votos conferidos pelo capital da investida, sem controlá-la. (Redação dada
pela Lei nº 14.195, de 2021)
Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração
contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária.
§ 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo
contrato, as consorciadas serão solidariamente responsáveis pela prática dos atos
previstos nesta Lei, restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de
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multa e reparação integral do dano causado.
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(FGV/Auditor do Estado/CGE-SC/2023)
A Sociedade Ômicron Comércio de Alimentos e Bebidas Ltda., nos últimos cinco anos,
transferiu ativos para seus dois únicos sócios, sem nenhuma espécie de contraprestação. A
transferência corresponde a setenta e cinco por cento do patrimônio líquido da sociedade, o
que conduziu à inadimplência de diversas obrigações, incluindo um contrato de mútuo
bancário. Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta.
a) A transferência de ativos da Sociedade Ômicron para seus sócios sem efetiva
contraprestações caracteriza confusão patrimonial para fins de desconsideração da
personalidade jurídica.
b) O Código Civil brasileiro adota a teoria maior para fins de desconsideração da personalidade
jurídica, que pode ser reconhecida de ofício pelo juiz no caso hipotético do enunciado.
c) A desconsideração da personalidade jurídica no caso da sociedade Ômicron depende da
existência de grupo econômico.
d) A desconsideração da personalidade jurídica não se aplica aos contratos bancários, visto que
a sociedade é considerada vulnerável juridicamente.
e) Em caso de abuso da personalidade jurídica, o credor poderá requerer a desconsideração da
personalidade jurídica, que atingirá, se decretada judicialmente, a todas as obrigações da
sociedade,
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inclusive, as vincendas.
Gabarito: A.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público
quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo
abuso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os
patrimônios, caracterizada por: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou
vice-versa; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor
proporcionalmente insignificante; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído pela Lei nº 13.874,
de 2019)
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o
caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica.
(Incluído
Cadu Carrilho pela Lei nº 13.874, de 2019)
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(FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-AM/2022)
Pedro e Ariel, sócios em um pequeno empreendimento no ramo de entretenimento, a
Sextou, viram sua empresa enfrentar sérias dificuldades financeiras em razão da suspensão
das atividades, em consequência da pandemia da Covid-19. Em razão disso, deixaram de
adimplir algumas obrigações contratuais, incluindo as três últimas parcelas de um contrato de
empreitada que haviam celebrado com a sociedade empresária para reforma de um espaço
destinado a eventos. Diante do inadimplemento da Sextou, a sociedade empresária promove
ação judicial com o intuito de receber as parcelas vencidas e não pagas da obra, que havia
sido finalizada 20 dias antes da decretação da pandemia. A sociedade empresária, tendo
conhecimento da situação financeira da Sextou, bem como da interrupção das atividades sem
previsão de retorno, requer a instauração do incidente de desconsideração da personalidade
jurídica, com o intuito de alcançar o patrimônio pessoal dos sócios para a satisfação do seu
crédito. Diante da hipótese narrada e de acordo com o disposto no Art. 50 do Código Civil,
assinale a afirmativa correta.

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a) O inadimplemento da Sextou, somado à suspensão das suas atividades, é causa
justificadora para o deferimento do pedido de desconsideração da personalidade jurídica.
b) A interrupção das atividades comerciais da Sextou configura abuso da personalidade
jurídica, ensejando a desconsideração.
c) O inadimplemento, por si só, não configura abuso da personalidade, não sendo causa
justificadora para a desconsideração da personalidade jurídica da empresa.
d) As obrigações da Sextou serão estendidas aos sócios se ficar comprovado que ambos
possuem patrimônio pessoal suficiente para arcar com tais obrigações sem
comprometimento da subsistência individual e familiar.
e) A interrupção das atividades da Sextou configura desvio de finalidade, independente da
demonstração do propósito de lesar os credores.

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Gabarito: C
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou
indiretamente pelo abuso.

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EXERCÍCIOS FGV
ME E EPP E LC 123

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(FGV/Auditor Fiscal/SEF-MG/2023)
O SIMPLES Nacional, instituído pela Lei Complementar 123/ 2006, visa a ajudar na
formalização das micro e pequenas empresas, mas não é uma opção para todas que tenham
receitas inferiores aos limites legais. Podem aderir ao SIMPLES
a) As cooperativas de consumo.
b) As empresas cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do
serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.
c) As empresas que participem do capital de outra pessoa jurídica.
d) As empresas que sejam filiais no país de pessoas jurídicas com sede no exterior.
e) As empresas que sejam agências no país de pessoas jurídicas com sede no exterior.

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Gabarito: A
Art. 3º - § 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei
Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para
nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede
no exterior;
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço,
relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.

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(FGV/Auditor Fiscal/SEF-MG/2023)
A Sociedade Empresária GrowEver aderiu ao Simples Nacional em 2016 e, no mês de agosto
de 2022, acabou extrapolando em 15% (quinze por cento) o limite de receita bruta para as
Empresas de Pequeno Porte, apenas vendendo para o mercado nacional. Assinale a opção
que indica o que a Sociedade Empresária deverá comunicar à Secretaria da Receita Federal.
a) Sua exclusão do Simples Nacional em setembro de 2022 por ter extrapolado o limite de
receita bruta em mais de 10%.
b) O prazo de readequação da receita bruta até agosto de 2023.
c) Sua exclusão do Simples Nacional em janeiro de 2023 por ter extrapolado o limite de
receita bruta em menos de 20%.
d) A extrapolação dos limites e se submeter a novas alíquotas.
e) Só ter receitas do mercado nacional, o que impedirá sua exclusão do Simples Nacional.

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Gabarito: C
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de
pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no
Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior
a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro
milhões e oitocentos mil reais).
§ 9º A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual
previsto no inciso II do caput deste artigo fica excluída, no mês subsequente à ocorrência do
excesso, do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime
de que trata o art. 12, para todos os efeitos legais, ressalvado o disposto nos §§ 9º-A, 10 e 12.
§ 9º-A. Os efeitos da exclusão prevista no § 9º dar-se-ão no ano-calendário subsequente se o
excesso verificado em relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte por cento) do limite
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referido no inciso II do caput.
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(FGV/Auditor do Estado/CGE-SC/2023)
Para incentivar as atividades de inovação e os investimentos produtivos, a Lei Complementar
nº 123, de 2006, admite o aporte de capital em sociedade enquadrada como microempresa
ou empresa de pequeno porte, ressalvando que tal capital não integrará o capital social. O
aporte de capital poderá ser realizado por pessoa física, por pessoa jurídica ou por fundos de
investimento, que serão denominados investidores-anjos. Sobre a figura do “Investidor-anjo”,
analise as afirmativas a seguir.
I. Será remunerado por seus aportes, nos termos do contrato de participação, pelo prazo
mínimo de 2 (dois) até o máximo de 10 (dez) anos.
II. Poderá examinar, a qualquer momento, os livros, os documentos e o estado do caixa e da
carteira da sociedade, exceto se houver estipulação contratual que determine época própria
para isso.
III. Não responderá por qualquer dívida da pessoa jurídica, inclusive em caso de falência ou
recuperação judicial, ressalvada a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica
fundada em confusão patrimonial entre ele e a sociedade.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
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b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) I e III, apenas. e) II, apenas.
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Gabarito: E
Art. 61-A. Para incentivar as atividades de inovação e os investimentos produtivos, a
sociedade enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos
desta Lei Complementar, poderá admitir o aporte de capital, que não integrará o capital
social da empresa.
§ 4º O investidor-anjo:
II - não responderá por qualquer dívida da empresa, inclusive em recuperação judicial, não
se aplicando a ele o art. 50 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil;
III - será remunerado por seus aportes, nos termos do contrato de participação, pelo prazo
máximo de 7 (sete) anos;
V - poderá examinar, a qualquer momento, os livros, os documentos e o estado do caixa e
da carteira da sociedade, exceto se houver pactuação contratual que determine época
própria para isso.

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(FGV/Auditor Fiscal/SEF-MG/2023)
A sociedade empresária Santa Luzia Antiguidades Ltda., enquadrada como empresa de
pequeno porte, é composta pelos sócios Fabriciano, Lafaiete, Timóteo e Carmelo. Os sócios
Lafaiete e Carmelo são titulares de quotas que representam, em conjunto, 3/5 (três quintos)
do capital social, esse no valor de R$ 975.000,00 (novecentos e setenta e cinco mil reais). O
contrato social tem cláusula de regência supletiva pelas normas da sociedade simples; é
vedada a negociação das quotas a pessoa que não seja sócio e a administração só pode ser
atribuída a sócio, sem delegação de poderes a quem não seja sócio. Os sócios Lafaiete e
Carmelo aprovaram a dissolução da sociedade no dia 1º de agosto de 2022, sem a
manifestação dos demais sócios, eis que não foi realizada reunião de sócios. Considerados os
dados sobre a sociedade e a deliberação tomada, assinale a afirmativa correta.
a) A deliberação tomada pelos sócios foi irregular, pois deveria ter sido aprovada pela
unanimidade dos sócios em razão de a sociedade ser enquadrada como empresa de pequeno
porte e da regência supletiva pelas normas da sociedade simples.
b) A deliberação tomada pelos sócios foi irregular, pois deveria ter sido aprovada por, no
mínimo, 3/4 (três quartos) do capital social, em razão de a sociedade ser enquadrada como
empresa
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de pequeno porte.
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c) A deliberação tomada pelos sócios foi regular por ter sido aprovada por deliberação acima
do primeiro número inteiro superior à metade do capital social, quórum para as sociedades
enquadradas como empresa de pequeno porte.
d) A deliberação tomada pelos sócios foi regular por ter sido aprovada por 3/5 (três quintos)
do capital social, quorum exigido para as deliberações nas sociedades enquadradas como
empresa de pequeno porte.
e) A deliberação tomada pelos sócios foi irregular pois deveria ter sido aprovada por, no
mínimo, 4/5 (quatro quintos) do capital social, em razão da regência supletiva pelas normas
da sociedade simples.

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Gabarito: C
Art. 70. As microempresas e as empresas de pequeno porte são desobrigadas da realização
de reuniões e assembleias em qualquer das situações previstas na legislação civil, as quais
serão substituídas por deliberação representativa do primeiro número inteiro superior à
metade do capital social.
§ 1° O disposto no caput deste artigo não se aplica caso haja disposição contratual em
contrário, caso ocorra hipótese de justa causa que enseje a exclusão de sócio ou caso um ou
mais sócios ponham em risco a continuidade da empresa em virtude de atos de inegável
gravidade.
§ 2° Nos casos referidos no § 1° deste artigo, realizar-se-á reunião ou assembleia de acordo
com a legislação civil.
Art. 71. Os empresários e as sociedades de que trata esta Lei Complementar, nos termos da
legislação civil, ficam dispensados da publicação de qualquer ato societário.

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(FGV/Auditor de Finanças e Controle/SEFAZ-AM/2022)
A LC 123/2006 criou a figura do Microempreendedor Individual – MEI no claro intuito de
permitir a formalização de mais trabalhadores sem também permitir que outros busquem
este regime de tributação apenas para arrecadar menos. Assinale a opção que indica uma
regra para ser MEI.
a) Exercer qualquer atividade de contribuinte individual.
b) Receber no máximo 2 salários mínimos por mês de média anual pela atividade.
c) Ser sócio de mais de uma empresa, desde que a remuneração não passe de 3 salários
mínimos.
d) Contratar, no máximo, 3 funcionários.
e) Não ser sócio ou administrador de mais de uma empresa.

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Gabarito: E
Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos
impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais,
independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste
artigo.
§ 1º Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI quem tenha auferido receita
bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja
optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista
neste artigo, e seja empresário individual que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), ou o empreendedor que exerça:
I - as atividades de que trata o § 4º-A deste artigo;
II - as atividades de que trata o § 4º-B deste artigo estabelecidas pelo CGSN; e
III - as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito
rural.

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§ 4o Não poderá optar pela sistemática de recolhimento prevista no caput deste
artigo o MEI:
I - cuja atividade seja tributada na forma dos Anexos V ou VI desta Lei Complementar,
salvo autorização relativa a exercício de atividade isolada na forma regulamentada
pelo CGSN;
II - que possua mais de um estabelecimento;
III - que participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; ou
V - constituído na forma de startup.

Art. 18-C. Observado o disposto no caput e nos §§ 1o a 25 do art. 18-A desta Lei
Complementar, poderá enquadrar-se como MEI o empresário individual ou o
empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e
prestação de serviços no âmbito rural que possua um único empregado que receba
exclusivamente um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional.
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(FGV/Agente de Tributos Estaduais/SEFAZ-BA/2022)
A sociedade empresária X optou pela sistemática de apuração e recolhimento simplificado do
Simples Nacional e auferiu receita bruta de
(i) R$ 350.000,00, no ano-calendário de 2018;
(ii) R$ 1.500.000,00, no ano-calendário de 2019;
(iii) R$ 4.500.000,00, no ano-calendário de 2020; e
(iv) R$ 6.500.000,00, no ano-calendário de 2021.
Sobre a hipótese descrita e considerando o total de receita bruta auferida no ano-calendário,
assinale a afirmativa correta.
a) A receita bruta auferida em 2018 enquadra a sociedade empresária X como microempresa,
mantendo-se em 2019; em 2020 foi reenquadrada como empresa de pequeno porte; e em
2021, no mês subsequente à ocorrência do excesso, foi excluída do Simples Nacional.
b) A receita bruta auferida em 2018 enquadra a sociedade empresária X como empresa de
pequeno porte, mantendo-se em 2019 e 2020; sendo excluída do Simples Nacional em 2021,
no mês subsequente à ocorrência do excesso.

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c) A receita bruta auferida em 2018 enquadra a sociedade empresária X como microempresa;
em 2019 foi reenquadrada como empresa de pequeno porte, mantendo-se em 2020; e em
2021, no mês subsequente à ocorrência do excesso, foi excluída do Simples Nacional.
d) A receita bruta auferida em 2018 enquadra a sociedade empresária X como microempresa;
em 2019 foi reenquadrada como empresa de pequeno porte; e em 2020, no mês no
subsequente à ocorrência do excesso, foi excluída do Simples Nacional, mantendo-se a
exclusão no ano seguinte.
e) A receita bruta auferida em 2018 enquadra a sociedade empresária X como microempresa;
em 2019 foi reenquadrada como empresa de pequeno porte, mantendo-se em 2020 e 2021.

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Gabarito: C
Art. 3º. Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas
de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10
de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior
a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$
4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
§ 9º. A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta
anual previsto no inciso II do caput deste artigo fica excluída, no mês subsequente à
ocorrência do excesso, do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei
Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12, para todos os efeitos legais,
ressalvado o disposto nos §§ 9º-A, 10 e 12.
§ 9º-A. Os efeitos da exclusão prevista no § 9º dar-se-ão no ano-calendário subsequente se
o excesso
Direito Empresarial verificado em relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte por cento) do
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limite referido no inciso II do caput.
(FGV/Notário/TJ-SC/2021)
O protesto de título, quando o devedor for pessoa física ou jurídica enquadrada como
microempresário ou empresa de pequeno porte, está sujeito a condições especiais em razão do
tratamento favorecido e simplificado destinado a essas pessoas pela Constituição da República de 1988
(Art. 179). Nesse sentido, é correto afirmar que:
a) em razão da hipossuficiência do devedor microempresário ou empresário de pequeno porte, é
defeso ao tabelionato de protestos cobrar-lhe as despesas de correio, condução e publicação de edital
para realização da intimação;
b) somente será cancelado o protesto pelo pagamento do título com a declaração de anuência do
credor, inclusive no caso de impossibilidade de apresentação do original protestado pelo devedor ou
seu representante legal;
c) não poderá ser exigido do devedor, para o pagamento do título em cartório, cheque de emissão de
estabelecimento bancário, mas, feito o pagamento por meio dessa espécie de cheque, ou de outra
espécie, a quitação dada pelo tabelionato será condicionada à efetiva liquidação do cheque;
d) para obter condições especiais quanto ao protesto de títulos, é dispensável que o devedor
empresário prove sua qualidade de microempresa ou de empresa de pequeno porte perante o
tabelionato de protestos de títulos mediante documento expedido pela Junta Comercial;
e) serão suspensos pelos cartórios, mediante mandado judicial, pelo prazo de seis meses, todos os
benefícios
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previstos para o devedor, independentemente da lavratura e registro do respectivo
protesto, quando o pagamento do título ocorrer com cheque sem provisão de fundos.
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Gabarito: C
Art. 73. O protesto de título, quando o devedor for microempresário ou empresa de pequeno porte, é sujeito
às seguintes condições:
I - sobre os emolumentos do tabelião não incidirão quaisquer acréscimos a título de taxas, custas e
contribuições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de previdência, fundo de custeio de atos gratuitos,
fundos especiais do Tribunal de Justiça, bem como de associação de classe, criados ou que venham a ser
criados sob qualquer título ou denominação, ressalvada a cobrança do devedor das despesas de correio,
condução e publicação de edital para realização da intimação;
II - para o pagamento do título em cartório, não poderá ser exigido cheque de emissão de estabelecimento
bancário, mas, feito o pagamento por meio de cheque, de emissão de estabelecimento bancário ou não, a
quitação dada pelo tabelionato de protesto será condicionada à efetiva liquidação do cheque;
III - o cancelamento do registro de protesto, fundado no pagamento do título, será feito independentemente
de declaração de anuência do credor, salvo no caso de impossibilidade de apresentação do original
protestado;
IV - para os fins do disposto no caput e nos incisos I, II e III do caput deste artigo, o devedor deverá provar
sua qualidade de microempresa ou de empresa de pequeno porte perante o tabelionato de protestos de
títulos, mediante documento expedido pela Junta Comercial ou pelo Registro Civil das Pessoas Jurídicas,
conforme o caso;
V - quando o pagamento do título ocorrer com cheque sem a devida provisão de fundos, serão
automaticamente
Direito Empresarial suspensos pelos cartórios de protesto, pelo prazo de 1 (um) ano, todos os benefícios
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previstos para o devedor neste artigo, independentemente da lavratura e registro do respectivo protesto.
(FGV/Notário/TJ-SC/2021)
Com a promulgação da Lei Complementar nº 123/2006, várias disposições contidas nesse
diploma trouxeram benefícios às microempresas e empresas de pequeno porte, seja pela
eliminação de exigências contidas na legislação, seja pela simplificação dessas. No tocante ao
contrato de trespasse do estabelecimento empresarial e sua eficácia em relação a terceiros,
tal simplificação consiste em:
a) dispensa da averbação do contrato na Junta Comercial, mas persiste a necessidade de sua
publicação na imprensa oficial;
b) dispensa da averbação do contrato no Registro de Imóveis, mas persiste a necessidade de
sua publicação na imprensa oficial;
c) dispensa da publicação do contrato de trespasse na imprensa oficial, mas persiste a
necessidade de sua averbação no Registro de Imóveis;
d) dispensa da publicação do contrato de trespasse na imprensa oficial, mas persiste a
necessidade de sua averbação à margem da inscrição do empresário na Junta Comercial;
e) dispensa da publicação do contrato de trespasse na imprensa oficial, mas persiste a
necessidade de sua averbação à margem da inscrição do empresário na Junta Comercial e no
Registro de Imóveis.
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Gabarito: D
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do
estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da
inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.

Art. 71. Os empresários e as sociedades de que trata esta Lei Complementar, nos termos da
legislação civil, ficam dispensados da publicação de qualquer ato societário.

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(FGV/Auditor Fiscal/Cuiabá-MT/2016)
Algumas entidades e pessoas naturais, devidamente registrados no órgão competente,
podem usufruir do tratamento favorecido e diferenciado conferido às microempresas e
empresas de pequeno porte. Assinale a opção que apresenta algumas dessas entidades e
pessoas naturais.
a) Cooperativas de produção, empresários individuais e sociedades do tipo limitada.
b) Sociedades do tipo limitada, sociedades do tipo simples e sociedades por ações.
c) Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, sociedades do tipo simples e sociedades
do tipo limitada.
d) Cooperativas habitacionais, empresários individuais e Empresa Individual de
Responsabilidade Limitada.
e) Empresários individuais, Empresa Individual de Responsabilidade Limitada e sociedades por
ações.

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Gabarito: C
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas
de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10
de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, (...)
§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei
Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para
nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
X - constituída sob a forma de sociedade por ações.

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(FGV/Contador/Paulínia-SP/2016)
Assinale a opção que indica a pessoa jurídica que pode se beneficiar do tratamento jurídico
diferenciado previsto na Lei Complementar n.º 123/06.
a) a que seja filial no país de pessoa jurídica com sede no exterior.
b) a que participe do capital de outra pessoa jurídica com fins lucrativos.
c) a que tenha participação em cooperativa de crédito.
d) a que seja constituída sob a forma de sociedade por ações.
e) a que os sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de
pessoalidade, subordinação e habitualidade.

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Gabarito: C
§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei
Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para
nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede
no exterior;
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
X - constituída sob a forma de sociedade por ações.
XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço,
relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.
§ 5o O disposto nos incisos IV e VII do § 4o deste artigo não se aplica à participação no
capital de cooperativas de crédito, bem como em centrais de compras, bolsas de
subcontratação, no consórcio referido no art. 50 desta Lei Complementar e na sociedade de
propósito específico prevista no art. 56 desta Lei Complementar, e em associações
assemelhadas, sociedades de interesse econômico, sociedades de garantia solidária e outros
tipos de sociedade, que tenham como objetivo social a defesa exclusiva dos interesses
econômicos
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das microempresas e empresas de pequeno porte.
(FGV/Auditor Fiscal/Cuiabá-MT/2014)
A pessoa jurídica Metrópole Ltda. ostenta as seguintes características:
I. aufere receita bruta anual de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais);
II. é fruto de cisão, consumada há dois anos, de pessoa jurídica que tinha faturamento 4 vezes
maior;
III. explora a atividade de despachante.
Atento a tais características, assinale a opção que melhor retrata a possibilidade de
Metrópole Ltda. optar ou não pelo Simples Nacional.
a) Poderá optar, pois não há qualquer obstáculo legal.
b) Não poderá optar, pois somente a característica I a impede.
c) Não poderá optar, pois somente a característica II a impede.
d) Não poderá optar, pois somente a característica III a impede.
e) Não poderá optar, pois somente as características II e III a impedem.

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Gabarito: C
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de
pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade
limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e
oitocentos mil reais).
§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar,
incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa
jurídica:
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa
jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
§ 5o. I. Sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 17 desta Lei Complementar, as seguintes atividades de
prestação de serviços serão tributadas na forma do Anexo V desta Lei Complementar:
V -Empresarial
Direito serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação;
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(FGV/Auditor Fiscal/Cuiabá-MT/2014)
Jaciara constituiu, com suas irmãs Luciara e Cláudia, uma sociedade simples, com sede em
Aripuanã/MT. A sociedade obteve enquadramento como microempresa no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas. Com base nas disposições da Lei Complementar nº 123/2006 e das suas alterações,
analise as afirmativas a seguir.
I. É nulo o enquadramento realizado pelo Registro Civil de Pessoas Jurídicas porque as
microempresas, como sociedades empresárias, não podem adotar o tipo de sociedade simples,
sendo obrigatório o registro do contrato na Junta Comercial.
II. O cancelamento do registro de protesto, fundado no pagamento do título realizado por devedor
enquadrado como microempresa, será feito independentemente de declaração de anuência do
credor, salvo no caso de impossibilidade de apresentação do original protestado.
III. Nas operações de compra e venda de produtos e serviços por microempresas, são vedadas
cláusulas contratuais relativas à limitação da emissão ou circulação de títulos de crédito ou direitos
creditórios, originados dessas operações.
Assinale: a) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente a afirmativa II estiver correta.
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e) se somente a afirmativa I estiver correta.
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Gabarito: A
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas
de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10
de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
Art. 73. O protesto de título, quando o devedor for microempresário ou empresa de
pequeno porte, é sujeito às seguintes condições:
III - o cancelamento do registro de protesto, fundado no pagamento do título, será feito
independentemente de declaração de anuência do credor, salvo no caso de impossibilidade
de apresentação do original protestado;
Art. 73-A. São vedadas cláusulas contratuais relativas à limitação da emissão ou circulação
de títulos de crédito ou direitos creditórios originados de operações de compra e venda de
produtos e serviços por microempresas e empresas de pequeno porte.

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(FGV/Fiscal da Receita/SEFAZ-AP/2010)
A Constituição Federal de 1988, no seu artigo 179 (Título VII - Da Ordem Econômica e
Financeira) impõe, de forma expressa, que o legislador infraconstitucional conceda tratamento
jurídico diferenciado às "micro e pequenas empresas". A respeito do preceito constitucional
citado é correto afirmar que:
a) a obrigação de dispensar tratamento jurídico diferenciado às "micro e pequenas empresas"
recai exclusivamente sobre a União e, consequentemente, envolve apenas os tributos sob sua
competência.
b) o tratamento jurídico diferenciado exigido pelo texto constitucional se manifestará
principalmente por meio da simplificação de obrigações administrativas, tributárias,
previdenciárias e creditícias, podendo ocorrer até mesmo efetiva eliminação de algumas destas
obrigações.
c) o artigo 179 confere imunidade tributária às "micro e pequenas empresas".
d) o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, conhecido como Simples Nacional, não tem
qualquer relação com o artigo 179 da Constituição Federal.
e) o artigo 179 estabelece um tratamento discriminatório ao impor tratamento mais benéfico às
"micro e pequenas empresas", violação já reconhecida pelo próprio Supremo Tribunal Federal.
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Gabarito: B
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento
diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte
no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
especialmente no que se refere:
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às
microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico
diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas,
tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de
lei.

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