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SIMULADO I

Questão 01
João Alves Morais é um reconhecido poeta e renomado pintor de tela a óleo em estilo
renascentista. Seus quadros buscam inspiração em Leonardo Da Vince e já lhe renderam
algumas centenas de milhares de reais. João sempre trabalha sozinho, não aceita a ajuda
ou parceria de ninguém. A solidão também é sua fonte de inspiração. Pensando em sua
profissionalização e na regularização de sua ocupação, João resolveu intitular-se
empresário das telas. No intuito de registrar-se com empresário João procurou o Registro
Público de Empresas Mercantis, mas teve seu pedido negado. Pergunta-se: a) Legalmente,
quem pode ser considerado empresário em nosso País? b) Apresente o fundamento legal
pelo qual João não pode ser considerado empresário.

Resposta: a) O Código Civil Brasileiro, em seu Artigo. 966 define o conceito de


empresário: Artigo. 966: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
b) O Parágrafo único do Artigo. 966 do Código Civil Brasileiro aponta que NÃO se
considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária
ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício
da profissão constituir elemento de empresa.

Questão 02
Quais são diferenças existentes entre empresário individual e empresário individual de
responsabilidade limitada?
Resposta: Assim como o EI, o EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade
Limitada) é um tipo societário, mas ao contrário do Empresário Individual, a EIRELI
responde somente sobre o valor do capital social da empresa, ou seja, de forma limitada,
que confere autonomia patrimonial da Pessoa Física e da Pessoa Jurídica. SOCIEDADE
LIMITADA UNIPESSOAL (SLU) é constituída por uma única pessoa (física ou jurídica);
Não depende de capital social mínima para ser constituída; Às sociedades limitadas
unipessoais é permitido participar de outras sociedades; Um mesmo titular pode
constituir mais de uma SLU.

Questão 03
Gervásio empresário individual, foi submetido a exame por junta médica que atestou
ser ele portador de grave esquizofrenia, qualificando-o como permanentemente incapaz
de gerir os próprios negócios. Por essa razão, o pai do empresário ajuizou pedido de
interdição, com o pleito de ser nomeado seu curador e gerir seus negócios da vida civil.
Considerando a situação hipotético apresentada, discorra fundamentalmente e referente a
biografia utilizada.

A) Se o pai de Gervásio for nomeado curador judicialmente, este poderia exercer


atividade empresária em nome do filho interditado ou não?
Sim, Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido,
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor
de herança.

B) Caso seja possível, qual o instrumento jurídico necessário para que o pai de
Gervásio possui realizar o exercício da empresa?
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das
circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la
podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes
legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.

Questão 04
Araci de Almeida trabalhava como servidora pública na Receita Federal quando foi
notificada para responder a um processo administrativo por exercer direção de uma
sociedade empresária. Ela ficou surpresa, pois sempre foi uma pessoa que seguiu as regras
e não faria nada que pudesse pôr em risco o seu emprego. A verdade é que Araci, na
documentação formal, era cotista da empresa em questão e o titular era seu irmão. Na
prática ela administrava uma diretoria da empresa beneficiando seus familiares. Mediante
provas, o processo administrativo foi julgado e ela foi demitida. Inconsolável, Araci é
orientada por seu advogado a entrar com um recurso apelando da decisão.
De acordo com a legislação federal que rege a matéria (art. 117, inciso X, da Lei nº
8.112/90), o funcionário público pode, sim, constituir ou fazer parte de sociedade privada
na condição de sócio cotista, acionista ou comanditário.
Questão 05
Diferencie o conceito formal e conceito material de empresário.
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Questão 06
Como é cedido, é denominado como ponto empresarial a localização geográfica onde
se encontra o estabelecimento empresarial. Nesse diapasão, o empresário que
regularmente exercer o exercício da empresa possui a tutela legal de ter o contrato de
locação renovado de maneira compulsória. Assim, considerando o conteúdo estudado em
sala de aula, discorra sobre quais os requisitos para que o empresário tenha direito à
renovação compulsória do contrato de locação, bem como o que poderá alegar como
defesa o locatário proprietário do referido ponto empresarial para a não renovação desse
contrato de locação anteriormente firmado com o empresário.
O locatário deve demonstrar: a) que está explorando sua atividade empresarial; b) que
a exerce sem interrupções e; c) que isso ocorre no mínimo por 3 anos. Dessa
forma, preenchido os requisitos do artigo 51 da Lei de locações, adquire-se o direito a
renovar o contrato de locação.
O locador não estará obrigado a renovar o contrato apenas em algumas situações,
descritas na lei. Exemplo: se tiver que realizar obras que importem em significativa
transformação do imóvel, por imposição do Poder Público, ou para fazer modificação de
tal natureza que aumente o valor do negócio ou da propriedade (art. 52). Outra situação,
também contida no mesmo artigo: se o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio, locador,
ou para transferência de fundo de comércio, existente há mais de um ano, sendo ele, seu
cônjuge, ascendente ou descendente detentor da maioria do capital.
Questão 07
João Renato era dono de um restaurante, exercendo pessoalmente sua administração.
Sofre um acidente grave, automobilístico, que o leva a ser interditado para os atos da vida
civil, mas insiste em continuar as atividades da empresa. Nessas condições pessoais,
Letra E-poderá fazê-lo, desde que por meio de representante ou devidamente assistido,
com precedente autorização judicial que examine as circunstâncias e riscos da empresa,
bem como a conveniência em continuá-la e podendo tal autorização ser revogada pelo
juiz, nos termos previstos em lei.
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar
a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.

§ 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias
e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a
autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do
menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.

Enunciado 203, Jornada de Direito civil: O exercício da empresa por empresário incapaz,
representado ou assistido, somente é possível nos casos de incapacidade superveniente ou
incapacidade do sucessor na sucessão por morte.

Questão 08
Paulo Afonso, casado no regime de comunhão parcial com Jacobina, é empresário
enquadrado como microempreendedor individual (MEI). O varão pretende gravar com
hipoteca o imóvel onde está situado seu estabelecimento, que serve exclusivamente aos
fins da empresa.
De acordo com o Código Civil, assinale a opção correta.

Letra B- O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que
seja o regime de bens, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu
estabelecimento.
Justificativa: Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal,
qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa
ou gravá-los de ônus real.

Questão 09

João, brasileiro, casado sob o regime de comunhão universal de bens com Maria,
residente e domiciliado em Minas Gerais, pretende constituir sociedade empresária com
Carlos, brasileiro, solteiro, nascido em 2007, residente e domiciliado em São Paulo, para
a consecução de compra e venda de produtos alimentícios.
Com relação à hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
Letra B- Carlos, por ser absolutamente incapaz, não poderá exercer a administração da
sociedade, porém poderá dela fazer parte desde que seja devidamente representado e o
capital social esteja totalmente subscrito e integralizado.
Justificativa
Incapaz - Empresarial Individual: Não pode iniciar, apenas continuar a empresa já
existente. (exige autorização judicial)
Incapaz - Sócio: Pode participar da constituição da empresa ou permanecer (na
condição de sócio), mas não pode exercer a administração.

Em relação ao empresário, assinale a alternativa correta.

Questão 10

Com relação ao empresário, assinale a opção correta.

Letra B- Incapaz não pode ser autorizado a iniciar o exercício de uma empresa no
entanto excepcionalmente. Poderá ser autorizado a dar continuidade a uma atividade
empresarial.

Justificativa: "Enunciado 203 da III Jornada de Direito Civil: O exercício da empresa por empresário
incapaz, representado ou assistido, somente é possível nos casos de incapacidade superveniente ou
incapacidade do sucessor na sucessão por morte".

Questão 11

De acordo com o código civil, o estabelecimento do empresário.

Letra B- Não se confunde com o local onde se exerce a atividade empresarial, que poderá
ser físico ou virtual.

Justificativa: Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens


organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. §
1º O estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade empresarial,
que poderá ser físico ou virtual.

Questão 12
A fisioterapeuta Alhandra Mogeiro tem um consultório em que realiza seus
atendimentos mas atende, também, em domicílio. Doutora Alhandra não conta com
auxiliares ou colaboradores, mas tem uma página na Internet exclusivamente para
marcação de consultas e comunicação com seus clientes.
Com base nessas informações, assinale a afirmativa correta.
Letra A- Não se trata de empresária individual em razão do exercício de profissão
intelectual de natureza científica, haja ou não a atuação de colaboradores.

Justificativa Art. 966, CC


Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
PARÁGRAFO ÚNICO.
Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica,
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o
exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Questão 13

Assinale a opção correta, a respeito do empresário e de seu regime jurídico.

Letra D- O empresário que instituir filial em lugar sujeito à jurisdição de outro registro
público de empresas mercantis deverá inscrevê-la também neste lugar, com a prova da
inscrição originária. Porém, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser
averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.

Justificativa: Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar
sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá
também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.
Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá
ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.

Questão 14
João e Maria são casados no regime de comunhão universal de bens, João é empresário
e, antes de divorciar-se de Maria, em razão de dívidas, alienou um bem e gravou em
hipoteca dois imóveis, todos de propriedade da empresa. Diante do narrado, assinale a
alternativa correta:

Letra A- João poderá alienar e gravar de ônus real os bens de sua empresa sem outorga
conjugal.

Justificativa
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que
seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou
gravá-los de ônus real.

Questão 15
Com relação ao estabelecimento e os institutos complementares da atividade empresarial,
analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.

( ) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à


transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo
solidariamente obrigado pelo prazo de 2 (dois) anos, a partir, quanto aos créditos
vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

( ) O estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade empresarial,


que poderá ser físico ou virtual.

( ) O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. O adquirente de


estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do
alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.

As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente:

Alternativas
Letra B - F – V – V.
( ) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à
transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo
solidariamente obrigado pelo prazo de 2 (dois) anos, a partir, quanto aos créditos
vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
ERRADO- ART. 1.146
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos
anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor
primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos
vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
( ) O estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade
empresarial, que poderá ser físico ou virtual.
CORRETO
Art. 1.142.
§ 1º O estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade
empresarial, que poderá ser físico ou virtual.
( ) O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. O adquirente de
estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do
alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.
CORRETO-
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato
o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de
sucessor.

Questão 16
Em relação ao estabelecimento empresarial, assinale a opção correta.

Letra B- Salvo disposição em contrário, a transferência do estabelecimento importa a


sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para sua exploração, a não ser que
tenham caráter pessoal.

Justificativa: A assertiva encontra fundamento no artigo 1.148 do Código Civil, da qual


se compreende que:
Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos
contratos estipulados para exploração do estabelecimento, caso estes não tenham caráter
pessoal, podendo, por outro lado, se ocorrer justa causa, terceiros rescindirem o contrato
em até 90 dias, a contar a publicação da transferência, ressalvada, neste caso, a
responsabilidade do alienante.

Questão 17
Acerca da responsabilidade do alienante do estabelecimento, quanto nos passivos
preexistentes a alienação, pode -se afirmar que ela

Letra A- É solidária, pelo prazo de um ano. A partir, quanto aos créditos vencidos, da
publicação na imprensa oficial do contrato de alienação, e quanto aos outros, da data
do vencimento.

Justificativa: Art. 1.146 - O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento


dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente
contabilizados, continuando o devedor primitivo
solidariamente obrigado pelo prazo de 1 (um) ano, a partir, quanto aos créditos
vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

Questão 18

O contrato de transferência ou trespasse do estabelecimento empresarial da sociedade


Jari do Laranjal Lanifício Ltda. estabeleceu a sub-rogação do adquirente nos contratos
firmados pela alienante para sua exploração, sem, contudo, fixar prazo para que terceiros
pudessem pleitear a extinção, por justa causa, dos contratos que tinham com a sociedade.
No dia 11 de agosto de 2021 foi publicado o contrato de transferência do estabelecimento
na imprensa oficial e, no dia 19 de novembro do mesmo ano, Ana interpelou
extrajudicialmente a alienante e o adquirente, apresentando razões relevantes para a
extinção do contrato.
Considerando-se as informações e datas acima, é correto afirmar que:

Letra A- haverá sub-rogação para o adquirente das obrigações da alienante, inclusive


em relação a Ana, pois não houve manifestação tempestiva por parte dela no prazo de
noventa dias da data da publicação do contrato;

Justificativa: CC, Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a


sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento,
se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias
a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a
responsabilidade do alienante.

Questão 19

Mediante contrato firmado por instrumento particular, João, empresário regularmente


inscrito no Registro de Empresas, arrendou o seu estabelecimento empresarial a Ricardo.
De acordo com o Código Civil, esse contrato.

Letra D- implica a proibição, para João, durante o prazo de vigência do arrendamento,


de fazer concorrência a Ricardo, salvo previsão expressa em sentido contrário.

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SIMULADO II

Questão 01

Brazuc e ltalianic disputam a titularidade de uma invenção, tendo ambos requerido a sua
patente. Nos termos da Lei nº 9.279/1996, se dois ou mais autores tiverem realizado a
mesma invenção, de forma independente, o direito de obter patente será assegurado
àquele que provar o:

Letra D- depósito mais antigo

Justificativa: Lei nº 9.279/1996 Art. 7º Se dois ou mais autores tiverem realizado a


mesma invenção ou modelo de utilidade, de forma independente, o direito de obter
patente será assegurado àquele que provar o depósito mais antigo, independentemente
das datas de invenção ou criação.

Questão 02
Assinale a alterativa incorreta
Letra D- Os programas de computador em si são considerados invenções, mas não são
considerados modelos de utilidade.
Justificativa: Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;
II - concepções puramente abstratas;
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros,
educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização;
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação
estética;
V - programas de computador em si;
VI - apresentação de informações;
VII - regras de jogo;
VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos
terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na
natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer
ser vivo natural e os processos biológicos naturais.

Questão 03

De acordo com o artigo 133 da lei nº 9.279 de 14/05/1996, que trata da propriedade
industrial, o registro da marca vigora por um prazo definido, contado da data da concessão
do registro, prorrogável por períodos iguais e sucessivo. Esse prazo é de:

Letra A- 10 anos
Questão 04
O saber sempre ocupou lugar de destaque na história da humanidade, sendo responsável
pelo desenvolvimento da sociedade, mas também por grandes conflitos, como as duas
Guerras Mundiais. Frisa-se que somente após a Revolução Industrial, em que houve
mudanças nas relações econômicas provocadas pela passagem do sistema artesanal para
a indústria, é que a humanidade se atentou para implacável realidade de que a criação era
o grande instrumento de poder e riqueza. Assim, com a intensificação da competividade
empresarial, surgiu a preocupação com a proteção da criação humana na área industrial e
econômica. Quanto à propriedade industrial, assinale a alternativa correta.
Letra C- São protegidos pelo direito de propriedade industrial, a invenção, o modelo de
utilidade, a marca e o desenho industrial.
Justificativa: Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial,
considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do
País, efetua-se mediante:
I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
II - concessão de registro de desenho industrial;
III - concessão de registro de marca;
IV - repressão às falsas indicações geográficas; e
V - repressão à concorrência desleal.

Questão 05
Qual é o período de vigência contado a partir da data de deposito, das patentes de invenção
e a de modelo de utilidade, respectivamente, conforme estipula a lei nº 9.279 de
14/05/1996.

Letra B- 20 anos e 15 anos

Justificativa: Art. 40. A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a
de modelo de utilidade pelo prazo 15 (quinze) anos contados da data de depósito.

Desenho industrial: (10 + 5 + 5 + 5) Art. 108. O registro vigorará pelo prazo de 10


(dez) anos contados da data do depósito, prorrogável por 3 (três) períodos sucessivos de
5 (cinco) anos cada.

Marca: (10 + 10 + 10 ....) Art. 133. O registro da marca vigorará pelo prazo de 10 (dez)
anos, contados da data da concessão do registro, prorrogável por períodos iguais e
sucessivos.

Questão 06

Assinale a opção correta de acordo com a Lei nº 9.279 de 14/05/1996

Letra E- A ação destinada a reparar dano a direito de propriedade industrial se sujeita


ao prazo prescricional de cinco anos.

Justificativa: O art. 225 , da Lei 9.279 /1996, estabelece prazo prescricional de cinco
anos da pretensão de perdas e danos decorrentes de violação à propriedade industrial, que
tem como termo a quo a data contada de cinco anos desde o ajuizamento da ação.
Questão 07

O Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao


Comércio, integrante da Rodada Uruguai de Negociações Comerciais Multilaterais do
GATT, cuja ata final foi promulgada pelo Decreto nº 1.355/1994, dispõe em seu Art. 1º,
item 2, que o termo propriedade intelectual se refere às seguintes categorias:

Letra C- direito do autor e direitos conexos, marcas, indicações geográficas, desenhos


industriais, patentes, topografias de circuitos integrados e proteção de informação
confidencial.

Justificativa: PARTE II PADRÕES RELATIVOS À EXISTÊNCIA, ABRANGÊNCIA


E EXERCÍCIO DE DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL 1.Direito do
Autor e Direitos Conexos; 2.Marcas; 3.Indicações Geográficas; 4.Desenhos Industriais;
5.Patentes; 6.Topografias de Circuitos Integrados; 7.Proteção de Informação
Confidencial; e 8.Controle de Práticas de Concorrência Desleal em Contratos de
Licenças.

Questão 08
Uma marca composta por ideogramas, tais como japonês e o chinês, letras de alfabetos
distintos língua vernácula, tais como o hebraico, cirílico, árabe etc. é classificada em
relação à sua forma de apresentação como sendo uma marca.

Letra C- Figurativa

Questão 09
Assinale alternativa correta a propósito da proteção do conjunto-imagem dos produtos

Letra B- A proteção do conjunto-imagem decorre da proteção da propriedade


intelectual e da vedação à concorrência desleal.

Justificativa: Nas palavras do Min. Marco Aurélio Bellizze:


“O conjunto-imagem (trade dress) é a soma de elementos visuais e sensitivos que traduzem
uma forma peculiar e suficientemente distintiva, vinculando-se à sua identidade visual, de
apresentação do bem no mercado consumidor.”
Ao contrário de outros países, no Brasil ainda não existe uma legislação que proteja, de forma
específica, as violações ao trade dress. Apesar disso, a jurisprudência tem protegido os
titulares das marcas copiadas. Nesse sentido:
(...) A despeito da ausência de expressa previsão no ordenamento jurídico pátrio acerca da
proteção ao trade dress, é inegável que o arcabouço legal brasileiro confere amparo ao
conjunto-imagem, sobretudo porque sua usurpação encontra óbice na repressão da
concorrência desleal. Incidência de normas de direito de propriedade industrial, de direito
do consumidor e do Código Civil. (...)

Questão 10
O Item a seguir que melhor identifica quando se inicia o exame de um pedido de patente
é

Letra-D Após o depositante requerer o exame, dentro de 36 meses do pedido no Brasil.


Questão 11
A melhor definição que define o que constitui o estado de técnica é

Letra D- Tudo aquilo que foi tornado acessível ao público no brasil ou no exterior, por
descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, antes da data de deposito do
pedido de patente ou de sua prioridade.

Justificativa: ESTADO DA TÉCNICA: O estado da técnica é constituído por tudo aquilo


tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição
escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvado o
disposto nos arts. 12, 16 e 17.

Questão 12
Para gozar de proteção em todos os ramos de atividade, uma marca necessita

Letra A- Estar registrada no brasil e ser considerada de alto renome.

Justificativa- À marca registrada no Brasil considerada de alto renome será assegurada


proteção especial, em todos os ramos de atividade. Já a marca notoriamente conhecida é
aquela registrada em outro país, mas que possui expressivo reconhecimento perante os
consumidores.

Questão 13

Sobre a proteção dos direitos relativos à propriedade industrial analise as afirmativas a


seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.

( ) A invenção é nova quando não compreendida no estado da técnica, porém não será
considerada como estado da técnica a divulgação de invenção, quando ocorrida durante
os 12 (doze) meses que precederem a data de depósito ou a da prioridade do pedido de
patente, se promovida pelo inventor.

( ) Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade


industrial, exceto o direito à proteção pela indicação geográfica.

( ) A extensão da proteção conferida pela patente será determinada pelo teor das
reivindicações, interpretado com base no relatório descritivo e nos desenhos.

As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,

Letra C – V-F-V
Justificativa:
I - Verdadeiro - art. 11 e 12 da Lei 9279/96;
(VERDADEIRO)A invenção é nova quando não compreendida no estado da
técnica, porém não será considerada como estado da técnica a divulgação de
invenção, quando ocorrida durante os 12 (doze) meses que precederem a data de
depósito ou a da prioridade do pedido de patente, se promovida pelo inventor.
Art. 11. A invenção e o modelo de utilidade são considerados novos quando não
compreendidos no estado da técnica.
§ 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público
antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou
qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12, 16 e 17.
Art. 12. Não será considerada como estado da técnica a divulgação de invenção ou
modelo de utilidade, quando ocorrida durante os 12 (doze) meses que precederem a data
de depósito ou a da prioridade do pedido de patente

II - Falso - art. 5º da Lei 9279/96;


(FALSO) Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de
propriedade industrial, exceto o direito à proteção pela indicação geográfica.
Art. 5º Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade
industrial.
III - Verdadeiro - art. 41 da Lei 9279/96
(VERDADEIRO) A extensão da proteção conferida pela patente será determinada pelo
teor das reivindicações, interpretado com base no relatório descritivo e nos desenhos.
CAPÍTULO V - DA PROTEÇÃO CONFERIDA PELA PATENTE Seção I Dos Direitos
Art. 41. A extensão da proteção conferida pela patente será determinada pelo teor
das reivindicações, interpretado com base no relatório descritivo e nos desenhos.

Questão 14

Sobre a propriedade industrial, conceitue : Patente, Marca coletiva, Registro industrial


e desenho industrial
Patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de
utilidade, outorgado pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou
jurídicas detentoras de direitos sobre a criação.

Marca coletiva é aquela destinada a identificar e distinguir produtos ou serviços


provenientes de membros de uma pessoa jurídica representativa de coletividade
(associação, cooperativa, sindicato, consórcio, federação, confederação, entre outros), de
produtos ou serviços iguais, semelhantes ou afins, de procedência diversa (art. 123, inciso
III, da LPI). A marca coletiva possui finalidade distinta da marca de produto ou serviço.
O objetivo da marca coletiva é indicar ao consumidor que aquele produto ou serviço
provém de membros de uma determinada entidade.

Registro Industrial Destina-se à pessoa física ou jurídica que seja autora de forma
plástica ornamental de um objeto ou de conjunto ornamental de linhas e cores que possa
ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua
configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.
Considera-se desenho industrial “a forma plástica ornamental de um objeto ou o
conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto,
proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa
servir de tipo de fabricação industrial”.

Questão 15

Conforme a Lei 9279/96, para ser patenteável, a invenção necessita possuir alguns
requisitos. Esses requisitos são:

A Lei de Propriedade Industrial (Lei 9.279/96) prevê que para um invento seja protegido
por patente é necessário que atenda aos requisitos: NOVIDADE, ATIVIDADE
INVENTIVA E APLICAÇÃO INDUSTRIAL

Questão 16

Quando pode ocorrer uma licença compulsória?

Art. 68. O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer
os direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder
econômico, comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou judicial.

§ 1º Ensejam, igualmente, licença compulsória:

I - a não exploração do objeto da patente no território brasileiro por falta de fabricação


ou fabricação incompleta do produto, ou, ainda, a falta de uso integral do processo
patenteado, ressalvados os casos de inviabilidade econômica, quando será admitida a
importação; ou

II - a comercialização que não satisfizer às necessidades do mercado.

§ 2º A licença só poderá ser requerida por pessoa com legítimo interesse e que tenha
capacidade técnica e econômica para realizar a exploração eficiente do objeto da
patente, que deverá destinar-se, predominantemente, ao mercado interno, extinguindo-
se nesse caso a excepcionalidade prevista no inciso I do parágrafo anterior.

§ 3º No caso de a licença compulsória ser concedida em razão de abuso de poder


econômico, ao licenciado, que propõe fabricação local, será garantido um prazo,
limitado ao estabelecido no art. 74, para proceder à importação do objeto da licença,
desde que tenha sido colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu
consentimento.

§ 4º No caso de importação para exploração de patente e no caso da importação prevista


no parágrafo anterior, será igualmente admitida a importação por terceiros de produto
fabricado de acordo com patente de processo ou de produto, desde que tenha sido
colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu consentimento.

§ 5º A licença compulsória de que trata o § 1º somente será requerida após decorridos 3


(três) anos da concessão da patente.
Questão 17

Como é cedido a marca, segundo a Lei 9.279/96, descreva os tipos de marcas segundo o
artigo 123.

Marca de produto ou serviço é aquela usada para distinguir produto ou serviço de outros
idênticos, semelhantes ou afins, de origem diversa (art. 123, inciso I, da LPI).

Marca de certificação é aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou


serviço com determinadas normas, padrões ou especificações técnicas, notadamente
quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada (art. 123, inciso
II, da LPI).

Marca coletiva é aquela destinada a identificar e distinguir produtos ou serviços


provenientes de membros de uma pessoa jurídica representativa de coletividade
(associação, cooperativa, sindicato, consórcio, federação, confederação, entre outros), de
produtos ou serviços iguais, semelhantes ou afins, de procedência diversa (art. 123, inciso
III, da LPI). A marca coletiva possui finalidade distinta da marca de produto ou serviço.
O objetivo da marca coletiva é indicar ao consumidor que aquele produto ou serviço
provém de membros de uma determinada entidade.

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